TCC - Rafaella Collazzi
TCC - Rafaella Collazzi
TCC - Rafaella Collazzi
FLORIANÓPOLIS, 2019
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA - CÂMPUS FLORIANÓPOLIS
FLORIANÓPOLIS, 2019
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor.
Collazzi, Rafaella
PATOLOGIAS CONSTRUTIVAS EM UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
DE ESGOTO : causa, recuperação e prevenção em reatores UASB’s
/ Rafaella Collazzi ; orientação de Marcia Steil;
coorientação de Reginaldo Jaques. - Florianópolis,
SC, 2019.
114 p.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Instituto Federal
de Santa Catarina, Câmpus Florianópolis. Bacharelado
em Engenharia Civil. Departamento Acadêmico
de Construção Civil.
Inclui Referências.
À Deus, por ser incrível como só ele é. Obrigada pelo aprendizado, por
me permitir cursar esse curso que tanto estimei e por transformar todos os
momentos difíceis em momentos surpreendentemente agradáveis. A Ele, toda
honra e toda glória.
Aos meus pais, pelo amor, apoio e incentivo nos meus sonhos. O meu
pai pela amizade e seu exemplo de amor, cuidado e caráter. A minha mãe pela
sua generosidade e exemplo de determinação, e força que tem me ajudado a
enfrentar os desafios. A minha eterna gratidão a vocês.
Figura 2 - Esquema de ETE com reator UASB seguido de lodos ativados ...... 22
PP – Polipropileno
C2 H6 S – Dimetil Sulfeto
CH4 – Metano
H2 – Hidrogênio molecular
H2 O – Água
H2 S – Ácido sulfídrico
N2 – Nitrogênio
O2 – Oxigênio
S2 O3−2 ; S4 O−2 −2
6 ; SO4 – Compostos de Enxofre
SO4−2 – Sulfato
SH – Metanotiol
AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13
1.1 Definição do problema ............................................................................... 15
14
1.1 Definição do problema
Os problemas operacionais decorrentes das patologias manifestas nos
reatores UASB’s podem ser de pequena significância, porém se não forem
monitoradas e tomadas medidas de controle e mitigação dos danos, esses, podem
causar uma interrupção da unidade, gerando transtornos não só para a
concessionária que opera as estações de tratamento, mas principalmente para a
população local e o maio ambiente. Os altos custos de remediação e o ambiente
desfavorável em que essas estruturas se encontram (maresia, esgoto, gases, etc.)
exigem uma maior atenção quando se fala dos processos construtivos e a
manutenção dessas unidades.
1.2 Justificativa
As estações de tratamento de esgoto são estruturas essenciais nos
aglomerados urbanos. Os elevados investimento principalmente de órgãos públicos,
para esse tipo de obra é muito significativo para não ser utilizado com racionalidade.
Se nenhuma necessidade de intervenção e manutenção nas estruturas já existentes,
como também, as mudanças na concepção de futuros projetos, não forem
apontadas, várias outras estações serão executadas com base no mesmo “projeto
padrão” e as mesmas manifestações patológicas surgirão.
15
causas das patologias é fundamental para fazer correções nas estruturas já
existentes, como também permitir revisões e considerações de futuros projetos.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Identificar as patologias no concreto armado encontradas em estruturas
utilizadas para o tratamento anaeróbio de esgoto doméstico, especificamente em
reatores UASB’s, nas Estações de Tratamento de Esgoto de Florianópolis,
destacando as principais causas, possíveis recuperações e prevenção.
16
Avaliar as condições e dureza superficial do concreto da estação de
tratamento em questão, através do ensaio não destrutivo de
esclerometria;
Propor soluções de recuperação da ETE do estudo de caso;
Propor soluções preventivas e sugerir possíveis mudanças para a
concepção de novos projetos de reatores anaeróbios tipo UASB.
17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Por fim, será abordado uma breve descrição dos tipos de ensaio destrutivos e
não destrutivos.
18
as cargas poluidoras do efluente e dar uma condição suficiente para atender aos
padrões do corpo receptor.
20
2.1.1.2 Tratamento primário
Conforme Sperling (2005) o tratamento primário possui a função de remover
uma pequena fração da demanda bioquímica de oxigênio (DBO), como também
remover os sólidos flutuantes e os sólidos em suspensão sedimentáveis. Após o
efluente passar pelo tratamento preliminar, ainda se encontram sólidos em
suspensão não grosseiros, os quais podem ser removidos em unidades de
sedimentação.
21
Na Figura 2 é representado uma ETE que utiliza o reator UASB como
tratamento primário, seguido de um pós tratamento com o tanque de aeração e
posteriormente decantador secundário, até a disposição final do efluente.
22
Dentre a ampla variedade de tratamento secundário os mais comuns são
representados na Figura 3:
De acordo com Jordão (2005), são considerados três fatores para a utilização
desse sistema de tratamento: acumulação de massa no interior do reator, melhor
contato entre a biomassa e o despejo da melhor atividade da mesma.
24
A produção do lodo a ser gerado é função precípua do sistema de tratamento
utilizado na fase líquida. Em princípio, todos os processos de tratamento geram lodo
(Sperling, 2005, p. 357).
De acordo com Daniel (2001) conforme citado por Sperling (2005), os tipos de
desinfecção natural são divididos em dois processos.
26
estabilização. Devido ao baixo índice populacional, e a eficiência no tratamento o
sistema foi amplamente difundido no território nacional.
27
Todavia, com contínuas pesquisas feitas pela SANEPAR e a seleção de
melhores concepções desses reatores, os mesmos vêm retomando a credibilidade
para o tratamento de esgotos sanitários.
28
Figura 4 - Relação entre a eficiência da remoção de material orgânico e o tempo
de permanência para diferentes tipos de tratamento
30
2.3.1.1 Fases da digestão anaeróbia
31
Chernicharo (1997) acrescenta a digestão sulfatogênica, onde a presença do
sulfato em águas destinadas ao tratamento provoca uma competição entre as
bactérias sulferedutoras e as bactérias fermentativas pelo substrato acetato,
disponível no efluente. Essa disputa resultara em uma maior concentração de sulfato
(SO−2
4 ) quando houver maior presença de gás sulfídrico (H2 S) ou DQO quando
32
2.3.1.2 Resultados da digestão anaeróbia
No processo de digestão anaeróbia, conforme já mencionado, as
diferentes digestões metabólicas dos microrganismos, pode-se ter também a
geração de diferentes gases. Os principais gases (em termos de porcentagem na
composição do biogás) gerados nesses reatores são: metano (CH4 ), gás carbônico
(CO2 ), gás amoníaco(NH3 ), gás sulfídrico (H2 S), hidrogênio(H2 ) e nitrogênio(N2 )
(PROSAB, 1999, p. 250).
hidrogênio (H2 S), assim como o anidrido carbônico (CO2 ), se dissolve na água
contida na estrutura porosa do concreto, reduzindo gradativamente o pH.
Mockaitis (2008) diz que a forma mais estável e difundida dos compostos de
enxofre é o íon sulfato e em águas residuais provenientes do processo anaeróbio,
sua concentração varia de 20 a 50 mg/L.
De acordo com Sperling (2005), o líquido entra no reator pela parte inferior, ou
seja, o fluxo se dá de forma ascendente, e ao se encontrar com o leito de lodo, a
biomassa adsorve grande parte da matéria orgânica do efluente. Como visto no item
2.3.1.2, o resultado da atividade anaeróbica gera o gás metano e o gás carbônico os
quais apresentam também a tendência ascendente dentro do reator.
34
Dessa forma o efluente sai do compartimento de sedimentação aclarado e a
concentração de biomassa do reator se mantem elevada.
35
Figura 7 - Diagrama de sistema de gases em um reator UASB
Libório (1990) citado por PROSAB (1999) julga que para se alcançar o
objetivo de uma estrutura com baixas taxas de absorção e permeabilidade, alguns
fatos devem ser considerados:
36
Compactação rigorosa do concreto;
Adequado processo de cura;
Escolha de um cimento apropriado (Portland pozolânico).
2.4.1 Projeto
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que,
quando utilizadas conforme as condições ambientais previstas no projeto,
conserve sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço, durante o
período correspondente à sua vida útil (NBR 6118/03, 2014, p. 19).
A norma técnica NBR 6118 cuja versão em vigor é do ano de 2014, rege
prescrições para projetos estruturais de qualquer natureza, seja em concreto
simples, armado e protendido, não entrando no mérito do tipo de utilização final da
edificação. De acordo com Chaves et al (2007), existe uma importante lacuna, na
normalização brasileira, já que não se tem uma norma específica para os projetos de
estruturas de concreto para obras hidráulicas e de saneamento. O que pode levar a
alguns projetistas a adotarem critérios não apropriados a estes tipos de estruturas,
tais como:
37
critério de serviço, é necessário que a estanqueidade seja uma premissa básica
destas construções.
38
De acordo com a NBR 6118 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS - ABNT, 2014) ‘’ agressividade do meio ambiente está relacionada às
ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto,
independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem
térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das
estruturas de concreto”. Dessa forma, a norma estabelece quatro classes de
agressividade ambiental, conforme a Tabela 2:
Cimento:
Considerando as características das estruturas de concreto em obras de
saneamento, Filho e Capuruçu (2007) dizem que os cimentos mais utilizados são do
tipo: CP III, CP IV e CP V-RS ou cimentos especiais com propriedades específicas
de baixo calor de hidratação, resistências a sulfatos, inibidor da reação álcali-
agregado e resistência inicial e final compatíveis com o prazo de execução ou
cronograma da obra. Cabe destacar que um único tipo de cimento deve ser usado
em toda a estrutura.
Agregados:
A preocupação com a proteção da estrutura deve-se começar na fase de
construção, com a produção de um concreto com propriedades físicas e químicas
adequadas. [...] para estruturas em contato com esgoto, como é o caso, recomenda-
se utilizar a brita calcária, por possuir características que as fazem mais resistentes
ao ataque dos sulfatos presentes neste tipo de estrutura. (SPERLING, 1986 apud
Reis, Galdina e d’Ávila, 2007, p. 42).
Aço estrutural:
Um cuidado para esse tipo de obra é a utilização de aços especiais como
aços patináveis. De acordo com Dutra et al (2013), aços patináveis possuem baixo
teor de carbono o que os torna quatro vezes mais resistentes a corrosão quando
40
comparados com os aços estruturais convencionais. São comumente utilizados em
construções onde o grau de agressividade da estrutura é elevado e exige maior
resistência à corrosão.
Concreto:
A classificação segundo a agressividade do ambiente para estruturas em
concreto armado da abertura à uma outra norma, a NBR 12655 que fixa as
condições exigíveis para o preparo, controle e recebimento de concreto. A Tabela 3
mostra a correspondência entre as classes de agressividade e a qualidade do
concreto.
41
Tabela 4 - Requisitos para o concreto, em condições especiais de exposição
Aditivos:
Os aditivos normalmente usados para estes concretos são: plastificantes,
plastificantes retardadores e super-plastificantes, estes últimos em geral a base de
policarbixilato (FILHO e CAPURUÇU, 2007, p. 50). A especificação básica para
obras de concreto da SANEPAR aconselha também o uso de aditivos que melhorem
as características do concreto, tais como: plasticidades, homogeneidade, peso
específico, impermeabilidade, resistência à compressão, etc.
Transporte:
Os meios de transporte não devem provocar a segregação, não permitindo
perda de argamassa ou de pasta de cimento, nem promovendo a separação entre
os componentes do concreto (SOUZA E RIPPER, 1998, p. 28).
Lançamento:
De uma maneira geral, as obras de porte médio e grande fazem o lançamento
do concreto através de bombas. De acordo com Filho e Capuruçu (2007) é
fundamental que se faça, com antecedência, o plano da concretagem de forma e
assim, definir a capacidade de aplicação do concreto, o posicionamento das
bombas, o sentido da concretagem, bem como as alternativas existentes em caso
de ocorrer alguma falha nos equipamentos.
Adensamento:
Os concretos com plasticidade da ordem de 200 mm são praticamente auto
adensáveis. Assim sendo, a vibração tem a função de acomodar o concreto e deverá
ser feita com cuidado para se evitar a segregação (FILHO e CAPURUÇU, 2007, p.
51).
43
estético facilitam a penetração dos agentes agressores, devido à porosidade
superficial.
Cura:
Nos concretos para obras hidráulicas a cura e fundamental para se evitar a
fissuração por retração. De acordo com Filho e Capuruçu (2007), para as lajes a
cura deve ser feita com lamina d’água. Em caso de peças de maior dimensão usa-
se, durante a fase de concretagem a manta de “bidin” saturada. Para as paredes os
autores recomendam usar a cura química que deverá ser aplicada simultaneamente
com a desforma.
44
Essas fissuras se devem à diversos fatores, e ocorrem na maioria das vezes
logo após a concretagem. Apesar do avanço tecnológico relacionado à dosagem de
concreto, a fissuração ainda é inevitável.
45
Figura 9 - Fases de hidratação de grãos de cimentos expressas pela variação de liberação de
calor em função do tempo
46
7) A retração térmica por resfriamento, ou seja, há a perda de calor do
concreto para a atmosfera.
Thomaz (2007) recomenda que se faça o uso de cimento com baixo calor de
hidratação e que a variação térmica entre o início e o fim da concretagem não
ultrapasse 25°C. Para isso, é comum que se faça o resfriamento do concreto com o
uso de gelo, de forma que o concreto seja lançado com temperaturas mais baixas.
Para que sejam evitadas fissuras por retração em reatores com paredes de
concreto, aconselha-se na concretagem o uso de formas de madeiras com duas
folhas, de forma que se garanta uma camada interna de ar confinado que permita o
resfriamento gradativo do concreto, dando tempo para que o mesmo possa ganhar
resistência à tração. Ao contrário das formas metálicas, que são boas condutoras de
calor e tendem a fazer o equilíbrio térmico com a temperatura ambiente de forma
mais rápida, não dando tempo necessário ao concreto para que adquira resistências
elevadas.
48
2.4.4.2 Juntas de concretagem
As juntas de concretagem podem ser divididas em juntas frias ou juntas de
trabalho e junta de construção.
49
adesão prejudicada, ou com o enfraquecimento do próprio concreto, em virtude da
fuga da nata de cimento.
2.4.4.2.2 Impermeabilização
A impermeabilização de estruturas que receberão líquido durante toda sua
vida útil é de suma importância. Nos últimos anos muito se investiu em pesquisas e
desenvolvimento de novos produtos a fim de proteger esse tipo de estrutura e hoje
no mercado existem diferentes opções que variam de acordo com a aplicação da
estrutura. Pinto e Takagi (2007) distinguem os tipos de revestimentos
impermeabilizantes entre minerais e resinas orgânicas. Os revestimentos orgânicos
são constituídos principalmente por resinas de epóxi, poliuretano, furânicas,
fenólicas ou de poliéster, já os inorgânicos são principalmente à base de cimento ou
outros sistemas minerais.
50
como possíveis soluções de revestimento a pintura do reator com borracha clorada
ou epóxi betuminoso, segundo o autor, esses materiais formam uma barreira
química para as superfícies expostas a ambientes de alta classe de agressividade.
A Tabela 6 mostra os resultados obtidos por Fortunato.
Já Reis, Galdina e d’Ávila (2007) mencionam que, uma vez em carga, este
tipo de estrutura é de difícil paralisação e recuperação, o que justifica o cuidado e
controle, tanto no que se refere ao projeto estrutural quanto à execução da obra.
51
Dentre as inúmeras manifestações patológicas, podem-se citar fissuras,
desplacamentos, corrosão de armaduras, desintegração do concreto por
ação de sulfatos, desgaste superficial, fadiga de juntas de dilatação,
lixiviação, eflorescências, expansão, entre outras. [...] Dependendo da
natureza dos problemas, do componente estrutural lesionado e do grau de
severidade do ambiente, podem até mesmo acarretar problemas de
instabilidade (CAMPANER et al., 2007, p. 68).
52
As principais manifestações patológicas no concreto armado na presença do
biogás, esse composto de metano, gás carbônico, e outros gases em menor
concentração é a ação na redução do pH no interior do concreto que ocorre devido à
permeação desse gás nos porros do mesmo. Alteração do pH provoca a expansão
interna do cimento, gerando um aspecto de ‘’inchamento’’ e consequentemente a
desagregação dessa fração do restante do concreto. Em decorrência desse
fenômeno a armadura se torna cada vez mais exposta às ações corrosivas do
metano, do ácido sulfúrico e do meio em que se encontra.
54
Quando no meio ambiente o principal agressor for o sulfato, os autores
recomendam que se utilize cimentos com baixo teor de aluminato tricálcico (C4 AF),
pois o mesmo resistem pouco ao ataque químico. Esse componente possui pouca
contribuição para a resistência mecânica e boa estabilidade química. Sendo assim,
Souza e Ripper (1998) recomendam a utilização dos cimentos:
Piancastelli (1997) diz que esse processo de separação pode ser provocado,
entre outras causas, por: lançamento livre de grande altura; concentração de
armadura que impede a passagem da brita; vazamento da pasta de cimento através
das fôrmas; má dosagem do concreto; uso inadequado de vibradores.
2.5.1.2.4 Carbonatação
56
De acordo com a empresa que comercializa produtos à base de sílica para a
construção civil - Tecnosil, a carbonatação pode ser definida como um processo
físico-químico entre o gás carbônico (CO2 ) e os compostos da pasta de cimento,
para que isso ocorra precisa-se encontrar dentro do concreto: umidade, gás
carbônico e oxigênio. A partir dessa reação é formado o carbonato de cálcio (CaCO3 )
na região entre a superfície externa da estrutura e a armadura (área de cobrimento).
Devido à redução da alcalinidade promove no concreto zonas distintas de pH, dessa
forma, quando a área de menor pH atinge a armadura, essa fica exposta à corrosão.
57
identifica à propagação, onde o processo de corrosão uma vez consolidado aumenta
gradualmente, em escala exponencial, ocasionando graves danos à armadura.
58
A Tabela 7 descreve os fatores citados por Miotto (2010), que determinam a
corrosão do concreto.
59
Tabela 8 - Características químicas de esgoto doméstico
60
Gutierrez-Padilla et al. (2010, apud Hope et al., 2014) ainda acrescentam que
o ácido sulfúrico biogênico (H2 SO4 ), ao se dissociar na água presente nos poros do
concreto, formam íons hidrogênio (H + ) e sulfato (SO−2
4 ) que interagem com os íons
cálcio (Ca+2 ) e hidroxila (OH − ) formando a gipsita (CaSO4 . 2H2 O) - sulfato de cálcio di-
hidratado. O autor ainda ressalta que a presença da gipsita entre os poros do
concreto forma a etringita, que se caracteriza como sendo um produto expansivo
que causa pressão interna nos poros do concreto e, consequentemente, fissuração,
acelerando o processo de degradação do concreto.
61
2.6 ENSAIOS DESTRUTIVOS E NÃO DESTRUTIVOS
62
2.6.1 Ensaio de Esclerometria
O ensaio feito com o esclerômetro de reflexão é um método não destrutivo
que mede a dureza superficial do concreto, fornecendo elementos para a avaliação
da qualidade do concreto endurecido. A norma NBR 7584:2012 define alguns
parâmetros do ensaio:
63
Figura 16 - Área de ensaio e pontos de impacto
64
2.6.1.1 Resultados do ensaio
Depois de feito o ensaio deve-se calcular a média aritmética dos 16 valores
individuais (impactos) dos índices esclerométricos correspondentes a uma única
área de ensaio.
𝐼𝐸𝛼 = 𝐾. 𝐼𝐸
Onde,
A norma ainda destaca que em alguns casos pode ser necessária a aplicação
de outros coeficientes de correção devido à influências como umidade, cura, idade,
carbonatação e outras. De cada área de ensaio, obtém-se um único índice
esclerométrico médio efetivo.
65
3 METODOLOGIA
66
A vistoria do local foi realizada com o objetivo de coletar dados através do
levantamento fotográfico e preenchimento de um relatório referente às patologias
manifestas em alguns reatores UASB em Florianópolis, (como na ETE da Barra da
Lagoa, ETE da Lagoa da Conceição, ETE de João Paulo e ETE de Canasvieiras), os
dados foram coletados também através de e-mails destinados a técnicos e
engenheiros responsáveis pelas estações de tratamento de esgoto e a realização do
ensaio esclerométrico.
ETE
Observações BARRA DA LAGOA DA
CANASVIEIRAS SACO GRANDE
LAGOA CONCEIÇÃO
Início de operação 2007 2007 2011 2007
Vazão média de projeto 63,00 L/s 50 L/s 156 L/s 11,5 L/s
Vazão máxima 94 L/s 73 L/s Não fornecido Não fornecido
Vazão média até Nov/2018 23,5 L/s 38,5 L/s 135 L/s 11,5 L/s
Alta temporada 3.196,80 m³/dia Não fornecido Não fornecido
Volume 13.478 m³/dia *¹
tratado Baixa temporada 1.728 m³/dia Não fornecido Não fornecido
Quantidade de UASB(s) 1 1 3 *² 1
Já passou por manutenção Não Sim Não Não
Desplacamento de concreto
Sim*6 Não visualizado Sim*5 Sim. Avançado
na laje superior do reator
Empoçamento de água da
Não Não Não Não
chuva sobre a laje
67
Recalque na
Sim, na laje Sim, entrea
parte inferior da
Fissuras e tricas em paredes, superior - junta de Sim, nas juntas de
escada. Não
lajes e canaletas paralela às dilatação, dos concretagem
compromete a
canaletas reatores 1 e 2
estrutura
Execução de
Marcas de Apresenta fissura Apresenta fissura
Característica das juntas de uma entrada
concretagem, nas juntas de nas juntas de
dilatação para inspeção
sem fissuras dilatação dilatação
interna
Sim, apenas o
Existência e condições do Sim, em desuso queimador do
Sim, em desuso Sim, em utilização
queimador de gases *4 UASB 3 está em
uso
Oxidação das tubulações Sim Sim Sim Sim
Utilização de
Sim, pelas frestas
Há vazamento Corrosão do tampas
deixadas pela
Vazamento de gás em de gás devido à concreto nas metálicas na laje
corrosão com
insertes metálicos corrosão do canaletas e mal superior,
concreto e má
chumbados no reator concreto das encaixe das corrosão da
encaixe das
canaletas tampas mesma e má
tampas
vedação
CONSIDERAÇÕES
*1 - Não especificado o período
Duas unidades de UABS são utilizadas como tratamento primário e uma como tratamento
*2 - secundário
*3 - Previsão de troca
*4 - Aparentemente foi trocado, porém não está em funcionamento.
Desplacamento homogêneo ao longo das canaletas do reator (devido à distribuição
*5 -
homogênea do esgoto por tubulações que fazem a ascensão do fluxo).
Desplacamento mais concentrado no centro do reator - extremidades não foram tão
*6 - atingidas pelo gás. (Devido à entrada do efluente que é feito por tubulação rígida, no centro
do reator, e não distribui homogeneamente o esgoto).
*7 - Mal posicionado, baixa altura e ao lado da escada.
Fonte: Autoria própria
68
De acordo com a Tabela 9, pode-se verificar que o ano de início de operação
dos reatores UASB’s se deu em 2007, com exceção do UASB de Canasvieiras, o
qual teve início no ano de 2011. Tendo em conta a vazão média de projeto, e o
volume tratado durante o ano, pode-se verificar que a maior demanda está na ETE
de Canasvieiras, principalmente durante os meses de alta temporada. Dessa forma,
para suprir a vazão de esgoto bruto recebida na estação de tratamento, foram
construídos 3 reatores UASB’s, sendo dois deles utilizados como tratamento
primário e o terceiro destinado à redução do lodo de toda a ETE.
Pela Tabela 9, pode-se também notar que apenas a ETE do Saco Grande
possui o queimador de gás em funcionamento. Os queimadores de gás das ETE’s
da Barra da Lagoa e de Canasvieiras (dos UASB’s 1 e 2) nunca entraram em
funcionamento, o que prejudica, não só o meio ambiente e a população local, mas
como também as estruturas de concreto armado como um todo.
69
Devido à fuga dos gases citados acima, pode-se notar que a oxidação das
tubulações metálicas, tampas de vedação e demais componentes metálicos são
bastante avançados em todas as estações de tratamento visitadas.
Foi observado também que, a acentuada degradações nas laterais das faces
internas da laje de cobertura dos reatores (Figura 20).
70
semelhante em toda a área de cobertura. Já no reator UASB da Barra da Lagoa, foi
visto que a degradação das laterais internas das tampas ocorreu de forma mais
acentuada nas canaletas do centro. Tal fato se deve à distribuição do esgoto bruto
no interior do reator. Uma vez que a entrada no UASB de Canasvieiras é feito por
tubulações que conduzem o afluente de forma que o esgoto fique igualmente
distribuídos no interior da estrutura e assumem um fluxo ascendente. Já a
distribuição do esgoto bruto na entrada do reator da Barra da Lagoa é feita por
tubulações rígidas, posicionadas no centro do reator, dessa forma, uma maior
concentração de matéria orgânica presente do afluente é decomposta na região
central e consequentemente a produção dos gases também é maior nessa região.
71
Figura 21 - Distribuição do esgoto bruto no interior do UASB 1 e 2 - ETE Canasvieiras
72
Foram observadas também, fissuras presentes nas juntas de concretagem e
juntas de movimentação, contudo conclui-se que essas não interferem na sanidade
da estrutura, uma vez que se tratam de fissuras por movimentação térmica (presente
em todas as ETE’s visitadas). Já no reator UASB da Barra da Lagoa foi registrada
uma fissura perpendicular à tampa canaleta central, na parte superior da estrutura, e
exposição da armadura oxidada, como mostram as Figuras 23 e 24.
Figura 23 - ETE da Barra da Lagoa -
Degradação do concreto das canaletas e
fissura
73
Nesta avaliação visual percebe-se que os alambrados e materiais metálicos
foram mal escolhidos, visto que o metal utilizado apresenta-se pouco resistente às
ações dos gases gerados nas estações de tratamento vistoriadas.
Sendo assim, optou-se por fazer o estudo de caso no reator UASB três da
estação de tratamento de esgoto de Canasvieiras. O reator anaeróbio de manta
de lodo com fluxo ascendente é utilizado na estação como parte do tratamento
secundário, e cumpre a função de reduzir o lodo excedente do tratamento final em
até 4% de sólido de toda a estação de tratamento.
74
2) Foi realizada a análise do tanque cheio sem a aplicação do empuxo de solo;
75
A Figura 25 foi retirada do projeto arquitetônico da ETE Canasvieiras e
representa a planta baixa do reator UASB 3. Já a Figura 26 é o corte BB do reator
mesmo rator.
76
3.3.1 Cobrimento
De acordo com o projeto de execução da ETE Canasvieiras, e as
especificações técnicas do projeto de estruturas de concreto armado dos reatores
UASB’s, o cobrimento estipulado é de 4,5 cm, e está de acordo com os padrões
mínimo exigidos pela norma NBR 6118, para a classe de agressividade imposta. Na
Figura 27 pode-se notar a exposição da armadura na parede frontal do reator devido
à falta de cobrimento.
77
3.3.2 Falhas de concretagem
As especificações técnicas do projeto de estruturas de concreto armado
enfatizam que a vibração do concreto, quando lançado no interior das formas, deve
ser feito de forma adequada para evitar segregações da pasta. ‘‘ O concreto deverá
ser depositado nos locais de aplicação, diretamente em sua posição final, através da
ação adequada de vibradores, evitando-se a sua segregação. ’’ (SES Canasvieiras –
especificações técnicas do projeto de estruturas de concreto armado, 2008). Porém,
pode-se constatar algumas falhas de concretagem em torno das faces externas do
reator, como mostra a Figura 28.
Tal fato, quando ocorrido na face interna do reator, a qual estará em contato
direto com o efluente em tratamento e os gases produzidos durante o processo,
pode causar danos ainda mais severos à integridade da estrutura, principalmente se
essa falha de concretagem tenha ocorrido na região onde há ciclos de molhagem e
secagem do concreto. As falhas de concretagem muitas vezes não podem ser
totalmente evitadas, uma vez que: ‘‘ Os vibradores de parede só deverão ser usados
se forem tomados cuidados especiais, no sentido de se evitar que as formas e as
armaduras possam ser deslocadas. ’’ (SES Canasvieiras – especificações técnicas
do projeto de estruturas de concreto armado, 2008).
78
Sendo assim, quando houver falhas de concretagens, o recomendado é que
as mesmas sejam tratadas e preenchidos os vazios deixados pela má vibração do
concreto, a fim de evitar futuras manifestações patológicas e acelerar o processo de
deterioração da estrutura.
Tal fato pode ter ocorrido devido à entrada do gás carbônico e gás metano
nos poros do concreto, possivelmente decorrentes de fissuras ou porosidade do
mesmo, instigando assim a transformação dos compostos do cimento em carbonato,
devido à perda de alcalinidade do concreto.
79
úmido. Tal fenômeno não prejudica a funcionalidade da estrutura, apenas aspectos
estéticos.
3.3.4 Eflorescências
Foram observadas eflorescências tanto na parede externa da canaleta coletora
do efluente tratado, do reator UASB 3 (Figura 30), como no caixa de distribuição de
vazão 01 da estação de tratamento (Figura 31). Esse fenômeno se caracteriza pelo
depósitos cristalinos de cor branca que surge na superfície do revestimento, e ocorre
devido à evaporação de soluções aquosas salinizadas do interior do concreto
endurecido. De acordo com Pinhal (2009), os depósitos acontecem quando
os sais solúveis nos componentes da alvenaria e argamassa de emboço, são
transportados pela água através dos poros da argamassa de revestimento. Esses
sais em contato com o ar se solidificam, causando depósitos, que apresentam-se
com uma “exsudação” na superfície, comprometendo apenas os aspectos
relacionados à estética da estrutura.
80
Figura 31 - Eflorescências na parede externa da caixa de distribuição de vazão 1
Nos projetos do reator, foi previsto um flange (Figura 32) de entrada que
permite o acesso no interior do UASB, para possibilitar inspeções e vistorias
internas, quando o mesmo estiver totalmente esvaziado e próprio para a entrada de
pessoas no seu interior.
81
Figura 32 - Flange de aço
82
Figura 33 - Desagregação do concreto na laje de cobertura
83
Figura 34 - Esclerômetro de reflexão
84
Região 1: Centro da estrutura. Parede interior da canaleta central.
Não foi possível obter a área suficiente para a realização do ensaio conforme
as instruções da NBR 7584, devido à pouca espessura da tampa do reator.
Entretanto, foram amostrados três pontos aleatórios nessa região e o valor
apresentado para ambos os pontos no leitor do esclerômetro foram menores que 10.
A Figura 36 mostra a marcação dos pontos aleatórios em níveis intercalados, já a
Figura 37 mostra a realização do ensaio sobre um dos pontos marcados.
85
Região 2: Lateral interna da estrutura. Parede coletora do efluente final.
38 48 26 34
22 40 42 42
40 36 38 42
38 42 12 40
Fonte: Autoria própria
86
A região de onde foram extraídos os valores acima – galeria coletora do
efluente final - não possui contato direto com os gases resultantes da decomposição
anaeróbia no esgoto doméstico, apenas se esses forem lixiviados junto à saída do
esgoto tratado. Os gases gerados nesse processo tendem a ficar concentrados
apenas no centro do reator, quando considerando uma vedação ideal.
Na parte superior da canaleta (Figura 38), por onde o esgoto escoa, pode-se
observar a coloração típica de concreto exposto, e os agregados já aparentes. Na
parte central da figura (sobre o esgoto), observa-se a coloração típica de oxidação,
sendo que, sobre esta camada superficial, já existe a formação de enxofre
elementar, que dá sequência às reações de formação de ácido sulfúrico.
(FORTUNATO et al, 2019)
Região sujeita aos ataques externos do ambiente, não possui contato com o
esgoto. A Figura 39 mostra o polimento da superfície onde serão coletados os
pontos para o ensaio e a marcação dos mesmos.
32 40 28 36
34 30 38 32
44 42 32 32
26 38 30 30
Fonte: Autoria própria
88
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DO ENSAIO
A norma NBR 7584 preconiza que o índice final deve ser obtido com no
mínimo cinco valores individuais, caso contrário, a área deve ser abandonada.
Também é salientado que nenhum dos índices individuais restantes deve diferir em
mais de 10% da média final.
90
Figura 40 - Ábaco de correlação
1 38 380 38
2 48 500 50
3 26 180 18
4 34 310 31
5 22 121 12,1
6 40 420 42
7 42 460 46
8 42 460 46
9 40 420 42
10 36 350 35
11 38 380 38
12 42 460 46
13 38 380 38
91
14 42 460 46
15 12 0 0
16 40 420 42
Média I 36,3 356,3 35,6
Média II 36,8 360,0 36,0
Resistência 33 MPa
Fonte: Autoria própria
Tabela 14 - Resistência dos pontos obtidos na região 3
Região 3
Ponto
Leitura Resistência (Kg/cm²) Resistência (MPa)
1 32 280 28
2 40 420 42
3 28 210 21
4 36 350 35
5 34 310 31
6 30 250 25
7 38 380 38
8 32 280 28
9 44 500 50
10 42 460 46
11 32 280 28
12 32 280 28
13 26 180 18
14 38 380 38
15 30 250 25
16 30 250 25
Média I 34,0 316,3 31,6
Média II 33,0 296,7 29,7
92
Região 2) Valor do índice esclerométrico médio efetivo (IEe) da região 2 do
ensaio foi de: 36,8. Aplicando esse valor da no ábaco, temos que a resistência
efetiva do elemento é de: 33,0 MPa
93
5 PROPOSTAS CORRETIVAS E PREVENTIVAS
O ataque químico foi observado nas paredes internas do reator UASB que
estão acima no nível do esgoto. A parede exposta ao ar atmosférico sofre corrosão
por parte do gás sulfídrico que reage com o oxigênio e forma o ácido sulfúrico
(H2SO4) esse, ataca o concreto e as armaduras, deixando-os expostos ainda mais à
ação desse gás (Figura 41).
94
Figura 41 - Desagregação do concreto na parede interna no reator UASB e
oxidação da armadura
Concreto:
Alumínio:
Aço inoxidável:
96
- PVC, PEAD, PRFV, PP ou PPR, borracha.
Uma das soluções que pode ser apontadas para o caso, é a pintura dos
reatores com borracha clorada ou epóxi betuminoso, que constitui uma barreira
química para as superfícies de concreto expostas em ambientes de média à alta
agressividade, desta forma impede a ação do ácido sulfúrico sobre as paredes de
concreto.
98
Durante a etapa de projeto e operação do reator, é importante que sejam
considerados:
99
Outras soluções para aumentar a vida útil dos reatores UASB’s que serão
executados futuramente, Chernicharo et al (2018) destacam ainda duas técnicas de
aperfeiçoamento de projeto descritas nos itens a seguir.
100
5.4.2 Compartimentos de decantação e câmera de gás
Uma modificação do projeto original do reator UABS, sugerida por
Chernicharo et at (2018) é o enclausuramento dos compartimentos de decantação e
a interligação com a câmara de gás. De acordo com Chernicharo et al (2018) essa
alternativa já foi experimentada em reatores UASB modificados e em RALFs no
Estado do Paraná, sendo adotada com o objetivo de aumentar o volume de
captação de biogás.
101
CONCLUSÃO
102
concreto volumes de 3 a 10 vezes o volume original do aço, originando
tensões internas com valores superiores a 40 MPa (CÁNOVAS, 1988);
103
podem acarretar em danos ainda mais graves, que podem ir desde a perda de
eficiência no tratamento do esgoto até uma interrupção da unidade, gerando
transtornos não só para a concessionária que opera as estações de tratamento, mas
principalmente para a população local e o maio ambiente. Os altos custos de
remediação somado à agressividade do meio em que essas estruturas se
encontram, exigem uma maior atenção quando se fala dos processos construtivos e
a manutenção dessas unidades.
104
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COSTA, Cristiane P. F. Estruturas de concreto para obras de saneamento: a
necessidade de normalização específica, Revista IBRACON, São Paulo, n° 4, p.32-
34, agosto 2007.
105
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Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. Universidade Federal de Minas
Gerais, 2007. 380 p. (Princípios do tratamento biológico de águas residuárias, v.5).
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de aços estruturais resistentes à corrosão atmosférica, Matéria Prima, Porto Alegre,
p. 86-93, janeiro 2013.
LIMA, Ana Beatriz Barbosa Vinci. Pós tratamento de efluente de reator anaeróbio
em sistema sequencial constituído de ionização em processo biológico
aeróbio. 2006. 83 f. Dissertação (Mestrado em Hidráulica e Saneamento) – Escola
de Engenharia de São Carlos, São Carlos, 2006.
107
MOCKAITIS, G. Redução de sulfato em biorreator operado em batelada e
batelada alimentada sequenciais contendo biomassa granulada com agitação
mecânica e “draft-tube”. 2008. 348 f. Dissertação (Mestrado em engenharia
hidráulica e saneamento) - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de
São Paulo, São Carlos, 2008.
NEVILLE, A. D. M.; Propriedades do Concreto. 2 ed. São Paulo: Editora Pini, 1997.
828 p.
SOUZA, Alex L.; SILVA, Iago R. R.; CASTRO, Paulo H. M. Retração térmica e
fissuração em concreto por calor de hidratação. Goiânia. 2014. 108 f. Trabalho
de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Federal de
Goiás, Goiânia, 2014.
109