Anderson Caetano Paulo
Anderson Caetano Paulo
Anderson Caetano Paulo
SÃO PAULO
2005
O TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL BRASILEIRO: UMA
ANÁLISE LONGITUDINAL NUMA EQUIPE INFANTO-JUVENIL
MASCULINA
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
página
LISTA DE TABELAS................................................ v
LISTA DE FIGURAS................................................. vii
RESUMO.................................................................... X
ABSTRACT................................................................ XI1
1 INTRODUÇÃO.......................................................... 01
2 OBJETIVOS............................................................... 03
REVISÃO DE LITERATURA 04
3.1 Aspectos básicos sobre a carga de treinamento.......................................... 04
3.2 A construção da Forma Desportiva............................................................ 12
3.3 A periodização do treinamento................................................................... 14
3.3.1 Mesociclos, Microciclos e a Sessão de Treinamento................................. 19
3.4 A contextualização do jogo de voleibol para o processo de treinamento ... 24
4 MATÉRIAS E MÉTODOS........................................................................ 36
4.1 Documentação do treinamento................................................................... 36
4.1.1 Temporada da equipe................................................................................. 36
4 1.2 Registro do tempo de treinamento.............................................................. 38
4.1.3 Registro diário do conteúdo das sessões de preparação física................... 38
4.2 Medidas antropométricas e testes esportivos-motores ............................... 39
4.2.1 Amostra..................................................................................................... 39
4.2.2 Procedimentos........................................................................................... 40
4.2.3 Medidas antropométricas........................................................................... 40
4.2.3.1 Estatura..................................................................................................... 40
4.2.3.2 Massa corporal.......................................................................................... 41
4.2.3.3 Medida da espessura das dobras cutâneas.................................................. 41
IV
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 1 - Dinâmica de cargas na preparação da medalhista Olímpica
de Barcelona Anila Nall (1989 - 1992) adaptado de
PLATONOV & FESSENKO (1994) apud MANSO,
VALD1VIELSO e CABALLERO (1996)a ......................... 07
Página
TABELA 9 - Duração (min) e percentagem (%) dedicados a preparação
tísica (PF) c a preparação técnico/tática (PTT) na
temporada...................................... 52
TABELA 15- Valores médios e desvios padrão dos testes motores que
envolveram salto vertical...................................................... 56
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1 - Esquema simplificado do processo de treinamento (adaptado
de MANSO, VALDIV1ELSO e CABALLERO 1996a)........ 05
Esse estudo monitorou por oito meses uma equipe infanto juvenil de
voleibol masculino (10 jogadores, idade média 16,15 ± 0,74 anos) avaliando
aspectos organizacionais, motores e antropométricos que caracterizaram e
influenciaram o treinamento dessa equipe durante a temporada. Quantificou-se a
duração do treinamento na preparação física (PF) e na preparação técnico-tático
(PTT) chegando-se aos seguintes resultados: a PTT fez parte de todas as 128
sessões de treinamento analisadas enquanto a PF fez parte de 121 sessões; o
tempo dedicado a PTT foi superior ao da PF em todos os períodos de
treinamento tendo 71,4% do tempo total de treinamento contra 28,6% da PF.
Verificou-se também que na distribuição dos conteúdos das sessões de PF a
capacidade motora flexibilidade foi a que teve maior abordagem (98,3%). Não
houve alteração estatisticamente significante nas diferentes medidas
antropométricas no mesmo período (p<0,05). Dentre os testes motores somente o
teste de resistência muscular do abdômen apresentou diferença significante com
XI
ABSTRACT
The aim of this study was to observe the evolution of one team of
youngster male volleyball players (10 players, mean age 16,15 ± 0,74 years)
analyzing motor, anthropometric and organizationa! aspects that characterized
and influenced an 8-month training season. ít was measured the duration of
physical conditioning (PC) and technical/tactical training (TT) sessions. The
following results were obtained: TT was present in all 128 training days, while
the PC was present in 121 days. The time dedicated to TT was bigger than time
dedicated to PC, 71,4% and 28,6% of the total training time, respectively. It was
also measured the time spent on different contents of the PC sessions and there
was a prevalence of stretching exercises (98,3%). There was not found
statistically significant alterations (p<0.05) on anthropometrics measurements.
Among all motor tests only the sit-up test showed a statistically significant
improvement of 15,5% (p<0.05) by the end of the season. This study allowed us
to think about youngster male volleyball players training organization and its
effects on motor performance and anthopometrics variables. However, similar
xm
I INTRODUÇÃO
das 13 edições realizadas de 1978 a 2003 (CBV, 2004). Além disso, alguns
atletas que conquistaram títulos mundiais nesta categoria, hoje são campeões
olímpicos e mundiais na categoria adulto como sâo os casos dos jogadores
Giovane Gavio e Nalbert Bittencourt, por exemplo.
Sabe-se que treinamento esportivo é um processo complexo que tem
uma forma específica de organização que o converte numa ação sistemática e
global sobre a personalidade e o estado físico do indivíduo. Ele tem um caráter
interdisciplinar e se manifesta, fundamentalmente, através de três dimensões:
biológica, pedagógica e psicológica. Estas dimensões, não podem ser vistas de
forma isolada e sim, como momentos que se interrelacionam numa perspectiva
comum (DA SILVA, 1995; VERKHOSHANSKY, 1990).
De fato a preparação de um jovem atleta para o alto rendimento é um
fenômeno muitifatorial, integrado e de longo prazo, necessitando de
conhecimento nas áreas de físiologia e bioquímica da atividade motora,
aprendizagem, controle e desenvolvimento motor, biomecânica, psicologia e
medicina esportiva, fisioterapia, administração, sociologia, nutrição e várias
outras sub-áreas que não são de exclusividade da relação comissão técnica/atleta,
mas também dos elementos que cercam essa relação.
Para exemplificar alguns dos elementos que cercam essa relação
podemos citar as diretrizes e condições do clube, onde a comissão técnica (CT)
desenvolve diretamente o seu trabalho de formação de atletas. Além disso, há as
diretrizes superiores ao clube que vêm das federações, confederações, federação
internacional, patrocinadores e até mesmo da política local que também
influenciam no ritmo e na conduta desse processo. Todas essas relações exigem a
utilização racional de cada fator a fim de que a CT possa, de forma dirigida, agir
sobre a evolução do atleta procurando garantir sua disposição para alcançar
1
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
Carga de Treinamento
Organismo do Atleta
FADIGA
RECUPERAÇÃO
ADAPTAÇAO
RENDIMENTO ESPORTIVO
i
V.N. PIA 7ONOl ; S.L. LLSS/iNkO, Los sistemas de entrenamiento dc los mejores nadadores dei mundo,
Barcelona, Paulotriho, 199-1.
Todavia, apesar da complexidade envolvida no controle das cargas de
treinamento em modalidades coletivas e abertas, a mensuração de dados que
forneçam a variação nos aspectos antropométricos e motores ao longo do tempo
em jovens voleibolistas podem auxiliar nesse processo do controle da carga de
treinamento.
Essas variações também estão ligadas ao conceito de treinabilidade. A
treinabilidade se conceitua como a maneira em que a carga de treinamento
estimula a modificação da forma esportiva do atleta em determinado período.
Isto é, o potencial de treinamento dos exercícios físicos se reduz com o aumento
da capacidade de rendimento, desta forma é preciso variar os exercícios e a
intensidade de treino para que o desenvolvimento da capacidade de rendimento
não cesse (MANSO, VALDIVIELSO & CABALLERO, 1996a). O grau de
treinabilidade do atleta influencia a resposta a carga de treinamento oferecida.
Existem cinco tipos de carga de treinamento (FRY, MORTON & KEAST, 1992;
HARTMANN & MESTER, 2000; MANSO et al., 1996a; MCKENZ1E, 1999):
/- Carga ineficaz - o estímulo de treino pode ser muito baixo ou totalmente fora
da especificidade do objetivo proposto, prejudicando assim o rendimento.
2- Carga de recuperação - o estímulo de treino não é degenerativo e pode ter o
intuito de acelerar a recuperação.
3- Carga de manutenção — o estímulo de treino já está num limiar alto sendo
suficiente para não deixar o rendimento cair, mas também não é capaz de
melhorá-lo.
4- Carga de desenvolvimento — o estímulo de treino é alto chegando a níveis
máximos e em atletas de alto rendimento a carga é controlada para chegar em
níveis supramáximos.
5- Carga excessiva - o estímulo de treino é além do esperado no planejamento,
ou seja, é uma carga indesejada que chega através de erros e dificuldades no
controle do treinamento.
Uma das variáveis da carga de treinamento é o volume qual pode ser
monitorado através da duração, da distância, ou do número de repetições
executadas (WE1NECK, 1999). O volume de treino é um pré-requisito
quantitativo necessário para obtenção do alto desempenho técnico-tático e
especialmente do condicionamento físico.
É durante as primeiras fases da vida esportiva ou mesmo da temporada
de competições que o aumento do volume é capaz de aumentar o rendimento.
Todavia quando o atleta atingir um certo nível o simples aumento do volume
nem sempre traduz em melhora no rendimento, em alguns casos há até uma
diminuição (MANSO, VALD1VIELSO & CABALLERO, 1996a).
Através da quantificação do número de saltos nas ações de jogo
durante partidas de voleibol, alguns estudos procuraram determinar os volumes
ideais de carga de treinamento (ROCHA, 2000; RODACK.I, 1997).
RODACK1 (1997) analisou atletas da categoria infanto-juvenil
masculino do estado do Paraná e observou que o número de saltos efetuado por
partida, em função das posições, era 19,0 ± 7,6 para levantadores, 14,8 ± 6,3 para
os meios, 8,9 ± 4,3 para os ponteiros com média de 12,5 ± 6,5 saltos por partida.
Já ROCHA (2000) analisou 12 jogos da Super Liga feminina para
quantificar o número de saltos após a mudança das regras do jogo (sistema de
pontos corridos) e propôs a partir dessa observação o seguinte volume de saltos
para o treinamento em cada posição de jogo:
1- Levantadoras: aproximadamente 12% para o salto com deslocamento para
o bloqueio, 30% para o bloqueio sem deslocamento e 58% dos saltos
destinados ao aperfeiçoamento do levantamento.
10
com outro programa de treinamento “B” que aumenta a altura do salto vertical
em 6 cm no mesmo período de treinamento, pergunta-se então: Qual deles é o
melhor programa para categorias de base?
1 - Período preparatório
A duração desse período depende do calendário de jogos, da idade
cronológica e maturacional dos atletas, da treinabilidade dos atletas e da carga
anual de treino proposta. Para dividir o período preparatório em fase geral e fase
específica há de se considerar as fases da forma esportiva que representam as
etapas de adaptação fisiológica, biomecânica e morfológica que se processam no
organismo do atleta (RAPOSO, 1989a).
Na fase de preparação geral visa-se ampliar as possibilidades
funcionais do organismo como um todo. No treino dos jovens atletas a fase de
preparação geral deve ser mais enfatizada tanto para evitar uma especialização
precoce quanto para que ele consiga desenvolver uma condição básica mais
ampla e estável (RAPOSO, 1989a).
Já a fase de preparação específica tem o objetivo de desenvolver as
condições próprias para um imediato estabelecimento da forma esportiva. E
nesta fase que surge a forma específica e os exercícios físicos generalizados
assumem apenas função de manutenção do estado de treino alcançado
(MATVEIEV, 1985).
18
2- Período compeíiíivo
3 - Período de transição
Essa é a fase onde se processará o desaparecimento esporádico da
forma esportiva. A transição passiva tem o inconveniente da grande diminuição
da forma, já a transição ativa atenua essa perda e a recuperação da forma
esportiva do atleta que passa por esse tipo de transição é bem mais rápida.
sobre a sessão. Ê nessa parte que ele tem que aproveitar para conversar
infonnalmente com os atletas procurando ser sempre claro e objetivo.
Por fim, continuando o aprofundamento do processo de treinamento
temos no exercício fisico a base fundamental para a preparação dos atletas. A
utilização racional do exercício físico representa uma característica básica da
metodologia pedagógica e didática do treinamento esportivo. De acordo com
SILVA (1988), tem-se notado uma redução no número de exercícios utilizados
nas sessões de treino com o conseqüente aumento da quantidade de repetição.
Isso obriga a CT construir exercícios que tenham uma grande eficácia para os
objetivos propostos.
Para a construção de um exercicio a CT deve definir o seu objetivo
específico e delimitar o contexto e as condições concretas da sua realização. O
exercício deve integrar a solicitação orgânica, com os componentes de carga de
treino que devem estar coerentes com aquele período do macrociclo.
tempo para que ocorra a ação subsequente (ataque). Isso possibilita ao levantador
imprimir uma maior velocidade às jogadas ofensivas (ROCHA, 1999).
O enfoque do treinamento para a melhora da capacidade de salto é
altamente retratado na literatura. Diversas pesquisas apresentaram protocolos de
treinamento para melhorar a altura do salto vertical em jogadores de voleibol
(FRY, KRAEMER & WESEMAN, 1991; HERTOGH & HUE, 2002;
MAFFÍULETTI, DUGNANI, FOLZ, Dl PIERNO & MAURO, 2002;
NEWTON, KRAEMER & HAJCKINEN, 1999). Os programas efetivos de
treinamento combinam exercícios de musculação com exercícios pliométricos e
até com eletroestimulação na otimização dessa habilidade.
ONCKEN, STANGANELLI, ROCHA, DOURADO, FERLA e
SERENIN1 (1999), analisaram a Seleção Brasileira infanto-juvenil masculina
quanto à altura de salto vertical e de alcance para as ações de ataque e bloqueio
em jovens voleibolistas (TABELA 6). Os dados apresentados podem servir como
valores referenciais a jogadores dessa categoria.
~P.R. OLIVEIRA, Metodologia do treinamento de força para jovens atletas de voleibol, In: I Clinica
Internacional de Vollevball para Jovens, 1996, Serra Negra. Conferência.
30
4 MATERIAIS E MÉTODOS
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38
4.2.1 Amostra
A amostra foi composta por 10 atletas federados de voleibol do sexo
masculino com idade média de 16,15 ± 0,74 anos no início do estudo. Todos eles
integrantes de uma mesma equipe infanto-juvenil. Esses atletas iniciaram a
prática do voleibol com a idade média de 12,2 ± 1,48 anos. Na temporada do
presente estudo seis deles integraram a Seleção Paulista que foi Campeã
Brasileira dos Jogos da Juventude e um deles também foi campeão do
Campeonato Brasileiro de Seleções na respectiva categoria.
40
4.2.2 Procedimentos
Os dez atletas e seus respectivos responsáveis foram informados a
respeito dos objetivos, riscos e benefícios do estudo e um consentimento
informado foi assinado por todos (ANEXO I). As duas partes foram informadas
que os dados coletados seriam utilizados para elaboração desta pesquisa e que
seriam estritamente confidenciais.
Os atletas participaram de uma batería de medidas antropométricas e
testes esportivos-motores de campo que foram realizados na sede do próprio
clube e na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo
em três momentos distintos: início da preparação geral (PG1), final do período
competitivo I (COMP1) e final do período competitivo II (COMP2).
Com o intuito de observar melhor a variação de algumas capacidades
motoras durante a temporada o teste de salto vertical com contra movimento, de
flexibilidade e o teste de ida e volta foram aplicados com uma periodicidade
maior. O salto contra movimento teve uma periodicidade mensal e a
flexibilidade e o ida e volta foram medidos em cinco ocasiões
Em todos os testes espoitivo-motores os atletas passaram por uma fase
de familiarização e foram instruídos para realizar o máximo esforço.
4.2.3.1 Estatura
Foi utilizado para medição da estatura um estadiômetro constituído de
duas partes: a primeira, uma escala graduada com precisão de 0,1 cm, onde
desliza um cursor; e a segunda, uma plataforma de madeira medindo 50x50 cm
que fica perpendicular ao nível zero da escala.
41
4.2.3.5 Circunferências
Utilizou-se uma fita métrica com precisão de 0,1 cm, que foi colocada
perpendicularmente em cada segmento avaliado. Os segmentos foram medidos
três vezes consecutivas e utilizou-se a média aritmética dos valores para análise
estatística.
a) Circunferência do braço contraído
O atleta posicionou-se em pé, com o braço flexionado, à altura do
ombro, com o antebraço supinado e cotovelo no ângulo de 90°. Para medir o
braço direito, o atleta segurou com o braço esquerdo o punho direito, de modo a
opor resistência à flexão do cotovelo direito. Para medir o braço esquerdo, o
atleta fez o inverso, isto é, segurou com o braço direito, o punho esquerdo, de
modo a opor resistência à flexão do cotovelo esquerdo. Ao comando do
pesquisador o atleta realizou uma contração da musculatura flexora do cotovelo
mantendo-a enquanto o segmento era medido. As medidas foram feitas na maior
circunferência do segmento.
b) Circunferência de tronco
O atleta em pé, ereto, manteve uma frequência respiratória natural. A
fita métrica foi posicionada horizontalmente sobre a linha dos mamilos e as
medidas foram coletadas ao final da expiração.
c) Circunferência de abdômen
O atleta em pé, ereto, manteve uma frequência respiratória natural. A
fiía métrica foi posicionada horizontalmente sobre a linha da cicatriz umbilical e
as medidas foram coletadas ao final da expiração.
d) Circunferência de coxa
44
j i
FIGURA 3 - Posição dos sujeitos para execução do salto com semi agachamento
e com contra movimento.
considerada foi medida entre o ponto médio dos pés dianteiros da cadeira até o
primeiro ponto de contato do medicinebol com o solo. Realizou-se três tentativas
e foi considerada a melhor tentativa para análise estatística.
1m
20m
< ►
FIGURA 5 - Ilustração das linhas demarcatórias para o teste de ida e volta. Ao
sinal sonoro o atleta deve estar na zona de um metro
50
5 RESULTADOS
Conteúdos Media ± sd
Flexibilidade 17,59 ±3.8
Coordenação Molora 10.81 ±8.02
Resistência Acróbia 20,12 ±3.39
Resistência de Força 32 ± 21.4
Força Máxima 36.88 ± 9,46
Força Rápida 11.82 ±6,99
Velocidade/Agi 1 idade 9.68 ± 4.5
Conteúdos FR %
Flexibilidade 119 98,3
Coordenação Motora 11 (3,6
Resistência Acróbia 26 21,5
Resistência de Força 57 47,1
Força Máxima 16 13,2
Força Rápida 22 18,2
Vclocidadc/Agi I idade 22 18,2
FR % FR % FR % FR % FR % FR %
Circunf Braço Domin. (cm) 29.26 ± 1.61 29.84 ± 1.57 30.22 ± 1.17
Circunf. Braço n Domin. (cm) 28.8 ± 1.65 29.34 ± 1.49 29.84 ± 1.37
Circunf.Tronco (cm) 89.42 ±4.8 90.43 ± 5.37 91.26 ±4.75
Circunf. Abdômen (cm) 79.51 ±5.57 79.69 ± 5.43 79.81 ±4.25
Circunf. Coxa Direta (cm) 54.64 ±4.18 54.82 ± 3.87 55.65 ± 3.84
Circunf. Coxa Esquerda (cm) 53.94 ±3.87 53.84 ±4.1 55.44 ±4.16
* Semi agachamento (cm): (F 1,62 ; p 0,21) * Alcance de Ataque (cm): (F 0,25 ; p 0,78)
* Contra Movimento (cm): (F 0,14 : p 0,87) * Salto de Bloqueio (cm): (F 0,2 ; p 0,82)
* Salto de Ataque (cm): (!•' 0,72 ; p 0,5) * Alcance de Bloqueio (cm): (!■' 0.08 : p 0,92)
57
TABELA 16 - Médias e desvios padrão dos testes que envolveram força rápida
de membros superiores e velocidade de deslocamento.
PGI COMPI COMP2
TABELA 17- Médias e desvios padrão dos testes de flexibilidade, de ida e volta
e de resistência de força abdominal.
PGI COMPI COMP2
Flexibilidade (cm) 36.5 ± 5.58 38.15 ±3.76 38.45 ± 4.72
VO;llwx (ml/kg/min) 46.4 ± 2.53 47.9 ± 3.86 47.6 ± 3.36
60 n
55-
I
50- ■
■ -—
■
E 45-
O
40-
35-
30 T T T 1
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
* Fev = PCI: Jun COMPI e; Ouí COMP2
FIGURA 6 - Evolução do salto vertical com contra movimento.
6 DISCUSSÃO
aborda o conteúdo de flexibilidade no seu aquecimento diário e, isso pode até ser
um fator cultural. No entanto, mais pesquisas são necessárias para comprovar
essa observação.
Constatou-se também que o conteúdo de coordenação motora
apresentou um desvio padrão grande (10,81 ± 8,02 min). Provavelmente a causa
para isso foi que a frequência de abordagem desta capacidade motora diminuiu
gradativamente, isto é, no PG1 a coordenação era conteúdo de 90% das sessões,
no COMP1 73% e no COMP2 caiu para 28,6%. Além disso, observou-se que no
início da temporada, houve uma grande quantidade de sessões de aprendizagem
paia que os atletas executassem os exercícios coordenativos de forma correta,
Porém, uma vez que esses exercícios foram aprendidos, o mesmo conteúdo foi
abordado como sessões de repetição tendo uma menor quantidade de tempo
dedicada que no início da temporada.
A exemplo da coordenação motora, a resistência de força também
apresentou um desvio padrão bastante alto (32,0 ±21,4 min). Isto ocorreu devido
a grande variação na duração de abordagem desse conteúdo, que variou desde a
sala de musculação onde se dedicavam 50 min até uma única sessão de
exercícios abdominais que podia durar apenas 5 min. Um dado interessante desse
conteúdo é que ele começou com uma fireqüência de abordagem por volta de
60% nos períodos preparatórios gerais (PG1 e PG2), diminuiu para 40% nos
períodos preparatórios específicos (PE1 e PE2) e ficou por volta dos 26% nos
períodos competitivos (COMP1 e COMP2). Aparentemente, isso mostra uma
queda do volume de treinamento para essa manifestação da força motora e um
conseqüente aumento da intensidade haja vista que os conteúdos de força
máxima, força rápida e velocidade/agilidade tenderam a percorrer o sentido
inverso.
63
Força explosiva
Força Absoluta
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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HERTOGH, C.; MERC1ER; B.; PREFAUT, C.; MERCLER. Venous blood
lactate increase after vertical jumping in volleyball atliletes. European Journal
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194,2001.
DUDLEY, G.A.; FLECK, S.J. Strength and endurance training: are they
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PROENÇA, J.E. Curso nacional de treinadores nível II. São Caetano do Sul,
2002. (Apostila do curso ministrado de 16-25/07/2002).
spike. Journal of Shoudcr Elbow Surgery, Saint Louis, v.7, n.3, p.256-263,
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VIITASALO, J.T.; RUSKO, H.; PAJALA, O.; RAHKILA, P.; AHILA, M.;
MONTONEN, H. Endurance requirements in volleyball. Canadian Journal of
Applied Sports Science,Champaign, v.12, n.4, p. 194-201, 1987.
O projeto de pesquisa intitulado "A caracterização do treinamento esportivo no voleibol masculino:: uma
análise longitudinal numa equipe infanto-juvenil masculina” c de autoria do Assistente Técnico e mestrando da
Universidade de São Paulo Prof. Anderson Caetano Paulo.
O pesquisador fará um acompanhamento diário da equipe tendo como objetivos:
1- Verificar possíveis alterações dos parâmetros antropomclricos (massa corporal, percentual de gordura,
estatura c circunferências).
2- Registrar possíveis alterações das capacidades condicionantes e coordenativas intervenientes no voleibol:
potência aeróbia, flexibilidade, potência de membros superiores e inferiores, velocidade de deslocamento e
agilidade.
Comparar os resultados nos testes das capacidades motoras obtidos pelos indivíduos nos diferentes períodos
da temporada: preparatório, competitivo I e competitivo II.
4- Fazer uma análise da dinâmica mensal do conteúdo de treinamento com o resultado do teste de salto vertical
contra movimento.
Essa pesquisa em nada mudará a direção do treinamento e coleta de dados através dos testes motores
realizados que serão impostos aos adolescentes nessa temporada pela comissão técnica.
Os resultados dos testes motores c antropométricos do adolescente farão parte da dissertação de
mestrado do Prof. Anderson c poderão ser publicados cm revistas e anais da área do treinamento esportivo ou
demonstrados cm aulas c seminários, sendo mantido o total sigilo da identidade do adolescente.
Com essas informações, declaramos que fomos total mente esclarecidos sobre a conduta c os objetivos da
pesquisa e estamos de acordo com todos os procedimentos adotados.
Nome do atleta
Nome do Responsável
RG: