CI - Vade - Mécum Da Alimentação PDF
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CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS NUTRICIONAIS
As Forças Armadas devem, portanto, promover a saúde do efetivo por meio de uma
alimentação nutricionalmente balanceada, ou seja, que forneça macro e micronutrientes
em quantidade e qualidade adequadas. Até mesmo devido à peculiaridade do público
alvo, que é composto pelas equipes de serviço que devem ter 100% de suas
necessidades nutricionais atendidas, pois permanecem 24 horas nas Organizações
Militares; e pelo grupo de militares que tem maior dispêndio de energia, como
adolescentes (crescimento), gestantes, lactantes e os que passam por um período de
atividade física mais intensa. Logo, a eficiência das tropas depende da utilização de uma
dieta adequada às condições de vida.
O sabor dos alimentos, embora não possa ser considerado como fator nutricional,
exerce grande influência na sua ingestão, sendo por isso de grande importância no
sistema de alimentação. O fornecimento de uma dieta inadequada poderá deixar de
conduzir o homem a um estado nutricional se ela não satisfizer ao seu paladar. Esse fato
foi verificado em algumas rações operacionais usadas na 2a Guerra Mundial, das quais
certos componentes da dieta, embora de grande valor nutritivo, deixaram de ser
consumidos devido ao seu sabor desagradável.
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d) atividade física;
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19-24 40 2900
Masculino 25-50 37 2900
+ 51 30 2300
19 - 24 38 2200
Feminino 25-50 36 2200
+ 51 30 1900
1º trimestre +0
Durante a gestação 2º trimestre + 300
3º trimestre + 300
a
Para indivíduos saudáveis, com atividade leve a moderada, coeficiente de variação de 20%.
b
M: masculino; F: feminino.
a
Fonte: Recommended Dietary Allowances, 10 Ed, 1989 pela “National Academy of Sciences”. Publicado
pela Academy Press.
O valor calórico total (VCT) varia de acordo com a atividade, sendo geralmente
elevado. Os glicídios fornecerão a grande parte dessa energia e, em consequência, o
aporte de tiamina deverá ser aumentado. Devido à transpiração, o teor de cloreto de sódio
será maior da dieta. A água eliminada será normalmente reposta pela maior sensação de
sede.
b) o esportista - deve gozar de ótima saúde, sendo o seu regime individual, uma
vez que depende do físico, do plano de treinamento, do tipo de esporte, da competição.
Geralmente o esportista é jovem e daí a necessidade de cuidados maiores com sua ração
de crescimento. No dia da competição o esportista não deve experimentar qualquer
alimento novo, deve evitar gelados, não tomar café ou bebidas alcoólicas e não fumar.
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Dessa forma, é possível entender o peso corporal como o resultado da relação entre
a ingestão de energia e o gasto energético, o que caracteriza balanço energético. Este
pode ser negativo (implicando perda ponderal), positivo (originando ganho ponderal) ou
neutro (implicando manutenção do peso corporal).
1.3 Macronutrientes
a) Carboidratos
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A preservação das proteínas também ocorre por meio dos carboidratos, uma vez
que ao fornecer energia de maneira rápida, poupa dessa função as proteínas. Estas
devem ser preservadas, pois são moléculas nobres no organismo e devem ser utilizadas
para a manutenção e o reparo do tecido muscular, além de outras funções vitais, como
síntese de enzimas e hormônios. Dietas deficientes de carboidratos podem provocar
redução no tecido magro, com perda de massa muscular.
b) Proteínas
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menor que o das leguminosas, de 6 a 15% em média. Frutas e hortaliças são fontes
pobres de proteína, representando cerca de 1 a 2% do peso total.
c) Lipídios
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Os ácidos graxos trans estão presentes, em grande parte, nas margarinas, nos
biscoitos recheados e nos produtos de panificação ricos em gorduras, e são formados
quando os fabricantes adicionam hidrogênio a óleos líquidos (hidrogenação) para torná-
los semissólidos e mais estáveis.
A gordura saturada deve ser evitada, pois seu consumo tem forte associação com a
incidência de arteriosclerose das artérias coronarianas, bem como o aumento de
colesterol LDL.
1.4 Micronutrientes
a) Vitaminas lipossolúveis
Vitamina A
A função fisiológica mais conhecida da vitamina A é a inerente ao processo visual,
cuja falta pode causar cegueira noturna (maior dificuldade de adaptação da visão no
escuro), secura da pele e maior risco de contrair infecções. Contudo, a vitamina A
também inicia o impulso nervoso, modula a resposta imune, bem como o crescimento e a
diferenciação celular.
Vitamina D
É sintetizada na pele por ação dos raios UV-radiação B se o indivíduo tiver uma
correta exposição à luz solar. Porém, atualmente, devido à alta incidência de câncer de
pele, o uso de protetor solar com fatores muito altos e a restrita exposição ao sol têm sido
preconizados, o que pode limitar a biodisponibilidade da vitamina D.
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Vitamina E
Constitui um dos principais antioxidantes do organismo. Sua deficiência em seres
humanos é demasiadamente rara.
Vitamina K
Tem como função mais conhecida a inerente ao processo de coagulação
sanguínea. Por ser amplamente distribuída na natureza, sua deficiência é desconhecida.
b) Vitaminas hidrossolúveis
Vitamina C
Tem ação antioxidante porque possui a capacidade de varrer radicais livres. Atua
ainda como cofator ou cossubstrato de várias enzimas.
Sua deficiência foi relatada entre marinheiros e viajantes, no século XV, que
desenvolveram o escorbuto.
Laranja, limão, acerola, mamão papaia, morango, kiwi, suco de tomate, manga,
brócolis, couve-flor e repolho crespo são algumas das melhores fontes.
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Vitamina B1
A vitamina B1 ou tiamina parece atuar na transmissão nervosa. Sua deficiência,
conhecida como beribéri (doença do sistema nervoso periférico), é relatada há cerca de
1.300 anos.
Suas fontes são carnes magras, vísceras, grãos integrais, castanha do Brasil,
pistache, nozes e avelãs.
Vitamina B2
A vitamina B2 ou riboflavina possui múltiplas funções de importante papel no
metabolismo energético, bem como na regulação das enzimas tireoidianas, formação das
células vermelhas no sangue e ativação da vitamina B6.
Vitamina B6
A vitamina B6 ou piridoxina tem sua principal ação no metabolismo de
aminoácidos. Contudo, age como coenzima em mais de 100 reações enzimáticas
inerentes ao metabolismo de neurotransmissores, carboidratos e lipídios.
Sua deficiência é rara, uma vez que se encontra amplamente distribuída pelos
alimentos. Os seres humanos e outros mamíferos não a sintetizam, porém, a flora do
intestino grosso é capaz de fazê-lo.
Niacina
Tem um papel importante no metabolismo gerador de energia.
Ácido fólico
O folato age como coenzima em diversas reações. Está relacionado
metabolicamente com a vitamina B12. Sua deficiência é comum, principalmente nos
casos em que há interação medicamentosa. Contudo, é ricamente distribuído pelos
alimentos. Deve-se ter cuidado com essa deficiência nutricional, que influencia os níveis
de homocisteína.
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Vitamina B12
É necessária ao metabolismo de lipídios e controla a síntese de ácido nucleico,
que é o material no qual o código genético é impresso, dentre outras funções.
Biotina
Está envolvida no metabolismo de carboidratos e lipídios.
Ácido pantotênico
Desempenha importante papel na biossíntese de ácidos graxos, bem como no
metabolismo de geração de energia e de proteínas.
Carne bovina, frango, batata, aveia e outros cereais integrais, tomate, fígado e
vísceras, gema de ovo e brócolis são fontes dietéticas.
c) Minerais
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Cálcio
Grande parte desse mineral é encontrada nos dentes e ossos (99%). Constitui,
ainda, o mineral mais abundante do organismo.
São boas fontes de cálcio: leite e derivados, amêndoa, avelã, vegetais verde-
escuros e sardinha.
Fósforo
Como o cálcio, grande parte desse mineral está fixada nos ossos (85%).
Magnésio
Participa de muitas funções celulares como metabolismo de energia, proliferação
celular, modulação de sinais de transdução e transporte de íons potássio e cálcio.
Ferro
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O cálcio, por sua vez, tem um importante papel inibitório na absorção de ferro, o
que pode agravar ou levar a uma anemia. Do mesmo modo, os fitatos mantêm uma
relação inversa com esse mineral.
O ferro da dieta existe como ferro heme, encontrado nas carnes como constituinte
da hemoglobina e da mioglobina, e como ferro não heme, encontrado nos vegetais e na
gema de ovo.
Quando fornecido pelas carnes, esse mineral é mais bem absorvido do que os de
origem vegetal.
Enxofre
O enxofre está presente em todas as células do organismo, sendo constituinte
importante de pelos, unhas e pele. Está envolvido na formação do coágulo, no
mecanismo de transferência de energia e como parte de algumas vitaminas. Também é
necessário na formação de mucoproteínas. Até o momento, não existem evidências
conclusivas sobre a quantidade recomendada de ingestão de enxofre.
Cobre
Esse mineral é de grande importância, pois suas funções têm envolvimento no
sistema imunológico, no metabolismo do esqueleto e na prevenção das doenças
cardiovasculares.
São boas fontes de cobre: fígado, ostra, caju, castanha do Brasil, avelã, nozes e
semente de abóbora.
Zinco
Participa da síntese e degradação de ácidos nucleicos, carboidratos, lipídios,
proteínas, além de ser essencial para mais de 300 enzimas.
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Selênio
O selênio desempenha várias funções importantes como combate aos radicais
livres, desintoxicação hepática, ação anticancerígena, conversão de T4 em T3 (hormônios
tireoidianos), dentre outras. A melhor fonte é a castanha do Brasil.
Iodo
Sua deficiência remonta desde séculos antes de Cristo e ainda é uma realidade
tanto para países desenvolvidos como para os em desenvolvimento. Portanto, a prática
de fortificação do sal com esse mineral é efetuada em vários países, principalmente no
Brasil.
Cavala, mexilhão, bacalhau e peixes de água salgada são boas fontes desse
mineral.
Manganês
Deficiências em seres humanos foram relatadas recentemente, aumentando a
sua importância.
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São fontes desse mineral: gérmen de trigo, nozes, soja, semente de abóbora,
amêndoa, avelã e farinha de aveia.
Boro
Estudos recentes têm sugerido a importância e a essencialidade desse mineral na
função imune, crescimento e manutenção óssea, habilidade psicomotora e funções
cognitivas.
Cromo
É amplamente distribuído pelo solo e desempenha importantes funções no
metabolismo de carboidratos e de lipídios, como na potencialização da ação da insulina,
redução de níveis de colesterol total, LDL e TG, além do aumento de níveis de HDL.
Molibdênio
Suas funções são inerentes ao catabolismo de aminoácidos sulfurados. Sua
deficiência ainda não foi verificada em indivíduos saudáveis e sua biodisponibilidade foi
escassamente estudada.
Flúor
Do total de flúor presente no corpo, 99% estão associados com tecidos
calcificados (ossos e dentes), provavelmente aumentando a resistência à cárie dentária.
O peixe é uma fonte alimentar primária para o flúor, embora a água seja a mais
importante fonte natural, dependendo do local.
1.5 Água
Nela se realizam os processos químicos da vida. A falta de água causa a morte muito
mais rapidamente do que a falta de alimentos, e suas perdas devem ser constantemente
substituídas. A água é perdida por meio da urina, do suor, das fezes, dos pulmões etc. É
encontrada, em espécie, em bebidas, sopas, e como água de constituição dos alimentos
sólidos tais como carne, verduras, legumes e frutas como melancia e melão (que
possuem 80 e 60% de água, respectivamente).
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Uma taxa adicional de água é fornecida pela oxidação dos carboidratos, das proteínas
e dos lipídios. Nas condições normais, a reposição de água deve ser de 2,5 litros/dia, ou
de 8 a 10 copos/dia.
1.6 Fibras
As fibras alimentares são um tipo de carboidrato não digerido pelas enzimas digestivas.
Entretanto, alguns tipos podem ser digeridos pelas bactérias do intestino, gerando
compostos que são utilizados pelas células intestinais. São encontradas no reino vegetal.
Compreendem a celulose, a hemicelulose, as pectinas, as mucilagens, as gomas e as
ligninas.
Têm obtido importância clínica já que seus efeitos reguladores trazem inúmeros
benefícios, os quais abrangem prevenção e tratamento da obesidade, da constipação
intestinal, da diabetes, do câncer de cólon, da aterosclerose, da síndrome do intestino
curto, dentre outros. Saliente-se que para se obter as funcionalidade das fibras é
primordial a ingestão adequada de água.
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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO II
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Os nutrientes são substâncias que atuam nas reações químicas do nosso organismo
(metabolismo) como material energético, para construção ou como fator de regulação das
atividades. Compreendem os carboidratos, as proteínas, os lipídios, as vitaminas e os
minerais.
Devem ainda ter como base as Leis da Nutrição: quantidade, qualidade, harmonia e
adequação. Ou seja, a alimentação deve ser suficiente para garantir um aporte nutricional
adequado (quantidade) e ser composta de boa matéria-prima, além de todos os nutrientes
necessários ao indivíduo (qualidade). Deve proporcionar equilíbrio entre os nutrientes,
resguardando, assim, a biodisponibilidade (harmonia) e ainda respeitar hábitos
alimentares, clima, faixa etária, dentre outros fatores (adequação).
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CAPÍTULO III
BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
Vitamina A e Carotenoides
a) a cocção pode aumentar o conteúdo de carotenoides em vegetais, porém, a
exposição mais prolongada a altas temperaturas pode reduzir a biodisponibilidade pelo
processo de oxidação. O tratamento a vapor parece ter efeito positivo na cenoura e no
espinafre;
b) o etanol (bebida alcoólica) depleta os estoques hepáticos de vitamina A;
c) a deficiência de vitamina A dificulta a mobilização dos estoques de ferro;
d) a mobilização e o transporte da vitamina A dependem do zinco, o qual participa
da síntese da proteína envolvida nesses processos.
Vitamina D
a) normalmente, não há problemas de biodisponibilidade em indivíduos sadios;
b) no intestino delgado, aumenta a absorção de cálcio e fosfato.
Vitamina E
a) sua biodisponibilidade é maior em alimentos fontes de gordura;
Vitamina K
a) sua biodisponibilidade é praticamente desconhecida;
b) suplementos de vitamina E (doses elevadas) podem antagonizar com sua função.
Vitamina C
a) não há muitos dados sobre sua biodisponibilidade;
b) age na absorção e no metabolismo do ferro;
c) sofre oxidação e protege a vitamina E em processos de oxidação de lipídios.
Vitamina B1 (tiamina)
a) sua absorção é prejudicada no alcoolismo;
b) polifenóis, sulfitos e outros compostos termoestáveis favorecem a sua quebra
oxidativa. O sulfito é largamente utilizado em alimentos processados;
c) o ácido tânico presente nos chás pode favorecer sua deficiência.
Vitamina B2 (riboflavina)
a) participa da ativação da vitamina B6;
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Vitamina B6 (piridoxina)
a) sofre perdas no processo de cozimento e enlatados de carnes e vegetais; na
moagem do trigo para obtenção de farinhas e no congelamento de vegetais.
Niacina
a) está mais biodisponível na carne do que em cereais tidos como fonte;
b) a carência do zinco e o alcoolismo estão relacionados à sua deficiência.
Acido fólico
a) é verificada uma diminuição na retenção de folato na carência de vitamina B12;
b) possui biodisponibilidade alta no leite.
Biotina
a) sua biodisponibilidade nos alimentos ainda é desconhecida.
Cálcio
a) transporte dependente de vitamina D;
b) possui baixa absorção em alimentos ricos em ácidos oxálicos, como batata-doce
e feijão;
c) sementes e castanha podem reduzir a absorção por serem fontes de ácido fítico;
d) excesso de sal e de proteínas na alimentação aumenta a excreção urinária de
cálcio;
e) cafeína pode reduzir sua retenção nos ossos.
Fósforo
a) todas as fontes têm boa biodisponibilidade, com exceção das sementes como
feijão, ervilha, cereais e castanha, pois contêm alto teor de ácido fítico;
b) antiácidos com alumínio na fórmula reduzem sua absorção.
Magnésio
a) fibras, fitatos e álcool reduzem sua absorção;
b) álcool e cafeína aumentam sua excreção urinária;
c) lactose e outros carboidratos podem aumentar sua absorção.
Ferro
a) a vitamina C aumenta a biodisponibilidade do ferro na forma não-heme;
b) a vitamina A pode afetar o seu transporte;
c) a absorção de níquel, manganês, cádmio, cobalto e zinco fica aumentada na
deficiência de ferro, sugerindo uma possível competição;
d) o cálcio e os fitatos exercem efeito inibitório na sua absorção.
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Cobre
a) o processamento de alimentos pode reduzir sua biodisponibilidade, assim como a
trituração de grãos integrais com remoção de farinha e gérmen;
b) altas ingestões de ferro (suplementos) podem afetar o estado nutricional de cobre
no organismo;
c) zinco em excesso prejudica sua absorção.
Zinco
a) glicose, aminoácidos e hidroxiácidos podem facilitar sua absorção;
b) cádmio e outros íons com propriedades semelhantes podem diminuir sua entrada
na célula;
c) a fibra reduz sua absorção;
d) o cálcio reduz sua biodisponibilidade.
Selênio
a) metionina, proteína, vitaminas E, A, C e outros antioxidantes otimizam sua
absorção;
b) enxofre e metais pesados inibem sua absorção.
Iodo
a) milho, mandioca, broto de bambu, batata-doce, couve-flor e algumas variedades
de leguminosas reduzem sua biodisponibilidade;
b) selênio otimiza a sua utilização pelo organismo.
Manganês
a) a sua ingestão concomitante com ferro, fósforo e cálcio pode reduzir sua
absorção.
Boro
a) cálcio e vitamina D são potencializadores nutricionais.
Cromo
a) ferro em excesso pode prejudicar o transporte desse mineral;
b) alimentação rica em açúcares simples aumenta a sua excreção urinária;
c) oxalato (presente em alguns vegetais e grãos) aumenta sua absorção;
d) alta ingestão de fitatos reduz sua absorção.
Molibdênio
a) não se tem informações suficientes sobre sua biodisponibilidade.
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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO IV
CLASSIFICAÇÃO DIETÉTICA DOS ALIMENTOS
Atualmente, a maioria dos leites industrializados é processada pelo método UHT (Ultra
High Temperature - 135 a 150ºC por 2 a 4 segundos) para garantir sua qualidade
microbiológica e, por seguinte, maior tempo de estocagem.
O leite em pó, obtido pela retirada total da água contida no leite in natura, também
possui um tempo de prateleira elevado, podendo ser estocado de 6 a 18 meses,
dependendo da temperatura e da umidade relativa do estoque. Em câmara fria, pode ser
estocado por até 25 meses na temperatura de -18ºC. As condições mais práticas e
comumente utilizadas são temperatura de +20ºC e umidade relativa de 60%.
4.2 Ovos
O ovo de galinha é composto de clara (cerca de 35g) e gema (cerca de 15g). A clara é
rica em proteína e vitamina B2, enquanto a gema em gordura, vitaminas lipossolúveis,
ferro, enxofre e cálcio.
Os ovos comercializados são classificados, de acordo com o seu peso, em ovo tipo
extra (peso superior a 61g), ovo tipo especial (peso entre 55 e 60g), ovo de primeira
qualidade (peso entre 49 e 54g), ovo de segunda qualidade (peso entre 43 e 48g) e ovo
de terceira qualidade (peso entre 35 e 42g).
Outra opção bastante atraente para uso em cozinhas industriais são as embalagens
institucionais de ovos pasteurizados resfriados (integral, gema e clara), que oferecem
maior rendimento e praticidade na elaboração da receita e segurança pelo processo de
térmico emprego. Nessa linha também existem as opções de ovos desidratados (integral,
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4.3 Carnes
Carne pode ser definida como sendo constituída pelos tecidos animais, via de regra o
tecido muscular, utilizado como alimento. Em termos gerais, as carnes podem ser
subdivididas em “carnes vermelhas” e “carnes brancas”. Dentre as “carnes vermelhas”, as
mais consumidas no país são as de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. As “carnes
brancas” são provenientes de aves domésticas e peixes, com mais frequência as de
galinhas e perus e pescados em geral.
A carne, seja ela bovina, ovina, suína, de aves ou de pescados, deve apresentar
atributos de qualidade sanitária, nutritiva e organoléptica. As características
organolépticas da carne são os atributos que impressionam aos órgãos do sentido, como
o frescor, a firmeza e a palatabilidade.
a) Carne bovina
Os nomes dos cortes variam de um local para o outro, já que diverge muito a
maneira de retalhar o animal. Porém, os cortes de primeira são mais macios devido ao
pouco exercício muscular e maior quantidade de gordura da região (lombo, filé-mignon,
entre outros).
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Basicamente, existem dois modos de cozimento de carne: por calor seco (grelhar,
assar, refogar) e por calor úmido (cozinhar ou ensopar).
Os cortes que podem ser grelhados são preferencialmente os de: bisteca, t-bone,
filé-mignon, contrafilé, alcatra (miolo de alcatra, picanha e maminha), fraldinha, patinho e
o coxão-mole.
Alguns cortes que podem ser assados são os de: peito, cupim, costela, contrafilé,
filé-mignon, alcatra, coxão-duro, lagarto, coxão-mole e fraldinha.
O charque ou carne seca é obtido por meio do processo de salga da carne in natura.
Tem quatro vezes a concentração de proteína em relação à carne in natura. Deve ser
colocada em remolho (molho na água) antes do preparo para retirada do sal em excesso
e hidratação das fibras musculares.
b) Carne suína
Os cortes magros são considerados uma carne nutritiva, saborosa, rica em proteína,
pobre em carboidratos e com baixo valor energético. Além disso, a carne suína é
considerada fonte de vitaminas A, B1, B2, B12 e C, cálcio e fósforo.
c) Pescado
Pescado fresco é aquele que não sofreu qualquer processo de conservação, exceto
pelo resfriamento, e que mantém seus caracteres organolépticos essenciais inalterados.
A estrutura tissular do peixe é débil, sua trama muscular mais tenra (friável), com
menos tecido conectivo (colágeno) e por isso menos compacta e resistente quando
comparada com o músculo dos mamíferos.
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d) Carne de aves
Para se conservar a maciez, no tempo de cocção das aves devem ser considerados
o tamanho e a idade da ave. A temperatura de cocção também deve ser branda.
4.4 Leguminosas
4.5 Hortaliças
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folhas (de abóbora, batata, beterraba, cenoura, couve-flor, inhame, mandioca, quiabo, uva
e urtiga, quando tenras), funcho, jambu, jiló, maxixe, mostarda, ora-pro-nóbis, palmito,
pepino, pimentão, rabanete, repolho, serralha, salsa, taioba, tomate etc.
4.6 Frutas
Contêm alto teor hídrico (85% de água), porém são pobres em proteínas e lipídios, com
exceção do abacate e oleaginosas.
- Frutas do Grupo A:
+ contendo cerca de até 5% de carboidratos: abacate, abacaxi, açaí, araçá, biribá,
buriti, caju, carambola, goiaba, groselha, melancia, melão, morango, pitanga, uvaia, umbu
etc;
+ contendo até 10% de carboidratos: abiú, abricó, bacaba, cajá (taperebá), jaca,
jambo, laranja, lima, limão, maracujá, pêssego, pitanga, romã, ucumã etc.
- Frutas do Grupo B:
+ contendo cerca de até 15% de carboidratos: ameixa, amora, bacuri, cereja,
condessa, cupuaçu, damasco, figo, framboesa, fruta-do-conde, graviola, imbu, jamelão,
maçã, mamão, manga, mangostão, pêra, sapoti etc;
+ contendo até 20% de carboidratos: anona, banana, caqui, fruta-pão, ingá,
mangarito, marmelo, nêspera, pequi (pequiá), pupunha, uva etc;
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- Frutas oleaginosas:
+ contendo cerca de 16% de carboidratos: amêndoas, avelãs, castanha-de-caju,
castanha-do-Brasil, castanha-de-sapucaia, nozes etc.
4.7 Cereais
Os componentes deste grupo são ricos em carboidratos, sendo esse item responsável
por cerca de 70% da composição nutricional. Podem ser moídos para se obter farinhas de
diferentes tipos e diversas aplicações culinárias.
São exemplos de cereais: trigo, arroz, cevada, milho, aveia, quinoa, dentre outros. A
semolina e a sêmola são subprodutos do trigo, assim como o fubá, a fubarina e a
canjiquinha são resultantes de diferentes graus de subdivisão do milho.
4.8 Gorduras
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CAPÍTULO V
PIRÂMIDE ALIMENTAR
No entanto, os hábitos alimentares americanos são diferentes dos nossos. Por essa
razão, a pirâmide americana foi adaptada aos hábitos brasileiros, conforme representado
a seguir (Figura 1).
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Primeiro nível (base): é composto por cereais (arroz, trigo), raízes e tubérculos
(batata, mandioca, mandioquinha, inhame) e massas (pães, bolos). São alimentos ricos
em carboidratos, responsáveis pelo fornecimento de energia para o organismo. Deve-se
consumir de 5 a 9 porções por dia.
Terceiro nível: é composto por leite e derivados, carnes e ovos e leguminosas. São
alimentos ricos em proteínas, responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos do
organismo. Leguminosas e oleaginosas são importantes, pois configuram boas fontes de
aminoácidos, de ácidos graxos insaturados, além de minerais e vitaminas. Deve-se
consumir 3 porções de leite e derivados por dia; de 1 a 2 porções de carnes e ovos e 1
porção de leguminosas.
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CAPÍTULO VI
VALOR NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS
Cada alimento tem seu valor energético específico, ou seja, determinada quantidade de
alimento libera certa quantidade de energia quando metabolizada, e esta depende,
fundamentalmente, da composição do alimento no que diz respeito aos substratos
energéticos.
Do mesmo modo, os macronutrientes devem manter uma relação com o total das
calorias diárias. Assim, 55 a 65% das calorias devem ser provenientes de carboidratos, 10
a 15% das proteínas e 20 a 30% de lipídios.
Pode-se ainda trabalhar com média. Por exemplo, listar todos os vegetais do tipo A
utilizados na salada e em seguida determinar o valor calórico e de nutrientes de cada um.
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Outro método é utilizar a ficha de preparação. Nela ficam inseridas informações como
modo de preparo, tempo de cocção, além de valor calórico e de nutrientes per capita da
preparação ou alimento em questão.
Um dado importante a ser relacionado na ficha é o fator de correção. Esse fator está
relacionado com as perdas ocorridas no pré-preparo do alimento, como a retirada da
casca ou o corte de aparas. Aplicando-o é possível obter o peso líquido do alimento, ou
seja, o que realmente será utilizado. É do peso líquido que deve ser calculado o valor
nutricional dos alimentos. No Anexo D encontra-se uma lista de fator de correção (FC):
FC = PB
onde: PB é o peso bruto e PL é o peso líquido
PL
O FC é o fator pelo qual deve ser multiplicada a quantidade de alimento limpo, pronto
para preparar (PL), para se saber a quantidade do mesmo alimento bruto (PB) a ser
comprado.
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CAPÍTULO VII
METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DE CARDÁPIOS
7.1 Introdução
O consumo diário de alimentos deve estar distribuído em, pelo menos, três refeições
diárias - desjejum, almoço e jantar, totalizando 2.800 kcal, distribuídos de acordo com a
pirâmide alimentar (Capítulo V) e orientações sugeridas na lista de substituições dos
alimentos (Anexo C). Essas três refeições não devem ser omitidas visto que o organismo
precisa de alimentos e esses devem ser ingeridos em intervalos regulares.
Lembrando que o consumo diário de 2.800 kcal é relativo a uma população saudável
com atividade leve a moderada. Para atividade física (muscular) o valor calórico diário
será aumentado. Esses valores constam no Capítulo I, Tabela 2.
Cardápio é definido como uma lista de preparações culinárias que compõem uma
refeição ou todas as refeições de um dia ou período determinado. Para tanto é necessário
definir os padrões dietéticos e fazer o reconhecimento das técnicas dietéticas dos
alimentos a fim de atender as leis de alimentação.
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7.3 Desjejum
O fornecimento de calorias para essa refeição deve ser de aproximadamente 420 kcal.
a) Infusões
Os infusos mais usados são café, chá preto e mate. São servidos geralmente
quentes, levando calorias ao organismo; têm ação estimulante e ativam a circulação.
Várias sementes e ervas são usadas para fazer infusões de efeito calmante, digestivo,
carminativo etc. Dentre elas destacam-se a erva-cidreira, a camomila e a erva-doce.
b) Açúcares
O açúcar de mesa é proveniente da cana-de-açúcar e está presente em grande
quantidade nos alimentos processados, contribuindo sobremaneira para as calorias
diárias. O peculiar sabor doce induz ao elevado consumo desse produto nas diferentes
refeições. É importante ressaltar que o consumo exagerado de açúcar acarreta diversas
patologias, dentre elas cáries dentárias, aumento do nível de gorduras no sangue e
diabetes mellitus. Também fazem parte desse grupo os achocolatados em pó, mel,
rapadura, leite condensado etc.
c) Laticínios
O leite mais usado na alimentação humana é o leite de vaca, seguido do leite de
cabra. A composição do leite é diferente para cada raça e varia também de acordo com a
alimentação do animal, a estação do ano e a época da lactação. O leite é uma das
principais fontes de cálcio e proteína, podendo ser utilizado puro ou com adição de
açúcares, infusões e frutas. Estão disponíveis no mercado outros produtos que podem ser
utilizados em substituição ao leite, tais como a bebida láctea, o iogurte, a coalhada. Vale a
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pena ressaltar que estamos tratando apenas de laticínios que se apresentam na forma
líquida.
d) Gorduras
Os lipídios são nutrientes que desempenham funções energéticas, estruturais e
hormonais no organismo. Gorduras e óleos têm como principal função o fornecimento de
energia, além de conferir sabor, sensação de saciedade e veicular vitaminas
lipossolúveis. As gorduras podem ser de origem animal (gordura e pele de animais,
manteiga etc.) ou vegetal (óleo de soja, gordura vegetal hidrogenada, margarina). Sua
ingestão excessiva tem sido relacionada a doenças coronarianas.
e) Cereais e panificados
Os cereais e seus derivados, como aveia, farinha de milho e farinha de arroz, são
popularmente utilizados para a preparação de mingau. As massas alimentícias constituem
um grande grupo de alimentos de alto valor calórico e ótima aceitação. São ricos em
carboidratos e podem também ser ricos em fibras, quando consumidos na sua forma
integral.
f) Frios e afins
Os frios são produtos cárneos ricos em proteínas. São representados pelos
presuntos, apresuntados, salames, mortadelas etc. e comumente são consumidos com
produtos panificados. Serão incluídos nesse grupo também queijos (apesar de serem
laticínios), ovos, salsichas e hambúrgueres.
g) Frutas
Os alimentos designados por frutas têm características especiais: natureza
polposa, aroma próprio, rico em açúcares solúveis, sabor doce e agradável. Além disso,
possuem alto valor vitamínico e mineral e normalmente têm valor calórico baixo e são
facilmente digeridos. Podem ser consumidas cruas, cozidas ou em forma de sucos.
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Ambas as refeições deverão ser compostas das seguintes preparações: entrada, prato
principal, guarnição, prato base, acompanhamentos e sobremesa.
De acordo com a ocasião, os cardápios podem ser mais ou menos ricos, variados,
refinados, simples ou econômicos, mas ambas as refeições (almoço e jantar) devem
obedecer a uma sequência predeterminada:
a) Entrada
Essa pode ser composta por sopa, salada crua ou cozida, salgado frio ou quente.
Em um mesmo cardápio pode-se ter os três, desde que o nível financeiro o permita.
Podem fazer parte da entrada: consommés, antepastos, torradas, pães (chamados
couvert) ou salgadinhos. Isso dependerá do padrão do cardápio e do custo estabelecido.
b) Prato principal
Essa é a preparação que mais contribuirá para o aporte de proteínas da refeição.
Poderá ser composta por carne bovina, suína, aves e pescados. O prato principal
normalmente é a preparação de custo mais elevado do cardápio; por esse motivo, em
geral todas as outras preparações são planejadas com base nesse item, devendo, porém,
atentar para a combinação dos outros componentes, a fim de controlar o custo e
harmonizar sabor, textura e aroma.
c) Guarnição
Consiste na preparação que acompanha o prato principal. Em geral utiliza-se um
vegetal ou massa para equilibrar os sabores e texturas.
d) Prato base
Considerado de grande importância pelo ajuste de energia no cardápio. Consiste,
geralmente, no arroz e feijão. O feijão pode ser substituído por qualquer outra leguminosa
seca como lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja etc. Isso dependerá da combinação com os
outros alimentos e a aceitação por parte dos clientes. Devido ao hábito alimentar
brasileiro, torna-se indispensável colocá-lo no cardápio, mesmo que haja outra
leguminosa como, por exemplo, salada de grão-de-bico.
e) Sobremesa
Pode ser um doce e/ou uma fruta da época, pois, além de ser mais nutritiva, é
mais barata. O doce poderá ser preparado no próprio rancho ou ser industrializado. Em
geral, nos cardápios de mais baixo custo pode-se utilizar doces em lata, confeitos e outras
guloseimas.
f) Complementos
Esses são variados e dependem do padrão estabelecido para o cardápio ou
aceitação dos clientes. É comum servir-se: pães, farinha de mandioca, pimenta-
malagueta, sucos industrializados ou naturais, refrescos em pó, refrigerantes, água
mineral e os temperos e molhos para salada poderão ser apresentados na forma de
vinagrete ou de recipientes com os temperos em separado. Deve-se considerar que
muitos desses complementos não contribuem para um cardápio, porém fazem parte do
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hábito de vários clientes. É importante lembrar que em alguns casos o paladar individual é
sobreposto pelo coletivo e que nem sempre é possível estabelecer cardápios que
atendam a preferências pessoais (vegetariana, macrobiótica etc.).
7.5 Recomendações
No entanto, o mesmo tipo de carne sempre aparece mais de uma vez na programação
semanal, fato que deve ser contornado com a variedade na sua apresentação e técnica
de preparo (grelhados, cozidos, assados, picados, desfiados, moídos, fritos, empanados,
à dorê, à milanesa).
Muitas vezes, com o intuito de agradar aos clientes atendendo a seus pedidos, comete-
se o erro de oferecer no mesmo dia, ou em dias consecutivos, ou ainda em dias
alternados, mas em curto espaço de tempo:
- preparações com molho. Ex.: rolê ao sugo, almôndegas ao molho, bife a pizzaiolo;
- preparações com elementos comuns. Ex.: bife a cavalo com farofa de ovo; frango
assado com batatas e purê de batatas;
- alimentos que contenham a mesma cor. Ex.: salada de tomate, espaguete ao sugo;
sobremesa: caqui;
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- alimentos com a mesma consistência. Ex.: sopas-creme com purês, purês com
doces cremosos (sobremesa); e
- procurar variar receitas para alimentos iguais, bem como tipo de corte e
apresentação;
- procurar evitar cardápios com a mesma característica: tudo cozido ou tudo pastoso;
- não se deve incluir alimentos da mesma família. Ex.: repolho, couve-flor, acelga;
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7.6 Exemplo de cardápio para 100 pessoas e respectiva lista de compras:
JANTAR
DESJEJUM ALMOÇO
– Sopa de ervilha
– Mingau de maisena – Salada de vegetais
– Frango guisado c/ quiabo
– Fruta (laranja) – Bife à milanesa
– Arroz
– Café com leite – Purê de batatas
– Repolho
– Pão – Arroz/Feijão
– Fruta (caqui)
– Manteiga – Fruta (abacaxi)
– Suco de maracujá
– Queijo – Suco de uva
– Torradas – Café
Itens do desjejum Per capita Qtd. Líq. (kg) Itens do almoço Per capita Qtd. Líq. (kg) Itens do jantar Per capita Qtd. Líq. (kg)
Leite 200 ml 20 l Alface 20 g 2 kg Caldo de Legumes 200 ml 2l
Maisena 20 g 2 kg Cenoura 50 g 5 kg Ervilha 30 g 3 kg
Açúcar 12 g 1,2 kg Tomate 50 g 5 kg Batata 150 g 15 kg
Canela (em pó) 5g 0,5 kg Azeite 5 ml 0,5 l Paio 10 g 1 kg
Frios sortidos 30 g 3 kg Torradas 30 g 3 kg
Laranja 140 g (1 unid) 14 kg (100 unid)
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7.7 Lista de compras do exemplo de cardápio para 100 pessoas:
GÊNEROS DESJEJUM ALMOÇO JANTAR TOTAL A
Q. LÍQUIDA(g) F.C. Q.BRUTA Q. LÍQUIDA(g) F.C. Q.BRUTA Q. LÍQUIDA(g) F.C. Q.BRUTA ADQUIRIR (Kg)
1 ABACAXI ------------------ ----- ------------ 10 kg 1,89 18,9 kg ------------------ -------- ------------ 19 kg
2 AÇÚCAR 1,2kg +1,2kg ----- ------------ 1,2 kg -------- ----------- 1,2 kg+1,2 kg -------- ------------ 6,0 kg
3 ALFACE ------------------ ----- ------------ 2 kg 1,21 2,42 kg ------------------ -------- ------------ 2,5 kg
4 ARROZ ------------------ ----- ------------ 10 kg -------- ----------- 10 kg -------- ------------ 20 kg
5 AZEITE ------------------ ----- ------------ 0,5 kg -------- ----------- ------------------ -------- ------------ 0,5 l
6 BATATA ------------------ ----- ------------ 15 kg 1,06 15,9 kg 15 kg 1,06 15,9 kg 31,8 kg
7 CAFÉ EM PÓ 0,5 kg ----- ------------ -------------- -------- ----------- 0,5 kg -------- ------------ 1 kg
8 CALDO DE CARNE ------------------ ----- ------------ -------------- -------- ----------- 2l -------- ------------ 2l
9 CANELA EM PÓ 0,5 kg ----- ------------ -------------- -------- ----------- ------------------ -------- ------------ 0,5 kg
10 CAQUI ------------------ ----- ------------ -------------- -------- ----------- 13 kg 1,06 13,78 kg 13,8 kg
11 CARNE BOVINA (PÁ)1ª ------------------ ----- ------------ 6,5 kg 1,65 10,7 kg ------------------ -------- ------------ 10,7 kg
12 CENOURA ------------------ ----- ------------ 5 kg 1,17 5,85 kg ------------------ -------- ------------ 5,85 kg
13 CONDIMENTOS q.s. ----- ------------ q.s -------- ----------- q.s -------- ------------ q.s
14 ERVILHA ------------------ ----- ------------ -------------- -------- ----------- 3 kg 1,03 3,09 kg 3,1 kg
15 FARINHA DE ROSCA ------------------ ----- ------------ 1,2 kg -------- ----------- ------------------ -------- ------------ 1,2 kg
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d) Bife a cavalo: bife com um ou dois ovos em cima. Pode ser feito frito com vários
condimentos, inclusive o alho;
e) Bife a pizzaiolo: bifes fritos, com fatias de queijo mussarela, ou prato e orégano por
cima, podendo ser acrescentado de molho de tomate, creme de leite, cogumelos e/ou
presunto;
j) Clarificar: adicionar clara de ovo batida ao caldo concentrado de carne, para retirar
da superfície partículas de proteína coagulada;
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x) Panachê de legumes: ferver água com sal em uma panela grande e cozinhar um
legume por vez rapidamente, deixando-os ainda crocantes. Aquecer uma frigideira
grande, derreter a margarina, juntar 2 colheres (sopa) de água e colocar os legumes.
Misturar delicadamente. Temperar com sal e pimenta do reino, polvilhar salsa;
z) Refogar: passar o alimento na panela quente (com ou sem gordura; com ou sem
tempero) para dourar a superfície;
bb) Remolho: permanência do alimento por várias horas na água, para amolecer ou
perder sal;
dd) Sauté: legumes cortados em cubos passada na manteiga, após pronta adicionada
de salsa;
ee) Souflé: preparação semelhante ao pudim, feita no forno, que leva clara batida
dando-lhe característica esponjosa;
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CAPÍTULO VIII
ALIMENTOS FUNCIONAIS
Pode-se dizer que os alimentos funcionais estão em ênfase nas pesquisas científicas,
pois seus componentes têm sido relacionados à prevenção de patologias como câncer,
diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, bem como outras com risco de morte
significativa.
Tais levantamentos apontam para uma área promissora, mas que ainda carece de
estudos conclusivos e consenso na comunidade científica. A utilização desses recursos
deve servir como incentivo às pesquisas mais aprofundadas, contribuindo para melhorar a
qualidade de vida no futuro.
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- Tomate e goiaba: fontes de licopeno o qual tem demonstrado que o seu consumo
possui relação inversa com o risco de doença cardiovascular e alguns tipos de câncer;
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CAPÍTULO IX
NUTRIÇÃO COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE DOENÇA
9.1 Introdução
Mais do que nunca, o interesse é crescente em identificar os fatores que levam a uma
vida saudável. Uma boa nutrição por toda a vida é um fator claro na determinação da
qualidade de vida que uma pessoa pode esperar anos mais tarde.
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A quantidade de sal por dia deve ser, no máximo, uma colher de chá rasa, por pessoa,
distribuída em todas as preparações consumidas durante o dia.
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2º passo: coma feijão pelo menos uma vez por dia, no mínimo quatro vezes por
semana;
3º passo: reduza para no máximo uma vez por semana o consumo de alimentos
gordurosos, como carne com gordura aparente, salsicha, mortadela, frituras e
salgadinhos;
5º passo: faça pelo menos três refeições e um lanche por dia. Não pule as refeições;
10º passo: seja ativo. Pratique trinta minutos de atividade física todos os dias.
Caminhe no seu bairro. Não passe muitas horas assistindo TV.
Manter-se ativo promove uma mudança radical no corpo. O organismo solicita hábitos
saudáveis. Os alimentos gordurosos começam a se tornar indesejados, as refeições
exageradamente calóricas são rejeitadas, a autoestima aumenta com a melhora na
estética corporal, a resistência física é aumentada, a produtividade e a capacidade de
trabalho são favorecidas e a expectativa de vida ampliada.
Assim, cada vez mais fica comprovado que a saúde não é simplesmente a ausência
de doença, mas sim a associação de bem-estar e qualidade de vida. Dieta, nutrição e
escolha de estilo de vida saudável são fatores que promovem a tão desejada saúde.
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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO X
ORIENTAÇÕES DIETOTERÁPICAS
10.1 Introdução
O presente capítulo tem por finalidade orientar a conduta nutricional para atendimento
a militares que apresentem condições patológicas de pequena gravidade, quando não
seja necessário, ou possível, internação em unidade hospitalar.
É importante ressaltar que cabe a cada Unidade Hospitalar elaborar seu próprio
Manual de Dietas de acordo com a especificidade das patologias apresentadas por seus
pacientes.
Essa dieta tem como objetivo manter o estado nutricional de pacientes com ausência
de alterações metabólicas significativas ou risco nutricional. É indicada para aqueles
indivíduos que não requerem modificações específicas na dieta. Entretanto, deve-se
atentar que haja uma distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes, devendo
ser fracionada em cinco a seis refeições por dia.
Na dieta normal não existe restrição no tipo ou no método de preparo dos alimentos
servidos, entretanto, é recomendável evitar o excesso de gorduras e açúcar.
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Exemplo de Cardápio:
a) café da manhã - café com leite, pão com margarina; fruta;
b) almoço - salada, frango ao molho, polenta, arroz e feijão. Sobremesa: fruta;
c) lanche - chá e pão com geleia;
d) jantar - salada, bife a rolê, couve-flor gratinada, arroz e feijão. Sobremesa láctea
(ex.: pudim de baunilha); e
e) ceia - chá com cracker.
Recomendações:
1) evitar frituras;
2) utilizar hortaliças frescas ou congeladas;
3) preferir o cozimento rápido das hortaliças, para diminuir a perda de nutrientes;
4) incluir hortaliças verde-escuras e leguminosas várias vezes na semana;
5) usar molhos de salada pobres ou sem gorduras;
6) preferir frutas secas e com casca;
7) contar como uma porção de frutas somente os sucos 100% puros;
8) retirar as gorduras visíveis das carnes;
9) selecionar as carnes assadas, grelhadas ou preparadas no vapor, evitando as
frituras;
10) limitar a quantidade de gorduras e açúcares adicionados aos alimentos no
momento do preparo ou à mesa; e
11) dispor as preparações de forma harmoniosa.
Essa dieta tem como objetivo fornecer uma alimentação que contenha o mínimo
possível de fibras que não foram abrandadas pela cocção. Sendo assim, deve ser
utilizada como transição entre uma dieta líquida e uma normal.
A dieta branda pode ser servida a pacientes com problemas mecânicos de ingestão e
digestão, ou ainda para melhorar a aceitação dos alimentos na presença de gastrite ou
úlcera péptica, sendo fracionada de cinco a seis refeições por dia, não devendo utilizar
alimentos flatulentos.
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Exemplo de Cardápio:
a) café da manhã - leite, pão com margarina; fruta cozida;
b) almoço - salada, frango ao molho, polenta, arroz e caldo de feijão; sobremesa:
fruta cozida;
c) lanche - chá e pão com geleia;
d) jantar - salada, bife a rolê, cenoura cozida, arroz e caldo de feijão; sobremesa
láctea (ex.: pudim de baunilha); e
e) ceia - chá com cracker.
Recomendações:
1) preferencialmente, cozinhar as hortaliças em fogo brando e com sal adicionado;
2) evitar café, álcool, condimentos, pimenta, catchup, maionese, mostarda,
refrigerantes, água com gás, sucos artificiais e extratos de carne;
3) pode ser utilizado o mamão e o suco de três ameixas pretas em conserva
liquidificadas, além dos chás laxativos; o baixo teor de fibras pode resultar em obstipação
intestinal; e
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Essa dieta tem como objetivo fornecer uma alimentação que possa ser mastigada e
deglutida com pouco ou nenhum esforço. Deve ser ministrada a pacientes com
dificuldades na mastigação ou deglutição devido a inflamação, distúrbios neuromotores,
alterações anatômicas da boca ou esôfago e uso de próteses dentárias, fracionada em 5
a 6 refeições por dia.
Exemplo de Cardápio:
a) café da manhã - papa de leite com pão sem casca;
b) lanche - fruta amassada (purê);
c) almoço - creme de espinafre, frango desfiado ao molho, polenta mole, arroz-papa
e caldo de feijão; sobremesa: fruta amassada (purê);
d) lanche - vitamina de frutas;
e) jantar - salada de hortaliças cozidas amassadas, bife tenro desfiado, cenoura
cozida amassada, arroz-papa e caldo de feijão; sobremesa láctea (ex.: pudim de
baunilha); e
f) ceia - papa de chá com bolachas.
Recomendações:
1) a refeição se torna mais atraente e melhor tolerada quando os alimentos são
transformados na consistência pastosa em itens separados, em vez de todos misturados
juntos;
2) os líquidos podem necessitar de espessamento com uso de espessantes
industrializados;
3) leite, molhos, margarina, manteiga, mel ou açúcar podem ser adicionados aos
alimentos sólidos e líquidos para aumentar o aporte calórico;
4) o baixo teor de fibras pode resultar em obstipação intestinal. Pode ser utilizado o
mamão, além do suco de três ameixas pretas em conserva liquidificadas, e os chás
laxativos; e
5) as fibras devem ser incluídas gradativamente na dieta, de acordo com a tolerância
do paciente.
Essa dieta tem como objetivo fornecer uma alimentação que seja bem tolerada por
pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos. Pode ser ministrada em pacientes
com doenças agudas e incapazes de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldade de
mastigação e deglutição.
Entretanto, deve haver precaução com o uso dessa dieta por períodos prolongados,
pois pode acarretar carência de nutrientes, tornando-se necessário um acompanhamento
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contínuo e uma complementação nutricional para evitar desnutrição. Deve ser utilizada,
preferencialmente, como uma dieta de transição, e a progressão para alimentos sólidos
deve ser completada tão rápido quanto possível.
Exemplo de Cardápio:
a) café da manhã - mingau de amido de milho;
b) lanche - suco de laranja coado;
c) almoço - sopa de hortaliças, frango e polenta, liquidificada e coada; sobremesa:
gelatina;
d) lanche - leite com suplemento nutricional industrializado em pó ou suplemento
industrializado líquido;
e) jantar - sopa de hortaliças, carne e arroz, liquidificada e coada; sobremesa láctea
(ex.: pudim de baunilha); e
f) ceia - mingau de farinha de arroz.
Recomendações:
1) essa dieta não é recomendada por tempo prolongado; a progressão para uma
dieta sólida deve ocorrer assim que possível;
2) os pacientes com a mandíbula imobilizada podem necessitar de uso de seringa ou
canudo para facilitar a alimentação;
3) podem ser utilizados: gelatina de todos os sabores, açúcar, sal, mel, margarina,
manteiga, geleias sem pedaços, sorvetes cremosos e bebidas, como o café e o chá;
4) os alimentos podem ser mais facilmente liquidificados se cortados em pedaços
pequenos antes de colocados no liquidificador ou processador;
5) a maioria dos alimentos pode ser liquidificada por meio da mistura de partes
iguais de sólidos e líquidos. Alguns alimentos, como frutas e hortaliças, não necessitam
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Essa dieta tem como objetivo aumentar a excreção fecal e reduzir a pressão
intracolônica, promovendo movimentos intestinais regulares e fezes de consistência
macia. As fibras solúveis ajudam também a reduzir a absorção de gorduras no intestino,
auxiliando na prevenção de doenças. Pode ser ministrada em pacientes com obstipação
intestinal, doença diverticular e prevenção de doenças crônico-degenerativas.
Uma dieta rica em fibras corresponde a uma ingestão acima de 25 gramas de fibras
por dia. O farelo de trigo e o farelo de aveia, bem como cereais e grãos integrais, podem
ser indicados como alternativas para aumentar a ingestão de fibras. A ameixa preta e o
suco de ameixa são potentes estimuladores da motilidade intestinal.
Além disso, pode-se lançar mão de suplementos de fibras, que são módulos
industrializados, especializados para aumentar o teor de fibras da alimentação. Podem
ser adicionados em sucos, leite, sopas e outras preparações. A oferta de líquidos deve
ser aumentada a fim de potencializar a ação das fibras.
Exemplo de Cardápio:
a) café da manhã - café com leite, pão integral com margarina, fruta;
b) almoço - salada variada, incluindo vegetais folhosos; frango ao molho, polenta,
arroz integral e feijão; sobremesa: fruta;
c) lanche - chá e pão integral com geleia ou iogurte com farinha de linhaça;
d) jantar - salada variada, bife a rolê, milho refogado, arroz integral e feijão;
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Essa dieta tem como objetivo diminuir o volume das fezes e prolongar o tempo de
trânsito intestinal; auxilia no alívio dos sintomas da diarreia e previne as complicações,
como a desidratação e a perda de peso. Pode ser ministrada em pacientes com diarreia
aguda, e na crônica (tempo maior que duas semanas), durante a fase de manutenção.
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Exemplo de cardápio:
a) café da manhã - leite pobre em lactose, torradas com margarina, fruta;
b) almoço - salada cozida, frango cozido, polenta, arroz; sobremesa: fruta cozida;
c) lanche - chá e torradas com geleia diet;
d) jantar - salada cozida, carne cozida, cenoura refogada, arroz; sobremesa:
gelatina; e
e) ceia - chá com cracker.
Recomendações:
1) é essencial uma investigação detalhada sobre a causa da diarreia o mais breve
possível, principalmente para aquelas induzidas pela alimentação;
2) durante a fase de manutenção, pode ainda ser necessário o uso de reidratantes
orais juntamente com a alimentação;
3) é recomendado comer devagar, mastigando bem os alimentos;
4) a introdução da sacarose (açúcar comum) e lactose (leite) depende da tolerância
de cada paciente;
5) a restrição de lipídios não é usualmente necessária, a menos que a gordura seja
a causa da diarreia; e
6) a progressão para uma dieta normal deve ocorrer o mais rápido possível.
Essa dieta tem como objetivo reduzir a formação de gases no intestino e é indicada
para pacientes com flatulência e distensão abdominal.
Os alimentos dessa dieta devem ser normais em todos os macro e micronutrientes, rica
em líquidos, fracionada em cinco a seis refeições de volume reduzido.
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Recomendações:
1) fazer as refeições em ambiente tranquilo, sem pressa, mastigando bem os
alimentos e evitar conversar durante a alimentação, pois a entrada de ar poderá provocar
gases (aerofagia);
2) fracionar a dieta (5 a 6 refeições/dia, de pequeno volume) e variar os alimentos
para evitar deficiência ou excesso de nutrientes; e
3) manter um adequado consumo de líquidos. Os líquidos auxiliam no bom
funcionamento do intestino. Prefira entre as refeições e não durante as refeições.
Recomendações:
1) estabelecer horários para as refeições;
2) evitar longos períodos de jejum; fazer de 5 a 6 refeições por dia; não beliscar
entre as refeições;
3) mastigar bem os alimentos e fazer as refeições em ambiente calmo, sem pressa;
4) manter o peso corporal em níveis adequados;
5) usar somente óleo vegetal no preparo dos alimentos e em pequena quantidade;
6) preparar os alimentos sem acréscimo de sal e utilizar 1 grama de sal - 1 colher
(café) rasa por refeição (almoço e jantar);
7) usar temperos naturais: limão, pimentão, coentro, cheiro verde, cebola, cebolinha,
vinagre, alho, louro, tomate, ervas finas, hortelã, salsinha, salsão, manjericão, manjerona,
sálvia, alecrim, orégano e gengibre;
8) não consumir os seguintes alimentos: enlatados (milho verde, ervilha, sardinha,
atum, doces enlatados etc.), conservas (azeitona, palmito, picles etc.), embutidos
(linguiça, salame, salsicha, presunto, mortadela), carnes salgadas ou já temperadas
(toucinho, bacon, bacalhau, charque, carnes para feijoada, peru temperado, costela
temperada), carnes defumadas, salgadinhos industrializados (batata frita, chips,
amendoim salgado etc.), biscoito de sal, caldos e extratos de carnes ou frango ou
legumes concentrados, molhos industrializados (catchup, maionese, mostarda, shoyo,
inglês, extrato e molho de tomate etc.), temperos prontos, substâncias industrializadas
que realçam cor, sabor e textura dos alimentos (ajinomoto, sazon, fondor, bicarbonato de
sódio etc.), sucos industrializados, refrigerante (inclusive os dietéticos), queijos salgados
(prato, mussarela, parmesão, minas, provolone), água tônica, pimentas, cominho, páprica,
pratos prontos congelados (lasanha, hamburguer), adoçantes à base de sacarina de
sódio e ciclamato de sódio;
9) evitar os seguintes alimentos: pães salgados (pão francês, de milho, de centeio,
de forma, careca, croissants), manteiga com sal, margarina com sal, tortas salgadas,
empadões, bolos industrializados, café, chá preto, chá mate e bebidas alcoólicas; e
10) aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras (principalmente crus) a fim
de aumentar a ingestão de potássio.
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Recomendações:
1) estabelecer horários para as refeições;
2) evitar longos períodos de jejum, alimentar-se de 3 em 3 horas; fazer de 5 a 6
refeições por dia; não beliscar entre as refeições;
3) mastigar bem os alimentos e fazer as refeições em ambiente calmo, sem pressa;
4) beber, no mínimo, 2 litros de água por dia, nos intervalos das refeições;
5) usar somente óleo vegetal (soja, milho, girassol, algodão, canola) no preparo dos
alimentos e em pequena quantidade;
6) iniciar as grandes refeições pela salada; dar preferência a alimentos ricos em
fibras, como: arroz integral, pão integral, biscoito integral, frutas com casca e com bagaço,
verduras cruas, aveia em flocos e sementes (linhaça e gergelim);
7) utilizar carnes magras cozidas, assadas ou grelhadas, e retirar a gordura
aparente, couro e peles antes do preparo;
8) usar leite e derivados desnatados, semi-desnatados, light ou 0% de gordura;
9) consumir em pequena quantidade apenas um desses alimentos por refeição:
arroz, batata inglesa, batata baroa, batata doce, inhame, cará, mandioca, milho,
macarrão, farinha, angu e polenta;
10) não consumir: açúcar e preparações que o utilize (como bolo, chocolate,
iogurte, sorvete, biscoito doce, pão doce, chiclete, rapadura), mel, melaço, refrigerante
comum, bebidas alcoólicas;
11)usar adoçante preferencialmente a base de estévia ou sucralose em substituição
ao açúcar comum, com moderação;
12) ler rótulo dos alimentos e excluir os que possuem açúcar, glicose e sacarose;
13) evitar os seguintes alimentos: alimentos fritos, carnes gordas, gema de ovo,
creme de leite, nata, maionese, mostarda, catchup, patês, alimentos embutidos (linguiça,
salame, salsicha, presunto, mortadela), carne de porco, preparações gordurosas (como
feijoada, dobradinha, rabada), salgadinhos industrializados, azeite de dendê, vísceras
(rim, coração, moela), queijos amarelos (prato, mussarela, parmesão, provolone); e
14) controlar o peso corporal através de uma alimentação adequada e praticar
atividade física regularmente.
Recomendações:
1) estabelecer horários para as refeições;
2 )evitar longos períodos de jejum; fazer de 5 a 6 refeições por dia; não beliscar
entre as refeições;
3 )mastigar bem os alimentos e fazer as refeições em ambiente calmo, sem pressa;
4) usar somente óleo vegetal (soja, milho, girassol, algodão, canola) no preparo dos
alimentos e em pequena quantidade;
5) evitar refogar os vegetais, consumindo-os, preferencialmente, crus, cozidos, ou
cozidos a vapor;
6) usar carnes magras assadas, cozidas ou grelhadas e retirar as gorduras
aparentes, peles e o couro antes do preparo;
7) consumir frutas, verduras e legumes diariamente de forma variada;
8) dar preferência a alimentos ricos em fibras, como: arroz, pão e biscoito integrais,
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farinha de aveia, farinha de centeio integral, farelo de trigo, flocos de aveia, feijão, frutas
com casca e bagaço ( maçã, laranja e goiaba), verduras cruas e sementes (gergelim,
linhaça, abóbora),
9) não consumir alimentos gordurosos, como: carnes gordas (costela, rabada,
carnes para feijoada, cupim e carne suína) e vísceras (fígado, coração e moela); leites e
derivados integrais, queijos amarelos e preparações que os utilizem; creme de leite,
manteiga, pudins, sorvetes, chocolates; frios e embutidos (salsicha, linguiça, salame,
mortadela e presunto); banhas, toucinho e bacon; frituras, maionese, molhos, polpa de
coco, óleo de coco, leite de coco, azeite de dendê e preparações que os utilizem;
salgadinhos e petiscos em geral; gema de ovo e molhos à base desta; croissants,
brioches, biscoitos doces, biscoitos amanteigados, chantilly, bolos confeitados,
empanados, folhados e tortas;
10) utilizar leite e derivados desnatados, light ou com 0% de gordura; e
11) praticar atividade física regularmente e com orientação de um profissional de
saúde.
Recomendações:
1) estabelecer horários para as refeições;
2) evitar longos períodos de jejum; fazer de 5 a 6 refeições por dia; não beliscar
entre as refeições;
3) mastigar bem os alimentos e fazer as refeições em ambiente calmo, sem pressa;
4) usar somente óleo vegetal (soja, milho, girassol, algodão, canola) no preparo dos
alimentos e em pequena quantidade;
5) evitar refogar os vegetais, consumindo-os, preferencialmente, crus, cozidos, ou
cozidos a vapor;
6) usar carnes magras assadas, cozidas ou grelhadas e retirar as gorduras
aparentes, peles e o couro antes do preparo;
7) consumir frutas, verduras e legumes diariamente de forma variada;
8) dar preferência a alimentos ricos em fibras, como: arroz, pão e biscoito integrais,
frutas com casca e bagaço, verduras cruas e sementes (gergelim, linhaça, abóbora);
9) não consumir: carnes gordas (costela, rabada, carnes para feijoada, cupim e
carne suína) e vísceras (fígado, coração e moela); leites e derivados integrais, queijos
amarelos e preparações que os utilizem; creme de leite, manteiga, pudins, sorvetes,
chocolates; embutidos (salsicha, linguiça, salame, mortadela e presunto); banhas,
toucinho e bacon; frituras, maionese, molhos, óleo de coco, leite de coco, azeite de dendê
e preparações que os utilizem; salgadinhos e petiscos em geral; gema de ovo e molhos à
base desta; croissants, brioches, biscoitos doces, biscoitos amanteigados, chantilly, bolos
confeitados, empanados, folhados e tortas; açúcar refinado ou granulado, açúcar
mascavo, mel, rapadura, cana de açúcar, doces em geral (doce de leite, goiabada,
marmelada, pudim, chocolate, balas, chicletes), refrigerantes e sucos que contenham
açúcar e bebidas alcoólicas;
10) usar adoçante preferencialmente a base de estévia ou sucralose em substituição
ao açúcar comum, com moderação;
11) ler rótulo dos alimentos e excluir os que possuem açúcar, glicose e sacarose;
12) preferir leite e derivados desnatados, light ou com 0% de gordura;
13) consumir em pequena quantidade apenas um desses alimentos por refeição:
arroz, batata inglesa, batata baroa, batata doce, inhame, cará, mandioca, milho,
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CAPÍTULO XI
FLUXOS DE PRODUÇÃO
1) Recebimento
Realizar sob condições seguras, conforme descrito no Anexo F.
2) Armazenamento
Realizar sob condições seguras, conforme descrito no Anexo H.
3) Congelamento
Nesta etapa do fluxo deve-se atentar para que o alimento a ser congelado passe
de sua temperatura original para faixas abaixo de 0ºC, no máximo em 6 horas. Deve-se
monitorar tempo e temperatura.
4) Descongelamento
Pode ser feito:
- em câmara ou geladeira a 4ºC;
- em forno de convecção ou microondas;
- em água com temperatura máxima de 21ºC, por 4 horas; e
- em temperatura ambiente, desde que quando a superfície do alimento atingir
a temperatura entre 3ºC e 4ºC o descongelamento continue na geladeira.
Atenção:
Quanto menor o tamanho da peça de carne ou de qualquer outro alimento,
mais fácil é o descongelamento e, por conseguinte, as etapas posteriores do fluxo
(cocção, resfriamento, refrigeração e reaquecimento).
5) Pré-Preparo/Preparação
Atentar para:
- tempo de manipulação em temperatura ambiente - 30 minutos no máximo;
- temperatura de segurança: acima de 65ºC e abaixo de 10ºC;
- preparar os alimentos o mais próximo do horário de consumo;
- manter os grãos em remolho na geladeira (exemplo deixar o feijão com água
de um dia para outro para cozinhar mais rápido ou engrossar mais o caldo);
- lavar as embalagens antes de abrir;
- transferir o conteúdo das latas de conservas que foram abertas e não
totalmente consumidas, para recipientes limpos e com tampa, observando o prazo de
validade após manipulação recomendada pelo fornecedor;
- identificar os produtos manipulados com: nome do produto, marca,
fornecedor, registro no Ministério da Saúde, nº da Nota Fiscal, origem (de onde vem o
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Nos dois casos, a carne já deve estar cortada, para evitar muita manipulação
após a retirada do sal e possíveis contaminações.
7) Cocção (cozimento)
Atenção para:
- monitorar a temperatura dos alimentos - deve atingir 74ºC no centro do
alimento;
- manter os molhos a serem adicionados às preparações sempre quentes
(ferver e manter em fogo sempre ligado);
- ferver o leite antes de consumi-lo, garantindo que atinja 74ºC; e
- cuidado com a temperatura do óleo utilizado para fritura, para que não seja
aquecido acima de 180ºC; quando apresentar cor escura, odor ou mesmo a presença de
fumaça, indica que está fora de condições de uso.
9) Refrigeração
Deve-se monitorar tempo e temperatura, pois o alimento após atingir 55ºC, deve
ser refrigerado, conforme já descrito: de 55ºC para 21ºC em 2 horas e depois de 21ºC
para 4ºC em mais 6 horas.
Para acelerar a refrigeração, pode ser usado:
- banho de gelo, freezer regulado de - 18ºC a -20ºC, câmara frigorífica ou
refrigerador regulado entre 2ºC a 4ºC;
- cobrir o alimento apenas quando atingir 21ºC na superfície;
- pequenas porções também facilitam a refrigeração; e
- utilize recipientes rasos, com altura máxima de 10 cm.
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10) Reaquecimento
Nesta etapa, o alimento que já foi cozido deve atingir novamente a temperatura
de 74ºC no seu centro.
11) Porcionamento
Porcionamento é a divisão do prato em porções menores. Os alimentos devem
ser mantidos em temperaturas seguras, ou seja, acima de 65ºC para quentes ou abaixo
de 10ºC para frios.
12) Distribuição
Realizar sob condições seguras, conforme descrito no Anexo I.
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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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ANEXO A
TIPOS DE NUTRIENTES E GRUPOS DE ALIMENTOS
ALIMENTOS QUE O
NUTRIENTE CARACTERÍSTICAS
CONTÊM
Molécula complexa composta de aminoácidos, unidos por
ligações pépticas; Leite, queijo, iogurte,
Proteínas aves, peixes, carnes,
Envolvidas na formação e manutenção das células e dos ovos e feijão.
tecidos do corpo e órgãos.
Grupo de compostos químicos orgânicos que
compreendem os triglicerídios, fosfolipídicos e esteróides;
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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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ANEXO B
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
TABELA 1
INGESTÃO RECOMENDADA DE M ACRONUTRIENTES PARA INDIVÍDUOS
Faixa etária Carboidratos Fibra total Gordura Ácido linoleico (ω6) Ácido linolênico (ω3) Proteína
Grupo Infantil (g/d) (g/d) (g/d) (g/d) (g/d) (g/d)
0-6 meses 60 ND 31 4,4 0,5 9,1
7-12 meses 95 ND 30 4,6 0,5 13,5
Crianças
1-3 anos 130 19 ND 7 0,7 13
4-8 anos 130 25 ND 10 0,9 19
Homens
9-13 anos 130 26 ND 12 1,2 34
14-18 anos 130 38 ND 16 1,6 52
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Lactação
≤18 anos 210 29 ND 13 1,3 71
19-30 anos 210 29 ND 13 1,3 71
31-50 anos 210 29 ND 13 1,3 71
*ND: Não Dimensionado
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TABELA 2
INGESTÃO RECOMENDADA PARA INDIVÍDUOS, VITAMINAS
Vit Ác.
Faixa etária Vit A Vit C Vit D Vit E Vit K Tiamina Riboflavina Niacina Vit B6 Folato Biotina Colina
B12 Pantotênico
Grupo Infantil (µg/d) (mg/d) (µg/d) (mg/d) (µg/d) (mg/d) (mg/d) (mg/d) (mg/d) (µg/d) (µg/d) (mg/d) (µg/d) (mg/d)
0-6 meses 400 40 5 4 2,0 0,2 0,3 2 0,1 65 0,4 1,7 5 125
7-12 meses 500 50 5 5 2,5 0,3 0,4 4 0,3 80 0,5 1,8 6 150
Crianças
1-3 anos 300 15 5 6 30 0,5 0,5 6 0,5 150 0,9 2 8 200
4-8 anos 400 25 5 7 55 0,6 0,6 8 0,6 200 1,2 3 12 250
Homens 45
9-13 anos 600 75 5 11 60 0,9 0,9 12 1 300 1,8 4 20 375
14-18 anos 900 90 5 15 75 1,2 1,3 16 1,3 400 2,4 5 25 550
19-30 anos 900 90 5 15 120 1,2 1,3 16 1,3 400 2,4 5 30 550
31-50 anos 900 90 5 15 120 1,2 1,3 16 1,3 400 2,4 5 30 550
51-70 anos 900 90 10 15 120 1,2 1,3 16 1,7 400 2,4 5 30 550
80/116
>70 anos 900 90 15 15 120 1,2 1,3 16 1,7 400 2,4 5 30 550
Mulheres
9-13 anos 600 45 5 11 60 0,9 0,9 12 1,0 300 1,8 4 20 375
14-18 anos 700 65 5 15 75 1,0 1,0 14 1,2 400 2,4 5 25 400
19-30 anos 700 75 5 15 90 1,1 1,1 14 1,3 400 2,4 5 30 425
31-50 anos 700 75 5 15 90 1,1 1,1 14 1,3 400 2,4 5 30 425
51-70 anos 700 75 10 15 90 1,1 1,1 14 1,5 400 2,4h 5 30 425
>70 anos 700 75 15 15 90 1,1 1,1 14 1,5 400 2,4h 5 30 425
Gestação
≤18 anos 750 80 5 15 75 1,4 1,4 18 1,9 600j 2,6 6 30 450
19-30 anos 770 85 5 15 90 1,4 1,4 18 1,9 600j 2,6 6 30 450
31-50 anos 770 85 5 15 90 1,4 1,4 18 1,9 600j 2,6 6 30 450
Lactação
≤18 anos 1200 115 5 19 75 1,4 1,6 17 2,0 500 2,8 7 35 550
19-30 anos 1300 120 5 19 90 1,4 1,6 17 2,0 500 2,8 7 35 550
31-50 anos 1300 120 5 19 90 1,4 1,6 17 2,0 500 2,8 7 35 550
TABELA 3
Mulheres
9-13 anos 1300 21 700 2 120 8 240 1,6 34 1250 40 8
14-18 anos 1300 24 890 3 150 15,0 360 1,6 43 1250 55 9
19-30 anos 1000 25 900 3 150 18 310 1,8 45 700 55 8
31-50 anos 1000 25 900 3 150 18 320 1,8 45 700 55 8
51-70 anos 1200 20 900 3 150 8 320 1,8 45 700 55 8
>70 anos 1200 20 900 3 150 8 320 1,8 45 700 55 8
Gestação
≤18 anos 1300 29 1000 3 220 27 400 2,0 50 1250 60 13
19-30 anos 1000 30 1000 3 220 27 350 2,0 50 700 60 11
31-50 anos 1000 30 1000 3 220 27 360 2,0 50 700 60 11
Lactação
≤18 anos 1300 44 1300 3 290 10 360 2,6 50 1250 70 14
19-30 anos 1000 45 1300 3 290 9 310 2,6 50 700 70 12
MD42-M-03
31-50 anos 1000 45 1300 3 290 9 320 2,6 50 700 70 12
MD42-M-03
TABELA 4
Gestantes
≤18 anos 2800 1800 50 800 ND ND ND 30 80 800 ND ND ND 3,0 ND
19-50 anos 3000 2000 50 1000 ND ND ND 35 100 1000 ND ND ND 3,5 ND
Lactantes
≤18 anos 2800 1800 50 800 ND ND ND 30 80 800 ND ND ND 3,0 ND
19-50 anos 3000 2000 50 1000 ND ND ND 35 100 1000 ND ND ND 3,5 ND
ANEXO C
LISTAS DE SUBSTITUIÇÕES DOS ALIMENTOS
1 FINALIDADE
Este anexo ao Manual de Alimentação das Forças Armadas tem por finalidade dar
subsídios ao Gestor de Alimentação para elaborar um cardápio balanceado, conforme as
orientações do Capítulo VII (Metodologia para Elaboração de Cardápios).
83/116
MD42-M-03
MILHO VERDE * * * * *
MOSTARDA * * * * * *
MOYASHI * * * * * * * *
NABO * * * * *
PALMITO * * * * * *
PEPINO * * * * * *
PIMENTA * * * * *
PIMENTÃO * * * *
QUIABO * * * * *
RABANETE * * * * * *
REPOLHO * * * * * * * *
RÚCULA * * * * *
SALSA * * * * * * * * * * *
SALSÃO * * * * * *
TOMATE * * * * * *
VAGEM * * * * * * *
2 DESJEJUM
A seguir estão relacionadas opções de itens dos grupos que deverão compor o
desjejum, lembrando que o limite de kcal deve ser de aproximadamente 420 kcal:
2.1 INFUSÕES
2.2 ACÚCARES
2.3 LATICÍNIOS
84/116
MD42-M-03
2.4 GORDURAS
85/116
MD42-M-03
86/116
MD42-M-03
2.7 FRUTAS
3 ALMOÇO E JANTAR
3.1 ENTRADA
87/116
MD42-M-03
88/116
MD42-M-03
3.3 GUARNIÇÃO
89/116
MD42-M-03
3.6 ACOMPANHAMENTOS
3.7 SOBREMESAS
90/116
MD42-M-03
4 ABREVIATURAS
P: pequeno
M: médio
G: grande
91/116
MD42-M-03
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
92/116
MD42-M-03
ANEXO D
FATOR DE CORREÇÃO DE ALIMENTOS
93/116
MD42-M-03
94/116
MD42-M-03
ANEXO E
SAFRA DE HORTALIÇAS
MESES
PRODUTO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ABÓBORA JAPONESA * * * * * * * *
ABÓBORA MORANGA * * * * * * * *
ABÓBORA SECA * * * * * * * *
ABOBRINHA * * * * * * * *
ACELGA * * * * *
AGRIÃO * * * *
ALCACHOFRA * * *
ALFACE * * * * * * *
ALHO PORRÓ * * * * * *
ALMEIRÃO * * * * * *
ASPARGO * * * *
BATATA-DOCE * * * * * * *
BERINJELA * * * * *
BETERRABA * * * * * * *
BRÓCOLIS * * * * * *
CARÁ * * * * * *
CATALONHA * * * * * *
CEBOLINHA * * * * * *
CENOURA * * * * * * *
CHICÓRIA * * * * *
CHUCHU * * * * *
COGUMELO * * * * * * * *
COUVE * * * * * * *
COUVE-FLOR * * *
ERVA-DOCE * * * *
ERVILHA * * *
ESCAROLA * * *
ESPINAFRE * * * * * *
FEIJÃO CORADO * * * * *
GENGIBRE * * * * * * * * * *
GOBO * * * * * * *
INHAME * * * * * * * * * * * *
JILÓ * * * * *
MANDIOCA * * * * * * *
MANDIOQUINHA * * * * * * * * *
MAXIXE * * * * *
MILHO VERDE * * * * *
MOSTARDA * * * * * *
MOYASHI * * * * * * * *
NABO * * * * *
PALMITO * * * * * *
PEPINO * * * * * *
PIMENTA * * * * *
PIMENTÃO * * * *
QUIABO * * * * *
RABANETE * * * * * *
REPOLHO * * * * * * * *
RÚCULA * * * * *
SALSA * * * * * * * * * * *
SALSÃO * * * * * *
TOMATE * * * * * *
VAGEM * * * * * * *
95/116
MD42-M-03
ANEXO E
(continuação)
SAFRAS DE FRUTAS NACIONAIS
MESES
PRODUTO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ABACATE * * * * * *
ABACATE COLLISON * * *
ABACATE FORTUNA * * * *
ABACATE FUCKS * *
ABACATE MANTEIGA * * * *
ABACATE OLINDA * *
ABACATE PRINCE * *
ABACATE WAGNER * *
ABACAXI * * * * *
AMEIXA * * *
BANANA CLIMATIZ * * * * * * *
BANANA MAÇÃ * * * * *
BANANA NANICA * * * * * *
BANANA PRATA * * * * * *
CAJU * *
CAQUI * * *
FIGO * * * *
FIGO DA ÍNDIA * * *
FRUTA DO CONDE *
GOIABA * * * * *
JABUTICABA * * * *
JACA * * * * * *
LARANJA * * * * * *
LARANJA BAIA * * * *
LARANJA LIMA * * * * * *
LARANJA PÊRA * * * * * * *
LIMÃO * * * * * *
LIMÃO GALEGO * * * * * * * * * * * *
LIMÃO TAITI * * * * * * *
MAÇÃ * * * *
MAMÃO * * * * *
MAMÃO HAWAI * * *
MANGA * * *
MANGA BOURBON * * *
MANGA CORAÇÃO DE BOI * *
MANGA ESPADA * * *
MANGA HADEN * *
MARACUJÁ AZEDO * * * * * * *
MARACUJÁ DOCE * * * * * *
MELANCIA * * * * * * * *
MELANCIA XODAMA * *
MELÃO AMARELO * * * * *
MELÃO PRINCE * * *
MORANGO * * * * *
NECTARINA * *
NESPERA * *
PÊRA *
PÊSSEGO * *
TANGERINA CRAVO * * *
TANGERINA MURCOT * * * *
TANGERINA PONCAN * *
UVA ITALIANA * * *
UVA ISABEL * *
UVA NIÁGARA * *
96/116
MD42-M-03
ANEXO E
(continuação)
97/116
MD42-M-03
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
98/116
MD42-M-03
ANEXO F
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O RECEBIMENTO DE ALIMENTOS
Aquele que recebe um alimento entregue por um fornecedor deve avaliá-lo qualitativa
e quantitativamente, segundo critérios predefinidos para cada produto.
99/116
MD42-M-03
Requeijão
Massa mole ou pastosa, cor branca-creme e homogênea, odor característico, sabor
entre adocicado, ligeiramente ácido e levemente salgado.
Ricota fresca
Crosta rugosa, não-formada ou pouco nítida, consistência mole, às vezes sem soro,
textura fechada ou com alguns olhos mecânicos, cor branca, odor característico, sabor
suave.
100/116
MD42-M-03
Hortifrutigranjeiros
É importante observar tamanho, cor, aroma e grau de maturação característicos de
cada espécie. Devem estar frescos, íntegros, firmes, sem traços de descoloração ou
manchas, isentos de aroma, sabor e odor estranhos. Ausência de danos físicos e
mecânicos que afetem a aparência (rachaduras, perfurações, cortes etc.).
Devem estar livres de enfermidades e isentos de insetos, moluscos e larvas. Não
devem conter corpos estranhos aderentes à superfície externa, como terra, bolor,
mucosidade ou umidade externa anormal (“gosmenta”).
A triagem deve ser feita retirando-se folhas velhas, frutos verdes e deteriorados.
Conforme a necessidade, solicitar a troca da mercadoria.
Os ovos devem estar com a casca íntegra, sem rachaduras e resíduos que
indiquem a falta de higiene do fornecedor. Devem estar, de preferência, em caixas
plásticas (tipo bandejas).
Carne bovina
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento.
Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa.
Odor e cor característicos: vermelho vivo, sem escurecimento ou manchas
esverdeadas; e
Produtos cárneos salgados, curados ou defumados podem ser recebidos em
temperatura ambiente, desde que especificado na embalagem.
Carne suína
Deve ser recebida de preferência congelada;
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa;
Odor e cor característicos: rosada, sem escurecimento ou manchas esverdeadas; e
Observar formações redondas brancas de cisticercos, semelhante a “canjicas”.
Aves
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa; e
Odor e cor característicos: amarelo-rosada, sem escurecimento ou manchas
esverdeadas.
Embutidos
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Firmes, não pegajosos;
Odor característico, sem odor de ranço; e
Cor característica de cada espécie, sem manchas pardacentas, esbranquiçadas,
verdes ou cinzas.
Peixes
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa;
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Camarão
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Corpo curvo, não deixando escapar facilmente pernas e cefalotórax. Carapaça
transparente, deixando visualizar coloração dos músculos, aderente ao corpo e
libertando-se sem aderências musculares, quando forçada. Olhos na cor negra e bem
destacados; e
Odor e cor característicos: rosada ou acinzentada, de acordo com a espécie, sem
pigmentação estranha.
Lula, polvo
Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de
recongelamento;
Pele lisa e úmida, olhos transparentes, carne consistente e elástica; e
Odor e cor característicos: branco rosada, acinzentada, sem coloração estranha à
espécie, especialmente a vermelha.
Embalagens
Não devem estar enferrujadas, estufadas, amassadas, trincadas, apresentar
vazamentos nas tampas, formação de espumas ou qualquer outro sinal de alteração do
produto.
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ANEXO G
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA A MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Durante a preparação dos alimentos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o
risco de contaminação cruzada, ou seja, deve-se evitar o contato direto ou indireto entre
alimentos crus, semipreparados e prontos para o consumo.
No resfriamento forçado até 21º C e consequente refrigeração até 4ºC, podem ser
utilizados:
I - imersão em gelo;
II - freezer (-18ºC); e
III - geladeira (2º a 3ºC) ou equipamento para refrigeração rápida.
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Alimentos prontos congelados que foram descongelados não devem ser recongelados.
O descongelamento deve ser conduzido de forma a evitar que as áreas superficiais dos
alimentos se mantenham em condições favoráveis à multiplicação microbiana. Na etapa de
descongelamento, os alimentos passam da temperatura original para até 4°C, sob
refrigeração ou em condições controladas.
Alimentos que necessitem serem transferidos de suas embalagens originais devem ser
acondicionados de forma que se mantenham protegidos, acondicionados em contentores
descartáveis ou outros adequados para guarda de alimentos, devidamente higienizados. Na
impossibilidade de manter o rótulo original do produto, as informações devem ser transcritas
em etiqueta apropriada.
Os ovos podem estar contaminados com Salmonella sp. tanto na casca como na gema.
Existem medidas de controle que devem ser realizadas na indústria, porém a qualidade
sanitária das preparações à base de ovos nas empresas fornecedoras de alimentos pode ser
garantida com os seguintes procedimentos:
I - verificar se os ovos estão estocados em local arejado, limpo e fresco, longe de
fontes de calor;
II - conferir o prazo de validade;
III - não utilizar ovos com a casca rachada;
IV - evitar misturar a casca com o conteúdo do ovo; e
V - não reutilizar as embalagens de ovos, nem utilizá-las para outras finalidades.
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ANEXO H
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA ARMAZENAGEM DE ALIMENTOS
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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CENTRO DE CAPACITAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO
INSTITUTO DE PESQUISA DA CAPACITAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO
Consumo de sódio:
Cosumo de fibras:
- acrescentar uma fonte protéica (ovos, queijo branco, mingau de aveia sem açúcar) nessas
refeições;
- evitar a utilização dos queijos amarelos (prato, muçarela), disponibilizar os queijos brancos, e,
se possível, leite e iogurtes desnatados ou semidesnatados, em substituição ao leite integral;
- utilizar as frutas da safra, disponibilizando diariamente uma porção no desjejum e outra na
ceia;
Exemplo de cardápio para o desjejum: café sem açúcar, leite desnatado ou semidesnatado,
ovos mexidos, pão integral e melão.
- utilizar água ou sucos naturais. Evitar os sucos industrializados, chá mate, chá preto e
refrigerante nas refeições;
- reduzir os doces utilizados no cardápio (substituir por frutas), ofertando-os de 1 a 2 vezes por
semana, no máximo;
- utilizar os legumes e hortaliças da safra; - acrescentar pelo menos dois tipos de vegetais
(legume e verdura), diariamente, no almoço e no jantar. Atentar quanto ao modo de preparo
dos mesmos, evitando legumes empanados, fritos ou gratinados;
- limitar o uso de carnes vermelhas ao máximo de 2 vezes por semana, preferindo cortes
magros, como alcatra, patinho, colchão mole, etc;
- utilizar azeite de oliva para o tempero de saladas e óleos vegetais, em quantidade moderada,
para cocção;
- reservar às datas festivas o uso de pratos tradicionais nas OM do EB, como feijoada,
dobradinha, rabada, limitando-os a uma vez por mês;
- utilizar pouco sal no preparo dos alimentos, substituindo-o por temperos aromáticos (salsa,
tomilho, manjericão, orégano, cebolinha), vinagre e limão;
- evitar o uso do saleiro nas mesas e conscientizar os militares quanto ao uso restrito do sal;
Exemplo de cardápio para almoço e jantar: arroz integral, feijão preto, peito de frango
assado, cenoura, alface e tomate. Sobremesa: maçã.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO
CENTRO DE CAPACITAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO E FORTALEZA DE
SÃO JOÃO
(Centro Marechal Newton de Andrade Cavalcanti)
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, há um consenso sobre a importância da prática regular de atividade
física e da alimentação saudável para preservar o bem-estar e a qualidade de vida do
ser humano. A implementação de um estilo de vida saudável, além de atuar na redução
da ocorrência de diversas doenças e na promoção de benefícios para a execução das
atividades militares, torna-se uma intervenção de baixo custo, se comparada aos
tratamentos medicamentosos e dependentes de alta tecnologia.
Um estilo de vida não saudável pode influenciar na queda da produtividade, uma
vez que interfere diretamente no desempenho e na rotina de trabalho das pessoas. No
meio militar, isso se traduz na perda da operacionalidade e no afastamento da atividade
fim, além de onerar o sistema de saúde do Exército com o aumento exagerado de
atendimentos.
Nesse sentido, para fornecer ao organismo as condições necessárias para o
desempenho adequado de suas funções e para a manutenção de um bom estado de
saúde, a alimentação saudável deverá ser baseada nos princípios do equilíbrio,
variedade e balanceamento das refeições, o que significa a ingestão de nutrientes em
quantidades proporcionais e com qualidade compatíveis com as características de cada
indivíduo, tais como peso, metabolismo, nível de atividade física e eventuais distúrbios
clínicos.
Assim, o consumo alimentar insuficiente pode acarretar deficiências nutricionais,
bem como o consumo excessivo pode levar à obesidade e a outros distúrbios
associados a ela, como a diabetes tipo II, a hipertensão arterial, entre outras patologias
relacionadas à Síndrome Metabólica (SM).
Nesse contexto, os estudos conduzidos pelo IPCFEx, que avaliam aspectos
relacionados à nutrição, à composição corporal e às doenças metabólicas, vêm
mostrando a prevalência da SM em diferentes grupos militares, como integrantes de
missões de paz da ONU e em alunos de escolas de aperfeiçoamento e altos estudos.
Maiores detalhes sobre a SM podem ser encontrados na Orientação Técnica (OT) Nr
003, disponível no portal de doutrina do DECEx (www.doutrina.decex.eb.mil.br).
Dentro dessa prevalência e de outros dados estatísticos preocupantes no meio
militar, inclusive em tropas operacionais, o IPCFEx insere-se na missão de esclarecer e
orientar os militares e suas famílias sobre alguns pontos importantes relacionados à
nutrição saudável, visando ao estabelecimento de práticas alimentares adequadas e à
melhoria na saúde dessa população. Nesta Orientação Técnica serão abordados temas
relacionados ao consumo exagerado de alimentos processados, de sal, de açúcar, de
adoçantes, de óleos e gorduras, a importância da ingestão hídrica adequada, assim
como das fibras, entre outros.
2) Açúcares e adoçantes:
g. Óleos e gorduras
Óleos e gorduras são termos utilizados para as diferentes classes de lipídios
existentes. Alguns tipos de lipídios têm efeito positivo à saúde, como é o caso de
algumas gorduras poli-insaturadas (por exemplo, o ômega 3, presente em óleos de
peixes e peixes como sardinha, salmão, atum, arenque, em algas marinhas e nos óleos
e sementes de alguns vegetais, como a linhaça) e as monoinsaturadas (ômega 9,
presente no azeite de oliva extra-virgem, por exemplo).
Por outro lado, alguns lipídios podem ser prejudiciais, como a gordura trans. A
gordura hidrogenada, fonte de gordura trans, começou a ser utilizada num processo
que permite transformar óleos vegetais em gorduras sólidas, como a transformação de
óleo vegetal em margarina, fornecendo assim maior aplicabilidade na indústria para a
produção de cremes vegetais, massas, biscoitos, frituras, sorvetes e produtos de
panificação, entre outros.
Apesar da grande utilização na indústria alimentícia, a gordura hidrogenada vem
sendo associada ao risco aumentado para os fatores da SM (obesidade central,
diabetes, hipertensão arterial e alterações no colesterol); para doenças cardiovasculares
e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Dessa forma, o consumo de alimentos fontes de gorduras boas é uma estratégia a
se seguir quanto à prevenção para esses problemas. Além disso, é possível atender às
necessidades diárias desse nutriente (lipídio) fazendo as escolhas mais saudáveis
quanto à qualidade e ao modo de preparo do alimento e variando o consumo dos
alimentos, fontes dessas gorduras, como o azeite de oliva, o côco (polpa) e seu óleo, o
abacate, a castanha do Pará, a amêndoa, o amendoim, o salmão, o atum, a truta e a
linhaça.
Sugere-se às OM, como medidas práticas:
- substituir os queijos amarelos, como o queijo prato e o muçarela, por queijos
brancos, como o minas e o cottage;
- substituir o leite integral pelo semi-desnatado ou desnatado; e
- disponibilizar azeite de oliva extra-virgem para o tempero dos alimentos.
i. Água
A água é de fundamental importância para o organismo e está presente em
diferentes quantidades nos alimentos e bebidas. As perdas hídricas devem ser
constantemente repostas, uma vez que a falta de água pode causar diversos transtornos
à saúde. A sua necessidade diária, para o bom funcionamento do organismo, é
variável, considerando que essa pode ser afetada pelo clima, roupas, atividades físicas
e/ou outros fatores.
Para indivíduos que realizam atividade física ou que ficam expostos a altas
temperaturas, é necessário aumentar a ingestão de líquidos.
Para a prática de exercício físico, recomenda-se a ingestão de 400 a 600 mL de
líquidos, 4h antes do exercício físico, e 10 a 15 minutos antes, a ingestão de 200 a 350
mL de água. Durante o exercício com duração superior a 60 minutos, indica-se a
hidratação com 150 a 200 mL de água ou bebidas esportivas a cada 15 a 20 minutos de
exercício. No pós-treino, para cada quilo de peso perdido, deve ser ingerido,
fracionadamente, cerca de 1 litro de água ou outro líquido, assim, para a reposição do
líquido perdido, o peso corporal deve ser medido antes e após o exercício.
Nesse sentido, sugere-se que as OM divulguem amplamente a Cartilha sobre a
Prevenção à Rabdomiólise (disponível em www.doutrina.decex.eb.mil.br), onde
contem a quantidade de água a ser consumida em função das atividades físicas.
4. CONCLUSÃO
ANEXOS:
“A” – Divisão dos alimentos no prato e opções de pratos saudáveis;
“B” – Recomendações gerais de sal, açúcar, adoçantes e bebidas; e
“C” – Recomendações gerais aos militares e suas famílias.
ANEXO A
Sal e temperos
Açúcar e adoçante
Bebidas
- manter um peso saudável e evitar a sua grande variação ao longo do tempo, além
de controlar o aumento da circunferência da cintura;
- realizar atividade física regularmente sob a orientação de um profissional;
- consumir alimentos variados, fracionando as refeições em 4 a 6 vezes ao dia;
- restringir o consumo de açúcar e alimentos com alta concentração do mesmo;
- restringir o uso do sal nas preparações culinárias e a adição de sal no prato. Evitar
o consumo de alimentos enlatados, embutidos (ex: salame, mortadela e presunto),
alimentos em conserva, pratos prontos congelados. Alimentos que contenham mais de
400mg de sódio por 100g são considerados com alto teor de sódio. Preferir o uso dos
temperos naturais como alho, salsinha e cebolinha;
- preferir o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados a
alimentos processados e ultra processados. Quanto mais natural for a alimentação,
menos aditivos químicos serão consumidos;
- para lanches intermediários, preferir o consumo de alimentos naturais como
frutas, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), alimentos restritos em gordura e
açúcar em vez de biscoitos, bolos, salgadinhos, doces, etc;
- inserir na alimentação diária, em preparações como saladas de frutas, iogurtes,
saladas, alimentos como: aveia, chia, linhaça, quinoa;
- dar preferência ao consumo de alimentos integrais e aos ricos em fibras: frutas
cruas, inteiras e com bagaço; cereais integrais como arroz e pão integral;
- consumir diariamente legumes, verduras, frutas e leguminosas (feijões, lentilhas,
ervilhas, grão de bico);
- ao invés de fritar, preferir assar, cozinhar e grelhar (antes de cozer retirar a
gordura visível e a pele de aves)
- ao cozinhar, preferir os óleos vegetais e para temperar, o azeite de oliva extra
virgem;
- preferir carnes magras: peito de frango e carne bovina (patinho, maminha,
músculo, coxão mole/duro e alcatra).
- preferir o leite/iogurte/coalhada desnatados ou semi-desnatados, queijo minas,
ricota ou cottage aos queijos amarelos e leite integral;
- evitar o consumo de alimentos ricos em gordura como: embutidos (presunto,
mortadela, salaminho, lingüiça), maionese, creme de leite, margarina, salgadinhos,
biscoito recheado, croissant e outros produtos de pastelaria;
- procurar realizar as refeições com tranquilidade, atentando para a mastigação
adequada dos alimentos. Evite assistir TV ou manusear o celular durante as refeições;
- ingerir bastante líquido ao longo do dia (principalmente água). Porém, evitar o
consumo de líquido durante as refeições (consumir no máximo ½ copo); e
- ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação
veiculadas em propagandas comerciais.