Controle Difuso de Constitucionalidade Parte 2 Aula 21
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Resumo
Porém, essa adoção trouxe problemas iniciais para o Brasil, pois o que garantia a estabilidade desse
controle nos Estados Unidos era o sistema de precedentes vinculantes, o sistema de stare decisis, adotado
naquele país, mas não seguido no Brasil quando da importação do controle difuso.
Diante da não utilização pelo Brasil do sistema anglo- saxônico de precedentes vinculantes, no
início, teve-se certa contraposição de decisões entre os órgãos do Judiciário, ou seja, mesmo depois de o
Supremo Tribunal Federal pronunciar a inconstitucionalidade de uma norma, tribunais inferiores decidiam
sobre o mesmo assunto conforme queriam, não seguindo, necessariamente, a decisão proferida pelo STF.
2. Objetivo:
3. Legitimação:
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!!! O órgão do Poder Judiciário pode também apreciar a questão de ofício, mesmo que a parte não
provoque e quando da análise do caso concreto, em decorrência do brocardo iura novit curia.
4. Competência:
Sendo assim, quando se for analisar a constitucionalidade de uma norma, a fim de declará-la
CONSTITUCIONAL, a reserva de plenário NÃO precisa ser aplicada.
Exemplificando:
Por outro lado, quando se tratar de inconstitucionalidade, não será possível órgãos fracionários
pronunciarem a inconstitucionalidade.
Sendo assim, quando houver uma apelação de uma sentença proferida, apreciada por uma Câmara
Cível de um TJ, por exemplo, ao se depararem os julgadores com uma questão de inconstitucionalidade,
que é uma prejudicial de mérito, deverão adotar os seguintes procedimentos:
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o A reserva de plenário não tira a competência do órgão fracionário para decidir a
questão principal da análise do fato. O Órgão Especial ou o Plenário tem a
competência apenas para decidir a provocação de inconstitucionalidade.
!!! A reserva de plenário incide somente para tribunais, não incide para juiz de 1ª instância.
É caso de remessa necessária quando o juiz afasta a aplicação de uma norma, no controle difuso,
sob o entendimento de que ela é inconstitucional?
Não, pois o Código de Processo Civil não prevê a obrigatoriedade de reapreciação da questão.
Se o plenário decidiu pela constitucionalidade ou não da norma, outro órgão fracionário que
receber igual caso deverá destacar a questão de constitucionalidade e enviar ao plenário?
Não, pois a questão de constitucionalidade já foi decidida aplicando-se a reserva legal.
Esse entendimento encontra-se no Código de Processo Civil, que prevê que os órgãos fracionários
não remeterão a questão ao Plenário se já houver decisão tomada pelo Plenário do Tribunal ou pelo Plenário
do Supremo Tribunal Federal.
Ainda sobre o assunto da remessa, se o Plenário do Supremo Tribunal Federal decide uma questão
de Controle de Constitucionalidade, os órgãos fracionários de todos os tribunais não encaminharão a
questão aos seus respectivos Plenários, pois o Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o assunto.
Diferente solução haverá quando o Supremo Tribunal Federal se pronunciar por meio de suas
Turmas. Neste caso, o órgão fracionário de determinado tribunal deve encaminhar a questão ao Plenário do
seu respectivo tribunal quando aventar a inconstitucionalidade da norma.
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Se o plenário decidiu pela constitucionalidade ou não da norma, outro órgão fracionário que
receber igual caso NÃO deverá destacar a questão de constitucionalidade e enviar ao
plenário, pois a questão de constitucionalidade já foi decidida aplicando-se a reserva legal.
Decisão do STF no controle de constitucionalidade, por meio de turmas: remessa pelo órgão
fracionário ao plenário de seu respectivo tribunal.