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Arguição de
inconstitucionalidade Reserva de Plenário (art. 97, CF e arts. 948 a 950, CPC)
(arts. 948 a 950 do CPC) – Declaração de inconstitucionalidade nos tribunais só pode ser feita pelo plenário ou pelo órgão especial, se houver. Não pode ser feita por órgãos fracionários. • Legitimidade ativa: – Tem que ser maioria absoluta do plenário ou do órgão especial. demandante (autor, OBS.: requerente, ✓ Causa em tramitação perante o Juízo. O Juízo entende que a norma é constitucional (de forma incidental). Não se aplica o Princípio da Reserva de Plenário, pois exequente ou o caso não é de inconstitucionalidade e não se trata de tribunal. impetrante), ✓ Causa em tramitação perante o Juízo. O Juízo entende que a norma é inconstitucional (de forma incidental). Não se aplica o Princípio da Reserva de Plenário, demandado (réu, pois não se trata de tribunal. requerido, executado ✓ Causa ou recurso em tramitação perante uma Câmara ou Turma do Tribunal e seus membros ou ministros, de forma unânime ou majoritária, entendem que a ou impetrado), norma é constitucional. Não se aplica o Princípio da Reserva de Plenário, pois o caso não é de inconstitucionalidade. terceiro interveniente ✓ Causa ou recurso em tramitação perante uma Câmara ou Turma do Tribunal e seus membros ou ministros, de forma unânime ou majoritária, entendem que a e MP. norma é inconstitucional. Se aplica o Princípio da Reserva de Plenário. Nesse caso, a Câmara lavra o acórdão, suspende o julgamento e, por fim, remete os autos • O magistrado pode ao Plenário ou Órgão Especial, ficando a Câmara ou Turma vinculada ao que for decidido pelo Plenário ou Órgão Especial. Quando o Plenário ou Órgão Especial declarar a declara a norma constitucional, os autos retornam à Câmara ou Turma, que julgará o mérito dando aplicação à lei ou ato normativo. Se o Plenário ou Órgão inconstitucionalidade Especial declarar a inconstitucionalidade, os autos retornam à Câmara ou Turma, que julgará o mérito sem dar aplicação à lei ou ato normativo. de ofício (matéria de – Cisão funcional de competência em plano horizontal (Gilmar Mendes). ordem pública). – Exceção: pronunciamento anterior do Plenário ou Órgão Especial do Tribunal ou do Plenário do STF → art. 949, parágrafo único, do CPC (“Os órgãos fracionários • Não há preclusão dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do temporal. Se não Supremo Tribunal Federal sobre a questão”). houver arguição de – Recurso Extraordinário: pode ser interposto a partir do momento em que é julgada a causa (o mérito). inconstitucionalidade – Súmula Vinculante 10 do STF: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare em determinado expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” momento, nada impede que essa inconstitucionalidade seja posteriormente Suspensão de execução (art. 52, X, CF) arguida, mesmo em outra instância, pois é – Competência: Senado → suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. questão de ordem – É um mecanismo de conversão de eficácia inter partes em eficácia erga omnes, visando evitar decisões contraditórias. pública. – Rito: declaração de inconstitucionalidade (em RE pelo STF) → trânsito em julgado (eficácia inter partes) → remessa ao Senado → publicação de resolução suspensiva (passa a ter eficácia erga omnes). – O Senado é obrigado a suspender a execução? → Três teorias: ✓ Teoria da Obrigatoriedade (Carlos Alberto Lúcio Bittencourt): o Senado é obrigado a suspender a execução, pois se trata de um ato vinculado. ✓ Teoria da Obrigatoriedade Mitigada (Alfredo Buzaid): O senado é obrigado a suspender a execução da lei ou ato normativo se o acórdão oriundo do STF for formalmente perfeito. ✓ Teoria da Facultatividade (Ministro Celso de Mello): o Senado tem a faculdade de suspender a execução, pois é um ato discricionário. O STF tem a obrigação de comunicar o Senado em caso de controle concreto-incidental, mas o Senado tem a faculdade de suspender ou não. É o posicionamento atual do STF. – Teoria da Abstrativização do Controle Concreto: aproximação entre o controle abstrato-principal e o controle concreto-incidental (STF, Rcl. nº 4.335/AC, Infs. 454, CONTROLE 463, 706 e 739; ADI nº 3.470/RJ, Inf. 886). Todas as vezes que o plenário do STF conheça em tese (em abstrato) de um caso concreto, a decisão já tem por si só eficácia erga omnes e vinculante, mesmo antes de o Senado manifestar-se acerca dessa questão. Causa: mutação constitucional. Pressupostos: i) plenário do STF; CONCRETO- ii) conheça em abstrato de um caso concreto, isto é, utiliza o caso concreto como circunstância para dele extrair uma questão em tese e apreciar a questão em -INCIDENTAL abstrato. Efeito: reler o papel do Senado Federal, que fica com um papel de coadjuvante, de intensificador da publicidade, haja vista que a eficácia erga omnes já foi dada pelo STF. Possibilidade de obtenção de eficácia erga omnes e vinculante, própria do controle abstrato, ao julgar um caso, próprio do controle concreto, sem intermediação de outro Poder além do Judiciário.