06 Arquivo 6 Modelo de Resumo C

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MODELO DE RESUMO 3

1. O presente resumo tem como objeto o tema “dos processos nos tribunais e dos
meios de impugnação das decisões judiciais” que está contido entre os artigos 926 e
1.044 do CPC – Código de Processo Civil (Lei n. 13.015/2015).

2. Abordaremos os aspectos que entendemos os mais relevantes e indispensáveis.

3. Nesses dispositivos legais estão enunciados preceitos que regulam como os


magistrados e tribunais devem julgar os seus processos, a dinâmica desses
julgamentos, os recursos e demais expedientes processuais, bem como os deveres dos
magistrados e tribunais brasileiros.

4. O CPC determina que os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e


mantê-la estável, íntegra e coerente. E preceitua que os juízes e os tribunais observarão
as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade, os enunciados de súmula vinculante, os acórdãos em incidente
de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento
de recursos extraordinário e especial repetitivos, os enunciados das súmulas do
Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça
em matéria infraconstitucional, e a orientação do plenário ou do órgão especial aos
quais estiverem vinculados.

5. Está disposto que incumbe ao relator dirigir e ordenar o processo no tribunal,


inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar
autocomposição das partes, apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos
processos de competência originária do tribunal, não conhecer de recurso inadmissível,
prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão
recorrida, negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal, a acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos, ao entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência, dentre outras competências.

6. Nos julgamentos nos tribunais, depois da exposição da causa pelo relator, o


presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de
sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15
(quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões.

7. Está enunciado que é admissível a assunção de competência quando o


julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária
envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em
múltiplos processos. O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos
os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
8. Prescreve o CPC que arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei
ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as
partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do
processo. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão
especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes
ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

9. Já o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo
Ministério Público ou pelo juiz. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo,
arguiu incompetência relativa. O conflito de competência não obsta, porém, a que a
parte que não o arguiu suscite a incompetência.

10. No concernente à decisão estrangeira, a sua homologação será requerida por


ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido
contrário prevista em tratado. A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil
após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas
rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.

11. Relevante o tema da ação rescisória. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois)


anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. A
decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando se verificar que
foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; for proferida por
juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; resultar de dolo ou coação da
parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão
entre as partes, a fim de fraudar a lei; ofender a coisa julgada; violar manifestamente
norma jurídica; for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo
criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; obtiver o autor,
posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que
não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; for
fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

12. O CPC prescreve que é cabível a instauração do incidente de resolução de


demandas repetitivas quando houver, simultaneamente, efetiva repetição de processos
que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; risco de
ofensa à isonomia e à segurança jurídica. Julgado o incidente, a tese jurídica será
aplicada a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão
de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles
que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região; aos casos futuros
que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de
competência do tribunal.

13. Segundo o CPC, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério


Público para preservar a competência do tribunal; garantir a autoridade das decisões
do tribunal; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão
do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução
de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência. Todavia, é
inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão
reclamada; ou proposta para garantir a observância de acórdão de recurso
extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em
julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as
instâncias ordinárias.

14. Esses são os recursos cíveis disciplinados no CPC: apelação; agravo de


instrumento; agravo interno; embargos de declaração; recurso ordinário; recurso
especial; recurso extraordinário; agravo em recurso especial ou extraordinário; embargos
de divergência. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal
ou decisão judicial em sentido diverso. A eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de
dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso.

15. Da sentença cabe o recurso de apelação. A apelação devolverá ao tribunal o


conhecimento da matéria impugnada. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento
pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Quando o
pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

16. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem


sobre tutelas provisórias; mérito do processo; rejeição da alegação de convenção de
arbitragem; incidente de desconsideração da personalidade jurídica; rejeição do pedido
de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; exibição ou posse
de documento ou coisa; exclusão de litisconsorte; rejeição do pedido de limitação do
litisconsórcio; admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; concessão,
modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; redistribuição
do ônus da prova. Também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

17. O agravo interno, que não se confunde com o de instrumento, é cabível em face
de decisão proferida pelo relator e será dirigido para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento do tribunal. Na petição,
o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.

18. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual
devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; corrigir erro material.
Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável
ao caso sob julgamento; incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º ,
CPC.
19. Esses são os recursos dirigidos ao STF e ao STJ: recurso ordinário, recurso
especial e recurso extraordinário. Serão julgados em recurso ordinário, pelo Supremo
Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de
injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória
a decisão; pelo Superior Tribunal de Justiça os mandados de segurança decididos em
única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos
Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; os processos
em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de
outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

20. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição


Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido,
em petições distintas que conterão a exposição do fato e do direito; a demonstração do
cabimento do recurso interposto; e as razões do pedido de reforma ou de invalidação da
decisão recorrida. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e
recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. Concluído o
julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal
para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. Se o relator
do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão
irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.

21. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso


extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão
geral, nos termos deste artigo. Para efeito de repercussão geral, será considerada a
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.

22. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com


fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento,
observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do
Superior Tribunal de Justiça.

23. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal


recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando
fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em
julgamento de recursos repetitivos.

24. Cabe embargos de divergência em face de acórdão de órgão fracionário que em


recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; em
recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido
do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. A divergência que autoriza a
interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito
material ou do direito processual.

25. Esses são, resumidamente, os aspectos mais relevantes dessa temática.

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