Apostila Enfermagem Do Trabalho
Apostila Enfermagem Do Trabalho
Apostila Enfermagem Do Trabalho
CEREST
http://renastonline.ensp.fiocruz.br/temas/centro-referencia-saude-trabalhador-
cerest
CIPA
http://blog.inbep.com.br/o-que-e-cipa/
MEDICINA DO TRABALHO
A Medicina do Trabalho surge enquanto especialidade médica em 1830
na Inglaterra com a Revolução Industrial. Esses serviços de medicina do
trabalho eram serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do
empresário e que se dispusessem a defendê-lo, sendo que a prevenção e a
responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde resultantes dos
riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica.
Tem a ótica da medicina do corpo, individual e biológica, estruturada sob
a figura do médico do trabalho como agente, e que, através de instrumentos
empíricos, atuava sobre seu objeto, o homem trabalhador, com uma
abordagem clínico-terapêutica, em que, no máximo, se analisava o
microambiente de trabalho e a ação patogênica de certos agentes. Em resumo,
tratava-se de um serviço centrado no médico, que não questionava a
organização do trabalho. (FIAR JUNIOR, 1999; DIAS, 1994; TAMBELLINI,
1993).
Após a II Guerra Mundial, emerge-se um movimento de insatisfação e
questionamento dos empregadores e empregados sobre as condições e o
adoecimento advindo do trabalho penoso, que onerava padrões, seguradoras e
deixava trabalhadores sequelados. A forma de atuação dos serviços de
medicina do trabalho, centrada no adoecimento do trabalhador, mostrava-se
insuficiente para atender os problemas enfrentados. Este modelo também se
mostrou insuficiente pelo reducionismo científico e conceitual. O homem
trabalhador tinha suas demandas biológicas sim, mas também psíquicas e
sociais.
SAÚDE OCUPACIONAL
SAÚDE DO TRABALHADOR
A Saúde do Trabalhador constitui um campo da Saúde Pública que
compreende a articulação entre produção, trabalho e saúde. Parte do
pressuposto de que o trabalho é um importante determinante do processo
saúde-doença, assumindo a concepção de que os trabalhadores são sujeitos
de sua história e atores fundamentais na conquista de melhores condições de
trabalho e saúde.
O objeto da saúde do trabalhador pode ser definido como o processo
saúde e doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho.
Representa um esforço de compreensão deste processo - como e porque
ocorre - e do desenvolvimento de alternativas de intervenção que levem à
transformação em direção à apropriação pelos trabalhadores, da dimensão
humana do trabalho, numa perspectiva teleológica. Nessa trajetória, a saúde
do trabalhador rompe com a concepção hegemônica que estabelece um
vínculo causai entre a doença e um agente específico, ou a um grupo de
fatores de risco presentes no ambiente de trabalho e tenta superar o enfoque
que situa sua determinação no social, reduzido ao processo produtivo,
desconsiderando a subjetividade
No Brasil, a emergência da Saúde do Trabalhador, enquanto marco
teórico pode ser identificada na década de 80, sendo estabelecida na
Constituição Federal de 1988, e posteriormente regulamentada e definida com
a Lei Orgânica da Saúde nº 8080/90.
RENAST
Portarias
Portaria nº 1.679/GM de 19 de setembro de 2002
Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador no SUS e dá outras providências.
Bibliografia:
Manual de Gestão e Gerenciamento da Rede Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Trabalhador
LEAO, Luís Henrique da Costa; VASCONCELLOS, Luiz Carlos Fadel de. Rede
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast): reflexões sobre
a estrutura de rede. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 20, n. 1, mar.
2011 . Disponível em <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 16 out. 2012. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000100010.
OPERACIONALIZAÇÃO DA PNST
RISCOS OCUPACIONAIS
Riscos físicos
Os riscos físicos incluem fatores relacionados à umidade, vibrações, ruídos,
frio, calor, radiações ionizantes e não ionizantes e pressões anormais. Para
cada uma dessas ameaças, existe um limite máximo e medidas de segurança
que devem ser adotadas.
Para os trabalhadores que são expostos continuamente a ruídos é preciso
avaliar a intensidade sonora — medida em decibéis — e o tempo de exposição.
Esse conjunto determinará a utilização dos equipamentos para minimizar
problemas futuros na saúde auditiva. Para radiações não ionizantes — micro-
ondas, ultravioleta e laser — ou vibrações é obrigatório a utilização de
equipamentos de proteção individual para qualquer nível de exposição.
Riscos químicos
Riscos biológicos
Riscos ergonômicos
Riscos de acidentes
http://www.portalglauco.com.br/blog/voce-sabe-o-que-sao-riscos-
ocupacionais-no-trabalho/
NR-4
NR-7
NR-6
NR-9
Este programa visa à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho. Deve ser elaborado obrigatoriamente
e implementado em todas as empresas que admitam trabalhadores como
empregados. Para completar o ambiente ocupacional esse programa também
contempla a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais como fator de
qualidade de vida e responsabilidade socioambiental.
Para efeito dessa norma são considerados riscos ocupacionais o risco
físico, risco químico, risco biológico e também devem ser levados em
consideração os riscos ergonômicos e os riscos de acidente. Os três primeiros
são imutáveis devem ser considerados de acordo com seus agentes, porém os
dois últimos se consideram de acordo com seu ambiente de trabalho e as
ações de seus funcionários, podendo ser um ato ou condição insegura.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser desenvolvido
no âmbito de cada estabelecimento, ou seja, se a empresa possui filiais todas
tem a obrigação de possuir esse documento, com a responsabilidade do
empregador de providenciar profissional capacitado e habilitado para elaborá-
lo. Deve estar em fácil acesso para todos os trabalhadores e eventual
fiscalização.
Nenhuma empresa está livre de ocorrências acidentes ou doenças
ocupacionais, mas caso não exista nenhum risco na fase de antecipação ou
reconhecimento do risco, a empresa deve adotar medidas previstas na norma
nas alíneas a e f do subitem 9.3.1.
O PPRA é um documento legal fazendo parte integrante de todos os
outros sistemas de segurança no trabalho adotadas pela empresa, inclusive em
parceria com o PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
O PPRA deve ser desenvolvido e registrado de maneira formal em um
documento base seguindo uma estrutura que contenha o planejamento anual,
estratégias e métodos de ação, divulgação dos dados e o período e a forma de
avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Análise do documento deve ser feita pelo menos uma vez ao ano ou
quando se julgar necessário para avaliação do seu desenvolvimento ou
realização dos ajustes necessários para definição de novas metas e
prioridades.
Este documento elaborado e revisado deve ser apresentado na CIPA –
quando houver – e discutir os riscos existentes e suas medidas de controle,
também deve ser anexado uma cópia ao livro de atas da Comissão.
O desenvolvimento do PPRA deverá seguir etapas de realização e sua
elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação poderão ser
realizadas pelo SESMT ou por pessoa ou equipe que, a critério do empregador,
sejam capazes de desenvolvê-lo. Quando um risco é identificado o mesmo
deve ser eliminado, na impossibilidade de eliminação do risco, ele deve ser
minimizado ou controlado através das medidas de controle adota para cada
agente. Caso seja adotada como medida de controle um equipamento de
proteção coletiva, o mesmo deverá obedecer uma hierarquia de implantação e
ser acompanhada de treinamento aos trabalhadores quanto aos
procedimentos.
Quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de medidas de
proteção coletiva ou quando não forem suficientes, deverão ser adotadas
outras medidas de controle, também obedecendo a sua hierarquia. Pela CLT o
empregador tem a obrigação legal de comunicar aos trabalhadores os riscos
ambientais existentes, para a segurança do mesmo, quando se encontrar em
situação de risco iminente ou grave suas atividades podem ser interrompidas e
de imediato comunicar o fato ao superior hierárquico para as devidas
providências para a total segurança no ambiente de trabalho.
BENTO, Hebert. NR-9 – PPRA. Disponível em:
<http://ddsonline.com.br/sala-de-aula/106-mapa-de-riscos-guia-pratico/939-
aula-21-resumo-da-nr-9-ppra.html>. Acesso em: 25 dez. 2017.
NR-32
Existem hospitais que tem dúvidas sobre quais perfuro cortantes com
dispositivo de segurança devem ser utilizados. Foram realizados estudos que
indicam que todos aqueles que tenham contato com o risco biológico são os
mais críticos, sendo assim, os primeiros a serem implantados. Os demais,
como agulhas para aspiração de medicação, por vezes não são substituídos
por não terem contato com risco biológico, mas este processo depende de
cada hospital.
Observando mais a NR 32, podemos notar a importância dela para
mantermos a segurança e a saúde em locais de saúde, e assim não gerar
riscos que vá contra a integridade do trabalhador.
• Blefarite (H01.0)
• Conjuntivite (H10)
• Queratite e queratoconjuntivite (H16)
• Catarata (H28)
• Inflamação coriorretiniana (H30)
• Neurite óptica (H46)
• Distúrbios visuais subjetivos (H53.-)