Microcefalia
Microcefalia
Microcefalia
NOME DO ALUNO
CAMAÇARI-BA
2023
1.INTRODUÇÃO.
No documento a seguir, vamos falar sobre a microcefalia no nordeste e também apontar assuntos
como diagnóstico, tratamento e prevenção. Vamos abordar como a sociedade foi impactada com essa
epidemia, que atingiu tantos nascidos vivos,
2.MICROCEFALIA
Microcefalia: recém-nascidos com perímetro cefálico inferior a 2 desvios padrão, ou seja, mais
de 2 desvios padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo;
Microcefalia grave: recém-nascidos com perímetro cefálico inferior a 3 desvios padrão, ou seja,
mais de 3 desvios padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo.
3.FATORES DE RISCO
Os fatores de risco envolvidos com a ocorrência da microcefalia podem ser genéticos, envolvendo a
presença de variantes genéticas patogênicas ou alterações cromossômicas no indivíduo afetado;
pode ser resultado de fatores de risco ambientais, como a infecção gestacional por sífilis,
toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e vírus Zika (que formam o acrônimo STORCH-Z),
doenças ou condições maternas, como a diabetes ou a desnutrição, bem como a exposição
intrauterina a substâncias teratogênicas como álcool, radiação, medicamentos e outras substâncias
teratogênicas.
Além disso, a combinação de diferentes fatores de risco pode representar uma causa multifatorial
para a ocorrência da microcefalia. A microcefalia pode ser também de origem familiar, ou seja, o
recém-nascido apresenta esta condição, sem necessariamente apresentar anomalias cerebrais e
alterações neurológicas.
4.DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O primeiro exame físico do recém-nascido é rotina nas maternidades e deve ser feito em até 24 horas
após o nascimento. Este período é um dos principais para se identificar possíveis anomalias
congênitas no recém-nascido. Neste sentido, para a aferição do perímetro cefálico, o profissional de
saúde deve utilizar uma fita métrica inelástica, colocando-a no ponto mais proeminente da parte
posterior do crânio (occipital) e sobre as sobrancelhas. Se houver alguma proeminência frontal e for
assimétrica, o profissional deve passar a fita métrica sobre a parte mais proeminente. Atualmente, o
uso das curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para recém-nascidos à termo e das curvas de
Intergrowth-21st para recém-nascidos pré-termo, ambas presentes na Caderneta da Criança (para
meninas e meninos), são as mais adequadas para a identificação e classificação da microcefalia, uma
vez que essas curvas consideram o sexo e a idade gestacional ao nascimento.
Além do exame físico, exames neurológicos e de imagem também devem ser realizados para a
identificação de anomalias cerebrais. A ultrassonografia trans fontanela (US-TF) é a primeira opção
indicada e a tomografia, quando o tamanho da fontanela (moleira) impossibilita a realização da US-TF
ou caso ainda persista dúvida diagnóstica após a US-TF.
Também é possível diagnosticar a microcefalia no pré-natal. Entretanto, somente o médico que está
acompanhando a grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado.
Não há tratamento específico para a microcefalia. No entanto, existem ações de suporte que podem
auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança. Este acompanhamento é preconizado pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). Todas as crianças com esta anomalia congênita devem ser inseridas no
Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade - período em que o
cérebro se desenvolve mais rapidamente. A estimulação precoce tem como objetivo estimular o
potencial máximo de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica,
comportamental, cognitiva, social e afetiva, o quais podem ser prejudicados pela microcefalia.
5.MICROCEFALIA NO NORDESTE
O Ministério da Saúde divulgou terça-feira (17/11/2015) o primeiro boletim com os números dos
casos já identificados de microcefalia. De acordo com o governo, já foram notificados 399
recém-nascidos com o problema, em sete Estados, todos na região Nordeste do Brasil.
Os números do Ministério da Saúde mostram que o surto de microcefalia é muito pior do que
se imaginava. Até então, acreditava-se que o problema era concentrado em Pernambuco. O
Estado tem realmente o maior número de casos, mas a situação também preocupa em Estados
como Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba, conforme mapa abaixo.
6.PREVENÇÃO
A prevenção primária da microcefalia envolve o combate e prevenção aos fatores de risco para a
ocorrência desta anomalia congênita, tais como: controle de doenças e condições maternas, como
diabetes e hipertensão; controle da população de mosquitos Aedes aegypti e proteção individual
contra picadas, como o uso de repelentes, redução da exposição em horários de maior atividade do
mosquito (amanhecer e anoitecer) e uso de roupas de manga longa e calça comprida, a fim de evitar a
infecção pelo vírus Zika; programas de vacinação para evitar a infecção gestacional pela rubéola;
utilização de preservativos em todas as relações sexuais para a prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis, como a sífilis; abstinência de substâncias consideradas teratogênicas, como álcool,
tabaco e medicamentos contraindicados durante a gestação; e suplementação alimentar pré-
concepcional com ácido fólico.
O Ministério da Saúde reforça às gestantes que evitem usar medicamentos não prescritos por
profissionais de saúde e que realizem todas as consultas de pré-natal preconizadas e exames
previstos nesta fase, além da importância de relatar aos profissionais de saúde qualquer alteração
percebida durante a gestação. Essas medidas permitem que o médico que acompanha a gestação faça
o correto aconselhamento sobre os fatores de risco previamente citados para a ocorrência da
microcefalia, bem como oriente a gestante caso haja a presença ou exposição a tais fatores de risco.
7.CONCLUSÃO.
FONTES:
https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/governo-identifica-399-casos-de-microcefalia-no-
nordeste.html
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/microcefalia
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/mco-
ufba/comunicacao/noticias/casos-de-microcefalia-no-nordeste-servem-de-alerta-para-gravidas