Semana Integradora

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2° SEMANA

INTEGRADORA
HIPÓTESE

“A história biopsicossocial da paciente, como a utilização de anticoncepcionais, a perda


do baço, a utilização de álcool e tabaco e o histórico de malária, são fatores de risco que,
associados ao fato de a paciente ter passado por um longo período de não movimentação
do membro, desencadearam um quadro de Trombose Venosa Profunda Aguda”.

LACUNAS

1. Locais endêmicos de malária/ ciclo biológico/agente etiológico/quadro clínico/transmissão


2. Ciclo da tricomoníase/ quadro clínico (sintomatologia)
3. Resposta imune frente à infecção parasitária
4. Notificação compulsória/ Atribuição do médico na atenção básica no tratamento da malária
5. Ocorrência de casos não importados (autóctones) / fatores de risco para incidência nos locais
endêmicos
6. Relação entre a perda do baço e a imunologia da doença/ estrutura do baço e funções x
imunologia (esplenectomonia e suas complicações na resposta imune)
7. Fatores de risco da trombose (CO)/ prevenção/ fatores genéticos
8. Riscos da utilização do CO (MBE) x trombose venosa profunda
9. Exame físico das veias
10. Sinais e sintomas da trombose e da tromboflebite;
11. Meias de compressão; trabalha 12 hrs em pé/ posição de Tredenlemburg.
12. Manejo baseado em evidências da trombose
13. Análise do exame de imagem (Doppler)
14. Complicações da trombose/ tipos de embolia/ trajeto do êmbolo formado na veia e na artéria
15. Mecanismos de ação, classe e efeitos adversos da Varfarina e Enoxaparina/ mecanismo de ação/
interações medicamentosas/ indicações para o início do tratamento
16. Importância do exame TP
17. Indicação da hemocultura/ quais bactérias podem ser encontradas na hemocultura
18. Avaliação e classificação de feridas quanto à origem, profundidade, mecanismos de cicatrização

QUESTÕES
Imunologia:
1. Relacionar as células do sistema imune com o ciclo parasitário da malária.
2. Descrever a estrutura do baço e relacionar com a função no combate à bactérias.
3. Discutir como a esplenectomia prejudica a resposta imune.
Microbiologia
4. Definir hemocultura, destacar suas indicações e listar as principais bactérias encontradas.

Hemocultura é um exame de importante valor preditivo de infecções, é


um método diagnóstico definitivo para endocardite bacteriana e infecção da
corrente sanguínea.
Idealmente, a coleta deve ser feita antes do início da antibioticoterapia de
pacientes que configurem quadro clínico sugestivo de infecção e suficiente para
serem submetidos à internação e que apresentem febre (> 38oC) ou hipotermia
(< 36oC), leucocitose (> 10.000/ mm3, especialmente com desvio à esquerda) ou
granulocitopenia absoluta (< 1000 leucócitos/mm3 ). Em crianças pequenas com
quadro de queda do estado geral sem explicação, e em idosos, principalmente
acompanhado de mal estar, mialgia ou sinais de acidente vascular cerebral
devem ser investigados.

Indicações para a coleta de hemocultura:


 Endocardite infecciosa
 Febre de foco desconhecido
 Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter vascular
 Infecções do trato biliar Infecções em transplantados e em outros pacientes com
imunossupressão
 Infecção cirúrgica de sítio profundo e ou sepse
 Neutropenia febril
 Pielonefrite com critérios de admissão hospitalar
 Osteomielite aguda
 Pneumonia adquirida na comunidade com critérios de admissão hospitalar
 Pneumonia hospitalar
 Formação de trombos por suspeita de bactérias

Os microrganismos frequentemente isolados são:

Gram Positivos Gram Negativos


Staphylococcus aureus Escherichia coli
Staphylococcus coagulase negativa Klebsiella spp.
Streptococcus spp. Enterobacter spp.
Enterococcus spp. Pseudomonas aeruginosa
Listeria spp. Neisseria meningitidis

Segundo Ruschel, D 2016, os micro-organismos do grupo das bactérias Gram


positivas apresentaram maior resistência aos antibióticos penicilina, ciprofloxacina e
clindamicina. As bactérias Gram negativas apresentaram maior resistência aos
antimicrobianos ceftazidima, ampicilina e sulfametoxazol e trimetoprim.

Referências:

Araújo, Maria Rita - Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e


interpretação dos resultados. J Infect Control, 1 (1): 08-19, 2012.
Ruschel, Denise et al.; Perfil de resultados de hemoculturas positivas e fatores
associados. Revista brasileira de analises clinicas. DOI: 10.21877/2448-
3877.201600503, 2016.
Parasitologia
5. Identificar o agente etiológico da malária e esquematizar seu ciclo biológico.

A malária possui um ciclo biológico no Homem (assexuado) e um ciclo biológico no


mosquito (sexuado).

Resumidamente temos os seguintes passos:

Ciclo no Homem:
1) Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios
inocula os esporozoítos no hospedeiro humano.
2) Os esporozoítos infectam as células do fígado.
3) Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes.
4) Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é
chamada de ciclo exoeritrocítico.
5) Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o
chamado ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de
anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes.
6) Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos.
7) Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.

Ciclo na mosca:
8) Ao se alimentar de sangue humano, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos
masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo
esporogônico.
9) No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo
zigotos.
10) Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes.
11) Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em
oocistos.
12) Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as
glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro
humano perpetua o ciclo de vida da malária.

Manual de diagnóstico laboratorial da malária / Ministério da Saúde, Secretaria


de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.
6. Determinar o quadro clínico da malária e explicar os fatores genéticos do hospedeiro que
aumentam a sua susceptibilidade.
7. Diferenciar o quadro sintomatológico da tricomoníase no homem e na mulher.

Tricomoníase é a infecção da vagina ou do trato genital masculino causada


por Trichomonas vaginalis.
Pode ser assintomática ou produzir uretrite, vaginite ou, ocasionalmente, cistite,
epididimite ou prostatite. O diagnóstico é feito por meio de exame microscópico direto,
testes de tira reagente ou testes de amplificação de ácido nucleico das secreções
vaginais, por urina ou cultura uretral. Pacientes e contatos sexuais são tratados com
metronidazol ou tinidazol.

Mulheres podem apresentar sintomas que variam de nenhuma secreção vaginal à


secreção vaginal copiosa, amarelo-esverdeada e espumosa, com sensibilidade na
vulva e no períneo, dispareunia e disúria. Uma infecção previamente assintomática
pode se tornar sintomática a qualquer momento, com inflamação da vulva e do períneo
e edema de lábios. As paredes vaginais e a superfície da cérvice podem apresentar
lesões puntiformes, em tom “vermelho-morango”. Uretrite e, possivelmente, cistite
também podem ocorrer.

Homens normalmente são assintomáticos; porém, algumas vezes, a uretrite resulta


em uma secreção que pode ser passageira, espumosa ou purulenta, ou causar disúria e
polaciúria, em geral no início da manhã. Com frequência, a uretrite é leve e causa
apenas irritação uretral mínima e umidade ocasional no meato uretral, sob o prepúcio,
ou em ambos. Epididimite e prostatite são complicações raras.

Referencias:

MACIEL, Gisele de Paiva; TASCA, Tiana; DE CARLI, Geraldo Attilio. Aspectos clínicos, patogênese e
diagnóstico de Trichomonas vaginalis. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 40, n. 3, p. 152-
160, June 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
24442004000300005&lng=en&nrm=iso>. accesso em 22 Sept. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-
24442004000300005.
Farmacologia:
8. Discutir o mecanismo de ação, a classe e os efeitos adversos da Enoxaparina e da Varfarina.
9. Justificar o uso de anticoagulantes no início do tratamento da trombose venosa profunda e a
importância da monitorização do TP. (discutir a indicação para início do tratamento)

Epidemiologia
10. Citar as regiões endêmicas de malária e os fatores ambientais que levam à ocorrência de casos
autóctones.

Patologia
11. Definir embolia, classificar seus tipos e diferenciar o trajeto do êmbolo formado no setor venoso
e no setor arterial.
12. Diferenciar trombose e tromboflebite, investigar seus sinais e sintomas e avaliar as
complicações da trombose venosa profunda.

PPM
13. Elaborar o exame físico venoso.
14. Classificar os tipos de feridas quanto a origem, profundidade e conteúdo microbiano e avaliar os
mecanismos de cicatrização.

MBE
15. Relacionar o uso do anticoncepcional com o risco de trombose venosa profunda.
16. Discutir o manejo baseado em evidências da trombose venosa profunda (TVP).

PAPP
17. Investigar as atribuições do médico da atenção primária à saúde (APS) e da vigilância
epidemiológica no manejo e notificação dos casos de malária.

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