Questões de Direito Do Consumidor

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

QUESTÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR

AS – UNIDADE 1:

0,1875 em 0,25 pontos

PERGUNTA 1
Ementa: Responsabilidade Civil. Indenização por danos morais. Transporte
aéreo. Atraso. Relação de consumo. Responsabilidade objetiva do prestador
de serviços pelos danos causados. Longo atraso que não pode ser
considerado mero aborrecimento. Danos morais caracterizados. Indenização
elevada para R$ 10.000,00, observados os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. Limitação prevista no art. 22 da Convenção de Montreal que
é aplicável apenas nas indenizações relativas a prejuízos patrimoniais.
Majoração dos honorários para R$ 2.000,00. Recurso a que se dá provimento
(TJSP, Apelação Cível nº 1114922-67.2019.8.26.0100, Relator(a): Mauro Conti
Machado, 16ª Câmara de Direito Privado, Data do julgamento: 07/02/2021,
Data de publicação: 07/02/2021. Disponível em: www.tjsp.jus.br. Acesso em:
05 fev. 2021). De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a relação de
consumo é formada:
a. por consumidor, fornecedor, produto ou serviço.

b. por consumidor, fornecedor e produto, já que o Código de Defesa do


Consumidor exclui expressamente o serviço.

c. por consumidor e fornecedor, elementos objetivos da relação, além


do produto ou serviço.
d. por consumidor, fornecedor e serviço, pois o Código de Defesa do
Consumidor exclui expressamente o produto.

e. por consumidor e fornecedor, sendo produto e serviço seu elemento


subjetivo.
PERGUNTA 2
João é viúvo e tem cinco filhos para sustentar. Durante o dia, trabalha como
garçom em um grande restaurante, mas, como não ganha o suficiente, tem
outra atividade para complementar sua renda. Sempre que chega do trabalho,
faz salgados e bolos por encomenda. João pegou boa fama no bairro, por isso
sua agenda está sempre cheia. Recentemente, João comprou uma batedeira
profissional, mas não conseguiu usá-la. O aparelho liga, mas o batedor não
funciona. Considerando a situação hipotética apresentada, é correto afirmar
que João:
a. embora não seja o destinatário final do produto, é considerado
consumidor em razão da sua vulnerabilidade, aplicando-se a teoria
finalista mitigada.

b. é consumidor por equiparação, sendo vítima de acidente de consumo,


podendo pleitear a proteção do Código de Defesa do Consumidor.

c. é consumidor por equiparação, em virtude de sua vulnerabilidade,


podendo pleitear a proteção do Código de Defesa do Consumidor.
d. por não se considerado destinatário final do produto, em hipótese
alguma poderá pleitear a proteção do Código de Defesa do
Consumidor.

e. embora não seja o destinatário final do produto, é considerado


consumidor em razão da sua vulnerabilidade, aplicando-se a teoria
finalista.

PERGUNTA 3
O site CONSUMIDOR MODERNO, em sua edição do dia 21 de junho de 2019,
publicou interessante artigo sobre Os cinco perfis do consumidor no Brasil,
segundo a Nielsen. De acordo com a reportagem, a empresa de consultoria
Nielsen criou cinco perfis de hábitos de consumo para empresas
personalizarem suas estratégias de marketing com maior precisão e eficiência.
Em resumo, são eles:

a) Consciente pragmático, “O ‘sabe tudo’, é aquele que segue


fielmente seus hábitos e preferências. Esse perfil é predominante em
indivíduos com mais de 46 anos de idade, das classes C2, D e E, e
equilibradamente dividido entre homens (55%) e mulheres (45%)”;
b) Equilibrista, “O ‘negociante’, aquele que busca fazer escolhas
inteligentes para conseguir consumir tudo o que quer. Esse perfil é
predominantemente feminino (67%), das classes C1 e C2 e mais jovem
(26 a 45 anos)”;
c) Consciente sonhador, “O ‘tranquilão’, aquele que busca levar uma
vida tranquila, na qual possa cuidar de si e do mundo.
Predominantemente feminino (72%), esse perfil está mais presente nas
classes C2, D e E”;
d) Conectado, “O ‘sempre online’, é aquele que se diverte, se comunica
e passa a maior parte do seu tempo na internet. Demograficamente,
esse é o mais jovem dos perfis, cuja maioria dos entrevistados possui
até 25 anos de idade, está inserida nas classes B2 e C1 e sem
predominância de gênero (homens e mulheres com 50%)”;
e) Aspiracional, “O ‘pra frentex’, que busca aliar seu bem-estar próprio
ao coletivo. Esse perfil tem predominância nas classes A, B1 e B2, com
idade entre 26 e 45 anos e maioria feminina (64%)”.

Já segundo a lei, consumidor é:


a. somente a pessoa jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.

b. toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza somente produto


como destinatário final.

c. toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou


serviço como destinatário final.
d. somente a pessoa física que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.

e. toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza somente serviço


como destinatário final.

PERGUNTA 4
Em 28 de outubro de 2018, o site do Superior Tribunal de Justiça publicou a
notícia a seguir:

“Piso molhado
Em março deste ano, o ministro Luis Felipe Salomão foi relator na
Quarta Turma de um recurso originado de ação de reparação movida
por um idoso contra o município e um posto de gasolina (AREsp
1.076.833). O autor sofreu uma queda e fraturou três costelas ao passar
pela calçada do posto, pois o piso estava molhado. Havia uma
mangueira no interior do estabelecimento que escoava água, porém não
existia qualquer sinalização que alertasse para o perigo no local.
O idoso alegou negligência do posto por ter deixado escoar água sem
providenciar a sinalização adequada. Também sustentou haver falta de
fiscalização dos passeios públicos por parte do município.
O posto afirmou a não incidência da lei consumerista no caso, já que
não havia fornecido qualquer produto ou serviço ao autor da ação. Disse
que a culpa era exclusiva da vítima e que se tratava de caso fortuito e de
força maior.
O estabelecimento foi condenado a pagar R$ 6.780,00 por danos
morais. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) entendeu
que incidiam as normas do CDC, já que houve defeito no serviço, pois o
posto não ofereceu a segurança que o consumidor deveria esperar.
Para o tribunal, a lei tutela a ‘segurança ou incolumidade física e
patrimonial do consumidor’.
Segundo o ministro Salomão, o entendimento da corte estadual está em
conformidade com a jurisprudência do STJ no sentido da proteção
conferida pelo CDC a todos aqueles que, mesmo sem participar
diretamente da relação de consumo, sofrem as consequências do dano,
tendo sua segurança física e psíquica colocada em risco.” (Disponível
em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-
antigas/2018/2018-10-28_06-51_Consumidor-equiparado-a-protecao-
estendida-do-CDC.aspx. Acesso em: 05 fev. 2021.)

De acordo com o caso analisado, podemos afirmar que


a. O idoso foi considerado consumidor por equiparação, pois, segundo o
Código de Defesa do Consumidor, “equiparam-se aos consumidores
todas as vítimas do evento” (art. 17).
b. O idoso foi considerado consumidor por equiparação, pois, segundo o
Código de Defesa do Consumidor, “equiparam-se aos consumidores
todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele
previstas” (art. 29).

c. O idoso foi considerado consumidor em sentido estrito, pois, segundo


o Código de Defesa do Consumidor, “consumidor é toda pessoa física
ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final” (caput do art. 2º).
d. O idoso não foi considerado consumidor, pela ausência de relação de
consumo, pois ele não adquiriu nenhum produto ou serviço do posto.
e. O idoso foi considerado consumidor por equiparação, pois, segundo o
Código de Defesa do Consumidor, “equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo” (parágrafo único do art. 2º).

AS – UNIDADE 2:

0,125 em 0,25 pontos


PERGUNTA 1
Os atrasos e cancelamentos de voos deixaram de ser novidade faz tempo. Não
raramente, encontramos um consumidor em desespero no aeroporto, seja
porque perdeu um compromisso de trabalho ou uma viagem de lazer. Foi
exatamente o que aconteceu com João, em janeiro de 2019. Enquanto
aguardava o voo para Paris, soube que o mesmo havia sido cancelado, sem
qualquer explicação. Como os próximos estavam lotados, só teria vaga no voo
que sairia 3 (três) dias depois. João insistiu com a Companhia área que
precisava viajar, pois seria o casamento de seu irmão, sendo que a esposa e
ele seriam os padrinhos. A companhia área nada fez, sequer disponibilizou
acomodação e alimento para o casal. Quando retornou, João imediatamente
procurou um advogado, alegando que sofreu prejuízos financeiros, além de
danos morais. Segundo o advogado, a inversão do ônus da prova é um
instrumento para a facilitação da defesa do consumidor. Tal inversão, no
entanto, não é automática, ocorre quando existir:
a. somente verossimilhança das alegações do consumidor, não há outra
hipótese legal.

b. somente a hipossuficiência do consumidor, não há outra hipótese


legal.

c. verossimilhança das alegações e hipossuficiência do consumidor.

d. verossimilhança das alegações ou hipossuficiência do fornecedor.


e. verossimilhança das alegações ou hipossuficiência do consumidor.

PERGUNTA 2
Conforme o disposto no artigo 43, caput, do Código de Defesa do Consumidor,
“o consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações
existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo
arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes”, e mais
especificamente no seu § 2º, prevê que “a abertura de cadastro, ficha, registro
e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao
consumidor, quando não solicitada por ele”. No referido artigo, encontramos a
presença do direito à:
a. prevenção e reparação de danos.

b. proteção contratual.
c. proteção contra publicidade enganosa e
abusiva.

d. facilitação de acesso à Justiça.

e. informação adequada e clara.

PERGUNTA 3
Um consumidor foi até a concessionária para a compra de um veículo 0km.
Durante a realização da compra, foi obrigado pelo vendedor a adquirir o seguro
de empresa vinculada à concessionária, para a liberação do veículo. Nos
termos do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, tal operação:
a. é permitida expressamente pelo Código de Defesa do Consumidor.

b. é vedada, mas seria permitida pelo Código de Defesa do Consumidor,


se o seguro oferecido fosse da própria concessionária.

c. é vedada, pois o Código de Defesa do Consumidor assegura, como


direito básico do consumidor, a liberdade de escolha.

d. é permitida, por constituir prática comum no mercado de veículos.

e. permitido, pois o Código de Defesa do Consumidor não assegura,


como direito básico do fornecedor, a liberdade de escolha.

PERGUNTA 4
“Alega o autor que, no dia 01/10/2018, encontrou um anúncio da requerida na
internet, no qual oferecia o aparelho celular “IPhone X Space Gray Cinza
Espacial 64GB Tela 5.8"10S 11 $G Wi-Fi Câmera 12MP – Apple”, pelo preço
total de R$ 1.499,00. Ocorre que, ao tentar finalizar a compra o valor do
produto era alterado para R$ 6.599,00. Aduz que não conseguiu efetivamente
comprar o aparelho pelo preço ofertado de R$ 1.499,00.” O juiz entendeu que:
“tem-se por evidente a existência de erro grosseiro, decorrente da venda de
aparelho telefônico “Iphone X” pelo preço de R$ 1.499,00, equivalente a algo
em torno de 22% do preço original à época (R$ 6.599,00). Destaco que em
consulta realizada nesta data, o preço médio de idêntico aparelho oscilava
entre R$ 5.759,00 a R$ 7.499,00.” (Trechos extraídos da sentença proferida
pelo 1º Juizado Especial Cível de Águas Claras, Distrito Federal: Proc.
0712671-55.2018.8.07.0020, julgamento 20/02/2019, disponível
em https://www.conjur.com.br/dl/empresa-nao-obrigada-cumprir-preco.pdf, ace
sso em 14 fev. 2021). Diante dos princípios que informam o Código de Defesa
do Consumidor, é correto afirmar que:
a. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da informação
que rege as relações de consumo, o fornecedor não é obrigado a
vender o produto pelo preço anunciado.

b. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da liberdade de


escolha que rege as relações de consumo, o fornecedor não é
obrigado a vender o produto pelo preço anunciado.

c. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da boa-fé


objetiva que rege as relações de consumo, o fornecedor não é
obrigado a vender o produto pelo preço anunciado.
d. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da prevenção
que rege as relações de consumo, o fornecedor não é obrigado a
vender o produto pelo preço anunciado.

e. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da educação que


rege as relações de consumo, o fornecedor não é obrigado a vender
o produto pelo preço anunciado.

AS – UNIDADE 3:

0,25 em 0,25 pontos

PERGUNTA 1

MG: 14 pessoas que beberam cerveja Belorizontina correm risco de morte


os 14 pacientes internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol
depois de beberem a cerveja Belorizontina, da Backer, estão em estado grave
e correm risco de morte, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Minas
Gerais. Todos estão internados na rede privada hospitalar de Belo Horizonte.
Até o momento, são 18 notificações de possível intoxicação pela substância,
com quatro mortes, sendo três suspeitas e uma confirmada.
(fonte: https://istoe.com.br/mg-14-pessoas-que-beberam-cerveja-belorizontina-
correm-risco-de-morte/, acesso em: 7 mai. 2020). Diante da situação acima, em
se tratando de responsabilidade civil pelo fato do produto, o prazo para
propositura de ação indenizatória é:
a. 2 anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
do dano e de sua autoria.

b. 3 anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento


do dano e de sua autoria.
c. 10 anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
do dano e de sua autoria.

d. 5 anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento


do dano e de sua autoria.

e. 15 anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento


do dano e de sua autoria.
PERGUNTA 2
João adquiriu, na Padaria Pão do Amanhecer Ltda., uma garrafa de água
mineral com a designação diet, sendo fabricante a Indústria de Bebidas Bela
Água Ltda., conforme informado na garrafa. Ao consumir o produto, João
passou muito mal e teve que ser levado ao Hospital, onde ficou internado por
aproximadamente 10 dias. Verificou-se que a água estava contaminada. Tendo
como referência a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta
acerca das normas do CDC:
a. A responsabilidade é solidária entre o consumidor e a padaria.

b. A responsabilidade não é da Padaria Pão do Amanhecer Ltda. e nem


do fabricante, Indústria de Bebidas Bela Água Ltda.
c. A responsabilidade é exclusiva da Padaria Pão do Amanhecer Ltda.
d. A responsabilidade é exclusiva do fabricante, Indústria de Bebidas
Bela Água Ltda.

e. A responsabilidade é solidária entre a Padaria Pão do Amanhecer


Ltda. e o fabricante, Indústria de Bebidas Bela Água Ltda.

PERGUNTA 3
Pedro, depois de meses de economia, finalmente, conseguiu comprar um
celular novo. Poucos dias após a aquisição, o aparelho apresentou um
problema, não desligava. Em face dessa situação hipotética, segundo o Código
de Defesa do Consumidor, Pedro, em primeiro lugar:
a. deve levar o produto até o fornecedor para sanar o vício no prazo
máximo de trinta dias.

b. pode exigir a substituição do produto por outro da mesma espécie,


em perfeitas condições de uso.
c. pode exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.

d. pode exigir o abatimento proporcional do preço.


e. pode exigir complementação do peso ou medida.

PERGUNTA 4
Maria foi ao Supermercado Compra Legal e comprou 250 gramas de presunto,
pesados na hora. Quando chegou a casa, Maria desconfiou da quantidade e
pesou novamente na balança que tinha. Para sua surpresa, na embalagem,
continha somente 180 gramas. Maria, ao retornar ao Supermercado Compra
Legal, poderá exigir, alternativamente:
a. I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso
ou medida; III - a substituição do produto por outro da mesma
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a restituição
imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos.
b. apenas: I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação
do peso ou medida;

c. I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em


perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia
paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas
e danos; III - o abatimento proporcional do preço.

d. I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;


II - complementação do peso ou medida; III - a substituição do
produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios; IV - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
danos.

e. I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;


II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o
abatimento proporcional do preço.

AS – UNIDADE 4:

0,25 em 0,25 pontos

PERGUNTA 1
Mário comprou um celular pelo aplicativo da loja X, com a opção de retirada na
loja. No dia agendado, dirigiu-se até a loja e lá mesmo abriu o pacote. Para
surpresa de Mário e dos funcionários presentes, dentro da caixa só tinha
pedras. No ato, o gerente ofereceu apenas a opção de cancelamento da
compra com o estorno do valor para compras no próprio app. De acordo com o
CDC, se o fornecedor de produtos recusar cumprimento à oferta, apresentação
ou publicidade, o consumidor poderá:
a. alternativamente e à sua livre escolha: I) exigir o cumprimento
forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade ou II) rescindir o contrato, com direito à restituição de
quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos.

b. alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento


forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço
equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de
quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos.

c. alternativamente e à sua livre escolha: I) exigir o cumprimento


forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade ou II) aceitar outro produto ou prestação de serviço
equivalente.
d. somente exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
oferta, apresentação ou publicidade.

e. somente aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente.

PERGUNTA 2
Sobre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor,
analise as assertivas:

I - É autorizado ao fornecedor de produtos ou serviços elevar, desde


que, com justa causa, o preço de produtos ou serviços.
II - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços prevalecer-se da
fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou
serviços.
III - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços enviar ou entregar
ao consumidor qualquer produto ou fornecer qualquer serviço, se estiver
inadimplente perante o poder público.

Estão corretas as assertivas:


a II e III
.
b III
.
c. II

d I
.
e I e II
.

PERGUNTA 3
Leia o julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça:
“Cumpre analisar, ainda, a acusação de configurar-se venda casada a
prática abusiva de cancelamento unilateral do voo de volta do
consumidor que não embarcou no voo de ida.
Quanto ao ponto, importa reconhecer que a possibilidade de aquisição
de todo o itinerário de viagem, ida e volta, por meio de um único
procedimento de compra, é apresentada ao consumidor como mera
opção, cabendo a ele decidir pela obtenção dos bilhetes de toda a
viagem, antecipadamente, de acordo com a sua necessidade e
disponibilidade.
De fato, até esse momento, não há qualquer conduta da fornecedora do
serviço capaz de configurar a prática abusiva de venda casada, uma vez
que a venda do trecho de ida não está condicionada à compra do trecho
de volta, podendo as compras serem feitas de maneira independente,
como dito. Há, portanto, ampla opção conferida ao consumidor.
No entanto, a situação é outra, quando verificada sob ótica diversa, qual
seja o desejo do consumidor de utilizar apenas o bilhete relativo ao
trecho de volta, ou mesmo a possibilidade de se utilizar apenas referido
trecho.
Nessa perspectiva, constando-se o condicionamento, para a utilização
do serviço a um pressuposto criado para atender apenas o interesse da
fornecedora, no caso, o embarque no trecho de ida, tenho por
qualificada a indesejável prática de venda casada.
Dito de outra forma, ao vincular o direito do consumidor de usar o
serviço contratado à utilização da integralidade dos trechos contratados,
a recorrente incorre em prática abusiva vedada pelo artigo 39, inciso I,
do CDC, cujo propósito é claro em assegurar ao usuário do serviço a
opção de usá-lo segundo a sua exclusiva conveniência, já que
desembolsou o valor necessário para tanto.
Assim, a abusividade reside no condicionamento de manter a reserva do
voo de volta ao embarque do passageiro no voo de ida.” (STJ, Resp nº
1.595.731 - RO (2016/0090369-0), Rel. Ministro Luís Felipe Salomão, j.
14/11/2017)

Sobre a venda casada, é correto afirmar que:


a. Configura venda casada a recusa às demandas dos consumidores,
na exata medida de suas disponibilidades de estoque.
b. Configura venda casada toda informação ou publicidade,
suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de
comunicação com relação a produtos e serviços.

c. Configura venda casada, permitida pelo CDC, condicionar o


fornecimento de um produto ou de um serviço ao fornecimento de
outro produto ou serviço.

d. Configura venda casada qualquer modalidade de informação ou


comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou,
por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em
erro o consumidor.

e. Configura venda casada, vedada pelo CDC, condicionar o


fornecimento de um produto ou de um serviço ao fornecimento de
outro produto ou serviço.

PERGUNTA 4
Paulo levou o carro à concessionária para revisão completa. O carro foi
devolvido revisado e limpo, sendo o valor da lavagem cobrado pela
concessionária. De imediato, Paulo alegou que não pagaria a lavagem, pois
não havia solicitado. Nesse caso:
a. o fornecimento de serviço sem prévia solicitação constitui prática
abusiva, de modo que o Paulo não tem obrigação de pagar por ele.

b. o fornecimento de serviço sem prévia solicitação não constitui prática


abusiva, mesmo assim, Paulo não tem obrigação de pagar por ele.

c. o fornecimento de serviço sem prévia solicitação constitui prática


comum no mercado de consumo, de modo que Paulo tem obrigação
de pagar por ele.
d. como Paulo se beneficiou do serviço, deverá pagar por ele, sendo
indiferente o fato de ter ou não solicitado.
e. o fornecimento de serviço sem prévia solicitação constitui prática
comum no mercado de consumo, de modo que Paulo tem obrigação
de pagar por ele, se, na hora em que retirou o carro, não reclamou.
PERGUNTA 3
Sobre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do
Consumidor, analise as assertivas:

I - É autorizado ao fornecedor de produtos ou serviços elevar, desde


que, com justa causa, o preço de produtos ou serviços.
II - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços prevalecer-se da
fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade,
saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
produtos ou serviços.
III - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços enviar ou
entregar ao consumidor qualquer produto ou fornecer qualquer
serviço, se estiver inadimplente perante o poder público.

Estão corretas as assertivas:


a I
.
b II
. eI
II
c III
.
d II
.
e.
Ie
II

AS – UNIDADE 5:

0,1875 em 0,25 pontos

PERGUNTA 1
Analise as assertivas em relação à proteção contratual:

I - O Código de Defesa do Consumidor prevê limitação de páginas ao


contrato de adesão, com o intuito de estimular a leitura pelo consumidor.
II - Considera-se cláusula abusiva, segundo o CDC, aquelas que
estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor.
III - Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a
compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste
artigo, terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a
fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.

É correto o que se afirmar em:


a. I e III, apenas.

b. II e III, apenas.

c. I, II e III.
d. II, apenas.

e. I, apenas.

PERGUNTA 2
Maria foi pessoalmente a uma loja e comprou um lindo vestido. No dia
seguinte, arrependeu-se da compra e voltou à loja para devolver o produto e
pegar o dinheiro de volta. A loja, porém, negou o pedido de Maria. Nesse caso,
a. A loja está certa, pois o consumidor só pode exercer seu direito de
arrependimento, se a aquisição ocorrer fora do estabelecimento
comercial.
b. Maria tem razão, pois o vestido está dentro do prazo de 30 dias de
garantia, prazo esse que permite o arrependimento.

c. A loja está correta, pois só existe o direito de arrependimento se o


produto é defeituoso ou apresenta vício de qualidade.

d. Maria tem razão, pois o CDC prevê o chamado direito de


arrependimento também para as compras feitas no próprio
estabelecimento.

e. Maria tem razão, por estar no prazo de reflexão, mas a loja pode
cobrar multa pela devolução imotivada.

PERGUNTA 3
Segundo o Superior Tribunal de Justiça:

3. À luz do Código de Defesa do Consumidor, devem ser reputadas


como abusivas as cláusulas que nitidamente afetam de maneira
significativa a própria essência do contrato, impondo restrições ou
limitações aos procedimentos médicos, fisioterápicos e hospitalares (v.g.
limitação do tempo de internação, número de sessões de fisioterapia,
entre outros) prescritos para doenças cobertas nos contratos de
assistência e seguro de saúde dos contratantes.
4. Se há cobertura de doenças ou sequelas relacionadas a certos
eventos, em razão de previsão contratual, não há possibilidade de
restrição ou limitação de procedimentos prescritos pelo médico como
imprescindíveis para o êxito do tratamento, inclusive no campo da
fisioterapia.
(AgInt no Recurso especial nº 1.349.647 - RJ (2012/0218538-6), Relator
Ministro Raul Araújo, 4ª Turma, j. 13/11/2018)

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, assinale a


alternativa INCORRETA:
a. O CDC não admite outras cláusulas contratuais abusivas, além
daquelas citadas no rol do artigo 51.

b. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os


consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar
conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de
seu sentido e alcance.
c. No contrato de adesão, as cláusulas que implicarem limitação de
direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo
sua imediata e fácil compreensão.
d. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar
de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço,
sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone
ou a domicílio.
e. As cláusulas contratuais abusivas são nulas de pleno direito.

PERGUNTA 4
Em 15 de março de 2021, Márcio efetuou a compra de uma geladora, pelo site
da loja “Compra Boa”. Em 20 de março, o produto chegou, mas Márcio,
arrependido, pretende desistir do negócio. Nesse caso, à luz das regras do
Código de Defesa do Consumidor, o prazo para a desistência é de:
a. 7 dias, a contar do ato de recebimento do produto.

b. 30 dias, a contar do ato da compra do produto.


c. 5 dias, a contar do ato da compra do produto.

d. 3 dias, a contar do ato de recebimento do produto.


e. 10 dias, a contar do ato de recebimento do
produto.

AS – UNIDADE 6:

0,25 em 0,25 pontos

PERGUNTA 1
Segundo o parágrafo único do art. 81 do CDC, a defesa coletiva será exercida
quando se tratar de: “I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;”.
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de afronta a um direito difuso:
a. Queda de uma consumidora em supermercado, por falta de
sinalização de piso escorregadio.

b. Cláusula abusiva em contrato de adesão de seguro de vida celebrado


entre consumidor e empresa X, estabelecendo a impossibilidade de
desistência.
c. Aumento abusivo de determinada escola de inglês.

d. Cláusula abusiva em contrato de seguro saúde, que prevê dupla


penalidade ao consumidor para o caso de descumprimento do
contrato.

e. Outdoor em rodovia expondo publicidade enganosa de um produto.

PERGUNTA 2
Quem não pode propor ação coletiva?
a. As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta,
ainda que sem personalidade jurídica.

b. As associações legalmente constituídas hão pelo menos um ano e


que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e
direitos protegidos pelo CDC, dispensada a autorização assemblear.

c. O consumidor sozinho.
d. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

e. O Ministério Público,

PERGUNTA 3
Analise as assertivas em relação à ação de obrigação de fazer e não fazer:

I - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será


admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica
ou a obtenção do resultado prático correspondente.
II - O juiz não poderá, na hipótese de liminar ou na sentença, impor
multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor.
III - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer
ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento.

É correto o que se afirma em:


a I e III, apenas.
.
b I, apenas.
.
c. I, II e III.
d II, apenas.
.
e II e III, apenas.
.
PERGUNTA 4
Sobre a defesa coletiva do consumidor em juízo:

I - A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas


poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
II - O Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação
coletiva.
III - De acordo com o CDC, nas ações coletivas não haverá
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer
outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo
comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e despesas
processuais.

É correto o que se afirma em:


a I, II e III.
.
b I e III, apenas.
.
c. II e III, apenas.

d I, apenas.
.
e II, apenas.
.
PERGUNTA 5
O CDC estabelece que a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e
das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Sendo que a defesa coletiva será exercida quando se tratar de interesses ou
direitos difusos, interesses ou direitos coletivos e interesses ou direitos
individuais homogêneos. Consideram-se interesses ou direitos coletivos:
a os decorrentes de origem comum;
.
b os transindividuais, de natureza divisível, de que sejam titulares
. pessoas determinadas e ligadas por circunstâncias de fato;

c os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares


. pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
d os individuais, de natureza divisível de que seja titular grupo, categoria
. ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base.
e os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo,
. categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica base;

Você também pode gostar