Questões de Direito Do Consumidor
Questões de Direito Do Consumidor
Questões de Direito Do Consumidor
AS – UNIDADE 1:
PERGUNTA 1
Ementa: Responsabilidade Civil. Indenização por danos morais. Transporte
aéreo. Atraso. Relação de consumo. Responsabilidade objetiva do prestador
de serviços pelos danos causados. Longo atraso que não pode ser
considerado mero aborrecimento. Danos morais caracterizados. Indenização
elevada para R$ 10.000,00, observados os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. Limitação prevista no art. 22 da Convenção de Montreal que
é aplicável apenas nas indenizações relativas a prejuízos patrimoniais.
Majoração dos honorários para R$ 2.000,00. Recurso a que se dá provimento
(TJSP, Apelação Cível nº 1114922-67.2019.8.26.0100, Relator(a): Mauro Conti
Machado, 16ª Câmara de Direito Privado, Data do julgamento: 07/02/2021,
Data de publicação: 07/02/2021. Disponível em: www.tjsp.jus.br. Acesso em:
05 fev. 2021). De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a relação de
consumo é formada:
a. por consumidor, fornecedor, produto ou serviço.
PERGUNTA 3
O site CONSUMIDOR MODERNO, em sua edição do dia 21 de junho de 2019,
publicou interessante artigo sobre Os cinco perfis do consumidor no Brasil,
segundo a Nielsen. De acordo com a reportagem, a empresa de consultoria
Nielsen criou cinco perfis de hábitos de consumo para empresas
personalizarem suas estratégias de marketing com maior precisão e eficiência.
Em resumo, são eles:
PERGUNTA 4
Em 28 de outubro de 2018, o site do Superior Tribunal de Justiça publicou a
notícia a seguir:
“Piso molhado
Em março deste ano, o ministro Luis Felipe Salomão foi relator na
Quarta Turma de um recurso originado de ação de reparação movida
por um idoso contra o município e um posto de gasolina (AREsp
1.076.833). O autor sofreu uma queda e fraturou três costelas ao passar
pela calçada do posto, pois o piso estava molhado. Havia uma
mangueira no interior do estabelecimento que escoava água, porém não
existia qualquer sinalização que alertasse para o perigo no local.
O idoso alegou negligência do posto por ter deixado escoar água sem
providenciar a sinalização adequada. Também sustentou haver falta de
fiscalização dos passeios públicos por parte do município.
O posto afirmou a não incidência da lei consumerista no caso, já que
não havia fornecido qualquer produto ou serviço ao autor da ação. Disse
que a culpa era exclusiva da vítima e que se tratava de caso fortuito e de
força maior.
O estabelecimento foi condenado a pagar R$ 6.780,00 por danos
morais. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) entendeu
que incidiam as normas do CDC, já que houve defeito no serviço, pois o
posto não ofereceu a segurança que o consumidor deveria esperar.
Para o tribunal, a lei tutela a ‘segurança ou incolumidade física e
patrimonial do consumidor’.
Segundo o ministro Salomão, o entendimento da corte estadual está em
conformidade com a jurisprudência do STJ no sentido da proteção
conferida pelo CDC a todos aqueles que, mesmo sem participar
diretamente da relação de consumo, sofrem as consequências do dano,
tendo sua segurança física e psíquica colocada em risco.” (Disponível
em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-
antigas/2018/2018-10-28_06-51_Consumidor-equiparado-a-protecao-
estendida-do-CDC.aspx. Acesso em: 05 fev. 2021.)
AS – UNIDADE 2:
PERGUNTA 2
Conforme o disposto no artigo 43, caput, do Código de Defesa do Consumidor,
“o consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações
existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo
arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes”, e mais
especificamente no seu § 2º, prevê que “a abertura de cadastro, ficha, registro
e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao
consumidor, quando não solicitada por ele”. No referido artigo, encontramos a
presença do direito à:
a. prevenção e reparação de danos.
b. proteção contratual.
c. proteção contra publicidade enganosa e
abusiva.
PERGUNTA 3
Um consumidor foi até a concessionária para a compra de um veículo 0km.
Durante a realização da compra, foi obrigado pelo vendedor a adquirir o seguro
de empresa vinculada à concessionária, para a liberação do veículo. Nos
termos do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, tal operação:
a. é permitida expressamente pelo Código de Defesa do Consumidor.
PERGUNTA 4
“Alega o autor que, no dia 01/10/2018, encontrou um anúncio da requerida na
internet, no qual oferecia o aparelho celular “IPhone X Space Gray Cinza
Espacial 64GB Tela 5.8"10S 11 $G Wi-Fi Câmera 12MP – Apple”, pelo preço
total de R$ 1.499,00. Ocorre que, ao tentar finalizar a compra o valor do
produto era alterado para R$ 6.599,00. Aduz que não conseguiu efetivamente
comprar o aparelho pelo preço ofertado de R$ 1.499,00.” O juiz entendeu que:
“tem-se por evidente a existência de erro grosseiro, decorrente da venda de
aparelho telefônico “Iphone X” pelo preço de R$ 1.499,00, equivalente a algo
em torno de 22% do preço original à época (R$ 6.599,00). Destaco que em
consulta realizada nesta data, o preço médio de idêntico aparelho oscilava
entre R$ 5.759,00 a R$ 7.499,00.” (Trechos extraídos da sentença proferida
pelo 1º Juizado Especial Cível de Águas Claras, Distrito Federal: Proc.
0712671-55.2018.8.07.0020, julgamento 20/02/2019, disponível
em https://www.conjur.com.br/dl/empresa-nao-obrigada-cumprir-preco.pdf, ace
sso em 14 fev. 2021). Diante dos princípios que informam o Código de Defesa
do Consumidor, é correto afirmar que:
a. tendo em vista que o erro é grosseiro, pelo princípio da informação
que rege as relações de consumo, o fornecedor não é obrigado a
vender o produto pelo preço anunciado.
AS – UNIDADE 3:
PERGUNTA 1
PERGUNTA 3
Pedro, depois de meses de economia, finalmente, conseguiu comprar um
celular novo. Poucos dias após a aquisição, o aparelho apresentou um
problema, não desligava. Em face dessa situação hipotética, segundo o Código
de Defesa do Consumidor, Pedro, em primeiro lugar:
a. deve levar o produto até o fornecedor para sanar o vício no prazo
máximo de trinta dias.
PERGUNTA 4
Maria foi ao Supermercado Compra Legal e comprou 250 gramas de presunto,
pesados na hora. Quando chegou a casa, Maria desconfiou da quantidade e
pesou novamente na balança que tinha. Para sua surpresa, na embalagem,
continha somente 180 gramas. Maria, ao retornar ao Supermercado Compra
Legal, poderá exigir, alternativamente:
a. I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso
ou medida; III - a substituição do produto por outro da mesma
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a restituição
imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos.
b. apenas: I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação
do peso ou medida;
AS – UNIDADE 4:
PERGUNTA 1
Mário comprou um celular pelo aplicativo da loja X, com a opção de retirada na
loja. No dia agendado, dirigiu-se até a loja e lá mesmo abriu o pacote. Para
surpresa de Mário e dos funcionários presentes, dentro da caixa só tinha
pedras. No ato, o gerente ofereceu apenas a opção de cancelamento da
compra com o estorno do valor para compras no próprio app. De acordo com o
CDC, se o fornecedor de produtos recusar cumprimento à oferta, apresentação
ou publicidade, o consumidor poderá:
a. alternativamente e à sua livre escolha: I) exigir o cumprimento
forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade ou II) rescindir o contrato, com direito à restituição de
quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos.
PERGUNTA 2
Sobre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor,
analise as assertivas:
d I
.
e I e II
.
PERGUNTA 3
Leia o julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça:
“Cumpre analisar, ainda, a acusação de configurar-se venda casada a
prática abusiva de cancelamento unilateral do voo de volta do
consumidor que não embarcou no voo de ida.
Quanto ao ponto, importa reconhecer que a possibilidade de aquisição
de todo o itinerário de viagem, ida e volta, por meio de um único
procedimento de compra, é apresentada ao consumidor como mera
opção, cabendo a ele decidir pela obtenção dos bilhetes de toda a
viagem, antecipadamente, de acordo com a sua necessidade e
disponibilidade.
De fato, até esse momento, não há qualquer conduta da fornecedora do
serviço capaz de configurar a prática abusiva de venda casada, uma vez
que a venda do trecho de ida não está condicionada à compra do trecho
de volta, podendo as compras serem feitas de maneira independente,
como dito. Há, portanto, ampla opção conferida ao consumidor.
No entanto, a situação é outra, quando verificada sob ótica diversa, qual
seja o desejo do consumidor de utilizar apenas o bilhete relativo ao
trecho de volta, ou mesmo a possibilidade de se utilizar apenas referido
trecho.
Nessa perspectiva, constando-se o condicionamento, para a utilização
do serviço a um pressuposto criado para atender apenas o interesse da
fornecedora, no caso, o embarque no trecho de ida, tenho por
qualificada a indesejável prática de venda casada.
Dito de outra forma, ao vincular o direito do consumidor de usar o
serviço contratado à utilização da integralidade dos trechos contratados,
a recorrente incorre em prática abusiva vedada pelo artigo 39, inciso I,
do CDC, cujo propósito é claro em assegurar ao usuário do serviço a
opção de usá-lo segundo a sua exclusiva conveniência, já que
desembolsou o valor necessário para tanto.
Assim, a abusividade reside no condicionamento de manter a reserva do
voo de volta ao embarque do passageiro no voo de ida.” (STJ, Resp nº
1.595.731 - RO (2016/0090369-0), Rel. Ministro Luís Felipe Salomão, j.
14/11/2017)
PERGUNTA 4
Paulo levou o carro à concessionária para revisão completa. O carro foi
devolvido revisado e limpo, sendo o valor da lavagem cobrado pela
concessionária. De imediato, Paulo alegou que não pagaria a lavagem, pois
não havia solicitado. Nesse caso:
a. o fornecimento de serviço sem prévia solicitação constitui prática
abusiva, de modo que o Paulo não tem obrigação de pagar por ele.
AS – UNIDADE 5:
PERGUNTA 1
Analise as assertivas em relação à proteção contratual:
b. II e III, apenas.
c. I, II e III.
d. II, apenas.
e. I, apenas.
PERGUNTA 2
Maria foi pessoalmente a uma loja e comprou um lindo vestido. No dia
seguinte, arrependeu-se da compra e voltou à loja para devolver o produto e
pegar o dinheiro de volta. A loja, porém, negou o pedido de Maria. Nesse caso,
a. A loja está certa, pois o consumidor só pode exercer seu direito de
arrependimento, se a aquisição ocorrer fora do estabelecimento
comercial.
b. Maria tem razão, pois o vestido está dentro do prazo de 30 dias de
garantia, prazo esse que permite o arrependimento.
e. Maria tem razão, por estar no prazo de reflexão, mas a loja pode
cobrar multa pela devolução imotivada.
PERGUNTA 3
Segundo o Superior Tribunal de Justiça:
PERGUNTA 4
Em 15 de março de 2021, Márcio efetuou a compra de uma geladora, pelo site
da loja “Compra Boa”. Em 20 de março, o produto chegou, mas Márcio,
arrependido, pretende desistir do negócio. Nesse caso, à luz das regras do
Código de Defesa do Consumidor, o prazo para a desistência é de:
a. 7 dias, a contar do ato de recebimento do produto.
AS – UNIDADE 6:
PERGUNTA 1
Segundo o parágrafo único do art. 81 do CDC, a defesa coletiva será exercida
quando se tratar de: “I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;”.
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de afronta a um direito difuso:
a. Queda de uma consumidora em supermercado, por falta de
sinalização de piso escorregadio.
PERGUNTA 2
Quem não pode propor ação coletiva?
a. As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta,
ainda que sem personalidade jurídica.
c. O consumidor sozinho.
d. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
e. O Ministério Público,
PERGUNTA 3
Analise as assertivas em relação à ação de obrigação de fazer e não fazer:
d I, apenas.
.
e II, apenas.
.
PERGUNTA 5
O CDC estabelece que a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e
das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Sendo que a defesa coletiva será exercida quando se tratar de interesses ou
direitos difusos, interesses ou direitos coletivos e interesses ou direitos
individuais homogêneos. Consideram-se interesses ou direitos coletivos:
a os decorrentes de origem comum;
.
b os transindividuais, de natureza divisível, de que sejam titulares
. pessoas determinadas e ligadas por circunstâncias de fato;