Aula 00.1 - Direito Administrativo - Simplificada
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Autor:
Antonio Daud
14 de Março de 2023
Índice
1) Noções Introdutórias
..............................................................................................................................................................................................3
2) Princípios Expressos
..............................................................................................................................................................................................7
3) Princípios Implícitos
..............................................................................................................................................................................................
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá amigos (as)!
Será um grande prazer poder auxiliá-los nesta preparação por meio deste curso de Direito Administrativo,
na forma deste livro digital, versão simplificada.
Este curso, como verão a seguir, é composto de teoria e muitas questões comentadas.
O objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito administrativo, com grande foco nas questões de
concurso público. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara e objetiva, das
disposições legais, da doutrina e jurisprudência mais relevantes e de muitas questões de prova
comentadas. Vamos reunir tudo isto em um único material, para otimizar o tempo de estudo! Em resumo:
Os cursos online, como o Estratégia Concursos, possibilitam uma preparação de qualidade, com flexibilidade
de horários e contato com o professor da matéria, através do fórum de dúvidas.
Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispõem de videoaulas, para quem desejar iniciar
os estudos pelos vídeos.
Em relação aos livros eletrônicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirão faixas indicativas de
incidência de questões em provas:
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- Resumo da aula
- Lista das questões comentadas (para o aluno poder praticar sem olhar as respostas)
Nesta aula demonstrativa estudaremos os princípios aplicáveis ao direito administrativo, em que iremos
discorrer acerca dos principais itens que surgem provas.
Vocês perceberão que, à luz do conhecimento sobre os princípios do direito administrativo, já conseguiremos
gabaritar um bom número de questões de prova.
É importante frisar que os princípios são aplicados nos mais diversos assuntos deste curso. Dessa forma,
quando abordarmos cada um dos princípios, apesar de comentarmos alguns julgados e dispositivos legais,
por questões didáticas, iremos realizar o aprofundamento das regras pertinentes nas aulas respectivas.
Apresentação Pessoal
Antes de explicar como vai funcionar nossa dinâmica, peço licença para apresentar-
me.
Meu nome é Antonio Daud, sou natural de Uberlândia (MG) e tenho 36 anos. Sou
bacharel em Engenharia Elétrica e em Direito. Sou professor de direito
administrativo e direito do trabalho no Estratégia Concursos.
Em 2008, consegui aprovação no concurso de Analista de Finanças e Controle (hoje “Auditor Federal De
Finanças e Controle”) da então Controladoria-Geral da União (CGU). No mesmo ano, fui aprovado para o
cargo de Auditor Federal de Controle Externo (AUFC) do Tribunal de Contas da União (TCU), que exerço
atualmente.
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No TCU já exerci funções como Coordenador de auditoria, Diretor de unidade de fiscalização e assessor de
Ministro. Já atuei como instrutor na Enap e no TCU/ISC. Coautor do livro “A descomplicada contratação de
TI na Administração Pública”.
Em todas estas funções o direito administrativo consistiu em uma das principais ferramentas de trabalho.
Assim, espero fazer uso desta experiência para enriquecer nosso curso com exemplos e casos práticos e
aproximar a linguagem e a lógica do direito administrativo a cada um de vocês.
Facebook: http://www.facebook.com/professordaud
Instagram: @professordaud
==1a3c21==
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As normas jurídicas, que compõem nosso ordenamento jurídico, usualmente se subdividem em regras e
princípios.
Uma regra jurídica, consoante leciona Marcelo Alexandrino1, em geral é formada por um conjunto de
hipótese e consequência lógica da ocorrência daquela hipótese. Uma vez identificada aquela hipótese, a lei
impõe concretamente a consequência. Por exemplo: ao completar determinada idade 2 (hipótese), o servidor
público será compulsoriamente aposentado (consequência).
Um princípio, por outro lado, é norma jurídica que apresenta alto grau de indeterminação e generalidade.
Seu conteúdo é muito mais amplo e menos definido que o da regra.
regras
normas jurídicas
princípios
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ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 26ª ed. p. 227
2
Em regra, 75 anos.
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PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA CF
Neste tópico iremos trabalhar os cinco princípios fundamentais ou básicos, previstos no caput do art. 37 da
CF, o famoso L-I-M-P-E:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência e, também, ao seguinte: (..)
Legalidade
Impessoalidade
direta e indireta de qualquer
Administração dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e
Moralidade
Pública
dos Municípios
Publicidade
Eficiência
A partir da questão abaixo, vejam que o rol de princípios expressos no texto constitucional (o L-I-M-P-E)
ainda cai em prova:
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A partir do caput do art. 37 acima, notem o enorme campo de incidência destes princípios, pois devem ser
observados:
são os
princípios
expressos na
CF
admin. direta e
indireta, todos os
inclusive L-I-M-P-E Poderes
estatais
todas as
esferas de
governo
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Princípio da Legalidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O princípio da legalidade está intimamente ligado à ideia do Estado de Direito. Todos estão submetidos ao
império da lei:
CF, art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
A lei reina para todos, sejam particulares, seja a administração pública. No entanto, o princípio da legalidade
terá significados bastante diferentes nestas duas situações.
==1a3c21==
Para os particulares, o princípio da legalidade significa que é lícito fazer tudo aquilo que a lei não vedar.
Assim, no mundo privado, as partes são autônomas e livres para agir, desde que não exista proibição legal.
Por outro lado, a administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá agir quando houver
determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal, não será possível a atuação
administrativa.
Vejam, portanto, que, no meio administrativo, a legalidade possui conteúdo muito mais restritivo do no
âmbito privado.
Esta comparação, entre o conteúdo da legalidade nos setores público e privado, foi cobrada na questão
abaixo:
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A lei condiciona a ação estatal, seja determinando que a administração pública tome uma
providência (atuação vinculada), seja a autorizando a agir (atuação discricionária).
A razão disto é bastante simples! Sabemos que o fim último da atuação estatal consiste em atender aos
anseios e necessidades da coletividade, do povo. Nesse sentido, o povo, por meio de seus representantes
democraticamente eleitos, produz as leis, as quais pautam a atuação estatal, no sentido de concretizar a
vontade popular.
Por este motivo, dizemos que a administração pública somente poderá agir segundo a lei (secundum legem),
nunca de forma contrária à lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem).
Estamos falando em “lei”, mas devemos considerar o termo “lei” em sentido amplo, englobando o texto
constitucional, os atos normativos primários1 (leis ordinárias, complementares, delegadas, medidas
provisórias etc), além dos atos normativos infralegais.
Dessa forma, ao emitir um ato administrativo, o agente deve observar, não apenas a lei, mas os princípios,
os decretos regulamentares e os atos normativos emitidos pela própria Administração Pública, como
Resoluções, Portarias, Instruções Normativas, Ordens de serviço etc.
Como se percebe, apesar de alguns destes diplomas normativos não terem sido emitidos diretamente pelos
representantes do povo, eles também devem ser seguidos pelo administrador público, pois, em geral, se
prestam a permitir a fiel execução da lei, regulamentando-a.
Princípio da Impessoalidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
1
Atos normativos que buscam seu fundamento de validade diretamente no texto constitucional.
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Princípio da finalidade
Esta é a noção clássica do princípio da impessoalidade, definida por Hely Lopes Meirelles 2 como sendo a
imposição ao administrador público
que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma
de Direito indica expressamente ou virtualmente como objetivo do ato, de forma
impessoal.
Assim, na atuação administrativa não se deve buscar o interesse próprio ou de terceiros, mas apenas a
finalidade pública.
Este mandamento, portanto, proíbe favoritismos ou perseguições por parte do gestor público. Segundo
Celso Antônio Bandeira de Mello3:
se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem
discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são
toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideologias não podem
interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou
grupos de qualquer espécie.
Assim, é fácil perceber que o princípio da finalidade se entrelaça com o princípio da isonomia (ou da
igualdade), na medida em que a Administração deve assegurar tratamento igualitário a todos que se
encontrem na mesma situação (sem favorecimentos ou perseguições).
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 93.
3
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. Ed. Malheiros. P. 114.
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Em razão desta proximidade de valores, muitos chegam a dizer que a isonomia constitui um terceiro sentido
do princípio da impessoalidade.
Caso um ato seja praticado com finalidade diversa do interesse público, previsto no ordenamento jurídico,
buscando-se satisfazer um interesse pessoal do agente público, o ato será nulo, já que foi praticado com
desvio de finalidade.
Exemplo disto é a remoção de servidor para outra localidade do país com finalidade punitiva. Ainda que a
localidade de destino esteja com quadro de servidores em situação de carência, o ato seria inválido, por
desvio de finalidade.
----
Apesar de sempre visar à satisfação do interesse público, há situações em que interesses particulares não
estarão em conflito com o interesse público. É o que ocorre nos chamados atos administrativos negociais e
nos contratos públicos, nos quais, em geral, o interesse particular está alinhado ao interesse público.
Vejam, por exemplo, a concessão de licença para habilitação e a concessão de porte de arma de fogo, em
que há um claro interesse privado, até maior do que o interesse público, o que não impede o atendimento
do pleito privado, caso atendidos os requisitos legais.
Outro exemplo pode ser observado quando a administração pública contrata uma empresa para lhe fornecer
móveis: ambas as partes desejam transacionar o bem, uma vendendo e a outra adquirindo-o. Portanto, nem
sempre os interesses público e privado são antagônicos.
A partir desta dimensão do princípio da impessoalidade, veda-se que as realizações da Administração Pública
sejam utilizadas como instrumento para promoção pessoal dos agentes públicos. Segundo Marcelo
Alexandrino4, trata-se da “vedação à pessoalização das realizações da administração pública”.
Consoante menciona José dos Santos Carvalho Filho5, impessoal é aquilo que não pertence a uma pessoa em
especial.
Por exemplo: as obras efetuadas pelo município X, para construção de creches, não podem ser divulgadas
como sendo realizações do Prefeito Joãozinho ou do partido PTO 6. No anúncio oficial da obra, não poderá,
portanto, constar nomes dos agentes públicos responsáveis pela obra, tampouco símbolos ou imagens que
pudessem identificá-los ou associá-lo às obras.
4
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 243
5
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 20
6
STF RE 191.668/RS, rel. Min. Mezes Direito, DJe 29/1/2010
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CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
----
A respeito destas duas acepções do princípio da impessoalidade, Maria Sylvia Zanella Di Pietro7 leciona que
o primeiro sentido consiste em observar a impessoalidade em relação aos administrados, uma vez que
norteia a finalidade da atuação administrativa em relação a eles.
Este último sentido consiste na teoria da imputação, segundo a qual os atos dos funcionários públicos não
devem ser imputados aos próprios funcionários que os praticam, mas à entidade e, por assim dizer, ao órgão
da administração pública ao qual estão vinculados.
Antes de partir para o próximo princípio, vamos sintetizar os principais aspectos quanto à impessoalidade:
7
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3227
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Princípio da Moralidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O princípio da moralidade administrativa está ligado à ideia de honestidade e exige a observância de padrões
éticos por parte dos agentes públicos. Impõe aos agentes públicos uma atuação pautada pela boa-fé e pela
lealdade.
Lei 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de: (..)
Para atuar em consonância com a moral administrativa, não basta ao agente cumprir
formalmente a lei, aplicá-la em sua mera literalidade. É necessário que se atenda à letra e
ao espírito da lei, que ao legal junte-se o ético (não mais se tolera a velha e distorcida ideia
de que o agente público poderia dedicar-se a procurar "brechas" na lei, no intuito de burlar
os controles incidentes sobre a sua atuação e, dessa forma, promover interesses espúrios).
Por essa razão, é acertado asseverar que o princípio da moralidade complementa ou toma
mais efetivo, materialmente, o princípio da legalidade.
Primeiramente, a moralidade administrativa foi erigida ao texto da própria Constituição Federal, passando a
ser considerada preceito jurídico. Em outras palavras, é o ordenamento jurídico que impõe uma postura
ética por parte dos agentes públicos. Em virtude desta natureza jurídica da moralidade, um ato
8
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, p. 90.
9
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 237
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administrativo imoral é inválido e deve ser declarado nulo. Assim, pode-se afirmar que a moral
administrativa é uma condição de validade da atuação estatal.
Em segundo lugar, a moralidade administrativa, diferentemente da moral comum, tem conotação objetiva.
Isto é, não depende das convicções ou concepções pessoais (subjetivas) do agente público. Sua noção é
formada a partir do conjunto de princípios e regras do ordenamento jurídico e, portanto, externos ao agente.
Em síntese:
Jurídica
Noção Objetiva
Moral administrativa
Em tese, se alguém é designado para ocupar um cargo puramente em razão dos laços de parentesco que
possui com uma autoridade pública, há uma ofensa aos princípios da moralidade, da impessoalidade e da
eficiência, previstos constitucionalmente.
Nesse sentido, foi editada pelo STF a Súmula Vinculante 13, que consolida a proibição à prática do
nepotismo:
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A partir da leitura atenta da Súmula Vinculante 13 e da jurisprudência correlata, notem que a vedação ao
nepotismo:
✓ alcança todos os Poderes e todas as esferas de governo, seja municipal, federal, estadual ou distrital
✓ estende-se pela administração direta e por toda a administração indireta
✓ têm como objeto as nomeações para cargos em comissão (CC), bem como as designações para
funções de confiança (FC)
✓ os laços de parentesco vão até o 3º grau da autoridade/servidor nomeante
✓ abrange o nepotismo cruzado (ou transverso), resultante de designações recíprocas
✓ não exige a edição de lei formal para coibir a prática10 (a vedação decorre diretamente dos princípios
constitucionais)
Princípio da Publicidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela administração pública,
tornando-os transparentes aos administrados, à exceção das hipóteses de sigilo previstas em lei.
A partir da divulgação oficial do ato, tem início o cômputo dos prazos e o ato começa a produzir efeitos
externos. Além disso, é com a devida transparência que se viabiliza o controle da conduta dos
administradores.
10
A exemplo da ADC 12, rel. min. Ayres Britto, P, j. 20-8-2008, DJE 237 de 18-12-2008; do RE 579.951,
rel. min. Ricardo Lewandowski, voto do min. Ayres Britto, P, j. 20-8-2008, DJE 202 de 24-10-2008.
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E, nesse sentido, a doutrina mais moderna tem entendido que a publicação é requisito de eficácia dos atos
administrativos (e não requisito de validade)11. Ou seja, segundo tal entendimento, e sendo obrigatória sua
divulgação oficial, um ato que não tenha sido publicado, é considerado válido, tão-somente deixa de produzir
efeitos perante terceiros. Tal falha poderia ser suprida mediante a posterior divulgação oficial do ato.
Em sentido contrário, temos Marcelo Alexandrino 12 e José dos Santos Carvalho Filho13, segundo os quais tal
ato somente se aperfeiçoaria com sua publicação. De acordo com esta corrente, o ato somente é
considerado perfeito (concluído) quando ocorrer sua publicação.
A par desta controvérsia, é importante saber que a publicidade não é mandamento absoluto. Há casos
excepcionais em que a lei poderá estabelecer o sigilo dos atos administrativos. Tal possibilidade decorre
das seguintes autorizações constitucionais:
CF, art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
Portanto, nas situações em que o agente público obtém, em razão do seu ofício, informação sigilosa, ele
passa a ter o dever de manter o sigilo desta informação.
Regra:
transparência
Princ. da segurança da sociedade e do
Publicidade Estado
Exceções
(sigilo)
intimidade ou interesse
social
Seguindo adiante, é importante não confundirmos publicidade da atuação administrativa com publicação
de suas ações. A seguir veremos que a publicação é apenas uma das várias formas de se concretizar a
publicidade dos atos administrativos.
11
Segundo Miguel Reale, na análise de um fato jurídico devem ser considerados três planos: plano da
existência, da validade e o plano da eficácia (produção de efeitos).
12
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 245
13
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 27
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Enquanto a publicação consiste na divulgação dos atos por meio da imprensa oficial (diário oficial, boletim
interno etc), a publicidade é conceito muito mais amplo.
Como regra geral, deve-se publicar no diário oficial um aviso da licitação, contendo um resumo do edital (Lei
8.666/1993, art. 21, caput).
Na modalidade convite, no entanto, a publicidade é concretizada por meio da simples afixação de cópia do
instrumento convocatório em local apropriado (Lei 8.666/1993, art. 22, §3º). Reparem que, no caso do
convite, a publicidade se deu sem publicação na imprensa oficial.
PUBLICIDADE ≠ PUBLICAÇÃO
Outra disposição relevante consiste na exigência de publicação resumida dos contratos administrativos
celebrados com base na Lei 8.666/1993. Este ‘resumo’ do contrato consiste no chamado extrato de contrato,
objeto de publicação na imprensa oficial:
Como tal publicação deve ocorrer de forma resumida (e não integral), a questão abaixo está incorreta:
Princípio da Eficiência
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O princípio da eficiência foi alçado ao texto constitucional por meio da Emenda Constitucional 19/1998,
buscando-se marcar a implantação do modelo de administração gerencial no setor público.
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Hely Lopes Meirelles14 ensina que o princípio da eficiência exige presteza, perfeição e rendimento funcional
da atividade administrativa.
O princípio demonstra que já não mais se contenta com a função administrativa desempenhada ‘apenas’ de
forma a atender a lei, exigindo-se resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade, ainda que tais resultados não sejam puramente econômicos (lucro).
Segundo Carvalho Filho15, o núcleo do princípio da eficiência é a busca pela produtividade, pela
economicidade e pela redução dos desperdícios de dinheiro público. Neste princípio devem ser
considerados, ainda, aspectos como qualidade da prestação de serviços aos administrados, celeridade,
presteza e desburocratização.
Podemos dizer que a administração pública gerencial se difere da administração burocrática por introduzir
a dimensão de resultados da atuação administrativa, em que se devem avaliar os benefícios e os custos da
ação estatal.
Avançando um pouco mais, sabemos que a busca pela eficiência não pode servir de pretexto para violar o
princípio da legalidade.
O exemplo clássico é o gestor que contrata uma empresa diretamente (sem licitação), fora das hipóteses
legais de dispensa ou de inexigibilidade de licitação. Ao ser questionado, ele alega que descumpriu a
legislação porque a contratação direta seria mais célere (eficiente).
Percebam que esta alegação não tem validade. A atuação eficiente deve ocorrer dentro dos limites da lei,
optando-se pela solução mais eficiente, dentre aquelas legalmente aceitas.
Em março de 2021, a partir da EC 109/2021, o princípio da eficiência ganhou ainda mais prestígio no nosso
ordenamento jurídico, com a inserção do §16 ao art. 37 da CF:
14
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 98.
15
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 31
19
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Em outras palavras, uma política pública (como de vacinação de idosos, por exemplo) deve ser avaliada não
apenas com base no valor gasto, mas também em termos de resultados alcançados.
HORA DO
INTERVALO!
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PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Além dos cinco princípios comentados no tópico anterior, expressos na Constituição Federal, a doutrina
reconhece a existência de princípios implícitos. Em razão desta situação, Carvalho Filho os denomina
princípios reconhecidos.
Iremos iniciar os comentários pelos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e da
indisponibilidade do interesse público. Estes dois princípios fundamentam o regime jurídico-administrativo
brasileiro, de sorte que todos os demais princípios decorrem deles.
Adiante!
Notem que, caso estivéssemos diante de uma relação-jurídica entre dois particulares, não seria admissível
que um deles possuísse tais prerrogativas, já que na relação particular-particular vigora a igualdade entre as
partes (horizontalidade).
Carvalho Filho2 pontua que é o primado do interesse público, em que os direitos individuais não podem ser
equiparados aos direitos sociais: o indivíduo deve ser visto como parte integrante de uma sociedade.
Falando em interesse público, é importante comentar a classificação doutrinária acerca dos interesses
públicos primário e secundário.
1
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 105.
2
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 34
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Marcelo Alexandrino3 leciona que os interesses públicos primários consistem nos interesses diretos da
coletividade, do povo, como aqueles que fundamentam a prestação dos serviços de saúde.
Por outro lado, os interesses secundários são os interesses diretos do Estado, enquanto titular de direitos e
obrigações, em geral de cunho patrimonial. É, por exemplo, o programa de regularização de débitos
tributários (Refis).
Interesses da
Primário
Interesse coletividade
público Interesses meramente
Secundário
estatais (patrimoniais)
O princípio da indisponibilidade do interesse público informa que os bens e interesses públicos não
pertencem às organizações públicas nem aos agentes públicos, mas à coletividade. Consoante leciona Celso
Antonio Bandeira de Mello4, interesses públicos não se encontram à livre disposição de quem quer seja, são
inapropriáveis.
Lembrem-se que “dispor” de algo significa dar a destinação que se desejar. Por exemplo: o proprietário
dispôs do seu veículo, transferindo-o ao seu irmão, doando a um amigo ou a quem bem entender.
3
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 232-233
4
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 2018. 33ª ed. p. 69
22
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Para que fique bem clara esta distinção, tomem o seguinte exemplo.
Di Pietro5 cita uma série de exemplos de manifestação deste princípio: autoridade não pode renunciar ao
exercício das competências que lhe são outorgadas por lei; não pode deixar de punir quando constatar a
prática de ilícito administrativo; não pode fazer liberalidade com o dinheiro público.
Trata-se de princípios implícitos no texto constitucional, com sede no princípio do devido processo legal (CF,
art. 5º, LIV).
A doutrina e a jurisprudência se referem a eles como sendo o aspecto material (ou substantivo) do devido
processo legal (substantive due processo of law), contrapondo-se às garantias processuais, as quais
constituem o lado formal (ou adjetivo) do devido processo legal.
Além disso, eles estão expressamente previstos no art. 2º da Lei 9.784/1999, que regula o processo
administrativo na esfera federal.
Lucas Rocha Furtado6 exemplifica tais princípios mencionando a aplicação de sanções a um servidor público
federal, regido pela Lei 8.112/1990. Antes de passar ao exemplo, ressalto que, na penalização do servidor, a
dosimetria da pena é exercício de discricionariedade da autoridade competente.
Assim, imaginem que o servidor chega 1 hora atrasado na repartição pública, sendo punido com a penalidade
de advertência (Lei 8.112/1990, art. 129). Na semana seguinte, o mesmo servidor chega novamente atrasado
5
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3209
6
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. Fórum. P. 101-102
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e, apesar de não resultar quaisquer prejuízos ao erário ou a terceiros, é novamente punido, com suspensão
de 90 dias.
A resposta é um sonoro não! O gestor público, embora estivesse no exercício de poder discricionário, agiu
de modo absurdo.
Outra pergunta:
Qual critério deve utilizar o gestor público para avaliar se a solução é absurda?
Nos atos administrativos discricionários, a lei confere uma margem de liberdade para a atuação aos
administradores públicos. Tal liberdade não é ampla, devendo ser exercida nas condições e limites previstos
em lei. Um destes limites é a razoabilidade e a proporcionalidade.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro sintetiza este aspecto ao mencionar que a decisão discricionária será ilegítima,
apesar de não transgredir nenhuma norma concreta e expressa, se é irrazoável.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello e Lucas Rocha Furtado, a razoabilidade se destina a auxiliar
o intérprete do direito administrativo a descartar soluções absurdas, bizarras, desarrazoadas.
Um exemplo de conduta desarrazoada, citado pelos autores7, consiste no estabelecimento de limite mínimo
de altura de 1,90 para um concurso público, o que é absolutamente destoante da realidade social.
7
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. Fórum. P. 103
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Nesta esteira, a proporcionalidade exige proporcionalidade entre os meios utilizados pela administração
pública e os fins que ela pretende alcançar. Proporcionalidade entre o interesse particular restringido e o
bem coletivo tutelado. Assim, busca-se equilíbrio na atuação estatal, de modo a não impor restrições ao
particular que não sejam efetivamente indispensáveis à satisfação do interesse público, especialmente nos
atos de polícia administrativa.
É fácil perceber que se busca controlar o excesso de poder na atuação estatal. Nesta acepção, a
proporcionalidade pode ser chamada também de “princípio da proibição do excesso”.
Novamente Lucas Rocha Furtado8 exemplifica a proporcionalidade com a situação em que manifestantes
invadem o Congresso Nacional. Deveria a polícia administrativa ser convocada para manter a ordem e a
tranquilidade? Qual o limite para o uso da força? Poderia ser usada arma de fogo? Tais respostas devem ser
buscadas à luz da proporcionalidade.
Antes de encerrar, friso que estamos diante de um requisito de validade do ato, de sorte que é nulo (e não
apenas inconveniente) o ato desarrazoado ou desproporcional.
Este princípio fundamenta, por exemplo, e encampação de serviço público e a ocupação provisória das
instalações da empresa contratada, quando o serviço for essencial.
Princípio da Motivação
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
O princípio da motivação exige que a administração pública indique os fundamentos de fato e de direito
que levaram a uma decisão.
Além de implícito no texto constitucional, há diversas passagens na nossa legislação que exigem
expressamente a motivação das decisões.
Um destes casos são as decisões administrativas dos tribunais do Poder Judiciário e do Ministério Público9:
CF, art. 93, X. as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
8
Op. Cit. P. 104
9
CF, art. 129, § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93
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Na Lei 9.784/1999, que regulamenta o processo administrativo a nível federal, o princípio da motivação
encontra-se positivado, ao se exigir a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão (Lei 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único, VII).
A mesma lei legal elencou as situações em que se exige a motivação dos atos, em seu art. 50. De toda forma,
fazendo uma interpretação a contrario sensu desta lista do art. 50, é possível perceber a existência de atos
que dispensam motivação, a exemplo da nomeação para um cargo em comissão (ad nutum).
Princípio da Especialidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
A principal característica destas entidades é que elas devem perseguir os objetivos legalmente especificados,
não devendo haver um distanciamento entre sua atuação e as finalidades específicas que nortearam sua
criação.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro registra que nem mesmo o órgão máximo destas entidades, como uma
assembleia geral de acionistas ou uma diretoria colegiada, detém competência para alterar os objetivos
específicos de sua atuação. Trata-se de assunto reservado à lei, em relação ao qual os agentes públicos não
podem dispor.
A especialidade é decorrência lógica dos princípios da legalidade (as entidades devem perseguir os objetivos
previstos em lei) e da indisponibilidade do interesse público (as entidades cuidam de interesses da
sociedade, não de seus agentes).
Para assegurar a observância do princípio da especialidade, foi criado o princípio da tutela ou do controle,
segundo o qual os órgãos da administração direta exercem controle finalístico das atividades
desempenhadas pelas entidades da administração indireta. Trata-se da supervisão finalística da atuação da
administração indireta.
Assim, por meio da tutela, busca-se assegurar conformidade entre a atuação das entidades da administração
indireta, vinculadas à administração direta, e os objetivos especificados em lei.
Reparem que este controle não é ilimitado. As entidades da administração indireta possuem autonomia
administrativa e financeira, de sorte que o controle se limita às finalidades da sua atuação.
10
No caso das sociedades de economia mista e empresas públicas exploradoras de atividade econômica.
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Princípio da Autotutela
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
A autotutela representa o controle que a administração exerce sobre os próprios atos. As súmulas do STF
abaixo bem sintetizam o princípio em tela:
SUM-473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
SUM-346
Como se sabe, o Brasil adotou o sistema da jurisdição única, em que lei não poderá afastar do Poder Judiciário
ameaça de lesão a direito (CF, art. 5º, XXXV). No entanto, é possível à administração pública exercer o
controle dos seus próprios atos, tanto em relação à legalidade quanto ao mérito (conveniência e
oportunidade) do ato.
O princípio da autotutela é um dos mais cobrados em prova. Exemplo disto é a questão abaixo:
A atuação administrativa está sujeita a erros, assim, a autotutela confere oportunidade de a própria
administração pública revisitar seus atos administrativos, promovendo-se a devida correção, seja por meio
(i) da anulação dos atos ilegais ou (ii) da revogação dos atos inconvenientes ou inoportunos.
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Apesar da terminologia semelhante, reparem que são inconfundíveis os princípios da tutela e da autotutela.
Enquanto a tutela se dedica ao controle que a administração direta exerce sobre a atuação finalística de
outras pessoas jurídicas (entidades da administração indireta), a autotutela se debruça sobre o controle de
legalidade e mérito dos próprios atos:
Por fim, destaco lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro11, segundo a qual a autotutela também é observada
quando a administração pública atua no sentido de zelar pelos bens (veículos, edifícios, computadores etc)
que integram seu patrimônio, impedindo atos que coloquem em risco a conservação destes bens.
Os princípios do contraditório e da ampla defesa, embora não previstos expressamente no caput do art. 37
da Constituição Federal, encontram-se explicitados no seu artigo 5º, transcrito a seguir, e na Lei
9.784/199912:
CF, art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
Assim, também nos conflitos dirimidos por meio de processos administrativos, devem ser garantidos às
partes o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Por exemplo: se a conduta de determinado servidor público está sendo avaliada por meio
de processo administrativo disciplinar (PAD), este deverá ser ouvido e se manifestar
naquele processo, antes de sofrer qualquer sanção. Nesta manifestação, o servidor
11
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12
Lei 9.784/1999, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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poderia, por exemplo, juntar provas e documentos e apresentar “sua versão” a respeito
do caso.
O princípio da legalidade, legitimidade e veracidade informa que os atos praticados pela administração
pública se presumem verdadeiros, legítimos e legais, até que se prove o contrário.
Consoante leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro, este princípio abrange dois aspectos: (i) presunção de
verdade dos fatos e (ii) presunção de legalidade, isto é, de que o ato foi praticado com observância das
normas legais pertinentes.
Primeiramente, é preciso destacar que se trata de presunção relativa (chamada de juris tantum), que admite
prova em contrário. E quem deverá provar que o ato é ilegal ou que se fundamenta em fatos inverídicos é o
particular (e não a administração pública), operando-se a inversão do ônus da prova.
Esta característica nos leva à segunda observação: de que há decisões administrativas de execução imediata
(autoexecutoriedade). Percebam, portanto, que a administração pública, em geral, pode colocar em prática
suas decisões sem ter que submetê-las ao Poder Judiciário.
Assim, quem se sentir prejudicado por uma decisão administrativa, deverá buscar provar que ela se baseou
em fatos inverídicos (inveracidade) ou em pressupostos legais inválidos (ilegalidade).
A segurança jurídica é princípio geral do direito, aplicável a todos os ramos, e que tem por objetivo manter
o status quo, resguardar a estabilidade das relações jurídicas e, no âmbito administrativo, conferir
previsibilidade à atuação estatal.
Na seara administrativa, pode ser visualizado como instrumento para resguardar o particular quanto a
mudanças abruptas ou surpresas da atuação administrativa. No âmbito federal, o princípio da segurança
jurídica encontra-se explicitado no texto da Lei 9.784/1999:
Lei 9.784/1999, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello13, há uma série de institutos jurídicos que refletem a proteção à
segurança jurídica, como a irretroatividade da lei ou intepretações, a manutenção de atos inválidos, a teoria
do funcionário de fato, além da decadência, prescrição, preclusão, usucapião, convalidação de atos ilegais, a
coisa julgada e o direito adquirido.
Adiante vamos abordar alguns destes efeitos, seguindo os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro14.
Di Pietro leciona que é inevitável a mudança de interpretação por parte da administração pública. Esta
alteração de entendimento, por si só, já gera insegurança jurídica. No entanto, proíbe-se que um novo
entendimento seja aplicado a casos pretéritos. Percebam: a vedação busca impedir o comportamento
contraditório por parte da administração pública.
Nesse sentido, no âmbito federal, a Lei 9.784/1999 expressamente proíbe que a administração pública
aplique, de forma retroativa, uma nova interpretação:
Lei 9.784/1999, art. 2º, XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
A doutrina e a jurisprudência têm reconhecido esta possibilidade nas situações em que o prejuízo resultante
da anulação for visivelmente superior àquele decorrente da manutenção do ato ilegal. É o interesse público
norteando a decisão.
A Lei 9.784/99 prevê uma limitação temporal ao poder-dever da Administração de anular os atos
administrativos ilegais de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários. Trata-se da decadência no
processo administrativo federal, no prazo de 5 anos:
13
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. Ed. Malheiros. 26ª ed. P. 123
14
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3623-
3695
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Nesta situação, portanto, o ordenamento jurídico prestigia a segurança jurídica e a boa-fé, mencionada na
parte final do dispositivo, em detrimento do princípio da legalidade.
Diferentemente da decadência, aqui não se mantém o ato ilegal. O ato administrativo é anulado, porém sem
efeitos retroativos à data em que foi praticado.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita, como exemplo, situações insertas no controle concentrado de
constitucionalidade de leis, em que, por maioria de 2/3 dos membros do STF, pode-se modular os efeitos da
decisão. No mesmo sentido, admite-se a regulação dos efeitos de súmula vinculante, por parte do STF.
Imaginem a seguinte situação. Um servidor público toma posse como técnico de uma Universidade Federal
e, passado algum tempo, descobre-se que, na verdade, ele não preenchia os requisitos para o exercício do
cargo (como acumulação irregular de cargos, idade limite etc). Enfim, existe algum tipo de irregularidade em
sua investidura.
Mas, ao longo do período em exerceu o cargo, o servidor realizou centenas de matrículas de alunos e expediu
vários diplomas.
A rigor, os atos praticados por aquele agente público são ilegais, já que ele não detinha a competência para
praticá-los (a investidura foi ilegal).
Agora, imaginem a instabilidade jurídica que seria gerada caso tais atos não fossem mantidos, como por
exemplo, se as matrículas dos alunos fossem invalidadas.
Assim, mesmo com o desligamento do servidor, são mantidos os atos por ele praticados. Este raciocínio é
conhecido como teoria do agente de fato ou do funcionário de fato.
Vejam que os atos praticados são mantidos em razão da aparência de legalidade e da crença, por parte dos
destinatários de seus atos, depositada na validade do ato. Este é um dos desdobramentos do princípio da
proteção à confiança, comentado a seguir.
O princípio da confiança legítima consiste no sentido subjetivo do princípio da segurança jurídica. Avalia-se,
assim, a segurança jurídica sob o ponto de vista do destinatário dos atos e normas legais, proibindo-se
comportamentos contraditórios por parte do Estado.
O princípio busca proteger o cidadão que, de forma legítima, confia na licitude dos atos praticados pela
administração pública.
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Princípio da boa-fé
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da boa-fé pode ser extraído do princípio da moralidade.
A boa-fé pode ser visualizada sob o prisma objetivo, que se refere à conduta legal e honesta, ou subjetivo,
que diz respeito à “crença do sujeito de que está agindo corretamente” (o agente tem consciência de
legalidade). Assim, sob o prisma subjetivo, alguém que sabe que sua atuação é ilegal, estaria agindo de má-
fé.
Ainda segundo a autora, a boa-fé pode ser perquirida tanto sob o ponto de vista da atuação administrativa,
quanto do lado do administrado.
Princípio da Hierarquia
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
O princípio da hierarquia informa a estruturação dos órgãos da administração pública, criando-se relações
de coordenação e de subordinação entre eles.
Em decorrência da hierarquia administrativa, entre órgãos e agentes, surge o dever de obediência para um
agente público subordinado a outro, a possibilidade de avocação e delegação de atribuições e até mesmo a
possibilidade de punição de um agente público.
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Apesar de a hierarquia fundamentar a delegação de competência, repare que, nos termos da Lei 9.784/1999,
é possível a delegação de competência a órgão não hierarquicamente subordinado:
Lei 9.784/1999, art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda
que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Concluindo este tópico, lembro que Maria Sylvia Zanella Di Pietro registra que esta hierarquia é restrita às
funções administrativas. Não é aplicável às funções legislativa e jurisdicional, à exceção de situações
específicas envolvendo o STF, a exemplo das súmulas que vinculam os demais órgãos do Poder Judiciário
(súmulas vinculantes) e as decisões proferidas no bojo do controle de constitucionalidade concentrado.
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5. CONCLUSÃO
Bem, pessoal,
O tema princípios já demonstra o quanto direito administrativo é rico em detalhes, que podem aparecer na
hora da prova.
É importante ficarmos atentos à divisão entre princípios expressos e implícitos e às ideias centrais de cada
um deles.
Espero que tenham gostado da aula demonstrativa e espero contar com a participação de vocês neste curso.
Adiante teremos nosso resumo e as questões comentadas relacionadas ao tema da aula de hoje =)
@professordaud
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6. RESUMO
==1a3c21==
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QUESTÕES COMENTADAS
Princípios Básicos
1. CEFET MINAS/IFNMG - Administrador - 2019
A Administração Pública é regida por alguns princípios fundamentais, os quais servem como
parâmetros para o seu exercício em qualquer organização pública.
Princípios
(1) Legalidade
(2) Impessoalidade
(3) Publicidade
Aspectos correspondentes
( ) Visa garantir que todo ato estatal seja regulado pela lei pois, caso contrário, pode tornar-se
injurídico e exposto à anulação.
( ) Tem como intuito dar direcionamento para que o agente público, ao praticar o ato
administrativo, seja imparcial e busque o bem público.
( ) Tem como base a ideia de transparência dos comportamentos, sendo necessário dar
conhecimento dos atos e ações administrativas ao público em geral.
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Comentários:
O primeiro item refere-se ao princípio da impessoalidade (2), visto que o administrador público,
como executor do ato e veículo de manifestação da vontade estatal, atende às realizações da
entidade pública em nome da qual atuou, devendo atender à finalidade administrativa que é
sempre o interesse público.
O segundo item refere-se ao princípio da legalidade (1), posto que, por força do princípio da
legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que
o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. A administração tem
o dever de desfazer seus próprios atos administrativos (autotutela) por meio do controle de
legalidade ao identificar que o ato é ilegal, promovendo sua anulação.
O terceiro item refere-se ao princípio da impessoalidade (2), visto que, segundo esse princípio, a
atuação administrativa não deve buscar satisfazer o interesse próprio ou de terceiros, mas apenas
a finalidade pública.
O quarto item tem a ver com o princípio da publicidade (3), pois exige a ampla divulgação dos
atos praticados pela administração pública, tornando-os transparentes aos administrados, à
exceção das hipóteses de sigilo previstas em lei.
O quinto item se relaciona ao princípio da legalidade (1), já que o administrador público tem sua
atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se
permite se não houver proibição legal.
Gabarito (C)
a) Para se considerar válida a conduta administrativa, basta estar compatível com os Princípios da
Legalidade e da Moralidade.
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b) O Princípio da Moralidade impõe que o administrador público deve basear seus atos nos
critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, não cabendo a ele diferenciar o
que é honesto do que é desonesto.
d) De acordo com o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, a prestação estatal não
pode ser interrompida, devendo, ao contrário, ter normal continuidade; porém, poderá haver
interrupção nos períodos de transação dos mandatos dos chefes do Poder Executivo (eleições
para Presidente, Governador e Prefeito).
Comentários:
A letra (a) está incorreta. A conduta administrativa deve observar os princípios expressos no caput
do art. 37 da Constituição Federal, sejam eles: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, pois, se assim não o fizer, a conduta será invalidada por desrespeito aos
princípios básicos da Administração.
A letra (b) está incorreta, pois o princípio da moralidade impõe ao administrador que sua conduta
seja sempre pautada em padrões éticos, de decoro e de boa-fé, assim como afirma Hely Lopes
Meirelles:
A letra (c) está correta. O princípio implícito da indisponibilidade do interesse público informa que
os bens e interesses públicos não pertencem às organizações ou aos agentes públicos, mas à
coletividade. Tal como leciona Celso Antonio Bandeira de Mello, interesses públicos não se
encontram à livre disposição de quem quer seja, são inapropriáveis.
A letra (d) está incorreta, já que o princípio da continuidade dos serviços impõe a prestação de
serviços de forma ininterrupta pelo Estado, garantindo e promovendo direitos fundamentais.
Além disso, não há permissivo legal para sua interrupção quando da troca de gestão.
Gabarito (C)
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O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais
caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração
Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em
um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao
Princípio da:
a) Eficiência.
b) Legalidade.
c) Publicidade.
d) Moralidade.
Comentários:
Por outro lado, a administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá agir
quando houver determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal, não
será possível a atuação administrativa.
Gabarito (B)
Comentários:
A letra (a) está correta. Enquanto a publicação consiste em apenas uma das várias formas de se
concretizar a publicidade dos atos administrativos, como na divulgação dos atos por meio da
imprensa oficial (diário oficial, boletim interno etc), a publicidade é conceito muito mais amplo,
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sendo o princípio expresso que exige a ampla divulgação dos atos praticados pela administração
pública, tornando-os transparentes aos administrados, à exceção das hipóteses de sigilo previstas
na Constituição.
A letra (b) está correta. A moralidade administrativa se difere da moral comum em razão de dois
aspectos. Primeiramente, a moralidade administrativa é um preceito jurídico que impõe uma
postura ética por parte dos agentes públicos, logo, um ato imoral é inválido e nulo, podendo-se
afirmar que a moral administrativa é uma condição de validade da atuação estatal. Em outro
aspecto, a moralidade administrativa, diferentemente da moral comum, tem conotação objetiva
pois não depende das convicções pessoais do agente público, já que se baseia em um conjunto
de princípios e regras do ordenamento jurídico, externos à vontade do agente.
A letra (c) está incorreta, pois a moralidade é um dos princípios expressos na CF/88:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”
A letra (d) está correta. A doutrina mais moderna tem entendido que a publicação é requisito de
eficácia dos atos administrativos (e não requisito de validade). Ou seja, o ato administrativo existe
e tem validade, porém somente irradiará seus efeitos quando respeitada a publicidade.
Gabarito (C)
I. Para o direito público, a legalidade significa que o administrador pode fazer tudo aquilo que a
lei não proibir.
II. Sob o enfoque do critério de subordinação à lei, o administrador só pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
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d) II e III, apenas.
Comentários:
O Item I está incorreto. A administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá
agir quando houver determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal,
não será possível a atuação administrativa. Assim, percebemos que o conceito trazido na assertiva
diz respeito à legalidade aplicada aos particulares.
O Item II está correto. Mais uma vez, a questão aborda a noção de legalidade no âmbito da
administração pública e acerta ao dizer que o administrador só pode fazer aquilo que a lei autoriza
ou determina.
O Item III está correto, pois, em alguns casos, na prática de atos administrativos, o administrador
público possui certa discricionariedade para praticá-los, porém, a discricionariedade encontra
limite na lei, ou seja, o administrador público, mesmo quando emite atos discricionários, deve
atuar dentro dos limites legais.
Gabarito (D)
As normas que devem ser observadas pelos Magistrados no exercício típico de suas funções com
relação às regras de suspeição e impedimento estão relacionadas a qual princípio de direito
administrativo?
a) Princípio da publicidade.
b) Princípio da razoabilidade.
c) Princípio da impessoalidade.
Comentários:
As regras relacionadas ao impedimento e suspeição, tanto em relação aos magistrados como aos
servidores, são manifestações do princípio da impessoalidade.
Gabarito (C)
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a) É possível a restrição de informações caso haja risco à intimidade de alguma das partes
envolvidas no ato ou processo administrativo, bem como haja risco à segurança do Estado.
c) É possível que haja restrição de informações pela Administração Pública, mas somente
decorrente de decisão judicial, em que expostos os motivos do sigilo.
d) Todas as informações administrativas buscadas devem ser prestadas, tendo em vista o princípio
da publicidade, materializado no direito constitucional de petição.
Comentários:
A letra (A) está correta. As informações custodiadas pelos entes públicos devem ser divulgadas
para a sociedade, como regra geral. No entanto, há situações específicas em que as informações
são protegidas pelo sigilo.
Nesse sentido, a Constituição prevê que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado” (CF, art. 5º, XXXIII), bem como o constituinte resguardou o
direito à intimidada (art. 5º, X e LX). Em síntese:
Regra:
transparência
Princ. da segurança da sociedade e do
Publicidade Estado
Exceções
(sigilo)
intimidade ou interesse
social
Por fim, as letras (B) e (C) estão incorretas, na medida em que a própria Administração, como
regra, deve divulgar as informações, independentemente de processo judicial (como por exemplo
o habeas data).
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Gabarito (A)
Acerca dos Princípios Administrativos, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde à sequência correta (trechos da autora Maria Sílvia Zanella di Pietro, em sua obra
Direto Administrativo – 17ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004).
I – Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.
II – Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao
mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que
tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
III – Controle que se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
Comentários:
O Item I se relaciona ao princípio da impessoalidade, pois este, que possui uma dimensão
relacionada ao princípio da finalidade, exige que a atuação administrativa sempre tenha como fim
o interesse público, não devendo beneficiar um amigo ou prejudicar um desafeto.
O Item III representa o princípio da autotutela. A súmula 473 do STF é muito clara ao explicitar
esse tema:
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SUM 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
O Item IV reflete o princípio da moralidade, visto que está ligado à ideia de honestidade e exige
a observância de padrões éticos por parte dos agentes públicos.
Gabarito (A)
Comentários:
Os princípios “expressos” da administração pública são aqueles previstos no artigo 37, caput, da
Constituição Federal, sendo eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência.
A letra (a) está incorreta. Pessoalidade não é um princípio da administração pública. A banca
tentou confundir o candidato com o princípio da Impessoalidade.
A letra (b) está incorreta. “Atenção prioritária aos direitos privados” não é um princípio da
administração pública, pois pelo princípio da supremacia do interesse público entende-se que,
havendo um conflito entre o interesse público e o privado, há de prevalecer o interesse público,
tutelado pelo Estado.
A letra (c) está correta. O caput do art. 37 da CF dispõe que a “administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
A letra (d) está incorreta. Igualdade não é um princípio da administração pública, apesar de estar
elencado em uma das dimensões do princípio da Impessoalidade, na medida em que a
Administração deve assegurar tratamento igualitário a todos que se encontrem na mesma
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situação. Além disso, confunde-se o princípio da Eficiência, constante no caput do art.37 da CF,
com eficácia que não é princípio expresso.
Gabarito (C)
O escândalo dos atos secretos constituiu em uma série de denúncias sobre a não publicação de
atos administrativos envolvendo o senado, câmara dos deputados e diversas assembleias
legislativas estaduais. Uma das práticas que permaneceram secretas foi o nepotismo.
a) publicidade e impessoalidade.
b) liberdade e moralidade.
c) igualdade e impessoalidade.
d) publicidade e do contraditório.
Comentários:
O gabarito encontra-se na letra (a), tendo havido violação aos princípios da publicidade (atos
secretos) e da impessoalidade, eficiência e moralidade (nepotismo).
De acordo com o princípio da publicidade, a Administração Pública não pode atuar de forma
secreta, como regra geral. Ao contrário, a Administração deve ser transparente, promovendo
ampla divulgação dos atos, ressalvadas as hipóteses de sigilo constitucionalmente previstas.
1
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 68.
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Gabarito (A)
I. A regra do princípio da publicidade vem reforçada pela Constituição Federal, que declara o
direito de receber informações dos órgãos públicos e prevê o habeas data como garantia do
direito de conhecer e retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou
de caráter público.
II. Pelo princípio da moralidade, deve o Poder Judiciário, ao exercer o controle jurisdicional, não
se restringir ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas entender por legalidade
não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral administrativa e com o
interesse coletivo.
IV. O princípio do controle administrativo deverá pautar a atuação discricionária do Poder Público,
garantindo-lhe a constitucionalidade de suas condutas, com o dever de atuar em plena
conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, impedindo a prática de
arbitrariedades.
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Comentários:
O Item I está correto. O próprio texto constitucional prevê várias formas de se garantir o princípio
da publicidade, a exemplo do direito de petição, (Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, ‘a’) e da
expedição de certidões (Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, ‘b’ A Constituição Federal
estabelece, ainda, outro importante instrumento garantidor da publicidade, mencionado nesta
assertiva, o habeas data:
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
O Item II está correto. Um ato administrativo legal pode não ser moral e considerando a
moralidade como princípio autônomo, deve a Administração Pública segui-lo. Neste sentido,
Maria Sylvia Di Pietro leciona que “É evidente que, a partir do momento em que o desvio de poder
foi considerado como ato ilegal e não apenas imoral, a moralidade administrativa teve seu campo
reduzido; o que não impede, diante do direito positivo brasileiro, o reconhecimento de sua
existência como princípio autônomo”2. Assim, um ato imoral também é considerado inválido,
devendo ser declarado nulo, inclusive pelo Judiciário (caso seja provocado).
O Item III está correto. Nesse mesmo caminho, destaco a lição de Hely Lopes Meirelles, par quem
“O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio constitucional da função
administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”3.
2
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 79.
3
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 105.
50
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O Item IV está incorreto, pois o princípio do controle (também chamado de princípio da tutela) é
aquele pelo qual a Administração Pública fiscaliza as atividades dos entres que a compõe, com o
intuito de garantir que suas finalidades sejam observadas. É a Administração Pública direta
fiscalizando a indireta.
Gabarito (D)
Comentários:
Tanto o princípio da legalidade quanto o princípio da supremacia do interesse público devem ser
observados na atividade administrativa do Estado.
CF, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (..)
Antes de encerrar, registro que parte da doutrina4 entende que o princípio da supremacia do
interesse público está implícito na Constituição Federal.
Gabarito: correta
13. CEBRASPE/IFF – Administrador – 2018
Os atos da administração pública devem obedecer não somente à lei jurídica, mas também a padrões éticos.
Tal característica se refere ao princípio da
a) finalidade, uma vez que o administrador não pode praticar um ato em interesse próprio.
b) moralidade, sendo esta pressuposto de validade de todo ato da administração pública.
4
A exemplo de ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p.
268
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c) legalidade, pois a ação do administrador público está condicionada aos mandamentos legais e às
exigências do bem comum.
d) eficiência, conforme o qual a atividade administrativa deve apresentar resultados positivos para o serviço
público e satisfatório para a coletividade.
e) indisponibilidade do interesse público, pois o funcionário público deve cuidar dos interesses da
coletividade com ética e em obediência à lei.
Comentários:
Nesse sentido, não podemos nos esquecer de a atuação ética é exigência jurídica, de sorte que
sua inobservância gera a invalidade do ato da administração pública, o qual deverá ser declarado
nulo.
Gabarito: B
14. CEBRASPE/STJ – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2018
Acerca dos princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa, dos atos e do
controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a doutrina e a jurisprudência dos
tribunais superiores.
Situação hipotética: O prefeito de determinado município promoveu campanha publicitária para combate
ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além do símbolo da sua campanha eleitoral.
Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da impessoalidade.
Comentários:
Pelo contrário! Nesta situação fica nítida a tentativa de promoção pessoal do agente público às
custas da campanha publicitária municipal:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: errada
15. CEBRASPE/ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – Conhecimentos Gerais – 2018
Julgue o item que se segue, a respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo.
O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da produtividade e economicidade,
sendo este um dever constitucional da administração, que não poderá ser desrespeitado pelos agentes
públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos.
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Comentários:
O princípio da eficiência, explícito no texto constitucional (CF, art. 37, caput), está mesmo ligado
à noção de produtividade e economicidade e deve pautar tanto as ações institucionais (como a
forma de organizar e estruturar a Administração Pública) quanto a conduta profissional dos
agentes públicos (o desempenho individual das atribuições).
Como se trata de norma jurídica, a atuação ineficiente, caso comprovada, poderá dar azo à
responsabilização dos agentes públicos.
Gabarito: correta
16. CEBRASPE/STM – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da
administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade pública não
dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta.
Comentários:
O apego aos preceitos éticos relaciona-se, na verdade, ao princípio da moralidade, o qual não se
confunde com o princípio da impessoalidade.
Gabarito: errada
17. CEBRASPE – PC -MA – Escrivão de Polícia – 2018
A conduta do agente público que busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor
resultado, atende ao princípio da
a) eficiência.
b) legalidade.
c) impessoalidade.
d) moralidade.
e) publicidade.
Comentários:
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(..) realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. (..) exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros.
Gabarito: A
18. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB – Técnico Municipal de Controle Interno – Geral – 2018
Acerca da administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios necessários
para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e garantindo a maior
rentabilidade social.
Comentários:
A questão foi pautada nas lições do constitucionalista Alexandre de Moraes6, segundo o qual:
Gabarito: correta
Comentários:
5
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, p. 102.
6
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 23 ed., Ed. Atlas, 2008. P. 326
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Gabarito: B
20. CEBRASPE/ TRE-BA – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2017
A respeito da administração pública, julgue os itens a seguir.
I São princípios que regem a administração pública expressos na Constituição Federal de 1988: legalidade,
indivisibilidade, moralidade, publicidade e eficiência.
II A avaliação de desempenho como condição para a aquisição de estabilidade do servidor público é um
exemplo de aplicação do princípio da eficiência.
III A afronta a qualquer um dos princípios explícitos da administração pública pode configurar ato de
improbidade administrativa.
IV A moralidade administrativa é definida com base na concepção pessoal do agente público acerca da
conduta administrativa considerada ética.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentários:
O item I está incorreto. A partir dos cinco princípios expressos no caput do art. 37 da CF, a banca
trocou ‘impessoalidade’ por ‘indivisibilidade’.
O item II está correto, pois a avaliação de desempenho é procedimento que visa a aferir o
rendimento do agente público em estágio probatório, noção ligada ao princípio da eficiência.
Outra manifestação deste princípio consiste na exoneração de servidor público por avaliação de
desempenho nos termos de lei complementar.
Lei 8.429/1992, Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de
honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes
condutas:
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O item IV está incorreto, pois a moralidade administrativa tem conotação objetiva. Isto é, não
depende das convicções ou concepções pessoais (subjetivas) do agente público. Sua noção é
formada a partir do conjunto de princípios e regras do ordenamento jurídico.
Gabarito: C
21. CEBRASPE/ TRE-BA – Analista Judiciário – Engenharia Civil - 2017
Agente público que se utiliza de publicidade governamental com a finalidade exclusiva de se promover viola
o princípio da
a) eficiência.
b) moralidade.
c) autotutela.
d) publicidade.
e) motivação.
Comentários:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: B
22. CEBRASPE/ SEDF – Conhecimentos Básicos
A respeito dos princípios da administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir.
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer constar seu nome
de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito
relacionado ao princípio da impessoalidade.
Comentários:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
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Gabarito: correta
23. CEBRASPE/ SEDF – Conhecimentos Básicos
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir.
O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade.
Comentários:
Uma das formas de o cidadão obter acesso aos dados públicos consiste no direito de petição.
Gabarito: correta
24. CEBRASPE/ SEDF – Analista de Gestão Educacional – Direito e Legislação – 2017
Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram, diretamente,
amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de
Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram
recurso quinze dias após a data da publicação do resultado.
Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios da legalidade e da
impessoalidade.
Comentários:
Há dois vícios no ato praticado, sendo um quanto à competência legal e outro quanto à finalidade
(ou impessoalidade).
Como Mauro usurpou a competência de Pedro, prevista em lei, o ato acabou por violar o princípio
da legalidade. Além disso, como beneficiou diretamente os amigos do agente público que
praticou o ato, presume-se que o ato atentou contra a impessoalidade.
Gabarito: correta
25. CEBRASPE/FUB – Assistente em Administração – 2016
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue.
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever de eficiência.
Comentários:
Gabarito: errada
26. FGV/ MPE-AL Técnico do Ministério Público – Geral / 2018
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Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município Alfa divulgara
um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes, símbolos e imagens de sua gestão
com o nítido objetivo de promover sua imagem para as próximas eleições.
Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto afirmar que ela afronta, de modo mais
intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
e) eficiência.
Comentários:
A conduta violou o princípio da impessoalidade, no seu sentido que veda a promoção pessoal dos
agentes públicos pelas realizações da administração pública, desrespeitando disposição
constitucional expressa:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: A
a) economicidade, eis que é vedada a publicidade custeada pelo erário dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, ainda que tenha caráter educativo, informativo
ou de orientação social;
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b) legalidade, pois a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ser precedida de prévia autorização legislativa, vedada qualquer promoção pessoal
que configure favorecimento pessoal para autoridades ou servidores públicos;
c) moralidade, eis que a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos,
em que constarem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades públicas, para ser legal deve ser custeada integralmente com recursos privados;
d) publicidade, uma vez que a divulgação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deve ser feita exclusivamente por meio de publicação dos respectivos atos no
diário oficial, para impedir promoção pessoal da autoridade pública;
Comentários:
Mais uma questão abordando a pessoalização das realizações administrativas, conduta que violou
o princípio da impessoalidade. A escola não foi feita às custas do Secretário Rico Ricaço, mas do
erário público.
Vejam que poderia se cogitar também violação à moralidade. No entanto, a alternativa (C) está
incorreta, já que não se admite a associação da figura do Secretário à obra, nem mesmo mediante
campanha publicitária custeada com recursos privados.
Gabarito: E
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos desrespeitaram a súmula vinculante do STF que
veda o nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio informativo expresso da
administração pública da:
a) publicidade, porque qualquer ato administrativo de nomeação deve ser precedido de estudo
técnico;
b) autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve buscar o interesse público e não o privado;
59
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c) proporcionalidade, uma vez que o ato administrativo deve guardar relação com o clamor público
por moralidade;
d) impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode servir para satisfazer a favorecimentos
pessoais;
e) razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos, imagens e nomes deve ser do
administrador, não do ente público.
Comentários:
O próprio enunciado reconheceu a ocorrência do nepotismo cruzado (ou transverso), prática que
viola, principalmente, os princípios da moralidade e da impessoalidade.
A designação dos agentes públicos não deve satisfazer aos interesses pessoais da autoridade
nomeante, mas aos interesses públicos.
Gabarito: D
Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto de sua
autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o objetivo de divulgar
sua realização, determinou que o setor de comunicação social da autarquia elaborasse um informe
publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares de pessoas, tendo ali assumido a autoria
do projeto e concedido uma extensa entrevista a respeito de sua história de vida e de suas futuras
pretensões políticas, informando que pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na
próxima eleição.
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da Administração Pública, bem como se estava ao seu alcance deflagrar algum mecanismo de
controle dos atos administrativos praticados.
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via direito de
petição.
c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via mandado de segurança.
d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao controle do Tribunal
de Contas, via tomada de contas especial.
e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle judicial via ação
popular.
Comentários:
A conduta de Pedro buscou pessoalizar a realização da autarquia que ele presidia. Naquele caso,
a melhoria do serviço prestado à população não deve ser atribuída a ele, mas à administração
pública, havendo violação direta ao princípio da impessoalidade, entre outros princípios.
Para não deixar dúvidas, o enunciado menciona que tal publicidade foi utilizada também para fins
eleitorais.
Gabarito: E
“Os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela
promoção pessoal”.
De acordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, assinale a opção
que apresenta o princípio constitucional a que se refere a conduta acima.
a) Razoabilidade.
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b) Impessoalidade.
c) Inépcia.
d) Transparência.
e) Eficácia.
Comentários:
se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem
discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são
toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideologias não podem
interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou
grupos de qualquer espécie.
Gabarito: B
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Externalidade.
e) Publicidade.
Comentários:
7
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. Ed. Malheiros. P. 114.
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Questão sem grandes dificuldades, que cobrou o L-I-M-P-E, previsto no caput do art. 37 da
Constituição Federal. Neste caso, a Banca trocou o princípio da eficiência por “Externalidade”:
Relembrando:
Legalidade
Impessoalidade
direta e indireta de
qualquer dos Poderes da
Administração
União, dos Estados, do Moralidade
Pública
Distrito Federal e dos
Municípios
Publicidade
Eficiência
Gabarito: D
Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria que gostaria de promover, junto à população,
as realizações de sua administração. Na ocasião, foi informado que esse tipo de publicidade não
poderia conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, visasse à promoção pessoal de Elias.
a) responsabilidade;
b) transparência;
c) avaliação popular;
d) impessoalidade;
e) eletividade.
Comentários:
A assessoria está de acordo com o princípio da impessoalidade, no seu sentido que veda a
promoção pessoal dos agentes públicos pelas realizações da administração pública. Relembrando:
63
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Gabarito: D
a) Autotutela e Publicidade
b) Publicidade e Autotutela
c) Moralidade e Razoabilidade
d) Publicidade e Proporcionalidade
e) Autotutela e Proporcionalidade
Comentários:
Mas, antes de partir para as alternativas, as duas condutas do gestor foram as seguintes:
Ao não divulgar a decisão revista e, presumindo que se trata de situação não albergada pelas
hipóteses de sigilo, concluímos que o gestor violou o princípio expresso da publicidade. Com isto,
ficamos entre as alternativas (B) e (D).
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Além disso, alterar uma decisão sem qualquer divulgação é conduta que beira ao absurdo, algo
totalmente desarrazoado. Parece-me que o gestor se excedeu no exercício da autotutela. Assim,
pode-se dizer que foram violados também os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
Mas reparem que era possível gabaritar a questão, por eliminação, mesmo sem conhecer o
princípio da proporcionalidade.
Isto porque o princípio implícito da letra (B) é a autotutela, o qual não foi violado neste caso. Na
verdade, houve um exercício do princípio da autotutela ao se rever a decisão, mas a questão pede
o princípio desrespeitado. Assim, já excluímos a letra (B) e, por eliminação, marcamos a letra (D).
Gabarito: D
O trecho acima apresenta a descrição de alguns dos princípios da Administração Pública. Assinale
a opção que indica, na ordem correta, os princípios apresentados.
Comentários:
65
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O gabarito está na letra (D), pois relaciona os princípios de acordo com as condutas mencionadas
no enunciado da questão. Vejamos: 1) A impessoalidade possui três vertentes, como vimos no
comentário da alternativa “B”. A assertiva “o interesse público deve sempre se sobrepor ao
privado” tem relação com a primeira vertente do princípio, que é a atuação impessoal que visa à
satisfação do interesse público. 2) A publicidade, conforme vimos no comentário da alternativa
“B”, consiste em levar a conhecimento público a atuação administrativa, o que se coaduna com a
afirmação do enunciado: “deve-se garantir que as decisões tomadas sejam de conhecimento
geral”. 3) A razoabilidade, que assegura a compatibilidade entre os meios empregados e os fins
almejados na prática de um ato administrativo, que é justamente a terceira assertiva informada no
enunciado.
----
De toda forma, vamos analisar detidamente os princípios apresentados nas demais alternativas.
A letra (A) está incorreta. 1) A isonomia enseja o tratamento igualitário aos administrados e
consiste em uma das vertentes do princípio da impessoalidade; todavia, tal princípio não tem
relação com o primeiro caso mencionado. 2) A autotutela consiste no dever da Administração de
rever seus próprios atos, revogando-os (quando inconvenientes ou inoportunos) ou anulando-os
(quando ilegais). Tal princípio não se relaciona com a conduta “garantir que as decisões tomadas
sejam de conhecimento geral”, mencionada no enunciado da questão. 3) O princípio da eficiência
revela-se sob dois aspectos: i) com relação ao agente público, que deve buscar o melhor resultado
possível, de modo que “a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e
rendimento funcional”8; ii) com relação à organização da Administração Pública, que deve atuar
com padrões modernos de gestão. O princípio da eficiência consiste em gerar resultados positivos
da atuação administrativa, em melhores rendimentos funcionais. Como exemplo de aplicação do
princípio da eficiência, pode-se citar a avaliação periódica de desempenho a que se submete o
servidor público (artigo 41, § 1º, III, da CF9). A terceira conduta apresentada (“os meios sejam
adequados ao fim”) não tem relação como princípio da eficiência, e sim com o princípio da
proporcionalidade.
A letra (B) também está incorreta. 1) O princípio da razoabilidade assegura a compatibilidade entre
os meios empregados e os fins almejados na prática de um ato administrativo, atua como limitação
ao exercício do Poder, evitando que as restrições aos administrados sejam inadequadas,
desproporcionais ou abusivas, sobretudo com relação a medidas restritivas ou punitivas. Nota-se
que esse princípio não tem relação direta com a primeira conduta apresentada no enunciado
8 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 37. ed. –São Paulo: Malheiros, 2010, p. 98.
9Constituição Federal, art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (...) III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
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Por fim, a letra (E) está incorreta. 1) O primeiro princípio está correto, pois a prevalência do
interesse público sobre o privado se relaciona com o princípio da impessoalidade, sobretudo no
que tange à atuação impessoal com vistas à satisfação do interesse público, sendo vedada a
promoção pessoal. 2) Todavia, o princípio da isonomia enseja o tratamento igualitário aos
administrados, o que não tem relação com “garantia de que as decisões tomadas sejam de
conhecimento geral”. 3) O princípio da eficiência, relativo ao bom rendimento e à gestão
moderna, não se relaciona diretamente com “meios adequados ao fim”.
Gabarito: D
a) Legalidade
b) Moralidade
c) Impessoalidade
d) Eficiência
e) Isonomia
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Comentários:
A letra (E) é a incorreta. Vejam que a Banca trocou Impessoalidade por Isonomia. A isonomia
enseja o tratamento igualitário por parte da administração pública e consiste em uma das vertentes
do princípio da impessoalidade. No entanto, não está expresso no artigo 37, caput, da
Constituição Federal.
Gabarito: E
Na Administração Pública, cabe ao administrador zelar pelo uso adequado dos recursos públicos,
bem como [evitar] o desperdício destes. Compreender o conceito de eficiência é, portanto,
fundamental para o exercício correto das funções administrativas.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois “alcançar os mesmos resultados com o emprego dos mesmos
recursos” corresponde a um desempenho mediano, o que não traduz a ideia de eficiência. A
eficiência informa o alcance de melhores resultados.
A letra (B) também está incorreta, pois “adequar as metas a serem atingidas ao período de tempo
disponível” seria não realizar a tarefa com a perfeição necessária, reduzindo-a. Para ser eficiente,
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não são as metas que devem ser adequadas, e sim o modo de atingi-las, que deve ser mais célere
e primoroso.
A letra (C) está incorreta. A eficiência consiste em uma relação inversamente proporcional entre
os resultados alcançados e os recursos empregados: deve-se alcançar o máximo resultado possível
com o mínimo de recursos possível.
A letra (D) também está incorreta. Afirmar que visaria ao alcance do “número máximo de metas
apresentadas” significa que não se alcançariam todas. A eficiência visa ao atendimento pleno das
expectativas, com emprego da menor quantidade possível de recursos.
A letra (E) está correta. O princípio da eficiência pode ser visualizado sob o prisma de “fazer mais
com menos”, isto é, usar menos recursos para alcançar melhores resultados.
Gabarito: E
Princípios administrativos são os postulados fundamentais que conduzem todo o modo de agir da
Administração Pública como um todo. O art. 37, caput, da Constituição da República elencou os
chamados princípios administrativos expressos a serem observados por todas as pessoas
administrativas de qualquer dos entes federativos, como por exemplo, os princípios da:
Comentários:
10Constituição Federal, art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”
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Avaliando as alternativas, percebemos que a letra (A) é aquela em que todos os três princípios
estão expressos na Constituição Federal.
Todas as demais apresentam um ou mais princípios não expressos na Constituição Federal, como
“igualdade” e “improbidade” na letra (B). Disponibilidade e a proporcionalidade na letra (C).
Eficácia, isonomia e economicidade, mencionados na letra (D), não estão explicitados no caput do
art. 37 da Constituição Federal. Da mesma forma em relação à Igualdade, pessoalidade e
razoabilidade, constantes da letra (E).
Gabarito: A
a) probidade e pessoalidade;
b) indisponibilidade e legalidade;
c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
Comentários:
Além disso, Impessoalidade e moralidade, mencionados na letra (D), são princípios expressos na
Constituição Federal.
Gabarito: D
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Um agente público pratica ato ilegal ou não realiza ato que estava obrigado a praticar por força
de lei.
Nesse caso, assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública que ele está
violando.
a) Finalidade
b) Impessoalidade
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Publicidade
Comentários:
O enunciado aborda conduta em que se desrespeito à lei, havendo clara violação ao princípio da
legalidade.
O princípio da legalidade informa que a atuação do agente público deve ser pautada pela lei, ou
seja, sua atuação deve ter prévia e expressa previsão legal. Nas palavras de Hely Lopes Meirelles11:
É importante ressaltar que, nesse princípio, usa-se o termo “lei” em sentido amplo, abrangendo,
por exemplo, normas administrativas e princípios.
Gabarito: C
11
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 37. ed. –São Paulo: Malheiros, 2010, p. 89.
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a) Moralidade e publicidade.
b) Igualdade e eficiência.
c) Moralidade e legalidade.
d) Pessoalidade e constitucionalidade.
e) Eficiência e impessoalidade
Comentários:
A letra (D) é o gabarito. Percebam que a banca tentou confundir o candidato trocando
“impessoalidade” por “pessoalidade”. Além disso, constitucionalidade não é um princípio do
direito administrativo.
Gabarito: D
João, ocupante do cargo efetivo municipal de contador, visando favorecer seu vizinho de longa
data, valendo-se da função pública de chefe do setor, pegou o processo administrativo de seu
amigo e, passando na frente de todos os outros que aguardavam ser despachados há mais tempo,
providenciou o imediato andamento necessário. A conduta do servidor público no caso em tela
feriu, em tese, o princípio da administração pública que, por um lado, objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica e, por outro, busca a supremacia do interesse público, e não do privado, vedando-
se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros. Trata-se do
princípio informativo expresso do art. 37, caput, da Constituição da República, chamado princípio
da:
a) publicidade;
b) razoabilidade;
c) eficácia;
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d) indisponibilidade;
e) impessoalidade.
Comentários:
Além disso, o princípio da impessoalidade está expresso no artigo 37, caput, da Constituição
Federal, conforme menciona o enunciado
Gabarito: E
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
Comentários:
Mais uma situação em que fica clara a atuação pessoal da administração pública.
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Gabarito: E
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
Comentários:
Gabarito: D
Comentários:
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Gabarito: E
a) competitividade, segundo o qual agente público deve desempenhar com excelência suas
atribuições para lograr resultados mais produtivos do que aqueles alcançados pela iniciativa
privada;
b) legalidade, segundo o qual existe uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos
agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais;
d) improbidade, segundo o qual o administrador público deve pautar sua conduta com preceitos
éticos e agir com honestidade;
e) eficiência, segundo o qual agente público deve desempenhar da melhor forma possível suas
atribuições, para lograr os melhores resultados, inclusive na prestação dos serviços públicos.
Comentários:
A letra (A) está incorreta. A competitividade não é princípio expresso na Constituição Federal.
Além disso, o conceito apresentado refere-se ao princípio da eficiência.
A letra (B) também está incorreta. A legalidade é princípio expresso na Constituição Federal.
Porém, o conceito apresentado diz respeito à “presunção de legalidade”, que é um atributo dos
atos administrativos.
12 Art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
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A letra (C) está incorreta. A pessoalidade não é princípio expresso na Constituição Federal. A
banca buscou confundir o candidato, trocando “impessoalidade” por “pessoalidade”.
A letra (D) também está incorreta. A improbidade não é princípio expresso na Constituição
Federal. O conceito apresentado refere-se ao princípio da moralidade.
A letra (E) está correta. A eficiência é princípio expresso na Constituição Federal e o conceito
apresentado está de acordo com tal princípio, que consiste justamente em na atuação do agente
com rendimento funcional para alcançar os melhores resultados.
Gabarito: E
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como
cláusula pétrea.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, já que vários dos princípios balizadores da atuação administrativa estão
expressos, tanto na Constituição Federal quanto em normas infraconstitucionais. No texto
constitucional, por exemplo, ao lado do princípio da moralidade, mencionado na alternativa,
temos a legalidade, a impessoalidade, a publicidade e, mais recentemente, a eficiência.
A letra (B), incorreta, pois o princípio da legalidade, apesar de submeter a todos, não foi erigido
como cláusula pétrea no texto constitucional (CF, art. 60, §4º).
A letra (C) foi dada como correta. Eu não diria que a maioria dos princípios (quantitativamente
falando) está explicitada no texto constitucional, mas todo o restante da alternativa está correto.
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De fato, não há um princípio que sempre prevaleça sobre os demais, além do que, havendo
conflito, deve-se socorrer da ponderação e harmonização.
A letra (D), incorreta, já que não há hierarquia material entre os princípios, não sendo correto
afirmar que um ou outro sempre prevalecerá sobre os demais.
A letra (E) está duplamente incorreta. Primeiramente, o princípio da legalidade, apesar de decorrer
do Estado de Direito, está explícito no próprio texto constitucional (Constituição Federal, art. 37,
caput), além da Lei 9.784/1999. Além disso, os efeitos gerados pelos princípios independem de
regulamentação. Como normas jurídicas, os princípios possuem força cogente. Um exemplo deste
efeito cogente dos princípios pode ser visualizado na produção de leis. Assim, um princípio,
enquanto norma jurídica, é capaz de impedir a produção de regras jurídicas contrárias ao seu
conteúdo.
Gabarito: C
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas pela Administração
pública a
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública no Diário Oficial,
conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do princípio da publicidade.
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela autoria, como forma de
preservação da esfera privada desses servidores e manifestação do princípio da impessoalidade.
e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de interesse público primário
ou secundário, ainda que importe na violação de direitos legais de particulares, em prol do
princípio da supremacia do interesse público.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois a situação narrada não se relaciona diretamente com o princípio da
eficiência, e sim com o princípio da supremacia do interesse público.
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A letra (B) também está incorreta. Os decretos autônomos não podem disciplinar direitos e
deveres dos servidores, mas apenas dispor sobre:
CF, art. 84, VI, a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Por sua vez, a letra (C) está correta. A publicação dos extratos de contratos é manifestação do
princípio da publicidade:
A letra (D), incorreta, já que a edição de atos administrativos anônimos não encontra respaldo em
lei. Tal prática viola, entre outros, o princípio da publicidade. Além disso, mesmo quando o ato
tem seu autor identificado, pela teoria da imputação, a conduta é imputada ao respectivo órgão
(princípio da impessoalidade).
Por fim, a letra (E) está incorreta, pois não se pode descumprir a lei tendo como pretexto a
supremacia do interesse público. Mesmo do alto de sua supremacia, a administração pública deve
seguir os ditames legais. Na verdade, o patamar de superioridade da administração pública
resulta, principalmente, dos instrumentos previstos na própria lei.
Gabarito: C
48. FCC/ TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por
intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação
judicial, a
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normativos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso ordenamento
jurídico.
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d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração pública, garantindo
a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contratos firmados
pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos unilaterais.
Comentários:
A letra (A) está correta e ilustra dois institutos diretamente ligados ao princípio da impessoalidade:
o concurso público e a licitação para selecionar prestadores de serviço para a administração
pública.
Por sua vez, a letra (B) está incorreta. A “lei”, a que se refere o princípio da legalidade, tem sentido
amplo. Assim, a administração pública também se submete a atos normativos infralegais, que são
expedidos em caráter regulamentar.
A letra (C), incorreta, pois a moralidade é um princípio ‘autônomo’ e, portanto, não depende da
associação a outros princípios para produzir efeitos.
A letra (D) está incorreta. Apesar de licitação ser a regra no nosso ordenamento jurídico,
excepcionalmente admite-se contratações diretas, mediante dispensa ou inexigibilidade de
licitação. Além disso, a licitação busca a contratação da solução mais vantajosa, nem sempre
aquela que possui o menor preço entre todas as soluções. Por fim, apesar de a alternativa se referir
à busca pelo menor preço, a licitação dá concretude, na verdade, ao princípio da impessoalidade
na seleção de empresas para contratar com a administração pública.
Por fim, a letra (E), incorreta, já que a publicação dos atos e contratos firmados pela administração
pública ocorre de forma resumida (não se publica no diário oficial todo o teor do contrato ou do
edital de licitação). Nesse sentido, vejam o que diz a Lei 8.666 a respeito da publicação dos
contratos:
Gabarito: A
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I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo
possível, para lograr os melhores resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar
pessoas determinadas.
Comentários:
Por fim, a prática de ato administrativo com intuito de prejudicar ou beneficiar determinadas
pessoas viola o princípio da impessoalidade.
Gabarito: A
Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções,
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os todos os atos
dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previstos em lei, assim como todas as
infrações disciplinares e respectivas penalidades.
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b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas cuja violação
não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa jurídica, porque sua natureza é
incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servidores, vinculados
ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não atingindo, contudo, os atos que
se refiram aos servidores propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem
efeitos apenas internos.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no exercício da função
pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir outros servidores e particulares
que mantenham ou pretendam manter relações jurídicas com a Administração pública.
Comentários:
A letra (A), incorreta, peca ao afirmar que todos os atos têm natureza vinculada. Ao lado destes,
existem os atos discricionários, os quais também devem ser praticados segundo os ditames legais.
A letra (B) também está incorreta. Em regra, os atos são imputados ao órgão a que se vincula o
servidor público. De toda forma, não apenas a conduta funcional deve ser pautada pela
moralidade, mas também as ações das próprias organizações públicas. Por exemplo, uma Portaria
da Receita Federal do Brasil que estabelece que os auditores poderão utilizar os carros oficiais aos
finais de semana, para atividades particulares, é claramente imoral. Assim, aquele ato
administrativo está eivado de imoralidade, devendo ser declarado nulo.
A letra (C) está incorreta. De fato, a publicidade consiste na regra geral, mas esta comporta
exceções, a exemplo do sigilo necessário à segurança da sociedade e do Estado e à intimidade.
Portanto, não é correto afirmar que a todos os atos deve-se dar publicidade, muito menos que
devem ser publicados. Há atos de efeitos internos que dispensam publicação.
A letra (D), incorreta, já que a eficiência não se sobrepõe aos demais princípios. Um exemplo é
que a administração pública deve optar pela solução mais eficiente, dentre as soluções legalmente
admitidas (princípio da legalidade).
A letra (E), correta, ilustra corretamente duas situações em que se manifesta o princípio da
impessoalidade.
Gabarito: E
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c) estão expressos na Constituição Federal, mas também há princípios implícitos que submetem a
Administração pública.
e) se sobrepõem às regras, porque previstos em nível constitucional, bem como porque possuem
âmbito de abrangência mais amplo que as normas infralegais.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, já que há princípios explícitos e implícitos. Além disso, não há uma
superioridade hierárquica do princípio da supremacia do interesse público ou de qualquer outro
princípio.
As letras (B) e (D) estão incorretas, pois os princípios também são revestidos de coercibilidade. O
descumprimento de princípios também poderá ensejar a aplicação de sanções às autoridades. O
descumprimento a um princípio poderia, por exemplo, resultar em uma ação de improbidade
administrativa.
A letra (C) está correta, ao mencionar os princípios explícitos e implícitos na Constituição Federal.
Por fim, a letra (E) está incorreta. Apesar de realmente possuírem abrangência mais ampla que as
regras (‘leis’) e de estarem previstos, implícita ou expressamente no texto constitucional, os
princípios não são hierarquicamente superiores às regras.
Gabarito: C
52. FCC/ TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário – Área Administrativa- 2017
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b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
Comentários:
Gabarito: C
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que
tem que nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p.
99). Essa lição expressa o conteúdo do princípio da
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em
prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma
que os demais princípios e regras podem ser relativizados.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
Comentários:
A lição da Profa. Maria Sylvia Zanella Di Pietro está ligada ao princípio da impessoalidade, que
impede favoritismos e perseguições na administração pública.
Gabarito: A
a) Presunção de Legitimidade.
84
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c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.
Comentários:
A busca pelo melhor desempenho e pelo melhor resultado da alocação de recursos públicos é
efeito do princípio da eficiência. Segundo Carvalho Filho13, o núcleo do princípio da eficiência é a
busca pela produtividade, pela economicidade e pela redução dos desperdícios de dinheiro
público.
Gabarito: E
55. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública
não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda
sua atuação. Essa relação
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de atos
de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, sempre
que houver lacuna ou ausência de lei.
13
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 31
85
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e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao
administrado o ônus da prova em contrário.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois a tutela exercida pela administração pública direta sobre a indireta
tem natureza finalística, tendo em vista o princípio da especialidade. Assim, o princípio da tutela
não autoriza a revisão de atos ilegais por parte da administração direta.
A letra (B), também incorreta, na medida em que o poder regulamentar da administração pública
não lhe autoriza a suprir a ausência de lei. A edição de atos de natureza originária pela
administração pública está limitada às restritas hipóteses elencadas no art. 84, VI, da Constituição
Federal, que prevê o Decreto Autônomo.
A letra (C) está incorreta, pois o exercício do poder de polícia também se submete ao princípio da
legalidade.
Por sua vez, a letra (D) está correta. Há casos, devidamente previstos em lei, em que a
administração pública poderá dispensar a seleção pública, ainda que gere prejuízos ao princípio
da impessoalidade. Exemplo disto são as situações de emergência ou calamidade pública, em que
a Administração celebra contrato administrativo por meio de dispensa de licitação.
A letra (E) peca ao afirmar que os atos administrativos não admitem revisão administrativa. O
princípio da autotutela é exemplo de que a administração pública pode exercer o controle de seus
atos já praticados.
Gabarito: D
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que
o princípio
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Comentários:
A alternativa incorreta é a letra (D), pois a busca pela eficiência não é razão suficiente para se
descumprir a lei. Todas as demais estão corretas.
Vejam que a letra (A) retrata corretamente o princípio da finalidade, que prevê a ausência de
subjetividade nas decisões administrativas, além de vedar a promoção pessoal dos agentes pelas
realizações da administração pública.
Por fim, em relação à letra (B), reparem que, apesar de mencionar o princípio da legalidade,
podemos dizer que a atuação conforme o Direito, como um todo, refere-se ao princípio da
juridicidade.
Gabarito: D
Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da
Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão
que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
Comentários:
87
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O comentário de José Afonso da Silva refere-se à teoria da imputação, a qual está diretamente
ligada ao princípio da impessoalidade.
Gabarito: A
58. FCC/ SEGEP-MA – Técnico da Receita Estadual – Tecnologia da Informação – Conhecimentos Gerais –
2016
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um
inimigo.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Comentários:
O item II está correto, pois a conduta do prefeito não é ética. A atuação administrativa com a
finalidade de prejudicar um desafeto viola os princípios da moralidade e da impessoalidade.
O item III, correto, pois a ausência de publicação das contas viola o princípio da publicidade.
O item IV foi dado como incorreto, pois trata-se de nepotismo, conduta que viola, principalmente,
o princípio da moralidade.
Gabarito: B
88
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O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem
conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito
Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
Comentários:
Gabarito: B
60. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
Comentários:
89
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O enunciado ilustra a teoria do funcionário de fato, que se baseia nos princípios da segurança
jurídica e da impessoalidade. Reparem que a manutenção dos atos praticados por servidora
irregularmente investida no cargo somente é possível em razão de tais atos terem sido imputados
ao órgão a que ela estava vinculada.
Gabarito: A
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) publicidade.
d) moralidade.
e) finalidade.
Comentários:
Aproveito para lembrar que um ato como este pode caracterizar improbidade administrativa nos
termos da Lei 8.429/1992.
Gabarito: D
“... a melhor realização possível da gestão dos interesses públicos, posta em termos de plena
satisfação dos administrados com os menores custos para a sociedade, ela se apresenta,
simultaneamente, como um atributo técnico da administração, como uma exigência ética a ser
atendida no sentido weberiano de resultados, e, coroando a relação, como uma característica
jurídica exigível de boa administração dos interesses públicos." (Curso de Direito Administrativo,
16ª edição, 2014, Rio de Janeiro: Forense, p. 116).
90
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a) moralidade, que serve de parâmetro de controle para revogação dos atos administrativos.
b) proporcionalidade, que possui primazia e preferência diante dos demais princípios que
informam a atuação da Administração.
c) economicidade, que se aplica após a prática do ato administrativo, como ferramenta de controle
do menor custo para a Administração pública.
e) eficiência, que visa orientar a gestão pública ao atendimento das finalidades previstas em lei
pela melhor forma possível, não bastando a análise meramente formal.
Comentários:
Neste trecho do Prof. Digo de Figueiredo Moreira Neto, fala-se em “melhor realização possível
da gestão”, “satisfação dos administrados”, “menores custos” e em “resultados”, todos
elementos do princípio da eficiência.
Gabarito: E
63. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado
quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.
b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o
caso concreto.
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores
resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da
legalidade, que não pode ser descumprido.
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o
atingimento do melhor resultado para o interesse público.
91
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e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração
pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao
princípio da legalidade.
Comentários:
Mais uma questão que afirma, equivocadamente, que a busca pela eficiência permite ao gestor
público deixar em segundo plano o princípio da legalidade ou da supremacia do interesse público.
Vejam que não há superioridade hierárquica do princípio da eficiência (ou de qualquer outro
princípio) sobre os demais.
Neste sentido, a letra (C) traduz corretamente a acepção da eficiência enquanto diretriz para
melhores resultados e pelo controle de custos da atuação administrativa.
Gabarito: C
64. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – 2015
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados.
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos
administrados.
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que
estão sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
Comentários:
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O §1º do art. 37 da Constituição Federal, que veda a promoção pessoal dos agentes em razão das
realizações da administração pública, está diretamente ligado ao princípio da impessoalidade.
Dúvidas poderiam surgir entre a letra (A), correta, e a letra (C), incorreta. Mas reparem que a
impessoalidade em relação ao administrado fundamenta, por exemplo, a teoria da imputação. A
este respeito, Maria Sylvia Zanella Di Pietro14 leciona que
Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse atributo deve ser
observado em relação aos administrados como à própria Administração. No primeiro
sentido, o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a
atividade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público
que tem que nortear o seu comportamento. (..) No segundo sentido, o princípio significa,
(...) que 'os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os
pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que
ele é o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a
vontade estatal'.
Gabarito: A
Consoante à clássica obra do Professor Humberto Ávila acerca da teoria dos princípios, este os
define a seguinte forma:
Dentro desse contexto, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, analise as
afirmativas abaixo.
14
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3227
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II. É ilegítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e dos valores dos seus respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
III. O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito que apregoa que em
caso de conflito de interesses deverá prevalecer aquele que melhor atender ao interesse público.
Comentários:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
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O item III está correto. O princípio da supremacia do interesse público confere prerrogativas à
Administração, os quais a colocam em um patamar de superioridade em relação ao particular
(verticalidade).
O item IV está incorreto. Sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça, no REsp 1.285.426/SP,
firmou a orientação de que é ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais
quando: a) a inadimplência do consumidor decorrer de débitos pretéritos; b) o débito originar-se
de suposta fraude no medidor de consumo de energia, apurada unilateralmente pela
concessionária; e c) inexistente aviso prévio ao consumidor inadimplente.
Gabarito (A)
66. CONSULPLAN - Cons Leg (CM BH) /CM BH/Administração Pública, Orçamento e Finanças/2018
Comentários:
A letra (a) está incorreta. O dever de prestar contas ao cidadão constitui ônus para o gestor público
e decorre da indisponibilidade do interesse público.
A letra (b) está incorreta pois a assertiva inverteu os conceitos. As prerrogativas públicas decorrem
da supremacia do interesse público ao passo que as sujeições da indisponibilidade do interesse
público.
A letra (c) está incorreta. O poder de polícia e a intervenção do Estado na propriedade são
prerrogativas oriundas do regime jurídico administrativo, mais precisamente da supremacia do
interesse público sobre o privado, e não sujeições como diz a alternativa.
A letra (d) está correta. Estes dois princípios fundamentam o regime jurídico-administrativo
brasileiro, de sorte que todos os demais princípios decorrem deles.
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Gabarito (D)
O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado de Súmula 473: “A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Trata-se de aplicação do
princípio da
a) eficiência.
b) autotutela.
c) razoabilidade.
d) impessoalidade.
Comentários:
Gabarito (B)
Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios,
chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem
inúmeros outros. São eles:
a) Da legalidade e da finalidade.
b) Da publicidade e da eficiência.
c) Da legalidade e da moralidade.
Comentários:
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Dentre os inúmeros princípios que direcionam o Direito Administrativo, Celso Antonio Bandeira
de Mello ensina que existem dois supraprincípios, assim identificados por serem os princípios
centrais, de onde irão derivar todos os demais princípios e normas referentes a esta matéria. Os
supraprincípios são: princípio da supremacia do interesse público e princípio da indisponibilidade
do interesse público.
Gabarito (D)
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. O caput do art.
37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer um dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além destes, existem outros consagrados
pela legislação infraconstitucional, bem como pela doutrina. Assinale a alternativa que NÃO traz
o conceito e/ou efeitos do Princípio da Autotutela.
a) O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode anular seus próprios
atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.
c) O princípio da autotutela se traduz no poder da Administração revogar seus atos, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
Comentários:
As letras (a), (c) e (d) estão corretas. Todas elas abordam o conteúdo da súmula 473 do STF que
traduz o princípio da autotutela:
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“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.”
A letra (b) está incorreta. No âmbito federal, por exemplo, o Art. 54 da Lei 9.784/99 prevê o limite
temporal de cinco anos ao exercício da autotutela pela Administração Pública, afastando a ideia
de que ele é imprescritível:
Gabarito (B)
O julgado a seguir demonstra que o particular contratado não poderá suspender a execução do
contrato mesmo que a Administração Pública seja inadimplente, desde que este inadimplemento
não extrapole o prazo definido em lei:
10. O Superior Tribunal de Justiça consagra entendimento no sentido de que a regra de não
aplicação da exceptio non adimpieti contractus, em sede de contrato administrativo, não é
absoluta, tendo em vista que, após o advento da Lei 8.666/93, passou-se a permitir sua incidência,
em certas circunstâncias, mormente na hipótese de atraso no pagamento, pela Administração
Pública, por mais de noventa dias (art. 78, XV). (...)
a) Eficiência.
b) Moralidade.
c) Publicidade.
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d) Continuidade.
Comentários:
Gabarito (D)
I. Para a Corte Especial do STJ não pode ser aplicada a teoria para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade
estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não
confirmada por ocasião do julgamento de mérito.
II. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de sorte que se o ato
contrário à lei é praticado sem dolo e sem contestação de ninguém, vigorando por anos com
aparência de legalidade, o ato deverá ser preservado em homenagem à segurança jurídica.
III. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de forma que se o ato
praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início, defende ser irregular
não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo que tenha transcorrido muitos anos.
IV. A aplicação dessa teoria para confirmar nomeações precárias, concedidas em sede liminar,
quando é verificado ao fim do processo que o candidato não tinha o direito à nomeação, prejudica
os demais concorrentes ao cargo público que superaram todas as fases, mas não foram nomeados
por falta de vagas.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
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Comentários:
Primeiramente, vale destacar que a teoria do fato consumado prevê que as situações jurídicas que
se consolidaram pelo decurso de um longo período de tempo, em virtude de uma decisão judicial,
não deveriam ser desconstituídas, em virtude do princípio da segurança jurídica.
O Item I está correto. A assertiva repete o julgado do STJ acerca do tema, constante no
Informativo 598:
“A “teoria do fato consumado" não pode ser aplicada para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à
legalidade estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de
decisão liminar não confirmada por ocasião do julgamento de mérito.” EREsp 1.157.628-
RJ, Rel. Min. Raul Araújo, por maioria, julgado em 7/12/2016, DJe 15/2/2017.
O Item II está correto, pois está consoante entendimento do STJ exposto no EREsp 1.157.628-RJ,
constante no Informativo 598:
O Item III está correto, pois também está condizente ao entendimento do STJ exposto no mesmo
julgado já apontado anteriormente:
“Se o ato praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início defende
que ele é irregular: neste caso não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo
que tenha transcorrido muitos anos. Nessa segunda hipótese, verificada ou confirmada a
ilegalidade, o ato deverá ser desfeito, salvo se tiver havido uma consolidação fática
irreversível (ou seja, não é possível voltar ao status quo ante).”
“O candidato que continua no certame por força de decisão judicial precária, mesmo que,
ao final, aprovado, não tem direito à nomeação, mas à reserva da respectiva vaga, que só
será ocupada após o trânsito em julgado.” 2ª Turma - REsp 1.692.322/RJ
Ou seja, o STJ entende que antes do trânsito em julgado não é possível proceder à nomeação e
empossamento dos candidatos, não sendo cabível a aplicação da teoria do fato consumado.
100
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Gabarito (A)
Comentários:
A promoção pessoal de autoridades por meio de campanhas publicitárias realizadas por entes
públicos viola o princípio da impessoalidade, segundo noção extraída do texto constitucional:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Assim, as cartilhas escolares não poderiam conter nomes das autoridades responsáveis, tampouco
símbolos ou imagens capazes de identificá-los.
Gabarito (B)
Comentários:
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A alternativa (A) está incorreta. A autotutela representa o controle que a administração exerce
sobre os próprios atos. Além disso, a câmara municipal de vereadores é órgão público pertencente
à administração direta do município, sem, portanto, possuir personalidade jurídica própria.
A alternativa (B) está correta. A segurança jurídica é, de fato, princípio que tem por objetivo manter
o status quo e, assim, resguardar a estabilidade das relações jurídicas, conferindo previsibilidade
à atuação estatal.
A alternativa (C) está incorreta, pois a correção dos erros relaciona-se ao princípio da autotutela,
destacado acima. Além disso, o primado do interesse público, consoante leciona Carvalho Filho15,
relaciona-se com o princípio da supremacia do interesse público, na medida em que o indivíduo
deve ser visto como parte integrante de uma sociedade.
A alternativa (D) está incorreta, pois a não interrupção dos serviços públicos decorre, na verdade,
do princípio da continuidade dos serviços públicos.
A alternativa (E) está incorreta. A “observância da correção administrativa dentro da norma” deriva
do princípio da legalidade, na medida em que a Administração deverá atuar segundo a lei.
Aproveito para destacar que o princípio da precaução (ou da prevenção) informa que, diante de
riscos graves para a coletividade, a Administração deve adotar medidas preventivas para
resguardar a vida e os bens da coletividade.
Gabarito (B)
Comentários:
O erro está na parte final da assertiva. Em nome da segurança jurídica, não se tolera a aplicação
retroativa de determinada interpretação. É visível a instabilidade jurídica que surgiria caso a
administração passasse a aplicar novas interpretações a fatos pretéritos.
15
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 34
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Lei 9.784/1999, art. 2º, XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
Gabarito: errada
75. CEBRASPE/TCM-BA – Auditor Estadual de Infraestrutura - 2018
A administração possui posição de superioridade em relação aos administrativos, além de possuir
prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares. Além disso, os assuntos públicos
possuem preferência em relação aos particulares. Essas características da administração pública decorrem
do princípio da
a) supremacia do interesse público, previsto expressamente na legislação ordinária.
b) presunção de legitimidade, previsto implicitamente na Constituição Federal e na legislação ordinária.
c) supremacia do interesse público, previsto implicitamente na Constituição Federal e expressamente na
legislação ordinária.
d) legalidade, previsto expressamente na Constituição Federal e na legislação ordinária.
e) segurança jurídica, previsto expressamente na Constituição Federal.
Comentários:
O enunciado fala em “prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares” e que
“assuntos públicos possuem preferência”, o que nos leva ao princípio da supremacia do interesse
público, característico do regime jurídico administrativo.
Como se sabe, tal princípio não foi expresso no texto constitucional, mas pode ser inferido a partir
de interpretação sistemática da Magna Carta.
Gabarito: C
76. CEBRASPE/STM – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da
administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da indisponibilidade, da
razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade da administração pública.
Comentários:
Questão simples, que cobrou a distinção entre princípios expressos e reconhecidos, e o fato de
os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica não estarem
explicitados no texto constitucional.
Gabarito: correta
103
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Comentários:
O estado republicano é marcado pela separação entre o público e o privado. Nele, os agentes
públicos não devem buscar a satisfação dos interesses pessoais, mas sim o interesse público, de
forma impessoal.
Gabarito: E
78. CEBRASPE/SEFAZ – RS – Auditor do Estado –2018
A previsão em lei de cláusulas exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos decorre diretamente do
princípio da
a) publicidade.
b) moralidade.
c) legalidade.
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.
Comentários:
Gabarito: E
79. CEBRASPE/STJ - Analista Judiciário – Área Administrativa - 2018
104
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Comentários:
A motivação neste caso, segundo prevê o art. 50 da Lei 9.784/1999, deve incluir a indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos:
Lei 9.784/1999, art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
(..)
Portanto, a indicação apenas dos fundamentos jurídicos não é suficiente para satisfazer o princípio
da motivação, sendo necessário indicar também os fundamentos fáticos.
Gabarito: errada
80. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB - 2018
Com relação aos princípios aplicáveis à administração pública e ao enriquecimento ilícito por agente público,
julgue o item a seguir.
Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos ilegais,
independentemente de provocação.
Comentários:
A questão está correta, dado que a administração tem o poder-dever de rever seus atos ilegais,
não dependendo de provocação para tanto (anulação de ofício).
105
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Gabarito: correta
81. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Área Legislativa – 2018
O dever-poder que a Administração Pública ostenta para controlar os seus próprios atos, podendo
invalidar os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes, observadas as cautelas legais,
decorre diretamente do princípio da:
a) moralidade, e sua não observância gera nulidade do ato administrativo, sem prejuízo da
responsabilização do agente;
b) publicidade, e todo ato que invalida ou revoga outro ato administrativo precisa ser publicado
no diário oficial;
c) autotutela, e a Administração não precisa ser provocada para rever seus próprios atos, podendo
fazê-lo de ofício;
d) impessoalidade, e a Administração não pode tolerar atos que impliquem promoção pessoal do
gestor público;
e) segurança jurídica, e a Administração não pode tolerar que permaneça no mundo jurídico
qualquer ato ilícito.
Comentários:
SUM-473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
Gabarito: C
106
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Dentre os chamados princípios implícitos, merece destaque o da autotutela, que ocorre, por
exemplo, quando:
d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais oportuno, um decreto sem qualquer vício de
legalidade que proibia o estacionamento de veículos em determinada via pública;
e) o Governador do Estado pratica o ato de nomeação de pessoa não concursada para cargo em
comissão, com exercício de função de assessoramento parlamentar.
Comentários:
A letra (A) está incorreta. A aplicação de penalidade não se relaciona com o princípio da
autotutela, mas com o princípio disciplinar e da hierarquia.
A letra (B) também está incorreta. A concessão de acesso a uma informação decorre do princípio
da publicidade, explícito na Constituição Federal.
A letra (C) está incorreta, mas poderia gerar dúvidas. Notem que, apesar de se tratar da revisão
de um ato, trata-se de cumprimento de ordem judicial. Portanto, a revisão não se fundamenta no
poder da autotutela, mas no exercício da função jurisdicional.
A letra (D) relaciona-se ao princípio da autotutela, em que a administração pública decidiu revogar
seu próprio ato regulamentar.
Por fim, a letra (E) está incorreta, e relaciona-se ao exercício do poder discricionário, resultante na
nomeação a cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração.
Gabarito: D
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Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o estabelecimento das regras
de transição na concessão da aposentadoria e pensão.
b) Princípio da autotutela.
c) Princípio da indisponibilidade.
e) Princípio da precaução.
Comentários:
Imaginem um servidor que, faltando um mês para implementar os requisitos para aposentação, é
surpreendido com a alteração destas regras, a qual resulta na exigência de mais 10 anos de serviço
para se aposentar.
Embora seja assente que não há direito adquirido quanto à mudança de regime previdenciário16,
a alteração em questão, sob o ponto de vista daquele servidor indica instabilidade na relação
jurídica que ele possui com a administração pública.
Com efeito, temos um desrespeito ao princípio da segurança jurídica, em sua dimensão subjetiva:
o princípio da proteção à confiança ou da confiança legítima.
Além disso, por eliminação é possível perceber que os demais princípios mencionados em nada
se relacionam com o estabelecimento de regras de transição diante da alteração de determinada
regra.
Gabarito: A
16
A exemplo do RE 227755 AgR / CE do STF.
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forma eficiente e adequada. Partindo dele, as decisões da estrutura administrativa devem atender
ao público e estar aptas a constantes revisões e reformulações.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
Comentários:
O item I está incorreto. Pelo contrário, o princípio da autotutela não limita ou delega a anulação
ou revogação de atos, é justamente ele quem confere tal prerrogativa à administração pública. Os
princípios da segurança jurídica ou do contraditório e ampla defesa, estes sim, poderiam ser
citados como limites ao exercício da autotutela.
Gabarito: B
85. FCC/ TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
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c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar
e a autotutela do poder hierárquico.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
Comentários:
Enquanto o princípio da tutela se dedica ao controle que a administração direta exerce sobre a
atuação finalística das entidades da administração indireta, o princípio da autotutela se debruça
sobre o controle de legalidade e mérito dos próprios atos.
Gabarito: E
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
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e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes
da Administração pública direta.
Comentários:
O princípio da especialidade não tem aplicação nos órgãos públicos (administração direta), mas
sim nas entidades (administração indireta).
Por fim, notem que a especialidade é decorrência lógica dos princípios da legalidade (as entidades
devem perseguir os objetivos previstos em lei) e da indisponibilidade do interesse público (as
entidades cuidam de interesses da sociedade, não de seus agentes).
Gabarito: A
Considere:
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção a inversão do ônus da prova.
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Comentários:
No item II, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro17, a administração pública também exerce a
autotutela ao atuar no sentido de zelar pelos bens que integram seu patrimônio, impedindo atos
que coloquem em risco a conservação destes bens.
No item III, aborda-se um dos efeitos do princípio da presunção da legitimidade dos atos
administrativos. Nesta situação, como a presunção é de caráter relativo, irá admitir prova em
contrário. No entanto, o particular é quem deverá provar a ilegalidade do ato, operando-se, assim,
a inversão do ônus da prova.
Gabarito: A
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular.
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses
privados.
17
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3286
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d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade.
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido.
Comentários:
Além disso, como imperativo do Estado de Direito, os instrumentos que materializam a supremacia
do interesse público encontram-se previstos em lei. Com efeito, na inexistência de previsão legal,
não haveria que se falar em supremacia.
Em relação à letra (E), incorreta, é importante lembrar que o princípio da supremacia do interesse
público está implícito no ordenamento jurídico, independendo de previsão legal expressa. Trata-
se de uma diretriz que brota do sistema jurídico e é inerente à ideia da soberania estatal.
Gabarito: C
Suponha que o prefeito de um pequeno município do interior do Estado tenha tomado a decisão
de promover o recadastramento de todos os proprietários de imóveis residenciais, apontando,
como motivação do ato, a necessidade de atualizar a base de dados para o lançamento de IPTU.
Estabeleceu-se o prazo máximo de 10 (dez) dias para o recadastramento, que somente poderia
ser feito na sede da Prefeitura e fixou-se uma multa diária pelo atraso. Considerando a precária
estrutura de atendimento ao público, os cidadãos foram obrigados a permanecer por longos
períodos em filas para o cumprimento do recadastramento. Muitos deles, inconformados,
passaram a impugnar judicialmente a medida, alegando ofensa ao princípio da razoabilidade.
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b) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, que predica a supremacia do interesse público
sobre o privado.
e) deve ser apreciado em cotejo com o princípio da eficiência, que se sobrepõe ao invocado.
Comentários:
Fica claro que o curto prazo, associado à fixação de multa pelo descumprimento, é absurdo,
desarrazoado. Trata-se de claro excesso cometido pelo prefeito.
Além disso, o princípio da razoabilidade representa um critério de validade do ato. Sua violação,
portanto, permite o questionamento judicial do ato municipal, não dependendo da comprovação
à violação de outros preceitos jurídicos
Gabarito: A
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Princípios Básicos
1. CEFET MINAS/IFNMG - Administrador - 2019
A Administração Pública é regida por alguns princípios fundamentais, os quais servem como
parâmetros para o seu exercício em qualquer organização pública.
Princípios
(1) Legalidade
(2) Impessoalidade
(3) Publicidade
Aspectos correspondentes
( ) Visa garantir que todo ato estatal seja regulado pela lei pois, caso contrário, pode tornar-se
injurídico e exposto à anulação.
( ) Tem como intuito dar direcionamento para que o agente público, ao praticar o ato
administrativo, seja imparcial e busque o bem público.
( ) Tem como base a ideia de transparência dos comportamentos, sendo necessário dar
conhecimento dos atos e ações administrativas ao público em geral.
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a) Para se considerar válida a conduta administrativa, basta estar compatível com os Princípios da
Legalidade e da Moralidade.
b) O Princípio da Moralidade impõe que o administrador público deve basear seus atos nos
critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, não cabendo a ele diferenciar o
que é honesto do que é desonesto.
d) De acordo com o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, a prestação estatal não
pode ser interrompida, devendo, ao contrário, ter normal continuidade; porém, poderá haver
interrupção nos períodos de transação dos mandatos dos chefes do Poder Executivo (eleições
para Presidente, Governador e Prefeito).
O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais
caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração
Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em
um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao
Princípio da:
a) Eficiência.
b) Legalidade.
c) Publicidade.
d) Moralidade.
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I. Para o direito público, a legalidade significa que o administrador pode fazer tudo aquilo que a
lei não proibir.
II. Sob o enfoque do critério de subordinação à lei, o administrador só pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
As normas que devem ser observadas pelos Magistrados no exercício típico de suas funções com
relação às regras de suspeição e impedimento estão relacionadas a qual princípio de direito
administrativo?
a) Princípio da publicidade.
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b) Princípio da razoabilidade.
c) Princípio da impessoalidade.
a) É possível a restrição de informações caso haja risco à intimidade de alguma das partes
envolvidas no ato ou processo administrativo, bem como haja risco à segurança do Estado.
c) É possível que haja restrição de informações pela Administração Pública, mas somente
decorrente de decisão judicial, em que expostos os motivos do sigilo.
d) Todas as informações administrativas buscadas devem ser prestadas, tendo em vista o princípio
da publicidade, materializado no direito constitucional de petição.
Acerca dos Princípios Administrativos, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde à sequência correta (trechos da autora Maria Sílvia Zanella di Pietro, em sua obra
Direto Administrativo – 17ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004).
I – Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.
II – Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao
mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que
tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
III – Controle que se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
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O escândalo dos atos secretos constituiu em uma série de denúncias sobre a não publicação de
atos administrativos envolvendo o senado, câmara dos deputados e diversas assembleias
legislativas estaduais. Uma das práticas que permaneceram secretas foi o nepotismo.
a) publicidade e impessoalidade.
b) liberdade e moralidade.
c) igualdade e impessoalidade.
d) publicidade e do contraditório.
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I. A regra do princípio da publicidade vem reforçada pela Constituição Federal, que declara o
direito de receber informações dos órgãos públicos e prevê o habeas data como garantia do
direito de conhecer e retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou
de caráter público.
II. Pelo princípio da moralidade, deve o Poder Judiciário, ao exercer o controle jurisdicional, não
se restringir ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas entender por legalidade
não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral administrativa e com o
interesse coletivo.
IV. O princípio do controle administrativo deverá pautar a atuação discricionária do Poder Público,
garantindo-lhe a constitucionalidade de suas condutas, com o dever de atuar em plena
conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, impedindo a prática de
arbitrariedades.
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d) moralidade.
e) publicidade.
18. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB – Técnico Municipal de Controle Interno – Geral – 2018
Acerca da administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios necessários
para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e garantindo a maior
rentabilidade social.
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c) autotutela.
d) publicidade.
e) motivação.
Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município Alfa divulgara
um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes, símbolos e imagens de sua gestão
com o nítido objetivo de promover sua imagem para as próximas eleições.
Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto afirmar que ela afronta, de modo mais
intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
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e) eficiência.
a) economicidade, eis que é vedada a publicidade custeada pelo erário dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, ainda que tenha caráter educativo, informativo
ou de orientação social;
b) legalidade, pois a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ser precedida de prévia autorização legislativa, vedada qualquer promoção pessoal
que configure favorecimento pessoal para autoridades ou servidores públicos;
c) moralidade, eis que a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos,
em que constarem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades públicas, para ser legal deve ser custeada integralmente com recursos privados;
d) publicidade, uma vez que a divulgação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deve ser feita exclusivamente por meio de publicação dos respectivos atos no
diário oficial, para impedir promoção pessoal da autoridade pública;
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos desrespeitaram a súmula vinculante do STF que
veda o nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio informativo expresso da
administração pública da:
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a) publicidade, porque qualquer ato administrativo de nomeação deve ser precedido de estudo
técnico;
b) autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve buscar o interesse público e não o privado;
c) proporcionalidade, uma vez que o ato administrativo deve guardar relação com o clamor público
por moralidade;
d) impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode servir para satisfazer a favorecimentos
pessoais;
e) razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos, imagens e nomes deve ser do
administrador, não do ente público.
Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto de sua
autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o objetivo de divulgar
sua realização, determinou que o setor de comunicação social da autarquia elaborasse um informe
publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares de pessoas, tendo ali assumido a autoria
do projeto e concedido uma extensa entrevista a respeito de sua história de vida e de suas futuras
pretensões políticas, informando que pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na
próxima eleição.
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via direito de
petição.
c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via mandado de segurança.
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d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao controle do Tribunal
de Contas, via tomada de contas especial.
e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle judicial via ação
popular.
“Os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela
promoção pessoal”.
De acordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, assinale a opção
que apresenta o princípio constitucional a que se refere a conduta acima.
a) Razoabilidade.
b) Impessoalidade.
c) Inépcia.
d) Transparência.
e) Eficácia.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Externalidade.
e) Publicidade.
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Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria que gostaria de promover, junto à população,
as realizações de sua administração. Na ocasião, foi informado que esse tipo de publicidade não
poderia conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, visasse à promoção pessoal de Elias.
a) responsabilidade;
b) transparência;
c) avaliação popular;
d) impessoalidade;
e) eletividade.
a) Autotutela e Publicidade
b) Publicidade e Autotutela
c) Moralidade e Razoabilidade
d) Publicidade e Proporcionalidade
e) Autotutela e Proporcionalidade
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conhecimento do limite entre o público e o privado, em que o interesse público deve sempre se
sobrepor ao privado; da mesma forma, deve-se garantir que as decisões tomadas sejam de
conhecimento geral e que os meios sejam adequados ao fim.
O trecho acima apresenta a descrição de alguns dos princípios da Administração Pública. Assinale
a opção que indica, na ordem correta, os princípios apresentados.
a) Legalidade
b) Moralidade
c) Impessoalidade
d) Eficiência
e) Isonomia
Na Administração Pública, cabe ao administrador zelar pelo uso adequado dos recursos públicos,
bem como [evitar] o desperdício destes. Compreender o conceito de eficiência é, portanto,
fundamental para o exercício correto das funções administrativas.
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Princípios administrativos são os postulados fundamentais que conduzem todo o modo de agir da
Administração Pública como um todo. O art. 37, caput, da Constituição da República elencou os
chamados princípios administrativos expressos a serem observados por todas as pessoas
administrativas de qualquer dos entes federativos, como por exemplo, os princípios da:
a) probidade e pessoalidade;
b) indisponibilidade e legalidade;
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c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
Um agente público pratica ato ilegal ou não realiza ato que estava obrigado a praticar por força
de lei.
Nesse caso, assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública que ele está
violando.
a) Finalidade
b) Impessoalidade
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Publicidade
a) Moralidade e publicidade.
b) Igualdade e eficiência.
c) Moralidade e legalidade.
d) Pessoalidade e constitucionalidade.
e) Eficiência e impessoalidade
João, ocupante do cargo efetivo municipal de contador, visando favorecer seu vizinho de longa
data, valendo-se da função pública de chefe do setor, pegou o processo administrativo de seu
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amigo e, passando na frente de todos os outros que aguardavam ser despachados há mais tempo,
providenciou o imediato andamento necessário. A conduta do servidor público no caso em tela
feriu, em tese, o princípio da administração pública que, por um lado, objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica e, por outro, busca a supremacia do interesse público, e não do privado, vedando-
se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros. Trata-se do
princípio informativo expresso do art. 37, caput, da Constituição da República, chamado princípio
da:
a) publicidade;
b) razoabilidade;
c) eficácia;
d) indisponibilidade;
e) impessoalidade.
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
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pela lei, sem privilégios ou discriminações de qualquer natureza, seu procedimento está baseado
no princípio da
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
a) competitividade, segundo o qual agente público deve desempenhar com excelência suas
atribuições para lograr resultados mais produtivos do que aqueles alcançados pela iniciativa
privada;
b) legalidade, segundo o qual existe uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos
agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais;
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d) improbidade, segundo o qual o administrador público deve pautar sua conduta com preceitos
éticos e agir com honestidade;
e) eficiência, segundo o qual agente público deve desempenhar da melhor forma possível suas
atribuições, para lograr os melhores resultados, inclusive na prestação dos serviços públicos.
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como
cláusula pétrea.
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas pela Administração
pública a
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública no Diário Oficial,
conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do princípio da publicidade.
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela autoria, como forma de
preservação da esfera privada desses servidores e manifestação do princípio da impessoalidade.
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e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de interesse público primário
ou secundário, ainda que importe na violação de direitos legais de particulares, em prol do
princípio da supremacia do interesse público.
48. FCC/ TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por
intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação
judicial, a
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normativos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso ordenamento
jurídico.
d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração pública, garantindo
a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contratos firmados
pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos unilaterais.
I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo
possível, para lograr os melhores resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar
pessoas determinadas.
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Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções,
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os todos os atos
dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previstos em lei, assim como todas as
infrações disciplinares e respectivas penalidades.
b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas cuja violação
não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa jurídica, porque sua natureza é
incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servidores, vinculados
ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não atingindo, contudo, os atos que
se refiram aos servidores propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem
efeitos apenas internos.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no exercício da função
pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir outros servidores e particulares
que mantenham ou pretendam manter relações jurídicas com a Administração pública.
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c) estão expressos na Constituição Federal, mas também há princípios implícitos que submetem a
Administração pública.
e) se sobrepõem às regras, porque previstos em nível constitucional, bem como porque possuem
âmbito de abrangência mais amplo que as normas infralegais.
52. FCC/ TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário – Área Administrativa- 2017
b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que
tem que nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p.
99). Essa lição expressa o conteúdo do princípio da
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em
prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma
que os demais princípios e regras podem ser relativizados.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
a) Presunção de Legitimidade.
c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.
55. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
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O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública
não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda
sua atuação. Essa relação
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de atos
de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, sempre
que houver lacuna ou ausência de lei.
e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao
administrado o ônus da prova em contrário.
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que
o princípio
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Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da
Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão
que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
58. FCC/ SEGEP-MA – Técnico da Receita Estadual – Tecnologia da Informação – Conhecimentos Gerais –
2016
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um
inimigo.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
139
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e) II e IV.
O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem
conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito
Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
60. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
a) impessoalidade.
b) eficiência.
140
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c) publicidade.
d) moralidade.
e) finalidade.
“... a melhor realização possível da gestão dos interesses públicos, posta em termos de plena
satisfação dos administrados com os menores custos para a sociedade, ela se apresenta,
simultaneamente, como um atributo técnico da administração, como uma exigência ética a ser
atendida no sentido weberiano de resultados, e, coroando a relação, como uma característica
jurídica exigível de boa administração dos interesses públicos." (Curso de Direito Administrativo,
16ª edição, 2014, Rio de Janeiro: Forense, p. 116).
a) moralidade, que serve de parâmetro de controle para revogação dos atos administrativos.
b) proporcionalidade, que possui primazia e preferência diante dos demais princípios que
informam a atuação da Administração.
c) economicidade, que se aplica após a prática do ato administrativo, como ferramenta de controle
do menor custo para a Administração pública.
e) eficiência, que visa orientar a gestão pública ao atendimento das finalidades previstas em lei
pela melhor forma possível, não bastando a análise meramente formal.
63. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado
quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.
141
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b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o
caso concreto.
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores
resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da
legalidade, que não pode ser descumprido.
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o
atingimento do melhor resultado para o interesse público.
e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração
pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao
princípio da legalidade.
64. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – 2015
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados.
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos
administrados.
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que
estão sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
142
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Consoante à clássica obra do Professor Humberto Ávila acerca da teoria dos princípios, este os
define a seguinte forma:
Dentro desse contexto, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, analise as
afirmativas abaixo.
II. É ilegítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e dos valores dos seus respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
III. O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito que apregoa que em
caso de conflito de interesses deverá prevalecer aquele que melhor atender ao interesse público.
66. CONSULPLAN - Cons Leg (CM BH) /CM BH/Administração Pública, Orçamento e Finanças/2018
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O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado de Súmula 473: “A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Trata-se de aplicação do
princípio da
a) eficiência.
b) autotutela.
c) razoabilidade.
d) impessoalidade.
Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios,
chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem
inúmeros outros. São eles:
a) Da legalidade e da finalidade.
b) Da publicidade e da eficiência.
c) Da legalidade e da moralidade.
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Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. O caput do art.
37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer um dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além destes, existem outros consagrados
pela legislação infraconstitucional, bem como pela doutrina. Assinale a alternativa que NÃO traz
o conceito e/ou efeitos do Princípio da Autotutela.
a) O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode anular seus próprios
atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.
c) O princípio da autotutela se traduz no poder da Administração revogar seus atos, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
O julgado a seguir demonstra que o particular contratado não poderá suspender a execução do
contrato mesmo que a Administração Pública seja inadimplente, desde que este inadimplemento
não extrapole o prazo definido em lei:
10. O Superior Tribunal de Justiça consagra entendimento no sentido de que a regra de não
aplicação da exceptio non adimpieti contractus, em sede de contrato administrativo, não é
absoluta, tendo em vista que, após o advento da Lei 8.666/93, passou-se a permitir sua incidência,
em certas circunstâncias, mormente na hipótese de atraso no pagamento, pela Administração
Pública, por mais de noventa dias (art. 78, XV). (...)
145
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a) Eficiência.
b) Moralidade.
c) Publicidade.
d) Continuidade.
I. Para a Corte Especial do STJ não pode ser aplicada a teoria para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade
estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não
confirmada por ocasião do julgamento de mérito.
II. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de sorte que se o ato
contrário à lei é praticado sem dolo e sem contestação de ninguém, vigorando por anos com
aparência de legalidade, o ato deverá ser preservado em homenagem à segurança jurídica.
III. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de forma que se o ato
praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início, defende ser irregular
não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo que tenha transcorrido muitos anos.
IV. A aplicação dessa teoria para confirmar nomeações precárias, concedidas em sede liminar,
quando é verificado ao fim do processo que o candidato não tinha o direito à nomeação, prejudica
os demais concorrentes ao cargo público que superaram todas as fases, mas não foram nomeados
por falta de vagas.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
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147
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81. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Área Legislativa – 2018
O dever-poder que a Administração Pública ostenta para controlar os seus próprios atos, podendo
invalidar os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes, observadas as cautelas legais,
decorre diretamente do princípio da:
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a) moralidade, e sua não observância gera nulidade do ato administrativo, sem prejuízo da
responsabilização do agente;
b) publicidade, e todo ato que invalida ou revoga outro ato administrativo precisa ser publicado
no diário oficial;
c) autotutela, e a Administração não precisa ser provocada para rever seus próprios atos, podendo
fazê-lo de ofício;
d) impessoalidade, e a Administração não pode tolerar atos que impliquem promoção pessoal do
gestor público;
e) segurança jurídica, e a Administração não pode tolerar que permaneça no mundo jurídico
qualquer ato ilícito.
Dentre os chamados princípios implícitos, merece destaque o da autotutela, que ocorre, por
exemplo, quando:
d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais oportuno, um decreto sem qualquer vício de
legalidade que proibia o estacionamento de veículos em determinada via pública;
e) o Governador do Estado pratica o ato de nomeação de pessoa não concursada para cargo em
comissão, com exercício de função de assessoramento parlamentar.
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Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o estabelecimento das regras
de transição na concessão da aposentadoria e pensão.
b) Princípio da autotutela.
c) Princípio da indisponibilidade.
e) Princípio da precaução.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
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e) I e III, apenas.
85. FCC/ TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar
e a autotutela do poder hierárquico.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes
da Administração pública direta.
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Considere:
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção a inversão do ônus da prova.
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular.
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses
privados.
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d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade.
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido.
Suponha que o prefeito de um pequeno município do interior do Estado tenha tomado a decisão
de promover o recadastramento de todos os proprietários de imóveis residenciais, apontando,
como motivação do ato, a necessidade de atualizar a base de dados para o lançamento de IPTU.
Estabeleceu-se o prazo máximo de 10 (dez) dias para o recadastramento, que somente poderia
ser feito na sede da Prefeitura e fixou-se uma multa diária pelo atraso. Considerando a precária
estrutura de atendimento ao público, os cidadãos foram obrigados a permanecer por longos
períodos em filas para o cumprimento do recadastramento. Muitos deles, inconformados,
passaram a impugnar judicialmente a medida, alegando ofensa ao princípio da razoabilidade.
b) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, que predica a supremacia do interesse público
sobre o privado.
e) deve ser apreciado em cotejo com o princípio da eficiência, que se sobrepõe ao invocado.
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GABARITOS
1. C 38. D 75. C
2. C 39. C 76. correta
3. B 40. D 77. E
4. C 41. E 78. E
5. D 42. E 79. errada
6. C 43. D 80. correta
7. A 44. E 81. C
8. A 45. E 82. D
9. C 46. C 83. A
10. A 47. C 84. B
11. D 48. A 85. E
12. correta 49. A 86. A
13. B 50. E 87. A
14. errada 51. C 88. C
15. correta 52. C 89. A
16. errada 53. A
17. A 54. E
18. correta 55. D
19. B 56. D
20. C 57. A
21. B 58. B
22. correta 59. B
23. correta 60. A
24. correta 61. D
25. errada 62. E
26. A 63. C
27. E 64. A
28. D 65. A
29. E 66. D
30. B 67. B
31. D 68. D
32. D 69. B
33. D 70. D
34. D 71. A
35. E 72. B
36. E 73. B
37. A 74. errada
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A Administração Pública é regida por alguns princípios fundamentais, os quais servem como
parâmetros para o seu exercício em qualquer organização pública.
Princípios
(1) Legalidade
(2) Impessoalidade
(3) Publicidade
Aspectos correspondentes
( ) Visa garantir que todo ato estatal seja regulado pela lei pois, caso contrário, pode tornar-se
injurídico e exposto à anulação.
( ) Tem como intuito dar direcionamento para que o agente público, ao praticar o ato
administrativo, seja imparcial e busque o bem público.
( ) Tem como base a ideia de transparência dos comportamentos, sendo necessário dar
conhecimento dos atos e ações administrativas ao público em geral.
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a) Para se considerar válida a conduta administrativa, basta estar compatível com os Princípios da
Legalidade e da Moralidade.
b) O Princípio da Moralidade impõe que o administrador público deve basear seus atos nos
critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, não cabendo a ele diferenciar o
que é honesto do que é desonesto.
d) De acordo com o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, a prestação estatal não
pode ser interrompida, devendo, ao contrário, ter normal continuidade; porém, poderá haver
interrupção nos períodos de transação dos mandatos dos chefes do Poder Executivo (eleições
para Presidente, Governador e Prefeito).
O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais
caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração
Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em
um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao
Princípio da:
a) Eficiência.
b) Legalidade.
c) Publicidade.
d) Moralidade.
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I. Para o direito público, a legalidade significa que o administrador pode fazer tudo aquilo que a
lei não proibir.
II. Sob o enfoque do critério de subordinação à lei, o administrador só pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
As normas que devem ser observadas pelos Magistrados no exercício típico de suas funções com
relação às regras de suspeição e impedimento estão relacionadas a qual princípio de direito
administrativo?
a) Princípio da publicidade.
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b) Princípio da razoabilidade.
c) Princípio da impessoalidade.
a) É possível a restrição de informações caso haja risco à intimidade de alguma das partes
envolvidas no ato ou processo administrativo, bem como haja risco à segurança do Estado.
c) É possível que haja restrição de informações pela Administração Pública, mas somente
decorrente de decisão judicial, em que expostos os motivos do sigilo.
d) Todas as informações administrativas buscadas devem ser prestadas, tendo em vista o princípio
da publicidade, materializado no direito constitucional de petição.
Acerca dos Princípios Administrativos, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde à sequência correta (trechos da autora Maria Sílvia Zanella di Pietro, em sua obra
Direto Administrativo – 17ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004).
I – Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.
II – Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao
mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que
tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
III – Controle que se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
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O escândalo dos atos secretos constituiu em uma série de denúncias sobre a não publicação de
atos administrativos envolvendo o senado, câmara dos deputados e diversas assembleias
legislativas estaduais. Uma das práticas que permaneceram secretas foi o nepotismo.
a) publicidade e impessoalidade.
b) liberdade e moralidade.
c) igualdade e impessoalidade.
d) publicidade e do contraditório.
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I. A regra do princípio da publicidade vem reforçada pela Constituição Federal, que declara o
direito de receber informações dos órgãos públicos e prevê o habeas data como garantia do
direito de conhecer e retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou
de caráter público.
II. Pelo princípio da moralidade, deve o Poder Judiciário, ao exercer o controle jurisdicional, não
se restringir ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas entender por legalidade
não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral administrativa e com o
interesse coletivo.
IV. O princípio do controle administrativo deverá pautar a atuação discricionária do Poder Público,
garantindo-lhe a constitucionalidade de suas condutas, com o dever de atuar em plena
conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, impedindo a prática de
arbitrariedades.
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d) moralidade.
e) publicidade.
18. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB – Técnico Municipal de Controle Interno – Geral – 2018
Acerca da administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios necessários
para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e garantindo a maior
rentabilidade social.
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c) autotutela.
d) publicidade.
e) motivação.
Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município Alfa divulgara
um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes, símbolos e imagens de sua gestão
com o nítido objetivo de promover sua imagem para as próximas eleições.
Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto afirmar que ela afronta, de modo mais
intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
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e) eficiência.
a) economicidade, eis que é vedada a publicidade custeada pelo erário dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, ainda que tenha caráter educativo, informativo
ou de orientação social;
b) legalidade, pois a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ser precedida de prévia autorização legislativa, vedada qualquer promoção pessoal
que configure favorecimento pessoal para autoridades ou servidores públicos;
c) moralidade, eis que a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos,
em que constarem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades públicas, para ser legal deve ser custeada integralmente com recursos privados;
d) publicidade, uma vez que a divulgação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deve ser feita exclusivamente por meio de publicação dos respectivos atos no
diário oficial, para impedir promoção pessoal da autoridade pública;
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos desrespeitaram a súmula vinculante do STF que
veda o nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio informativo expresso da
administração pública da:
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a) publicidade, porque qualquer ato administrativo de nomeação deve ser precedido de estudo
técnico;
b) autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve buscar o interesse público e não o privado;
c) proporcionalidade, uma vez que o ato administrativo deve guardar relação com o clamor público
por moralidade;
d) impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode servir para satisfazer a favorecimentos
pessoais;
e) razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos, imagens e nomes deve ser do
administrador, não do ente público.
Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto de sua
autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o objetivo de divulgar
sua realização, determinou que o setor de comunicação social da autarquia elaborasse um informe
publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares de pessoas, tendo ali assumido a autoria
do projeto e concedido uma extensa entrevista a respeito de sua história de vida e de suas futuras
pretensões políticas, informando que pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na
próxima eleição.
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via direito de
petição.
c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via mandado de segurança.
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d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao controle do Tribunal
de Contas, via tomada de contas especial.
e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle judicial via ação
popular.
“Os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela
promoção pessoal”.
De acordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, assinale a opção
que apresenta o princípio constitucional a que se refere a conduta acima.
a) Razoabilidade.
b) Impessoalidade.
c) Inépcia.
d) Transparência.
e) Eficácia.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Externalidade.
e) Publicidade.
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Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria que gostaria de promover, junto à população,
as realizações de sua administração. Na ocasião, foi informado que esse tipo de publicidade não
poderia conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, visasse à promoção pessoal de Elias.
a) responsabilidade;
b) transparência;
c) avaliação popular;
d) impessoalidade;
e) eletividade.
a) Autotutela e Publicidade
b) Publicidade e Autotutela
c) Moralidade e Razoabilidade
d) Publicidade e Proporcionalidade
e) Autotutela e Proporcionalidade
168
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conhecimento do limite entre o público e o privado, em que o interesse público deve sempre se
sobrepor ao privado; da mesma forma, deve-se garantir que as decisões tomadas sejam de
conhecimento geral e que os meios sejam adequados ao fim.
O trecho acima apresenta a descrição de alguns dos princípios da Administração Pública. Assinale
a opção que indica, na ordem correta, os princípios apresentados.
a) Legalidade
b) Moralidade
c) Impessoalidade
d) Eficiência
e) Isonomia
Na Administração Pública, cabe ao administrador zelar pelo uso adequado dos recursos públicos,
bem como [evitar] o desperdício destes. Compreender o conceito de eficiência é, portanto,
fundamental para o exercício correto das funções administrativas.
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Princípios administrativos são os postulados fundamentais que conduzem todo o modo de agir da
Administração Pública como um todo. O art. 37, caput, da Constituição da República elencou os
chamados princípios administrativos expressos a serem observados por todas as pessoas
administrativas de qualquer dos entes federativos, como por exemplo, os princípios da:
a) probidade e pessoalidade;
b) indisponibilidade e legalidade;
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c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
Um agente público pratica ato ilegal ou não realiza ato que estava obrigado a praticar por força
de lei.
Nesse caso, assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública que ele está
violando.
a) Finalidade
b) Impessoalidade
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Publicidade
a) Moralidade e publicidade.
b) Igualdade e eficiência.
c) Moralidade e legalidade.
d) Pessoalidade e constitucionalidade.
e) Eficiência e impessoalidade
João, ocupante do cargo efetivo municipal de contador, visando favorecer seu vizinho de longa
data, valendo-se da função pública de chefe do setor, pegou o processo administrativo de seu
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amigo e, passando na frente de todos os outros que aguardavam ser despachados há mais tempo,
providenciou o imediato andamento necessário. A conduta do servidor público no caso em tela
feriu, em tese, o princípio da administração pública que, por um lado, objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica e, por outro, busca a supremacia do interesse público, e não do privado, vedando-
se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros. Trata-se do
princípio informativo expresso do art. 37, caput, da Constituição da República, chamado princípio
da:
a) publicidade;
b) razoabilidade;
c) eficácia;
d) indisponibilidade;
e) impessoalidade.
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
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pela lei, sem privilégios ou discriminações de qualquer natureza, seu procedimento está baseado
no princípio da
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
a) competitividade, segundo o qual agente público deve desempenhar com excelência suas
atribuições para lograr resultados mais produtivos do que aqueles alcançados pela iniciativa
privada;
b) legalidade, segundo o qual existe uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos
agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais;
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d) improbidade, segundo o qual o administrador público deve pautar sua conduta com preceitos
éticos e agir com honestidade;
e) eficiência, segundo o qual agente público deve desempenhar da melhor forma possível suas
atribuições, para lograr os melhores resultados, inclusive na prestação dos serviços públicos.
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como
cláusula pétrea.
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas pela Administração
pública a
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública no Diário Oficial,
conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do princípio da publicidade.
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela autoria, como forma de
preservação da esfera privada desses servidores e manifestação do princípio da impessoalidade.
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e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de interesse público primário
ou secundário, ainda que importe na violação de direitos legais de particulares, em prol do
princípio da supremacia do interesse público.
48. FCC/ TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por
intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação
judicial, a
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normativos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso ordenamento
jurídico.
d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração pública, garantindo
a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contratos firmados
pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos unilaterais.
I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo
possível, para lograr os melhores resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar
pessoas determinadas.
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Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções,
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os todos os atos
dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previstos em lei, assim como todas as
infrações disciplinares e respectivas penalidades.
b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas cuja violação
não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa jurídica, porque sua natureza é
incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servidores, vinculados
ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não atingindo, contudo, os atos que
se refiram aos servidores propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem
efeitos apenas internos.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no exercício da função
pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir outros servidores e particulares
que mantenham ou pretendam manter relações jurídicas com a Administração pública.
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c) estão expressos na Constituição Federal, mas também há princípios implícitos que submetem a
Administração pública.
e) se sobrepõem às regras, porque previstos em nível constitucional, bem como porque possuem
âmbito de abrangência mais amplo que as normas infralegais.
52. FCC/ TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário – Área Administrativa- 2017
b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que
tem que nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p.
99). Essa lição expressa o conteúdo do princípio da
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em
prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma
que os demais princípios e regras podem ser relativizados.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
a) Presunção de Legitimidade.
c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.
55. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
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O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública
não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda
sua atuação. Essa relação
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de atos
de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, sempre
que houver lacuna ou ausência de lei.
e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao
administrado o ônus da prova em contrário.
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que
o princípio
179
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Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da
Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão
que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
58. FCC/ SEGEP-MA – Técnico da Receita Estadual – Tecnologia da Informação – Conhecimentos Gerais –
2016
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um
inimigo.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
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e) II e IV.
O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem
conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito
Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
60. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
a) impessoalidade.
b) eficiência.
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c) publicidade.
d) moralidade.
e) finalidade.
“... a melhor realização possível da gestão dos interesses públicos, posta em termos de plena
satisfação dos administrados com os menores custos para a sociedade, ela se apresenta,
simultaneamente, como um atributo técnico da administração, como uma exigência ética a ser
atendida no sentido weberiano de resultados, e, coroando a relação, como uma característica
jurídica exigível de boa administração dos interesses públicos." (Curso de Direito Administrativo,
16ª edição, 2014, Rio de Janeiro: Forense, p. 116).
a) moralidade, que serve de parâmetro de controle para revogação dos atos administrativos.
b) proporcionalidade, que possui primazia e preferência diante dos demais princípios que
informam a atuação da Administração.
c) economicidade, que se aplica após a prática do ato administrativo, como ferramenta de controle
do menor custo para a Administração pública.
e) eficiência, que visa orientar a gestão pública ao atendimento das finalidades previstas em lei
pela melhor forma possível, não bastando a análise meramente formal.
63. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado
quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.
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b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o
caso concreto.
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores
resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da
legalidade, que não pode ser descumprido.
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o
atingimento do melhor resultado para o interesse público.
e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração
pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao
princípio da legalidade.
64. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – 2015
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados.
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos
administrados.
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que
estão sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
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Consoante à clássica obra do Professor Humberto Ávila acerca da teoria dos princípios, este os
define a seguinte forma:
Dentro desse contexto, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, analise as
afirmativas abaixo.
II. É ilegítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e dos valores dos seus respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
III. O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito que apregoa que em
caso de conflito de interesses deverá prevalecer aquele que melhor atender ao interesse público.
66. CONSULPLAN - Cons Leg (CM BH) /CM BH/Administração Pública, Orçamento e Finanças/2018
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O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado de Súmula 473: “A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Trata-se de aplicação do
princípio da
a) eficiência.
b) autotutela.
c) razoabilidade.
d) impessoalidade.
Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios,
chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem
inúmeros outros. São eles:
a) Da legalidade e da finalidade.
b) Da publicidade e da eficiência.
c) Da legalidade e da moralidade.
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Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. O caput do art.
37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer um dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além destes, existem outros consagrados
pela legislação infraconstitucional, bem como pela doutrina. Assinale a alternativa que NÃO traz
o conceito e/ou efeitos do Princípio da Autotutela.
a) O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode anular seus próprios
atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.
c) O princípio da autotutela se traduz no poder da Administração revogar seus atos, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
O julgado a seguir demonstra que o particular contratado não poderá suspender a execução do
contrato mesmo que a Administração Pública seja inadimplente, desde que este inadimplemento
não extrapole o prazo definido em lei:
10. O Superior Tribunal de Justiça consagra entendimento no sentido de que a regra de não
aplicação da exceptio non adimpieti contractus, em sede de contrato administrativo, não é
absoluta, tendo em vista que, após o advento da Lei 8.666/93, passou-se a permitir sua incidência,
em certas circunstâncias, mormente na hipótese de atraso no pagamento, pela Administração
Pública, por mais de noventa dias (art. 78, XV). (...)
186
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a) Eficiência.
b) Moralidade.
c) Publicidade.
d) Continuidade.
I. Para a Corte Especial do STJ não pode ser aplicada a teoria para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade
estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não
confirmada por ocasião do julgamento de mérito.
II. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de sorte que se o ato
contrário à lei é praticado sem dolo e sem contestação de ninguém, vigorando por anos com
aparência de legalidade, o ato deverá ser preservado em homenagem à segurança jurídica.
III. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de forma que se o ato
praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início, defende ser irregular
não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo que tenha transcorrido muitos anos.
IV. A aplicação dessa teoria para confirmar nomeações precárias, concedidas em sede liminar,
quando é verificado ao fim do processo que o candidato não tinha o direito à nomeação, prejudica
os demais concorrentes ao cargo público que superaram todas as fases, mas não foram nomeados
por falta de vagas.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
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81. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Área Legislativa – 2018
O dever-poder que a Administração Pública ostenta para controlar os seus próprios atos, podendo
invalidar os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes, observadas as cautelas legais,
decorre diretamente do princípio da:
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a) moralidade, e sua não observância gera nulidade do ato administrativo, sem prejuízo da
responsabilização do agente;
b) publicidade, e todo ato que invalida ou revoga outro ato administrativo precisa ser publicado
no diário oficial;
c) autotutela, e a Administração não precisa ser provocada para rever seus próprios atos, podendo
fazê-lo de ofício;
d) impessoalidade, e a Administração não pode tolerar atos que impliquem promoção pessoal do
gestor público;
e) segurança jurídica, e a Administração não pode tolerar que permaneça no mundo jurídico
qualquer ato ilícito.
Dentre os chamados princípios implícitos, merece destaque o da autotutela, que ocorre, por
exemplo, quando:
d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais oportuno, um decreto sem qualquer vício de
legalidade que proibia o estacionamento de veículos em determinada via pública;
e) o Governador do Estado pratica o ato de nomeação de pessoa não concursada para cargo em
comissão, com exercício de função de assessoramento parlamentar.
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Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o estabelecimento das regras
de transição na concessão da aposentadoria e pensão.
b) Princípio da autotutela.
c) Princípio da indisponibilidade.
e) Princípio da precaução.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
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e) I e III, apenas.
85. FCC/ TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar
e a autotutela do poder hierárquico.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes
da Administração pública direta.
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Considere:
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção a inversão do ônus da prova.
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular.
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses
privados.
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d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade.
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido.
Suponha que o prefeito de um pequeno município do interior do Estado tenha tomado a decisão
de promover o recadastramento de todos os proprietários de imóveis residenciais, apontando,
como motivação do ato, a necessidade de atualizar a base de dados para o lançamento de IPTU.
Estabeleceu-se o prazo máximo de 10 (dez) dias para o recadastramento, que somente poderia
ser feito na sede da Prefeitura e fixou-se uma multa diária pelo atraso. Considerando a precária
estrutura de atendimento ao público, os cidadãos foram obrigados a permanecer por longos
períodos em filas para o cumprimento do recadastramento. Muitos deles, inconformados,
passaram a impugnar judicialmente a medida, alegando ofensa ao princípio da razoabilidade.
b) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, que predica a supremacia do interesse público
sobre o privado.
e) deve ser apreciado em cotejo com o princípio da eficiência, que se sobrepõe ao invocado.
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GABARITOS
1. C 38. D 75. C
2. C 39. C 76. correta
3. B 40. D 77. E
4. C 41. E 78. E
5. D 42. E 79. errada
6. C 43. D 80. correta
7. A 44. E 81. C
8. A 45. E 82. D
9. C 46. C 83. A
10. A 47. C 84. B
11. D 48. A 85. E
12. correta 49. A 86. A
13. B 50. E 87. A
14. errada 51. C 88. C
15. correta 52. C 89. A
16. errada 53. A
17. A 54. E
18. correta 55. D
19. B 56. D
20. C 57. A
21. B 58. B
22. correta 59. B
23. correta 60. A
24. correta 61. D
25. errada 62. E
26. A 63. C
27. E 64. A
28. D 65. A
29. E 66. D
30. B 67. B
31. D 68. D
32. D 69. B
33. D 70. D
34. D 71. A
35. E 72. B
36. E 73. B
37. A 74. errada
195
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41
196
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