Direito Administrativo
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Autor:
Antonio Daud
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01 de Fevereiro de 2021
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Sumário
5. Conclusão................................................................................................................................................... 51
6. Resumo ....................................................................................................................................................... 53
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá amigos (as)!
Será um grande prazer poder auxiliá-los na preparação para o concurso de Agente de Necropsia
e Agente Técnico Forense do ITEP/RN - 2021, por meio deste curso de Direito Administrativo, na
forma deste livro digital.
Este curso, como verão a seguir, é composto de teoria e centenas de questões comentadas.
O objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito administrativo, com grande foco nas
questões de concurso público. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara
e objetiva, das disposições legais, da doutrina e jurisprudência mais relevantes e de muitas
questões de prova comentadas. Vamos reunir tudo isto em um único material, para otimizar o
tempo de estudo!
Em resumo:
Os cursos online, como o Estratégia Concursos, possibilitam uma preparação de qualidade, com
flexibilidade de horários e contato com o professor da matéria, através do fórum de dúvidas.
Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispõem de videoaulas, para quem
desejar iniciar os estudos pelos vídeos.
Em relação aos livros eletrônicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirão faixas
indicativas de incidência de questões em provas:
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- Resumo da aula
- Lista das questões comentadas (para o aluno poder praticar sem olhar as
respostas)
Apresentação Pessoal
Antes de explicar como vai funcionar nossa dinâmica, peço licença para apresentar-me.
Meu nome é Antonio Daud, sou natural de Uberlândia (MG) e tenho 36 anos. Sou bacharel em
Engenharia Elétrica e em Direito. Sou professor de direito administrativo e direito do trabalho no
Estratégia Concursos.
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Em todas estas funções o direito administrativo consistiu em uma das principais ferramentas de
trabalho. Assim, espero fazer uso desta experiência para enriquecer nosso curso com exemplos e
casos práticos e aproximar a linguagem e a lógica do direito administrativo a cada um de vocês.
Facebook: http://www.facebook.com/professordaud
Instagram: @professordaud
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Cronograma
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- Qual a melhor ordem para estudar as aulas? Quais são os assuntos mais
importantes?
- Qual a melhor ordem de estudo das diferentes matérias? Por onde eu começo?
- “Estou sem tempo e o concurso está próximo!” Posso estudar apenas algumas
partes do curso? O que priorizar?
- O que fazer a cada sessão de estudo? Quais assuntos revisar e quando devo
revisá-los?
- A quais questões deve ser dada prioridade? Quais simulados devo resolver?
(*) O Telegram foi escolhido por ser a única plataforma que preserva a intimidade
dos assinantes e que, além disso, tem recursos tecnológicos compatíveis com os
objetivos da nossa Comunidade de Alunos.
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Uma regra jurídica, consoante leciona Marcelo Alexandrino1, em geral é formada por um conjunto
de hipótese e consequência lógica da ocorrência daquela hipótese. Uma vez identificada aquela
hipótese, a lei impõe concretamente a consequência. Por exemplo: ao completar determinada
idade2 (hipótese), o servidor público será compulsoriamente aposentado (consequência).
Um princípio, por outro lado, é norma jurídica que apresenta alto grau de indeterminação e
generalidade. Seu conteúdo é muito mais amplo e menos definido que o da regra.
Diante do conteúdo tão abstrato dos princípios, muitos podem pensar equivocadamente que
estamos diante de meras recomendações normativas. Ou como diz parte da doutrina, simples
“cartas de intenções”.
Os princípios, assim como as regras jurídicas, possuem força cogente. Isto é, também
devem ser obrigatoriamente observados.
Então, um ato administrativo, por exemplo, que atende a todas as regras jurídicas aplicáveis, mas
desrespeita o princípio da moralidade administrativa, será considerado inválido, devendo ser
objeto de declaração de nulidade.
Outro exemplo deste efeito cogente dos princípios pode ser visualizado na edição das leis por
parte das casas legislativas. Um princípio, enquanto norma jurídica, é capaz de impedir a produção
de regras jurídicas contrárias ao seu conteúdo, mesmo que desprovido de qualquer
regulamentação.
1
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 26ª ed. p. 227
2
Em regra, 75 anos.
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Lei 8.429/1992, art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
Em outro giro, reparem que a amplitude e a abstração dos princípios fazem com que eles incidam
simultaneamente a um mesmo caso concreto, gerando a colisão ou o conflito entre dois ou mais
princípios. Nesta situação, o intérprete se socorre do método da ponderação, por meio do qual é
feita uma valoração do peso de cada princípio, à luz do caso concreto.
Como nenhum dos princípios deve ser visto como um valor absoluto, nesta ponderação não há
uma hierarquia material entre os princípios. Os valores informados por cada princípio, a priori, são
igualmente importantes, devendo ser ponderados à luz do caso concreto. A depender das
circunstâncias de cada situação, um princípio irá prevalecer sobre outro, mas não se pode afirmar,
de antemão, que aquele princípio prevalecerá em toda e qualquer situação.
Por exemplo: é possível que o princípio da legalidade deixe de prevalecer sobre o princípio
da segurança jurídica. É exatamente o que ocorre na chamada teoria do funcionário de
fato ou com a decadência e prescrição. Nestas situações, um ato ilegal é preservado e
continuará a produzir efeitos, em razão da necessidade de estabilizar as relações jurídicas.
Percebam que, nestas situações, a ponderação resultou em maior valoração do princípio
da segurança jurídica, o que poderá não ocorrer em outras situações.
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Como não há hierarquia ou prevalência absoluta de um princípio sobre outro, a questão abaixo
está incorreta:
Como veremos a seguir, alguns destes princípios encontram-se expressos (ou explícitos) no texto
constitucional, enquanto outros são inferidos pela doutrina, a partir da análise sistemática da
Constituição Federal (denominados princípios implícitos ou reconhecidos). Apesar desta diferença
textual (implícitos x expressos), ambos possuem a mesma relevância jurídica.
Além disso, conforme iremos comentar adiante, vários dos princípios implícitos na Constituição
Federal foram posteriormente explicitados nos diplomas infralegais, como é o caso do princípio
da segurança jurídica, previsto expressamente no art. 2º da Lei 9.784/1999.
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Agora sim! =) Tecidas estas primeiras considerações, vamos passar a estudar individualmente os
princípios mais importantes para o direito administrativo, iniciando por aqueles explicitados no
texto constitucional.
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3. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA CF
Neste tópico iremos trabalhar os cinco princípios fundamentais ou básicos, previstos no caput do
art. 37 da CF, o famoso L-I-M-P-E:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência e, também, ao seguinte: (..)
Legalidade
Impessoalidade
direta e indireta de qualquer
Administração dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e
Moralidade
Pública
dos Municípios
Publicidade
Eficiência
A partir da questão abaixo, vejam que o rol de princípios expressos no texto constitucional (o L-I-
M-P-E) ainda cai em prova:
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A partir do caput do art. 37 acima, notem o enorme campo de incidência destes princípios, pois
devem ser observados:
são os
princípios
expressos na
CF
admin. direta
e indireta, todos os
inclusive L-I-M-P-E Poderes
estatais
todas as
esferas de
governo
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Princípio da Legalidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O princípio da legalidade está intimamente ligado à ideia do Estado de Direito. Todos estão
submetidos ao império da lei:
CF, art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
A lei reina para todos, sejam particulares, seja a administração pública. No entanto, o princípio da
legalidade terá significados bastante diferentes nestas duas situações.
Para os particulares, o princípio da legalidade significa que é lícito fazer tudo aquilo que a lei não
vedar. Assim, no mundo privado, as partes são autônomas e livres para agir, desde que não exista
proibição legal.
Por outro lado, a administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá agir
quando houver determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal, não
será possível a atuação administrativa.
Vejam, portanto, que, no meio administrativo, a legalidade possui conteúdo muito mais restritivo
do no âmbito privado.
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Esta comparação, entre o conteúdo da legalidade nos setores público e privado, foi cobrada na
questão abaixo:
A lei condiciona a ação estatal, seja determinando que a administração pública tome uma
providência (atuação vinculada), seja a autorizando a agir (atuação discricionária).
A razão disto é bastante simples! Sabemos que o fim último da atuação estatal consiste em atender
aos anseios e necessidades da coletividade, do povo. Nesse sentido, o povo, por meio de seus
representantes democraticamente eleitos, produz as leis, as quais pautam a atuação estatal, no
sentido de concretizar a vontade popular.
Por este motivo, dizemos que a administração pública somente poderá agir segundo a lei
(secundum legem), nunca de forma contrária à lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem).
Estamos falando em “lei”, mas devemos considerar o termo “lei” em sentido amplo, englobando
o texto constitucional, os atos normativos primários3 (leis ordinárias, complementares, delegadas,
medidas provisórias etc), além dos atos normativos infralegais.
Dessa forma, ao emitir um ato administrativo, o agente deve observar, não apenas a lei, mas os
princípios, os decretos regulamentares e os atos normativos emitidos pela própria Administração
Pública, como Resoluções, Portarias, Instruções Normativas, Ordens de serviço etc.
Como se percebe, apesar de alguns destes diplomas normativos não terem sido emitidos
diretamente pelos representantes do povo, eles também devem ser seguidos pelo administrador
público, pois, em geral, se prestam a permitir a fiel execução da lei, regulamentando-a.
3
Atos normativos que buscam seu fundamento de validade diretamente no texto constitucional.
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Parte da doutrina defende que, além de simplesmente seguir a lei, o administrador público deve
obedecer à ordem jurídica como um todo, cunhando-se o princípio da juridicidade administrativa,
com acepção mais ampla que o princípio da legalidade administrativa.
Nesta acepção, a juridicidade seria uma ampliação da legalidade, impondo que a Administração
siga o Direito como um todo, não se limitando à mera observância das regras previstas na
literalidade da lei. Na juridicidade, a atuação administrativa submete-se também aos princípios
extraídos do ordenamento jurídico. Reparem que esta ideia acaba por reduzir ainda mais a
discricionariedade do administrador, já que ele passaria a seguir o ordenamento jurídico como um
todo.
Princ. da
Administração deve seguir a lei
Legalidade
----
Antes de encerrar este tópico, é importante destacarmos três exceções ao princípio da legalidade,
a saber:
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As medidas provisórias consistem em atos praticados pelo chefe do Poder Executivo, em situações
de relevância e urgência (CF, art. 62). Muito embora possuam força de lei (temporariamente) e até
possam ser convertidas em lei (pelo Poder Legislativo), a MP não é uma lei propriamente dita.
Nesse sentido, parte da doutrina chega a incluí-las como exceção ao princípio da legalidade.
O estado de defesa, por sua vez, é medida que pode ser decretada pelo Presidente da República,
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, com a finalidade de
“preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou
a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza” (CF, art. 136). Como o estado de defesa, que é
estabelecido mediante decreto, acaba por restringir determinados direitos sem a necessidade de
uma lei, também é incluído como exceção ao princípio da legalidade.
Por fim, o estado de sítio também poderá ser decretado pelo Presidente da República, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. É medida ainda mais gravosa que o
estado de defesa, exigindo-se até mesmo autorização do Congresso Nacional. De qualquer
maneira, como também restringe direitos sem uma lei, o estado de sítio é incluído como exceção
ao princípio da legalidade.
Cebraspe/IBAMA
De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de defesa e o estado de sítio constituem exceção ao
princípio da legalidade na administração pública.
Gabarito (C), com fundamento nos artigos 62 e 136-139 da CF, comentados acima.
Princípio da Impessoalidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
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Princípio da finalidade
Esta é a noção clássica do princípio da impessoalidade, definida por Hely Lopes Meirelles 4 como
sendo a imposição ao administrador público
que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma
de Direito indica expressamente ou virtualmente como objetivo do ato, de forma
impessoal.
Assim, na atuação administrativa não se deve buscar o interesse próprio ou de terceiros, mas
apenas a finalidade pública.
Este mandamento, portanto, proíbe favoritismos ou perseguições por parte do gestor público.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello5:
se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem
discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são
toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideologias não podem
interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou
grupos de qualquer espécie.
Assim, é fácil perceber que o princípio da finalidade se entrelaça com o princípio da isonomia (ou
da igualdade), na medida em que a Administração deve assegurar tratamento igualitário a todos
que se encontrem na mesma situação (sem favorecimentos ou perseguições).
4
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 93.
5
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. Ed. Malheiros. P. 114.
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Em razão desta proximidade de valores, muitos chegam a dizer que a isonomia constitui um
terceiro sentido do princípio da impessoalidade.
Caso um ato seja praticado com finalidade diversa do interesse público, previsto no ordenamento
jurídico, buscando-se satisfazer um interesse pessoal do agente público, o ato será nulo, já que foi
praticado com desvio de finalidade.
Exemplo disto é a remoção de servidor para outra localidade do país com finalidade punitiva.
Ainda que a localidade de destino esteja com quadro de servidores em situação de carência, o
ato seria inválido, por desvio de finalidade.
----
Vejam, por exemplo, a concessão de licença para habilitação e a concessão de porte de arma de
fogo, em que há um claro interesse privado, até maior do que o interesse público, o que não
impede o atendimento do pleito privado, caso atendidos os requisitos legais.
Outro exemplo pode ser observado quando a administração pública contrata uma empresa para
lhe fornecer móveis: ambas as partes desejam transacionar o bem, uma vendendo e a outra
adquirindo-o. Portanto, nem sempre os interesses público e privado são antagônicos.
----
Lei 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de: (..)
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Ao mencionar, no inciso III acima, a vedação à promoção pessoal, passemos à segunda dimensão
do princípio da impessoalidade.
Consoante menciona José dos Santos Carvalho Filho7, impessoal é aquilo que não pertence a uma
pessoa em especial.
0
Por exemplo: as obras efetuadas pelo município X, para construção de creches, não podem ser
divulgadas como sendo realizações do Prefeito Joãozinho ou do partido PTO8. No anúncio oficial
da obra, não poderá, portanto, constar nomes dos agentes públicos responsáveis pela obra,
tampouco símbolos ou imagens que pudessem identificá-los ou associá-lo às obras.
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
6
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 243
7
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 20
8
STF RE 191.668/RS, rel. Min. Mezes Direito, DJe 29/1/2010
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A respeito destas duas acepções do princípio da impessoalidade, Maria Sylvia Zanella Di Pietro9
leciona que o primeiro sentido consiste em observar a impessoalidade em relação aos
administrados, uma vez que norteia a finalidade da atuação administrativa em relação a eles.
Este último sentido consiste na teoria da imputação, segundo a qual os atos dos funcionários
públicos não devem ser imputados aos próprios funcionários que os praticam, mas à entidade e,
por assim dizer, ao órgão da administração pública ao qual estão vinculados.
Para fins de prova, é importante tratarmos de exemplos de regras jurídicas que materializam o
princípio da impessoalidade.
CF, art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
9
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3227
20
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É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por intermédio da
Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação judicial, a impessoalidade,
tanto na admissão de pessoal, sujeita à exigência de prévio concurso público de provas ou de provas e títulos
para preenchimento de cargos, empregos públicos, quanto na prestação dos serviços em geral pela
Administração pública, vedado qualquer direcionamento.
Gabarito (C)
2) Outro exemplo digno de nota são os institutos do impedimento e suspeição, os quais visam a
afastar o conflito de interesses nas decisões administrativas e, assim, preservar sua objetividade.
Tais regras foram positivadas, no âmbito federal, por meio da Lei 9.784/1999:
(..)
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima
ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
3) O sistema de precatórios, previsto no art. 100 da Constituição Federal, também visa a dar
concretude ao princípio da impessoalidade. Toda vez que se falar em ‘precatório’, mentalize a
imagem de uma fila!
Esta resposta é dada pelo sistema de precatórios, que organiza uma fila. Em geral, quem entrou
primeiro na fila, recebe primeiro, assim ocorrerá com os precatórios.
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Como o sistema dos precatórios evita que uma pessoa seja indevidamente favorecida e receba
antes que outras, que aguardam há mais tempo, podemos perceber que ele concretiza o princípio
da impessoalidade.
Concurso público
Licitação pública
Antes de partir para o próximo princípio, vamos sintetizar os principais aspectos quanto à
impessoalidade:
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Princípio da Moralidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
Lei 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de: (..)
Para atuar em consonância com a moral administrativa, não basta ao agente cumprir
formalmente a lei, aplicá-la em sua mera literalidade. É necessário que se atenda à letra e
ao espírito da lei, que ao legal junte-se o ético (não mais se tolera a velha e distorcida ideia
de que o agente público poderia dedicar-se a procurar "brechas" na lei, no intuito de burlar
os controles incidentes sobre a sua atuação e, dessa forma, promover interesses espúrios).
Por essa razão, é acertado asseverar que o princípio da moralidade complementa ou toma
mais efetivo, materialmente, o princípio da legalidade.
10
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, p. 90.
11
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 237
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moralidade, um ato administrativo imoral é inválido e deve ser declarado nulo. Assim, pode-se
afirmar que a moral administrativa é uma condição de validade da atuação estatal.
Em síntese:
Jurídica
Noção Objetiva
Moral administrativa
Quando se fala em moralidade administrativa, temos que nos lembrar do dever de probidade12,
aplicável a todo agente público. Tal dever, caso descumprido, resulta nos chamados atos de
improbidade administrativa, os quais sujeitam o infrator a diversas penalidades legais, nos termos
do art. 37, §4º, da Constituição Federal, sintetizado da seguinte forma:
atos de
indisponibilidade dos
Improbidade importarão
bens
administrativa
ressarcimento ao erário
12
Probidade é qualidade de quem é probo. Tem sentido de integridade, honestidade.
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Tal dispositivo é atualmente regulamentado pela Lei 8.429/1992, que prevê quatro conjuntos de
atos de improbidade, a saber: (i) atos de improbidade administrativa que importam
enriquecimento ilícito; (ii) atos que causam prejuízo ao erário; (iii) atos decorrentes de concessão
ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário; (iv) atos que atentam contra os
princípios da administração pública.
----
CF, art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: (..)
V - a probidade na administração;
Veja, portanto, a importância que o próprio constituinte conferiu à moralidade, ao prever diversos
institutos relacionados à honestidade e probidade no trato da coisa pública.
Neste sentido, a Constituição prevê instrumentos para que os cidadãos sejam capazes de verificar
e exigir moralidade na atuação administrativa. A este respeito, destaco, especialmente, a ação
popular, uma garantia constitucional que legitima o cidadão a provocar o controle de legalidade
e legitimidade dos atos administrativos por parte do Poder Judiciário, especialmente no tocante
à moralidade:
CF, art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Em tese, se alguém é designado para ocupar um cargo puramente em razão dos laços de
parentesco que possui com uma autoridade pública, há uma ofensa aos princípios da moralidade,
da impessoalidade e da eficiência, previstos constitucionalmente.
Nesse sentido, foi editada pelo STF a Súmula Vinculante 13, que consolida a proibição à prática
do nepotismo:
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✓ alcança todos os Poderes e todas as esferas de governo, seja municipal, federal, estadual ou distrital
✓ estende-se pela administração direta e por toda a administração indireta
✓ têm como objeto as nomeações para cargos em comissão (CC), bem como as designações para
funções de confiança (FC)
✓ os laços de parentesco vão até o 3º grau da autoridade/servidor nomeante
✓ abrange o nepotismo cruzado (ou transverso), resultante de designações recíprocas
✓ não exige a edição de lei formal para coibir a prática13 (a vedação decorre diretamente dos princípios
constitucionais)
Há, no entanto, situações excepcionais, que não são alcanças pela vedação constante da Súmula
Vinculante nº 13.
13
A exemplo da ADC 12, rel. min. Ayres Britto, P, j. 20-8-2008, DJE 237 de 18-12-2008; do RE 579.951,
rel. min. Ricardo Lewandowski, voto do min. Ayres Britto, P, j. 20-8-2008, DJE 202 de 24-10-2008.
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Uma delas é a nomeação para cargos políticos14, a exemplo dos cargos de Secretários Estaduais
ou Municipais.
Além disso, deve restar claro que a nomeação do parente para cargo político se deu em razão de
suas qualidades técnicas, não se constituindo em utilização da natureza política do cargo para se
fraudar a lei, tampouco sendo mera troca de favores15.
Nesse sentido, vale lembrar que o STF já entendeu16 que o cargo de conselheiro do Tribunal de
Contas não possui natureza política, revestindo-se de natureza administrativa, não se admitindo a
nomeação de um parente próximo da autoridade nomeante (por exemplo, nomeação do irmão
do governador para conselheiro do tribunal de contas estadual).
Reparem que, neste último caso, o fundamento para a nomeação é a aprovação em concurso
público, o que acaba tornando impessoal o provimento do cargo.
14
STF Recl 6650, rel. Min. Ellen Gracie. Informativo STF 524
15
STF. Recl 7590, redator Min. Gilmar Mendes. 21/3/2019
16
Rcl 6.702 AgR-MC, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJE de 30/4/2009
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Princípio da Publicidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela administração
pública, tornando-os transparentes aos administrados, à exceção das hipóteses de sigilo previstas
em lei.
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A partir da divulgação oficial do ato, tem início o cômputo dos prazos e o ato começa a produzir
efeitos externos. Além disso, é com a devida transparência que se viabiliza o controle da conduta
dos administradores.
E, nesse sentido, a doutrina mais moderna tem entendido que a publicação é requisito de eficácia
dos atos administrativos (e não requisito de validade)17. Ou seja, segundo tal entendimento, e
sendo obrigatória sua divulgação oficial, um ato que não tenha sido publicado, é considerado
válido, tão-somente deixa de produzir efeitos perante terceiros. Tal falha poderia ser suprida
mediante a posterior divulgação oficial do ato.
Em sentido contrário, temos Marcelo Alexandrino18 e José dos Santos Carvalho Filho19, segundo
os quais tal ato somente se aperfeiçoaria com sua publicação. De acordo com esta corrente, o ato
somente é considerado perfeito (concluído) quando ocorrer sua publicação.
A par desta controvérsia, é importante saber que a publicidade não é mandamento absoluto. Há
casos excepcionais em que a lei poderá estabelecer o sigilo dos atos administrativos. Tal
possibilidade decorre das seguintes autorizações constitucionais:
CF, art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
Portanto, nas situações em que o agente público obtém, em razão do seu ofício, informação
sigilosa, ele passa a ter o dever de manter o sigilo desta informação.
17
Segundo Miguel Reale, na análise de um fato jurídico devem ser considerados três planos: plano da
existência, da validade e o plano da eficácia (produção de efeitos).
18
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 245
19
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 27
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Regra:
transparência
Princ. da segurança da sociedade e do
Publicidade Estado
Exceções
(sigilo)
intimidade ou interesse
social
Enquanto a publicação consiste na divulgação dos atos por meio da imprensa oficial (diário oficial,
boletim interno etc), a publicidade é conceito muito mais amplo.
Como regra geral, deve-se publicar no diário oficial um aviso da licitação, contendo um resumo
do edital (Lei 8.666/1993, art. 21, caput).
PUBLICIDADE ≠ PUBLICAÇÃO
Como tal publicação deve ocorrer de forma resumida (e não integral), a questão abaixo está
incorreta:
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Princípio da Eficiência
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O princípio da eficiência foi alçado ao texto constitucional por meio da Emenda Constitucional
19/1998, buscando-se marcar a implantação do modelo de administração gerencial no setor
público.
Hely Lopes Meirelles20 ensina que o princípio da eficiência exige presteza, perfeição e rendimento
funcional da atividade administrativa.
O princípio demonstra que já não mais se contenta com a função administrativa desempenhada
‘apenas’ de forma a atender a lei, exigindo-se resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade, ainda que tais resultados não sejam
puramente econômicos (lucro).
Segundo Carvalho Filho21, o núcleo do princípio da eficiência é a busca pela produtividade, pela
economicidade e pela redução dos desperdícios de dinheiro público. Neste princípio devem ser
considerados, ainda, aspectos como qualidade da prestação de serviços aos administrados,
celeridade, presteza e desburocratização.
Podemos dizer que a administração pública gerencial se difere da administração burocrática por
introduzir a dimensão de resultados da atuação administrativa, em que se devem avaliar os
benefícios e os custos da ação estatal.
20
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 98.
21
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 31
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Gabarito (C)
Avançando um pouco mais, sabemos que a busca pela eficiência não pode servir de pretexto para
violar o princípio da legalidade.
O exemplo clássico é o gestor que contrata uma empresa diretamente (sem licitação), fora das
hipóteses legais de dispensa ou de inexigibilidade de licitação. Ao ser questionado, ele alega que
descumpriu a legislação porque a contratação direta seria mais célere (eficiente).
Percebam que esta alegação não tem validade. A atuação eficiente deve ocorrer dentro dos limites
da lei, optando-se pela solução mais eficiente, dentre aquelas legalmente aceitas.
----
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da eficiência pode ser encarado em duas
dimensões:
➢ na forma de atuação do agente público, do qual espera-se o melhor desempenho possível de suas
atribuições
➢ no modo de organizar e estruturar a administração pública, da qual exige-se a maior racionalidade
possível
Vale frisar que a eficiência é condição de validade da atuação administrativa, de sorte que um ato
administrativo comprovadamente ineficiente é nulo, devendo ser declarado como tal pela
administração pública.
Carvalho Filho22, por exemplo, entende que o Poder Judiciário não pode invocar exclusivamente
o princípio da eficiência para invalidar um ato administrativo. Já Lucas Rocha Furtado 23 entende
que o princípio da eficiência não deve possuir status diferenciado, devendo também ser suscetível
de controle judicial.
22
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 33
23
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. Fórum. P. 101
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1) Uma delas é a própria avaliação de desempenho dos servidores públicos, como condição
para a aquisição de estabilidade:
CF, art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
2) Outro caso, também decorrente da EC 19/98, consiste nos contratos de gestão, que têm
como pressuposto a redução dos controles das atividades-meio, e o aumento dos controles
finalísticos (resultados institucionais):
3) Podemos citar, ainda, as possibilidades de participação dos usuários dos serviços públicos
na administração direta e indireta:
HORA DO
INTERVALO!
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4. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Além dos cinco princípios comentados no tópico anterior, expressos na Constituição Federal, a
doutrina reconhece a existência de princípios implícitos. Em razão desta situação, Carvalho Filho
os denomina princípios reconhecidos.
Iremos iniciar os comentários pelos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado
e da indisponibilidade do interesse público. Estes dois princípios fundamentam o regime jurídico-
administrativo brasileiro, de sorte que todos os demais princípios decorrem deles.
Adiante!
Notem que, caso estivéssemos diante de uma relação-jurídica entre dois particulares, não seria
admissível que um deles possuísse tais prerrogativas, já que na relação particular-particular vigora
a igualdade entre as partes (horizontalidade).
Carvalho Filho25 pontua que é o primado do interesse público, em que os direitos individuais não
podem ser equiparados aos direitos sociais: o indivíduo deve ser visto como parte integrante de
uma sociedade.
24
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 105.
25
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 34
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A supremacia da atuação estatal representa um meio para o alcance das finalidades legalmente
atribuídas ao Estado. Portanto, se, por um lado, o ordenamento jurídico atribui ao Estado o dever
de prover bem-estar à coletividade, como, por exemplo, educação, saúde e segurança pública,
por outro, o mesmo ordenamento confere instrumentos jurídicos para se aumentarem as chances
de a Administração efetivamente atingir tais objetivos.
Notem, ainda, que a prevalência do interesse público sobre o privado pressupõe a atuação
administrativa de acordo com a lei.
Se a lei não conferir instrumentos de superioridade à administração pública, o gestor público não
poderia invocar o princípio da supremacia do interesse público. Deve haver fundamento legal.
CEBRASPE/TC-DF – Analista – TI
O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídico
administrativo e autoriza a administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico,
restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com os interesses de toda a coletividade.
Gabarito (E)
Em todos estes exemplos há manifestação do poder extroverso do Estado. Por exemplo, uma
destas cláusulas exorbitantes consiste na possibilidade de rescisão unilateral de um contrato
administrativo por parte da administração pública (Lei 8.666/1993, art. 79, I).
26
Podemos dizer que são cláusulas que exorbitam de um contrato privado e, portanto, denotam a
condição de superioridade da administração pública.
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Marcelo Alexandrino27 leciona que os interesses públicos primários consistem nos interesses
diretos da coletividade, do povo, como aqueles que fundamentam a prestação dos serviços de
saúde.
Por outro lado, os interesses secundários são os interesses diretos do Estado, enquanto titular de
direitos e obrigações, em geral de cunho patrimonial. É, por exemplo, o programa de
regularização de débitos tributários (Refis).
Interesses da
Primário
Interesse coletividade
público Interesses meramente
Secundário
estatais (patrimoniais)
Lembrem-se que “dispor” de algo significa dar a destinação que se desejar. Por exemplo: o
proprietário dispôs do seu veículo, transferindo-o ao seu irmão, doando a um amigo ou a quem
bem entender.
27
ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 232-233
28
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 2018. 33ª ed. p. 69
36
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Para que fique bem clara esta distinção, tomem o seguinte exemplo.
Di Pietro29 cita uma série de exemplos de manifestação deste princípio: autoridade não pode
renunciar ao exercício das competências que lhe são outorgadas por lei; não pode deixar de punir
quando constatar a prática de ilícito administrativo; não pode fazer liberalidade com o dinheiro
público.
Trata-se de princípios implícitos no texto constitucional, com sede no princípio do devido processo
legal (CF, art. 5º, LIV).
29
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3209
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A doutrina e a jurisprudência se referem a eles como sendo o aspecto material (ou substantivo) do
devido processo legal (substantive due processo of law), contrapondo-se às garantias processuais,
as quais constituem o lado formal (ou adjetivo) do devido processo legal.
Além disso, eles estão expressamente previstos no art. 2º da Lei 9.784/1999, que regula o
processo administrativo na esfera federal.
Assim, imaginem que o servidor chega 1 hora atrasado na repartição pública, sendo punido com
a penalidade de advertência (Lei 8.112/1990, art. 129). Na semana seguinte, o mesmo servidor
chega novamente atrasado e, apesar de não resultar quaisquer prejuízos ao erário ou a terceiros,
é novamente punido, com suspensão de 90 dias.
Outra pergunta:
Qual critério deve utilizar o gestor público para avaliar se a solução é absurda?
Nos atos administrativos discricionários, a lei confere uma margem de liberdade para a atuação
aos administradores públicos. Tal liberdade não é ampla, devendo ser exercida nas condições e
limites previstos em lei. Um destes limites é a razoabilidade e a proporcionalidade.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro sintetiza este aspecto ao mencionar que a decisão discricionária será
ilegítima, apesar de não transgredir nenhuma norma concreta e expressa, se é irrazoável.
30
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. Fórum. P. 101-102
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De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello e Lucas Rocha Furtado, a razoabilidade se
destina a auxiliar o intérprete do direito administrativo a descartar soluções absurdas, bizarras,
desarrazoadas.
É fácil perceber que se busca controlar o excesso de poder na atuação estatal. Nesta acepção, a
proporcionalidade pode ser chamada também de “princípio da proibição do excesso”.
➢ Necessidade: deve-se avaliar se a restrição imposta é, de fato, necessária à solução. Se houver outro
meio menos gravoso, a administração deveria adotá-lo.
31
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. Fórum. P. 103
32
Op. Cit. P. 104
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➢ Adequação: o ato deve ser adequado para atingir seus objetivos. Se não houver pertinência entre a
restrição imposta e a solução almejada, o ato é desproporcional.
➢ Proporcionalidade (em sentido estrito): deve haver mais benefícios do que desvantagens naquela
atuação, sob pena de ser considerada desproporcional.
Antes de encerrar, friso que estamos diante de um requisito de validade do ato, de sorte que é
nulo (e não apenas inconveniente) o ato desarrazoado ou desproporcional.
Este princípio fundamenta, por exemplo, e encampação de serviço público e a ocupação provisória
das instalações da empresa contratada, quando o serviço for essencial.
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Princípio da Motivação
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
Além de implícito no texto constitucional, há diversas passagens na nossa legislação que exigem
expressamente a motivação das decisões.
Um destes casos são as decisões administrativas dos tribunais do Poder Judiciário e do Ministério
Público33:
CF, art. 93, X. as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
A mesma lei legal elencou as situações em que se exige a motivação dos atos, em seu art. 50. De
toda forma, fazendo uma interpretação a contrario sensu desta lista do art. 50, é possível perceber
a existência de atos que dispensam motivação, a exemplo da nomeação para um cargo em
comissão (ad nutum).
Princípio da Especialidade
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
A principal característica destas entidades é que elas devem perseguir os objetivos legalmente
especificados, não devendo haver um distanciamento entre sua atuação e as finalidades
específicas que nortearam sua criação.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro registra que nem mesmo o órgão máximo destas entidades, como
uma assembleia geral de acionistas ou uma diretoria colegiada, detém competência para alterar
33
CF, art. 129, § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93
34
No caso das sociedades de economia mista e empresas públicas exploradoras de atividade econômica.
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os objetivos específicos de sua atuação. Trata-se de assunto reservado à lei, em relação ao qual
os agentes públicos não podem dispor.
A especialidade é decorrência lógica dos princípios da legalidade (as entidades devem perseguir
os objetivos previstos em lei) e da indisponibilidade do interesse público (as entidades cuidam de
interesses da sociedade, não de seus agentes).
Assim, por meio da tutela, busca-se assegurar conformidade entre a atuação das entidades da
administração indireta, vinculadas à administração direta, e os objetivos especificados em lei.
Reparem que este controle não é ilimitado. As entidades da administração indireta possuem
autonomia administrativa e financeira, de sorte que o controle se limita às finalidades da sua
atuação.
Princípio da Autotutela
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
A autotutela representa o controle que a administração exerce sobre os próprios atos. As súmulas
do STF abaixo bem sintetizam o princípio em tela:
SUM-473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
SUM-346
Como se sabe, o Brasil adotou o sistema da jurisdição única, em que lei não poderá afastar do
Poder Judiciário ameaça de lesão a direito (CF, art. 5º, XXXV). No entanto, é possível à
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administração pública exercer o controle dos seus próprios atos, tanto em relação à legalidade
quanto ao mérito (conveniência e oportunidade) do ato.
O princípio da autotutela é um dos mais cobrados em prova. Exemplo disto é a questão abaixo:
A atuação administrativa está sujeita a erros, assim, a autotutela confere oportunidade de a própria
administração pública revisitar seus atos administrativos, promovendo-se a devida correção, seja
por meio (i) da anulação dos atos ilegais ou (ii) da revogação dos atos inconvenientes ou
inoportunos.
O desfazimento dos atos administrativos pela própria administração (autotutela) pode se dar por
meio do controle de legalidade destes atos ou do controle do seu mérito.
Se, no entanto, o ato é legal, mas mostrou-se inconveniente ou inoportuno, o órgão que praticou
o ato poderá promover sua revogação, exercendo o controle de mérito.
A diferença entre o controle de legalidade e o controle de mérito pode ser sintetizada no quadro
abaixo:
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Anulação Revogação
Percebam, ainda, que a administração pública detém competência para realizar ambas as
atribuições mesmo sem provocação, diferentemente do Poder Judiciário. Em outras palavras, a
administração pública pode realizar de ofício o controle de legalidade e de mérito de seus atos.
Em relação ao controle de legalidade dos atos (que resulta na sua anulação), anotem mais estas
duas observações importantes.
Primeiramente, apesar da literalidade da SUM-473 do STF (que afirma que a administração ‘pode’
anular seus próprios atos), reparem que não se trata de mera faculdade do gestor. A invalidação
do ato ilegal reveste-se de verdadeiro dever legal, de onde se fala em poder-dever de anulação.
Por exemplo: uma empresa que se sentiu prejudicada em licitação do Ministério do Trabalho ajuíza
um mandado de segurança e provoca o controle daquele ato pelo Poder Judiciário. Trata-se do
exercício típico da função judicial (ou jurisdicional) e não da autotutela.
Esta situação não se confunde com o Poder Judiciário exercendo, de modo atípico, a função
administrativa. Por exemplo: o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decide anular seu próprio edital
de licitação para aquisição de togas para os magistrados. Ao exercer o controle de seus próprios
atos administrativos, atipicamente, o Judiciário se reveste da autotutela, podendo igualmente
revogá-los ou anulá-los por meio.
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Outro limite para o exercício da autotutela consiste no princípio da segurança jurídica. Mais
adiante veremos que, em certas ocasiões, a administração estará impedida de anular um ato
jurídico inválido, em prol da estabilidade das relações jurídicas. É o que ocorre, por exemplo, com
a chamada decadência.
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Por fim, destaco lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro35, segundo a qual a autotutela também é
observada quando a administração pública atua no sentido de zelar pelos bens (veículos, edifícios,
computadores etc) que integram seu patrimônio, impedindo atos que coloquem em risco a
conservação destes bens.
CF, art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
Assim, também nos conflitos dirimidos por meio de processos administrativos, devem ser
garantidos às partes o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Por exemplo: se a conduta de determinado servidor público está sendo avaliada por meio
de processo administrativo disciplinar (PAD), este deverá ser ouvido e se manifestar
naquele processo, antes de sofrer qualquer sanção. Nesta manifestação, o servidor
poderia, por exemplo, juntar provas e documentos e apresentar “sua versão” a respeito
do caso.
Consoante leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro, este princípio abrange dois aspectos: (i)
presunção de verdade dos fatos e (ii) presunção de legalidade, isto é, de que o ato foi praticado
com observância das normas legais pertinentes.
35
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3286
36
Lei 9.784/1999, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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Primeiramente, é preciso destacar que se trata de presunção relativa (chamada de juris tantum),
que admite prova em contrário. E quem deverá provar que o ato é ilegal ou que se fundamenta
em fatos inverídicos é o particular (e não a administração pública), operando-se a inversão do ônus
da prova.
Esta característica nos leva à segunda observação: de que há decisões administrativas de execução
imediata (autoexecutoriedade). Percebam, portanto, que a administração pública, em geral, pode
colocar em prática suas decisões sem ter que submetê-las ao Poder Judiciário.
Assim, quem se sentir prejudicado por uma decisão administrativa, deverá buscar provar que ela
se baseou em fatos inverídicos (inveracidade) ou em pressupostos legais inválidos (ilegalidade).
A segurança jurídica é princípio geral do direito, aplicável a todos os ramos, e que tem por objetivo
manter o status quo, resguardar a estabilidade das relações jurídicas e, no âmbito administrativo,
conferir previsibilidade à atuação estatal.
Na seara administrativa, pode ser visualizado como instrumento para resguardar o particular
quanto a mudanças abruptas ou surpresas da atuação administrativa. No âmbito federal, o
princípio da segurança jurídica encontra-se explicitado no texto da Lei 9.784/1999:
Lei 9.784/1999, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello37, há uma série de institutos jurídicos que refletem a
proteção à segurança jurídica, como a irretroatividade da lei ou intepretações, a manutenção de
atos inválidos, a teoria do funcionário de fato, além da decadência, prescrição, preclusão,
usucapião, convalidação de atos ilegais, a coisa julgada e o direito adquirido.
Adiante vamos abordar alguns destes efeitos, seguindo os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella
Di Pietro38.
37
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. Ed. Malheiros. 26ª ed. P. 123
38
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3623-
3695
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Di Pietro leciona que é inevitável a mudança de interpretação por parte da administração pública.
Esta alteração de entendimento, por si só, já gera insegurança jurídica. No entanto, proíbe-se que
um novo entendimento seja aplicado a casos pretéritos. Percebam: a vedação busca impedir o
comportamento contraditório por parte da administração pública.
Nesse sentido, no âmbito federal, a Lei 9.784/1999 expressamente proíbe que a administração
pública aplique, de forma retroativa, uma nova interpretação:
Lei 9.784/1999, art. 2º, XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
A doutrina e a jurisprudência têm reconhecido esta possibilidade nas situações em que o prejuízo
resultante da anulação for visivelmente superior àquele decorrente da manutenção do ato ilegal.
É o interesse público norteando a decisão.
A Lei 9.784/99 prevê uma limitação temporal ao poder-dever da Administração de anular os atos
administrativos ilegais de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários. Trata-se da
decadência no processo administrativo federal, no prazo de 5 anos:
Diferentemente da decadência, aqui não se mantém o ato ilegal. O ato administrativo é anulado,
porém sem efeitos retroativos à data em que foi praticado.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita, como exemplo, situações insertas no controle concentrado de
constitucionalidade de leis, em que, por maioria de 2/3 dos membros do STF, pode-se modular
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os efeitos da decisão. No mesmo sentido, admite-se a regulação dos efeitos de súmula vinculante,
por parte do STF.
Imaginem a seguinte situação. Um servidor público toma posse como técnico de uma Universidade
Federal e, passado algum tempo, descobre-se que, na verdade, ele não preenchia os requisitos
para o exercício do cargo (como acumulação irregular de cargos, idade limite etc). Enfim, existe
algum tipo de irregularidade em sua investidura.
A rigor, os atos praticados por aquele agente público são ilegais, já que ele não detinha a
competência para praticá-los (a investidura foi ilegal).
Agora, imaginem a instabilidade jurídica que seria gerada caso tais atos não fossem mantidos,
como por exemplo, se as matrículas dos alunos fossem invalidadas.
Assim, mesmo com o desligamento do servidor, são mantidos os atos por ele praticados. Este
raciocínio é conhecido como teoria do agente de fato ou do funcionário de fato.
Vejam que os atos praticados são mantidos em razão da aparência de legalidade e da crença, por
parte dos destinatários de seus atos, depositada na validade do ato. Este é um dos
desdobramentos do princípio da proteção à confiança, comentado a seguir.
O princípio busca proteger o cidadão que, de forma legítima, confia na licitude dos atos praticados
pela administração pública.
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Nessa situação hipotética, para obstar a pretensão do município, será adequado que o particular prejudicado
invoque, em seu favor, o princípio da
a) igualdade.
b) continuidade dos serviços públicos.
c) proporcionalidade.
d) moralidade.
e) confiança legítima.
Gabarito (E)
Princípio da boa-fé
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da boa-fé pode ser extraído do princípio da
moralidade. A boa-fé pode ser visualizada sob o prisma objetivo, que se refere à conduta legal e
honesta, ou subjetivo, que diz respeito à “crença do sujeito de que está agindo corretamente” (o
agente tem consciência de legalidade). Assim, sob o prisma subjetivo, alguém que sabe que sua
atuação é ilegal, estaria agindo de má-fé.
Ainda segundo a autora, a boa-fé pode ser perquirida tanto sob o ponto de vista da atuação
administrativa, quanto do lado do administrado.
Princípio da Hierarquia
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
Apesar de a hierarquia fundamentar a delegação de competência, repare que, nos termos da Lei
9.784/1999, é possível a delegação de competência a órgão não hierarquicamente subordinado:
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Lei 9.784/1999, art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda
que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Concluindo este tópico, lembro que Maria Sylvia Zanella Di Pietro registra que esta hierarquia é
restrita às funções administrativas. Não é aplicável às funções legislativa e jurisdicional, à exceção
de situações específicas envolvendo o STF, a exemplo das súmulas que vinculam os demais órgãos
do Poder Judiciário (súmulas vinculantes) e as decisões proferidas no bojo do controle de
constitucionalidade concentrado.
5. CONCLUSÃO
Bem, pessoal,
O tema princípios já demonstra o quanto direito administrativo é rico em detalhes, que podem
aparecer na hora da prova.
É importante ficarmos atentos à divisão entre princípios expressos e implícitos e às ideias centrais
de cada um deles.
Espero que tenham gostado da aula demonstrativa e espero contar com a participação de vocês
neste curso.
Adiante teremos nosso resumo e as questões comentadas relacionadas ao tema da aula de hoje
=)
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6. RESUMO
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QUESTÕES COMENTADAS
Princípios Básicos
1. CEFET MINAS/IFNMG - Administrador - 2019
A Administração Pública é regida por alguns princípios fundamentais, os quais servem como
parâmetros para o seu exercício em qualquer organização pública.
Princípios
(1) Legalidade
(2) Impessoalidade
(3) Publicidade
Aspectos correspondentes
( ) Visa garantir que todo ato estatal seja regulado pela lei pois, caso contrário, pode tornar-se
injurídico e exposto à anulação.
( ) Tem como intuito dar direcionamento para que o agente público, ao praticar o ato
administrativo, seja imparcial e busque o bem público.
( ) Tem como base a ideia de transparência dos comportamentos, sendo necessário dar
conhecimento dos atos e ações administrativas ao público em geral.
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Comentários:
O primeiro item refere-se ao princípio da impessoalidade (2), visto que o administrador público,
como executor do ato e veículo de manifestação da vontade estatal, atende às realizações da
entidade pública em nome da qual atuou, devendo atender à finalidade administrativa que é
sempre o interesse público.
O segundo item refere-se ao princípio da legalidade (1), posto que, por força do princípio da
legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que
o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. A administração tem
o dever de desfazer seus próprios atos administrativos (autotutela) por meio do controle de
legalidade ao identificar que o ato é ilegal, promovendo sua anulação.
O terceiro item refere-se ao princípio da impessoalidade (2), visto que, segundo esse princípio, a
atuação administrativa não deve buscar satisfazer o interesse próprio ou de terceiros, mas apenas
a finalidade pública.
O quarto item tem a ver com o princípio da publicidade (3), pois exige a ampla divulgação dos
atos praticados pela administração pública, tornando-os transparentes aos administrados, à
exceção das hipóteses de sigilo previstas em lei.
O quinto item se relaciona ao princípio da legalidade (1), já que o administrador público tem sua
atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se
permite se não houver proibição legal.
Gabarito (C)
a) Para se considerar válida a conduta administrativa, basta estar compatível com os Princípios da
Legalidade e da Moralidade.
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b) O Princípio da Moralidade impõe que o administrador público deve basear seus atos nos
critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, não cabendo a ele diferenciar o
que é honesto do que é desonesto.
d) De acordo com o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, a prestação estatal não
pode ser interrompida, devendo, ao contrário, ter normal continuidade; porém, poderá haver
interrupção nos períodos de transação dos mandatos dos chefes do Poder Executivo (eleições
para Presidente, Governador e Prefeito).
Comentários:
A letra (a) está incorreta. A conduta administrativa deve observar os princípios expressos no caput
do art. 37 da Constituição Federal, sejam eles: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, pois, se assim não o fizer, a conduta será invalidada por desrespeito aos
princípios básicos da Administração.
A letra (b) está incorreta, pois o princípio da moralidade impõe ao administrador que sua conduta
seja sempre pautada em padrões éticos, de decoro e de boa-fé, assim como afirma Hely Lopes
Meirelles:
A letra (c) está correta. O princípio implícito da indisponibilidade do interesse público informa que
os bens e interesses públicos não pertencem às organizações ou aos agentes públicos, mas à
coletividade. Tal como leciona Celso Antonio Bandeira de Mello, interesses públicos não se
encontram à livre disposição de quem quer seja, são inapropriáveis.
A letra (d) está incorreta, já que o princípio da continuidade dos serviços impõe a prestação de
serviços de forma ininterrupta pelo Estado, garantindo e promovendo direitos fundamentais.
Além disso, não há permissivo legal para sua interrupção quando da troca de gestão.
Gabarito (C)
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O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais
caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração
Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em
um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao
Princípio da:
a) Eficiência.
b) Legalidade.
c) Publicidade.
d) Moralidade.
Comentários:
Por outro lado, a administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá agir
quando houver determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal, não
será possível a atuação administrativa.
Gabarito (B)
Comentários:
A letra (a) está correta. Enquanto a publicação consiste em apenas uma das várias formas de se
concretizar a publicidade dos atos administrativos, como na divulgação dos atos por meio da
imprensa oficial (diário oficial, boletim interno etc), a publicidade é conceito muito mais amplo,
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sendo o princípio expresso que exige a ampla divulgação dos atos praticados pela administração
pública, tornando-os transparentes aos administrados, à exceção das hipóteses de sigilo previstas
na Constituição.
A letra (b) está correta. A moralidade administrativa se difere da moral comum em razão de dois
aspectos. Primeiramente, a moralidade administrativa é um preceito jurídico que impõe uma
postura ética por parte dos agentes públicos, logo, um ato imoral é inválido e nulo, podendo-se
afirmar que a moral administrativa é uma condição de validade da atuação estatal. Em outro
aspecto, a moralidade administrativa, diferentemente da moral comum, tem conotação objetiva
pois não depende das convicções pessoais do agente público, já que se baseia em um conjunto
de princípios e regras do ordenamento jurídico, externos à vontade do agente.
A letra (c) está incorreta, pois a moralidade é um dos princípios expressos na CF/88:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”
A letra (d) está correta. A doutrina mais moderna tem entendido que a publicação é requisito de
eficácia dos atos administrativos (e não requisito de validade). Ou seja, o ato administrativo existe
e tem validade, porém somente irradiará seus efeitos quando respeitada a publicidade.
Gabarito (C)
I. Para o direito público, a legalidade significa que o administrador pode fazer tudo aquilo que a
lei não proibir.
II. Sob o enfoque do critério de subordinação à lei, o administrador só pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
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d) II e III, apenas.
Comentários:
O Item I está incorreto. A administração pública, por força do princípio da legalidade, só poderá
agir quando houver determinação ou, pelo menos, autorização legal. Ausente a previsão legal,
não será possível a atuação administrativa. Assim, percebemos que o conceito trazido na assertiva
diz respeito à legalidade aplicada aos particulares.
O Item II está correto. Mais uma vez, a questão aborda a noção de legalidade no âmbito da
administração pública e acerta ao dizer que o administrador só pode fazer aquilo que a lei autoriza
ou determina.
O Item III está correto, pois, em alguns casos, na prática de atos administrativos, o administrador
público possui certa discricionariedade para praticá-los, porém, a discricionariedade encontra
limite na lei, ou seja, o administrador público, mesmo quando emite atos discricionários, deve
atuar dentro dos limites legais.
Gabarito (D)
As normas que devem ser observadas pelos Magistrados no exercício típico de suas funções com
relação às regras de suspeição e impedimento estão relacionadas a qual princípio de direito
administrativo?
a) Princípio da publicidade.
b) Princípio da razoabilidade.
c) Princípio da impessoalidade.
Comentários:
As regras relacionadas ao impedimento e suspeição, tanto em relação aos magistrados como aos
servidores, são manifestações do princípio da impessoalidade.
Gabarito (C)
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a) É possível a restrição de informações caso haja risco à intimidade de alguma das partes
envolvidas no ato ou processo administrativo, bem como haja risco à segurança do Estado.
c) É possível que haja restrição de informações pela Administração Pública, mas somente
decorrente de decisão judicial, em que expostos os motivos do sigilo.
d) Todas as informações administrativas buscadas devem ser prestadas, tendo em vista o princípio
da publicidade, materializado no direito constitucional de petição.
Comentários:
A letra (A) está correta. As informações custodiadas pelos entes públicos devem ser divulgadas
para a sociedade, como regra geral. No entanto, há situações específicas em que as informações
são protegidas pelo sigilo.
Nesse sentido, a Constituição prevê que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado” (CF, art. 5º, XXXIII), bem como o constituinte resguardou o
direito à intimidada (art. 5º, X e LX). Em síntese:
Regra:
transparência
Princ. da segurança da sociedade e do
Publicidade Estado
Exceções
(sigilo)
intimidade ou interesse
social
Por fim, as letras (B) e (C) estão incorretas, na medida em que a própria Administração, como
regra, deve divulgar as informações, independentemente de processo judicial (como por exemplo
o habeas data).
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Gabarito (A)
Acerca dos Princípios Administrativos, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde à sequência correta (trechos da autora Maria Sílvia Zanella di Pietro, em sua obra
Direto Administrativo – 17ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004).
I – Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.
II – Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao
mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que
tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
III – Controle que se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
Comentários:
O Item I se relaciona ao princípio da impessoalidade, pois este, que possui uma dimensão
relacionada ao princípio da finalidade, exige que a atuação administrativa sempre tenha como fim
o interesse público, não devendo beneficiar um amigo ou prejudicar um desafeto.
O Item III representa o princípio da autotutela. A súmula 473 do STF é muito clara ao explicitar
esse tema:
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SUM 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
O Item IV reflete o princípio da moralidade, visto que está ligado à ideia de honestidade e exige
a observância de padrões éticos por parte dos agentes públicos.
Gabarito (A)
Comentários:
Os princípios “expressos” da administração pública são aqueles previstos no artigo 37, caput, da
Constituição Federal, sendo eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência.
A letra (a) está incorreta. Pessoalidade não é um princípio da administração pública. A banca
tentou confundir o candidato com o princípio da Impessoalidade.
A letra (b) está incorreta. “Atenção prioritária aos direitos privados” não é um princípio da
administração pública, pois pelo princípio da supremacia do interesse público entende-se que,
havendo um conflito entre o interesse público e o privado, há de prevalecer o interesse público,
tutelado pelo Estado.
A letra (c) está correta. O caput do art. 37 da CF dispõe que a “administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
A letra (d) está incorreta. Igualdade não é um princípio da administração pública, apesar de estar
elencado em uma das dimensões do princípio da Impessoalidade, na medida em que a
Administração deve assegurar tratamento igualitário a todos que se encontrem na mesma
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situação. Além disso, confunde-se o princípio da Eficiência, constante no caput do art.37 da CF,
com eficácia que não é princípio expresso.
Gabarito (C)
O escândalo dos atos secretos constituiu em uma série de denúncias sobre a não publicação de
atos administrativos envolvendo o senado, câmara dos deputados e diversas assembleias
legislativas estaduais. Uma das práticas que permaneceram secretas foi o nepotismo.
a) publicidade e impessoalidade.
b) liberdade e moralidade.
c) igualdade e impessoalidade.
d) publicidade e do contraditório.
Comentários:
O gabarito encontra-se na letra (a), tendo havido violação aos princípios da publicidade (atos
secretos) e da impessoalidade, eficiência e moralidade (nepotismo).
De acordo com o princípio da publicidade, a Administração Pública não pode atuar de forma
secreta, como regra geral. Ao contrário, a Administração deve ser transparente, promovendo
ampla divulgação dos atos, ressalvadas as hipóteses de sigilo constitucionalmente previstas.
39
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 68.
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Gabarito (A)
I. A regra do princípio da publicidade vem reforçada pela Constituição Federal, que declara o
direito de receber informações dos órgãos públicos e prevê o habeas data como garantia do
direito de conhecer e retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou
de caráter público.
II. Pelo princípio da moralidade, deve o Poder Judiciário, ao exercer o controle jurisdicional, não
se restringir ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas entender por legalidade
não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral administrativa e com o
interesse coletivo.
IV. O princípio do controle administrativo deverá pautar a atuação discricionária do Poder Público,
garantindo-lhe a constitucionalidade de suas condutas, com o dever de atuar em plena
conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, impedindo a prática de
arbitrariedades.
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Comentários:
O Item I está correto. O próprio texto constitucional prevê várias formas de se garantir o princípio
da publicidade, a exemplo do direito de petição, (Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, ‘a’) e da
expedição de certidões (Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, ‘b’ A Constituição Federal
estabelece, ainda, outro importante instrumento garantidor da publicidade, mencionado nesta
assertiva, o habeas data:
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
O Item II está correto. Um ato administrativo legal pode não ser moral e considerando a
moralidade como princípio autônomo, deve a Administração Pública segui-lo. Neste sentido,
Maria Sylvia Di Pietro leciona que “É evidente que, a partir do momento em que o desvio de poder
foi considerado como ato ilegal e não apenas imoral, a moralidade administrativa teve seu campo
reduzido; o que não impede, diante do direito positivo brasileiro, o reconhecimento de sua
existência como princípio autônomo”40. Assim, um ato imoral também é considerado inválido,
devendo ser declarado nulo, inclusive pelo Judiciário (caso seja provocado).
O Item III está correto. Nesse mesmo caminho, destaco a lição de Hely Lopes Meirelles, par quem
“O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio constitucional da função
administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”41.
40
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 79.
41
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 105.
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O Item IV está incorreto, pois o princípio do controle (também chamado de princípio da tutela) é
aquele pelo qual a Administração Pública fiscaliza as atividades dos entres que a compõe, com o
intuito de garantir que suas finalidades sejam observadas. É a Administração Pública direta
fiscalizando a indireta.
Gabarito (D)
Comentários:
Tanto o princípio da legalidade quanto o princípio da supremacia do interesse público devem ser
observados na atividade administrativa do Estado.
CF, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (..)
Antes de encerrar, registro que parte da doutrina42 entende que o princípio da supremacia do
interesse público está implícito na Constituição Federal.
Gabarito: correta
13. CEBRASPE/IFF – Administrador – 2018
Os atos da administração pública devem obedecer não somente à lei jurídica, mas também a padrões éticos.
Tal característica se refere ao princípio da
a) finalidade, uma vez que o administrador não pode praticar um ato em interesse próprio.
b) moralidade, sendo esta pressuposto de validade de todo ato da administração pública.
42
A exemplo de ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed.
p. 268
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c) legalidade, pois a ação do administrador público está condicionada aos mandamentos legais e às
exigências do bem comum.
d) eficiência, conforme o qual a atividade administrativa deve apresentar resultados positivos para o serviço
público e satisfatório para a coletividade.
e) indisponibilidade do interesse público, pois o funcionário público deve cuidar dos interesses da
coletividade com ética e em obediência à lei.
Comentários:
Nesse sentido, não podemos nos esquecer de a atuação ética é exigência jurídica, de sorte que
sua inobservância gera a invalidade do ato da administração pública, o qual deverá ser declarado
nulo.
Gabarito: B
14. CEBRASPE/STJ – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal – 2018
Acerca dos princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa, dos atos e do
controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a doutrina e a jurisprudência dos
tribunais superiores.
Situação hipotética: O prefeito de determinado município promoveu campanha publicitária para combate
ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além do símbolo da sua campanha eleitoral.
Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da impessoalidade.
Comentários:
Pelo contrário! Nesta situação fica nítida a tentativa de promoção pessoal do agente público às
custas da campanha publicitária municipal:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: errada
15. CEBRASPE/ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – Conhecimentos Gerais – 2018
Julgue o item que se segue, a respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo.
O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da produtividade e economicidade,
sendo este um dever constitucional da administração, que não poderá ser desrespeitado pelos agentes
públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos.
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Comentários:
O princípio da eficiência, explícito no texto constitucional (CF, art. 37, caput), está mesmo ligado
à noção de produtividade e economicidade e deve pautar tanto as ações institucionais (como a
forma de organizar e estruturar a Administração Pública) quanto a conduta profissional dos
agentes públicos (o desempenho individual das atribuições).
Como se trata de norma jurídica, a atuação ineficiente, caso comprovada, poderá dar azo à
responsabilização dos agentes públicos.
Gabarito: correta
16. CEBRASPE/STM – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da
administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade pública não
dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta.
Comentários:
O apego aos preceitos éticos relaciona-se, na verdade, ao princípio da moralidade, o qual não se
confunde com o princípio da impessoalidade.
Gabarito: errada
17. CEBRASPE – PC -MA – Escrivão de Polícia – 2018
A conduta do agente público que busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor
resultado, atende ao princípio da
a) eficiência.
b) legalidade.
c) impessoalidade.
d) moralidade.
e) publicidade.
Comentários:
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(..) realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. (..) exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros.
Gabarito: A
18. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB – Técnico Municipal de Controle Interno – Geral – 2018
Acerca da administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios necessários
para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e garantindo a maior
rentabilidade social.
Comentários:
A questão foi pautada nas lições do constitucionalista Alexandre de Moraes44, segundo o qual:
Gabarito: correta
Comentários:
43
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, p. 102.
44
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 23 ed., Ed. Atlas, 2008. P. 326
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Gabarito: B
20. CEBRASPE/ TRE-BA – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2017
A respeito da administração pública, julgue os itens a seguir.
I São princípios que regem a administração pública expressos na Constituição Federal de 1988: legalidade,
indivisibilidade, moralidade, publicidade e eficiência.
II A avaliação de desempenho como condição para a aquisição de estabilidade do servidor público é um
exemplo de aplicação do princípio da eficiência.
III A afronta a qualquer um dos princípios explícitos da administração pública pode configurar ato de
improbidade administrativa.
IV A moralidade administrativa é definida com base na concepção pessoal do agente público acerca da
conduta administrativa considerada ética.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentários:
O item I está incorreto. A partir dos cinco princípios expressos no caput do art. 37 da CF, a banca
trocou ‘impessoalidade’ por ‘indivisibilidade’.
O item II está correto, pois a avaliação de desempenho é procedimento que visa a aferir o
rendimento do agente público em estágio probatório, noção ligada ao princípio da eficiência.
Outra manifestação deste princípio consiste na exoneração de servidor público por avaliação de
desempenho nos termos de lei complementar.
Lei 8.429/1992, art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
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O item IV está incorreto, pois a moralidade administrativa tem conotação objetiva. Isto é, não
depende das convicções ou concepções pessoais (subjetivas) do agente público. Sua noção é
formada a partir do conjunto de princípios e regras do ordenamento jurídico.
Gabarito: C
21. CEBRASPE/ TRE-BA – Analista Judiciário – Engenharia Civil - 2017
Agente público que se utiliza de publicidade governamental com a finalidade exclusiva de se promover viola
o princípio da
a) eficiência.
b) moralidade.
c) autotutela.
d) publicidade.
e) motivação.
Comentários:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: B
22. CEBRASPE/ SEDF – Conhecimentos Básicos
A respeito dos princípios da administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir.
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer constar seu nome
de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito
relacionado ao princípio da impessoalidade.
Comentários:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
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Gabarito: correta
23. CEBRASPE/ SEDF – Conhecimentos Básicos
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir.
O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade.
Comentários:
Uma das formas de o cidadão obter acesso aos dados públicos consiste no direito de petição.
Gabarito: correta
24. CEBRASPE/ SEDF – Analista de Gestão Educacional – Direito e Legislação – 2017
Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram, diretamente,
amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de
Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram
recurso quinze dias após a data da publicação do resultado.
Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios da legalidade e da
impessoalidade.
Comentários:
Há dois vícios no ato praticado, sendo um quanto à competência legal e outro quanto à finalidade
(ou impessoalidade).
Como Mauro usurpou a competência de Pedro, prevista em lei, o ato acabou por violar o princípio
da legalidade. Além disso, como beneficiou diretamente os amigos do agente público que
praticou o ato, presume-se que o ato atentou contra a impessoalidade.
Gabarito: correta
25. CEBRASPE/FUB – Assistente em Administração – 2016
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue.
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever de eficiência.
Comentários:
Gabarito: errada
26. FGV/ MPE-AL Técnico do Ministério Público – Geral / 2018
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Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município Alfa divulgara
um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes, símbolos e imagens de sua gestão
com o nítido objetivo de promover sua imagem para as próximas eleições.
Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto afirmar que ela afronta, de modo mais
intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
e) eficiência.
Comentários:
A conduta violou o princípio da impessoalidade, no seu sentido que veda a promoção pessoal dos
agentes públicos pelas realizações da administração pública, desrespeitando disposição
constitucional expressa:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: A
a) economicidade, eis que é vedada a publicidade custeada pelo erário dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, ainda que tenha caráter educativo, informativo
ou de orientação social;
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b) legalidade, pois a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ser precedida de prévia autorização legislativa, vedada qualquer promoção pessoal
que configure favorecimento pessoal para autoridades ou servidores públicos;
c) moralidade, eis que a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos,
em que constarem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades públicas, para ser legal deve ser custeada integralmente com recursos privados;
d) publicidade, uma vez que a divulgação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deve ser feita exclusivamente por meio de publicação dos respectivos atos no
diário oficial, para impedir promoção pessoal da autoridade pública;
Comentários:
Mais uma questão abordando a pessoalização das realizações administrativas, conduta que violou
o princípio da impessoalidade. A escola não foi feita às custas do Secretário Rico Ricaço, mas do
erário público.
Vejam que poderia se cogitar também violação à moralidade. No entanto, a alternativa (C) está
incorreta, já que não se admite a associação da figura do Secretário à obra, nem mesmo mediante
campanha publicitária custeada com recursos privados.
Gabarito: E
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos desrespeitaram a súmula vinculante do STF que
veda o nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio informativo expresso da
administração pública da:
a) publicidade, porque qualquer ato administrativo de nomeação deve ser precedido de estudo
técnico;
b) autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve buscar o interesse público e não o privado;
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c) proporcionalidade, uma vez que o ato administrativo deve guardar relação com o clamor público
por moralidade;
d) impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode servir para satisfazer a favorecimentos
pessoais;
e) razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos, imagens e nomes deve ser do
administrador, não do ente público.
Comentários:
O próprio enunciado reconheceu a ocorrência do nepotismo cruzado (ou transverso), prática que
viola, principalmente, os princípios da moralidade e da impessoalidade.
A designação dos agentes públicos não deve satisfazer aos interesses pessoais da autoridade
nomeante, mas aos interesses públicos.
Gabarito: D
Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto de sua
autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o objetivo de divulgar
sua realização, determinou que o setor de comunicação social da autarquia elaborasse um informe
publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares de pessoas, tendo ali assumido a autoria
do projeto e concedido uma extensa entrevista a respeito de sua história de vida e de suas futuras
pretensões políticas, informando que pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na
próxima eleição.
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da Administração Pública, bem como se estava ao seu alcance deflagrar algum mecanismo de
controle dos atos administrativos praticados.
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via direito de
petição.
c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via mandado de segurança.
d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao controle do Tribunal
de Contas, via tomada de contas especial.
e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle judicial via ação
popular.
Comentários:
A conduta de Pedro buscou pessoalizar a realização da autarquia que ele presidia. Naquele caso,
a melhoria do serviço prestado à população não deve ser atribuída a ele, mas à administração
pública, havendo violação direta ao princípio da impessoalidade, entre outros princípios.
Para não deixar dúvidas, o enunciado menciona que tal publicidade foi utilizada também para fins
eleitorais.
Gabarito: E
“Os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela
promoção pessoal”.
De acordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, assinale a opção
que apresenta o princípio constitucional a que se refere a conduta acima.
a) Razoabilidade.
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b) Impessoalidade.
c) Inépcia.
d) Transparência.
e) Eficácia.
Comentários:
se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem
discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são
toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideologias não podem
interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou
grupos de qualquer espécie.
Gabarito: B
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Externalidade.
e) Publicidade.
Comentários:
45
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. Ed. Malheiros. P. 114.
80
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Questão sem grandes dificuldades, que cobrou o L-I-M-P-E, previsto no caput do art. 37 da
Constituição Federal. Neste caso, a Banca trocou o princípio da eficiência por “Externalidade”:
Relembrando:
Legalidade
Impessoalidade
direta e indireta de
qualquer dos Poderes da
Administração
União, dos Estados, do Moralidade
Pública
Distrito Federal e dos
Municípios
Publicidade
Eficiência
Gabarito: D
Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria que gostaria de promover, junto à população,
as realizações de sua administração. Na ocasião, foi informado que esse tipo de publicidade não
poderia conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, visasse à promoção pessoal de Elias.
a) responsabilidade;
b) transparência;
c) avaliação popular;
d) impessoalidade;
e) eletividade.
Comentários:
A assessoria está de acordo com o princípio da impessoalidade, no seu sentido que veda a
promoção pessoal dos agentes públicos pelas realizações da administração pública. Relembrando:
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Gabarito: D
a) Autotutela e Publicidade
b) Publicidade e Autotutela
c) Moralidade e Razoabilidade
d) Publicidade e Proporcionalidade
e) Autotutela e Proporcionalidade
Comentários:
Mas, antes de partir para as alternativas, as duas condutas do gestor foram as seguintes:
Ao não divulgar a decisão revista e, presumindo que se trata de situação não albergada pelas
hipóteses de sigilo, concluímos que o gestor violou o princípio expresso da publicidade. Com isto,
ficamos entre as alternativas (B) e (D).
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Além disso, alterar uma decisão sem qualquer divulgação é conduta que beira ao absurdo, algo
totalmente desarrazoado. Parece-me que o gestor se excedeu no exercício da autotutela. Assim,
pode-se dizer que foram violados também os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
Mas reparem que era possível gabaritar a questão, por eliminação, mesmo sem conhecer o
princípio da proporcionalidade.
Isto porque o princípio implícito da letra (B) é a autotutela, o qual não foi violado neste caso. Na
verdade, houve um exercício do princípio da autotutela ao se rever a decisão, mas a questão pede
o princípio desrespeitado. Assim, já excluímos a letra (B) e, por eliminação, marcamos a letra (D).
Gabarito: D
O trecho acima apresenta a descrição de alguns dos princípios da Administração Pública. Assinale
a opção que indica, na ordem correta, os princípios apresentados.
Comentários:
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O gabarito está na letra (D), pois relaciona os princípios de acordo com as condutas mencionadas
no enunciado da questão. Vejamos: 1) A impessoalidade possui três vertentes, como vimos no
comentário da alternativa “B”. A assertiva “o interesse público deve sempre se sobrepor ao
privado” tem relação com a primeira vertente do princípio, que é a atuação impessoal que visa à
satisfação do interesse público. 2) A publicidade, conforme vimos no comentário da alternativa
“B”, consiste em levar a conhecimento público a atuação administrativa, o que se coaduna com a
afirmação do enunciado: “deve-se garantir que as decisões tomadas sejam de conhecimento
geral”. 3) A razoabilidade, que assegura a compatibilidade entre os meios empregados e os fins
almejados na prática de um ato administrativo, que é justamente a terceira assertiva informada no
enunciado.
----
De toda forma, vamos analisar detidamente os princípios apresentados nas demais alternativas.
A letra (A) está incorreta. 1) A isonomia enseja o tratamento igualitário aos administrados e
consiste em uma das vertentes do princípio da impessoalidade; todavia, tal princípio não tem
relação com o primeiro caso mencionado. 2) A autotutela consiste no dever da Administração de
rever seus próprios atos, revogando-os (quando inconvenientes ou inoportunos) ou anulando-os
(quando ilegais). Tal princípio não se relaciona com a conduta “garantir que as decisões tomadas
sejam de conhecimento geral”, mencionada no enunciado da questão. 3) O princípio da eficiência
revela-se sob dois aspectos: i) com relação ao agente público, que deve buscar o melhor resultado
possível, de modo que “a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e
rendimento funcional”46; ii) com relação à organização da Administração Pública, que deve atuar
com padrões modernos de gestão. O princípio da eficiência consiste em gerar resultados positivos
da atuação administrativa, em melhores rendimentos funcionais. Como exemplo de aplicação do
princípio da eficiência, pode-se citar a avaliação periódica de desempenho a que se submete o
servidor público (artigo 41, § 1º, III, da CF47). A terceira conduta apresentada (“os meios sejam
adequados ao fim”) não tem relação como princípio da eficiência, e sim com o princípio da
proporcionalidade.
A letra (B) também está incorreta. 1) O princípio da razoabilidade assegura a compatibilidade entre
os meios empregados e os fins almejados na prática de um ato administrativo, atua como limitação
ao exercício do Poder, evitando que as restrições aos administrados sejam inadequadas,
desproporcionais ou abusivas, sobretudo com relação a medidas restritivas ou punitivas. Nota-se
que esse princípio não tem relação direta com a primeira conduta apresentada no enunciado
46 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 37. ed. –São Paulo: Malheiros, 2010, p. 98.
47Constituição Federal, art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (...) III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
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Por fim, a letra (E) está incorreta. 1) O primeiro princípio está correto, pois a prevalência do
interesse público sobre o privado se relaciona com o princípio da impessoalidade, sobretudo no
que tange à atuação impessoal com vistas à satisfação do interesse público, sendo vedada a
promoção pessoal. 2) Todavia, o princípio da isonomia enseja o tratamento igualitário aos
administrados, o que não tem relação com “garantia de que as decisões tomadas sejam de
conhecimento geral”. 3) O princípio da eficiência, relativo ao bom rendimento e à gestão
moderna, não se relaciona diretamente com “meios adequados ao fim”.
Gabarito: D
a) Legalidade
b) Moralidade
c) Impessoalidade
d) Eficiência
e) Isonomia
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Comentários:
A letra (E) é a incorreta. Vejam que a Banca trocou Impessoalidade por Isonomia. A isonomia
enseja o tratamento igualitário por parte da administração pública e consiste em uma das vertentes
do princípio da impessoalidade. No entanto, não está expresso no artigo 37, caput, da
Constituição Federal.
Gabarito: E
Na Administração Pública, cabe ao administrador zelar pelo uso adequado dos recursos públicos,
bem como [evitar] o desperdício destes. Compreender o conceito de eficiência é, portanto,
fundamental para o exercício correto das funções administrativas.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois “alcançar os mesmos resultados com o emprego dos mesmos
recursos” corresponde a um desempenho mediano, o que não traduz a ideia de eficiência. A
eficiência informa o alcance de melhores resultados.
A letra (B) também está incorreta, pois “adequar as metas a serem atingidas ao período de tempo
disponível” seria não realizar a tarefa com a perfeição necessária, reduzindo-a. Para ser eficiente,
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não são as metas que devem ser adequadas, e sim o modo de atingi-las, que deve ser mais célere
e primoroso.
A letra (C) está incorreta. A eficiência consiste em uma relação inversamente proporcional entre
os resultados alcançados e os recursos empregados: deve-se alcançar o máximo resultado possível
com o mínimo de recursos possível.
A letra (D) também está incorreta. Afirmar que visaria ao alcance do “número máximo de metas
apresentadas” significa que não se alcançariam todas. A eficiência visa ao atendimento pleno das
expectativas, com emprego da menor quantidade possível de recursos.
A letra (E) está correta. O princípio da eficiência pode ser visualizado sob o prisma de “fazer mais
com menos”, isto é, usar menos recursos para alcançar melhores resultados.
Gabarito: E
Princípios administrativos são os postulados fundamentais que conduzem todo o modo de agir da
Administração Pública como um todo. O art. 37, caput, da Constituição da República elencou os
chamados princípios administrativos expressos a serem observados por todas as pessoas
administrativas de qualquer dos entes federativos, como por exemplo, os princípios da:
Comentários:
48Constituição Federal, art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”
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Avaliando as alternativas, percebemos que a letra (A) é aquela em que todos os três princípios
estão expressos na Constituição Federal.
Todas as demais apresentam um ou mais princípios não expressos na Constituição Federal, como
“igualdade” e “improbidade” na letra (B). Disponibilidade e a proporcionalidade na letra (C).
Eficácia, isonomia e economicidade, mencionados na letra (D), não estão explicitados no caput do
art. 37 da Constituição Federal. Da mesma forma em relação à Igualdade, pessoalidade e
razoabilidade, constantes da letra (E).
Gabarito: A
a) probidade e pessoalidade;
b) indisponibilidade e legalidade;
c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
Comentários:
Além disso, Impessoalidade e moralidade, mencionados na letra (D), são princípios expressos na
Constituição Federal.
Gabarito: D
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Um agente público pratica ato ilegal ou não realiza ato que estava obrigado a praticar por força
de lei.
Nesse caso, assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública que ele está
violando.
a) Finalidade
b) Impessoalidade
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Publicidade
Comentários:
O enunciado aborda conduta em que se desrespeito à lei, havendo clara violação ao princípio da
legalidade.
O princípio da legalidade informa que a atuação do agente público deve ser pautada pela lei, ou
seja, sua atuação deve ter prévia e expressa previsão legal. Nas palavras de Hely Lopes Meirelles49:
É importante ressaltar que, nesse princípio, usa-se o termo “lei” em sentido amplo, abrangendo,
por exemplo, normas administrativas e princípios.
Gabarito: C
49
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. – 37. ed. –São Paulo: Malheiros, 2010, p. 89.
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a) Moralidade e publicidade.
b) Igualdade e eficiência.
c) Moralidade e legalidade.
d) Pessoalidade e constitucionalidade.
e) Eficiência e impessoalidade
Comentários:
A letra (D) é o gabarito. Percebam que a banca tentou confundir o candidato trocando
“impessoalidade” por “pessoalidade”. Além disso, constitucionalidade não é um princípio do
direito administrativo.
Gabarito: D
João, ocupante do cargo efetivo municipal de contador, visando favorecer seu vizinho de longa
data, valendo-se da função pública de chefe do setor, pegou o processo administrativo de seu
amigo e, passando na frente de todos os outros que aguardavam ser despachados há mais tempo,
providenciou o imediato andamento necessário. A conduta do servidor público no caso em tela
feriu, em tese, o princípio da administração pública que, por um lado, objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica e, por outro, busca a supremacia do interesse público, e não do privado, vedando-
se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros. Trata-se do
princípio informativo expresso do art. 37, caput, da Constituição da República, chamado princípio
da:
a) publicidade;
b) razoabilidade;
c) eficácia;
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d) indisponibilidade;
e) impessoalidade.
Comentários:
Além disso, o princípio da impessoalidade está expresso no artigo 37, caput, da Constituição
Federal, conforme menciona o enunciado
Gabarito: E
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
Comentários:
Mais uma situação em que fica clara a atuação pessoal da administração pública.
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Gabarito: E
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
Comentários:
Gabarito: D
Comentários:
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Gabarito: E
a) competitividade, segundo o qual agente público deve desempenhar com excelência suas
atribuições para lograr resultados mais produtivos do que aqueles alcançados pela iniciativa
privada;
b) legalidade, segundo o qual existe uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos
agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais;
d) improbidade, segundo o qual o administrador público deve pautar sua conduta com preceitos
éticos e agir com honestidade;
e) eficiência, segundo o qual agente público deve desempenhar da melhor forma possível suas
atribuições, para lograr os melhores resultados, inclusive na prestação dos serviços públicos.
Comentários:
A letra (A) está incorreta. A competitividade não é princípio expresso na Constituição Federal.
Além disso, o conceito apresentado refere-se ao princípio da eficiência.
A letra (B) também está incorreta. A legalidade é princípio expresso na Constituição Federal.
Porém, o conceito apresentado diz respeito à “presunção de legalidade”, que é um atributo dos
atos administrativos.
50 Art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
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A letra (C) está incorreta. A pessoalidade não é princípio expresso na Constituição Federal. A
banca buscou confundir o candidato, trocando “impessoalidade” por “pessoalidade”.
A letra (D) também está incorreta. A improbidade não é princípio expresso na Constituição
Federal. O conceito apresentado refere-se ao princípio da moralidade.
A letra (E) está correta. A eficiência é princípio expresso na Constituição Federal e o conceito
apresentado está de acordo com tal princípio, que consiste justamente em na atuação do agente
com rendimento funcional para alcançar os melhores resultados.
Gabarito: E
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como
cláusula pétrea.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, já que vários dos princípios balizadores da atuação administrativa estão
expressos, tanto na Constituição Federal quanto em normas infraconstitucionais. No texto
constitucional, por exemplo, ao lado do princípio da moralidade, mencionado na alternativa,
temos a legalidade, a impessoalidade, a publicidade e, mais recentemente, a eficiência.
A letra (B), incorreta, pois o princípio da legalidade, apesar de submeter a todos, não foi erigido
como cláusula pétrea no texto constitucional (CF, art. 60, §4º).
A letra (C) foi dada como correta. Eu não diria que a maioria dos princípios (quantitativamente
falando) está explicitada no texto constitucional, mas todo o restante da alternativa está correto.
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De fato, não há um princípio que sempre prevaleça sobre os demais, além do que, havendo
conflito, deve-se socorrer da ponderação e harmonização.
A letra (D), incorreta, já que não há hierarquia material entre os princípios, não sendo correto
afirmar que um ou outro sempre prevalecerá sobre os demais.
A letra (E) está duplamente incorreta. Primeiramente, o princípio da legalidade, apesar de decorrer
do Estado de Direito, está explícito no próprio texto constitucional (Constituição Federal, art. 37,
caput), além da Lei 9.784/1999. Além disso, os efeitos gerados pelos princípios independem de
regulamentação. Como normas jurídicas, os princípios possuem força cogente. Um exemplo deste
efeito cogente dos princípios pode ser visualizado na produção de leis. Assim, um princípio,
enquanto norma jurídica, é capaz de impedir a produção de regras jurídicas contrárias ao seu
conteúdo.
Gabarito: C
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas pela Administração
pública a
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública no Diário Oficial,
conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do princípio da publicidade.
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela autoria, como forma de
preservação da esfera privada desses servidores e manifestação do princípio da impessoalidade.
e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de interesse público primário
ou secundário, ainda que importe na violação de direitos legais de particulares, em prol do
princípio da supremacia do interesse público.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois a situação narrada não se relaciona diretamente com o princípio da
eficiência, e sim com o princípio da supremacia do interesse público.
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A letra (B) também está incorreta. Os decretos autônomos não podem disciplinar direitos e
deveres dos servidores, mas apenas dispor sobre:
CF, art. 84, VI, a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Por sua vez, a letra (C) está correta. A publicação dos extratos de contratos é manifestação do
princípio da publicidade:
A letra (D), incorreta, já que a edição de atos administrativos anônimos não encontra respaldo em
lei. Tal prática viola, entre outros, o princípio da publicidade. Além disso, mesmo quando o ato
tem seu autor identificado, pela teoria da imputação, a conduta é imputada ao respectivo órgão
(princípio da impessoalidade).
Por fim, a letra (E) está incorreta, pois não se pode descumprir a lei tendo como pretexto a
supremacia do interesse público. Mesmo do alto de sua supremacia, a administração pública deve
seguir os ditames legais. Na verdade, o patamar de superioridade da administração pública
resulta, principalmente, dos instrumentos previstos na própria lei.
Gabarito: C
48. FCC/ TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por
intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação
judicial, a
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normativos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso ordenamento
jurídico.
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d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração pública, garantindo
a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contratos firmados
pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos unilaterais.
Comentários:
A letra (A) está correta e ilustra dois institutos diretamente ligados ao princípio da impessoalidade:
o concurso público e a licitação para selecionar prestadores de serviço para a administração
pública.
Por sua vez, a letra (B) está incorreta. A “lei”, a que se refere o princípio da legalidade, tem sentido
amplo. Assim, a administração pública também se submete a atos normativos infralegais, que são
expedidos em caráter regulamentar.
A letra (C), incorreta, pois a moralidade é um princípio ‘autônomo’ e, portanto, não depende da
associação a outros princípios para produzir efeitos.
A letra (D) está incorreta. Apesar de licitação ser a regra no nosso ordenamento jurídico,
excepcionalmente admite-se contratações diretas, mediante dispensa ou inexigibilidade de
licitação. Além disso, a licitação busca a contratação da solução mais vantajosa, nem sempre
aquela que possui o menor preço entre todas as soluções. Por fim, apesar de a alternativa se referir
à busca pelo menor preço, a licitação dá concretude, na verdade, ao princípio da impessoalidade
na seleção de empresas para contratar com a administração pública.
Por fim, a letra (E), incorreta, já que a publicação dos atos e contratos firmados pela administração
pública ocorre de forma resumida (não se publica no diário oficial todo o teor do contrato ou do
edital de licitação). Nesse sentido, vejam o que diz a Lei 8.666 a respeito da publicação dos
contratos:
Gabarito: A
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I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo
possível, para lograr os melhores resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar
pessoas determinadas.
Comentários:
Por fim, a prática de ato administrativo com intuito de prejudicar ou beneficiar determinadas
pessoas viola o princípio da impessoalidade.
Gabarito: A
Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções,
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os todos os atos
dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previstos em lei, assim como todas as
infrações disciplinares e respectivas penalidades.
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b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas cuja violação
não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa jurídica, porque sua natureza é
incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servidores, vinculados
ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não atingindo, contudo, os atos que
se refiram aos servidores propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem
efeitos apenas internos.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no exercício da função
pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir outros servidores e particulares
que mantenham ou pretendam manter relações jurídicas com a Administração pública.
Comentários:
A letra (A), incorreta, peca ao afirmar que todos os atos têm natureza vinculada. Ao lado destes,
existem os atos discricionários, os quais também devem ser praticados segundo os ditames legais.
A letra (B) também está incorreta. Em regra, os atos são imputados ao órgão a que se vincula o
servidor público. De toda forma, não apenas a conduta funcional deve ser pautada pela
moralidade, mas também as ações das próprias organizações públicas. Por exemplo, uma Portaria
da Receita Federal do Brasil que estabelece que os auditores poderão utilizar os carros oficiais aos
finais de semana, para atividades particulares, é claramente imoral. Assim, aquele ato
administrativo está eivado de imoralidade, devendo ser declarado nulo.
A letra (C) está incorreta. De fato, a publicidade consiste na regra geral, mas esta comporta
exceções, a exemplo do sigilo necessário à segurança da sociedade e do Estado e à intimidade.
Portanto, não é correto afirmar que a todos os atos deve-se dar publicidade, muito menos que
devem ser publicados. Há atos de efeitos internos que dispensam publicação.
A letra (D), incorreta, já que a eficiência não se sobrepõe aos demais princípios. Um exemplo é
que a administração pública deve optar pela solução mais eficiente, dentre as soluções legalmente
admitidas (princípio da legalidade).
A letra (E), correta, ilustra corretamente duas situações em que se manifesta o princípio da
impessoalidade.
Gabarito: E
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c) estão expressos na Constituição Federal, mas também há princípios implícitos que submetem a
Administração pública.
e) se sobrepõem às regras, porque previstos em nível constitucional, bem como porque possuem
âmbito de abrangência mais amplo que as normas infralegais.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, já que há princípios explícitos e implícitos. Além disso, não há uma
superioridade hierárquica do princípio da supremacia do interesse público ou de qualquer outro
princípio.
As letras (B) e (D) estão incorretas, pois os princípios também são revestidos de coercibilidade. O
descumprimento de princípios também poderá ensejar a aplicação de sanções às autoridades. O
descumprimento a um princípio poderia, por exemplo, resultar em uma ação de improbidade
administrativa.
A letra (C) está correta, ao mencionar os princípios explícitos e implícitos na Constituição Federal.
Por fim, a letra (E) está incorreta. Apesar de realmente possuírem abrangência mais ampla que as
regras (‘leis’) e de estarem previstos, implícita ou expressamente no texto constitucional, os
princípios não são hierarquicamente superiores às regras.
Gabarito: C
52. FCC/ TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário – Área Administrativa- 2017
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b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
Comentários:
Gabarito: C
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que
tem que nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p.
99). Essa lição expressa o conteúdo do princípio da
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em
prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma
que os demais princípios e regras podem ser relativizados.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
Comentários:
A lição da Profa. Maria Sylvia Zanella Di Pietro está ligada ao princípio da impessoalidade, que
impede favoritismos e perseguições na administração pública.
Gabarito: A
a) Presunção de Legitimidade.
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c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.
Comentários:
A busca pelo melhor desempenho e pelo melhor resultado da alocação de recursos públicos é
efeito do princípio da eficiência. Segundo Carvalho Filho51, o núcleo do princípio da eficiência é a
busca pela produtividade, pela economicidade e pela redução dos desperdícios de dinheiro
público.
Gabarito: E
55. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública
não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda
sua atuação. Essa relação
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de atos
de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, sempre
que houver lacuna ou ausência de lei.
51
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 31
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e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao
administrado o ônus da prova em contrário.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, pois a tutela exercida pela administração pública direta sobre a indireta
tem natureza finalística, tendo em vista o princípio da especialidade. Assim, o princípio da tutela
não autoriza a revisão de atos ilegais por parte da administração direta.
A letra (B), também incorreta, na medida em que o poder regulamentar da administração pública
não lhe autoriza a suprir a ausência de lei. A edição de atos de natureza originária pela
administração pública está limitada às restritas hipóteses elencadas no art. 84, VI, da Constituição
Federal, que prevê o Decreto Autônomo.
A letra (C) está incorreta, pois o exercício do poder de polícia também se submete ao princípio da
legalidade.
Por sua vez, a letra (D) está correta. Há casos, devidamente previstos em lei, em que a
administração pública poderá dispensar a seleção pública, ainda que gere prejuízos ao princípio
da impessoalidade. Exemplo disto são as situações de emergência ou calamidade pública, em que
a Administração celebra contrato administrativo por meio de dispensa de licitação.
A letra (E) peca ao afirmar que os atos administrativos não admitem revisão administrativa. O
princípio da autotutela é exemplo de que a administração pública pode exercer o controle de seus
atos já praticados.
Gabarito: D
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que
o princípio
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Comentários:
A alternativa incorreta é a letra (D), pois a busca pela eficiência não é razão suficiente para se
descumprir a lei. Todas as demais estão corretas.
Vejam que a letra (A) retrata corretamente o princípio da finalidade, que prevê a ausência de
subjetividade nas decisões administrativas, além de vedar a promoção pessoal dos agentes pelas
realizações da administração pública.
Por fim, em relação à letra (B), reparem que, apesar de mencionar o princípio da legalidade,
podemos dizer que a atuação conforme o Direito, como um todo, refere-se ao princípio da
juridicidade.
Gabarito: D
Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da
Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão
que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
Comentários:
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O comentário de José Afonso da Silva refere-se à teoria da imputação, a qual está diretamente
ligada ao princípio da impessoalidade.
Gabarito: A
58. FCC/ SEGEP-MA – Técnico da Receita Estadual – Tecnologia da Informação – Conhecimentos Gerais –
2016
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um
inimigo.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Comentários:
O item II está correto, pois a conduta do prefeito não é ética. A atuação administrativa com a
finalidade de prejudicar um desafeto viola os princípios da moralidade e da impessoalidade.
O item III, correto, pois a ausência de publicação das contas viola o princípio da publicidade.
O item IV foi dado como incorreto, pois trata-se de nepotismo, conduta que viola, principalmente,
o princípio da moralidade.
Gabarito: B
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O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem
conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito
Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
Comentários:
Gabarito: B
60. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
Comentários:
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O enunciado ilustra a teoria do funcionário de fato, que se baseia nos princípios da segurança
jurídica e da impessoalidade. Reparem que a manutenção dos atos praticados por servidora
irregularmente investida no cargo somente é possível em razão de tais atos terem sido imputados
ao órgão a que ela estava vinculada.
Gabarito: A
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) publicidade.
d) moralidade.
e) finalidade.
Comentários:
Aproveito para lembrar que um ato como este pode caracterizar improbidade administrativa nos
termos da Lei 8.429/1992.
Gabarito: D
“... a melhor realização possível da gestão dos interesses públicos, posta em termos de plena
satisfação dos administrados com os menores custos para a sociedade, ela se apresenta,
simultaneamente, como um atributo técnico da administração, como uma exigência ética a ser
atendida no sentido weberiano de resultados, e, coroando a relação, como uma característica
jurídica exigível de boa administração dos interesses públicos." (Curso de Direito Administrativo,
16ª edição, 2014, Rio de Janeiro: Forense, p. 116).
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a) moralidade, que serve de parâmetro de controle para revogação dos atos administrativos.
b) proporcionalidade, que possui primazia e preferência diante dos demais princípios que
informam a atuação da Administração.
c) economicidade, que se aplica após a prática do ato administrativo, como ferramenta de controle
do menor custo para a Administração pública.
e) eficiência, que visa orientar a gestão pública ao atendimento das finalidades previstas em lei
pela melhor forma possível, não bastando a análise meramente formal.
Comentários:
Neste trecho do Prof. Digo de Figueiredo Moreira Neto, fala-se em “melhor realização possível
da gestão”, “satisfação dos administrados”, “menores custos” e em “resultados”, todos
elementos do princípio da eficiência.
Gabarito: E
63. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado
quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.
b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o
caso concreto.
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores
resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da
legalidade, que não pode ser descumprido.
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o
atingimento do melhor resultado para o interesse público.
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e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração
pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao
princípio da legalidade.
Comentários:
Mais uma questão que afirma, equivocadamente, que a busca pela eficiência permite ao gestor
público deixar em segundo plano o princípio da legalidade ou da supremacia do interesse público.
Vejam que não há superioridade hierárquica do princípio da eficiência (ou de qualquer outro
princípio) sobre os demais.
Neste sentido, a letra (C) traduz corretamente a acepção da eficiência enquanto diretriz para
melhores resultados e pelo controle de custos da atuação administrativa.
Gabarito: C
64. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – 2015
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados.
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos
administrados.
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que
estão sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
Comentários:
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O §1º do art. 37 da Constituição Federal, que veda a promoção pessoal dos agentes em razão das
realizações da administração pública, está diretamente ligado ao princípio da impessoalidade.
Dúvidas poderiam surgir entre a letra (A), correta, e a letra (C), incorreta. Mas reparem que a
impessoalidade em relação ao administrado fundamenta, por exemplo, a teoria da imputação. A
este respeito, Maria Sylvia Zanella Di Pietro52 leciona que
Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse atributo deve ser
observado em relação aos administrados como à própria Administração. No primeiro
sentido, o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a
atividade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público
que tem que nortear o seu comportamento. (..) No segundo sentido, o princípio significa,
(...) que 'os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os
pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que
ele é o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a
vontade estatal'.
Gabarito: A
Consoante à clássica obra do Professor Humberto Ávila acerca da teoria dos princípios, este os
define a seguinte forma:
Dentro desse contexto, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, analise as
afirmativas abaixo.
52
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 3227
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II. É ilegítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e dos valores dos seus respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
III. O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito que apregoa que em
caso de conflito de interesses deverá prevalecer aquele que melhor atender ao interesse público.
Comentários:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
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O item III está correto. O princípio da supremacia do interesse público confere prerrogativas à
Administração, os quais a colocam em um patamar de superioridade em relação ao particular
(verticalidade).
O item IV está incorreto. Sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça, no REsp 1.285.426/SP,
firmou a orientação de que é ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais
quando: a) a inadimplência do consumidor decorrer de débitos pretéritos; b) o débito originar-se
de suposta fraude no medidor de consumo de energia, apurada unilateralmente pela
concessionária; e c) inexistente aviso prévio ao consumidor inadimplente.
Gabarito (A)
66. CONSULPLAN - Cons Leg (CM BH) /CM BH/Administração Pública, Orçamento e Finanças/2018
Comentários:
A letra (a) está incorreta. O dever de prestar contas ao cidadão constitui ônus para o gestor público
e decorre da indisponibilidade do interesse público.
A letra (b) está incorreta pois a assertiva inverteu os conceitos. As prerrogativas públicas decorrem
da supremacia do interesse público ao passo que as sujeições da indisponibilidade do interesse
público.
A letra (c) está incorreta. O poder de polícia e a intervenção do Estado na propriedade são
prerrogativas oriundas do regime jurídico administrativo, mais precisamente da supremacia do
interesse público sobre o privado, e não sujeições como diz a alternativa.
A letra (d) está correta. Estes dois princípios fundamentam o regime jurídico-administrativo
brasileiro, de sorte que todos os demais princípios decorrem deles.
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Gabarito (D)
O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado de Súmula 473: “A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Trata-se de aplicação do
princípio da
a) eficiência.
b) autotutela.
c) razoabilidade.
d) impessoalidade.
Comentários:
Gabarito (B)
Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios,
chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem
inúmeros outros. São eles:
a) Da legalidade e da finalidade.
b) Da publicidade e da eficiência.
c) Da legalidade e da moralidade.
Comentários:
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Dentre os inúmeros princípios que direcionam o Direito Administrativo, Celso Antonio Bandeira
de Mello ensina que existem dois supraprincípios, assim identificados por serem os princípios
centrais, de onde irão derivar todos os demais princípios e normas referentes a esta matéria. Os
supraprincípios são: princípio da supremacia do interesse público e princípio da indisponibilidade
do interesse público.
Gabarito (D)
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. O caput do art.
37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer um dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além destes, existem outros consagrados
pela legislação infraconstitucional, bem como pela doutrina. Assinale a alternativa que NÃO traz
o conceito e/ou efeitos do Princípio da Autotutela.
a) O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode anular seus próprios
atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.
c) O princípio da autotutela se traduz no poder da Administração revogar seus atos, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
Comentários:
As letras (a), (c) e (d) estão corretas. Todas elas abordam o conteúdo da súmula 473 do STF que
traduz o princípio da autotutela:
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“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.”
A letra (b) está incorreta. No âmbito federal, por exemplo, o Art. 54 da Lei 9.784/99 prevê o limite
temporal de cinco anos ao exercício da autotutela pela Administração Pública, afastando a ideia
de que ele é imprescritível:
Gabarito (B)
O julgado a seguir demonstra que o particular contratado não poderá suspender a execução do
contrato mesmo que a Administração Pública seja inadimplente, desde que este inadimplemento
não extrapole o prazo definido em lei:
10. O Superior Tribunal de Justiça consagra entendimento no sentido de que a regra de não
aplicação da exceptio non adimpieti contractus, em sede de contrato administrativo, não é
absoluta, tendo em vista que, após o advento da Lei 8.666/93, passou-se a permitir sua incidência,
em certas circunstâncias, mormente na hipótese de atraso no pagamento, pela Administração
Pública, por mais de noventa dias (art. 78, XV). (...)
a) Eficiência.
b) Moralidade.
c) Publicidade.
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d) Continuidade.
Comentários:
Gabarito (D)
I. Para a Corte Especial do STJ não pode ser aplicada a teoria para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade
estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não
confirmada por ocasião do julgamento de mérito.
II. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de sorte que se o ato
contrário à lei é praticado sem dolo e sem contestação de ninguém, vigorando por anos com
aparência de legalidade, o ato deverá ser preservado em homenagem à segurança jurídica.
III. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de forma que se o ato
praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início, defende ser irregular
não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo que tenha transcorrido muitos anos.
IV. A aplicação dessa teoria para confirmar nomeações precárias, concedidas em sede liminar,
quando é verificado ao fim do processo que o candidato não tinha o direito à nomeação, prejudica
os demais concorrentes ao cargo público que superaram todas as fases, mas não foram nomeados
por falta de vagas.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
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Comentários:
O Item I está correto. A assertiva repete o julgado do STJ acerca do tema, constante no
Informativo 598:
“A “teoria do fato consumado" não pode ser aplicada para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à
legalidade estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de
decisão liminar não confirmada por ocasião do julgamento de mérito.” EREsp 1.157.628-
RJ, Rel. Min. Raul Araújo, por maioria, julgado em 7/12/2016, DJe 15/2/2017.
O Item II está correto, pois está consoante entendimento do STJ exposto no EREsp 1.157.628-RJ,
constante no Informativo 598:
O Item III está correto, pois também está condizente ao entendimento do STJ exposto no mesmo
julgado já apontado anteriormente:
“Se o ato praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início defende
que ele é irregular: neste caso não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo
que tenha transcorrido muitos anos. Nessa segunda hipótese, verificada ou confirmada a
ilegalidade, o ato deverá ser desfeito, salvo se tiver havido uma consolidação fática
irreversível (ou seja, não é possível voltar ao status quo ante).”
“O candidato que continua no certame por força de decisão judicial precária, mesmo que,
ao final, aprovado, não tem direito à nomeação, mas à reserva da respectiva vaga, que só
será ocupada após o trânsito em julgado.” 2ª Turma - REsp 1.692.322/RJ
Ou seja, o STJ entende que antes do trânsito em julgado não é possível proceder à nomeação e
empossamento dos candidatos, não sendo cabível a aplicação da teoria do fato consumado.
Gabarito (A)
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O tribunal de contas de um estado, ao analisar as contas de determinado prefeito, verificou que houve gasto
de recursos públicos com a elaboração de cartilhas escolares com nomes, símbolos e imagens que
caracterizavam a promoção pessoal de autoridades públicas do município.
Nessa situação, a conduta do prefeito afrontou especialmente o princípio da
a) razoabilidade
b) impessoalidade
c) economicidade
d) eficiência
e) boa-fé
Comentários:
A promoção pessoal de autoridades por meio de campanhas publicitárias realizadas por entes
públicos viola o princípio da impessoalidade, segundo noção extraída do texto constitucional:
CF, art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Assim, as cartilhas escolares não poderiam conter nomes das autoridades responsáveis, tampouco
símbolos ou imagens capazes de identificá-los.
Gabarito (B)
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. A autotutela representa o controle que a administração exerce
sobre os próprios atos. Além disso, a câmara municipal de vereadores é órgão público pertencente
à administração direta do município, sem, portanto, possuir personalidade jurídica própria.
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A alternativa (B) está correta. A segurança jurídica é, de fato, princípio que tem por objetivo manter
o status quo e, assim, resguardar a estabilidade das relações jurídicas, conferindo previsibilidade
à atuação estatal.
A alternativa (C) está incorreta, pois a correção dos erros relaciona-se ao princípio da autotutela,
destacado acima. Além disso, o primado do interesse público, consoante leciona Carvalho Filho53,
relaciona-se com o princípio da supremacia do interesse público, na medida em que o indivíduo
deve ser visto como parte integrante de uma sociedade.
A alternativa (D) está incorreta, pois a não interrupção dos serviços públicos decorre, na verdade,
do princípio da continuidade dos serviços públicos.
A alternativa (E) está incorreta. A “observância da correção administrativa dentro da norma” deriva
do princípio da legalidade, na medida em que a Administração deverá atuar segundo a lei.
Aproveito para destacar que o princípio da precaução (ou da prevenção) informa que, diante de
riscos graves para a coletividade, a Administração deve adotar medidas preventivas para
resguardar a vida e os bens da coletividade.
Gabarito (B)
Comentários:
O erro está na parte final da assertiva. Em nome da segurança jurídica, não se tolera a aplicação
retroativa de determinada interpretação. É visível a instabilidade jurídica que surgiria caso a
administração passasse a aplicar novas interpretações a fatos pretéritos.
Lei 9.784/1999, art. 2º, XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
Gabarito: errada
53
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 34
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Comentários:
O enunciado fala em “prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares” e que
“assuntos públicos possuem preferência”, o que nos leva ao princípio da supremacia do interesse
público, característico do regime jurídico administrativo.
Como se sabe, tal princípio não foi expresso no texto constitucional, mas pode ser inferido a partir
de interpretação sistemática da Magna Carta.
Gabarito: C
76. CEBRASPE/STM – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da
administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da indisponibilidade, da
razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade da administração pública.
Comentários:
Questão simples, que cobrou a distinção entre princípios expressos e reconhecidos, e o fato de
os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica não estarem
explicitados no texto constitucional.
Gabarito: correta
77. CEBRASPE/PC-MA – Escrivão de Polícia – 2018
O preenchimento de cargos públicos mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os
concorrentes, constitui expressão do princípio constitucional fundamental
a) federativo.
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b) da eficiência.
c) da separação de poderes.
d) do valor social do trabalho.
e) republicano.
Comentários:
O estado republicano é marcado pela separação entre o público e o privado. Nele, os agentes
públicos não devem buscar a satisfação dos interesses pessoais, mas sim o interesse público, de
forma impessoal.
Gabarito: E
78. CEBRASPE/SEFAZ – RS – Auditor do Estado –2018
A previsão em lei de cláusulas exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos decorre diretamente do
princípio da
a) publicidade.
b) moralidade.
c) legalidade.
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.
Comentários:
Gabarito: E
79. CEBRASPE/STJ - Analista Judiciário – Área Administrativa - 2018
Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
A indicação dos fundamentos jurídicos que determinaram a decisão administrativa de realizar contratação
por dispensa de licitação é suficiente para satisfazer o princípio da motivação.
Comentários:
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A motivação neste caso, segundo prevê o art. 50 da Lei 9.784/1999, deve incluir a indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos:
Lei 9.784/1999, art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
(..)
Portanto, a indicação apenas dos fundamentos jurídicos não é suficiente para satisfazer o princípio
da motivação, sendo necessário indicar também os fundamentos fáticos.
Gabarito: errada
80. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB - 2018
Com relação aos princípios aplicáveis à administração pública e ao enriquecimento ilícito por agente público,
julgue o item a seguir.
Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos ilegais,
independentemente de provocação.
Comentários:
A questão está correta, dado que a administração tem o poder-dever de rever seus atos ilegais,
não dependendo de provocação para tanto (anulação de ofício).
Gabarito: correta
81. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Área Legislativa – 2018
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O dever-poder que a Administração Pública ostenta para controlar os seus próprios atos, podendo
invalidar os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes, observadas as cautelas legais,
decorre diretamente do princípio da:
a) moralidade, e sua não observância gera nulidade do ato administrativo, sem prejuízo da
responsabilização do agente;
b) publicidade, e todo ato que invalida ou revoga outro ato administrativo precisa ser publicado
no diário oficial;
c) autotutela, e a Administração não precisa ser provocada para rever seus próprios atos, podendo
fazê-lo de ofício;
d) impessoalidade, e a Administração não pode tolerar atos que impliquem promoção pessoal do
gestor público;
e) segurança jurídica, e a Administração não pode tolerar que permaneça no mundo jurídico
qualquer ato ilícito.
Comentários:
SUM-473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
Gabarito: C
Dentre os chamados princípios implícitos, merece destaque o da autotutela, que ocorre, por
exemplo, quando:
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d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais oportuno, um decreto sem qualquer vício de
legalidade que proibia o estacionamento de veículos em determinada via pública;
e) o Governador do Estado pratica o ato de nomeação de pessoa não concursada para cargo em
comissão, com exercício de função de assessoramento parlamentar.
Comentários:
A letra (A) está incorreta. A aplicação de penalidade não se relaciona com o princípio da
autotutela, mas com o princípio disciplinar e da hierarquia.
A letra (B) também está incorreta. A concessão de acesso a uma informação decorre do princípio
da publicidade, explícito na Constituição Federal.
A letra (C) está incorreta, mas poderia gerar dúvidas. Notem que, apesar de se tratar da revisão
de um ato, trata-se de cumprimento de ordem judicial. Portanto, a revisão não se fundamenta no
poder da autotutela, mas no exercício da função jurisdicional.
A letra (D) relaciona-se ao princípio da autotutela, em que a administração pública decidiu revogar
seu próprio ato regulamentar.
Por fim, a letra (E) está incorreta, e relaciona-se ao exercício do poder discricionário, resultante na
nomeação a cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração.
Gabarito: D
Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o estabelecimento das regras
de transição na concessão da aposentadoria e pensão.
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b) Princípio da autotutela.
c) Princípio da indisponibilidade.
e) Princípio da precaução.
Comentários:
Imaginem um servidor que, faltando um mês para implementar os requisitos para aposentação, é
surpreendido com a alteração destas regras, a qual resulta na exigência de mais 10 anos de serviço
para se aposentar.
Embora seja assente que não há direito adquirido quanto à mudança de regime previdenciário54,
a alteração em questão, sob o ponto de vista daquele servidor indica instabilidade na relação
jurídica que ele possui com a administração pública.
Com efeito, temos um desrespeito ao princípio da segurança jurídica, em sua dimensão subjetiva:
o princípio da proteção à confiança ou da confiança legítima.
Além disso, por eliminação é possível perceber que os demais princípios mencionados em nada
se relacionam com o estabelecimento de regras de transição diante da alteração de determinada
regra.
Gabarito: A
54
A exemplo do RE 227755 AgR / CE do STF.
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a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
Comentários:
O item I está incorreto. Pelo contrário, o princípio da autotutela não limita ou delega a anulação
ou revogação de atos, é justamente ele quem confere tal prerrogativa à administração pública. Os
princípios da segurança jurídica ou do contraditório e ampla defesa, estes sim, poderiam ser
citados como limites ao exercício da autotutela.
Gabarito: B
85. FCC/ TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
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c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar
e a autotutela do poder hierárquico.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
Comentários:
Enquanto o princípio da tutela se dedica ao controle que a administração direta exerce sobre a
atuação finalística das entidades da administração indireta, o princípio da autotutela se debruça
sobre o controle de legalidade e mérito dos próprios atos.
Gabarito: E
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes
da Administração pública direta.
Comentários:
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O princípio da especialidade não tem aplicação nos órgãos públicos (administração direta), mas
sim nas entidades (administração indireta).
Por fim, notem que a especialidade é decorrência lógica dos princípios da legalidade (as entidades
devem perseguir os objetivos previstos em lei) e da indisponibilidade do interesse público (as
entidades cuidam de interesses da sociedade, não de seus agentes).
Gabarito: A
Considere:
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção a inversão do ônus da prova.
Comentários:
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No item II, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro55, a administração pública também exerce a
autotutela ao atuar no sentido de zelar pelos bens que integram seu patrimônio, impedindo atos
que coloquem em risco a conservação destes bens.
No item III, aborda-se um dos efeitos do princípio da presunção da legitimidade dos atos
administrativos. Nesta situação, como a presunção é de caráter relativo, irá admitir prova em
contrário. No entanto, o particular é quem deverá provar a ilegalidade do ato, operando-se, assim,
a inversão do ônus da prova.
Gabarito: A
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular.
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses
privados.
d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade.
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido.
Comentários:
55
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Além disso, como imperativo do Estado de Direito, os instrumentos que materializam a supremacia
do interesse público encontram-se previstos em lei. Com efeito, na inexistência de previsão legal,
não haveria que se falar em supremacia.
Em relação à letra (E), incorreta, é importante lembrar que o princípio da supremacia do interesse
público está implícito no ordenamento jurídico, independendo de previsão legal expressa. Trata-
se de uma diretriz que brota do sistema jurídico e é inerente à ideia da soberania estatal.
Gabarito: C
Suponha que o prefeito de um pequeno município do interior do Estado tenha tomado a decisão
de promover o recadastramento de todos os proprietários de imóveis residenciais, apontando,
como motivação do ato, a necessidade de atualizar a base de dados para o lançamento de IPTU.
Estabeleceu-se o prazo máximo de 10 (dez) dias para o recadastramento, que somente poderia
ser feito na sede da Prefeitura e fixou-se uma multa diária pelo atraso. Considerando a precária
estrutura de atendimento ao público, os cidadãos foram obrigados a permanecer por longos
períodos em filas para o cumprimento do recadastramento. Muitos deles, inconformados,
passaram a impugnar judicialmente a medida, alegando ofensa ao princípio da razoabilidade.
b) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, que predica a supremacia do interesse público
sobre o privado.
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e) deve ser apreciado em cotejo com o princípio da eficiência, que se sobrepõe ao invocado.
Comentários:
Fica claro que o curto prazo, associado à fixação de multa pelo descumprimento, é absurdo,
desarrazoado. Trata-se de claro excesso cometido pelo prefeito.
Além disso, o princípio da razoabilidade representa um critério de validade do ato. Sua violação,
portanto, permite o questionamento judicial do ato municipal, não dependendo da comprovação
à violação de outros preceitos jurídicos
Gabarito: A
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Princípios Básicos
1. CEFET MINAS/IFNMG - Administrador - 2019
A Administração Pública é regida por alguns princípios fundamentais, os quais servem como
parâmetros para o seu exercício em qualquer organização pública.
Princípios
(1) Legalidade
(2) Impessoalidade
(3) Publicidade
Aspectos correspondentes
( ) Visa garantir que todo ato estatal seja regulado pela lei pois, caso contrário, pode tornar-se
injurídico e exposto à anulação.
( ) Tem como intuito dar direcionamento para que o agente público, ao praticar o ato
administrativo, seja imparcial e busque o bem público.
( ) Tem como base a ideia de transparência dos comportamentos, sendo necessário dar
conhecimento dos atos e ações administrativas ao público em geral.
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a) Para se considerar válida a conduta administrativa, basta estar compatível com os Princípios da
Legalidade e da Moralidade.
b) O Princípio da Moralidade impõe que o administrador público deve basear seus atos nos
critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, não cabendo a ele diferenciar o
que é honesto do que é desonesto.
d) De acordo com o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, a prestação estatal não
pode ser interrompida, devendo, ao contrário, ter normal continuidade; porém, poderá haver
interrupção nos períodos de transação dos mandatos dos chefes do Poder Executivo (eleições
para Presidente, Governador e Prefeito).
O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais
caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração
Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em
um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao
Princípio da:
a) Eficiência.
b) Legalidade.
c) Publicidade.
d) Moralidade.
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I. Para o direito público, a legalidade significa que o administrador pode fazer tudo aquilo que a
lei não proibir.
II. Sob o enfoque do critério de subordinação à lei, o administrador só pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
As normas que devem ser observadas pelos Magistrados no exercício típico de suas funções com
relação às regras de suspeição e impedimento estão relacionadas a qual princípio de direito
administrativo?
a) Princípio da publicidade.
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b) Princípio da razoabilidade.
c) Princípio da impessoalidade.
a) É possível a restrição de informações caso haja risco à intimidade de alguma das partes
envolvidas no ato ou processo administrativo, bem como haja risco à segurança do Estado.
c) É possível que haja restrição de informações pela Administração Pública, mas somente
decorrente de decisão judicial, em que expostos os motivos do sigilo.
d) Todas as informações administrativas buscadas devem ser prestadas, tendo em vista o princípio
da publicidade, materializado no direito constitucional de petição.
Acerca dos Princípios Administrativos, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde à sequência correta (trechos da autora Maria Sílvia Zanella di Pietro, em sua obra
Direto Administrativo – 17ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004).
I – Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.
II – Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao
mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que
tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
III – Controle que se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
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O escândalo dos atos secretos constituiu em uma série de denúncias sobre a não publicação de
atos administrativos envolvendo o senado, câmara dos deputados e diversas assembleias
legislativas estaduais. Uma das práticas que permaneceram secretas foi o nepotismo.
a) publicidade e impessoalidade.
b) liberdade e moralidade.
c) igualdade e impessoalidade.
d) publicidade e do contraditório.
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I. A regra do princípio da publicidade vem reforçada pela Constituição Federal, que declara o
direito de receber informações dos órgãos públicos e prevê o habeas data como garantia do
direito de conhecer e retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou
de caráter público.
II. Pelo princípio da moralidade, deve o Poder Judiciário, ao exercer o controle jurisdicional, não
se restringir ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas entender por legalidade
não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral administrativa e com o
interesse coletivo.
IV. O princípio do controle administrativo deverá pautar a atuação discricionária do Poder Público,
garantindo-lhe a constitucionalidade de suas condutas, com o dever de atuar em plena
conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, impedindo a prática de
arbitrariedades.
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d) moralidade.
e) publicidade.
18. CEBRASPE/CGM de João Pessoa – PB – Técnico Municipal de Controle Interno – Geral – 2018
Acerca da administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios necessários
para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e garantindo a maior
rentabilidade social.
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c) autotutela.
d) publicidade.
e) motivação.
Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município Alfa divulgara
um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes, símbolos e imagens de sua gestão
com o nítido objetivo de promover sua imagem para as próximas eleições.
Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto afirmar que ela afronta, de modo mais
intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
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e) eficiência.
a) economicidade, eis que é vedada a publicidade custeada pelo erário dos atos, programas,
==0==
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, ainda que tenha caráter educativo, informativo
ou de orientação social;
b) legalidade, pois a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ser precedida de prévia autorização legislativa, vedada qualquer promoção pessoal
que configure favorecimento pessoal para autoridades ou servidores públicos;
c) moralidade, eis que a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos,
em que constarem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades públicas, para ser legal deve ser custeada integralmente com recursos privados;
d) publicidade, uma vez que a divulgação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deve ser feita exclusivamente por meio de publicação dos respectivos atos no
diário oficial, para impedir promoção pessoal da autoridade pública;
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos desrespeitaram a súmula vinculante do STF que
veda o nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio informativo expresso da
administração pública da:
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a) publicidade, porque qualquer ato administrativo de nomeação deve ser precedido de estudo
técnico;
b) autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve buscar o interesse público e não o privado;
c) proporcionalidade, uma vez que o ato administrativo deve guardar relação com o clamor público
por moralidade;
d) impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode servir para satisfazer a favorecimentos
pessoais;
e) razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos, imagens e nomes deve ser do
administrador, não do ente público.
Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto de sua
autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o objetivo de divulgar
sua realização, determinou que o setor de comunicação social da autarquia elaborasse um informe
publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares de pessoas, tendo ali assumido a autoria
do projeto e concedido uma extensa entrevista a respeito de sua história de vida e de suas futuras
pretensões políticas, informando que pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na
próxima eleição.
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via direito de
petição.
c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via mandado de segurança.
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d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao controle do Tribunal
de Contas, via tomada de contas especial.
e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma mais
específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle judicial via ação
popular.
“Os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela
promoção pessoal”.
De acordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, assinale a opção
que apresenta o princípio constitucional a que se refere a conduta acima.
a) Razoabilidade.
b) Impessoalidade.
c) Inépcia.
d) Transparência.
e) Eficácia.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Externalidade.
e) Publicidade.
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Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria que gostaria de promover, junto à população,
as realizações de sua administração. Na ocasião, foi informado que esse tipo de publicidade não
poderia conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, visasse à promoção pessoal de Elias.
a) responsabilidade;
b) transparência;
c) avaliação popular;
d) impessoalidade;
e) eletividade.
a) Autotutela e Publicidade
b) Publicidade e Autotutela
c) Moralidade e Razoabilidade
d) Publicidade e Proporcionalidade
e) Autotutela e Proporcionalidade
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conhecimento do limite entre o público e o privado, em que o interesse público deve sempre se
sobrepor ao privado; da mesma forma, deve-se garantir que as decisões tomadas sejam de
conhecimento geral e que os meios sejam adequados ao fim.
O trecho acima apresenta a descrição de alguns dos princípios da Administração Pública. Assinale
a opção que indica, na ordem correta, os princípios apresentados.
a) Legalidade
b) Moralidade
c) Impessoalidade
d) Eficiência
e) Isonomia
Na Administração Pública, cabe ao administrador zelar pelo uso adequado dos recursos públicos,
bem como [evitar] o desperdício destes. Compreender o conceito de eficiência é, portanto,
fundamental para o exercício correto das funções administrativas.
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Princípios administrativos são os postulados fundamentais que conduzem todo o modo de agir da
Administração Pública como um todo. O art. 37, caput, da Constituição da República elencou os
chamados princípios administrativos expressos a serem observados por todas as pessoas
administrativas de qualquer dos entes federativos, como por exemplo, os princípios da:
a) probidade e pessoalidade;
b) indisponibilidade e legalidade;
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c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
Um agente público pratica ato ilegal ou não realiza ato que estava obrigado a praticar por força
de lei.
Nesse caso, assinale a opção que indica o princípio da Administração Pública que ele está
violando.
a) Finalidade
b) Impessoalidade
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Publicidade
a) Moralidade e publicidade.
b) Igualdade e eficiência.
c) Moralidade e legalidade.
d) Pessoalidade e constitucionalidade.
e) Eficiência e impessoalidade
João, ocupante do cargo efetivo municipal de contador, visando favorecer seu vizinho de longa
data, valendo-se da função pública de chefe do setor, pegou o processo administrativo de seu
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amigo e, passando na frente de todos os outros que aguardavam ser despachados há mais tempo,
providenciou o imediato andamento necessário. A conduta do servidor público no caso em tela
feriu, em tese, o princípio da administração pública que, por um lado, objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica e, por outro, busca a supremacia do interesse público, e não do privado, vedando-
se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros. Trata-se do
princípio informativo expresso do art. 37, caput, da Constituição da República, chamado princípio
da:
a) publicidade;
b) razoabilidade;
c) eficácia;
d) indisponibilidade;
e) impessoalidade.
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
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pela lei, sem privilégios ou discriminações de qualquer natureza, seu procedimento está baseado
no princípio da
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
a) competitividade, segundo o qual agente público deve desempenhar com excelência suas
atribuições para lograr resultados mais produtivos do que aqueles alcançados pela iniciativa
privada;
b) legalidade, segundo o qual existe uma presunção absoluta de que os atos praticados pelos
agentes administrativos estão de acordo com os ditames legais;
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d) improbidade, segundo o qual o administrador público deve pautar sua conduta com preceitos
éticos e agir com honestidade;
e) eficiência, segundo o qual agente público deve desempenhar da melhor forma possível suas
atribuições, para lograr os melhores resultados, inclusive na prestação dos serviços públicos.
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como
cláusula pétrea.
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas pela Administração
pública a
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública no Diário Oficial,
conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do princípio da publicidade.
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela autoria, como forma de
preservação da esfera privada desses servidores e manifestação do princípio da impessoalidade.
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e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de interesse público primário
ou secundário, ainda que importe na violação de direitos legais de particulares, em prol do
princípio da supremacia do interesse público.
48. FCC/ TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por
intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresignação
judicial, a
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normativos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso ordenamento
jurídico.
d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração pública, garantindo
a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contratos firmados
pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos unilaterais.
I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo
possível, para lograr os melhores resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar
pessoas determinadas.
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Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções,
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os todos os atos
dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previstos em lei, assim como todas as
infrações disciplinares e respectivas penalidades.
b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas cuja violação
não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa jurídica, porque sua natureza é
incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servidores, vinculados
ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não atingindo, contudo, os atos que
se refiram aos servidores propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem
efeitos apenas internos.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no exercício da função
pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir outros servidores e particulares
que mantenham ou pretendam manter relações jurídicas com a Administração pública.
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c) estão expressos na Constituição Federal, mas também há princípios implícitos que submetem a
Administração pública.
e) se sobrepõem às regras, porque previstos em nível constitucional, bem como porque possuem
âmbito de abrangência mais amplo que as normas infralegais.
52. FCC/ TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário – Área Administrativa- 2017
b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que
tem que nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p.
99). Essa lição expressa o conteúdo do princípio da
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em
prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de forma
que os demais princípios e regras podem ser relativizados.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
a) Presunção de Legitimidade.
c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.
55. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
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O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública
não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda
sua atuação. Essa relação
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de atos
de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, sempre
que houver lacuna ou ausência de lei.
e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao
administrado o ônus da prova em contrário.
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que
o princípio
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Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da
Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão
que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
58. FCC/ SEGEP-MA – Técnico da Receita Estadual – Tecnologia da Informação – Conhecimentos Gerais –
2016
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um
inimigo.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
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e) II e IV.
O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem
conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito
Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
60. FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
a) impessoalidade.
b) eficiência.
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c) publicidade.
d) moralidade.
e) finalidade.
“... a melhor realização possível da gestão dos interesses públicos, posta em termos de plena
satisfação dos administrados com os menores custos para a sociedade, ela se apresenta,
simultaneamente, como um atributo técnico da administração, como uma exigência ética a ser
atendida no sentido weberiano de resultados, e, coroando a relação, como uma característica
jurídica exigível de boa administração dos interesses públicos." (Curso de Direito Administrativo,
16ª edição, 2014, Rio de Janeiro: Forense, p. 116).
a) moralidade, que serve de parâmetro de controle para revogação dos atos administrativos.
b) proporcionalidade, que possui primazia e preferência diante dos demais princípios que
informam a atuação da Administração.
c) economicidade, que se aplica após a prática do ato administrativo, como ferramenta de controle
do menor custo para a Administração pública.
e) eficiência, que visa orientar a gestão pública ao atendimento das finalidades previstas em lei
pela melhor forma possível, não bastando a análise meramente formal.
63. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado
quando este se omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.
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b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir
disposição legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o
caso concreto.
c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores
resultados, cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da
legalidade, que não pode ser descumprido.
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da
Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o
atingimento do melhor resultado para o interesse público.
e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração
pública está primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao
princípio da legalidade.
64. FCC/ TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – 2015
a) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração e também em relação aos administrados.
b) especialidade, que a despeito de não estar expressamente previsto no art. 37 da CF, deve ser
observado, como no exemplo, tanto em relação à própria Administração como em relação aos
administrados.
c) impessoalidade, que está expressamente previsto no art. 37 da CF e deve ser observado, como
no exemplo, em relação à própria Administração, mas não em relação aos administrados, que
estão sujeitos ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
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Consoante à clássica obra do Professor Humberto Ávila acerca da teoria dos princípios, este os
define a seguinte forma:
Dentro desse contexto, acerca dos princípios que regem a Administração Pública, analise as
afirmativas abaixo.
II. É ilegítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e dos valores dos seus respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
III. O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito que apregoa que em
caso de conflito de interesses deverá prevalecer aquele que melhor atender ao interesse público.
66. CONSULPLAN - Cons Leg (CM BH) /CM BH/Administração Pública, Orçamento e Finanças/2018
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O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado de Súmula 473: “A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Trata-se de aplicação do
princípio da
a) eficiência.
b) autotutela.
c) razoabilidade.
d) impessoalidade.
Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios,
chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem
inúmeros outros. São eles:
a) Da legalidade e da finalidade.
b) Da publicidade e da eficiência.
c) Da legalidade e da moralidade.
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Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. O caput do art.
37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer um dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além destes, existem outros consagrados
pela legislação infraconstitucional, bem como pela doutrina. Assinale a alternativa que NÃO traz
o conceito e/ou efeitos do Princípio da Autotutela.
a) O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública pode anular seus próprios
atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.
c) O princípio da autotutela se traduz no poder da Administração revogar seus atos, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
O julgado a seguir demonstra que o particular contratado não poderá suspender a execução do
contrato mesmo que a Administração Pública seja inadimplente, desde que este inadimplemento
não extrapole o prazo definido em lei:
10. O Superior Tribunal de Justiça consagra entendimento no sentido de que a regra de não
aplicação da exceptio non adimpieti contractus, em sede de contrato administrativo, não é
absoluta, tendo em vista que, após o advento da Lei 8.666/93, passou-se a permitir sua incidência,
em certas circunstâncias, mormente na hipótese de atraso no pagamento, pela Administração
Pública, por mais de noventa dias (art. 78, XV). (...)
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a) Eficiência.
b) Moralidade.
c) Publicidade.
d) Continuidade.
I. Para a Corte Especial do STJ não pode ser aplicada a teoria para consolidar remoção de servidor
público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade
estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não
confirmada por ocasião do julgamento de mérito.
II. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de sorte que se o ato
contrário à lei é praticado sem dolo e sem contestação de ninguém, vigorando por anos com
aparência de legalidade, o ato deverá ser preservado em homenagem à segurança jurídica.
III. O comportamento das partes pode influenciar na aplicação da teoria, de forma que se o ato
praticado é questionado pela Administração Pública, que, desde o início, defende ser irregular
não se deve aplicar a teoria do fato consumado, mesmo que tenha transcorrido muitos anos.
IV. A aplicação dessa teoria para confirmar nomeações precárias, concedidas em sede liminar,
quando é verificado ao fim do processo que o candidato não tinha o direito à nomeação, prejudica
os demais concorrentes ao cargo público que superaram todas as fases, mas não foram nomeados
por falta de vagas.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
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81. FGV/ Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo Municipal – Área Legislativa – 2018
O dever-poder que a Administração Pública ostenta para controlar os seus próprios atos, podendo
invalidar os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes, observadas as cautelas legais,
decorre diretamente do princípio da:
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a) moralidade, e sua não observância gera nulidade do ato administrativo, sem prejuízo da
responsabilização do agente;
b) publicidade, e todo ato que invalida ou revoga outro ato administrativo precisa ser publicado
no diário oficial;
c) autotutela, e a Administração não precisa ser provocada para rever seus próprios atos, podendo
fazê-lo de ofício;
d) impessoalidade, e a Administração não pode tolerar atos que impliquem promoção pessoal do
gestor público;
e) segurança jurídica, e a Administração não pode tolerar que permaneça no mundo jurídico
qualquer ato ilícito.
Dentre os chamados princípios implícitos, merece destaque o da autotutela, que ocorre, por
exemplo, quando:
d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais oportuno, um decreto sem qualquer vício de
legalidade que proibia o estacionamento de veículos em determinada via pública;
e) o Governador do Estado pratica o ato de nomeação de pessoa não concursada para cargo em
comissão, com exercício de função de assessoramento parlamentar.
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Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o estabelecimento das regras
de transição na concessão da aposentadoria e pensão.
b) Princípio da autotutela.
c) Princípio da indisponibilidade.
e) Princípio da precaução.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
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e) I e III, apenas.
85. FCC/ TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder disciplinar
e a autotutela do poder hierárquico.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da
Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes
da Administração pública direta.
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Considere:
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que
ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção a inversão do ônus da prova.
a) é hierarquicamente superior aos demais princípios, impondo-se sempre que houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular.
b) foi substituído pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que
visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses
privados.
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d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atuação, posto que, em
havendo, é típico caso de incidência do princípio da legalidade.
e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua integral aplicação e
validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido.
Suponha que o prefeito de um pequeno município do interior do Estado tenha tomado a decisão
de promover o recadastramento de todos os proprietários de imóveis residenciais, apontando,
como motivação do ato, a necessidade de atualizar a base de dados para o lançamento de IPTU.
Estabeleceu-se o prazo máximo de 10 (dez) dias para o recadastramento, que somente poderia
ser feito na sede da Prefeitura e fixou-se uma multa diária pelo atraso. Considerando a precária
estrutura de atendimento ao público, os cidadãos foram obrigados a permanecer por longos
períodos em filas para o cumprimento do recadastramento. Muitos deles, inconformados,
passaram a impugnar judicialmente a medida, alegando ofensa ao princípio da razoabilidade.
b) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, que predica a supremacia do interesse público
sobre o privado.
e) deve ser apreciado em cotejo com o princípio da eficiência, que se sobrepõe ao invocado.
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GABARITOS
1. C 38. D 75. C
2. C 39. C 76. correta
3. B 40. D 77. E
4. C 41. E 78. E
5. D 42. E 79. errada
6. C 43. D 80. correta
7. A 44. E 81. C
8. A 45. E 82. D
9. C 46. C 83. A
10. A 47. C 84. B
11. D 48. A 85. E
12. correta 49. A 86. A
13. B 50. E 87. A
14. errada 51. C 88. C
15. correta 52. C 89. A
16. errada 53. A
17. A 54. E
18. correta 55. D
19. B 56. D
20. C 57. A
21. B 58. B
22. correta 59. B
23. correta 60. A
24. correta 61. D
25. errada 62. E
26. A 63. C
27. E 64. A
28. D 65. A
29. E 66. D
30. B 67. B
31. D 68. D
32. D 69. B
33. D 70. D
34. D 71. A
35. E 72. B
36. E 73. B
37. A 74. errada
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