Dissertação Com Ficha
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Dissertação Com Ficha
ACARAPE
2018
1
ACARAPE
2018
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Sistema de Bibliotecas da UNILAB
Catalogação de Publicação na Fonte.
M816e
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, pela sua infinita bondade e por ser o mediador de toda minha vida e
protetor das minhas conquistas e alegrias.
Aos meus pais, pelo amor incondicional e por todo o apoio em todas as horas, sei o quanto
sempre torceram por mim.
A minha filha Maria Eduarda, por ter sido minha maior inspiração para sempre continuar.
Ao meu esposo Romário Guilherme, pelo companheirismo e atenção prestados a mim sempre,
sem nunca falhar. Sem sua ajuda eu não teria conseguido.
A minha queria irmã Gabriela. Sou grata por todo o companheirismo e parceria que sempre
tivemos em todos os momentos. Você foi minha maior incentivadora para hoje eu estar aqui.
Ao meu orientador, professor Doutor Thiago Moura, por ter sido sempre paciente e motivador
nessa caminhada.
Aos meus queridos colegas de mestrado, em especial ao Alysson, Tibelle, Mayra, Gesselena e
Conceição, que tanto foram importantes compartilhando momentos de alegria e de
aprendizado, sentirei saudades.
Aos queridos bolsistas do projeto de pesquisa, em especial a Vanessa e Allan, obrigada pela
ajuda nessa minha caminhada.
RESUMO
ABSTRACT
Skin lesions affect the general population, leading to a public health problem. Ultrasonic
therapy has been advocated as a supporting technology in the wound healing process due to
its predominant atheric effects, enhancing the immersion of technologies in the process of
health care, becoming increasingly present in nursing practice. The objective of this study was
to evaluate the effectiveness of ultrasonic irradiation as a health technology in the healing
process of patients' wounds in hospital care in the city of Aracoiaba / CE. It is a study of
health technological evaluation of the intervention with low-intensity ultrasonic irradiation
because it is used in superficial tissues with a design before and after the intervention, in line
with the longitudinal methodological design with the follow-up of the lesions in the
application of the ultrasound. The study population consisted of patients with skin lesions on
the lower limbs hospitalized and / or accompanied at the hospital unit in the first and second
half of 2017. The intervention, ultrasound application, was performed in a non-random
manner and for temporal convenience, being the patients evaluated on alternate days. The
following variables were analyzed: area of injury (in cm2), clinical characteristics of the
patients, characteristics of the wound and therapeutic approach used by the team. Respecting
the ethical aspects with the CAEE: 1.049.373. We evaluated 14 patients with a total of 17
lesions, most of them diabetic foot (35.3%) and pressure injury (29.4%). There was a
predominance of males, pardos and illiterates, and a mean age of 59.9 years. The mean area of
the wounds was initially 64.18 cm2, 43.65 cm2, in the fifth evaluation and 27.18 cm2 of the
tenth evaluation with the use of ultrasound. There was a statistical difference in the reduction
of lesion area, from the initial evaluation to the fifth ultrasound application (t = 2.89) and
from the fifth application to the tenth (t = 3.32). The pain improved 18.8% before the
intervention to 62.5% after the intervention. The total healing of the lesion occurred two
wounds. We conclude that the intervention with the ultrasound for wound treatment
accelerated the healing process, with emphasis on the improvement of pain at the lesion site.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ………………………………………………………………..…… 8
1 INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………. 9
2 JUSTIFICATIVA ……………………………………………………………………. 15
3 REVISÃO DE LITERATURA ……………………………………………………… 17
3.1 Tecnologias no contexto da saúde ………………………………………………... 17
3.2 O enfermeiro e o cuidado com as feridas …...…………………………………….. 19
3.3 O cuidado em caúde no tratamento e prevenção de lesões de pele nos países da
Lusofonia Afro-Brasileira ……………………………………………………………... 22
3.4 O Ultrson de baixa frequência……………………………………………………... 25
4 OBJETIVOS ………………………………………………………………………..… 28
4.1 Objetivo Geral ……………………………………………………………………... 28
4.2 Objetivos Específicos ………………………………………………………………. 28
5 MATERIAIS E MÉTODO ………………………………………………………….. 29
5.1 Tipo de Estudo ……………………………………………………………………... 29
5.2 População/Amostra e Período da Pesquisa ………………………………………. 30
5.3 Instrumentos de Coleta de Dados …………………………………………………. 31
5.4 Intervenção …………………………………………………………………………. 32
5.5 Organização e Análise dos Dados …………………………………………………. 34
5.6 Aspectos Eticos ……………………………………………………………………... 34
6 RESULTADOS ………………………………………………………………………. 35
7 DISCUSSÃO ………………………………………………………………………….. 44
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………………....... 53
REFERÊNCIAS ………………………………………………………………………... 54
APÊNDICES 65
ANEXOS 73
8
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Diante dos prejuízos relacionados à qualidade de vida das pessoas com ferimentos,
vale ressaltar que tais prejuízos não se limitam somente á lesão em si, mas sim a todos os
processos os quais são prejudicados por essa condição como: dificuldade de locomoção,
restrição do convívio social, bem como o aparecimento de dificuldades para desenvolver as
suas atividades de vida diária. Com isso, ressalta-se a necessidade de novos mecanismos de
ações estratégicas que objetivem uma melhoria do estado geral do paciente, tendo em vista
redução de danos e menor tempo de cicatrização (SELL et al., 2015).
A avaliação das condições clínicas do indivíduo com feridas pode ser realizada pelo
processo de enfermagem e instrumentos de avaliação específicos para lesões, com base na
metodologia da assistência, capaz de considerar o sujeito em sua singularidade e não somente
um olhar direcionado para a lesão. O histórico de enfermagem é essencial para registro de
variáveis que estejam relacionadas à ferida, seguido do diagnóstico e do plano de cuidados, o
qual envolve a pessoa acometida pela ferida como também sua família e comunidade,
envolvendo toda a rede de atenção na integralidade do cuidado (DUARTE; ALMEIDA;
MENDEZ, 2014).
Ainda para Duarte, Almeida e Mendez (2014), com relação aos cuidados mediante o
processo de enfermagem, a intervenção torna-se uma etapa fundamental nas ações de cuidado
e manejo da ferida. As anotações na evolução de enfermagem, que é a última etapa do
processo, são cruciais para a continuidade do cuidado, especialmente quando são envolvidos
vários profissionais, portanto é imprescindível descrever a circunferência da lesão,
profundidade, presença e tipos de secreções, bem como outras observações.
A sistematização da assistência da enfermagem é aplicada mundialmente no processo
do cuidar de feridas, priorizando o bem-estar e a qualidade de vida do paciente, através de um
processo de trabalho embasado no conhecimento e no avanço tecnológico, obtendo uma
agilidade na fomentação de protocolos e tecnologias para cuidar dessas lesões, onde se tem
resultados satisfatórios e um eficiente auxílio terapêutico (ROCHA; ALEXANDRE; SILVA,
2016).
Com uma visão global da assistência ao paciente, a equipe de enfermagem identifica,
avalia, previne e trata agravos a saúde relacionada a feridas. Sabe-se que as lesões de pele
podem apresentar origem endógena e exógena, contudo cabe ao enfermeiro avaliar e iniciar
protocolos de atendimentos juntamente com a sistematização da assistência de enfermagem
(SILVA, et al., 2012; DEALEY, 2008).
As lesões de pele podem se apresentar como: lesões mecânicas, laceradas, químicas,
térmicas, lesões por eletricidade, por radiação, incisas, contusas, perfurantes, ulcera arterial,
11
pé diabético, úlcera por pressão, ulcera venosa, lesões oncológicas, fistulas, ulceras
vasculogênicas, lesão de escalpelamento do couro cabeludo, lesões de psoríase vulgar (doença
autoimune) e esclerodermia (GEOVANINI; OLIVEIRA JUNIOR, 2010).
No tocante à relevância clínica das lesões de pele, podem ser citados alguns aspectos
importantes relacionados à complexidade do cuidado com as feridas como, por exemplo: área
lesionada, o estado clínico do sistema tegumentar e outros sistemas orgânicos envolvidos
(SMANIOTTO et al., 2010).
Mediante o contexto, podem ser citadas alguns tipos de lesões às quais se relacionam
com a complexidade da prática clínica do cuidado: as queimaduras, com uma incidência
relacionada a aspectos culturais de cada época, lesões traumáticas, lesões por pressão, estas
incidentes em até 62% dos pacientes críticos em unidades de terapia intensiva, úlceras por
hipertensão venosa (correspondentes a 80 a 90 % das úlceras em extremidades), feridas em
membros inferiores de pessoas com diabetes, que representam de 40% a 60% das amputações
traumáticas, cada uma com sua estimativa, além das feridas ocasionadas pelo processo
terapêutico da radioterapia (AGREDA; BOU, 2012).
A assistência de enfermagem relacionada ao tratamento e prevenção de feridas ganhou
força com a realização de pesquisa e construção de novos protocolos assistenciais,
principalmente com a busca por uma melhor qualidade no ensino. Um estudo internacional
identificou as prioridades de investigação para tratamento de feridas, onde 80% dos
respondentes eram enfermeiros, tudo isso associado ao avanço tecnológico atual no qual
embasa a assistência do profissional (ALVES; AMADO; VIEIRA, 2014).
Dentro dos problemas identificados nos níveis de atenção á saúde, encontram-se as
úlceras crônicas nos membros inferiores, o pé diabético e as feridas cirúrgicas, onde esses
pacientes são acompanhados na atenção básica e encaminhados também ao serviço hospitalar
quando necessário (CARNEIRO; SOUSA; GAMA, 2010).
No ambiente hospitalar, o enfermeiro promove a saúde dos pacientes cuidando de
lesões relacionadas a cateteres, drenos, lesões por pressão, entre outras. As lesões em
membros inferiores podem ser o foco do cuidado e o motivo da internação hospitalar como:
úlceras vasculogênicas, erisipela e pé diabético (DANTAS; TORRES; DANTAS, 2010).
Dentre as principais lesões atendidas na atenção hospitalar, as quais necessitam de
acompanhamento para diminuição dos riscos de complicação, estão as lesões por pressão,
que tiveram sua nomenclatura modificada de úlcera para lesão em 2016, pela National
Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) onde membros da Associação Brasileira de
Estomaterapia - SOBEST e da Associação Brasileira de Enfermagem Dermatologia -
12
feridas infectadas, dimensão da área acometida da lesão como também a adesão do indivíduo
ao tratamento. Diante do exposto, os autores ainda contemplam que algumas feridas
necessitam de tratamento com coberturas específicas, as quais necessitam de trocas
programadas, e isso acarreta um aumento nos custos, devido as especificidades dos curativos
e de avaliações mais apuradas de especialistas. Esse fator favorece a utilização de tecnologias
coadjuvantes cada vez mais exploradas.
Entre os métodos de tratamento, o ultrassom tem sido uma tecnologia coadjuvante
para auxiliar no processo de cicatrização de feridas. Dados retrospectivos mostram que o
ultrassom foi descoberto em 1880 pelo casal de cientistas Pierre e Marie Curie, através da
aplicação de uma corrente elétrica senoidal sobre um cristal de quartzo colocado entre duas
placas metálicas, identificando o efeito piezoelétrico. Posteriormente, no ano de 1927 em
Paris, identificam-se registros de que um aparelho piezoelétrico que era utilizado na marinha
também apresentava aplicações no campo da biologia, observando-se que sob a ação dos
ultrassons que emitia, morriam pequenos peixes depois de grandes convulsões (FREITAS;
FREITAS; STRECK, 2011).
Segundo estudos, em 1927, foi identificado que esse aparelho poderia produzir
mudanças duradouras em sistemas biológicos por uma absorção de energia ultrassônica,
acarretando um aquecimento dos tecidos, o que se tem sido utilizado até os dias atuais
(FREITAS; FREITAS; STRECK, 2011).
De acordo com Vasconcelos (2015), o ultrassom é uma forma de onda mecânica, por
meio da qual a energia vibracional é transformada em energia molecular e propicia diversos
efeitos terapêuticos, entre eles o aumento da vascularização e da síntese de colágeno, além de
acelerar a diminuição do processo inflamatório levando à reparação dos tecidos. É uma forma
de energia mecânica não audível, que consiste em vibrações na faixa acima de 20 KHz
(Kilohertz).
A terapia ultrassônica tem sido preconizada no processo de cicatrização de feridas
devido seus predominantes efeitos atérmicos que não contraindicam, por exemplo, em feridas
infectadas. Esse aparelho também é amplamente utilizado no tratamento de feridas cutâneas,
devido seus efeitos fisiológicos atuarem nos tecidos em todas as fases de processo de
reparação de feridas, estimulando uma cicatrização mais rápida com um tecido cicatricial
mais resistente (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A utilização de novas tecnologias para resolutividade de problemas de saúde vê como
uma tendência necessária para auxiliar no tratamento de indivíduos que ainda sofrem com o
prolongamento do tratamento de feridas crônicas, especificamente. Assim, os problemas de
14
2 JUSTIFICATIVA
3 REVISÃO DE LITERATURA
cada vez mais eficiente a atividade humana através da utilização e do aprimoramento dessas
tecnologias as quais estão no serviço do cuidado, seja de forma direta ou indireta (PEREIRA
et al., 2010).
Dentro do conceito de tecnologia existe uma divisão na qual é de suma importância
para direcionar o uso nos cuidados em saúde. Podem ser classificadas em: Tecnologias leves
que são as tecnologias de relações do tipo produção de vínculo, autonomização, acolhimento,
gestão como uma forma de governar processos de trabalho. Ex: orientações de enfermagem,
as tecnologias duras que são os saberes bem estruturados que opera no trabalho em saúde,
como a clínica médica, a psicanalítica, a epidemiológica. Ex: máquinas de raios-X e as
tecnologias leve-duras as quais são representadas pelos equipamentos tecnológicos do tipo
máquinas, normas (ROJAS et al.; 2016).
É válido ressaltar que essas três categorias de classificaçõa das tecnologias estão
inter-relacionadas e compõem a prática do cuidado em saúde, como também ocasiona uma
exigência nos serviços de saúde para que elas estejam inseridas de forma linear vem
transparecendo alguns questionamentos referentes aos possíveis impactos, riscos e relações
consequentes entre sujeitos e tecnologia (PEREIRA et al.; 2010).
A utilização das tecnologias pela enfermagem determinou repercussões no trabalho
dos enfermeiros diante do redimensionamento do espaço para o cuidar, onde passaram a ter
que assistir o paciente, ao mesmo que tempo que dominar os vários tipos de tecnologias.
Importa neste contexto, conhecer o impacto que isso determina para a prestação do cuidado
integral e de qualidade (ROJAS et al.; 2016).
A linguagem tecnológica induz ao pensamento sobre alguns aspectos ao quais são
incorporados à enfermagem mediante as práticas da assistência humanizada. Assim, as
aparelhagens ligadas ao cuidado, a partir do seu correto manuseio, viabilizam informações aos
enfermeiros sobre o estado clínico do paciente, de modo a possibilitar que um conjunto de
ações ou tomadas de decisão sejam desencadeadas (GOMES et al.; 2017).
No que se estreita ao processo da enfermagem, houve um impacto relevante esse
modo assistencial de utilização de tecnologias, sendo designada como a direção da
intervenção a utilização dos conhecimentos científicos de modo sistemático, melhorando a
qualidade do serviço prestado ao cliente, agregado a humanização da assistência até mesmo
nos setores mais tecnologicamente equipados. Esse achado confirma que o profissional
enfermeiro deve estabelecer novas relações e buscar a harmonia entre o cuidado e a
tecnologia (PEREIRA et al., 2010).
19
uma conduta adequada e sistematizada para melhor detectar as particularidades e uma melhor
conduta para a evolução no processo de cicatrização (BAJAY; ARAÚJO, 2006).
Os resultados do cuidado de enfermagem às pessoas com feridas são, algumas vezes,
influenciados pelas condições clínicas do paciente como também pela estrutura física e
operacional do setor de tratamento (DEALEY, 2008; BAJAY, 2006).
O enfermeiro necessita ter embasamento científico e prático para conduzir o
tratamento ideal para cada lesão, como também identificar alguns fatores que causam
descontinuidade ao processo de cicatrização como: tratamento inadequado da ferida, fatores
fisiopatológicos, condições locais, idade do paciente, efeitos adversos de outras terapias e até
mesmo fatores psicossociais (AGREDA; BOU, 2012).
O tratamento de úlceras pode ser realizado apenas pela equipe médica e/ou de
enfermagem com auxílio, quando necessário, da fisioterapia, porém é o profissional da
enfermagem que mantem um contato mais prolongado e constante com o paciente. O
enfermeiro deve estar apto a avaliar a ferida, indicar o melhor material ou fármaco, conduzir o
desbridamento e a limpeza para facilitar o processo de cicatrização, como também orientar
métodos de prevenção de complicações (GOMES et al.; 2017).
De acordo com Rocha e Barros (2007), alguns estudos apontam que há uma real
necessidade da equipe de saúde em conhecer as causas e fatores de riscos para o
desenvolvimento de feridas, onde se foi emergindo um vasto e amplo campo de pesquisas, e,
consequentemente, o surgimento de alguns instrumentos e recursos para avaliação e
identificação dos riscos do paciente desenvolver uma lesão de pele, principalmente os clientes
internados no serviço hospitalar.
O profissional enfermeiro desempenha um papel significativo no que se relaciona ao
tratamento das feridas, bem como suas diversas formas de auxílio no processo de cicatrização
e cura (ROCHA; BARROS, 2007). Com relação ao processo de cicatrização, existem alguns
métodos que auxiliam no cuidado, sendo um de salutar impacto: uma avaliação eficiente, esta
realizada mediante a sistematização da assistência a enfermagem. Em seguida, tem-se a
escolha do curativo adequado, este com suas variadas e específicas formas de cobertura,
sendo ambos os termos utilizados como sinônimos em alguns estudos.
O enfermeiro que cuida de pacientes críticos, com ou sem fatores de risco que possam
desenvolver algum tipo de lesão de pele, não é um simples cumpridor de rotinas, devendo no
seu cotidiano buscar obter novos conhecimentos técnico-cientifico, através de cursos,
congressos, especializações, atualizações, buscando novas informações para conduzir suas
21
Porém, alguns autores designam uma diferenciação entre os termos, onde citam que o
curativo é composto por etapas, já a cobertura, sendo difícil conceituar, seria todo material,
substância ou produto que se possa aplicar sobre a ferida. As coberturas recebem uma
classificação quanto ao desempenho da utilidade. São divididas em passiva: agindo cobrindo
as feridas, interativas: mantendo um microambiente úmido e as bioativas: estimulando a cura
da ferida (GOMES; BORGES, 2008).
Dentro do contexto do tratamento das feridas, pode-se citar, dentre muitas, a utilização
de pomadas enzimáticas no auxílio para a recuperação de uma determinada lesão. A
colagenase é um exemplo comum no serviço hospitalar, sendo esta utilizada para o
desbridamento local, decompondo as fibras do colágeno natural localizadas na medida
profunda da lesão, e com os detritos ainda aderidos aos tecidos. A papaína também é um
exemplo, onde é comum sua utilização no Brasil, e é composta por 17 diferentes aminoácidos
e enzimas proteolíticas e peroxidases que desbridam o tecido necrosado (GOMES; BORGES,
2008).
Outro tipo de cobertura que está inserida na prática da enfermagem é o hidrocolóide. É
uma placa definida que é aderente á pele a qual age estimulando a ação dos macrófagos e a
liberação de alguns fatores de crescimento das células, onde, como exemplo, foi confirmado
através de estudos, que houve um significativo aumento do índice de cicatrização nas úlceras
por pressão (IRION, 2012).
22
Ainda diante dos fatores que auxiliam no manejo do processo da recuperação das
feridas, destacam-se também a forma de como se realiza a limpeza da lesão, com associação
ao tipo de cobertura utilizada nos curativos, com isso também ser evitada a agressiva
esfregação da pele em volta da ferida para que não ocorra traumatismos e penetração de
bactérias, aumentando, assim, o risco de infecção (BORGES; GOMES; SAAR, 2008).
A enfermagem enfatiza cada vez mais o campo da pesquisa com relação a abordagem
das feridas e suas formas de prevenção, etiologia e tratamento. Pode-se citar estudos recentes
acerca de lesões previsíveis de pele ocasionadas por uso de adesivos, que atualmente
correspondem a 15,5% das lesões por fricção em idosos hospitalizados, no âmbito do período
pós-operatório, há exposição dos pacientes aos insultos traumáticos ocasionados pela fixação
de curativos, drenos, sondas e cateteres. Ainda mais, outros fatores aumentam a
vulnerabilidade da pele, como o jejum, perdas hídricas decorrentes do manejo cirúrgico e uso
de antissépticos que contribuem para o ressecamento (FERREIRA; TEIXEIRA; BRANCO,
2017).
Nesse contexto, o enfermeiro tem um papel crucial no que se relaciona a assistência ao
paciente com ferimentos devido ao seu contato direto, contínuo e sistematizado, bem como a
utilização da prática humanizada e fundamentada em pesquisas, para, assim, obter resultados
satisfatórios na evolução, cicatrização e cura da lesão (ROCHA; BARROS, 2007).
O ultrassom é uma forma de energia mecânica não audível, que consiste em vibrações
de alta frequência, na faixa acima de 20 KHz (Kilohertz). Essa frequência esta relacionada
com o número de ondas que passam por um determinado ponto em unidade de tempo,
expressa em Hz (hertz); com variação em geral entre 1 e 3 MHz (Megahertz), embora outras
frequências possam ser programadas. As frequências mais elevadas às tornam mais adequadas
para o tratamento de tecidos superficiais, enquanto que as frequências mais baixas as fazem
propícias para o tratamento das estruturas profundas (FERREIRA; MENDONÇA, 2007).
O aparelho de ultrassom consiste em duas partes funcionais, uma de circuito eletrônico
alojada na estrutura do aparelho e um transdutor montado no aplicador. O transdutor converte
energia elétrica em vibrações mecânicas quando uma tensão alternada é aplicada; esse
fenômeno é denominado efeito piezoelétrico, sendo observado em alguns materiais
cristalinos, como quartzo ou uma cerâmica sintética, tais como o zirconato e o titanato (PTZ),
os quais podem ser polarizados pela aplicação de uma carga elétrica (FERREIRA, 2010).
O ultrassom apresenta efeito de fonoforese que potencializa o efeito das drogas tópicas
utilizadas para o tratamento de feridas dérmicas. Alguns estudos apontam o tratamento de
feridas com o uso único do ultrassom, porém a maioria dos estudos aponta o seu uso para
potencializar as soluções tópicas utilizadas. Assim, os efeitos benéficos do ultrassom de
reparação tecidual podem ser acelerados com o uso correto do tratamento tópico quando
indicado (BAGIO, 2009).
A onda mecânica produzida pelo ultrassom é a energia transmitida por vibrações de
moléculas do meio em que estão se propagando, levando a oscilação, que o meio seja sólido,
26
4 OBJETIVOS
4.1 Geral
4.2 Específicos
5 MATERIAIS E MÉTODO
Critérios de elegibilidade
Critérios de Inclusão: indivíduos maiores de 18 anos; apresentar lesões com
perda de epiderme, derme e tecido subcutâneo com necessidade de
acompanhamento da equipe de enfermagem; apresentarem ferimentos
crônicos; ser acompanhado no hospital referente, tanto no setor da internação
quanto no ambulatório.
Critérios de Exclusão: apresentar incapacidade total em comparecer ao
hospital; apresentar três ou mais fatores que prejudicam a cicatrização: diabetes
mellitus; tabagismo; doença autoimune; uso prolongado de corticórdes.
Apresentar tecido necrosado com indicação de amputação do membro;
hipersensibilidade na ferida.
cicatricial, como: medicações, histórico clinico e familiar de doenças, além dos aspectos
direcionados ao tipo de lesão e suas características.
A utilização do ultrassom foi registrada quanto ao dia da aplicação, código referente a
lesão, e o tempo de aplicação do ultrassom e datados para facilitar o processo de organização
dos dados.
A dor foi mensurada por meio de um inquérito sobre a dor onde está foi classificada
em 1; dor aguda não-cíclica, 2; dor aguda cíclica e 3; dor Crônica, e 4 sem dor. Foi
considerado a dor aguda cíclica como, a dor intermitente que cessa e recomeça em períodos
do dia por menos de seis meses; dor aguda não cíclica como a dor que não cessa em período
menor que seis meses e dor crônica como a dor por período maior que seis meses. Além de
ser avaliado antes, durante e logo após a intervenção, utilizando a Escala Visual Analógica
EVA e registrada a data.
5.4 Intervenção
A intervenção foi realizada nos pacientes de forma não aleatória e por conveniência
temporal, onde os mesmos foram selecionados conforme a incidência dos casos obedecentes
aos critérios de elegibilidade definidos durante o período designado para a coleta dos dados da
pesquisa.
A intervenção com o ultrassom segue parâmetros similares com ao da intervenção
com outras tecnologias, como o laser de baixa intensidade. O efeito analgésico, anti-
inflamatório ou antiespamódico da irradiação ultrassônica é conquistado com o feixe
ultrassônico pulsátil ou intermitente. A estimulação com o ultrassom também provoca a
vasodilatação reflexa, aumentando o fluxo sanguíneo nos capilares e arteríolas (LOW; REED,
2003).
O ultrassom foi aplicado por três enfermeiros devidamente treinados com auxílio de
acadêmicos de enfermagem, bolsistas do grupo de pesquisa e extensão de assistência ao
paciente com feridas agudas e crônicas, discentes do curso de graduação em enfermagem da
Universidade Federal da Lusofonia Afro-Brasileira- UNILAB. Os pacientes foram avaliados
em dias alternados e conforme iam se enquandrando nos critérios de elegibilidade, eram
incluidos na pesquisa, como também seguido da avaliação de interesse em participar, não
necessitando de uma finalização da amostra para iniciar uma nova intervenção.
Na realização da intervenção foram seguidos os seguntes passos: limpeza da lesão
com soro fisiológico a 0,9%, aplicação de um filme de Poliuretano em volta da lesão
33
mantendo uma margem de segurança das bordas, aplicou-se no transdutor, também protegido
e nunca em contato direto com a lesão, um agente de impedância acústica em forma de um gel
a base de água. Após esse primeiro momento, houve a aplicação do transdutor iniciando pelas
bordas e seguidamente para o centro da ferida tendo a margem de 1 cm entre as áreas de
aplicação. As lesões foram medidas com uma fita métrica em centímetros quadrados na
primeira, quinta e décima aplicação.
A técnica da aplicação do ultrassom seguiu uma padronização de variância de acordo
com o tamanho e característica da lesão. Foi desenvolvida nos pacientes acompanhados em
dias alternados, na modalidade pulsada e com densidade de energia de 3W/c², tendo esta um
tempo estimado da aplicação o qual foi determinado pelo cálculo do comprimento
multiplicado pela largura da lesão e dividido pela área de irradiação efetiva (ERA), que no
aparelho de USBF era do tamanho do transdutor (7cm).
A densidade de energia aplicada será de 3 W/cm2, de acordo com a pesquisa que
apresentaram redução da lesão com esse valor. A frequência utilizada será de 1 MHz. O
ultrassom será utilizado na modalidade pulsado em decorrência dos efeitos sobre a
cicatrização da lesão (FERREIRA, 2010).
O ultrassom foi aplicado em movimentos em forma de oito suavemente sobre a área
de suave para não pressionar a lesão caracterizando uma forma semi-estática dos movimentos
de mínima amplitude, aplicando-s eem sentido anti-horário conforme indicado por
profissionais da área da fisioterapia (FERREIRA, 2010).
O tempo de aplicação é colocado no aparelho do USBF, medido em minutos, onde ao
final, o USBF disparava o alarme para sinalizar o fim da intervenção.
34
6 RESULTADOS
A instituição onde foi realizada a pesquisa é referências para outros municípios e isso
apontou uma variação nas localidades de residência dos participantes. No total tivemos a
36
seguinte distribuição: (01) Capistrano, (01) de Acarape, (02) de Itapiúna, (07) de Baturité e
(02) de Aracoiaba. Essas cidades são circunvizinhas da cidade local da pesquisa e que tem
como referência o Hospital da Cidade de Aracoiaba o polo para internações e cirurgias gerais
e traumatologia.
A média de idade dos pacientes chegou próximo aos 60 anos (59,9) e a renda foi
superior ao salário mínimo do período da pesquisa. Observou uma variação da idade mínima
e máxima discrepante, dado que colabora com os fatores de cicatrização das lesões. Houve
três pacientes que não apresentavam renda pessoal, eram dependentes financeiramente de
familiares (Tabela 2).
Tabela 4 - Frequência absoluta e relativa das características das lesões e da pele dos
pacientes em uso da irradiação ultrassônica de baixa frequência. Acarape/CE-Brasil
2018.
Características Lesões n %
Tipo pele - início aplicação
Muito fina 05 29,4
Seca 03 17,6
Descorada 04 23,5
Úmida 02 11,8
Com edema 03 17,6
Tipo da ferida
Úlcera venosa 02 11,8
Úlcera arterial 01 5,9
Lesão por pressão 05 29,4
Pé diabético 06 35,3
Traumático 02 11,8
Outro 01 5,9
Aparência
Com necrose 04 23,5
Com infecção 03 17,6
Com esfacelo 10 58,8
Tratamento tópico utilizado
Nenhum 01 5,9
Papaína 02 11,8
Alginato 03 17,6
Óleo 06 35,3
Colagenase 04 23,5
Outros 01 5,9
Dor
38
Características Lesões n %
Não 05 29,4
Dor aguda não cíclica 05 29,4
Dor aguda cíclica 05 29,4
Dor crônica 02 11,8
Deslocamento do bordo
Não 14 82,4
Sim 03 17,6
Bordo
Eritema e calor 08 47,1
Borda endurecida 03 17,6
Rompimento 03 17,6
Pele descamada e seca ao redor da ferida 03 17,6
Na avaliação da pele e dos aspectos das feridas foi identificado que a houve
predomínio para o pé diabético (35,3%) e para as lesões por pressão (29,4%). A pele dos
pacientes apresentava-se muito fina (29,4%) ou descorada (23,5%). Na avaliação do bordo da
lesão o eritema (47,1%) e a ausência de descolamento foram prevalentes. No leito da lesão o
esfacelo esteve presente na maioria das lesões na avaliação inicial (58,8%). A dor foi presente
na maioria das lesões, onde a dor aguda cíclica e não cíclica apresentaram 29,4% cada
(Tabela 4).
Tabela 5 – Distribuição das aplicações do USBF e a média da área das lesões avaliadas
antes, após 5 e 10 intervenções. Acarape/CE-Brasil 2018.
Nº de aplicações de Ultrassom N Média da área (cm2) DP± Min Max
0 aplicações 17 64.18 79.66 5 270
5 Aplicações 17 43.65 53.99 4 182
10 Aplicações 17 27.18 42.87 0 156
Fonte: Dados da pesquisa
A avaliação das aplicações com a verificação da média da área da lesão possibilitou
identificar uma redução desde o início das aplicações do USBF. A redução da média do início
para a quinta aplicação foi de mais de 20 cm2 na média. A redução do tamanho inicial até a
décima sessão foi superior à 50%. Na avaliação, houve lesões que apresentaram cicatrização
na décima sessão. Salienta-se a variação das áreas da lesão, onde valores mínimos e máximos
encontravam-se distantes (Tabela 5).
39
A tabela seis aponta as diferenças entre as médias das áreas das lesões nos três
momentos de avaliação. A redução mais significativa ocorreu entre a primeira e a última
aplicação do USBF, com uma redução média de 37 cm2, com significância estatística
(T=3,32). A segunda avaliação pareada mais relevante ocorreu entre a primeira e a quinta
aplicação, em média, uma redução de 20,5 cm2, também com teste T significante (T=2,89). A
redução de mais de 50% entre a medida inicial e a décima aponta um dado relevante para
análise da intervenção com o USBF.
diabético, comparados com não diabéticos. Observa-se uma média da área da lesão superior à
média geral identificada na tabela 6. A média da área das lesões dos pacientes diabéticos
passou de 31,4 cm2 para 10,2 cm2, da avaliação inicial para a décima sessão. Entre os
pacientes não diabéticos, a redução foi de 77,8 cm2 para 34,2 cm2, na última sessão. Os
pacientes diabéticos apresentavam lesões menores que os pacientes não diabéticos. Contudo,
não houve diferença estatística entre as amostras pareadas na avaliação inicial, na quinta e
décima aplicação do USBF (Tabela 8).
Foi avaliada a média das lesões entre os pacientes que eram hipertensos com os não
hipertensos, voltados para análise das lesões com associações hemodinâmicas e
vasculogênicas. Nessa avaliação observamos que os cinco pacientes hipertensos apresentaram
médias das lesões desde a fase inicial até a décima aplicação do USBF. A menor diferença
das médias das lesões, comparando pacientes hipertensos e não hipertensos, ocorreu na
avalição após 5 aplicações do USBF (13,2 cm2) (Tabela 9).
Os pacientes com dor moderada foi os que tiveram menor variação antes e após a intervenção
(Tabela 10).
7 DISCUSSÃO
A segunda ocupação predominante do estudo foi a agricultura, este achada pode estar
relacionado a prevalência da agricultura na região nordeste do país (CASTRO, 2012).
Relacionando a idade com a origem da lesão, pode-se observar em estudo realizado
em Belo Horizonte que a maioria das lesões era associada às doenças crônicas e a minoria das
lesões de origem traumática, sendo que a população mais frequente foi de idosos (MACIEL et
al, 2014). Fato semelhante ocorreu também no estudo realizado na Paraíba, com predomínio
das lesões crônicas em indivíduos idosos (LIMA et al, 2016). Tais achados se assemelham ao
do presente estudo.
No entanto, uma pesquisa realizada em São Paulo mostrou prevalência de lesões
traumáticas, sendo a população jovem-adulta mais acometida (SQUIZATTO, 2017). Assim, a
análise permite verificar que pacientes mais jovens possuem a tendência de apresentar feridas
de origem traumática e pacientes idosos de feridas crônicas (LIEDKE, 2014; SOARES et al,
2015).
A raça parda mostrou-se predominante no presente estudo, porém outras pesquisas
realizadas com indivíduos portadores de lesões crônicas revelaram domínio da raça branca
(LIEDKE et al, 2014; EBERHARDT et al, 2016). Tal fato pode justificar-se pela prevalência
de indivíduos de raça parda na região do estudo (OLIVEIRA, TOMAZ, SILVA, 2014).
Estudos revelam baixos índices de escolaridade e de renda entre os indivíduos
portadores de feridas crônicas (MEDEIROS et al, 2013; OLIVEIRA et al, 2012; LIMA et al,
2016; SQUIZATTO et al, 2017), reafirmando os achados da presente pesquisa. O baixo nível
socioeconômico exerce influência negativa na compreensão dos cuidados necessários ao
tratamento das lesões, bem como aos cuidados de saúde em geral além de dificultar o acesso
aos serviços de saúde e aos recursos materiais (COSTA et al, 2012).
O nível de escolaridade pode repercutir na dificuldade de compreensão das
informações a respeito da conduta terapêutica da ferida, dificultando, desse modo, a sua
cicatrização. Assim, as orientações durantes as consultas devem ser claras, e o feedback de
entendimento destas informações deve ser questionado, permitindo a continuidade do
tratamento (de OLIVEIRA et al, 2016).
O nível de escolaridade é visto como um instrumento provocador para incentivar uma
prática educativa, tendo o poder de transformar a pessoa em sujeito ativo no seu processo de
saúde (GUIMARÃES, VIANA, 2012). Desta forma, é necessário identificar o perfil
econômico e educacional dos portadores de lesão, para que o profissional de saúde possa
melhor planejar suas intervenções visando não só a lesão cutânea como também o portador
com suas características e necessidades.
46
Comumente os indivíduos com lesões crônicas apresentam outras doenças que podem
interferir na cicatrização tecidual. Destacam-se como doenças de base a Hipertensão Arterial
Sistêmica e o Diabetes Mellitus, ambas interferem negativamente no reparo tecidual, pois
acarretam alterações no sistema circulatório tornando deficiente o processo de cicatrização,
podendo elevar o risco de infecções (OLIVEIRA, CASTRO, GRANJEIRO, 2013;
OLIVEIRA et al, 2012). Tais doenças de base encontram-se presentes em cinco dos sujeitos
do estudo.
O DM leva à neuropatia periférica, ocasionando diminuição da sensibilidade protetora
nos pés, facilitando o surgimento de lesões, além de tornar o sangue mais denso dificultando a
circulação e, consequentemente, o aporte nutricional e de oxigênio para a ferida, retardando o
processo cicatricial (CAIAFA et al, 2011).
A elevação crônica da pressão arterial também provoca alterações microvasculares. Os
vasos sanguíneos tendem a aumentar a espessura de sua parede, o que reduz seu lúmen.
Assim, diminui o fluxo sanguíneo periférico, reduzindo o suprimento de oxigênio e nutrientes
para a ferida. Além disso, a hipóxia local diminui a deposição de colágeno e inibe a ação
fagocitária, provocando retardo na cicatrização (AFONSECA et al, 2012).
Quanto à presença de hábitos como o tabagismo e o etilismo apenas um indivíduo
relatou fazer uso de bebida alcoólica, enquanto nenhum dos participantes afirma ser tabagista.
Estudos evidenciam a prática de fatores de risco associados às lesões crônicas (MOTOKI,
CARVALHO, VENDRAMIN, 2013; SQUIZATTO et al, 2017). Os achados do presente
estudo, baixo índice de tabagismo e alcoolismo, podem estar relacionados às intensas
orientações do serviço e às campanhas realizadas nos últimos anos no Brasil, pelo governo e
Ministério da Saúde, contra o fumo e a ingestão de álcool. Desta forma, é relevante conhecer
a ação destes agentes tóxiocs no organismo, em especial sob a cicatrização, para que as ações
de educação em saúde sejam mais eficientes.
A exposição crônica ao cigarro promove alterações vasculares importantes. A
principal delas é a vasoconstrição periférica, que reduz o lúmen dos vasos sanguíneos e
prejudica o aporte de oxigênio e nutrientes locais. Além disso, a nicotina, que representa o
principal componente do cigarro, dificulta o transporte do oxigênio nas hemácias, agravando
o quadro de hipóxia tecidual. A redução de oxigênio local, além de prejudicar a
neoangiogênese e a multiplicação de fibroblastos nas feridas, propicia microambiente
favorável para o crescimento de bactérias, aumentando o risco de infecção. Promove ainda
diminuição dos antioxidantes, especialmente a vitamina C, cuja principal função é a síntese
47
da secreção, além da pele perilesional, permitindo assim a correta indicação dos produtos
utilizados no tratamento (MARQUES et al, 2015).
Atualmente, existe um quantitativo considerável de produtos no mercado com o
intuito de favorecer o processo de cicatrização. Os principais produtos utilizados neste estudo
foram: ácidos graxos essenciais (AGE), colagenase, alginato e papaína. Estudo realizado em
ambulatório de cuidado com feridas do estado do Rio de Janeiro observou a utilização de
hidrogel em 30% dos pacientes, AGE em 23% e colagenase em 16% (OLIVEIRA, 2013).
No ambulatório de reparo de feridas de um hospital universitário os produtos mais
utilizados no tratamento das feridas crônicas foram hidrogel, o ácido graxo essencial, a
colagenase, a vaselina, a sulfadiazina de prata, o alginato de cálcio, a bota de unna, entre
outros (OLIVEIRA; CASTRO; GRANJEIRO, 2013).
A utilização de produtos diferentes nos serviços de curativo está relacionada às
características da lesão, como o tipo de tecido, a quantidade de exsudato e a presença de
infecção (LEITE et al, 2012). Grande parte dos produtos mantém o meio úmido, favorecendo
a multiplicação e migração celular, além de promover o desbridamento autolítico. As placas
como a hidrofibra com prata e de alginato de sódio e cálcio também apresentam a função de
absorção da secreção em excesso, além de serem antimicrobianas em função da prata
presente. A papaína e a colagenase, além de manter o meio úmido, possuem poder
desbridante, favorecendo a retirada de tecidos desvitalizados por sua ação enzimática (de
OLIVEIRA, 2013). Entretanto, a falta de produtos disponíveis nas instituições públicas tem
sido comum, levando o enfermeiro a interromper o tratamento e substituir o produto pelo
disponível (LEITE et al, 2012).
Entre os métodos de tratamento, o ultrassom tem sido um coadjuvante para auxiliar no
processo de cicatrização de feridas. O ultrassom, por meio de suas ondas, provoca o micro
fluxo em decorrência dos movimentos unidirecionais do campo ultrassônico e que originam
forças de tensão benéficas ao tratamento da ferida. Entre os efeitos fisiológicos do ultrassom,
destaca-se a de granulação de células de sustentação, alterações na função da membrana
celular, aumento dos níveis intracelulares de cálcio, aumento da angiogênese e da
permeabilidade vascular, estimulação da atividade fibroblástica e, consequentemente,
aumento da síntese protéica e da tensão elástica do colágeno (MALAGUTTI, KAKIHARA,
2014).
Em um estudo que avaliou a aceleração do reparo tecidual em modelos animais com
feridas cirúrgicas identificou que a utilização da terapia com ultrassom como coadjuvante em
conjunto com o gel de confrei (Symphytumofficinale L.) demonstrou melhora tecidual
49
Assim como o USBF, a terapia biofotônica do laser de baixa intensidade possui efeitos
similares, causando além do efeito cicatricial coadjuvante o alivio da dor em pacientes
submetidos a essa terapêutica, porém, com janela terapêutica menor do que a do ultrassom,
sendo a sua dose requerida mais precisamente calculada e com maior risco de injuria tecidual
em decorrência da sua administração incorreta. Apesar de autores apontares processos
biomecânicos similares entre o ultrassom, o LED (Light Emitting Diode) e o laser de baixa
intensidade na cicatrização de feridas, o LED não foi até o momento deste estudo avaliado
quanto a sua ação analgésica (ANDRADE, CLARCK; FERREIRA, 2014; KORELO;
FERNANDES, 2016; ANDRADE, 2016).
A redução na área da lesão e da dor foram achados semelhantes aos encontrados no
presente estudo. Destaca-se a redução dos pacientes que relataram dor intensa antes a
aplicação da terapia quando comparada após a intervenção. Reafirmando assim o efeito
analgésico da terapia ultrassônica.
A literatura abrange a terapia ultrassônica como um recurso coadjuvante no processo
de cicatrização de feridas. Dados relatados em estudos declinam para a viabilidade do uso
dessa tecnologia no cuidado de enfermagem. Esta tecnologia vem sendo utilizadas há alguns
anos no cuidado de feridas, principalmente por profissionais da área de fisioterapia, no
entanto a enfermagem vem se apropriando do uso deste recurso há poucos anos, o que remete
a necessita de divulgação e compreensão tanto por parte dos profissionais de enfermagem
quanto pelos usuários dos serviços de saúde para que haja maior aceitação e utilização deste
mecanismo na terapia de lesões de pele.
53
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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APÊNDICES
66
APÊNDICE A - TERMO
E-mail: [email protected]
Endereço do responsável pela pesquisa: Thiago Moura de Araújo
Endereço: Rua Conselheiro da Silva, nº 708, Centro, CEP: 60862610, Jardim
Violeta, Fortaleza-CE Telefones p/contato: 85-8902-6934/34740905
E-mail: [email protected]
CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO
PARTICIPANTE:
APÊNDICE B
2
3
4
5
ANEXOS
6
ANEXO A
7
8
9
10
ANEXO B
11
ANEXO B
12
ANEXO C