Pilotagem Geral
Pilotagem Geral
Pilotagem Geral
“Aquele que se retrai, perde-se; aquele que se dá, ganha-se. O dom de si é ao mesmo tempo criador, seja em
cada uma das personalidades, seja da comunidade”.
Pe. Henri Caffarel
1. INTRODUÇÃO
As equipes se propõem, desta forma, a ajudar os casais a serem fiéis ao projeto de Deus para o
seu matrimônio, pela vivência da espiritualidade conjugal.
O Movimento é um caminho para que o casal cristão viva o amor, a felicidade e a santidade.
O Casal Piloto - CP tem um papel estratégico, pois é dele que os casais esperam o exemplo de
vivência cristã, conjugal, familiar, comunitária e eclesial.
Da pilotagem dependerá a consciência de que a equipe é um organismo vivo, dinâmico, habitado
pelo Espírito de Deus, e o seu crescimento será de acordo com a abertura e disponibilidade a esse
mesmo Espírito e também do esforço de cada um.
A pilotagem tem que primar pela fidelidade ao carisma das ENS, pois ela assegura a unidade e a
força do Movimento.
O CP deve zelar para que cada reunião seja uma verdadeira celebração dos fatos e
acontecimentos vividos durante o mês. Cuidar para que ela não se transforme em uma simples
reunião onde se ora e se partilha.
O CP deve cuidar para que a equipe pilotada desenvolva personalidade própria, evitando ser
cópia da sua equipe de base.
A pilotagem tem como suporte os “cadernos de pilotagem” (entre 10 e 15, consoante cada
SR/RR), que contêm as orientações e os conteúdos a tratar em cada mês. Assim, a pilotagem
pode durar entre 1 e 2 anos.
O ritmo e a duração da pilotagem variam segundo o grau, mais ou menos profundo, do
conhecimento e da adesão dos casais à proposta do Movimento, em referência à sua Carta.
Se, durante a pilotagem, o casal piloto considerar que é necessário melhorar os conhecimentos
catequéticos dos casais, ele deve apresentar ao Setor uma proposta de prolongamento da
pilotagem, para permitir o estudo de um tema que ajude a equipe nesse sentido. Em todos os
casos, o casal piloto deve acompanhar a equipe até ao fim dapilotagem.
As Supra-Regiões têm à sua disposição um documento “O Casal Piloto” bem comoas “Fichas de
Pilotagem”, aprovadas pela ERI.
Estas fichas contêm os assuntos que devem ser considerados na elaboração dos “cadernos de
pilotagem” e devem ser utilizadas segundo as necessidades específicas de cada Supra Região ou
Região ligada directamente à ERI.
A pilotagem das equipes é assegurada pelo Setor, mas cada Região deve estar sempre informada
da evolução das pilotagens em curso. Com efeito, é uma fase essencial para a vida futura das
equipes e à sua integração no Movimento.
É na Pilotagem que se transmite o amor e o conhecimento daquilo que o Movimento tem de mais
forte, seu carisma: a Espiritualidade Conjugal.
2. QUE É PILOTAGEM?
É um período que corresponde à fase inicial da caminhada que um grupo de 5 a 7 casais optou por
fazer dentro das Equipes de Nossa Senhora.
3. PARA QUEM É DESTINADO A PILOTAGEM
A Pilotagem visa transmitir oss conhecimentos básicos sobre a proposta de vida do Movimento das
Equipes de Nossa Senhora, seu Método e sua História para:
Os casais, independente de sua maior ou menor caminhada espiritual, e ao Conselheiro Espiritual,
Os casais egressos da Experiência Comunitária,
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Os casais católicos que tem em comum a inquietação pela procura da felicidade e entrevêem nas
propostas cristãs um caminho a eles aberto na vivência do Sacramento do Matrimônio, e que não
tenham impedimento para participação plena nos sacramentos da Igreja.
5. OBJETIVO DA PILOTAGEM
A Equipe Responsável Internacional - ERI, reunida em Janeiro de 1996, definiu em Ata que: “O
objetivo da pilotagem difere daquele da catequese; pilotagem é essencialmente um treinamento
para os propósitos das Equipes de Nossa Senhora e o seu método para casais que
desconhecem o Movimento, mas que dele desejam participar . O ponto comum a todos os casais em
pilotagem é a sua falta de conhecimento do Movimento e sua maneira de formação." Portanto, o
objetivo segue três pilares:
Despertar os casais para o conhecimento pessoal, conjugal, familiar e social para que,
compreendendo essa realidade, possam assumi-la e procurem transformaá-la seguindo a
Vontade de Deus para a sua Vida e daqueles que os rodeiam.
Oferecer aos casai a possibilidade de vivenciarem a graça da Fé através:
• Da comunidade (Equipe), lugar de um verdadeiro encontro com o irmão,
• Do crescimento espiritual conjugal,
Dar-lhes a oportunidade de experimentar:
• O diálogo, caminho para o “dever de sentar-se” e para a “oração”;
• A leitura e a reflexão da Bíblia, caminho para “escuta da palavra” e a “meditação”;
• A “coparticipação” de suas vidas; para juntos buscam soluções para suas inquietações,
vivenciando o auxílio mútuo;
• Fazê-los perceber que a Reunião de Equipe, enquanto comunidade que celebra, não pode ser
improvisada, dai a importância da Reunião Prepararória;
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• Incentivá-los a avaliarem mensalmente a sua caminhada na formação da Equipe;
• Descobrir que a Equipe é um lugar especil para a evangelização permanente de cada casal e
sua família.
7. PROPÓSITO DA PILOTAGEM
As Equipes de Nossa Senhora, como Movimento da Igreja, possui um propósito claro, derivado de seu
Carisma que é a Espiritualidade Conjugal. Este propósito, que está explicitado no primeiro item do
documento “O que é uma Equipe de Nossa Senhora”, diz textualmente o seguinte: "Vem e Segue-
me”. Este apelo dirige-o Cristo a cada um de nós e a cada um dos nossos casais, convidando-os a
se abrirem sempre mais ao seu amor, para dar testemunho d’Ele, onde Ele os colocou. Alguns
casais, desejosos de corresponder a este apelo, tendo consciência da sua fraqueza, mas confiando
na graça do sacramento do Matrimônio e crendo na eficácia da mútua ajuda fraterna e na promessa
de Cristo – ‘Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles’
(Mt 18, 20) – decidem unir-se em equipe e pedem a um Movimento que os ajude. Tal é o propósito
comum aos casais das Equipes de Nossa Senhora.
9. MÉTODO DE PILOTAGEM
Neste contexto, método significa o conjunto de todos os meios oferecidos pelo Movimento,
dispostos convenientemente para alcançar o propósito das Equipes de Nossa Senhora.
Portanto, ele consiste em:
Aprender fazendo;
Verbalização da experiência de cada membro, no ouvir as colocações dos outros;
Na Ajuda Mútua;
Na Correção Fraterna;
No conhecimento da história do Movimento (paginas azuis do Vem e Segue-me e dos demais
documentos das ENS).
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Senhora e seus métodos. O ponto comum a todos os casais em pilotagem é sua falta de
conhecimento do Movimento e sua maneira de formação” (ERI,janeiro/96).
Após a Pilotagem, “torna-se necessário descobrir o sentido profundo da espiritualidade
conjugal, através do estudo de temas que abordem o amor conjugal, o Cristo e a Igreja". (A
Segunda Inspiração, 92), como segue:
1º ano de Equipe: Uso de material específico (“Vem e Segue-me” em 10 livretos), tudo no tempo
necessário (sem pressa...),
2º ano de Equipe: Reunião de Equipe (a partir de 2013),
3º ano de Equipe: Casamento, Sacramento do dia a dia.
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Reuniões de 1 a 10
Método:
Manual de Pilotagem.
Linha Tenática Pagina 20
Texto de Meditação
Partilha
Momento da Reunião Tema Reflexão/Estudo Páginas 21 a 24
Coparticipação
Refeição
Sistemática Como é? Página 25
Introdução dos PCEs Quando? Página 26
14. CONCLUSÃO
A Pilotagem é um período em que é plantada o desejo de transformar o grupo de casais em
comunidade eclesial. É o período em que os casais são convidados a partilhar com todos os
equipistas o carisma das ENS como um modo de ser verdadeiramente Igreja, a serviço da
construção do Reino de Deus.
Sendo a pilotagem a primeira formação em que os casais recebem no conjunto do Movimento, ela
tem que primar pela fidelidade ao Carisma das Equipes de Nossa Senhora, é esta fidelidade que
assegura a unidae do Movimento, sinal de sua força e atualidade.
Deverá ficar claro igualmente aos casais que as equipes não são uma sequencia de reuniões, mas
uma forma comunitária de se viver, em que a Reunião de Equipe é o ponto alto, uma verdadeira
“celebração” dos fatos e acontecimentos vividos durante o mês.
É na Pilotagem que os casais começarão a entender os objetivos da vida em comunidade proposta
pelo Movimento, como um caminho para que o casal cristão viva o amor, a fraternidade e a
santidade.
Da pilotagem dependerá a consciência de que a equipe é um organismo vivo, dinâmico, habitado
pelo Espírito de Deus e que cresce conforme a sua abertura e disponibilidade a esse mesmo Espírito
e o esforço de cada um.
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Sendo a Pilotagem um processo de formação, pois a transmissão do Método do Movimento nada
mais é do que isso, a pilotagem levará o casal, que se propõe a viver segundo o espírito de Deus, a
ser construtor de sua história, da história da sua comunidade, e a permitir, como cristão consciente,
optar por um carisma que o identifique.
Sendo a pilotagem a primeira formação comum que os casais recebem no conjunto do Movimento,
ela tem que primar pela fidelidade ao carisma das Equipes de Nossa Senhora; é esta fide- lidade que
assegura a unidade do Movimento, sinal de sua força e atualidade.
Esta etapa de formação é fundamental e indispensável. É o período inicial da vida em Equipe,
tendo como finalidade transmitir aos casais e ao conselheiro espiritual os conhecimentos de base
sobre a vida das ENS, sua pedagogia e organização, segundo a Carta e com a ajuda de um casal
piloto.
Se a reunião preparatória feita pelo Casal Piloto, Casal Animador e Conselheiro Espiritual é sempre
muito importante, durante a pilotagem ela adquire uma importância ainda maior, ensinando e
responsabilizando a cada mês o Casal Animador pela transformação do grupo em comunidade
eclesial.
“Jamais o apóstolo deve ficar insatisfeito por ocupar hoje uma posição e amanhã uma outra,
nem deve se sentir diminuído. Ao contrário, ele precisa ter consciência de uma única chamada: ‘
O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate por
muitos ’ .(Mt 20,28) Na verdade, podemos nos santificar em qualquer lugar e situação”
Francis Xavier Van Thuan (O Caminho da Esperança, p.65)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Curso de Casal Piloto: Áurea e Boros (CR – Região Centro-Oeste II), Brasília, 13 de março, 2004.
Reunião de Pré-Pilotagem: Região Rio IV
Encontro de Formação de Casal Piloto: Região São Paulo – Leste I, abril, 2007.
Manual de Pilotagem: Super Região Brasil.
Apresentação para Formação de Casais Piloto: Setores A e B, Santos, 2010.