Edicao01 Catequistas
Edicao01 Catequistas
Edicao01 Catequistas
Editorial
É com grande prazer e satisfação que lançamos a primeira
edição da revista Sou Catequista, uma revista 100% digital
(para ler on-line e em dispositivos móveis – tablets e
sou
smartphones com Android e IOS) e gratuita, com conteúdos
de formação e aprofundamento em diversos temas.
catequista
com mais de 2.500 visitantes únicos por dia e cerca de 9.000
seguidores no Facebook.
sou
tablets e smartphones.
28
14
ESPIRITUALIDADE MATÉRIA DE CAPA: TEST
E CATEQUESE por Moacir Beggo e Ana P
por Pe. Almerindo
CAMPANHADA
42
FRATERNIDADE
por Dom Eduardo
Pinheiro da Silva
00 sou
catequista
U
m catequista precisa ser, antes
de tudo, um líder. E liderar não é
20
é servir e trabalhar em prol de um projeto
diferente não recua, mas, sim, avança.
PAIXÃODE
rumos que precisam ser corrigidos e encorajando
a equipe a continuar caminhando. 46
ANUNCIAR Nem sempre as pessoas se dão conta do
por Alberto Meneguzzi quanto são importantes para o projeto do Pai. LITURGIA
Falta a percepção de que o convite que foi por Pe. Guillhermo
feito não é humano, mas, divino. Eis a razão
54
50 PEDAGOGIA
CATEQUÉTICA
COMUNICAÇÃO por Pe. Eduardo e
por Flávio Veloso Pe. Jordélio
TEMUNHAS DA FÉ 62
Paula Moreira Lima
58 DINÂMICAS
ROTEIROS por Sandra Avelino
CATEQUÉTICOS
por Angela Maria
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CURIOSIDADES
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REFLEXÃO
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g por Clécia Ribeiro
84
O CATECISMO
RESPONDE
70 72 86
CATEQUISTAS ESPECIAL DICAS DE LEITURA
NA REDE PAPA FRANCISCO NA JMJ
por Rosilana Negoseki Foggiatto
08 VOZ DO PASTOR
Anunciar e viver
F
alar sobre catequese já é por si só um A formação é primordial a um bom catequista,
grande desafio. Falar dela para catequistas mas isso de nada valerá se não aliarmos teoria
tão apaixonados e dedicados a anunciar e prática, alimentando nossa espiritualidade
o Evangelho talvez soe como pretensão. Então, e vivenciando o Evangelho onde quer que
nada melhor do que acreditar que esse texto estejamos. Conheço catequistas ótimos diante
pode ser um diálogo compartilhado entre de suas turmas de catequese, mas que não
tantos catequistas, já que as mídias muitas vão à Missa, vivem distantes da Eucaristia e,
vezes nos permitem interagir, fazendo com que consequentemente, estão alheios àquilo que
nos reconheçamos nas falas de outros, às vezes anunciam.
refutando-as, às vezes complementando-as.
Hoje — de catequista para catequista —, afirmo
Para começar, vou me situar no tempo e no que conhecer a minha Igreja, as famílias dos
espaço: sou catequista há quase 17 anos na catequizandos e suas realidades é imprescindível
Arquidiocese de Feira de Santana, Bahia. O meu à minha missão e isso tudo tem permitido que
“território” de evangelização é bem parecido eu contribua de maneira mais consistente
com os dos diversos rincões desse nosso imenso para evangelizar, seja em meu “território”, seja
Brasil: zona urbana, periferia, tráfico de drogas em sites e blogs com os quais eu colaboro ou
eminente, disseminação de pseudorreligiões, mesmo nas redes sociais, onde é valiosíssima a
famílias fragmentadas, exclusão social... experiência de anunciar Jesus Cristo. No entanto,
nada disso fará sentido se eu não ultrapassar
É nesse espaço, ora mais calmo, ora mais tenso, as paredes da sala de catequese e a tela do
que Jesus renova minhas forças, me impulsiona computador, procurando viver (ainda que
e reacende a chama do serviço que outrora limitada e pecadora) aquilo que anuncio.
assumi, concretizando assim a condição de
discípula missionária, fazendo-me seguir o
chamado latente e revelando-O em meu fazer
catequético, ao passo em que evangelizando
também sou evangelizada. Saudações catequéticas! s
Antes, o meu desafio era a minha formação
pessoal (conhecer documentos e me aproximar
mais da Sagrada Escritura) para ter respostas
diante das dúvidas mais recorrentes (dúvidas
pessoais e dos catequizandos). Percebi que a CléciaClécia Ribeiro
Ribeiro
formação não pode ser um momento pontual, Tem 33 anos, catequista desde os
pois ela nunca se esgota para quem ama Paróquia
16 naNossa Senhora
Paróquia Nossa Senhora do
verdadeiramente o que faz. Hoje, ao mesmo PerpétuoSocorro
do Perpétuo Socorro, Arquidiocese
tempo em que procuro conhecer mais a minha de Feira dede
Arquidiocese Santana, Bahia.
Colabora no
Feira de Santana, site Fé Católica
Bahia
Igreja, torno-me também responsável em ser com textos de reflexão sobre a
exemplo vivo da fé que propago, revelando-me catequese. Acredita que somos
catequista verdadeiramente — eis o meu maior verdadeiramente catequistas
desafio. à medida que assumimos o
compromisso cotidiano de
minimizar o “eu”, deixando
Deus falar em nós e agir por nós!
10 CAMPANHA DA FRATERNIDADE
A catequese a serviço
da vida dos jovens
Dom Eduardo Pinheiro responde a perguntas sobre a delicada responsabilidade
dos catequistas diante das provocações da CF 2013
A perene novidade que vem de Deus e é condição 299), mas é preciso envolver-se integralmente
imprescindível para o desenvolvimento da história no processo de formação, para provocar um
da Salvação encontra nos jovens a sua expressão, verdadeiro encontro com Jesus Cristo, que leva à
o seu olhar, o seu ardor, a sua voz... o seu coração. conversão, desperta o discipulado e a comunhão
Deus tem sempre “novidades” para nós: os jovens para que o catequizando passe a participar da
que nos rodeiam e para os quais somos chamados a missão (cf. Doc. Ap. 278).
amar, servir, valorizar!
Qual o papel do catequista diante das
A Igreja está preocupada com a fragilidade de provocações da CF 2013?
tantos católicos que, no envolvimento com a
dinâmica social, são pressionados a abrirem O catequista é um comunicador, faz a mediação
mão dos valores fundamentais do Evangelho, entre as pessoas e o mistério de Deus (cf.
que não são outra coisa que valores perenes e DGC156). Para isso deve estar sempre em busca
fundamentais para todos os homens e mulheres. de conhecer a Palavra de Deus para iluminar a
É urgente a formação da consciência para uma realidade para que a vida tenha sentido.
melhor integração fé-vida, princípio fundamental
O Papa Bento XVI aponta para a nossa
da catequese de iniciação cristã. Fazer essa
responsabilidade quanto a essa relação
experiência produz uma dupla satisfação: a
intrínseca entre Palavra de Deus e testemunho
de viver constantemente sintonizado com a
cristão: “Os jovens já são membros ativos da
proposta de Deus e a de poder contribuir com
Igreja e representam o seu futuro. Muitas vezes
o desenvolvimento da vida, da sociedade e
encontramos neles uma abertura espontânea
da história por meio da ética cristã. Estudar e
à escuta da Palavra de Deus e um desejo
praticar essa síntese vital tornará catequistas
sincero de conhecer Jesus. De fato, na idade
e catequizandos mais alegres e capacitados
da juventude, surgem de modo irreprimível e
discípulos missionários para os novos tempos!
sincero as questões sobre o sentido da própria
O catequista, se tem consciência da sua missão, vida e sobre a direção que se deve dar à própria
reconhece que sua vocação exige constante existência. A essas questões só Deus sabe dar
aprimoramento em diversas dimensões da fé. Não verdadeira resposta. Essa solicitude pelo mundo
basta transmitir conceitos ou doutrina (cf. Doc Ap. juvenil implica a coragem de um anúncio claro;
13 sou
catequista
devemos ajudar os jovens a ganharem confidência a experiência forte de um Deus próximo que
e familiaridade com a Sagrada Escritura, para lhe garantiu sentido de vida, com uma força
que seja como uma bússola que indica a estrada superior, transcendente, cuja racionalidade
a seguir. Para isso, precisam de testemunhas e ainda era incompreensível na sua totalidade.
mestres, que caminhem com eles e os orientem Muitas das grandes decisões na vida acontecem
para amarem e por sua vez comunicarem o mais pela motivação pessoal e segurança que se
Evangelho, sobretudo aos da sua idade, tornando- sente do que pelas elucubrações teóricas. Assim
se eles mesmos arautos autênticos e credíveis” aconteceu com Maria, com vários apóstolos,
(Verbum Domini, 104). com inúmeros jovens da história da Salvação e
da Igreja. Assim poderá acontecer com aquele
É importante também que o catequista demonstre jovem que transita em nossos ambientes
que seu testemunho decorre da sua intimidade católicos.
com Jesus. A amizade com Jesus, tão gostosa e
necessária, cuja iniciativa é dele mesmo, deve Nossa vocação de educadores nos compromete
ir além de um simples sentimento prazeroso. nessa essencial e delicada missão de auxiliar
O discípulo de Jesus forçadamente se torna os jovens para que sejam capazes de escutar os
divulgador dessa experiência tão marcante! Não grandes ideais e de dar respostas firmes, maduras,
se entende uma pessoa que se diz apaixonada comprometidas frente às perguntas deles.
por alguém que não fale desse alguém aos outros.
Nossas agradáveis e profundas experiências de Por fim, trago as palavras do Papa Francisco, na
relacionamento são naturalmente comunicadas homilia de Domingo de Ramos, conclamando
com brilho nos olhos, fogo no coração e mãos os jovens a participar da Jornada Mundial da
sedentas de ações concretas. Juventude: “Seja um sinal de fé para o mundo
inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom
Também essa é a chave do percurso do Ano da Fé, seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a
proclamado por Bento XVI: confessar a fé, celebrar mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos
a fé e testemunhar a fé (Porta Fidei, 9). para levar Jesus às periferias do mundo e da
existência. Três palavras: alegria, cruz, jovens”.
O “eis-me aqui, envia-me”, lema da CF, é a
resposta de quem se sente cativado, valorizado, Nosso testemunho e nossa proposta pedagógico-
comprometido. O amor experimentado por Isaías catequética têm, verdadeiramente, atraído as
é forte, envolvente e transformador; não há como novas gerações para entenderem e abraçarem
fugir nem por que fugir! com entusiasmo esse pedido do nosso Papa?. s
A IMPORTÂNCIA DO
ACOMPANHAMENTO
DOS PAIS NA
FORMAÇÃO
RELIGIOSA DOS
FILHOS por Pe. Almerindo
15 sou
catequista
16 ESPIRITUALIDADE E CATEQUESE
N
a década de 1980, o beato João Paulo
II já tecia um panorama sobre a real
situação familiar e nos presenteava
com a Exortação Apostólica Familiaris
Consortio onde, logo no início, podia-se ler:
“A família, como a Igreja, tem por
“A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e dever ser um espaço onde
talvez mais que outras instituições, tem
sido posta em questão pelas amplas,
o Evangelho é transmitido e de
profundas e rápidas transformações da onde o Evangelho irradia…
sociedade e da cultura. Muitas famílias Os pais não somente comunicam
vivem esta situação na fidelidade àqueles aos filhos o Evangelho, mas
valores que constituem o fundamento podem receber deles o mesmo
do instituto familiar. Outras tornaram-se
incertas e perdidas frente a seus deveres, ou
Evangelho profundamente
ainda mais, duvidosas e quase esquecidas vivido”1 (Paulo VI, EN n.71).
do significado último e da verdade da
vida conjugal e familiar. Outras, por fim,
estão impedidas, por variadas situações
de injustiça, de realizarem os seus direitos
fundamentais” 2.
Como fazer para que a família assuma seu “Consciente de que o matrimônio e a
papel no processo educativo da fé cristã dos família constituem um dos bens mais
filhos e seja lugar de valores morais, de oração preciosos da humanidade, a Igreja quer
e de abertura para Deus? Eis o problema. fazer chegar a sua voz e oferecer a sua
ajuda a quem, conhecendo já o valor do
Sabemos que a sociedade mudou. A matrimônio e da família, procura vivê-
família, como parte viva da sociedade, lo fielmente, a quem, incerto e ansioso,
também mudou, e essa mudança afeta anda à procura da verdade e a quem
o relacionamento dos seus membros. está impedido de viver livremente o
Sendo assim, a família tem dificuldades próprio projeto familiar. Sustentando
de se encontrar como família cristã e, com os primeiros, iluminando os segundos e
isso, vai diminuindo sua capacidade de ajudando os outros”4.
responder aos novos desafios, no que diz
respeito à fé e aos anseios mais profundos Quando a educação da fé é iniciada
do coração humano. na família é mais perceptível a sua
sou
17ESPIRITUALIDADE
catequista E CATEQUESE
1 PAULO VI, Exortação Apostólica Evangelli Nuntiandi 71, www.vatican.va [acessado em 14/5/2013].
2 JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio 1, www.vatican.va [acessado em 14/5/2013].
3 “A família é, em certo sentido, uma escola de enriquecimento humano. Mas, para atingir a plenitude de sua vida e de
sua missão, requer a comunhão de alma no bem-querer, a decisão comum dos esposos e a diligente cooperação dos pais na
educação dos filhos”. CONCÍLIO VATICANO II, Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et
Spes 52, Ed. Vozes, 12 ed., Petrópolis, 1978.
4 JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio 1, www.vatican.va [acessado em 14/5/2013].
6 “Num momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que a procuram destruir ou de qualquer modo
deformar, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, sente, de
modo mais vivo e veemente, a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família, para
lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio
Povo de Deus.” Cf. JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio 3.
7 A Familiaris Consortio apresenta nos números 66, 67, 68 e 69 a preocupação da Igreja com a preparação dos seus filhos
que desejam receber o sacramento do Matrimônio. Oferece, na presente exortação, os caminhos pré e pós-celebrativos do
sacramento. Tal objetivo é lançar diretrizes para que os jovens esposos percebam o amparo da Igreja na constituição de suas
Maria
mulher de fé
estrela da nova
Evangelização
por Pe. Alexandre
00
22 MARIA
A
“Nova evangelização para a e da evangelização. De fato, sua visita
transmissão da fé cristã” é tarefa transmite alegria e confirma a fé de Isabel,
primordial da Igreja nos dias de hoje evangelizando-a pela sua presença e
e, por isso mesmo, foi tema do Sínodo dos pelas palavras proféticas e libertadoras do
Bispos, realizado em Roma no último mês de Magnificat (cf. Lc 1,46-55).
outubro. Na mesma época, o Papa convidou
a Igreja a viver um “Ano da Fé, ao serviço do Além disso, nas bodas de Caná, o evangelista
crer e do evangelizar” (Bento XVI, Porta Fidei, João mostra como a ação de Maria ajuda
n. 12). Maria é a estrela que guia a Igreja a despertar a fé dos discípulos em Jesus: a
nesse processo de “Nova Evangelização” partir daquele primeiro sinal, realizado logo
e de “transmissão da fé”. Por isso, a última no início do seu ministério, “seus discípulos
proposição feita pelos bispos, ao final do começaram a crer nele” (Jo 2,11b). Mais que
sínodo, leva o belo título de “Maria, a estrela uma ajuda pontual aos noivos, a missão
da nova evangelização” (Propositio 58). principal de Maria em Caná é a mediação
ou a “transmissão da fé”. Assim, a Igreja
Paulo VI já a tinha chamado de “estrela
da evangelização sempre renovada”, na
Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi
(n. 82). Por sua intercessão e seu exemplo,
ela desperta a fé no coração dos homens e
mulheres do nosso tempo. Já nas páginas do
Maria é a estrela que guia
Evangelho de Lucas, Maria é apresentada a Igreja nesse processo de
como mulher de fé, considerada feliz
justamente porque acreditou nas promessas “Nova Evangelização” e de
do Senhor (cf. Lc 1,45). Uma fé lúcida, que
medita e questiona (cf. Lc 1,29.34), mas que “transmissão da fé
confia e se entrega (cf. Lc 1,38). Também
uma fé ativa, que a moveu imediatamente
ao encontro de Isabel, ao serviço da fé
23MARIA sou
catequista
CATEQUISTAS
EMPODERADOS
Envolva-se verdadeiramente com a catequese, a ponto de
fazer com que outros catequistas também sintam-se motivados
por Alberto Meneguzzi
25 sou
catequista
U
m catequista precisa ser, antes
de tudo, um líder. E liderar não é
fazer. Liderar é fazer alguém fazer.
E ninguém faz com que os outros façam
alguma coisa sem um trabalho conjunto
e de equipe. Criar uma equipe significa
engajar, capacitar e, acima de tudo, inspirar.
Líderes devem inspirar pessoas.
3
Leia, pesquise, in-
É tarefa que qualquer um faz, de forme-se, busque infor-
mações, pergunte, tire
qualquer jeito!
dúvidas. Um evangeli-
zador não pode ter dúvi-
*A parte de liderança deste texto foi inspirada num das a respeito do projeto de Deus.
artigo de Eugênio Mussak, publicado na página 134 da
revista Você S/A, edição de novembro de 2010. Li, gostei
Não é necessário ser um doutor para
e fiz algumas adaptações. evangelizar, mas precisamos de
informações, conteúdo, preparo para
* A parte sobre discipulado neste texto foi inspirada no argumentar e espalhar a palavra.
livro do teólogo José Comblin chamado Evangelizar,
páginas 26 e 27. O livro é leitura obrigatória para todos
os catequistas, ou alguém que atua como catequistas
4
acha que não é necessária nenhuma leitura ou estudo?
O livro Evangelizar foi publicado pela Paulus em 2010. Não guarde para si o
conhecimento adquiri-
5 dicas para melhorar o do. Partilhe, espalhe.
Quando estiver numa
trabalho em equipe função superior, empodere, pre-
pare alguém para trilhar o mesmo
caminho que você trilha. Um líder
precisa ter a capacidade de empod-
1
Aprenda a ouvir. Nos
encontros de catequistas e erar, preparar o terreno, criar novas
nas formações, a tendência lideranças.
é querer falar, expor situ-
ações. Mas é importante
ouvir. É no exercício da escuta que o Reze. Reze bastante.
5
aprendizado acontece de forma efetiva. Faça períodos de pausa
para a oração. É isso
que fortalece e encoraja
Dialogue. Converse. Par- um evangelizador para
2
tilhe situações da sua continuar a sua missão
caminhada. É na partilha
de vivências que crescemos
como evangelizadores. A
gente aprende e ensina.
Alberto Meneguzzi
É jornalista, relações públicas e catequista. Autor dos
livros Paixão de anunciar e Missão de anunciar, publi-
cados pelas Paulinas Editora.
28 MATÉRIA DE CAPA
29 sou
catequista
TESTEMUNHAS
da fé
A identidade e vocação do catequista
por Moacir Beggo e
Ana Paula Moreira Lima
30 MATÉRIA DE CAPA
U
ma das figuras mais queridas Em muitas localidades, onde faltam
e mais importantes em nossas infraestrutura e ministros consagrados
comunidades eclesiais é a do para estabelecer uma comunidade cristã, o
catequista. De acordo com a Comissão catequista é o único a manter acesa a chama
Episcopal Pastoral para a Animação da fé. Isso pôde ser visto pelos missionários
Bíblico-Catequética, atualmente existem franciscanos logo depois da sangrenta guerra
cerca de 800 mil pessoas dedicadas a civil de 30 anos em Angola e também depois
essa atividade em todo Brasil. “Além de da queda do Muro de Berlim, que pôs fim ao
serem educadores da fé, são discípulos e domínio cruel de 60 anos dos comunistas ateus.
missionários de Jesus Cristo”, como prega Nesses lugares, anônimos e clandestinos, os
a Encíclica Redemptoris Missio. catequistas mantiveram corajosamente a
atividade missionária e catequética.
Para o doutor em teologia, Frei Almir
Guimarães, os catequistas são como Todo catequista, esteja onde estiver, precisa
jardineiros que cultivam o jardim da fortalecer a sua fé e conhecer a razão de seu
fé. “Na realização de sua missão, os chamado e de sua missão evangelizadora a
catequistas fazem muito mais do que partir do chão onde está pisando, buscar uma
ensinar uma doutrina. Não são eles formação fundamentada nos ensinamentos
e elas professores e professoras. São de Jesus e da Igreja e deixar-se conduzir
testemunhas da fé”, reforça o frade, pelo Espírito Santo de Deus que é um só e,
com inúmeras publicações na área da portanto, conhece a realidade onde a fé será
Pastoral Familiar. Segundo Frei Almir, transmitida e acolhida.
o catequista é, antes de tudo, um cristão
que leva a sério sua fé. “São testemunhas Essa missão não é fácil, principalmente
do Evangelho e participantes de um quando olhamos à nossa volta e somos
mistério que eles vivem e querem bombardeados com apelos de um mundo
comunicar aos outros com amor”. fácil e consumista que seduz e surge como
via fácil na caminhada das crianças e dos
O testemunho específico que o catequista adolescentes no caminho a Deus.
dá a respeito da fé é o ensino. “O
catequista é chamado a tornar explícita
toda a riqueza do mistério de Cristo,
contida de modo global, desde o início,
no ato de fé. Ele ensina, faz perceber
e compreender, quanto possível, a
realidade de Deus que se revela e se
comunica”, explica Frei Almir.
os catequistas são como
O Diretório Nacional de Catequese
esclarece ainda: “A catequese não prepara
jardineiros que cultivam o
simplesmente para este ou aquele jardim da fé
sacramento. A recepção do sacramento é
consequência de uma adesão à proposta
do Reino, vivida na Igreja”.
31 sou
catequista
A IDENTIDADE DO
CATEQUISTA SE FUNDAMENTA:
• No chamado por Deus;
• Na vida de fé que vive
e transmite;
• Na maturidade humana e cristã;
• Na participação da missão da
Igreja a serviço da humanidade
Frei Almir insiste que as crianças devem Mas, ninguém melhor do que os protagonistas
receber de seus pais os primeiros elementos desta reportagem para falarem de sua missão,
da catequese que revelam o Pai que é bom, experiências e anseios. Entrevistamos seis
providente e que está nos céus, e para o qual catequistas de Estados diferentes e pudemos
elas voltarão o seu coração. Esta catequese perceber que, quase todas, partilham das
familiar, ou seja, uma catequese autêntica mesmas dificuldades e desafios na transmissão
que nasce na “Igreja doméstica”, precede, da fé na Igreja hoje.
acompanha e enriquece a catequese que se
dará mais adiante na Igreja de Jesus Cristo.
32 MATÉRIA DE CAPA
Ser catequista
Ser catequista é, antes de tudo, um
chamado, uma vocação, como a própria
Igreja define: “A catequese é uma ação
da Igreja e também um ressoar da
experiência de intimidade com o Senhor
que precisa estar impressa na vida
daqueles que se sentem chamados a
cumprir a tarefa da transmissão da fé que
Jesus nos deu quando disse: ‘Ide, fazei
discípulos meus... ensinando-os a observar
tudo que vos ordenei’ (Mateus 28,19)”.
é vocação
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
O que sempre me inspira
Para a catequista Yasmin Reis de Souza, da
Paróquia Santo Antônio do Menino Deus, da
em tudo é o 1º Manda-
Arquidiocese da Paraíba, o comprometimento mento de Deus,
é essencial: “Compromisso! Nenhuma palavra
descreve melhor a base desse ministério, “Amar a Deus sobre
dessa vocação fundamental na vida de todas as coisas como
todo cristão. Antes de qualquer sacerdote,
antes de qualquer diácono, leigo, existiu um a ti mesmo”.
catequista ajudando na formação para receber
os sacramentos. Para que isso existisse, houve
compromisso”, enfatiza Yasmin.
34 MATÉRIA DE CAPA
A importância
do testemunho
A missão confiada a todos os catequistas, muitas ou não do catequizando na fé, bem como na
vezes, não é fácil, e a responsabilidade é grande. sua postura de fé ante a sociedade em que se
Ser catequista não é simplesmente chegar à encontra e na qual é chamado a ser sinal da
sala de catequese e “jogar” o conteúdo. Por trás presença de Deus no mundo. Disso decorre
de cada encontro, estão horas de dedicação, a finalidade da catequese, a saber: levar os
formação e preparação. Essa dedicação não se cristãos a serem sinais de Deus no mundo”.
resume a poucas horas por semana, mas trata-se
da formação permanente do cristão.
Yasmin destaca que erroneamente se pensa no A catequese não tem
catequista como alguém que somente prepara
a criança para os sacramentos. “Acredito que, como finalidade única um
além de formar o catequizando, o catequista
tem como missão ajudá-lo em seu crescimento sacramento, mas colaborar
espiritual, que vai acompanhá-lo, com dúvidas
e questionamentos, durante toda a vida,
no crescimento espiritual e
especialmente os adolescentes, que vivem uma religioso dos cristãos
fase de descobertas. A catequese não tem como
finalidade única um sacramento, mas colaborar
no crescimento espiritual e religioso dos cristãos.
Vejo a catequese como uma pastoral de união, “É importante que o catequista testemunhe
onde se leva para casa uma base de nossa fé”. com a vida todos os valores passados na
catequese. O ensinamento da fé, as tradições e
Para a catequista Lucilene Maria da Conceição o conhecimento cristão da doutrina de nossa
Cruz, de Bacabal, no Maranhão, formação e religião não são uma mera matéria teórica, mas,
humildade são requisitos que ajudam a “moldar” antes de tudo, uma prática. Se a fé sem obras
o catequista. “Para ser um bom catequista é é morta e vazia, um catequista também não
necessário amar o ministério, estudar e conhecer pode ensinar aquilo que não testemunha pelo
a Igreja, a Palavra de Deus, ser obediente, exemplo de vida”, reforça Maurielly.
perseverante e viver a humildade”.
A catequista Filomena Teixeira, da Diocese de
Segundo Maurielly, o crescimento da fé de todo Luz, em Lagoa da Prata, Minas Gerais, reforça
catequizando depende muito do catequista. “O a ideia de que a fé e o exemplo de vida devem
catequista tem a responsabilidade de semear caminhar juntos. “As palavras comovem, mas
e, com a ajuda da família, fazer germinar em os exemplos arrastam. Se o catequista ensinar
cada um a grandeza da fé cristã. Assim, seu algo e sua vivência não for de acordo com o
papel é de suma importância e, dependendo ensinado, não convencerá quem o ouvir, mas
do seu desempenho, resultará no crescimento servirá de contratestemunho”, enfatizou.
35 sou
catequista
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
A passagem em que Jesus
diz a Pedro: “Apascenta mi-
nhas ovelhas”. Eu acredito
que ser catequista é uma for-
ma de apascentar as ovelhas
por meio da instrução dos
catequizandos (Jo 21,16-17).
“A exigência que faço de mim mesma é de dar o exemplo. Não consigo dizer, nos encontros,
o que eles devem fazer sem eu estar fazendo. E, quando faço, me sinto culpada, como se Deus
estivesse me cobrando”, complementa Fernanda Andreani.
36 MATÉRIA DE CAPA
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
“Impedam et superimpen-
dar” (Gastar e me gastar), o
versículo correspondente é
da Segunda Carta de Paulo
aos Coríntios 12,15, que diz:
“De muita boa vontade da-
rei o que é meu, e me darei
a mim mesmo pelas vossas
almas, ainda que, amando-
vos mais, seja menos ama- Yasmin Reis de Souza
Paróquia Santo Antônio do Menino Deus
do por vós”. Arquidiocese de Paraíba
Catequista da pré-catequese há cinco anos.
37 sou
catequista
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
“Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a
toda criatura!” (Mc 16,15).
Desafios de
nosso mundo
Catequizar neste mundo globalizado
implica enfrentar muitos desafios. Segundo
a catequista Nilva Margarete, de Maringá,
no Paraná, a catequese está na contramão
de uma sociedade que insiste em dizer que a
religião está ultrapassada e que “seus valores
mudam de acordo com suas necessidades”.
“À luz da Sagrada Escritura, confronto a realidade em que vivemos com os valores evangélicos
e as tradições cristãs. Ou seja, levar os catequizandos a identificarem a vontade de Deus em
suas vidas. Em síntese, procuro preparar a catequese de forma que os catequizandos escutem e
ponham em prática o apelo de Jesus: ‘Ser sal da terra’”, acrescenta Maurielly.
Mas, nenhuma dessas novas mídias pode substituir a família no papel de primeira catequista
dos filhos.
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
“Não se nos abrasava o coração, quando Ele nos falava pelo
caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32).
Acho que nosso coração, ao falar de Jesus e de Seus ensina-
mentos, tem que “arder”, temos que ter entusiasmo, estar
convictos do que falamos. Crer e anunciar.
00
40 MATÉRIA DE
MATÉRIA DE CAPA
CAPA
INSPIRAÇÃO BÍBLICA:
“Os que esperam no Senhor
renovam suas forças, criam
asas, como águias, correm e
não se fadigam, podem an-
dar que não se cansam”
(Is 40,31).
Nilva Margarete
Paróquia São José Operário
Diocese de Maringá
Catequista de Crisma há cinco anos.
42 BÍBLIA
Como
“bem”
usar a
Bíblia
na catequese?
por Frei Ildo Perondi
A Bíblia é uma carta de amor que Deus revelou ao seu povo, com o qual Ele
fez aliança. Por isso, é fundamental que a Bíblia seja conhecida. E, sobretudo,
os(as) catequistas devem ler e conhecer a Palavra de Deus, pois ela é a base
principal em que se fundamenta a nossa fé.
43 sou
catequista
LITURGIA
fonte que
ALIMENTA A
CATEQUESE
por Pe. Guillermo
48 LITURGIA
Q
uando tentamos novas iniciativas de Brasília, 17; DAp 100). Infelizmente, a discussão
reunir o povo nas paróquias, nem sempre desse problema ainda surge tímida entre os
encontramos resposta favorável. Então, responsáveis da ação catequética na Igreja.
pensamos: “O povo não quer saber da fé cristã”. Sem dúvida, podemos dizer com profundo
Mas, assistimos a multidões em torno a festas realismo e certa amargura que não percebemos
religiosas e santuários conhecidos... claramente a falência do nosso atual sistema
catequético.
Por outra parte, percebemos igrejas lotadas em
festas religiosas populares, assim, concluímos: Hoje presenciamos uma espécie de
“Nossa gente brasileira, sim, que é católica”. mundanização ou paganização da fé, na
Mas, assim sendo, por que tanto descaso com a vida
cristã, com a palavra que a Igreja ensina e proclama?
tempo pensava-se em “manter”, hoje deve ser alta e qualificada da vida cristã. A liturgia,
reproposto, de forma desejável e atraente. Como que encontra o seu sentido na experiência
afirmam os bispos de França, “O que ontem celebrativa (sacramental) do mistério pascal,
se chamava de ‘pastoral ordinária’, vivida educa-nos para sermos criaturas novas no
frequentemente como uma pastoral da acolhida, sentido paulino.
deve transformar-se, cada vez mais, numa
pastoral da proposta”. Devemos ir ao coração da fé Com estas palavras, que coloco a modo de
(Aller au coeur de la foi). introdução do tema que aprofundaremos
nos próximos artigos sobre a importância
Agora, para entrarmos decididamente num da liturgia no processo formativo dos
caminho de renovação catequética, é impossível catequizandos, desejo agradecer aos que me
deixar de lado o aspecto litúrgico, porque convidaram a colaborar nesta revista digital.
deixaríamos – a meu ver – um elemento
fundamental e essencial. A fé dos cristãos, O percurso que tentaremos será mais ou
especialmente dos católicos, é e não pode ser menos assim traçado: 1) aprofundaremos a
de outro modo senão fé acolhida, vivenciada e centralidade da Páscoa, para depois descrever
celebrada. Celebramos com alegria e exultação o em 2) uma interpretação antropológica e 3)
mistério do Cristo Pascal, centro e cume de nossa fé. assinalamos alguns critérios catequéticos a
partir da liturgia nutrida no mistério pascal.
É hoje inegável o significado educativo e
catequético da liturgia, pois, ela nos conduz Enfim, irmãos e irmãs, permitam-me insistir
eficazmente à centralidade da Páscoa do Senhor. sempre. Não esqueçam que a cada domingo,
A Páscoa, mistério central na experiência de vida Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente
cristã, faz-nos contemplar o profundo sentido esse grande acontecimento, no qual Jesus
do humano. Ela deve inspirar uma catequese Cristo venceu o pecado e a morte e derramou
que leve a educar os catequizandos, a uma visão Seu Espírito de amor e perdão sobre nós. s
Novos
métodos
Catequéticos por Flávio Veloso
O
catequista é como uma janela aberta sem sombra de dúvida dominava ambos os
ao exterior; por ela se mostra, sai talentos. As parábolas cheias de vida tiradas
ao encontro dos outros, e, de modo da natureza ou da essência humana são bem
inverso, permite que os outros entrem de conhecidas e constituíram a principal forma
alguma maneira em sua interioridade. Essa de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os
janela aberta é a faculdade de comunicação, ouvintes a pensar e descobrir diversos níveis de
uma faculdade quase ilimitada, que significados e aplicações.
exerceremos de diversas formas: palavra
falada ou escrita, gestos, imagens, sons, A exemplo de Jesus e seus interlocutores, “o
movimentos, etc. O que dizemos e fazemos, catequista comunicador deve saber modular
também o que calamos ou omitimos, são símbolos, parábolas, narrativas, testemunhos
formas de nos manifestarmos aos outros. que falam de uma fé livre e responsável.
A essas formas chamamos linguagem, Ao comunicador da fé é requerido saber
entendida por sua função simbólica. A usar todos os registros da comunicação: a
linguagem é, pois, o meio que permite exercer linguagem verbal e a não verbal, as imagens
a faculdade de comunicar e, por isso, a forma e os sons, obtendo na mídia ilustrações e
mais manifesta de comunicação. evocações, propondo novas metáforas da fé,
suscitando interesses e emoções, animando
A missão do catequista é fazer ecoar a experiências de fé no grupo de catequese”.
Palavra de Deus. Ele é, sobretudo, um
comunicador, por isso “é necessário que A evangelização constitui a missão
a catequese estimule novas expressões fundamental da Igreja em todo tempo e
do Evangelho na cultura na qual este foi cultura e o ensino da fé representa a obra
implantado.” (DGC 208). educativa da comunidade que conduz os
batizados à maturidade da fé. Com o Concílio
Jesus é um dos maiores exemplos de Vaticano II, a catequese tem alcançado uma
comunicadores, Seus ensinamentos, obras e fecunda renovação.
palavras foram registradas nos Evangelhos.
Na época de Jesus, a palavra escrita ainda Hoje, os meios de comunicação oferecem ao
não era facilmente disponível para a catequista novos recursos e novos percursos
comunicação em massa. Então, tornava-se para a educação da fé. Existem diversos
essencial que um mestre apresentasse seus materiais audiovisuais: as produções
ensinamentos de modo a serem claramente musicais, cinematográficas e televisivas;
compreendidos e memorizados. Isso exigia a multiplicidades de sites religiosos que
que o mestre fosse ao mesmo tempo um constituem novos e preciosos recursos para
poeta e um contador de histórias, e Jesus os catequistas.
52 COMUNICAÇÃO
O catequista tem, assim, “de repensar e de Quantas vezes realizamos nossas atividades
readaptar, cada vez mais, os instrumentos na catequese e ao falar sobre um determinado
de comunicação mais adequados para que a conteúdo depois verificamos que não houve uma
mensagem possa chegar ao destinatário, a fim verdadeira comunicação? Se quisermos tocar os
de promover uma profissão de fé viva, explícita e corações dos nossos catequizandos, seremos mais
atuante”. eficazes na transmissão da mensagem divina
usando múltiplas linguagens originais e interativas.
O educador da fé necessita avançar para o O uso da internet e das novas tecnologias na
uso de meios de comunicação de massa e dos catequese são formas de expressão à disposição do
equipamentos modernos de comunicação. As catequeta.
53 sou
catequista
CATEQUESE
capaz de usar os
instrumentos e as
novas tecnologias
oferecendo um
verdadeiro espaço
de comunhão e
de comunicação
interpessoal,
com grandes
vantagens: informação,
acessibilidade à realidade,
antes demasiado distante,
instantaneamente, novas
possibilidades. Trata-se de uma
linguagem com grandes potencialidades
comunicativas e criativas.
Flávio Veloso
É formado em Filosofia (Cearp – Centro de Estudos
da Arquidiocese de Ribeirão Preto), estuda
Pedagogia (Uniseb-COC) e é encarregado da Livraria
Paulus de Ribeirão Preto, SP.
54
00 PEDAGOGIACATEQUÉTICA
PEDAGOGIA CATEQUÉTICA
55 sou CATEQUÉTICA
PEDAGOGIA
catequista
Autoconceito
motivação e
aprendizagem
catequese
por Pe. Eduardo e Pe. Jordélio
56 PEDAGOGIA CATEQUÉTICA
10 PRINCÍPIOS
QUE AJUDAM
O CATEQUISTA
1 6
Para algumas aprendizagens
Motivação é um fator
a repetição é indispensável,
de grande importância
mas precisa ser feita de forma
para a aprendizagem.
interessante.
O catequizando tem mais O catequizando aprende
2 7
motivação para aprender melhor uma coisa nova
quando as coisas têm um quando já domina as
significado para ele. aprendizagens anteriores.
3 8
A história pessoal do Toda pessoa aprende melhor
catequizando precisa ser quando fica sabendo que foi
levada em conta. bem-sucedida.
4 9
O catequizando aprende As experiências de
melhor quando participa aprendizagem devem caminhar
ativamente do processo do simples para o complexo.
catequético.
As experiências
5 10
Elogios ajudam mais a de aprendizagem
motivar o catequizando devem caminhar do
do que críticas e punições. concreto para o abstrato.
Paz
va Euca
No risti
Boa a
us
De
ha
ria
Ma
59 sou CATEQUÉTICA
PEDAGOGIA
catequista
Fé
Contruindo um
ITINERÁRIO
CATEQUÉTICO
por Angela Maria
Pe. Guillermo
Am
60 PEDAGOGIA
ROTEIROS CATEQUÉTICA
CATEQUÉTICOS
Falando mais na prática, um itinerário catequético precisa observar os seguintes pontos: primeiro,
observar a quem ele se destina (crianças, adolescentes, jovens, adultos, deficientes...); em seguida, ver
os objetivos da catequese (Sacramentos, formação cristã...); verificar, por fim, o tempo que demanda essa
ação e a preparação dos “guias” (catequistas, introdutores) que irão trabalhar na condução do processo.
Só aí, então, construir o roteiro/itinerário, observando o seguinte:
Enfim, o itinerário descreve o que se fará, efetivamente, para se trabalhar o processo catequético,
o como chegar a cada um dos objetivos (pontos), que se pretende, ou seja, o ensino da fé e a vivência
cristã eclesial. s
a toda a criatura!”
(Mc 16,15).
por
Sandra Avelino
63 sou
catequista
A
credito na catequese como um
serviço missionário. Catequistas,
de um modo geral, não se Dinâmica dentro da
acomodam na pastoral da sagrada rotina.
Os catequistas tendem a ir onde catequese não pode e
existem catequizandos sedentos de
conhecimento. Catequistas vão à busca
não deve ser associada a
de conhecimento e aprofundamento para joguinhos e brincadeiras
poder preencher melhor seus pupilos.
para “passar o tempo”.
O Evangelho nos mostra que Jesus ensinava
por parábolas. Ele nos mostra que para
evangelizar é preciso falar a linguagem
Começarei pela dinâmica de quebra-gelo.
daquele que vai ouvir. Transpondo isso para
Esse tipo de dinâmica ajuda a tirar as
a catequese, podemos dizer que o catequista
tensões do grupo, desinibindo as pessoas
utiliza-se de dinâmicas para fazer-se ser
para o encontro. Pode ser um momento
compreendido por seus catequizandos.
informal em que os catequizandos se
O medo da associação da catequese com movimentam e se descontraem.
a escola faz com que, precipitadamente, Resgata e trabalha as experiências de
alguns catequistas tentem “animar” criança. E é recurso que quebra a seriedade
demasiadamente a catequese. Outros do grupo e aproxima as pessoas.
pretendem “animar” a turma, outros
Um bom exemplo é uma dinâmica
procuram maneiras lúdicas para explicar.
adaptada de quebra-gelo, que eu chamo
Proponho-me a fazer entender que dinâmica de Que santo sou eu?
dentro da catequese não pode e não deve ser
Objetivo: facilitar o entrosamento e a
associada a joguinhos e brincadeiras para
descontração do grupo em seu primeiro
“passar o tempo”. Quando acontecerem (não é
contato. Ajuda no reconhecimento e
preciso ter dinâmicas em todos os encontros),
estudo dos santos da nossa Igreja (como
devem ser bem planejadas e fundamentadas
nos pede a Porta Fidei).
na Bíblia. Ou seja, devem ter fundamento e
finalidade bem explícitos. Fundamentação Bíblica: Mt 5,48
Materiais:
Um pedaço Tempo de aplicação:
de papel com o
nome de santo 30 minutos
?
para cada Número máximo
de pessoas: 30
participante.
Pode ser também
o desenho da Fita crepe para prender Número mínimo
os papéis às costas
imagem.
de cada participante. de pessoas: 10
OBSERVAÇÕES
2. S
e a turma for ainda
muito tímida, o cate-
quista pode oferecer
um prêmio para quem
acertar primeiro.
Sandra Avelino
Sandra Avelino é catequista da Arquidiocese de Feira
de Santana e estudante de filosofia.
66 FILMES
ESE
EQU
CAT
67 sou
catequista
CATEQUESE
como ensinar e
por que estar nela?
por Pe. Air
68 FILMES
N
ão podemos tratar a catequese como
um mundo mágico, é um espaço de
trabalho árduo e constante. Temos a O catequista deve ser dócil,
mania de dizer que ela não é espaço escolar,
onde um ensina e o outro aprende. Enfeitamos sensível à realidade da
ainda mais o pavão quando dizemos que ali
o que deve dominar é o encontro de pessoas criança
interessadas em aprender umas com as outras,
catequistas e catequizandos.
Não é bem por aí. Tenhamos cuidado. De fato, Dito isso é bom lembrar que a catequese tem
catequese não é escola e catequistas não são tias o seu lugar de honra no coração da Igreja. Ela
ou tios, mesmo quando há parentesco entre os é o espaço de inserção da pessoa na vida de
dois. Mas não são os dois que ensinam. Quem Deus e da Igreja. Ouso dizer que comunidade
ensina, apresenta o conteúdo e deve dominá-lo sem catequese é comunidade que não cresce e
é o catequista. Quem aprende é o catequizando não estimula os fiéis a uma vida de comunhão
e uma inversão de papéis pode tornar o e de participação na Igreja.
aprendizado deste um desastre. Não se deixem
levar por essa história de que todos ensinam A catequese deve ser o lugar convergente da
e aprendem. O que acontece são partilhas comunidade. Por ela, o catequizando tem
pontuais, trocas de experiências e o catequista esse contato primordial com a sua fé que será
pode e deve sair renovado de um encontro após a primeira. A responsabilidade aqui não se
ter ouvido histórias e conhecido um pouco relaciona com a ordem da sala, o horário em
mais o catequizando. Fora isso, cada um deve que o catequizando chega ou a disciplina
exercer com propriedade o seu papel. durante o encontro. Ela está vinculada ao
69 sou
catequista
compromisso de anunciar Jesus Cristo e ser o Os filmes são uma possibilidade. Não devem,
porta-voz da Igreja para que a criança veja no obviamente, substituir o material que a
catequista o pilar de que ela necessita para ter comunidade tenha decidido usar. São ótimas
uma referência de vivência de fé. Se você acha opções para estabelecer uma linguagem
que a criança deve ser apenas a sua amiguinha direta com a criança e na própria formação do
em uma sala de encontro, talvez a catequese catequista.
não seja o seu lugar de apostolado.
A partir de agora vamos abordar e sugerir
O catequista deve ser dócil, sensível à realidade alguns filmes para a formação do catequista
da criança, mas deve saber o que ensina e fazê- e também para serem usados nos encontros
lo com autoridade. com os catequizandos. No próximo mês, nesta
coluna vamos tratar de um filme interessante
Há muitas metodologias de ensino e de sobre como a fé, ou a falta dela, pode afetar a
trabalho no labor da catequese. Hoje são vida do casal e, por conseguinte, a vida do filho.
inúmeros os artigos, vídeos, livros e materiais Como buscar nesse conteúdo uma reflexão sobre
didáticos de toda espécie e qualidade para que o amor, sobre a fé e como valorizamos as coisas
esse encontro entre catequista e catequizando e pessoas que estão ao nosso redor. E, ainda,
seja o menos traumático possível. Cabe, claro, como usar o vídeo no momento de encontro
a cada paróquia determinar o que mais lhe com o catequista ou com o catequizando.
convém. Mas, além dos materiais disponíveis,
é necessária uma boa dose de entusiasmo E por que estar na catequese? Bom, porque nela
por parte dos catequistas de participarem das temos a capacidade de transformar o mundo. E
formações e dos encontros necessários para isso deve nos bastar.
reciclagem e atualizações sobre todos os temas
pertinentes à catequese. Forte abraço, s
CONHEÇA
O BLOG DA
“Nena CATEQUISTA
“
Clique aqui
para acessar
o Blog
71 sou
catequista
C
atecismo, que em latim é catechismus,
originado do termo grego κατηχισμός,
significa “instruir a viva voz”, é um
ensino religioso, ou seja, o ensino oral da Utilizar o blog para
religião cristã, dos seus mistérios, princípios
e código moral. A catequese e as celebrações
evangelizar por meio
formam uma unidade no processo de da internet, fazer novas
iniciação à vida cristã.
amizades e trocar ideias é
Instruir pessoas que têm sede de Deus e de
Seus ensinamentos faz com que a pessoa não minha meta principal
pense só no que está ensinando, mas reviva
tudo o que Jesus nos ensinou, tendo sabedoria,
compaixão e humildade. “Vós sois o sal da terra
e a luz do mundo”, disse Jesus, e foi por meio
desses ensinamentos que fui educada, cresci troca de experiências, mas hoje vejo que
querendo ser útil a Deus e às pessoas. Ouvi posso levar a outros minhas ideias e minha
o Seu chamado e me tornei catequista. Na prática em auxiliar crianças e adolescentes,
juventude busquei, aprendi, evangelizei, indo mais adiante e avançando para águas
recebi a graça de formar uma família, mas mais profundas.
nunca me afastei da palavra de Deus.
Utilizar o blog para evangelizar por meio
O caminho é árduo e necessita de muitos da internet, fazer novas amizades e trocar
operários, por isso senti novamente o ideias é minha meta principal, mas meu real
chamado do Pai, voltei para a catequese objetivo é ser um pouco de Sal e Luz para
mais experiente na Palavra e busco crianças e jovens que necessitam da Palavra.
transmitir os ensinamentos da doutrina
católica, mostrando a cada catequizando Com humildade, procuro servir de exemplo
o caminho para seguir Jesus. Os tempos para outras pessoas, que, assim como eu,
mudam, a globalização envolve a todos sentiram o chamado de Deus. No meu blog,
e o que fazer para evangelizar? procuro ajudá-las nessa linda missão.
Pensando nisso, no avanço da tecnologia Tudo isso faz com que o meu trabalho
e no interesse dos jovens, criei meu blog, enquanto “instrutora de Jesus” seja
oblgdanena.blogspot.com.br. No começo gratificante e prazeroso. s
pensei apenas em um canal de informação e
CONFIRA 7 FRASES
MARCANTES DITAS PELO
PAPA DURANTE A JMJ
Durante a semana em que esteve no Brasil na Jornada Mundial da
Juventude, entre homilias e discursos, o Papa Francisco envolveu o
mundo com profundas frases.
73 sou CATEQUÉTICA
PEDAGOGIA
catequista
Pe. Alberione
também foi catequista!
Padre Tiago Alberione, fundador das Irmãs Paulinas, tinha grande amor pela catequese
P
or seis anos, quando era seminarista, foi catequista na catedral e na paróquia dos
Santos Cosme e Damião, na Itália. Estudou métodos de organização da catequese,
a fim de colaborar na formação espiritual, intelectual e pedagógica dos catequistas.
Participou de congressos catequéticos. Quando foi convidado pelo bispo a participar da
comissão catequética diocesana, fez do Catecismo estudo e missão particular.
Pe. Alberione compreendia a obra catequética como a primeira e fundamental:
“Ide e pregai, ensinai”. s
Fonte: Blog das Irmãs Paulinas
81 CURIOSIDADES
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Fonte: a Fonte: iago Albe
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Fonte: evangelhoquotidiano.org
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Fonte: is
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REFLEXÕES
fé
82
Vocação:
resposta de
N
em bem absorvemos as ricas e variadas mensagens da Jornada Mundial da Juventude e já nos
encontramos a celebrar, como todos os anos, o mês das vocações no Brasil. De fato, a própria JMJ
já teve também um forte apelo vocacional. Muitos jovens participantes, certamente, sentiram, de
maneira forte, a voz interior para viver bem a vida, não importando em qual estado de vida.
A primeira vocação é o chamado de Deus à vida e a vivê-la na correspondência com o desígnio de Deus.
A isso, o papa Francisco exortou os jovens de muitas maneiras, quando os encorajou a não perderem a
esperança, a não se conformarem com o consumismo e o hedonismo, a terem a coragem de ir contra a
corrente, a serem solidários... Viver, humanamente, de forma plena e frutuosa, também é parte da vocação à
fé e à vida cristã. O papa Francisco exortou os jovens a serem protagonistas de um mundo novo.
Agosto, mês das vocações, no Ano da Fé: que há de novo nisso? As vocações, na Igreja de Cristo, não são
compreensíveis a não ser à luz da fé. O que dá sentido à vida do Padre e à sua dedicação “às coisas de
Deus?” Por qual motivo alguém parte para as missões no meio de povos que não conhece e a eles dedica
sua existência inteira? O que explica alguém consagrar sua vida inteiramente a Deus, já neste mundo,
vivendo desapegado de coisas boas que a vida oferece? Como explicar que jovens continuem a casar e
casais vivam, mesmo com dificuldades, um casamento fiel, santo e sintonizado com a vontade de Deus?
A resposta é só uma: a fé, como resposta a Deus, fruto de uma profunda experiência de Deus. A fé
verdadeira faz perceber a vida a partir de um horizonte novo, que não despreza o horizonte das
realidades humanas e das deste mundo; a fé é uma luz sobrenatural que se irradia sobre toda a realidade
e a faz conhecer a partir do olhar de Deus. Não é por acaso que o título da encíclica do papa Francisco
sobre a fé é: Lumen Fidei – A Luz da Fé. A fé, dom de Deus, dom sobrenatural, dá uma capacidade que vai
além da nossa natureza. Na Carta aos Hebreus lemos que “a fé é um modo de já possuir o que ainda se
espera; é a convicção a respeito de realidades que não se veem” (Hb 11, 1).
83 sou
catequista
Sem fé, não há vocação sacerdotal ou religiosa, nem vocação ao matrimônio ou verdadeira vocação
laical. “Sem a fé, é impossível agradar a Deus, pois é preciso crer que Ele existe e recompensa os que
dele se aproximam”, diz ainda a Carta aos Hebreus (11, 6). A vocação, no sentido cristão e eclesial,
nasce e se desenvolve no diálogo da fé, na consciência das pessoas, no ambiente de oração, de
escuta da Palavra de Deus e de prática da vida cristã. Sobre isso, falou de maneira magistral o beato
João Paulo II na Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis – Dar-vos-ei Pastores...
Muitas vezes se pergunta: Por que as vocações diminuem? Por que não despertam novas vocações
sacerdotais e religiosas? As respostas podem ser várias, mas a principal é esta: por causa da
generalizada crise religiosa e da crise de fé. A abundância de religiosidades ainda não significa
abundância de fé cristã. Sem um clima de fé nos vários ambientes que formam e marcam as pessoas,
dificilmente surgem vocações; a fé, experimentada e vivida pessoal e eclesialmente, torna possível o
surgimento das vocações.
A vida na fé, consciente, serena e alegre, faz perceber e valorizar o chamado de Deus; ao mesmo
tempo, torna possível cultivar e manter uma ordem de valores e escolhas na vida, para perseverar
na resposta ao chamado de Deus. A conclusão necessária, pois, parece-me ser esta: ajudar os jovens
a terem uma boa iniciação à vida cristã, como “vida na fé”, nos vários ambientes em que eles vivem.
Mas, sobretudo, nos espaços da família e da comunidade eclesial. Isso ainda é possível? A JMJ foi
uma amostra dessa possibilidade. s
Sobre a
Vocação
Humana
§ 2º – O desejo de Deus
Ao criar o homem à sua imagem, o próprio Deus inscreveu no coração humano o desejo de O ver. Mesmo
que, muitas vezes, tal desejo seja ignorado, Deus não cessa de atrair o homem a Si, para que viva e encontre
Nele aquela plenitude de verdade e de felicidade que ele procura sem descanso. Por natureza e por vocação,
o homem é um ser religioso, capaz de entrar em comunhão com Deus. É este vínculo íntimo e vital com Deus
que confere ao homem a sua dignidade fundamental.
Catequese Infantil
Esta obra visa à preparação final e objetiva para a Primeira Eucaristia.
Seu conteúdo abrange os principais temas bíblicos, mandamentos e
sacramentos. É um verdadeiro resumo da fé cristã. A autora apresenta as
verdades da fé de maneira simples, mas profunda, procurando atender a
catequistas e catequizandos.
Autora: Alaice Mariotto Katter
Acesse o site Editora: Ave Maria
Páginas: 96
Manual do Catequese
Uma obra inédita no Brasil, que apresenta todo o processo que será transmitido para
o catequizando em cada fase, da Eucaristia até a Crisma. Ajuda a evitar a repetição de
temas e uma catequese de improviso. Todo o tema é fundamentado na Escritura e no
Catecismo para que seja transmitido com seguranção. A obra atende às exigências do
desenvolvimento da criança e do adolescente, bem como à necessidade de iniciar os
adultos na vida cristã.
Autor: Pe. Flávio Jorge Miguel Junior
Editora: Edições Loyola
Páginas: 168
Acesse o site
Quantos
Passos
damos com
o Mestre?
O conteúdo desta obra foi
propositalmente elaborado para
ser usado como apoio aos grupos
formados por jovens ou adultos
que acabaram de participar pela
primeira vez da Eucaristia.
Tem como objetivo levar à reflexão
e apoiar os grupos, oferecendo-
lhes orientações para que seja
adotada certa disciplina de modo
que reflitam e direcionem suas
vidas em anúncio, ação apostólica
e testemunho, respondendo a si
mesmo: “Quantos passos dei com o
Mestre?”.
Indicado para grupos de
reflexão, de oração, agentes
pastorais, catequistas, sacerdotes,
seminaristas, religiosos e religiosas,
leigos, enfim, a todos aqueles que
têm em comum o Evangelho.
sou
catequista