Tfg2 Anderson Robinson 2023
Tfg2 Anderson Robinson 2023
Tfg2 Anderson Robinson 2023
FEIRA DE SANTANA
2023
ANDERSON ADEMIR ROBINSON
FEIRA DE SANTANA
2023
Dedico este trabalho ao meu amor, por
todo seu apoio incondicional durante todos
estes anos e por a cada dia servir como
inspiração pessoal e profissional.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
1.1 TÍTULO ......................................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 15
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 17
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 17
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 17
1.4 METODOLOGIA ........................................................................................... 18
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................ 20
2.1 ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL E O ENSINO EM TEMPO
INTEGRAL ................................................................................................................ 20
2.2 O NOVO ENSINO MÉDIO E O ENSINO EM TEMPO INTEGRAL ............... 21
2.3 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA E O AMBIENTE ESCOLAR ..................... 21
2.4 A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED – LEADERSHIP IN ENERGY AND
ENVIRONMENTAL DESIGN ..................................................................................... 22
2.5 O LEED BD+C: ESCOLAS ........................................................................... 24
2.6 DEFINIÇÕES DE TERMOS ......................................................................... 26
2.7 PROJETOS REFERENCIAIS ....................................................................... 26
2.7.1 Colégio Distrital Rogelio Salmona ............................................................ 26
2.7.2 Gökçeada High School Campus................................................................ 33
2.7.3 Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen ............................. 39
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE PESQUISA .................................................. 48
3.1 ASPECTOS FÍSICOS ................................................................................... 48
3.1.1 Localização e Critérios de Escolha ........................................................... 48
3.1.2 Topografia ................................................................................................... 51
3.1.3 Massas Vegetacionais e Águas ................................................................. 55
3.1.4 Clima, Insolação e Ventos ......................................................................... 58
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................................... 65
3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS ........................................................................ 67
3.4 ASPECTOS LEGAIS .................................................................................... 69
3.4.1 Lei Complementar nº 118/2018 – Lei de Ordenamento do Uso e da
Ocupação do Solo ................................................................................................... 69
3.4.2 Lei Complementar nº 119/20182018 – Código de Obras ......................... 72
3.4.3 NBR 9050:2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos ........................................................................................... 73
3.4.4 Instrução Técnica n° 11/2016 – Saídas de emergência ........................... 82
3.5 ASPECTOS URBANOS E PAISAGÍSTICOS ............................................... 83
3.5.1 Uso e Ocupação do Solo ........................................................................... 83
3.5.2 Gabarito ....................................................................................................... 84
3.5.3 Sistema Viário e Mobilidade Urbana ......................................................... 86
3.5.4 Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos e de Lazer .......................... 88
4 O PROJETO ................................................................................................. 89
4.1 CONCEITO ................................................................................................... 89
4.2 PARTIDO ...................................................................................................... 89
4.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ............. 90
4.4 FUNCIOGRAMA ........................................................................................... 93
4.5 ZONEAMENTO ............................................................................................ 95
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 96
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 97
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 TÍTULO
1.2 JUSTIFICATIVA
empreendimento. Embora o Brasil seja um dos países com mais projetos buscando
esta certificação e exista um protocolo específico para escolas sustentáveis, o LEED
BD+C: Escolas v.4.1, atualmente, apenas duas escolas brasileiras possuem este tipo
de certificação (GBCB, 2022a).
Deste modo, este trabalho, ao propor o desenvolvimento do anteprojeto
arquitetônico para uma Escola de Ensino Médio em Tempo Integral, em Feira de
Santana – BA, utilizando um sistema validado de certificação ambiental internacional,
justifica-se por diversos aspectos, sejam eles sociais, econômicos, ambientais e
arquitetônicos, tais como ampliação da oferta na rede pública da cidade,
proporcionando o acesso de jovens à educação de qualidade, criação de um novo
equipamento público para a comunidade local com espaços de esporte, cultura e
lazer, uso de mão-de obra e materiais locais, redução do consumo de materiais e
energia durante a obra, aproveitamento energético e valorização de resíduos e
melhoria do desempenho energético e conforto ambiental, podendo servir como
referência arquitetônica para projetos públicos vindouros e promovendo a difusão
deste tipo de certificação no Brasil.
1.3 OBJETIVOS
da carga horária anual para alunos do Ensino Médio e possibilita a flexibilização dos
arranjos curriculares, estabelecendo um programa de necessidades adequado;
b) Compreender as diretrizes, pré-requisitos e critérios estabelecidos pela
Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental Design;
c) Implantar a proposta projetual de modo a promover o desempenho ambiental
em uma edificação educacional;
d) Criar espaços que promovam o desenvolvimento integral dos alunos, bem
como a oferta de equipamentos de esporte, cultura e lazer que atendam à comunidade
do entorno;
e) Otimizar os fluxos entre os espaços criados e o exterior de modo a facilitar a
interação entre a comunidade escolar e o seu entorno.
1.4 METODOLOGIA
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
arquitetônico desenvolvido por João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, tem por
destaque aspectos de conforto ambiental do espaço construído (SOBRINHO e
PARENTE, 1995).
Figura 2 – Áreas de Avaliação dos Projetos na Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy
and Environmental Design
Figura 3 – Níveis de Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental Design
Crédito DivulgaçãoeOtimizaçãodeProdutodoEdifício–DeclaraçõesAmbientaisdeProduto 2
Crédito DivulgaçãoeOtimizaçãodeProdutodoEdifício–OrigemdeMatérias-primas 2
Crédito DivulgaçãoeOtimizaçãodeProdutodoEdifício–IngredientesdoMaterial 2
Crédito Gerenciamento da Construção e Resíduos de Demolição 2
Sub-total 13
Qualidade do Ambiente Interno Pré-requisito Desempenho Mínimo da Qualidade do Ar Interior Obrigatório
Pré-requisito Controle Ambiental da Fumaça de Tabaco Obrigatório
Pré-requisito Desempenho Mínimo Acústico Obrigatório
Crédito Estratégias Avançadas de Qualidade do Ar Interior 2
Crédito Materiais de Baixa Emissão 3
Crédito Plano de Gestão da Qualidade do Ar Interior da Construção 1
Crédito Avaliação da Qualidade do Ar Interior 2
Crédito Conforto Térmico 1
Crédito Iluminação Interna 2
Crédito Luz Natural 3
Crédito Vistas de Qualidade 1
Crédito Desempenho Acústico 1
Sub-total 16
Inovação Crédito Inovação 5
Crédito Profissional Acreditado LEED 1
Sub-total 6
Prioridade Regional Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Sub-total 4
TOTAL 110
FP Arquitectura Bogotá,
2019 10.762 m2
Medellín, Colômbia Colômbia
27
LEGENDA:
LEGENDA:
Os diferentes pátios podem ser configurados como extensões das salas de aula
(Figura 8), atividades recreativas (Figura 9), atividades esportivas (Figura 10) e
atividades culturais (Figura 11).
Embora o tijolo tenha sido usado para dar materialidade ao projeto, a
transparência é usada como um recurso para integração e continuidade espacial,
dando aos ambientes um caráter aberto e flexível. A vinculação entre os ambientes é
possível através de portas deslizantes e dobráveis que integram espaços como
laboratórios, oficinas e salas de aula, além de uma grande porta que integra o auditório
ao pátio central.
31
Figura 12). O campus foi planejado para atender aos alunos e todos os
habitantes da ilha, integrando todos à vida urbana e superando a falta de instalações
sociais do local. Os habitantes da ilha podem acessar livremente a praça aberta,
cercada de instalações sociais e compartilhar a biblioteca, a sala de conferências, o
centro esportivo e as instalações ao ar livre, criando uma interação social rica.
LEGENDA:
Dormitórios Biblioteca
LEGENDA:
Oficinas
LEGENDA:
Biblioteca
Figura 17 – Gökçeada High School Campus – Diagrama das Áreas Comuns Internas
O edifício está dividido em três níveis e o acesso se dá pelo nível térreo. A partir
do hall de entrada, pode-se chegar aos espaços auxiliares, tais como sanitários
masculinos e femininos, à arquibancada ou, ainda, às escadas que dão acesso ao
subsolo e ao nível superior. A circulação vertical se dá apenas por escadas, não
havendo rampas de acesso ou elevadores (Figura 20).
41
Figura 20 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa – Pavimento Térreo
LEGENDA:
Hall de Entrada
Arquibancadas
Espaços Auxiliares
LEGENDA:
Quadras Esportivas
Vestiários
Espaços Auxiliares
Figura 24 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa – Pavimento Superior
LEGENDA:
Salão de Ginástica
Espaços Auxiliares
Figura 25 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Salão de Esportes com Bola
LEGENDA:
Hall de Entrada
Arquibancadas
Espaços Auxiliares
Quadras Esportivas
Salão de Ginástica
LEGENDA:
Quadras Esportivas
Arquibancadas
Salão de Ginástica
3.1.2 Topografia
Figura 33) mostra o sentido dos escoamentos das águas ao longo da área
analisada, indicando que parte deste ocorre, justamente em direção ao terreno em
estudo.
52
O terreno selecionado tem uma área total de 14.763,22 m 2 (Figura 34). Com
forma irregular, o lote é limitado a oeste pela Avenida Francisco Fraga Maia, ao norte
pela Rua Miranda, uma área verde residencial e uma instituição a leste e um comércio
de grande porte ao sul. O terreno tem como medidas 144,88 m (oeste), 85,53 m
(norte), 150,00 m (leste) e 119,90 m (sul). As cotas de suas extremidades são 235,75
m (noroeste), 236,48 m (nordeste), 237,34 m (sudeste) e 235,43 m (sudoeste).
53
baixo do terreno, com altura de 234 m. Segundo Mascaró (2003), declividades entre
2,00% e 7,00% são ideais para qualquer uso. Além disso, declividades inferiores a
7,00% favorecem a circulação de pedestres e cadeirantes. Já terrenos com
declividade inferior a 2,00% devem ser evitados, pois terão dificuldades de drenagem.
A análise do Corte BB mostra que, a partir da Avenida Francisco Fraga Maia, o terreno
possui declividades de 2,27%, 2,31%, 3,58% e 3,26%. Mais uma vez o local suscetível
a empoçamentos e alagamentos condiz com os pontos mais baixos do terreno, o que
indica a necessidade de aplicar medidas que garantam a microdrenagem, o
armazenamento e a destinação adequada das águas pluviais. A topografia
apresentada é viável para a implantação do projeto, necessitando um nível baixo de
intervenção.
Embora seja um bairro adensado, há, ainda, algumas áreas com vegetação
preservada. Na poligonal analisada, ganham destaque a área onde será implantada a
Escola Pública de Ensino Médio em Tempo Integral, entre a Avenida Francisco Fraga
Maia e a Rua Miranda, a área verde a oeste, localizada entre a Avenida Francisco
Fraga Maia e a Avenida Casemiro de Abreu, e área verde a leste, localizada na Rua
Miranda (Figura 36).
56
Figura 38 – Terreno visto a partir da esquina da Avenida Francisco Fraga Maia com a Rua Miranda
O estudo de incidência solar nas fachadas foi realizado pela análise da Carta
Solar para a latitude especificada para o terreno, obtida pelo software Analysis SOL –
AR 6.2. Este estudo possibilitou identificar o comportamento da insolação em cada
uma das fachadas do terreno, o que embasará as medidas de proteção solar a serem
adotadas no projeto.
no Bairro Cidade Nova e 2,96% no Bairro Parque Ipê. Deve-se considerar, ainda, que
9,02% da população tinha entre 15 e 19 anos (50.211 pessoas). Considerando o
público-alvo pessoas de 0 a 14 anos, já que são os que ingressarão no Ensino Médio
nos próximos anos, das 134.070 pessoas que viviam em Feira de Santana, 8,20% da
população da cidade vivia nestes três bairros, sendo 3,87% no Bairro Mangabeira
(5.184 pessoas), 1,44% no Bairro Cidade Nova (1.925 pessoas) e 2,89% no Bairro
Parque Ipê (3.870 pessoas).
A Região Metropolitana de Feira de Santana – RMFS é formada por seis
municípios, sendo eles Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe,
Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho (FNEM, 2022). A Região
Metropolitana de Feira de Santana ocupa uma área total de 2.265,426 km2, o que
equivale a 0,40% da área total do Estado da Bahia, que é de 564.733, 177 km2. Já
Feira de Santana possui uma superfície territorial de 1.304, 425 km2 e sua densidade
demográfica é de 416,03 habitantes/km2 (IBGE, 2022).
Em 2019, o Produto Interno Bruto – PIB de Feira de Santana era de R$
14.898.191,63 e o Produto Interno Bruto – PIB per capita era de R$ 24.229,74, com
predominância econômica do setor de serviços, seguido da indústria e agropecuária
(IBGE, 2022).
Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM, em 2010, o
valor para Feira de Santana era de 0,712, o que demonstra um aumento de 21,71%
em comparação ao valor de 2000, que era de 0,585. Em relação ao componente
Educação, o índice aumentou 40,68%, indo de 0,440 em 2000 para 0,619 em 2010.
Este componente é definido a partir de indicadores que consideram o fluxo escolar de
crianças e jovens, a expectativa de anos de estudo e a escolaridade da população
adulta (ATLAS, 2022).
70
A análise dos aspectos legais da área de estudo foi realizada de acordo com a
Lei Complementar nº 118, de 20 de dezembro de 2018, que institui a Lei de
Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo – LOUOS, na área urbana e de
expansão urbana do município de Feira de Santana (FEIRA DE SANTANAa, 2018).
O empreendimento está associado à atividade de Educação, subcategoria
Educação Média de Formação Geral, compreendendo escola de qualquer porte, uso
Institucional, grupo In – 2, subgrupo In – 2.1. Em relação às Zonas de Uso da área
urbana e de expansão urbana do Município de Feira de Santana, o empreendimento
está inserido na Zona 06 – C2 – Concentração Linear de Usos Múltiplos, já que o
acesso ao imóvel estará diretamente ligado à Avenida Francisco Fraga Maia. Para a
Zona 06, são permitidas as atividades institucionais de todos os tipos. De acordo com
os critérios de compatibilidade locacional a usos institucionais, grupo In – 2, subgrupo
In – 2.1., não há restrições de uso e ocupação do solo, já que todos os critérios são
atendidos, incluindo o tipo de via que dá acesso ao sistema viário, oferta de serviços
públicos de água e eletricidade, bem como a distância mínima em relação aos usos
existentes no entorno, inclusive aos empreendimentos dos grupos de uso Id – 2, CS
– 1.4, CS – 2.6, CS – 6.2, CS – 10.2, CS –10.3, In – 7 e In – 11.3.
Quanto à Hierarquização do Sistema Viário, a Avenida Francisco Fraga Maia é
classificada como Via Arterial – VA, do tipo IV, destinada a atender a grandes
demandas de viagens urbanas, assegurando melhor fluidez no tráfego, adequadas
condições de acesso e circulação dos transportes coletivos, bem como segurança na
travessia de pedestres, conciliando os tráfegos de passagem local. Esta via apresenta
pista dupla com duplo sentido, separada por canteiro central e faixa para
estacionamento e passeio nos dois lados da via. Para lote lindeiro a este tipo de via,
o passeio deverá ter largura mínima de 6,00 m. Já a Rua Miranda é classificada como
Via Coletora – VC, que tem como função coletar e distribuir o tráfego de todas as
nucleações residenciais e comerciais, de serviços e outros, efetuando a alimentação
71
As portas, quando abertas, devem possuir um vão livre maior ou igual a 0,80m
de largura e 2,10 m de altura, inclusive as portas de sanitários e vestiários, garantindo
o deslocamento frontal e lateral, conforme Figura 52, Figura 53 e Figura 54.
77
Deve-se considerar, ainda, que os boxes comuns tenham portas com vão livre
de 0,80 m e uma área livre com no mínimo 0,60 m de diâmetro. A fim de facilitar o
socorro à pessoa, caso necessário, recomenda-se que as portas abram para fora
(Figura 56).
Já para os mictórios, deve ser prevista uma área de aproximação frontal para
P.M.R. com no mínimo 0,60m de diâmetro (Figura 57Figura 57).
A localização dos espaços para P.C.R. e assentos para P.M.R. e P.O. deve ser
calculada de forma a garantir a visualização da atividade desenvolvida no palco,
conforme a Figura 58 e Figura 59.
Figura 58 – Ângulo visual dos espaços para P.C.R em teatros – Vista lateral
Figura 59 – Posicionamento, dimensão e cone visual para espaços reservados para P.C.R. e
assentos para P.M.R. e P.O. – Planta – Exemplo
Os assentos para P.M.R., assim como os para P.O., devem possuir um espaço
livre frontal de no mínimo 0,60 m, conforme Figura 63. Os assentos para P.O. deverão
ter profundidade do assento mínima de 0,47 m e máxima de 0,51 m, medida entre a
sua parte frontal e o ponto mais frontal do encosto tomado no eixo de simetria. A
largura do assento mínima deverá ser de 0,75 m, medida entre as bordas laterais no
terço mais próximo do encosto, e a altura do assento mínima deverá ser de 0,42 m e
máxima de 0,45 m, medida na sua parte mais alta e frontal. Por fim, os assentos para
P.O. devem suportar uma carga de 250 kg.
ao uso de P.O., com no mínimo um, e 5% dos assentos para P.C.R., com no mínimo
um.
O refeitório deve possuir pelo mesmo 5% do total de mesas, com no mínimo
uma, acessível a P.C.R. As mesas devem ser distribuídas de forma a estar interligas
às demais e em locais onde sejam oferecidos todos os serviços e comodidades
disponíveis, além de estarem interligadas a uma rota acessível, incluindo acesso ao
sanitário acessível. Balcões de atendimento ou autosserviço devem atender à norma.
Nos locais de práticas esportivas e lazer, todas as portas existentes na rota
acessível, devem possuir vão livre de no mínimo 1,00 m, incluindo as portas dos
sanitários e vestiários. A rota acessível deve interligar os espaços para P.C.R e os
assentos para P.M.R. e P.O. às áreas de apresentação e quadras, além de vestiários
e sanitários, que devem ser acessíveis e estar localizados tanto nas áreas de uso
público quanto nas áreas para prática esportivas.
3.5.2 Gabarito
O Mapa de Sistema Viário e Mobilidade Urbana (Figura 66) traz as vias que
atendem à região de estudo, bem como os modais de transporte disponíveis. O
terreno é lindeiro à Avenida Francisco Fraga Maia e à Rua Miranda, o que possibilita
que haja mais de um aceso de veículos ao local. A Avenida Francisco Fraga Maia é
uma Via Arterial com pista dupla com duplo sentido, separada por canteiro central e
faixa para estacionamento e passeio nos dois lados da via. A Rua Miranda é uma Via
Coletora com pista simples com fluxo em sentido duplo, faixa para estacionamento e
passeio nos dois lados da via. Complementam o Sistema Viário a Avenida Casemiro
de Abreu, a Rua Barra do Caçador, a Rua Barra do Retiro, a Rua Barra dos
Bandeirantes, a Rua Dourada e a Rua Compodônio, sendo a primeira uma Via
Coletora e as demais Vias Locais. Todas as vias da localidade são asfaltadas.
A Avenida Francisco Fraga Maia é servida por ciclovia que faz ligação com o
complexo de mobilidade urbana que dá acesso à Universidade Estadual de Feira de
Santana – UEFS.
A localidade possui três pontos de ônibus, dois localizados na Avenida
Francisco Fraga Maia e um na Rua Miranda. Os pontos da Avenida Francisco Fraga
Maia são servidos pelas linhas 087 – Terminal Norte/Terminal Central via Maria
Quitéria, 111 – Conder/Avenida Iguatemi/Terminal Norte e 119 – João Paulo II/Alto do
Papagaio/Terminal Norte. Já o ponto da Rua Miranda é servido pela linha 076 –
Loteamento Modelo/Avenida Francisco Fraga Maia/Avenida Maria Quitéria. Todas as
linhas dão acesso aos terminais de transbordo.
O Mapa de Caminhos (Figura 67) mostra que tanto a ciclovia quantos os pontos
de ônibus podem ser facilmente acessados a pé. Percorrendo um caminho inferior a
100 m, chega-se à ciclovia. Já os pontos de ônibus estão localizados a uma distância
de 200 m e 250 m.
4 O PROJETO
4.1 CONCEITO
Ubuntu – eu sou porque nós somos. De origem africana, a Filosofia Ubuntu tem
por fundamento uma ética de coletividade, onde nada acontece isoladamente. Somos
pessoas por meio de outras pessoas e não podemos ser plenamente humanos
sozinhos, sendo feitos para a interdependência e a cooperação (CAVALCANTE,
2020). Nesse contexto, projetar uma Escola Pública de Ensino Médio em Tempo
Integralsignificaconsiderarseupapelcoletivoecomunitário,utilizandoaArquitetura
Escolarcomoferramentaafimdeintegrarpessoas,espaçosemeioambiente.
4.2 PARTIDO
91
Copa do Núcleo Administrativo-Pedagógico 1 Alimentação, socialização e Professores e funcionários 40 Mesas, cadeiras, pia, fogão, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
convívio geladeira, cafeteira, microondas
Área de Convivência 1 Descanso e convívio Professores e funcionários 40 Sofás, poltronas 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Profesores e funcionários 40 Pias, bacias sanitárias, mictórios 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Administrativo-Pedagógico
Sub-total (m2) 332,50
1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Salas de Aula (30 alunos/sala) 18 Atividades Estudantes e profesores 540 Mesas, cadeiras, computador, quadro, 50,00 900,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
pedagógicas armários, equipamentos de projeção
Espaço Maker 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades máquina de corte a laser, impressora 3D, ferramentas
Espaço de Robótica 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades equipamentos de robótica, ferramentas
Espaço de Comunicação 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades equipamentos de fotografia e filmagem
Espaço de Desenvolvimento de Projetos 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades armários, equipamentos de projeção
Espaço de Pesquisa, Leitura e Informação 1 Pesquisa, leitura e informação Estudantes, professores e 25 Mesas, cadeiras, computadores, 75,00 75,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
NÚCLEO PEDAGÓGICO-CULTURAL
Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, mictórios 150,00 150,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Pedagógico-Cultural
Sub-total (m2) 2.177,50
93
1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Quadra Coberta 1 Recreação e prática esportiva Estudantes e público externo 540 Quadra poliesportiva, arquibancada 600,00 600,00 6,00 não se aplica não se aplica
Espaços Poliesportivos 3 Prática esportiva Estudantes e público externo 60 Armários, tatames 50,00 150,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
Depósito de Material Esportivo 1 Guarda de materiais Funcionários 4 Armários, estantes 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
NÚCLEO ESPORTIVO, CONVIVÊNCIA E ALIMENTAÇÃO
Pátio Coberto 1 Recreação, socialização e Estudantes 540 Bancos, mesas, cadeiras 300,00 300,00 2,70 a 3,00 não se aplica não se aplica
convívio
Pátio Descoberto 1 Recreação, socialização e Estudantes 540 Bancos, mesas, cadeiras 450,00 450,00 não se aplica não se aplica não se aplica
convívio
Conjunto de Vestiários/Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, 150,00 150,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Esportivo, Convivência e Alimentação mictórios, chuveiros
Conjunto de Sanitários do Núcleo Esportivo, 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, mictórios 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Convivência e Alimentação
Ambulatório 1 Atendimento Estudantes, professores e 1 Mesa, cadeiras, computador, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/6 1/16
ambulatorial funcionários armários, maca
Refeitório (150 lugares) 1 Alimentação, socialização e Estudantes, professores e 150 Mesas, cadeiras, bancos, 225,00 225,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
convívio funcionários balcão refrigeradoe balcão aquecido
Cozinha Industrial 1 Preparo e distribuição de Funcionários 10 Fogões industriais, coifas, geladeiras, pias, 335,00 335,00 2,70 a 3,00 1/5 2/15
alimentos bancadas, armários, utensílios de cozinha
Copa do Núcleo Esportivo, Convivência e 1 Alimentação, socialização e Professores e funcionários 10 Mesas, cadeiras, pia, fogão, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
Alimentação convívio geladeira, cafeteira, microondas
Depósito de Materiais de Limpeza 2 Armazenamento e Funcionários 2 Tanque, armários, estantes 2,50 5,00 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Vestiários/Sanitários para 1 Higiene pessoal e Funcionários 10 Pias, bacias sanitárias, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Funcionários do Núcleo Esportivo, troca de roupa mictórios, chuveiros
Convivência e Alimentação
Sub-total (m2) 2.335,00
1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Central de Gás 1 Armazenamento de gás Funcionários 1 Cilindros de gás industrial 5,00 5,00 não se aplica não se aplica não se aplica
Central de Resíduos 1 Armazenamento de resíduos Funcionários 1 Pia, contentores para resíduos sólidos 15,00 15,00 não se aplica não se aplica não se aplica
sólidos
Reservatórios 1 Armazenamento Funcionários 1 Reservatórios, sistemas de bombas e 50,00 50,00 não se aplica não se aplica não se aplica
de água potável distribuição
Guarita 1 Controle de Seguranças 2 Mesa, cadeiras, armários, 15,00 15,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
NÚCLEO DESERVIÇOS
acesso telefone
Bicicletário 50 Guarda de bicicletas Estudantes, professores e 50 Vagas de guarda de bicicletas 1,50 75,00 não se aplica não se aplica não se aplica
funcionários
Estacionamento 30 Estacionamento de veículos e Estudantes, professores e 30 Vagas de estacionamento de 12,50 375,00 não se aplica não se aplica não se aplica
motos funcionários veículos e motos
Carga e descarga 1 Área de carga e descarga Público externo 1 Vaga de estacionamento de 30,00 30,00 não se aplica não se aplica não se aplica
de caminhões caminhões
Subestação 1 Derivação da rede primária de Funcionários 1 Equipamentos de de distribuição e medição 30,00 30,00 não se aplica não se aplica não se aplica
energia elétrica
Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Vestiários/Sanitários para 1 Higiene pessoal e Funcionários 10 Pias, bacias sanitárias, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Funcionários do Núcleo de Serviços troca de roupa mictórios, chuveiros
Sub-total (m2) 622,50
1
Relação mínima entre a área de esquadrias externas que proporcionam iluminação efetiva e a área de piso do ambiente.
2
Relação mínima entre a área de esquadrias externas que proporcionam ventilação efetiva e a área de piso do ambiente.
4.4 FUNCIOGRAMA
95
Figura 69 – Funciograma
4.5 ZONEAMENTO
97
5 CONCLUSÃO
98
6 REFERÊNCIAS
União, Brasília, 11 out. 2016. Edição 196, Seção 1, p.23. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-1-145-de-10-de-outubro-de-2016-220554
71-22055471>. Acesso em: 1 mar. 2022.