Cuidados Do Paciente Com Pneumonia
Cuidados Do Paciente Com Pneumonia
Cuidados Do Paciente Com Pneumonia
Manejo Clínico
Anamnese
Principais queixas:
→ Quadro típico: Febre alta de início súbito, muitas vezes com calafrios, dor torácica
de característica pleurítica (em pontada, bem localizada, ventilatório dependente),
tosse com expectoração purulenta, dispneia e queda do estado geral;
→ Quadro atípico: Febre baixa a moderada (< 39ºC), de evolução subaguda, em geral
sem calafrios, com tosse seca e estado geral pouco comprometido. A tosse é o sintoma
predominante, dispneia e dor pleurítica são mais raros. Pode apresentar mialgia,
faringite não exsudativa, cefaleia, dor abdominal, diarreia, rash cutâneo, e/ou
confusão mental. Parágrafo de texto.
→ Principais critérios de gravidade: Alteração do nível de consciência, taquipneia (>
30 irpm), toxemia, hipotensão, utilização de musculatura acessória, hipotermia (<
35ºC) ou febre (> 40ºC), taquicardia > 125 bpm.
Exame Físico
Deve-se:
Avaliar o cliente quanto à ocorrência de febre, calafrios, sudorese noturna, dor
do tipo pleurítico, fadiga, taquipneia, uso dos músculos acessórios para a
respiração, bradicardia ou bradicardia relativa, tosse e escarro purulento
Monitorar o cliente: alterações na temperatura e no pulso; quantidade, odor e
coloração das secreções; frequência e intensidade da tosse; grau de
taquipneia ou falta de ar; alterações nos acha- dos do exame físico
(principalmente avaliados por inspeção e ausculta do tórax); e alterações nos
achados das radiografias de tórax.
Avaliar os clientes idosos quanto à ocorrência de comportamento incomum,
alteração do estado mental, desidratação, fadiga excessiva e IC
concomitante.
Terapia farmacológica
São prescritos antibióticos com base nos resultados de cultura, antibiograma e
diretrizes para a escolha dos antibióticos (devem-se considerar os padrões de
resistência, prevalência dos microrganismos etiológicos, fatores de risco,
cliente internado ou ambulatorial, custos e disponibilidades dos agentes
antibióticos).
O tratamento de suporte consiste em hidratação, antipiréticos, medicamentos
antitussígenos, anti-histamínicos ou descongestionantes nasais
Administra-se oxigenoterapia para a hipoxemia.
O suporte ventilatório inclui altas concentrações de oxigênio inspiratório,
intubação endotraqueal e ventilação mecânica.
Tratamento do choque, da insuficiência respiratória ou do derrame pleural, se
necessário .
Para grupos com alto risco de PAC, recomenda-se vacinação pneumocócica.
Recomenda-se o repouso no leito até que sejam evidenciados sinais de
resolução do processo infeccioso
Exposição de Risco
Pacientes em instituições superlotadas (ex.: presídios): Risco aumentado de
pneumococo, Mycoplasma, Chlamydophila, Mycobacterium.
Moradores de casas de repouso/asilo: Risco aumentado de pneumonia por
Gram-negativos e anaeróbios.
Tabagistas e portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica: Risco
aumentado de pneumonia por hemófilo e Moraxella catarrhalis.
Imunossuprimidos e portadores de doença pulmonar estrutural (fibrose cística,
bronquiectasia): Risco aumentado de pneumonia por Pseudomonas
aeruginosa e S. aureus.
Broncoaspiração, alcoolismo, uso de drogas, disfagia, doença do refluxo
gastroesofágico, rebaixamento do nível de consciência, crise convulsiva:
Risco aumentado de pneumonia por Klebsiella pneumoniae.
Usuário de drogas endovenosas: Risco aumentado de pneumonia por S. aureus.
Exposição animal: Gatos, ovelhas e bodes (C. burnetti, B. anthracis); aves (C.
psittaci); roedores (F. tularensis, Y. pestis).
Legionella sp.: Exposição a sistema de ar condicionado ou água contaminados.
Infecção secundária à influenza: Risco aumentado de pneumonia por S. aureus.
Diagnóstico de Enfermagem
1. Troca gasosa prejudicada.
2. Dor aguda.
3. Padrão Respiratório insuficiente
4. Intolerância a atividade.
5. Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais.
6. Hipertermia
7. Conhecimento deficiente.
8. Risco de Intolerância a atividade.
9. Risco de volume de líquidos deficiente.
10. Risco de infecção.
Intervenção de Enfermagem
1. Oxigenoterapia
2. Aspiração de vias Aéreas
3. Assistência Ventilatória
4. Monitoração respiratória
5. Terapia nutricional
6. Monitoração nutricional
7. Controle do ambiente
8. Ensino: processo da doença
9. Terapia Ocupacional
10. Promoção do exercício
11. Controle de medicamentos
Resultados Esperados
Estado Respiratório: permeabilidade das vias aéreas.
Melhora dos Sinais Vitais
Resistência
Repouso
Autocuidado: atividades da vida diária
Controle da Dor