Por Um Planejamento Linguístico Local
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Por Um Planejamento Linguístico Local
Resumo:
Neste trabalho objetivo fazer uma reflexão sobre alguns dos fatores envolvidos na
elaboração e na condução de políticas / planejamentos linguísticos necessários para
o fortalecimento de línguas indígenas. Nesse percurso, enfatizo a importância de
planejamentos linguísticos locais e apresento algumas experiências voltadas para a
revitalização de línguas indígenas em nosso país e também no exterior.
Palavras chave: política linguística; planejamento linguístico local; fortalecimento
de línguas indígenas.
Abstract:
In this paper I briefly discuss some of the factors involved in formulating and carrying
out linguistic policies / planning necessary to strengthen indigenous languages. While
doing so, emphasis will be given to the importance of local linguistic planning. I
also present some experiences of indigenous languages revitalization in Brazil as
well as abroad.
Key-words: linguistic policy; local linguistic planning; strengthening of indigenous
languages.
Résumé:
Ce papier projette de refléter brièvement sur quelques facteurs impliqués dans
l'élaboration et mise en oeuvre de policies/plannings linguistique nécessaires pour le
1.
Recebido em 6 de junho de 2009. Aprovado em 1 de agosto de 2009. Texto apresentado para qualifica-
ção na área de “Multiculturalismo, Plurilinguismo e Educação Bilíngue” do Departamento de Linguística
Aplicada, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Unicamp, sob orientação da Profª. Drª Terezi-
nha de Jesus Machado Maher, a quem agradeço a dedicação e o carinho. Agradeço também pela leitura
cuidadosa e sugestões à Profª. Maria Filomena S. Sandalo e ao Prof. Angel Corbera Mori (membros da
banca de qualificação).
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Introdução
2.
Explicações para a tal variação se justificam, segundo a UNESCO, pela dificuldade de atualização dos dados
e pela existência de divergências entre pesquisadores no que tange à diferença entre dialetos e línguas (ver o
“Atlas da Unesco das Línguas em Perigo de Desaparecer”, atualizado em 20/01/2005 e disponível em http://
portal.unesco.org . O acesso a essa página eletrônica ocorreu em outubro de 2007).
Cabe ressaltar que a questão da vitalidade de uma língua não é, como pode parece à primeira vista, uma
3.
questão relacionada somente ao número de falantes que a utilizam. Atualmente, mesmo algumas línguas
com grande número de falantes podem ser classificadas como línguas ameaçadas. Zimmermann (1999:111),
por exemplo, afirma que “o grupo numericamente mais importante no México, os falantes de Náhuatl, com
mais de um milhão de membros também está com sua língua ameaçada” (tradução minha).
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4.
Segundo Moore (2006) – pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi – há em torno de 154 línguas
indígenas distintas em nosso país. A diferença de seu levantamento em relação a outros (como o de
Rodrigues 1986) reside, segundo esse autor, principalmente “no problema da confusão frequente entre
línguas, dialetos e grupos étnicos”.
5.
Ainda para Moore (2006) “23% das 154 línguas faladas no Brasil estão ameaçadas de extinção em curto
prazo, devido aos seus números reduzidos de falantes e baixa transmissão à nova geração. A situação de
muitas outras línguas é também bastante precária. O grau de perigo foi subestimado no passado, devido
à falta de informações sólidas sobre línguas em regiões remotas e devido também a uma confusão entre o
número de falantes (ou semi-falantes) da língua de um grupo e o tamanho da população do grupo”.
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parte das comunidades cujas línguas estão ameaçadas de não mais serem usadas
por esses grupos étnicos. Muitas variáveis estão presentes na consecução de uma
política linguística e na elaboração de um planejamento linguístico6voltados
para programas de revitalização7 de línguas nessa situação.
Assim sendo, e de modo a contribuir para empreendimentos dessa
natureza, minha proposta neste trabalho é inicialmente fazer uma reflexão
sobre os fatores envolvidos na elaboração e na condução de políticas /
planejamentos linguísticos necessários para o fortalecimento de línguas
indígenas, para em seguida focalizar algumas experiências e esforços locais em
nosso país e também outros como os empreendidos pelo povo Cochiti (que
vive no Novo México e fala a língua Keres) e pelo povo Mãori (que vive na
Nova Zelândia) nos processos para a revitalização de suas línguas ancestrais.
6.
No Brasil é mais comum encontrarmos o termo ‘linguistic planning’ traduzido como ‘planificação
linguística’. Faço uma opção, entretanto, de manter o termo ‘planejamento linguístico’ como utilizado,
por exemplo, por Monserrat (2001; 2006).
7.
O termo ‘revitalização’ é aqui utilizado no sentido presente em Hinton (2001:5), englobando tanto o
restabelecimento do uso de uma língua que pode ter sido deixada de ser usada pela comunidade, quanto a
manutenção ou fortalecimento de uma determinada língua ainda em uso.
8.
Haugen buscava mostrar em seu trabalho a intervenção estatal na Noruega na construção de uma
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identidade nacional frente à dominação dinamarquesa através da implantação de uma língua nacional
(Calvet 2007:12).
9.
Geralmente os planejamentos e as políticas implementadas por Estados referem-se, na visão de Calvet
(2007:93-101), à defesa de línguas nacionais, como foi, por exemplo, o caso da França. Essas intervenções
governamentais terminam por influenciar as diversas comunidades de línguas consideradas não-
majoritárias e que não possuem o status ou o prestígio de língua nacional, tal como ocorreu em muitos
países da África. Porém, como destaca Hinton (2001:39), políticas e planejamentos linguísticos de
Estado podem também servir de ferramentas para grupos minoritários aumentarem a proteção para suas
próprias línguas.
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212
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10.
País que abriga 67 povos indígenas diferentes, segundo este autor (Zimmermann 1999:154).
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11.
Ver também o trabalho de Doutorado de Cesarino (2008) que faz o estudo e a tradução de exemplares
das artes verbais Marubo (falantes de língua Pano da Amazônia Ocidental) refletindo comparativamente
sobre as poéticas ameríndias e seus dilemas interpretativos. Apesar do pesquisador não ser indígena, a
contribuição à língua fica evidente, já que ele mostra que há uma literatura poética Marubo e que é de
grande importância para esse povo.
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O Pré-Planejamento ou Diagnóstico
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essa etapa inicial do diagnóstico pode ser uma das mais importantes, pois
verifica dentre outras coisas, o interesse dos membros do grupo na revitalização
da língua e quais projetos podem ser desenvolvidos a partir dos resultados
obtidos nesse levantamento. Segundo Hinton (2001a) várias perguntas
orientadoras podem ser feitas, como por exemplo:
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aos membros, muitos lembraram eventos que tinham sido decisivos para que a
língua perdesse vitalidade e força de uso e acabavam se sentindo responsáveis
pelas mudanças. “A intensidade dessas memórias e a oportunidade de refletir
sobre o significado destes eventos levou-os a entender melhor os processos
de mudança que ocorreram em sua comunidade” (Pecos; Blum-Martinez
2001:78). Os autores completam dizendo que gradualmente, com as
discussões, os Cochiti puderam entender a fragilidade das línguas indígenas
diante das pressões do restante da sociedade. Só quando esse ‘auto-estudo’
foi completado, é que se começou a esboçar a conduta para seu programa
de revitalização.
Também nessa fase de diagnóstico ou pré-planejamento é necessário, de
acordo com Hinton (2001a), que sejam incluídas outros tipos de avaliações:
12.
Um exemplo do envolvimento ativo de comunidades indígenas é a pesquisa (em andamento) condu-
zida por professores indígenas do Acre que, em seu Curso de Formação Continuada da CPI-Ac, “deram
início a um projeto com o objetivo de investigar: a) o modo como o conflito linguístico é vivenciado em
suas comunidades; b) o grau de vitalidade de sua língua tradicional em suas aldeias e c) as implicações des-
se conhecimento para o estabelecimento de políticas linguísticas locais que promovam o fortalecimento
de suas línguas indígenas” (Maher 2006a).
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14.
Para outras informações sobre as mudanças implementadas e que estão em curso, ver Maher (2008).
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visto anteriormente, que todas as etapas devam estar sob constante avaliação
e quando necessário, um ‘re-planejamento’ seja feito.15
Uma outra questão a ser considerada é a questão do tempo. Às vezes
o tempo pode ser um inimigo no caso de implementação de metas para a
revitalização de línguas e para a obtenção de resultados positivos. São dois
lados a serem analisados a esse respeito. Há, de certa forma e em determinados
casos, uma urgência em se fazer certos registros, pois os poucos falantes
podem ser já mais idosos e há o risco de se perder as últimas informações
ainda existentes, tanto no que tange à língua propriamente dita, quanto aos
conhecimentos sobre rituais e outros aspectos das tradições culturais. Por
outro lado, os resultados obtidos podem surgir de modo mais, ou menos,
lentamente. Deve-se ter em mente que programas desse tipo nem sempre
podem ser feitos em pouco tempo ou ter seus frutos colhidos em poucos
meses; geralmente os resultados aparecem somente após um espaço de
tempo maior. É preciso manter a motivação e não desanimar, ter persistência
e perceber cada mudança e a importância disso dentro da comunidade, re-
elaborando ou re-adequando o planejamento às novas situações.
15.
Importante destacar que o apego a um planejamento rígido e fixo não auxilia na busca de resultados
efetivos. Mudanças ocorrem e é preciso estar atento para flexibilizar o planejamento a partir das avaliações.
Hinton (2001:16) chama a atenção para o fato de que “o sucesso dos programas de revitalização de línguas
tem um certo número de características, dentre elas, persistência, sustentabilidade e honestidade para
com ele próprio”. Isso também significa que é preciso ter clareza das metas estabelecidas pela comunidade
e uma avaliação constante do processo. Um planejamento pode e, muitas vezes precisará, mudar, pois
novas perspectivas e desafios se colocam a todo o tempo.
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Para fazer uma reflexão sobre esses aspectos apresento a seguir algumas
situações (steps) ou alguns fatores a serem considerados na elaboração e
consecução de um planejamento linguístico que busca reverter situações
de risco linguístico a partir das contribuições de Hinton (2001:6-7).16 Esta
autora apresenta e discute nove questões que precisam ser consideradas em
situações em que a língua está ameaçada, caso o que se almeje é a reversão
desse quadro:
16.
Como se poderão notar, em várias dessas situações, a comunidade poderá intervir localmente, sem
necessariamente demandar de outros esforços para se ter, a partir de seu planejamento, a efetivação das
ações propostas.
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17.
‘The Green Book of Language Revitalization in Practice’ (2001) segundo seus editores, Hinton e Hale, é
uma resposta à outra publicação da Unesco, o ‘Red Book on Endangered Languages’. Esse último é um banco
de dados eletrônico originalmente compilado em 1993, disponível parte em http://www.tooyoo.L.u-
tokyo.ac.jp/ichel.html#Redbook e parte em http://www.helsinki.fi/tasalmin/endangered.html. Hinton
e Hale “esperam que o ‘Green Book’ possa ser utilizado por aqueles que não mais queiram ver suas línguas
listadas no ‘Red Book’” (Hinton; Hale 2001:xi).
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18.
Segundo Hinton (2001c:221) as experiências mostram que o ato de escrever diminui a interação
e comunicação real, trazendo consequências para o aprendizado da língua. Entretanto, sugere-se a
utilização de gravações para que o jovem aluno possa praticar depois.
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iii. apesar da ênfase ser dada à aprendizagem oral, não se pode ignorar
que documentação e desenvolvimento de ensino de escrita também
precisa ser pensado (vários idosos desde que o programa foi implantado
já morreram e os aprendizes precisam prosseguir com o grande
conhecimento da língua deixado por eles).
Há vários níveis de registro da língua falada na comunidade. Pessoas mais velhas falam um nível mais
19.
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20.
A língua Keres desempenha um papel fundamental na vida do grupo e o Cochiti Keres é um dos sete
dialetos da língua Keresan falada no Novo México.
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21.
Um grupo pequeno de línguas Polinésias pertencentes à família Austro-Ásia.
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soluções foi a implantação das chamadas ‘Kura Kaupapa Mãori’ (ou escola da
‘filosofia Mãori’), cuja política é também a total imersão na língua Mãori e
a orientação filosófica e curricular deste povo. A outra opção para atender
os alunos provenientes da Kõhanga Reo foram as escolas bilíngues.22
King ressalta, entretanto, alguns problemas que surgiram na experiência
Mãori e que precisam ser pensados em programas de imersão como esses.
Estudos sobre a eficiência do ensino de imersão foi uma meta avaliada dentro
do programa de revitalização linguística desse povo indígena e o fato de que,
em 1990, somente um terço dos professores de imersão em ambos os tipos de
escolas (escolas de filosofia Mãori ou escolas bilíngues) eram falantes fluentes,
demonstra que, para a implantação de programas desse tipo, há a necessidade
de programas contínuos de qualificação de professores.
Outro aspecto apontado por King (2001:126) é a necessidade de que
se dê atenção ao uso da língua pelos adultos e pais da comunidade. A autora
afirma que, apesar do desejo de proficiência na língua, os pais utilizam pouco
o Mãori em casa, o que não dá o suporte necessário para que a criança possa
aprendê-la.23
O programa proposto por King (aqui, muito resumidamente
apresentado), pode servir como ponto de partida para se refletir sobre vários
aspectos. O caso Mãori é um exemplo que os planejamentos iniciais nem sempre
dão certo e por isso precisam ser re-planejados. A partir dessa experiência
também se pode perceber que programas de revitalização linguística necessitam
de várias ações conjuntas para sua maior eficácia e bons resultados.
Outra questão que pode ser apontada é a necessidade de avaliação do
modelo de escola e o papel da escola dentro das comunidades indígenas. Os
22.
Nas escolas de filosofia Mãori, diferentemente das escolas bilíngues, as crianças recebem toda sua
instrução em Mãori e não há diferença na etnicidade dos alunos, enquanto nessa última há participantes
não-Mãori.
23.
King sugere que são necessárias estratégias para sanar essa dificuldade, tais como programas que dêem
apoio e suporte aos adultos. Tais programas são necessários para que se assegure que o que está sendo
realizado na escola continue sendo implementado em todas as instâncias da comunidade, especialmente
o uso da língua materna como meio principal de comunicação familiar, que é fundamental para a
transmissão da língua entre gerações.
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Mãori fizeram uma opção por uma concepção de escola. Os grupos que acham
que a escola tem um papel a ser desempenhado na revitalização de suas línguas
precisam também avaliar que tipo de escola está sendo escolhido e para quê
eles querem escola.24
7. Já foi bastante mencionada a importância do uso e da transmissão
da língua pelos pais na comunicação com os filhos. A língua indígena como
língua principal de comunicação na família torna-se a primeira língua para
as crianças pequenas e é possível desenvolver aulas e grupos de suporte
para que os adultos mantenham, no âmbito familiar, o uso da língua com
as crianças que estão tendo um aprendizado dela na escola.
8. Pode-se pensar a possibilidade de expandir o uso da língua indígena
para domínios mais amplos incluindo órgãos governamentais, mídia,
comércio local etc.
Muitas vezes, pode não ser possível a expansão da língua a níveis mais
amplos como os governamentais, a menos que a língua adquira um prestígio
de língua nacional, o que não é o caso em nossas comunidades indígenas.
Entretanto, alguns programas podem ser empregados localmente para o
fortalecimento e a manutenção da vitalidade da língua. Por exemplo, grupos
de uma mesma etnia que se encontram em áreas distintas podem desejar a
instalação de programas de rádio em sua língua tradicional, para servir de
meio de informação e comunicação entre comunidades. Outras comunidades
podem optar pelo uso de computadores e Internet para pesquisa e divulgação
de suas línguas. Ainda pode-se pensar, por exemplo, em jornais ou revistas
elaborados por professores das comunidades relatando suas experiências nas
escolas que poderiam ser “trocados” entre as áreas daquela etnia.
24.
Ao chamar atenção para isso, estou pensando que a comunidade deve considerar se uma escola nos
moldes tradicionais, porém ‘adaptada’ à tradição indígena, pode ser realmente eficaz na manutenção de
sua língua. Essa escolha vai depender muito das metas estabelecidas pela comunidade, porém um cuidado
importante é saber quais os objetivos de se manter um determinado modelo de escola para o futuro do
grupo. A questão da revitalização pode passar por um planejamento escolar, mas cabe ressaltar que não é
preciso ter necessariamente a escola para uma língua ser mantida ‘viva’ e produtiva.
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25.
Em uma reportagem 17/11/2006 Ivani Faria, coordenadora do IPOL (Instituto de Investigação e De-
senvolvimento de Política Linguística), afirma que “a lei foi aprovada pela administração do executivo
da época, mas não entrou em vigor porque carecia dos detalhamentos de como ela seria implementada.
Somente em abril de 2006, durante reuniões sistemáticas entre professores indígenas, professores univer-
sitários da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e IPOL, chegou-se ao texto definitivo para então
ser aplicada. As emendas voltaram para a Câmara Municipal até serem todas aprovadas no início de
novembro”. (acesso em setembro de 2008). Disponível em: http://www.agenciaamazonia.com.br/index.
php?Itemid=259&id=729&option=com_content&task=view
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Considerações Finais
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