Amostra de Solo - Mec. Dos Solos

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ

ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA


DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

RESUMO

Na Engenharia Civil, conhecer o solo e seu comportamento é de extrema importância,


tanto para o planejamento de fundações, para o controle de compactação, para evitar
manifestações patológicas na futura obra, quanto para possibilitar a preservação dos lençóis
freáticos, além de gerar segurança e economia de recursos. Além, de existir uma grande
diversidade na classificação dos solos, uma vez que são diferentes tipos e cada um apresenta
determinados limites e particularidades. Neste trabalho, apresentam-se os procedimentos e os
resultados obtidos acerca da realização da atividade prática laboratorial. Nesta, realizaram-se
diversos ensaios do solo, visando conhecê-lo, compreender seu comportamento e agregar
conhecimentos.

1. INTRODUÇÃO

Os solos se originam da decomposição de partículas orgânicas e minerais que foram


depositadas em horizontes em decorrência do intemperismo: ação de vento, calor, chuva, frio,
organismos como fungos e bactérias, que desgastaram os materiais de origem. O objetivo da
classificação dos solos, sob o ponto de vista de engenharia é o de poder estimar o provável
comportamento do solo ou, pelo menos, o de orientar o programa de investigação necessário
para permitir a adequada análise de um problema. Todas as obras de engenharia civil requerem
o conhecimento do comportamento e das características do solo para a concepção de projetos,
e, o discernimento desses dados está diretamente ligado ao desempenho e durabilidade da
construção. Por isso, a análise laboratorial de amostras de solo é necessária para se conhecer a
sua classificação e possível comportamento do mesmo. Junto com os ensaios no laboratório,
existem normas que norteiam a realização de cada teste de solo, como um estudo prévio do
terreno para analisar sua topografia e seu histórico, possibilitando uma melhor visualização do
perfil do terreno, evitando problemas futuros nas obras e reduzindo gastos.

1.1 Descrição do local


Dessa forma, realizou-se ensaios para determinação da caracterização física, índices
de consistência, granulometria, compactação e índice de suporte de Califórnia de uma amostra
de solo, coletada no dia 28 de abril de 2022, do município de Santo Ângelo/RS, na região sul
da cidade, localizada na rua da Bandeira, situada no bairro Kurtz, próximo ao Residencial Yami.
Com as coordenadas 28°19’09.1”S, 54º16’21,5”W

1 Acadêmico (a) de Engenharia Civil pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
2 Professor Dr. em Engenharia Civil PPGEC/UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Figura 1: Local de retirada do solo

Fonte: Autoria própria

Figura 2: Município de Santo Ângelo/RS Figura 3: Local da retirada do solo

Fonte: Wikipédia Fonte: Google Maps

2. RESULTADOS E CARACTERIZAÇÃO
2.1 Granulometria
A análise da granulometria do solo, foi realizada a partir dos ensaios de peneiramento
e sedimentação, conforme a NBR 7181. Com uma parte do solo não modificado, anteriormente
separado, inicia-se o ensaio de peneiramento triturando-o no almofariz até que o mesmo
passasse na peneira 10.

Figura 4: Etapas do ensaio de Granulometria


Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Na sequência, realiza-se os peneiramentos grosso e fino, a fim de se obter as


porcentagens das partículas passantes e retidas, referentes aos diâmetros considerados, para
realização e representação da distribuição granulométrica. A partir do solo passante na peneira
com abertura de malha 2mm, retira-se 79,39 gramas para o processo de sedimentação. Para dar
início ao ensaio, transfere-se o solo para uma cápsula cerâmica onde se adiciona 125 mililitros
da solução de hexametafosfato de sódio e água destilada e, em seguida, reserva-se o material
por 24 horas. Após, coloca-se material no copo de dispersão e completa-se o volume com
água destilada e, posteriormente, agita-se a solução por 15 minutos. Em seguida, passa-se a
mistura para uma proveta de vidro e adiciona-se água destilada até a marca de 1000 mililitros,
a partir disso, tampa-se a boca da proveta com a mão e, com o auxílio da outra, realiza-se
movimentos para agitar a mistura por 1 minuto. Após se põe a proveta em repouso, onde, com
uso de um densímetro e um termômetro, realizam-se leituras de tempos determinados para o
preenchimento da tabela de sedimentação. Ao finalizar as leituras, lava-se o solo na peneira de
malha 0,075mm e o material retido na mesma é levado à estufa para posterior peneiramentos
nas malhas 1,18; 0,60; 0,42; 0,25; 0,15 e 0,075mm e anota-se as massas retidas em cada peneira.

Figura 5: Proveta de vidro usada para distribuição granulométrica

Tabela 1: Sedimentação
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Sedimentação
Massa Esp.sólidos (g/cm³): 2,904 Peso úmido (g): 79,39 Peso seco (g): 77,42
Tempo Temperatura Viscosidade Densidade Correção Altura Queda Diâmetro (%) Amost.
Decorrido (ºC) (g.s\cm2) L Ld (cm) (mm) Total < Diâm.
30 seg 20 1,02701E-05 1,0420 1,00415 12,03 0,0624 74,53
1 min 20 1,02701E-05 1,0415 1,00415 12,12 0,0443 73,55
2 min 20 1,02701E-05 1,0400 1,00415 12,4 0,0317 70,59
4 min 20 1,02701E-05 1,0380 1,00415 11,67 0,0217 66,66
8 min 20 1,02701E-05 1,0365 1,00415 11,95 0,0155 63,7
15 min 20 1,02701E-05 1,0340 1,00415 12,41 0,0116 58,78
30 min 20 1,02701E-05 1,0315 1,00415 12,87 0,0083 53,86
1 hora 20 1,02701E-05 1,0300 1,00415 13,15 0,006 50,9
2 hora 19 1,05228E-05 1,0270 1,00432 13,71 0,0044 44,66
4 hora 19 1,05228E-05 1,0250 1,00432 14,08 0,0031 40,72
8 hora 18 1,07853E-05 1,0230 1,00449 14,45 0,0023 36,45
24 hora 18 1,07853E-05 1,0250 1,00449 14,08 0,0013 40,39

Tabela 2: Resultados do Peneiramento

Peneiramento
Ph #10 (g): 74,75 Ph #4 (g): 1098
Ps #10 (g): 73,57 Ps #4 (g): 1080,6
Peneiras Mat. Retido Material que passa (g) (%)
Nº mm (g) Parcial Total Passante
25 100
19 100
12,5 100
9,5 1289,25 100
4 4,8 4,6 1284,65 99,64
10 2 10,78 1273,87 98,81
16 1,18 0,45 73,12 98,20
30 0,6 0,42 72,7 97,64
40 0,42 0,6 72,1 96,83
50 0,25 0,89 71,21 95,64
100 0,15 3,07 68,14 91,51
200 0,075 3,31 64,83 87,07

Tabela 3: Teor de umidade e porcentagens do material.

Percentagens
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Argila: 44,15%

Silte: 41,74%

Areia Fina: 11,60%


Areia Média: 1,84%
Areia Grossa: 0,62%

Pedregulho: 0,05%

Gráfico 1: Representação da curva Granulométrica

2.2. Limites de consistência


Os limites de consistência são os teores de umidade limites entre os estados de
consistência dos solos e foram estudados pelo engenheiro químico Albert Atterberg e, por essa
razão, também são chamados de limites de Atterberg.
Para o ensaio, utilizou-se o processo de secagem prévia, de acordo com a norma que diz respeito
à preparação para ensaios de caracterização, NBR 6457, 2016. As operações preliminares se
baseiam em secar a amostra em estufa, até próximo da umidade higroscópica, homogeneizar a
amostra, triturando-a no almofariz e, por fim, reduzir a quantidade de material até se obter uma
amostra em quantidade suficiente para realização dos ensaios de limites de liquidez e
plasticidade. Posteriormente, deve-se passar o material na peneira de malha 0,42 mm, a fim
de se obter aproximadamente 200g de material passante.

Figura 7: Amostra de solo sendo triturada no almofariz


Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

2.3. Determinação do limite de liquidez


A determinação do teste é realizada conforme a NBR 6459, sendo através do aparelho
de Casagrande e basicamente consiste na quantidade de umidade que tem o solo quando a
ranhura é fechada com o impacto de 25 golpes.
Emprega-se o processo de amostra preparada com secagem prévia e, portanto, coloca-
se a mesma na cápsula de porcelana, adiciona-se água destilada em pequenos incrementos e,
com o intuito de obter uma pasta homogênea com consistência tal que sejam necessários
aproximadamente 35 golpes para fechar a ranhura, amassa-se com o auxílio da espátula. Na
sequência, coloca-se parte da amostra na concha, de forma que a espessura no centro resulte em
aproximadamente 10mm e, com o auxílio do cinzel, abre-se uma ranhura vertical, separando-a
em duas partes. Em seguida, inicia-se os golpes com a alavanca do aparelho com o intuito de
fechar a ranhura feita anteriormente. Anota-se o número de golpes que foram necessários e
coleta-se uma pequena amostra para depositar na cápsula metálica. Essa pequena amostra deve
ser pesada e colocada em estufa para então se obter seu teor de umidade. Para dar continuidade
ao ensaio, adiciona-se mais água destilada e repete-se o procedimento anterior quatro vezes,
sempre adicionando mais água destilada ao iniciar, de modo a obter cinco resultados,
demonstrados a seguir.

Figura 8: Etapa do ensaio de limite de liquidez

As amostras foram armazenadas, respectivamente nessa ordem, nas cápsulas de


números 1, 11, 12, 13 e 26.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

A partir dos resultados, realizou-se a tabela, com os respectivos números de golpes para cada
amostra, e a partir da mesma, fez-se o gráfico com a reta que torna possível a identificação do
teor de umidade aos 25 golpes, teor correspondente ao limite de liquidez.

Tabela 4: Resultados do ensaio de determinação de limites de liquidez

LIMITE DE LIQUIDEZ
Cápsula no. 1 11 12 13 26
C+S+A g 10,66 9,94 10,87 11,52 12,28
C + solo g 9,11 8,39 9,03 9,44 10,01
Água g 1,55 1,55 1,84 2,08 2,27
Cápsula g 6,09 5,43 5,71 5,62 6,07
Solo g 3,02 2,96 3,32 3,82 3,94
Umidade % 51,32 52,36 55,42 54,45 57,61
GOLPES 34 28 20 15 10

Gráfico 2: Limite de Liquidez


GRÁFICO LIMITE DE LIQUIDEZ

40
35
Número de Golpes

30
25
20
15
10
5
0
41,0 42,0 43,0 44,0 45,0 46,0 47,0 48,0 49,0 50,0 51,0 52,0 53,0 54,0 55,0 56,0
Umidade (%)

2.4. Limite de plasticidade


Sua determinação é realizada conforme a NBR 7180, através do cálculo da
porcentagem de umidade presente no solo quando amostras cilíndricas feitas a partir do mesmo,
fraturam-se.
Empregou-se o processo de amostra preparada com secagem prévia e, portanto, coloca-se a
mesma na cápsula de porcelana, adiciona-se água destilada em pequenos incrementos com o
intuito de obter uma pasta homogênea de consistência plástica. O tempo ideal para esta
homogeneização deve compreender entre 15 minutos e 30 minutos. Posteriormente, toma-se
aproximadamente 10 g da amostra e forma-se uma pequena bola para em seguida ser rolada
sobre a placa de vidro com pressão suficiente para lhe dar a forma de um cilindro. Se a amostra
se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 3mm, que pode ser analisado com o auxílio do
gabarito cilíndrico, deve retorná-la à cápsula de porcelana e adicionar água destilada,
homogeneizar por mais 3 minutos e repetir o procedimento de formar a pequena bola e amassá-
la.
A partir dos procedimentos realizados e dados coletados foi possível realizar a tabela onde foi
possível identificar os índices de plasticidade do solo.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Tabela 5: Limite de plasticidade

2.5. Massa específica real


O solo manipulado neste ensaio foi o passante na peneira com abertura de malha igual
2mm. Separou-se duas amostras de quantia semelhante em duas cápsulas metálicas que,
posteriormente, encontravam-se na estufa para estarem secas. Após o solo estar seco, colocou-
se uma das amostras dentro de um picnômetro com auxílio de um funil e se pesou o conjunto.
Em seguida, adicionou-se água destilada no frasco até o solo ser coberto pela mesma, então,
conectou-se uma bomba de sucção na ponta do recipiente, por cerca de 20 minutos, para retirar
todos os vazios. Após retirar o ar, completou-se o picnômetro com água destilada e se
pesou o conjunto novamente.

Figura 9: Etapas do ensaio de massa especifica real


Após o ensaio foram coletados os pesos dos picnometros para
tirar a média em g/cm³ da massa especifica real.
Tabela 6: Massa especifica real

MASSA ESPECÍFICA REAL


PESOS PIC 1 PIC 2
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

P1 (P) 140,12 133,27


P2 (P+S) 281,43 276,51
P3 (P+S+A) 742,02 713,08
P4 (P+A) 649,2 619,19
ME1 | ME2 140,120 133,270
MÉDIA (g/cm³) 136,695
Diferença: 6,850

2.6. Compactação
A NBR 7182 tem em vista a determinação da relação entre o teor de umidade e a massa
específica aparente seca, sendo que, para o ensaio de compactação, são especificadas três
diferentes energias que podem ser utilizadas: a energia normal, a intermediária e a modificada.
Primeiramente, separou-se 7 amostras de 2500 gramas e, a partir disso, esparramou-se uma das
amostras em uma bandeja metálica, de forma que a mesma mantivesse um formato circular para
facilitar o procedimento de umedecer o solo. Em seguida, com auxílio da proveta de vidro,
adicionou-se, vagarosamente, uma quantidade de 600 mililitros de água.

Figura 10: Etapas do ensaio de compactação

Posteriormente, misturou-se o solo, manualmente, até que toda a porção ficasse


homogênea, ainda se retirou uma quantia dessa mistura e colocou-se em uma cápsula metálica
(previamente pesada) que, subsequentemente, seria posto na estufa. Na próxima etapa, em um
cilindro metálico, no qual constava um filtro de papel com função de prevenir que o material
ficasse aderido à base, colocou-se o solo homogeneizado distribuído em três camadas
semelhantes, sendo que cada camada recebeu 26 golpes com auxílio de um soquete de metal.
Nesse processo, deve-se tomar cuidado para que após a compactação da última camada o solo
não fique abaixo do nível mínimo, ou seja, abaixo da junta entre o cilindro e o colarinho. Após
a conclusão da compactação da terceira camada, faz-se a escarificação, com ajuda de espátula,
do material em contato com a parede do colarinho e retira-se o mesmo, em seguida realiza-se a
remoção e o rasamento da amostra com amparo da régua biselada
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Figura 11: Etapas do ensaio de compactação: mistura do solo com água e processo
de compactação em cilindro metálico

Por final, pesa-se o cilindro e a amostra e extrai-se o solo do cilindro. Repetiu-se todo
esse procedimento mais quatro vezes, sendo que em cada repetição, adicionou-se 50 mililitros
a mais que o procedimento anterior. Portanto, no segundo processo utilizou-se 650 mililitros,
no terceiro 700 mililitros, no quarto 750 mililitros e no quinto 800 mililitros. A medida em que
iam se finalizando as misturas, retirava-se uma pequena amostra do solo para colocá-lo em uma
cápsula e, posteriormente, ir ao forno

A partir dos dados apresentados na tabela, utilizando-se coordenadas cartesianas, é possível


traçar a curva de compactação, encontrada no gráfico.

Tabela 7: Ensaio de compactação

Gráfico 3: Curva de compactação


Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Para se obter os valores da massa específica aparente seca e da umidade ótima, deve-se
analisar o ponto mais alto da curva de compactação e a partir deste ponto traçar uma linha
vertical e uma linha horizontal. Portanto, com base neste ensaio, pode-se perceber que o solo
tem uma umidade ótima de 29,80% e a massa específica aparente seca é igual a 1426 g/cm3.

2.7. Índice de suporte califórnia (cbr)


O Índice de Suporte Califórnia (ISC) ou California Bearing Ratio (CBR) trata-se de
um ensaio que busca avaliar a resistência do solo compactado para sua aplicação em base, sub-
base ou subleito. O ensaio também fornece o valor de expansibilidade do solo, pois em uma
parte do ensaio o solo encontra-se imerso em água, fornecendo índices da perda de resistência
do solo com sua saturação. Este ensaio baseia-se através da razão entre a pressão necessária
para penetrar um pistão cilindro padronizado em um corpo de prova de determinado solo. O
método para realização deste ensaio baseou-se na norma NBR 9895.
Para a realização do ensaio, utilizou-se dos mesmos procedimentos de secagem do solo
caracterizados anteriormente. Separou-se uma amostra de 7 kg de solo passante na peneira 4,8
mm, dos quais se utilizou 5,9 kg. De acordo a NBR 7182, pode-se realizar este ensaio com
diferentes energias de compactação, sendo elas a normal, intermediária e modificada. A partir
disso, empregou-se a energia de compactação Normal em um corpo de prova distribuída em
cinco camadas de solo com doze golpes cada. Este solo foi misturado com a quantidade
necessária de água para atingir a umidade ótima, sendo essa de 29,80% descrita no ensaio
de compactação.
Leu-se no extensômetro ao primeiro dia (0,00 mm) e ao quarto dia (0,780 mm).
Obtendo uma expansão de 0,68%

EXPANSÃO
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Data Hora Leitura Difer. Exp.


06/mai 0,000 0.000

07/mai 0.000
08/mai 0.000
09/mai 0.000
10/mai 0,780 0.780

PENETRAÇÃO
Tempo em Penetr. em Leitura PRESSÃO I. S. C.
min. mm. Deflec. Calc. Corr. %
0,5 0,63 22,00 2.29 2.29

1,0 1,27 32,00 3.34 3.34


1,5 1,90 38,00 3.96 3.96
2,0 2,54 44,00 4.59 4.59 6.650415072
3,0 3,81 54,00 5.63 5.63
4,0 5,08 63,00 6.57 6.57 6.348123478
6,0 7,62 76,00 7.93 7.93
8,0 10,16 89,00 9.28 9.28
10,0 12,70 0.00 0.00

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos ensaios realizados e resultados obtidos, conseguimos chegar a uma análise
do solo onde aponta que ele é argiloso, além de outras características, como: descobrir a
umidade ótima que é aquela em que o solo atinge a maior massa específica aparente seca
máxima, fator que determina a deformação do solo. A densidade aparente seca ou massa
especifica seca. Limite de liquidez que determina a consistência do solo. Limites de
plasticidade, no qual é determinado o limite em que o solo começa a se quebrar em pequenas
peças, quando enrolado em bastões de 3mm diâmetro. Sua compactação na qual é definida sua
densidade máxima. E por fim, seu índice de suporte de Califórnia que avalia a resistência do
solo à penetração de um cilindro. Destacando também a importância de uma análise de solo
para estudar o seu comportamento, histórico e ver quais são suas características.

4. REFERÊNCIAS
Engenharia, APL. ENTENDA SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS: TIPOS,
GRANULOMETRIA E LIMITES DE CONSISTÊNCIA. Disponível em:
https://blog.apl.eng.br/entenda-sobre-a-classificacao-dos-solos-tipos-granulometria-e-limites-
de-consistencia/. Acesso em 12 jun. 2022.

PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos solos. 3 ed. Oficina de textos, 2001.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

SOLO, Sondagens e construções. ENSAIO DE GRANULOMETRIA. Disponível em:


https://www.solosondagem.com.br/ensaio-granulometria. Acesso em 12 jun. 2022.

Suporte. CONSISTÊNCIA DO SOLO - ENSAIOS GEOTÉCNICOS - ENSAIOS DE


LIMITE DE LIQUIDEZ (LL) E DE PLASTICIDADE (LP). Disponível em:
https://www.suportesolos.com.br/blog/consistencia-do-solo-ensaios-geotecnicos-ensaios-de-
limite-de-liquidez-ll-e-de-plasticidade-
lp/33/#:~:text=Limite%20de%20Plasticidade%20(LP)%3A,o%20solo%20se%20comporta%2
0plasticamente. Acesso em 13 jun. 2022.

Suporte. COMPACTAÇÃO DE SOLOS, ENSAIOS GEOTÉCNICOS, O ENSAIO E AS


ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO. Disponível em:
https://www.suportesolos.com.br/blog/compactacao-de-solos-ensaios-geotecnicos-o-ensaio-e-
as-energias-de-compactacao/68/. Acesso em 15 jun. 2022

Você também pode gostar