Trabalho 1 de Solos - Docx - Documentos Google

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DE INFRAESTRUTURA

DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS 1

Alberto João Marcatto Filho


Larissa Daiana Stang
Matheus Palma Santos

Trabalho 1

Joinville
2021
1.Introdução:
Essa análise foi feita por acadêmicos do curso de engenharia civil de
infraestrutura,da Universidade Federal de Santa Catarina, campus Joinville, com os
conhecimentos adquiridos na disciplina de Mecânica dos Solos 1. O intuito foi
classificar a amostra de solo, para posteriormente uma discussão sobre as suas
características e a possível utilização na área da engenharia.

Para os procedimento realizados, foram tomados como referências para a


pesquisa, a apostila cedida pela Prof. Dra. Helena P. Nierwinski e as normas NBR
6457 (Amostras de Solo – Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de
Caracterização), NBR 6459 (Solo – Determinação do Limite de Liquidez), NBR 7180
(Determinação do limite de plasticidade), NBR 7181 (Análise granulométrica) e NBR
7182 (Ensaio de compactação).

A análise granulométrica de um solo é o estudo da dimensão das partículas ou


grãos que compõem a amostra, fazendo assim a distribuição de algumas frações do
solo, de acordo com o seu tamanho. O peneiramento consiste em um pilha de
peneiras padrão, colocando a de maior malha no topo e diminuindo até chegar na
menor malha para realização do estudo. O conhecimento do tamanho, da distribuição
das partículas é um pré-requisito importante para as operações de processos
envolvendo os materiais particulados.
2. Curva Granulométrica:

● Ensaio:
O ensaio de granulometria consiste em 3 etapas solos que tem partículas tanto
na fração grossa (areia e pedregulho) quanto na fração fina (silte e argila) tornando
necessária a análise granulométrica completa (peneiramento grosso, fino e
sedimentação).

Primeiramente, é passado a amostra de solo pela peneira de 2mm, lavando o


material retido nesta para retirar todo o material fino e depois secando este na estufa.
Essa parcela de solo obtida será usada para o peneiramento grosso.

O peneiramento grosso é realizado passando o material retido na peneira de


2mm (que será o valor de Mg) pelas peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm, 9,5
mm e 4,8 mm, anotando os valores das massas acumuladas em cada peneira.

Do material que passou pela peneira de 2mm retira-se uma amostra, em torno
de 70g para solos siltosos e argilosos, que será usado para o peneiramento fino e para
a sedimentação. Também, toma-se 3 amostras (cerca de 100g) para a determinação
da umidade higroscópica (w).

Para o peneiramento fino seca-se o material retido na peneira de 0,075 mm em


estufa, passando este pelas peneiras de 1,2 mm, 0,6 mm, 0,42 mm, 0,25 mm, 0,15
mm e 0,075 mm com um agitador mecânico. Os valores de massa retida em cada uma
das peneiras é anotado.

Para realizar a sedimentação, o material (em torno de 70g) é transferido para


um béquer de 250 cm³ junto com 125cm³ de defloculante (hexametafosfato de sódio),
o qual deve ser agitado até que fique imerso o material e deixar em repouso por 12
horas. Após esse tempo, a dispersão é transferida para uma proveta e com o auxílio
de uma bisnaga é removido todo o material com água destilada. Quando a dispersão
alcançar a temperatura de equilíbrio, tampa-se a boca da proveta com uma das mãos,
realizando movimentos de rotação por 1 minuto, depois coloca-se a proveta sobre a
mesa, anotando a hora do início da sedimentação, efetuando, após isso, leituras do
densímetro colocado na dispersão nos tempos de 0,5 min, 1 min e 2 min e depois em
4 min, 8 min, 15 min e 30 min e 1h, 2h, 4h, 8h, e 24h, contando a partir do início da
sedimentação. Anotando também os valores da temperatura de cada leitura.

● Cálculos e resultados:
O resultado da análise granulométrica é representado através da curva
granulométrica do solo. Esta curva é uma representação gráfica, em escala
semi-logarítmica, na qual no eixo das abcissas são marcados, na escala logarítmica,
os diâmetros das partículas e no eixo das ordenadas, em escala linear, as
porcentagens, em peso, do material passante por uma determinada abertura, ou seja,
a porcentagem do material que tem dimensão menor que o diâmetro considerado.
Conhecendo-se a distribuição granulométrica do solo, é possível se determinar as
porcentagens correspondentes a cada uma das frações.
Para a elaboração da curva granulométrica foram calculadas as porcentagens
passantes de solo pelas peneiras no peneiramento grosso, peneiramento fino e as
porcentagens obtidas a partir do ensaio de sedimentação.

No peneiramento grosso, foram calculadas as porcentagens conforme a


equação 1, onde Ms é a massa total da amostra seca (g) e Mr o material retido
acumulado em cada peneira (g)

Equação 1

Os valores obtidos estão apresentados na tabela 1

Tabela 1 - Peneiramento grosso

Massa retida Peneira (mm) % MAT passado (Qg) Massa acumulada (g)
0,000 50 100 0
0,000 38 100 0
0,000 25 100 0
0,000 19 100 0
27,040 9,5 97,29534579 27,04
29,780 4,8 94,31662529 56,820
32,480 2 91,06783946 89,300

Para o peneiramento fino, foi utilizada a equação 2, na qual Mw é a é a massa


do material úmido submetido à sedimentação, w é a umidade hidroscópica do material
passado na peneira de 2,0 mm, Mr é a massa do material retido acumulado em cada
peneira e N é a porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm.

Equação 2

Assim, os resultados estão apresentados na tabela 2:

Tabela 2 - Peneiramento fino

Abertura da peneira (mm) Material retido (g) % MAT passado (Qf) Massa acumulada (g)
1,2 1,720 88,8305369 1,720
0,6 7,020 79,69922067 8,740
0,42 4,360 74,02791884 13,100
0,3 3,820 69,05902596 16,920
0,15 5,900 61,3845579 22,820
0,075 4,460 55,58318034 27,280

Para o cálculo das porcentagens de cada leitura do densímetro no ensaio de


sedimentação, utilizou-se a equação 3:

Equação 3

Também foi calculado os valores dos diâmetros para cada porcentagem (Qs)
obtida pela equação 4:

Equação 4

Primeiro, calculou-se a altura de queda para cada leitura do decímetro, a partir


das curvas de variação da altura de queda das partículas em função da leitura do
densímetro, com esses valores, obteve-se os valores dos diâmetros que estão na
tabela 3, junto com as porcentagens de material em suspensão (Qs).

Tabela 3 - Ensaio de sedimentação

Massa esp.
Leitura do Viscosidade
Valor de Qs Altura de do meio
Tempo (s) Temperatura densímetro (10-6 g × Diâmetro (mm)
(%Passante) queda dispersor
(L) s/cm2)
(Ld)
30 27,000 1,025 46,80500644 8,72 12,08425 1,004242 0,06820319216
60 27,000 1,023 42,29541916 8,72 12,39911 1,004242 0,04885118575
120 27,000 1,022 40,04062551 8,72 12,55654 1,004242 0,03476160718
240 27,000 1,021 37,78583187 8,72 11,22677 1,004242 0,02324220194
480 27,000 1,0205 36,65843505 8,72 11,302085 1,004242 0,01648975277
900 27,000 1,02 35,53103823 8,72 11,3774 1,004242 0,01208247033
1800 26,000 1,0185 31,68436027 8,92 11,603345 1,004448 0,008727059297
3600 25,000 1,017 27,84670149 9,13 11,82929 1,00465 0,006304140836
7200 25,000 1,0155 24,91997934 9,13 12,055235 1,004448 0,004499736996
14400 25,000 1,0132 20,19844145 9,13 12,401684 1,004242 0,003226946084
28800 26,000 1,012 17,02820159 8,92 12,58244 1,004448 0,002271949987
86400 27,000 1,01 12,9831018 8,72 12,8837 1,004242 0,001312257033

3. Identificação dos Solos em função do diâmetro dos grãos:

Tabela tamanho dos Grão da ABNT(Associação Brasileira de Normas


Técnicas):
Argila:Solo de granulação fina constituído por partículas com dimensões
menores que 0,002 mm, apresentando coesão e plasticidade;

Silte: solo que apresenta baixo ou nenhuma plasticidade, baixa


resistência quando seco ao ar. É formado por partículas com diâmetros
compreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm;
Areia: solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou
partículas de rochas com diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 2,0
mm.As areias de acordo com o diâmetro classificam-se em: areia fina (0,06
mm a 0,2 mm), areia média (0,2 mm a 0,6 mm) e areia grossa (0,6 mm a 2,0
mm);
Pedregulho: solos formados por minerais ou partículas de rocha, com
diâmetro compreendido entre 2,0 e 60,0 mm. Quando arredondados ou semi
arredondados, são denominados cascalhos ou seixos. Divide-se quanto ao
diâmetro em: pedregulho fino – (2 a 6 mm), pedregulho médio (6 a 20 mm)
e pedregulho grosso (20 a 60 mm).

4. Limite de Liquidez (LL):

Para obter esse valor experimentalmente, utiliza-se o aparelho de Casagrande,


que consiste de uma concha que é golpeada contra a base através de uma manivela.
Para esse ensaio é retirada uma certa massa de solo colocada na concha, fazendo
uma ranhura com um cinzel, contando quantos golpes são necessários para fechar a
ranhura. Foram utilizados 5 pontos de análise para a obtenção do gráfico 2, do qual é
possível obter o valor de LL por meio da linha de tendência.

O limite de Liquidez será o teor de umidade do solo em que a ranhura (em


13mm) se fecha sob a ação de 25 golpes da concha.

Gráfico 2 - Limite de Liquidez


Valor do Limite de Liquidez obtido: 36,79

5. Cálculo e definição do valor do Limite de Plasticidade:


O Limite de Plasticidade (LP): é o valor de umidade na qual o solo passa do
estado plástico para o estado semi-sólido. É o limite no qual o solo começa a se
quebrar em pequenas peças, quando enrolado em bastões de 3 mm de diâmetro. Ou
seja, é o menor teor de umidade em que o solo se comporta plasticamente.

Para a obtenção desse valor foram realizadas 5 tentativas do experimento


descrito acima,. Este valor não deve divergir em mais de 5% em relação à média.

Valor do Limite de Plasticidade (LP): 0,20233583

6. Cálculo do valor de IP (Índice de Plasticidade):


O Índice de Plasticidade (IP): O IP é expresso em porcentagem e pode ser
interpretado, em função da massa de uma amostra, como a quantidade máxima de
água que pode lhe ser adicionada, a partir de seu Limite de plasticidade, de modo que
o solo mantenha a sua consistência plástica. Calculado por: IP = LL - LP.

Valor do Índice de Plasticidade (IP): 16,56099939


7. Valor da densidade real dos grãos:

Densidade Real dos Grãos: A Densidade Real de solos é a relação entre o peso
específico das partículas sólidas (𝛾g), e o peso específico de igual volume de água
pura a 4 graus C (𝛾ɑ). Também é chamada de densidade relativa das partículas que
constitui o solo.

Valor da densidade real dos grãos: 22,363425311 g /cm3

Para o cálculo da densidade foi utilizado os dados obtidos em laboratório:

Peso picnômetro vazio e seco (P1);

Peso picnômetro + amostra (P2);

Peso picnômetro + amostra + água ( P3);

Peso picnômetro + água (P4).


Obtendo uma densidade Dt para cada amostra de 5 no total:

Dt = (p2 − p1)/((p4 − p1) − (p3 − p2))

Colocando em ordem e usando o intervalo de Dt (Dt 1, Dt 5 e Dt 2) em que as


diferenças não passam de 5%. Assim, a média aritmética dessas densidades é
considerada a densidade real dos grãos da amostra total, que no caso é de
22, 36 g /cm3

8. Classificação dos solos no sistema trilinear, sistema unificado e


sistema rodoviário.

- Sistema Trilinear:

Porcentagem de argila: 16%

Porcentagem de silte: 34%

Porcentagem de areia: 50%

Classificação: Lemo Arenoso.

- Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS):

Porcentagem passante na peneira 0,075mm > 50% - granulação fina

Avaliação pela carta de plasticidade (LP e LL):

LL=36,79458239 e IP=16,56099939

Classificação: CL (argila de baixa compressibilidade)

- Sistema Rodoviário:

Porcentagem passante na peneira 0,075mm > 35%

Pelo gráfico de LL x IP:

LL=36,79458239 e IP=16,56099939

Classificação: A-6.
Conclusão:
Concluindo a análise desse solo, foram feitos os ensaios e cálculos de
granulometria, limite de liquidez, plasticidade, densidade dos grãos e classificação do
mesmo.

Obtendo um solo com LL = 36, LP = 20, IP= 16 e densidade 22,36 g /cm3 .

Classificado o solo em Lemo arenoso, CL (argila de baixa compressibilidade) e


A-6 respectivamente nos sistemas trilinear, unificado e rodoviário.
Referências Bibliográficas:

- NBR 6457 – ABNT – “Amostras de Solo – Preparação para Ensaios de


Compactação e Ensaios de Caracterização”;

- NBR 6459 – ABNT – “Solo – Determinação do Limite de Liquidez”;

- NBR 7180 – ABNT - “Solo — Determinação do limite de plasticidade”;

- NBR 7181 – ABNT - “Solo — Análise granulométrica”;

- NBR 7182 – ABNT - “Solo — Ensaio de compactação”;

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