0% acharam este documento útil (0 voto)
74 visualizações6 páginas

Relatorio 2 de LAB III

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 6

Universidade Federal do Rio Grande – FURG

Escola de Química e Alimentos – EQA


Curso de Engenharia Química
Disciplina de Laboratório de Engenharia Química III
Prática: Viscosímetros capilares
Fabrício José Rehbein -129276
Data de realização da prática: 23/05/2022
Data de entrega: 30/05/2022 às 12:00
1. Resumo
A viscosidade é uma importante propriedade dos fluidos e tem relevante importância no
escoamento destes. É um parâmetro muito importante na indústria, pois interfere diretamente nos
cálculos e dimensionamento de equipamentos. Esta propriedade é considerada em diversas aplicações
da engenharia, como difusão, transferência de massa e troca térmica. Além disso, as correlações para os
cálculos dos coeficientes de transferências de massa e calor dependem do valor desta propriedade.
(VEIT, 2010). A prática realizada teve como objetivo determinar experimentalmente a viscosidade da
solução de sacarose 25% utilizando o método do viscosímetro capilar, que se baseia em um balanço de
forças num capilar por onde escoa um fluido com densidade conhecida; também se calculou a tensão de
cisalhamento e o grad v (dr/dv) para demonstrar o comportamento do fluido e descobrir se o mesmo se
comporta como fluido newtoniano.

2. Objetivo da prática
Determinar o coeficiente de viscosidade de fluidos newtonianos.
3. Materiais e métodos
3.1 Materiais:
▪ Bureta com um capilar acoplado
▪ Viscosímetro capilar
▪ Dose copos de plástico
▪ Béquer de 500 ml
▪ Água destilada
▪ Sacarose 25% (m/m)
3.2 Método
▪ Esses dois procedimentos foram utilizados tanto água e sacarose 25%: No primeiro
procedimento utilizamos uma bureta acoplada a um capilar, nesse experimento,
colocamos o liquido utilizado e ambientalizamos o equipamento. Em seguida é colocado
o liquido até o menisco e marcado pontos aleatórios onde será feita o tempo de
deslocamento do liquido; é marcado 10 pontos e nela podemos determinar sua
viscosidade.
▪ No segundo procedimento é utilizado doze potes. O procedimento consiste em variar a
altura do capilar e pesar os potes; a medição de altura é entre saída do liquido do capilar
até frasco maior. São feitas triplicatas do experimento e três diferentes alturas.
4. Resultado e discussão
4.1 Viscosidade do capilar
Tabela 1: Dados experimentais da água 17,2°C
Altura (cm) N° copos Mass do copo Tempo (s) Massa total
vazio (g)
24 1 4,6408 10 9,7872
24 2 4,5816 10 9,3096
24 3 4,5770 10 9,3393
31,5 4 4,6635 10 8,4106
31,5 5 4,6500 10 8,5995
31,5 6 4,5673 10 8,0205
35,5 7 4,6308 10 8,7476
35,5 8 4,6327 10 8,1285
35,5 9 4,5348 10 8,9346
47 10 4,5653 10 9,0905
47 11 4,3836 10 9,6326
47 12 4,6331 10 11,0183

• Dados necessários:
▪ Massa específica da água a 17,2°C: 998,8 Kg/m3
▪ Viscosidade da água a 17,2°C : 1,307 x 10-3 Kg/m.s
▪ Comprimento do tubo capilar: 1,718 m
▪ Aceleração Gravitacional: 9,81 m/s2
• Tratamento dos dados:
128 𝜇 𝐿 𝑚̇ 1/4
𝐷=( )
𝜋𝜌2 𝑔∆ℎ

Altura (cm) D (m)


24 0,002088
31,5 0,001823
35,5 0,001802
47 0,001809

Tabela 2: Dados experimentais da água 17,2°C


Altura (cm) N° copos Tempo (s) Massa do Vazão Diâmetro
fluido (g) Mássica (m)
(Kg/s)
24 1 10
24 2 10 4,8789 0,00048789 0,002088
24 3 10
31,5 4 10
31,5 5 10 3,7166 0,00037166 0,001823
31,5 6 10
35,5 7 10
35,5 8 10 4,0041 0,000400413 0,001802
35,5 9 10
47 10 10
47 11 10 5,3864 0,000538647 0,001809
47 12 10

O diâmetro médio é 0,007522 m, portanto podemos descobrir a viscosidade da sacarose:


Tabela 3: Dados experimentais da sacarose 17,6°C
Altura (cm) N° copos Tempo (s) Massa do Vazão Viscosidade
fluido (g) Mássica (Kg/m.s)
(Kg/s)
25,5 1 10
25,5 2 10 3,1526 0,00031526 0,03991315
25,5 3 10
34,5 4 10
34,5 5 10 3,434 0,0003434 0,049575089
34,5 6 10
39,5 7 10
39,5 8 10 3,3604 0,00033604 0,056759884
39,5 9 10
45,5 10 10
45,5 11 10 4,3111 0,00043111 0,065094247
45,5 12 10
Tensão de cisalhamento (Kg/m/s2) Gradiente de velocidade
2,8366 385,41
3,8378 575,88
4,3940 563,54
5,039 722,97
Tensão de cisalhamento (N/m^2) 6

2
y = 0,0065x + 0,387
R² = 0,9202
1

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
dv/dr

4.2 Viscosidade capilar – Bureta


Tabela : Dados experimentais da água 17,6°C

Volume (ml) Altura (cm) ln (h) Tempo (s)


0 70 4,2484 0
10 65 4,1743 3,13
20 60 4,0943 2,98
30 55 4 2,87
40 50 3,9120 3,9
50 45 3,8066 2,88
60 40 3,6888 3,32
70 35 3,5553 4,3
80 30 3,4011 5,22
90 25 3,2188 6,44
100 20 2,9957 8,66

• Raio do capilar (Rc)= 0,0018 m


• Raio da bureta (Ro) = 0,0015 m
• Massa específica do fluido = 998,2 Kg/m3
• Aceleração gravitacional = 9,81 m/s2
• Comprimento do capilar (L) = 0,835 m

Tempo
H (s) ln (H)
0,7 0 0,35667494
5,0075E-08 3,13 16,8097444
1,01333E-07 2,98 16,1048529
1,65177E-07 2,87 15,6162458
6,85113E-10 3,9 21,1014379
1,28255E-07 2,88 15,8692455
1,14017E-08 3,32 18,2895023
5,91307E-11 4,3 23,5512709
4,11205E-13 5,22 28,519685
5,78474E-16 6,44 35,0861385
4,17026E-21 8,66 46,9263091
50

45

40

35

30
y = 5,3996x + 0,2062
25 R² = 0,9998

20

15

10

0
0 2 4 6 8 10

Tabela 4: Dados experimentais da sacarose 17,6°C

Volume (ml) Altura (cm) ln (h) Tempo (s)


0 70 4,2484 0
10 65 4,1743 5,47
20 60 4,0943 5,47
30 55 4 6,27
40 50 3,9120 6,47
50 45 3,8066 7,59
60 40 3,6888 7,81
70 35 3,5553 9,6
80 30 3,4011 10,56
90 25 3,2188 11,76
100 20 2,9957 17,4

Tempo
ln (H) (s)
0,356675 0
28,19315 5,47
29,13476 5,47
32,21241 6,27
34,54998 6,47
38,91917 7,59
41,7852 7,81
49,18597 9,6
56,46334 10,56
60,15255 11,76
92,66181 17,4

20

18

16

14

12

10

8
y = 0,1892x + 0,0619
6 R² = 0,9982

0
0 20 40 60 80 100

Viscosidade da sacarose 0,037735198 Kg/m.s

4.3 – Perguntas:
- Descreva um Viscosímetro de Höppler: O viscosímetro de queda de bola VISCO BALL
baseia-se no sistema de medida Höppler. Mede o tempo no que uma esfera sólida precisa para
percorrer uma distância entre dois pontos de referência dentro de um tubo inclinado com amostra. Os
resultados obtidos determinam-se como viscosidade dinâmica na medida estandardizada no Sistema
Internacional (mPa.s).

O VISCO BALL determina a viscosidade de líquidos Newtonianos e gases (com uma bola especial
para gases), com precisão. Entre suas aplicações figuram a investigação, o controle de processos e o
controle de qualidade.

Este viscosímetro utiliza-se principalmente para substâncias de baixa viscosidade, entre 0,6 e
100.000 mPa·s, como:
- Indústria de azeites minerais (azeites, líquidos hidrocarbonos)
- Indústria alimentária (soluções de açúcar, mel, cerveja, leite, gelatina, sucos de frutas)
- Indústria química (soluções de polímeros, disolventes, soluções de resinas, dispersiones de látex,
soluções adhesivas)
- Indústria Cosmética/Farmacêutica (matérias primas, glicerina, emulsiones, suspensões, soluções,
estractos)
- Indústria petrolera (cru, azeite para máquinas, petróleo) - Combustíveis (petróleo, azeite diesel e
parafina)
- Indústria papelera (emulsiones, dispersiones de pigmentos, aditivos do papel)
- Pinturas e vernizes (tintas para impressão, vernizes, aquarelas, tintas)
- Detergentes
5. Conclusão
Através da análise dos dados obtidos no experimento, pode-se concluir que a solução de sacarose obedece à lei
da mecânica dos fluidos, já que a tensão de cisalhamento teve um aumento com o aumento da diferença de altura
o que se mostra perfeitamente normal e adequado. O Grad v (dr/dv) também teve um aumento esperado já que
o mesmo depende da vazão mássica e a mesma aumenta com o aumento do ΔH devido à elevação da pressão.
Observou-se que a solução de sacarose manteve sua viscosidade constante ao longo das diferentes tensões de
cisalhamento, com isso, ela obedece às leis de Newton e, portanto, é um fluindo newtoniano. Pode-se concluir
que a prática foi executada com êxito e que a análise da viscosidade utilizando o viscosímetro capilar se mostrou
um método eficiente e simples, para análises mais rápidas dessa propriedade.

6. Referências bibliográfica
McCABE, L. W.; SMITH, C. J.; HARRIOT, P. – Unit Operations of Chemical Engeneering. 4 Ed. McGraw Hill,
1985
FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP.L. W. – Princípios das Operações Unitárias. 2 Ed. Livros Técnicos e
Científicos. 1980.
PERRY, R. H.; GREEN, D. W. – Perry’s Chemical Engeneering Handbook. 6 Ed. McGraw Hill. 1984

Você também pode gostar