TCC 3
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ABSTRACT
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FAMÍLIA NA VISÃO SISTÊMICA
Nas bases históricas, percebe-se a origem da terapia familiar nos Estados Unidos,
desenvolvida a partir de um grupo de pensadores terapeutas (MINUCHIN, 2006, 2007).
Costa (2010) afirma que entre as décadas de 1960 e 1970 começaram então a surgir
diversos métodos e abordagens, sendo que o objetivo inicial era a orientação teórica
aplicada a todas as estruturas humanas, sem diferenciação de cultura ou etnias.
A inclusão da família dentro do contexto clínico ocorreu com a participação dos
terapeutas grupais, movimento esse que se deu de forma lenta, pois só a partir dos anos
de 1960 que a família passou então a ser considerada protagonista dentro do meio clínico.
Desde então, os estudos voltados para esta área passaram a auxiliar e ajudar na
compreensão sobre a dimensão individual do conflito, contribuindo assim para o
desenvolvimento dos modelos sistêmicos da Terapia Familiar (COSTA, 2010).
O conceito de família vem sendo alterado com o passar dos séculos, segundo Dias
(2011), esta conceituação vem ganhando um espaço amplo, permitindo assim novas
maneiras de pensar sobre o que é família e suas organizações. Essa variação de família
desenvolve dinâmicas exclusivas de sua identidade, que são conectadas de certa forma
por laços sanguíneos, afetividade ou interesses irreplicáveis (AMARO, 2006;
ALARCÃO; RELVAS, 2002; GIDDENS, 1999, 2004).
Alarcão e Relvas (2002) dizem que a família contemporânea não tem o mesmo
significado do passado e da construção mental que habitava em cada sujeito, encontra-se
cada vez mais famílias em que as pessoas nem sempre irá compartilhar do mesmo teto ou
os descendentes são filhos dos adultos ou os adultos de sexos diferentes.
Cabe destacar que a família é formada de subsistemas que vão se influenciando
(ex)internamente em um sistema aberto, havendo influências recíprocas (ALARCÃO,
2006; DIAS, 2000). E, seguindo essa linha da Teoria Geral dos Sistemas1, nenhum evento
acontece do nada e de forma isolada e uma situação específica afeta todos os sistemas2
(ANDRADE; MARTINS, 2011).
No olhar sistêmico, a família ascende em dois objetivos, o primeiro é interno que
é a proteção e a segurança psicossocial dos membros do sistema e o externo advém da
acomodação de uma cultura e sua transmissão (DIAS, 2011). A família pode ser
considerada um sistema semelhante a um organismo vivo, devendo assim analisar o todo,
pois os membros é o que é por si mesmo e suas relações que são estabelecidas com o
outro.
Para Amaro (2006), a família é considerada como um todo, uma globalidade, ou
seja, o todo sempre vai ser maior que a parte, considerando então isso como o principal
axioma da Teoria Sistêmica. Esteves de Vasconcellos (2003) ressalta que o indivíduo
1
Trata-se, portanto, de uma teoria interdisciplinar aplicada nas mais diversas áreas do conhecimento, a
Teoria dos Sistemas de Bertalanffy, baseada em seu conhecimento biológico, procurou evidenciar
inicialmente as diferenças entre sistemas físicos e biológicos (ARAUJO; GOLVEIA, 2016, p. 7).
2
É a unidade formada por membros que interatuam entre si tendo assim um vínculo e mantendo
determinadas transações (GIMENO, 2003; AMARO, 2006).
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tende a separar e desfragmentar as partes para encontrar o problema, dando o exemplo da
família que busca atendimento para determinado integrante, pois ele está doente, na
tentativa de encontrar uma causa que justifique o efeito que nesse caso seria o
adoecimento do membro familiar. Enquanto o indivíduo não perceber sua participação
nos problemas que o rodeiam sempre ficará sem ação, e que a liberdade dele se encontra
no entendimento dos padrões que o prende (MINUCHIN, 1995).
Esteves de Vasconcellos (2003), com a nova visão da ciência como um novo
paradigma, destaca também as novas mudanças nos três pressupostos da ciência tida
como tradicional, fazendo a passagem da estabilidade para instabilidade, tendo a
compreensão que o mundo está em constante mudança e imprevisibilidade; a mudança
da objetividade para intersubjetividade, pois não se tem uma realidade individual apenas
do observador e, por último, a mudança da conjectura da simplicidade para complexidade
buscando então a contextualização do fenômeno.
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Oksal (2008) diz sobre os estudos voltados para o processo de aceitação dos filhos
diante da orientação sexual, os quais são perceptíveis que homossexuais que obtém o
apoio e suporte familiar conseguem lidar serenamente com sua sexualidade e todas as
questões que rodeiam isso. Nas pesquisas de Lomando et al. (2011), nota-se a importância
da família e dos amigos. Para esses autores, os meios de comunicação que se tem
atualmente têm facilitado bastante os pais a elaborarem a realidade dos filhos.
Nascimento e Comin (2018) afirmam sobre a grande importância da aceitação
familiar, pois contribuem para construção da autoestima de indivíduo LGBTQIA+, sendo
também grande suporte e apoio social, melhorando assim, a saúde mental de modo geral.
Então, o apoio da família é extremamente importante para pessoas do meio LGBTQIA+,
pois acaba protegendo então o indivíduo de uma futura depressão, utilização de álcool e
outras drogas, evitando assim, o comportamento de riscos e a ideação suicida
(FEINSTEIN et al. 2014).
Apesar de diversos estudos apontarem os benefícios do apoio familiar, nem
sempre o sujeito encontrará esse suporte. Segundo Nascimento e Comin (2018, p. 1536),
a “aceitação pode não acontecer na família e mesmo diante desta possibilidade, cabe ao(à)
homossexual lidar com a sexualidade e [...] familiar de modo que não se anule, geralmente
é um processo difícil que pode acarretar desgaste físico e emocional.”
Diamond e Shpigel (2014) destacam que caso seja constatado que o seio familiar
atue de forma agressiva, o ficar no armário será a melhor opção e deve-se buscar outras
formas de apoio, como amigos ou comunidade LGBTQIA+. Então, o preconceito que
ocorre dentro dos lares pode levar a rupturas nos laços e vínculo entre pai e mãe, com
possíveis afastamentos temporários ou definitivos, até mesmo a expulsão de casa
(CEBALLOS-FERNÁNDEZ, 2014; PERUCCHI; BRANDÃO; VIEIRA, 2014;
SANTOS; FERNANDES, 2009). Para Nascimento e Comin (2018), o lar acaba se
tornando algo contraditório, pois esperava receber apoio, aceitação frente às
discriminações da sociedade.
Nascimento e Comin (2018) revelam que quando o assunto é a revelação da
orientação sexual, na maioria dos casos, pode desenvolver diversos conflitos, para quem
faz a revelação quanto para quem recebe a informação. As preocupações e as culpas
podem ser dissolvidas através de conversas e buscas de apoio familiar, amigos, até mesmo
instituições que possam tirar dúvidas como ONGs e casas de apoio a comunidade
LGBTQIA+.
Diante do exposto, foi possível identificar que o apoio familiar aos indivíduos
LGBTQIA+ é importante para melhorar o desenvolvimento da saúde mental,
contribuindo assim para o fortalecimento da autoestima. Vale ressaltar que ainda que ter
a base familiar como suporte, o enfrentamento social não se torna mais fácil, mas a
maioria das vezes torna-se tolerável, tendo como fonte de energia o seu núcleo de família
e de amigos. A seguir, tem-se a apresentação do percurso metodológico desta pesquisa.
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METODOLOGIA
A pesquisa realizada é uma pesquisa básica, de natureza qualitativa, exploratória
e procedimento metodológico de revisão sistemática da literatura. Segundo Galvão e
Pereira (2014), a revisão sistemática trata-se de uma investigação com questões bem
definidas e limitadas, com o intuito de identificar, avaliar, sintetizar, selecionar as
evidências mais relevantes disponíveis.
De acordo com Sampaio e Mancini (2007, p. 84) “uma revisão sistemática
depende da qualidade da fonte primária”, considerando então fontes primárias, os artigos
que expõem resultados de pesquisa de primeira mão definindo então sua importância para
o estudo. Ou seja, esse método tende a ser mais rigoroso, pois está relacionado com a
definição das estratégias de coleta de dados, como por exemplo a análise da qualidade
dos estudos, os critérios de seleção, identificação e comparação dos resultados.
Os critérios de inclusão desta revisão foram materiais indexados nas bases de
dados BDTD e BVS, dos últimos 5 anos, que apresentarem relação com o tema
sexualidade e família, orientação sexual e família. Foram excluídos desta pesquisa
trabalhos duplicados e incompletos, ou seja, não disponíveis na íntegra.
Os resultados foram coletados nas bases de dados por meio dos descritores
“sexualidade e família”, “orientação sexual e família”. Após reunir os materiais
selecionados, realizou-se a leitura das pesquisas, sendo excluídas aquelas que não se
adequavam aos objetivos deste estudo. Para que se tornar uma pesquisa com resultados
mais fidedignos, como esse método de pesquisa exige, a coleta de dados foi realizada por
avaliadores independentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a finalização do levantamento de dados e a filtragem dos materiais
encontrados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, chega-se então ao seguinte
resultado: 732 materiais pré-selecionados pela pesquisadora A e 748 trabalhos pelo
pesquisador B. Após uma análise mais minuciosa dos materiais, foram identificadas 4
publicações repetidas e 16 foram excluídas por não se encaixarem nos critérios desta
pesquisa. Totalizando, dessa forma, 15 pesquisas selecionadas ao final, sendo 4 artigos,
6 dissertações e 5 teses.
Em relação aos anos de publicação, foi possível identificar em 2016 e 2018 a
existência de 3 trabalhos em cada ano, houve um aumento em 2017 com 4 trabalhos e
2019 com 5 pesquisas e uma queda considerável no ano de 2020. Um dos fatores que
pode ter contribuído para a diminuição de produção e publicação de materiais científicos
nesse ano, pode ser em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, momento de
muitas restrições, sendo muitas vezes considerado como um ano atípico.
Foi possível identificar 2 pesquisas na região Nordeste, 2 na região Sul, 3 na região
Centro-Oeste, sendo que o Sudeste obteve destaque com 8 publicações. Verifica-se que a
região Norte não apresentou nenhuma publicação nas bases de dados pesquisadas, os
dados podem estar relacionados à plataforma em que a busca é realizada, visto que pode
167
haver publicações em outras bases de dados. Outra hipótese que justifica o resultado pode
estar relacionada aos tipos de materiais estudados - artigos, dissertações e teses. Outros
fatores que contribuem para esse resultado são os critérios de inclusão e exclusão deste
trabalho. Sendo visível o grande índice de publicação e materiais encontrados na região
Sudeste.
Além de ter uma grande quantidade de estudos qualitativos, verificou-se que a
psicologia está à frente para esse tipo de pesquisa e temática. Para melhor visualização
do leitor sobre as áreas do conhecimento que estudam sobre a orientação sexual dos filhos
e os reflexos na dinâmica familiar, tem-se o gráfico a seguir.
Gráfico 1 área do conhecimento
12
10
8
6
10
4
2 3
0 1 1
ANTROPOLOGIA CIÊNCIAS PSICOLOGIA SOCIEDADE, CULTURA
E FRONTEIRAS
168
relação e esforço para mantê-la, apesar das dificuldades de
aceitação social, especialmente por membros da família.
4 Estudar a interface entre os desafios de jovens Apontam que o sentimento de medo como denominador
homossexuais masculinos em relação a assumir comum e um dos principais desafios em assumir para si e em
e revelar a homossexualidade. diferentes contextos sociais.
5 Compreender como casais que se autodefinem Apresentados sob as perspectivas dos pais gays mães
como homoafetivos, isto é, casais de gays e lésbicas, professores e autoavaliação das crianças e
lésbicas que mantêm relação estável, vivenciam adolescentes, revelaram que não há diferenças substanciais
o cotidiano da vida familiar e o exercício da quanto ao desenvolvimento psicossocial da criança e
parentalidade. adolescente quando comparados às de pais heteroparentais.
6 Compreender a vivência de adolescentes A análise dos depoimentos permitiu a elaboração de
homossexuais frente as relações com seus categorias que representam as características típicas da
familiares. vivência dos adolescentes homossexuais: aquele que, desde
a infância, percebe-se com uma orientação sexual diferente
das pessoas do mesmo sexo. A revelação ou não da
homossexualidade aos familiares desencadeou dúvidas,
inseguranças, gerando um relacionamento conflituoso no
seio familiar. Em meio à diversidade vivida em âmbito
familiar, eles têm como expectativa ter a orientação sexual
aceita pela família, conquistar independência financeira e
manter os laços familiares.
7 Apresentar uma revisão abrangente da literatura Indica que a homossexualidade vem ganhando mais espaço
científica para compreender o impacto da e força na literatura científica nos últimos seis anos, este fator
revelação da orientação sexual nas relações nos mostra que, na literatura internacional, a revelação da
familiares de jovens gays adultos. orientação sexual na família já está sendo pesquisada há mais
tempo e há mais estudos acerca da temática.
8 conhecer a percepção destes grupos acerca do Permitiam a construção de casos múltiplos, nota-se que, em
coming out na família. alguns casos, a família já havia percebido e, em outros casos,
não haviam imaginado essa possibilidade.
9 Apresentar os sentidos e efeitos do silêncio As reconfigurações das relações em que o tempo exerce uma
vivenciado no cotidiano da casa após a revelação agência, possibilitando a colocação em discurso no espaço
da orientação homossexual para a família, doméstico de experiências inicialmente situadas no limiar do
considerando como este integra disputas indizível
micropolíticas
10 descrever o caminho construído por homens Quando ocorre uma discordância entre a identidade social
homossexuais que decidiram tornar pública uma virtual e a identidade social real o resultado é um atributo
orientação sexual marcada por estigmas, depreciativo, um estigma, uma vez que, ao perceber que o
preconceitos e violências. indivíduo
11 Analisar a formação em Psicologia atravessada Possam estar imbricados com a ampliação das discussões e
pelos marcadores gênero, sexualidade, família e produção de conhecimento acerca da diversidade humana, no
religião de docentes e discentes de Psicologia e que tange ao gênero, à sexualidade, à família e considerando
seus desdobramentos para as/os discentes. ainda as multiplicidades religiosas
12 O estudo visa propiciar maior familiaridade com Apontam que se faz necessário urgente, abrangente e
conceitos, atitudes e reflexões que possibilitem permanente discussão e reflexão acerca dos estigmas das
o processo constitutivo de identidades de jovens sexualidades humana. E que o caminho inicial para essa
do ensino médio de uma escola da rede pública abordagem é a educação de gêneros e sexualidades de forma
de Salvador ampla e não apenas a cerca de estudos sobre anatomia de
sistemas reprodutores e Infecções Sexualmente
Transmissíveis – ISTs, como é feito na maioria dos casos nas
escolas, nas aulas de ciências biológicas que deixa claro que
o tema deverá ser inserido na escola perpassando todas as
disciplinas, rumo ao exercício pleno da cidadania.
Estabelecer de forma mais extensiva e possibilitar maiores
debates acerca da negatividade do preconceito sexual é a
diretriz que oportunizará uma convivência mais harmoniosa,
diversa, socialmente igualitária e justa.
13 Apresentar alguns aspectos referentes ao diálogo Apontam para a importância de que as conversas sobre
sobre sexualidade entre pais e adolescentes, a sexualidade não se reduzam às questões preventivas, e
partir do ponto de vista de mulheres que destacam a necessidade de que ambos os genitores assumam
possuem filhos(as) adolescentes
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ativamente seus papéis com relação ao diálogo sobre o tema
com filhos(as) adolescentes.
14 Apresentar a evolução da família visando A família não deve ser tomada no singular, pois as formas de
questionar o que dela pode ser variável e sua apresentação se modificam ao longo do tempo
singular.
15 Identificar situações de vulnerabilidade Os jovens homoafetivos vivenciam vulnerabilidades
vivenciadas pelo jovem no decorrer do processo individuais e sociais. Na dimensão individual, estão expostos
de descobrir-se, aceitar-se e assumir sua aos sentimentos de medo, insegurança e não aceitação. Na
orientação sexual dimensão social, destaca-se a exposição à violência, expressa
de diversas formas, nos âmbitos familiar e social. Como meio
de enfrentamento das vulnerabilidades, a família foi
evidenciada como uma entidade importante.
170
sexualidade. Partindo disso, percebe-se a importância que tem o apoio familiar para o
desenvolvimento de forma saudável dos indivíduos que compõem a comunidade
LGBTQIA+ (LOMANDO; WAGNER; GONÇALVES, 2011).
Vale ressaltar que, de acordo com Feinstein et al. (2014), quando se trata sobre o
apoio familiar para com os filhos além de ajudar na autoestima, na melhora da saúde
mental e física, acaba evitando que eles façam utilização de álcool, drogas e
desenvolvimento do quadro depressivo e ideação suicida. Partindo disso, os autores
Etengoff e Daiute (2013) ressaltam que tanto os sujeitos e seus familiares que encontram
apoio em sua família, amigos, religião e até mesmo psicológico conseguem lidar de forma
mais fácil com a dinâmica familiar e as mudanças em suas relações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final desta revisão sistemática sobre a revelação da orientação sexual dos
filhos e suas repercussões na dinâmica familiar, nota-se que os estudos publicados na
literatura estão voltados para os aspectos que envolvem o conhecimento dos conceitos e
das definições sobre sexualidade, orientação sexual e gênero.
Foi possível verificar como se dá o processo de comunicação sobre a sexualidade
no núcleo familiar, sendo visível que esse tipo de assunto está longe do diálogo e da
realidade de muitas famílias, o aprendizado e o conhecimento dos filhos sobre esse
assunto vêm por meio da internet, dos amigos e do aprendizado pessoal a partir das
vivências.
Ainda sobre o espaço para esse tipo de debate dentro do núcleo familiar, aos
poucos vem se tendo abertura para esse tipo de conversa, percebe-se que o avanço de
pesquisas científicas sobre esse assunto vem possibilitando em alguns contextos a
diminuição da discriminação e, principalmente, a visão negativa da homossexualidade
construída socialmente.
Contudo, ressalta-se a necessidade de elaboração de mais estudos e materiais
voltados para o diálogo familiar com os filhos, envolvendo as temáticas sobre a
sexualidade, a diversidade e a orientação sexual. Pesquisas que vão além da interpretação
dos termos e seus significados, mas também que possam ampliar, de forma saudável,
espaços e diálogos sobre essas pautas tão fundamentais.
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