Vulnerabilidade em Informação e Mães Solo
Vulnerabilidade em Informação e Mães Solo
Vulnerabilidade em Informação e Mães Solo
[...] não é possível precisar motivos para a alta no registro sem o nome
paterno e a queda nos reconhecimentos. Contudo, acreditase que a
pandemia do novo coronavírus pode ter acentuado este cenário. Por
mais que saibamos que o registro de paternidade é gratuito no caso de
o pai ser biológico, podemos pensar em inúmeras justificativas para a
nova queda. O distanciamento devido à pandemia, supondo que os
casais não vivam juntos, ou mesmo o fim das relações durante a
gestação, que se acentuaram com a pandemia, podem ser algumas
das explicações. (ARPEN BRASIL, 2021, s.p.).
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Em relação a isso, Vitorino (2018, p. 78), aponta como uma das principais
características da vulnerabilidade “a capacidade ou liberdade limitada” das
pessoas e/ou grupos sociais. Vitorino (2018, p. 79), nesse sentido, também
salienta as características da vulnerabilidade, conforme ilustra o quadro 3.
Formas de exclusão social, traumas e crises em diferentes pontos da vida (BECKETT, 2006
apud FAWCET, 2009)
Substantivo que caracteriza aquele ou aquilo que está suscetível ao ataque físico ou emocional
ou a danos
Sentimento de fragilidade
Durante muito tempo o termo utilizado para as mulheres com filhos (as)
que não estavam inseridas em um relacionamento conjugal era “mãe
solteira”, posto que para a sociedade a conjugalidade era um fator
essencial para que as mulheres pudessem se tornar mães. O termo
“mães solteiras”, como eram conhecidas as mães solo, carrega o forte
resquício da sociedade machista e patriarcal do século XX, em que a
mulher – sobretudo à mulher casada – possuía seus direitos civis,
sexuais e reprodutivos reduzidos e em sua maioria submetidos à
vontade do marido. (BORGES, 2020, p. 13).
Aquelas que engravidaram e sabiam a partir do momento que escolheram ter o bebê, que
estariam por conta própria nessa criação;
Mães que adotaram uma criança e que optaram por se ocupar desse exercício sem a ajuda
de um companheiro ou companheira;
Mães que estavam casadas ou se relacionando com o pai da criança quando engravidaram,
mas por conta da separação, viramse inteiramente a sós para viver a maternidade;
Aquelas cujo companheiro não assume a criança e se abstém de qualquer contato familiar
ou então abandonou a família após o nascimento da criança;
Mães que criam os filhos sozinhas por conta do óbito do parceiro.
Fonte: Dados obtidos na pesquisa
Carla Bianca
Durante a pandemia, Tem maternidade Faz 8 meses que Ísis cresceu dentro
com as creches que você é solo, mas estou dentro da da religião, ela
fechadas e a filha em tem com quem Umbanda. Foi aprendeu sobre
casa, Carla se divide contar, tem rede de muito importante solidariedade,
em realizar atividades apoio, financeiro e pra me fortalecer, sobre amor, sobre
EAD da faculdade de familiar que você pra me redescobrir afeto, sobre
Direito, os cuidados pode ainda se na minha essência companheirismo e
com a filha e as irmãs, concentrar em você. do ser mulher. [...]. sobre ser luz na
dividindo as horas que E tem a minha Isso acabou de vida das pessoas.
sobram também com a maternidade que é certa forma me É o que a gente
produção do brechó igual o de várias tornando uma prega, é o que a
online que ela mulheres, que é pessoa mais forte, gente se dispõe a
administra. aquela de se independente. fazer.
preocupar todo
tempo com
responsabilidades.
[...] Na pandemia me
senti muito sufocada.
MÃES SOLO
Isis Abena
Além de mãe, sou Como eu sei que tem Seguimos, eu e ela, No início da
terapeuta dos aromas, mãe me vendo na construção e pandemia, as duas
criadora de perfumes diariamente eu quero busca da ainda moravam em
botânicos na dizer pra vocês que comunidade que um apartamento,
plataforma de cura nós estamos de nos acolherá nessa mas o fato de
Hawa. Hoje, uma parabéns! Gente de diáspora para estarem
empresa familiar, forma geral não faz minimizar as confinadas em um
minha e da Ainá. ideia do trampo que é sequelas do m², passou a afetar
Também pesquiso e para dar conta de colonialismo e o humor de Ainá e
integro tecnologias de alimentar, vestir, fragmentação das a produtividade de
cura para o corpo banhar, e oferecer famílias negras... Isis. Isso mudou no
mulher preta e cuidados básicos meio do ano,
compartilho minha para uma criança. quando
jornada pessoal de Nem falo de afeto e conseguiram se
descolonização na educação porque aí mudar para uma
@hawa_isisabena. eu posso me vila onde Ainá tem
emocionar. espaço, liberdade,
amigas e um maior
contato com a
natureza.
MÃES SOLO
Luísa Brandão
MÃES SOLO
Luísa Molina
DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO ÉTICA DIMENSÃO
TÉCNICA ESTÉTICA POLÍTICA
A possibilidade de ter Ser mãe solo pra mim Sobre o significado Acompanha desde
construído em mim um é ser mãe, antes de de ser mãe solo, a 2012 o debate
lugar de fortaleza, um tudo pra mim foi uma primeira coisa que público acerca dos
lugar de crescimento. experiência de me vem quando eu direitos territoriais
Com muita solidão e é enraizamento no penso nisso, não é de povos
uma solidão que eu mundo muito visceral, uma indígenas, tendo
sinto ainda de mudar tudo o que ausência, não é atuado em diversas
praticamente todos os eu conhecia de ser no ausência que define campanhas nesse
dias. E ela é mesma mundo. Deslocou minha maternidade sentido, publicado
traiçoeira. Distorce as questões e solo, não é artigos em jornais e
coisas, me deixa perspectivas, mudou ausência do pai ou participado de
suscetível. É muito os pesos e as de uma outra podcasts sobre o
difícil estar num lugar medidas, inaugurou pessoa. Não me tema.
de construção em mim sentidos de deixaria definir por
autônoma de minha estar no mundo que isso, não seria nem
própria força. não tinha antes. E me correto, nem justo.
fez conhecer todos os E ser mãe solo pra
matizes possíveis. mim é.ser mãe,
antes de tudo.
MÃES SOLO
Maria Francisca
Moreira
DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO ÉTICA DIMENSÃO
TÉCNICA ESTÉTICA POLÍTICA
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS