Editorrevistaufg,+Revista Ufg 24 Reforco+de+Matematica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 20

DOI: 10.5216/revufg.v19.

57010

REFORÇO DE MATEMÁTICA POR MEIO


DE OFICINAS: UMA EXPERIÊNCIA
COM A COMUNIDADE
Greice da Silva Lorenzzetti Andreis1
http://orcid.org/0000-0002-8674-0223

Daniela Pelissari2
https://orcid.org/0000-0002-6081-4327

Resumo: As oficinas são um recurso interessante para a articulação entre teoria e prática. São
uma forma de construir conhecimento a partir da ação e da reflexão. As oficinas possuem
como finalidade articular conceitos com ações concretas, vivenciadas pelos participantes, e
oportunizar a vivência e a execução de tarefas em equipe, contribuindo com a construção
coletiva de saberes. Neste trabalho, traz-se a utilização de oficinas para momentos de reforço
de Matemática. O projeto foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias do Sul, no ano de 2017. Teve por
objetivo oportunizar aos estudantes do curso de Licenciatura em Matemática momentos
de reflexão sobre a prática docente na área de Matemática. Para tanto, foram desenvolvidas
oficinas de Matemática, as quais foram aplicadas com turmas de Ensino Fundamental de
duas escolas municipais da comunidade local do Campus. Com este trabalho, os estudantes
do curso de Licenciatura em Matemática vivenciaram práticas de ensino de Matemática,
contribuindo para a construção de seu itinerário formativo. Além disso, os alunos das escolas
que participaram das oficinas tiveram um rendimento escolar melhor, bem como foram
incluídos em um ambiente diferenciado do vivido regularmente por eles.
Palavras-chave: Ensino de Matemática. Oficinas de Matemática. Material Concreto. Reforço
Escolar. Comunidade Local.

Submetido em: 10/02/2019


Aceito em: 20/03/2019

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias
do Sul, RS.

2 Escola Edificare, Caxias do Sul, RS.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 1


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

MATHEMATICAL REINFORCEMENT BY WORKSHOPS:


AN EXPERIENCE WITH THE COMMUNITY
Abstract: The workshops are an interesting resource for the articulation between theory
and practice. They are a way of building knowledge from action and reflection. The
workshops aim to articulate concepts with concrete actions, experienced by the participants,
and to facilitate the experience and the execution of tasks in a team, contributing to the
collective construction of knowledge. In this research, the use of workshops for moments of
reinforcement of Mathematics is brought. The work was developed at the Federal Institute of
Education, Science and Technology of Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias do Sul, in the
year 2017. The objective of the project was to provide students of Licentiate in Mathematics
moments of reflection on the teaching practice in the area of Mathematics. For that purpose,
Mathematics workshops were developed and applied with classes of Elementary Education of
two state schools of the Campus local community. With this work, the undergraduate students
experienced Mathematics practical teaching, contributing to the construction of their training
itinerary. In addition, the students in the schools that participated of the workshops had a
better school performance, as well as were included in an environment different from the one
regularly experienced by them.
Keywords: Mathematics Teaching. Mathematics workshops. Concrete Material. School
Reinforcement. Local Community.

REFUERZO DE MATEMÁTICA POR MEDIO DE OFICINAS:


UNA EXPERIENCIA CON LA COMUNIDAD
Resumen: Los talleres son un recurso interesante para la articulación entre teoría y práctica.
Son una forma de construir conocimiento a partir de la acción y de la reflexión. Los talleres
tienen como finalidad articular conceptos con acciones concretas, vivenciadas por los
participantes, y oportunizar la vivencia y la ejecución de tareas en equipo, contribuyendo con
la construcción colectiva de saberes. En esta investigación, se trae la utilización de talleres
para momentos de refuerzo de Matemáticas. El trabajo fue desarrollado en el Instituto Federal
de Educación, Ciencia y Tecnología de Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias do Sul, en
el año 2017. El proyecto desarrollado tuvo por objetivo oportunizar al estudiante del curso de
Licenciatura en Matemáticas momentos de reflexión sobre la práctica docente en el área de
Matemáticas. Para ello, se desarrollaron talleres de Matemáticas, las cuales fueron aplicadas
con clases de Enseñanza Fundamental de dos escuelas estatales de la comunidad local del
Campus. Con este trabajo los estudiantes del curso de Licenciatura en Matemáticas vivenció
prácticas de enseñanza de Matemáticas, contribuyendo a la construcción de su itinerario
formativo. Además, los alumnos de las escuelas que participaron en los talleres tuvieron un
rendimiento escolar mejor, así como fueron incluidos en un ambiente diferenciado del vivido
regularmente por ellos.
Palabras clave: Enseñanza de Matemáticas. Talleres de Matemáticas. Material Concreto.
Refuerzo Escolar. Comunidad Local.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 2


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

1. INTRODUÇÃO

Discutir a docência, entendida como um processo pedagógico intencional e


reflexivo, faz parte do itinerário dos professores em formação. A pesquisa, nessa
concepção, potencializa o processo de constituição docente e permite olhar de
outro modo as relações que ocorrem no cotidiano da escola, bem como produ-
zir conhecimentos que auxiliem e fortaleçam o exercício da profissão.
A prática docente é constantemente desafiada, nesse princípio do século
XXI, em termos de métodos e técnicas de ensino e aprendizagem que emer-
gem de um ser docente em constante formação. Por isso, problematizar algu-
mas questões constitutivas e que moldam a forma de condução das práticas
docentes, bem como vivenciá-las, faz parte do processo de construção da
identidade destes profissionais. Segundo Nóvoa (2009), a escola é um lugar
de formação para o professor, onde é possível uma análise das práticas e uma
reflexão sobre o próprio trabalho docente. A experiência coletiva acaba tor-
nando-se uma possibilidade de conhecimento profissional e ético.
Nesse universo de possibilidades e com o objetivo de construir esse espaço
de reflexão é que a aplicação de oficinas de reforço de Matemática para estu-
dantes do Ensino Fundamental da comunidade local se apresenta. Em con-
sonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial
em nível superior e para a formação continuada, de julho de 2015 (BRASIL,
2015), e demais legislações vigentes, esse trabalho fomenta a reflexão sobre
processos de ensino e de aprendizagem em Matemática, bem como discute
concepções pedagógicas e epistemológicas que os permeiam, de forma a so-
cializar práticas e pesquisas científicas desenvolvidas na área.
Existem diversos recursos disponíveis, com os quais é possível ensinar
conteúdos matemáticos. Souza (2007) trata como recurso didático todo o
material utilizado para auxiliar os processos de ensino e de aprendizagem de
um determinado conteúdo proposto pelo professor. Dentre esses recursos,
destacam-se os materiais concretos, que surgem com o objetivo de facilitar a
compreensão dos conteúdos matemáticos trabalhados. Ainda segundo Souza
(2007), a manipulação de materiais concretos faz com que os alunos se envol-
vam fisicamente em uma situação de aprendizagem ativa. Dessa maneira, o
material concreto exemplifica o objeto de estudo ao aluno e este tem a percep-
ção da aplicabilidade do conceito trabalhado.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 3


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

Levando em consideração que em cada educando a aprendizagem ocorre


de maneira distinta, a utilização de diferentes recursos didáticos é de grande
importância, significando a aprendizagem do conteúdo e, assim, conforme a
intenção do professor, formar indivíduos capazes de compreender a impor-
tância da Matemática como construção social. Conforme Fiorentini e Miorim
(1990), cada material pedagógico retrata uma visão de Educação, de Matemá-
tica, do homem e de mundo.
Segundo Lorenzato (2010), conforme o professor identifica as caracterís-
ticas de sua turma, e que cada um tem um diferencial, ele precisa oportuni-
zar que as potencialidades de cada aluno sejam desenvolvidas por meio de
diferentes recursos didáticos, sejam eles manipulativos, visuais ou verbais.
Precedente à elaboração da proposta pedagógica, é importante conhecer os
educandos, seus conhecimentos prévios e os contextos sociais em que estão
inseridos. Dessa maneira, a diversificada possibilidade de recursos didáticos a
serem utilizados permitirão que a aprendizagem seja significativa.
Sincronicamente com a aplicação das atividades, deve ocorrer a percep-
ção e a interpretação dos erros cometidos pelos discentes. Em concordância,
Lorenzato (2010) diz que os erros dos alunos podem ser interpretados como
verdadeiras amostragens dos diferentes modos que os alunos podem utilizar
para pensar, escrever e agir. Uma das características importantes da realização
de oficinas como complemento educacional é visualizar erros e buscar alter-
nativas e recursos, com a finalidade de facilitar a compreensão dos conteúdos
e elucidar os erros apresentados.
O objetivo desta pesquisa qualitativa, com abordagem exploratória, foi
oportunizar aos estudantes do curso de Licenciatura em Matemática momen-
tos de reflexão sobre a prática docente na área de Matemática, por meio da
elaboração de oficinas para o reforço de Matemática com alunos do Ensino
Fundamental e da análise da aplicação das oficinas.
Nas seções seguintes descreve-se a metodologia adotada, a descrição da
aplicação das oficinas propostas, os resultados obtidos com elas e as conside-
rações finais.

2. METODOLOGIA

Esta pesquisa é de natureza qualitativa, tendo em vista que ela busca a ava-
liação da parte subjetiva do problema, e ela aponta dados que não podem ser

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 4


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

ponderados numericamente. Segundo Gaskell (2012, p. 68), a “finalidade real


da pesquisa qualitativa não é contar opiniões ou pessoas, mas ao contrário,
explorar o espectro de opiniões, as diferentes representações sobre o assunto
em questão”. Adotou-se uma abordagem exploratória para “[...] realizar um
estudo como intuito de obter informações ou dados mais esclarecedores e
consistentes” (FIORENTINI; LORENZATO, 2012, p. 69).
Com a finalidade de oportunizar momentos de práticas de ensino de Mate-
mática aos alunos do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Fede-
ral de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus
Caxias do Sul, em 2017 propôs-se um projeto de extensão abordando a uti-
lização de oficinas de Matemática como reforço escolar, para que depois os
licenciandos pudessem analisar sua prática na execução dessas oficinas e o
crescimento dos alunos participantes provenientes de escola parceira.

2.1 Procedimentos metodológicos


As oficinas de Matemática foram aplicadas por dois estudantes voluntários
do curso de Licenciatura em Matemática, uma delas autora deste artigo, em
duas escolas do município de Caxias do Sul, situadas nas redondezas do IFRS,
Campus Caxias do Sul. Com base nos conteúdos de Matemática apontados
pelas escolas para serem abordados nas oficinas, foram elaboradas atividades
que utilizam materiais concretos, com o intuito de facilitar a compreensão dos
alunos acerca das suas aulas. As oficinas foram realizadas semanalmente em
ambas escolas e visaram trabalhar, além dos conteúdos solicitados, as dificul-
dades individuais dos alunos.
Dentre os conteúdos trabalhados nas oficinas, pode-se citar as operações
básicas, onde utilizou-se jogos como o “Dominó da Multiplicação” e o “Domi-
nó da Adição”. A realização das oficinas oportunizou o contato dos acadêmi-
cos em Licenciatura em Matemática com alunos do Ensino Fundamental. No
decorrer das atividades perceberam-se as dificuldades dos estudantes e, desta
forma, foi possível elaborar métodos alternativos para se trabalhar durante as
oficinas, proporcionando uma aprendizagem de forma mais dinâmica e diver-
tida para os alunos.
A etapa do planejamento dos jogos levou em consideração características
singulares dos alunos para que todos tivessem condição de participar das ati-
vidades. Esse procedimento requereu uma análise por parte dos acadêmicos, o
que proporcionou vivenciar dificuldades docentes que aparecem na profissão.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 5


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

Este olhar individual foi possível pois as turmas atendidas tinham em média
de 5 a 10 estudantes. A caracterização de cada turma e a descrição da aplica-
ção das oficinas encontram-se nas subseções seguintes.
Após a execução de cada oficina os ministrantes realizaram a avaliação por
meio de uma análise sobre sua aplicação e sobre o crescimento dos participan-
tes. A Figura 1 apresenta um esquema do trabalho realizado.

Figura 1 – Esquema com a estruturação do trabalho.

Planejamento: Definição de conteúdos


Sujeitos: Voluntários (alunos da Licenciatura em Atividade: Definição dos conteúdos a serem
Matemática) e Escolas (Ensino Fundamental). abordados nas oficinas.

Planejamento: Oficinas
Atividade: Elaboraçãode oficinas com a utilização
Sujeitos: Voluntários.
de material concreto.

Execução
Sujeitos: Voluntários e alunos do Ensino Atividade: Aplicação das oficinas com encontros
Fundamental selecionados pelas Escolas. semanais.

Avaliação
Atividade: Análise do desempenho dos alunos
Sujeitos: Voluntários.
participantes e da aplicação do material utilizado.

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

2.1 Oficinas de reforço de Matemática aplicadas com estudantes do 4º ano do


Ensino Fundamental
As oficinas de Matemática foram elaboradas e posteriormente aplicadas
com estudantes do 4º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pro-
fessora Ester Justina Troian Benvenutti, nas quintas-feiras, no turno da tarde.
Os estudantes, que foram escolhidos pela coordenação pedagógica da escola
para participar das atividades, de três turmas de 4º ano, apresentavam difi-
culdades no aprendizado dos conteúdos de Matemática. Foram divididos em
dois grupos de aproximadamente 10 alunos, e cada grupo participou por 50
minutos semanalmente.
Para o primeiro encontro com as turmas, foi elaborada uma lista com
situações-problemas, para que os estudantes pudessem resolvê-las, utilizan-
do as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. O objetivo da
atividade foi verificar as dificuldades dos alunos, para preparar os encontros

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 6


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

seguintes. Os mesmos apresentaram muitas dificuldades em cálculos que en-


volvem a soma de três parcelas, somas que resultam em números maiores que
9, subtrações de minuendos menores que o subtraendo, e poucos realizaram
as atividades de multiplicação e divisão. Com o resultado obtido, foi verificada
a necessidade de realizar mais atividades envolvendo as quatro operações.
No segundo encontro com as turmas, foi utilizado o jogo “Escala Cuise-
naire” (Figura 2), disponibilizado pelo Laboratório de Matemática do IFRS,
Campus Caxias do Sul. A Escala Cuisenaire é constituída por modelos de
prismas quadrangulares com alturas múltiplas das do cubo, representando os
números do 1 ao 10 em 10 alturas proporcionais, sendo que cada tamanho
corresponde a uma cor específica (Oliveira, 2017). O objetivo da aula foi tra-
balhar, em grupos, as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão
utilizando os componentes do jogo. Os estudantes resolveram as atividades
de soma e subtração com facilidade, porém nos exercícios de multiplicação e
divisão apresentaram maiores dificuldades. Problemas comportamentais de
alguns alunos prejudicaram a atividade em alguns momentos. Com o resulta-
do obtido, as próximas atividades foram elaboradas contendo as operações de
multiplicação e divisão.

Figura 2 – Jogo “Escala Cuisenaire”.

Fonte: Material do Laboratório de Matemática do IFRS, Campus Caxias do Sul.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 7


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

No terceiro encontro com os alunos, foram utilizados os jogos “Dominó da


Tabuada” (Figura 3) e “Eu tenho, quem tem?”, ambos de elaboração do estu-
dante voluntário responsável pela atividade. O objetivo dessa aula foi verificar
as dificuldades apresentadas pelos alunos no entendimento da multiplicação.
Os alunos foram organizados em duplas, e cada dupla recebeu um jogo de
dominó. Este jogo contém todas as tabuadas e tem como objetivo resolver
multiplicações mentalmente, desenvolver o raciocínio lógico-matemático e
memorizar algoritmos simples da tabuada. Os alunos foram orientados so-
bre as regras do jogo, e que deveriam se auxiliar na resolução dos cálculos,
relacionando a multiplicação como uma soma de parcelas iguais. O segundo
jogo consistia em cartelas distribuídas entre os alunos, em que continham,
semelhante à tabuada, um resultado e um questionamento. Os alunos deve-
riam questionar uma multiplicação, e o aluno que apresentasse o resultado em
sua cartela, seria o próximo a fazer o questionamento; o jogo finaliza quando
todos os participantes terminam suas cartelas. Os estudantes apresentaram
dificuldades no entendimento da tabuada, e o segundo grupo de alunos fina-
lizou apenas o primeiro jogo. Com o resultado obtido, o encontro seguinte foi
planejado com o conteúdo de multiplicação.

Figura 3 – Jogo “Dominó da Tabuada”.

Fonte: Material elaborado pelo estudante voluntário responsável pela atividade.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 8


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

No quarto encontro, foi utilizado o “Material Dourado” (Figura 4), dispo-


nibilizado pela escola, para identificar os múltiplos dos números e relacioná-
-los com a tabuada. O Material Dourado Montessori destina-se a atividades
que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-
-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os
algoritmos). É constituído por cubinhos, barras, placas e cubo, que represen-
tam, respectivamente, unidade, dezena, centena e milhar (UTFPR, 2019). Os
alunos, com o auxílio do material dourado, deveriam contar os múltiplos dos
números e incluí-los em uma tabela. Os números podiam ser localizados por
meio da multiplicação ou adição. Alguns alunos apresentaram dificuldades na
contagem, por serem números grandes. Com o resultado obtido, o próximo
encontro foi planejado com o conteúdo de divisão.

Figura 4 – Material Dourado.

Fonte: Material disponibilizado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ester Justina
Troian Benvenutti.

No quinto encontro, foi proposto que os alunos resolvessem uma lista com
atividades de divisão com divisores de um e dois números, e os alunos deve-
riam utilizar materiais de contagem para auxiliar, disponibilizados pela escola.
Esta atividade foi planejada para verificar se os alunos possuíam dificuldades
no pensamento sobre a divisão, ou sobre a utilização do algoritmo. Foi obser-
vado que muitos não compreenderam o algoritmo da divisão, e mostraram-se

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 9


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

contrariados em realizar a atividade. Com o resultado obtido, o próximo encon-


tro foi planejado com o conteúdo de divisão, novamente.
No sexto encontro, foi realizada com os alunos uma atividade de divisão
utilizando caixas, de elaboração do estudante voluntário responsável pela ati-
vidade (Figura 5), e material de contagem, disponibilizado pela escola, como
um auxílio no entendimento do processo de divisão. Os alunos conseguiram
compreender e realizar a divisão de maneira lúdica, porém alguns apresentaram
dificuldades em realizar a separação dos materiais nas caixas. Após realizarem
a separação dos materiais, os alunos, com auxílio, escreveram ao lado das res-
postas o algoritmo de cada divisão, para visualizarem e relacionarem a instrução
com o cálculo. Com o resultado obtido, o próximo encontro foi planejado com
os conteúdos das operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Figura 5 – Material de contagem e caixas.

Fonte: Material elaborado pelo estudante voluntário responsável pela atividade.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 10


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

No sétimo encontro, foi realizada uma atividade envolvendo represen-


tações impressas de cédulas e moedas de dinheiro, para montar valores, re-
lacionando com as operações de adição, multiplicação e divisão (Figura 6).
Também foi trabalhada a relação de possibilidades que é possível para ob-
ter determinado valor. Após, realizaram uma atividade envolvendo a divisão,
para dar desconto em alguns valores, e por fim, realizaram uma atividade de
lógica, para identificar um número secreto lendo dicas e eliminando os de-
mais valores. Devido à atividade envolver um assunto do cotidiano, os alunos
demonstraram interesse pela atividade inicial, apesar de apresentarem dificul-
dades na compreensão. Alguns grupos não conseguiram finalizar a atividade
inicial, e a mesma foi finalizada na semana seguinte.

Figura 6 – Atividade com cédulas e moedas.

Fonte: Material elaborado pelo estudante voluntário responsável pela atividade.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 11


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

No oitavo encontro, foram retomado às atividades da aula anterior, envol-


vendo operações com cédulas e moedas. Aos alunos que finalizaram a atividade,
foi entregue a nova atividade, com os conteúdos de adição, multiplicação e divi-
são, utilizando cédulas como material de apoio. A atividade solicita as maneiras
diferentes que podemos obter um valor, e os alunos deveriam escrevê-las. Al-
guns alunos não conseguiram finalizar essa atividade, devido ao tempo.
No novo encontro, foi trabalhado o conceito de decomposição de núme-
ros, com a utilização do material dourado com apoio. A atividade consistia
em decompor alguns números dados em unidade, dezena e centena, primeiro
com o material dourado, e depois os alunos escreviam a decomposição em
uma folha. Foram relembrados os conceitos de unidade, dezena e centena, e
alguns alunos apresentaram dificuldades na compreensão da atividade. As-
sim, foi finalizada a aplicação das oficinas na escola.

2.2 Oficinas de reforço de Matemática aplicadas com estudantes do 6º ao 9º


ano do Ensino Fundamental
As oficinas elaboradas para o projeto foram aplicadas na Escola Municipal
de Ensino Fundamental Presidente Castelo Branco.
Após a escola retornar com os respectivos conteúdos a serem trabalhados
com os alunos, iniciou-se a elaboração das oficinas, estas que foram aplicadas
semanalmente em períodos de cinquenta minutos. A turma que realizou as
oficinas era composta por alunos de diferentes anos do Ensino Fundamental
que variavam do 6° ao 9° ano. Foi aplicada uma atividade de sondagem no
primeiro encontro que consistia em questões de interpretação e operações bá-
sicas com diferentes níveis de dificuldade, possibilitando a verificação das difi-
culdades dos alunos. Com a correção desta atividade observou-se uma grande
defasagem nas operações básicas (soma, subtração, multiplicação e divisão).
No segundo encontro na Escola foi trabalhada a multiplicação em especí-
fico com o jogo Dominó da Multiplicação. Os alunos se divertiram jogando.
Neste dia houve novos estudantes ingressando na turma e, desta forma, foi
necessário aplicar a atividade de sondagem novamente com estes para verifi-
car suas dificuldades. Com a correção da atividade, concluiu-se que os novos
alunos também apresentavam muita defasagem nas operações básicas.
Para o terceiro encontro, elaborou-se uma atividade com o Material Dou-
rado, visando proporcionar uma melhor compreensão das quatro operações
básicas. Esta oficina foi pensada após observar que os alunos não conseguiam

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 12


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

realizar os cálculos sem possuir algum material para contagem, já que utiliza-
vam os dedos e lápis para contar.
Para o quarto encontro na Escola, foi preparado uma retomada de concei-
tos sobre números primos, números múltiplos e decomposição em fatores pri-
mos. Esta revisão foi necessária para que a turma conseguisse jogar o Jogo do
MMC, o qual é constituído por um tabuleiro onde deve-se realizar a decom-
posição dos números dados com as peças de números primos e, em seguida,
multiplicar os primos da decomposição dos dois números fornecidos. Além
desta atividade, devido ao fato de haver uma aluna com dificuldades superio-
res ao resto da turma, preparou-se um jogo específico para ela, o Dominó da
Adição (Figura 7), pois no terceiro encontro foi observado que sua dificuldade
estava em princípios básicos como contas de adição e subtração.

Figura 7 – Jogo “Dominó da Adição”.

Fonte: Material do Laboratório de Matemática do IFRS, Campus Caxias do Sul.

No quinto encontro na Escola, foi retomado o Jogo do MMC (Figura 8),


pois na última semana muitos alunos haviam faltado devido à Escola estar
retornando do recesso escolar. Logo, foi trabalhada novamente a atividade e
também se proporcionou um período para responder dúvidas de algumas di-
ficuldades encontradas pelos alunos.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 13


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

Figura 8 – “Jogo do MMC”.

Fonte: Material elaborado pelo estudante voluntário responsável pela atividade.

O sexto encontro na Escola iniciou com diversos questionamentos e dúvi-


das referentes ao MMC, pois os alunos levaram o Jogo do MMC para casa e
isso possibilitou que eles compreendessem melhor o conteúdo e consequen-
temente as dúvidas começaram a surgir, portanto essa aula foi dedicada nova-
mente para o MMC.
No sétimo encontro, para finalizar o conteúdo do MMC e para fixá-lo, foi
realizado uma dinâmica em formato de verdadeiro ou falso, onde os alunos
tinham que responder se as soluções apresentadas para as questões de MMC
estavam corretas ou não, e com isso foi perceptível a compreensão do conhe-
cimento referente a esse conteúdo.
Foi proposto um jogo de competição entre as duas alunas presentes, onde
utilizou-se o Dominó das Operações que foi fornecido pelo Laboratório de
Matemática para criar um novo jogo chamado Jogo das Equações (Figura 9),
o objetivo neste jogo era sortear duas peças do dominó que continham ope-
rações de adição e relacionar essas duas peças com uma nova operação mate-
mática e desafiar a colega a resolvê-la, tal dinâmica funcionou perfeitamente

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 14


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

e conforme as alunas se adaptaram ao jogo, o número de peças usadas para


formular a equação foi aumentando gradualmente até chegar a 6 peças.

Figura 9 – “Jogo das Equações”.

Fonte: Material do Laboratório de Matemática do IFRS, Campus Caxias do Sul.

Durante os meses de outubro e novembro, observou-se uma queda no nú-


mero de alunos presentes nas oficinas, pois a escola estava proporcionando
aulas de reforço no mesmo período das oficinas para os alunos com baixo de-
sempenho e isso implicou na diminuição de alunos presentes na oficina, visto
que grande parte deles estavam com dificuldades em outras matérias.
Os quatro encontros seguintes foram dedicados à elaboração de uma di-
nâmica que iria exercitar a capacidade de interpretação de texto dos alunos e
também estimular a criatividade deles. A dinâmica foi nomeada pelos alunos
como Jogo do Teatro, o objetivo proposto era de que com base nos fundamen-
tos trabalhados, os alunos criassem histórias que fosse possível representá-las
em espaços físicos reais como na escola, mercado, em casa entre outros. Nes-
sas histórias deveriam haver situações que envolvessem os respectivos fun-
damentos matemáticos. Os dois primeiros encontros foram destinados para
criação das histórias, cada aluno criou sua história e com auxílio do estudante
voluntário as adaptou da melhor forma para abordar os conteúdos escolhidos
por eles, como todos alunos criaram situações na escola, foi proposto por eles
a ideia de representar as cenas após a leitura do texto na própria sala de aula.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 15


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

Nos dois encontros seguintes, como havia sido totalizado 4 histórias, foi
distribuído duas para cada aula da oficina, sendo um total de 20 minutos para
cada cena. Inicialmente era feita a leitura individual da situação, em seguida
um aluno tentava representar a cena atuando, não poderia ocorrer repetição
do aluno que atuasse, dessa forma foi possível proporcionar a todos a opor-
tunidade de encenar o que haviam compreendido da situação, e após a repre-
sentação da cena era dado um tempo para solução do problema, deixando os 5
minutos finais para mostrar a resolução do problema. Essa dinâmica além de
exercitar a capacidade matemática dos alunos, também evidenciou a presença
da matemática no cotidiano deles em sala de aula, algo que não era perceptível
por se tratar de situações normais do dia a dia deles.
No último encontro referente às oficinas foi aplicada a atividade de sonda-
gem utilizada no primeiro encontro. Dessa vez os alunos deveriam solucionar
as questões que haviam errado na primeira tentativa. Os alunos que manti-
veram uma boa frequência nos encontros conseguiram realizar as atividades
rapidamente, mostrando o bom aproveitamento referente às oficinas.
Nas aulas finais do projeto, após abordar os conteúdos solicitados pela es-
cola, foram dedicados aproximadamente três encontros para solução de dú-
vidas individuais dos alunos, nesses últimos encontros até mesmo alunos que
não participavam do projeto de oficinas compareceram, tendo em vista que
estava próximo do período de provas finais. Os conteúdos abordados nesses
encontros foram muito vastos, partindo desde números múltiplos até relações
básicas de trigonometria.
Dois encontros não foram realizados devido a questões referente ao servi-
ço militar obrigatório do estudante voluntário, e outros dois encontros foram
adiados devido a feriados prolongados da escola e também a eventos como a
Semana Farroupilha.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após um número considerável de oficinas realizadas com os alunos da Esco-


la Municipal de Ensino Fundamental Professora Ester Justina Troian Benvenut-
ti, foi perceptível uma melhora no entendimento dos conceitos matemáticos. A
escola também retornou que perceberam melhoras visíveis nos alunos partici-
pantes, e que alguns apresentaram mais interesse nas aulas. Paviani e Fontana
(2009) apontam que é importante que a escola se empenhe no processo de ações

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 16


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

que melhorem o desempenho de seus alunos, dando condições de tempo e de


espaço para que as questões de ensino se desenvolvam com eficácia.
Foi possível observar as dificuldades apresentadas pelos alunos, principal-
mente nos momentos de abstrair os conteúdos, e buscar métodos alternativos,
o material concreto, para proporcionar uma aprendizagem mais significativa.
Ainda segundo Paviani e Fontana (2009), a construção do conhecimento de-
corre do conhecimento prévio das habilidades, interesses, necessidades, valo-
res e julgamentos dos participantes de oficinas pedagógicas. Os planejamentos
das atividades foram baseados nas características singulares dos alunos, para
que todos pudessem participar das atividades. Como o número de alunos par-
ticipantes das oficinas era reduzido, foi possível ter essa visão individualizada.
Com a vivência proporcionada pelo projeto, tivemos a convivência com
dificuldades docentes e reflexões sobre métodos para evitá-las, com o objetivo
de proporcionar aos alunos uma aprendizagem de qualidade, relacionando
pesquisa, ensino e extensão.
Com a realização das oficinas na Escola Municipal de Ensino Fundamental
Presidente Castelo Branco, situada nas proximidades do Campus Caxias do
Sul, observou-se uma melhora considerável no domínio das operações básicas
dos alunos que compareceram na maior parte dos encontros. Estes estudan-
tes estavam necessitando de uma abordagem de conteúdos básicos para que
pudessem assimilar melhor o conteúdo lecionado em seus respectivos anos.
Além disso, foi possível incentivá-los a estudar a Matemática com a realização
das oficinas, pois o estereótipo de que Matemática só se trabalha em sala de
aula com conteúdos no quadro foi quebrado, os alunos possuíam essa visão
sobre a Matemática e não se sentiam motivados a estudar. Conforme Bzuneck
(2001) apud Torisu (2010), às vezes a motivação é entendida pelos professores
como sendo apenas elogios e criação de um ambiente agradável em sala de
aula, porém isto não é suficiente para que o aprendizado ocorra. É necessário
que sejam realizadas atividades significativas e desafiadoras, que instiguem o
aluno a ir além daquilo que já sabem.
No final do projeto a escola comentou que os alunos que participaram com
assiduidade nas oficinas estavam tendo um melhor desempenho em sala de aula
e também apresentavam mais interesse nas aulas. A principal dificuldade en-
contrada no projeto foi em relação à aplicação das oficinas, pois houve um nú-
mero considerável de estudantes que não compareciam aos encontros, uma vez
que as oficinas ocorreram após o horário de aula e, levando em consideração o

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 17


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

desinteresse de alguns alunos, somente parte dos estudantes mantiveram uma


boa assiduidade. Este problema foi relatado à coordenação da Escola, a qual
ficou responsável em verificar a melhor opção a se tomar com estes alunos que
não estavam permanecendo na Escola após a aula para participar das oficinas.
Os alunos que participaram das oficinas foram indicados pela Escola em função
do baixo rendimento em Matemática em suas respectivas turmas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Setti (2015) argumenta que, em sua dimensão pedagógica, a extensão uni-


versitária constitui-se em um espaço e em um processo de aprendizagem que
pode colaborar na formação de profissionais, favorecendo um maior conheci-
mento da realidade e uma maior capacidade de enfrentar seus desafios. Nesse
sentido, o trabalho desenvolvido oportunizou um valioso espaço para o apren-
dizado dos acadêmicos de Licenciatura em Matemática, onde eles puderam re-
lacionar teoria e prática, constituindo um novo sentido para o seu processo de
aprendizagem. Além do impacto na formação desses acadêmicos, as atividades
oportunizaram à comunidade local uma possibilidade de crescimento, não só
de conhecimento, mas também uma visão de mundo. Os participantes tiveram
contato com outras pessoas que apresentaram a eles um leque de outras oportu-
nidades, como a possibilidade de cursar uma graduação no futuro.
A experiência de docência vivenciada por esses acadêmicos nas ações do
projeto faz parte de sua formação inicial na medida em que exige que eles
aprendam a gerir de forma comprometida e responsável seus planejamentos.
Conforme Paviani e Fontana (2009), o contato com os alunos em oficinas é
de grande importância para a formação docente. O professor acaba não en-
sinando o que sabe, mas oportunizando situações em que os participantes
necessitem ser o centro da aprendizagem.
Com a realização das oficinas nas escolas de Ensino Fundamental, foi pos-
sível refletir sobre a forma que ocorre a docência no sistema de turmas, pois
cada aluno possui dificuldades individuais e alguns acabam levando essas
dificuldades para os próximos anos do ensino. Este fato pode ser devido ao
professor ter que abordar uma quantidade planejada de conteúdos durante o
período escolar e não conseguir auxiliar estes alunos com maior dificuldade.
Tendo consciência deste problema, foi possível pensar nos métodos que se-
riam utilizados nas aulas a serem lecionadas futuramente, tentando diminuir

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 18


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

este problema recorrente do ensino. Além disso, as pesquisas referentes a mé-


todos de como elaborar determinados conteúdos de forma proativa foram
muito relevantes na formação docente do estudante voluntário, melhorando a
capacidade de formulação e planejamento de atividades.
As reflexões sobre a didática e o ensino da Matemática obtidas com o proje-
to são de grande contribuição na formação inicial de futuros docentes, dando
a possibilidade de vivenciar as dificuldades docentes e refletir sobre formas de
contorná-las com o objetivo de proporcionar uma aprendizagem de qualidade
a todos os estudantes, independentemente de suas dificuldades apresentadas
durante o processo de aprendizagem.
Os resultados para a comunidade foram efetivos e eficientes pois alunos do
Ensino Fundamental participaram das oficinas propostas pelos bolsistas do
projeto, tendo um melhor desempenho em suas aulas regulares de Matemáti-
ca, fato relatado pelos professores das escolas participantes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 02, de


1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial
em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados
e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Available in: <http://
portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/
file>. Access in: 28 fev. 2018.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em educação Matemática: percursos
teóricos e metodológicos. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2012.
FIORENTINI, D. MIORIM, M. A. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e
jogos no ensino da Matemática. Available in: <http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_
literatura/jogos/Fiorentini_Miorin.pdf>. Access in: 28 fev. 2018.
GASKELL, George. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, Martin W.; GASKELL,
George (Orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 10.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
LORENZATO, Sergio. Para aprender Matemática. Coleção Formação de professores. 3.
ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
NÓVOA, António. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009.
OLIVEIRA, Patrícia Maria de. A Escala Cuisenaire: um material valio-
so na construção de conceitos matemáticos. Maio 2017. Disponível em: <http://

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 19


DOI: 10.5216/revufg.v19.57010

patriciaoliveirapsicopedagoga.blogspot.com/2017/05/a-escala-cuisenaire-um-mate-
rial-valioso.html>. Acesso em: 27 fev. 2019.
PAVIANI, Neires Maria Soldatelli; FONTANA, Niura Maria. Oficinas pedagógicas: relato
de uma experiência. Conjectura, v. 14, n. 2, maio/ago. 2009.
SETTI, Betine Diehl; RIZZON, Eliamar Ceresoli; BETENCOURT, Maria de Fátima
Baptista; RICO, Rosa Maria Tagliari; MARASINI, Sandra Mara. Trabalho conjunto: a
importância da extensão na formação inicial do professor de Matemática. XIV CIAEM-
-IACME, Chiapas, México, 2015.
SOUZA, Salete Eduardo de. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Arq Mudi. v.
11, n. 2, p. 110-114, 2007. Available in: <http://www.dma.ufv.br/downloads/MAT%20
103/2015-II/slides/Rec%20Didaticos%20-%20MAT%20103%20-%202015-II.pdf>.
Access in: 28 fev. 2018.
TORISU, EDMILSON MINORU. Compreendendo a motivação do aluno para apren-
der matemática por meio das crenças de autoeficácia. Universidade Federal de Ouro
Preto. 2010.
UTFPR. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campus Cornélio Procópio. Ma-
terial Dourado. Disponível em: <http://www.utfpr.edu.br/cornelioprocopio/cursos/
licenciaturas/Ofertados-neste-Campus/matematica/laboratorios/material-didatico/
material-dourado>. Acesso em: 27 fev. 2019.

R. UFG, Goiânia, v. 19, 1-20, e-57010, 2019. 20

Você também pode gostar