Artigo 1 (Grupo 2)
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Resumo
O objetivo deste texto é identificar as teorias implícitas sobre a masculinidade e a vítima criança/
adolescente, nos conteúdos de falas de homens adultos autores de ofensa sexual. Na violência sexual,
o indivíduo que ofende supõe propriedades de suas vítimas a partir de suas próprias representações
mentais. Trata-se de pesquisa documental realizada em uma instituição de atenção ao adulto ofensor
sexual, com base no registro de duas intervenções grupais ocorridas em 2018 e 2019. Os resultados foram
organizados e discutidos em sentidos que deram ênfase: na expressão da masculinidade, na relação com
a mulher e com a criança/adolescente. Buscou-se dar visibilidade à construção das crenças e imposições
de pensamento que são produzidas na vida social e familiar e que dão maior poder e dominação ao
homem. Estes sentidos apontados indicam o gênero masculino como centro das relações e o gênero
feminino submetido e dominado.
Palavras-chave: abuso sexual, agressões sexuais, assédio, violência contra crianças e adolescentes,
teorias implícitas, ofensor sexual
Abstract
The aim of this text is to identify the implicit theories about masculinity and the child/adolescent victim,
in the contents of speeches from adult male sexual offenders. In sexual violence, the sexual offender
assumes properties of their victims based on their own mental representations. This is a documental
research carried out in an institution that treats adult sexual offenders, based on the records of two group
interventions that took place in 2018 and 2019. The results were organized and discussed in topics that
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Introdução
A ofensa sexual contra crianças é a prática de qualquer ato libidinoso coercivo e/ou frau-
dulento com crianças, a fim de satisfazer a lascívia individual ou de terceiros. Para ser ca-
racterizada como tal, aquele que ofende sexualmente tem de estar em posição desigual
de poder em relação à vítima, seja devido à sua idade, seja em razão do seu estágio de
desenvolvimento (World Health Organization, 2017). Na legislação brasileira, o estupro de
vulnerável ocorre quando praticado contra crianças ou adolescentes menores de 14 anos,
independentemente de qualquer consentimento prévio, com pena de reclusão de oito a 15
anos (Presidência da República, 2009). A ofensa sexual é considerada como um problema de
saúde pública (World Health Organization, 2017), que envolve várias dimensões de vitimiza-
ções, caracterizando uma situação na qual um adulto com maior poder que uma criança ou
adolescente vale-se dessa condição para impor sua vontade na busca de satisfação sexual
para si ou para terceiros. O atendimento e a atenção às vítimas, criança e adolescente está
preconizado não somente no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Presidência da
República, 1990), mas também no Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual con-
tra Crianças e Adolescentes (Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
2013). Esta ação se dirige à necessidade de interrupção do circuito da violência, de se obser-
var a avaliação para evitar a reincidência do ato violento e de proteção às vítimas, sendo im-
portante que se garantam as duas dimensões de responsabilização e de atendimento (Costa,
Penso et al., 2018). Portanto, o objetivo deste texto é identificar, nos conteúdos de falas de
homens adultos autores de ofensa sexual contra crianças e adolescentes, as teorias implíci-
tas (representações mentais) sobre a masculinidade, a mulher e a criança/adolescente.
No Brasil, o último levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), referente
ao período de 2011 a 2017, apontava 184.524 casos de violência sexual contra crianças e
Método
Contexto da pesquisa
Os homens adultos autores de ofensa sexual são encaminhados à unidade de saúde, pela
justiça (vara criminal meio fechado ou aberto) ou por outros serviços de saúde (ambulatórios
Participantes
Foram consultados dois diários de campo, referentes a dois grupos, selecionando-se infor-
mações relacionadas às representações dos participantes sobre a masculinidade, a mulher e
criança/adolescente. Nessa unidade de saúde, como rotina do atendimento, as observações
são realizadas desde o princípio da criação da unidade. Esta indicação se deu em função da
grande novidade que se constitui o atendimento aos adultos que cometeram ofensa sexual
e da perspectiva de que esse diário de campo constante forneceria subsídios para a melhoria
da atuação profissional. Os participantes são informados desde o primeiro encontro sobre a
observação que é realizada e têm liberdade para conferir as anotações feitas, mas raramente
o fazem. As observações são utilizadas com fins de aprimoramento da intervenção psicosso-
cial grupal e escrita de artigos científicos ou pesquisas de mestrado e doutorado. Nos diários,
priorizou-se a coleta de conteúdos de falas dos ofensores que revelassem suas crenças acer-
ca das categorias “masculinidade” (o ser homem), “mulher” e “criança/adolescente”.
Utilizou-se a análise temática, que é um método qualitativo em que os dados são organi-
zados em padrões, a partir de conceitos centrais. Neste estudo, foi realizada análise temática
dedutiva (Braun & Clarke, 2019), já que o processo de codificação e elaboração de temas
foi orientado pelos interesses teóricos dos pesquisadores em relação às teorias implícitas
referentes às três entidades (masculinidade, mulher e criança/adolescente). Inicialmente, foi
feita leitura exaustiva de todo o material compilado e, em seguida, os dados brutos foram co-
dificados e agrupados de acordo com semelhanças latentes (significados) e semânticas. Após
essa fase, os códigos foram agregados entre si, conforme núcleos de sentido relacionados ao
objeto de estudo: as teorias implícitas referentes à masculinidade, à mulher e à criança/ado-
lescente. Foram formados temas iniciais, que foram revisados e refinados até se tornarem
temas abrangentes o suficiente, ou seja, que englobassem todos os temas iniciais e seus res-
pectivos códigos. Assim disposto, os temas finais foram configurados a partir das categorias
já mencionadas: masculinidade, mulher e criança/adolescente. Estas categorias receberam
títulos: O Domínio do Homem/Pai sobre o Corpo das Mulheres e Crianças/Adolescentes; O
Homem Predador Sexual; As Meninas Desejam Sexualmente.
Cuidados éticos
Nesta seção, buscou-se dar visibilidade à construção das crenças e imposições de pensa-
mento que são produzidas na vida social e familiar, as quais dão maior poder e dominação
ao homem: gênero feminino submetido e dominado. Concepções como ser predador, ser
dominador, são enfatizadas e mantidas à custa de inversão de responsabilidade social e sen-
do auxiliadas por aspectos da teoria implícita que sustentam o cometimento da violência
e sua continuidade (Ó Ciardha et al., 2016; Ward, 2000). Faz-se necessário, ainda, agregar
formas de pensamentos aprendidos e mantidos por preconceitos de gênero, que atuam
em ampliação das crenças características de sociedades machistas, como a do Brasil, por
exemplo (Marshall, 2018). Apresentam-se algumas falas dos ofensores no intuito de ilustrar
o conteúdo original que resultou nas interpretações e na construção dos temas.
Tema final 1 – O Domínio do Homem/Pai sobre o Corpo das Mulheres e Crianças:
“Sexualidade não é assunto para mãe. É para pai”. Este tema engloba sentidos referentes à
dominação dos homens sobre os corpos das mulheres e crianças/adolescentes. Os sentidos
elaborados a partir das falas expressam o “ser homem” relacionado à virilidade e ao poder. A
virilidade surge em aspectos como ser o provedor, ser forte e não ser “bixa” – termo utilizado
pelos participantes. O poder se mostra como a crença que apoia e sustenta a percepção de
que os encontros heterossexuais são inerentemente adversários, as mulheres procurando
enganar os homens sobre o que realmente desejam. O poder surge como uma urgência
para que as necessidades dos homens sejam observadas (Ward & Beech, 2016). “. . . Foi
violentado por homem ou mulher?” , “. . . se for mulher não fala que foi violentado, mas que
perdeu a virgindade, né?”. As explicações (cognições) de nível superficial constituem-se em
um conjunto de esquemas utilizados para explicar, prever e interpretar os fenômenos in-
terpessoais, transformando-os em luta de poder. Esses esquemas podem ser considerados
como “teorias implícitas” que ajudam os ofensores sexuais a explicar e interpretar as ações
dos outros. Estas crenças provavelmente foram formadas durante a infância e permanecem
exercendo seus efeitos por meio da filtragem de informações perceptivas, um sistema recur-
sivo de percepção e memória (Lordan, 2020; Ward & Beech, 2016).
“. . . Símbolo de homem pra mim foi meu pai porque ele trabalhava . . . mas minha mãe
também trabalhava”. Esta fala é muito interessante porque a ideia inicial seria enaltecer o
pai como trabalhador, e não “vagabundo”. Em seguida, como se ampliasse a percepção e a
memória, há o acréscimo de que a mãe também trabalhava. Em um momento da construção
de um cartaz:
“. . . aqui o homem com futebol, carro. Eu vejo isso como uma ilusão, que homem não é
só isso. Os homens estão dentro do carro. O jarro de flores é dela”.
“. . . a mulher sonha mais com a casa própria, o homem sonha mais com o carro”.
Uma percepção de gênero que caracteriza as relações e que são suportadas por ações
e estímulos sociais (Javaid, 2018). “. . . Pega todas que dá”. O poder está relacionado ao
homem “garanhão”, que tem várias mulheres ao seu dispor. Em relação às mulheres, al-
guns participantes acreditam que elas devem se recatar, sendo representadas em papéis/
espaços privados, de cuidado doméstico e vaidade consigo mesmas. O recato sexual inclui
se “preservar” e se reclusar sexualmente, pois sexo não é assunto para mulheres. Todos os
até ter “aceitado” a relação, ou não ter negado, porém compreende-se que ela ainda não
desenvolveu capacidade para discernir o que é ou não uma relação sexual adequada, ainda
mais com um adulto.
As reproduções das distorções cognitivas também ocorrem nas relações familiares, e os
casos de ofensa sexual intrafamiliar apresentam esta configuração de crédito na palavra do
perpetrador adulto e de descrédito na palavra da vítima criança/adolescente (Javaid, 2018).
A falta de controle do desejo sexual também foi um aspecto que se destacou sobre o come-
timento da ofensa: “Um desejo sexual incontrolável por crianças e adolescentes e pergunta
o que fazer”; “Conscientizar para não chegar ao ato. O desejo todos têm, cabe a cada um se
controlar”. Nestas falas, pode-se observar o desejo incontrolável como forma de justificar
o ato cometido. Este desejo pode ser sentido, porém, quando se concretiza, torna-se uma
violência e, como explicitado nas falas, é importante controlá-lo o quanto antes. A neces-
sidade de se sentir homem, dominador, com poder e com excelente desempenho sexual
é fator cultural que permite que a ofensa ocorra, além do desenvolvimento do desejo por
meninas mais novas, que aumenta as oportunidades de ofensa, considerando-se a vulne-
rabilidade presente em crianças e adolescentes (McPhail, 2015; Sullivan & Sheehan, 2016).
Esses aspectos são partes de um conjunto multifatorial de fenômenos que contribuem para
o cometimento da ofensa sexual, sendo imprescindível atentar para cada situação e com-
preender, de forma contextualizada, como ocorreu o ato (Sullivan & Sheehan, 2016). O pano
de fundo são fatores históricos, sociais e culturais que constroem as concepções pessoais,
como os papéis de gênero. Cabe lembrar as especificidades inerentes a cada caso, a fim de
proporcionar uma intervenção efetiva para interrupção da violência.
Outro aspecto que se destacou nos relatos desses homens foi sobre a iniciação sexual
precoce, que ocorreu com a maioria deles. A relação sexual apareceu como aspecto consti-
Tema final 3 – As Meninas Desejam Sexualmente: “Há uma pré-adolescente bem ali. Como
ela é?”. Embora este texto não trate sobre pedofilia, faz-se necessário integrar princípios que
definem a pedofilia e que também permeiam os comportamentos dos ofensores sexuais,
mesmo que as ofensas sexuais oportunistas (caso dos participantes deste texto) não sejam
vistas como conduta pedofílica (Seto, 2012). A conduta pedofílica é um interesse prioritário
por manter relações sexuais com crianças, sendo que, atualmente, o termo preferencial é
“indivíduo com interesse pedofílico” (Seto, 2012). Seto (2012) questiona que não se sabe de
nenhum caso de uma criança que tenha feito um pedido, ou uma indicação comportamen-
tal, de interesse por manter relação sexual com um adulto, de forma espontânea e natural.
Sendo assim, o subtítulo dado a este tópico já pressupõe uma distorção cognitiva presente
nos discursos dos adultos ofensores, em uma tentativa de justificarem a ofensa sexual.
As falas dos ofensores escolhidas como exemplos referem-se às crianças do gênero femi-
nino como seres sexuais, capazes de provocar sexualmente um adulto, com discernimento
de sedução e possibilidade de dominação do ofensor. Além de contrariar a noção anterior-
mente questionada por Seto (2012), compreende-se que esta inversão de papel implica que
o ofensor se veja como vítima, justificando uma posição de falta de condições de reação.
Connolly (2004) aponta que existem vários caminhos para a construção das distorções cog-
nitivas, um deles é a criação de um roteiro plausível e convincente, para si mesmo e para o
outro, a sociedade e os pares. O desenvolvimento da distorção cognitiva, com base na sedu-
ção feminina, tem início muito precocemente na infância e encontra eco nos valores sociais
baseados em preconceitos de gênero, o homem viril, forte e a mulher possuindo somente a
arma da sedução para fazer frente a esta diferença de poder. Novamente, o homem é visto
como vítima, de forma ainda mais insidiosa e plena de subterfúgios (Depraetere et al., 2018).
“. . . às vezes ela sai de toalha e não significa nada para ela, não tem malícia . . . e às vezes
Considerações Finais
terapêuticas que visem oferecer intervenções aos adultos ofensores sexuais, a partir de
oportunidade para reflexão. A compreensão do poder das crenças sobre os atos violentos
deve fazer parte destas ações, visando a uma melhor percepção de como o gênero configura
as relações e as violências praticadas.
A limitação do texto diz respeito à discussão do próprio tema (violência sexual contra
crianças e adolescentes), que traz constrangimento e medo de que os participantes possam
ter maior envolvimento criminal ao relatarem fatos que se constituam em ações dolosas.
Mesmo que a intervenção psicossocial seja caracterizada por uma total independência com
relação ao sistema jurídico, os participantes ainda demonstram preocupação com aspectos
como sigilo – apresentando, em muitos momentos, uma fala reticente e vaga.
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Sobre os autores:
Gabriel Guedes Barbosa (in memoriam): Graduando em Psicologia na Universidade de Brasília (UnB),
Instituto de Psicologia. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-3831-1491
Andrea Schettino Tavares: Mestra em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília
(UnB), Instituto de Psicologia. Psicóloga pela UnB. E-mail: [email protected], Orcid:
http://orcid.org/0000-0002-4582-0526
Raiane Nunes Nogueira: Mestra em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília
(UnB), Instituto de Psicologia. Psicóloga pela UnB. E-mail: [email protected], Orcid:
http://orcid.org/0000-0001-9127-3482
Liana Fortunato Costa: Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP).