0 Pop Aph Bombeiro 23
0 Pop Aph Bombeiro 23
0 Pop Aph Bombeiro 23
CORPO DE BOMBEIROS
2023/2026
Coronel PM Je erson de Mello
Na atualidade, o serviço de Resgate abarca o maior número de ocorrências atendidas pela Instituição,
sendo o carro chefe no atendimento direto ao cidadão. Reconhecida sua importância para a população
e para a Instituição, bem como, percebendo a velocidade crescente em que estudos e pesquisas têm se
desenvolvido no mundo, a Comissão Coordenadora de Resgate e Emergências Médicas buscou nas mais
recentes e aceitas literaturas da área o fundamento para a atualização dos Procedimentos Operacionais
de Resgate. Labor intenso realizado em anos de estudos e debates, culmina hoje na apresentação deste
protocolo, em consonância com o mais alto nível mundial de atendimento pré-hospitalar.
A organização dos capítulos foi feita numa ordem lógica baseada na complexidade e sequência de
atendimento operacional. A inclusão de um glossário permite ao profissional o acesso aos conceitos técnicos
essenciais de maneira rápida e prática, podendo também visualizar o panorama geral dos procedimentos
passíveis de adoção em seus atendimentos operacionais.
O compêndio também conta com um conteúdo histórico e fundamentação legal em seu início, deixando
registrada a história desta importante área de atuação, o serviço de Resgate, bem como, apresentando aos
nossos valorosos combatentes a fundamentação legal de sua atuação como profissional do atendimento
pré-hospitalar.
Outro ponto relevante são os temas como controle de hemorragias exsanguinantes, trauma pélvico,
pneumotórax aberto, além da consolidação de questões como identificação de sinais evidentes de morte e
a recusa de atendimento.
Na certeza de que estes procedimentos servirão de base aos novos passos do Corpo de Bombeiros
nos serviços prestados pelo Sistema Resgate, amparados pela ciência e pelo desenvolvimento metodológico,
tecnológico e social, entregamos a obra em data mais que oportuna, gravando mais uma marca indelével na
história desta quase sesquicentenária instituição.
JEFFERSON DE MELLO
CAPÍTULO 3 – BIOSSEGURANÇA................................................................. 63
CRISES CONVULSIVAS............................................................................259
PARTO EMERGENCIAL...........................................................................265
LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................279
RESGATE .................................................................................................296
INTRODUÇÃO
• Suporte Avançado de Vida (SAV): é a atividade exercida por médico e enfermeiro que
realizam procedimentos avançados de APH à vítima, como manobras invasivas, e têm
a finalidade de iniciar o atendimento médico já no local da emergência.
20 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Resgate: o seu conceito é amplo, reunindo todos os anteriores, bem como, atividades
de salvamento. É o atendimento emergencial prestado por profissional qualificado e
habilitado para o salvamento e atendimento à vítima que se encontre em condições de
risco ou de difícil acesso. Consiste em eliminar ou mitigar riscos, remover a vítima para
um ambiente controlado, estabilizá-la e transportá-la adequadamente, no menor
tempo possível, ao hospital adequado.
•
Na década de 1970, o mundo ingressou numa nova era do atendimento emergencial
à vítima, quando se concluiu que devíamos levar ao local do acidente todos os recursos
necessários ao seu atendimento, para, somente após estabilizá-la, realizar sua remoção
ao hospital. Também se entendeu que esta remoção não mais estaria relacionada ao
transporte em hospital mais próximo, mas sim, aquele que propiciasse o socorro mais
adequado, em especialidades e exames complementares que o caso requeresse, evitando-
se com isso a perda de tempo com posteriores remoções. Essa teoria foi mais tarde
confirmada por Trunkey (Médico Pesquisador Americano), que demonstrou a diminuição
da mortalidade com um atendimento rápido e adequado, no local do fato, por equipes
treinadas e pelo tratamento definitivo em hospitais apropriados dentro da primeira hora
após o acidente, corroborando assim com o conceito da “hora de ouro” (Golden hour).
DÉCADA DE 1980:
Rabelo Viana) e três médicos Jorge Mattar Junior, diretor do Pronto Socorro do Hospital
das Clínicas, Dr. Carlos Alberto G. Eid, Diretor do Pronto Socorro de Pirituba, Dr. Moise
Edmundo Seid, Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
“Queríamos provar que aquela foi uma viagem de estudo e não um passeio ou um
trem da alegria como chegou a ser chamado”, relata o Ten Cel PM Arlindo. O resultado
dessa viagem não poderia ser mais promissor, pois os escolhidos elaboraram, após seu
regresso, um relatório com o título “VIAGEM DE ESTUDO/CHICAGO” que foi exatamente
a normatização para a criação do Sistema Resgate. Nele estavam contempladas desde a
formação do socorrista básico ao instrutor, da especificação da viatura até o equipamento
utilizado.
Os meses que se seguiram não foram fáceis. Vencer a resistência interna de parte
dos integrantes do Corpo de Bombeiros, parecia tarefa mais difícil do que convencer a área
de saúde da importância dessa iniciativa e, mesmo ao Comando da Polícia Militar para
quem o projeto foi apresentado informalmente, a iniciativa era vista com melhores olhos.
Recorda ainda o Ten Cel PM Arlindo, “me lembro que o Comandante Geral da época era o
Cel PM Wilson Corrêa Leite que chegou a mencionar que se o Corpo de Bombeiros não se
interessasse pelo projeto, ele traria para a Polícia aproveitando a montagem de veículos do
Rádio Patrulhamento Padrão que estava sendo implantado à época”.
A persistência dos Oficiais do Corpo de Bombeiros que cada vez mais se envolviam e
acreditavam no projeto, acabou prevalecendo. Trouxeram um instrutor da First Responder
de Chicago, que havia participado do treinamento da delegação que foi àquela cidade e,
com algumas manobras políticas estrategicamente traçadas, foi permitido que o curso
fosse realizado no Quartel do 1º Grupamento de Busca e Salvamento.
Não fora este o primeiro curso na área, tão pouco determinou a utilização das
primeiras técnicas nas ocorrências, pois já teriam sido realizadas pelo então Tenente
Cardoso (hoje Ten Cel PM da reserva) em 1984, o primeiro a utilizar o colar cervical e
a prancha curta para a retirada de uma pessoa presa nas ferragens, como resposta aos
treinamentos que já eram transmitidos nas unidades de salvamento, para surpresa dos
médicos do Pronto Socorro que receberam a vítima. Entretanto, o curso trazido para São
Paulo, tornou-se um marco, angariou simpatizantes, inflamou ainda mais os integrantes
do Corpo de Bombeiros e ajudou a disseminar a filosofia do Resgate.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 23
Em 1987, englobando todas as conclusões dos grupos de trabalho e selando a
integração entre Saúde e Bombeiros, foi criado a Comissão de Atendimento Médico às
emergências do Estado de São Paulo – CAMEESP, que apresentou proposta para a criação
de um projeto piloto de atendimento pré-hospitalar denominado “Sistema Integrado de
Atendimento às Emergências do Estado de São Paulo”.
Tendo seu nome indicado, o Oficial Médico foi procurado pelos Oficiais que
trabalharam para implantação do projeto, os Capitães Arlindo e Wilke e o Major Carchedi,
para que colaborasse no impulso que seria necessário para o sistema.
DÉCADA DE 1990:
Este projeto inicial foi se expandindo por todo o Estado, aumentando o número de
viaturas e de pessoal até que, em 10 de março de 1994, o Serviço de Resgate foi consolidado
através do Decreto nº 38.432/94 e sua operacionalização atribuída exclusivamente à Polícia
Militar do Estado de São Paulo, por intermédio do Corpo de Bombeiros e Grupamento de
Radiopatrulha Aérea.
26 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
SÉCULO XXI:
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
2. COMPETE AO MOTORISTA:
• Fluido de freio;
• Nível do combustível;
• Lanterna portátil;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Ao assumir o serviço, todos os integrantes da Unidade de Resgate devem verificar com
atenção os equipamentos da viatura sob sua responsabilidade direta.
ATENÇÃO
Verificar a necessidade de aguardar, em local seguro nas proximidades da ocorrência,
o apoio de policiamento para a abordagem da cena de emergência quando houver
riscos para a atuaçãoda guarnição.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 37
• Estacionar do mesmo lado de uma via em que ocorreu o acidente evitando cruzá-la
para pegar equipamentos na viatura;
• Manter faróis dianteiros desligados a fim de não ofuscar a visão dos motoristas que
• Não entrar com a guarnição em locais com grande risco de colapso estrutural ou
risco de explosão ambiental;
• Retirar a guarnição do local e solicitar o apoio adequado quando não houver condições
de segurança ou condições técnicas para executar o salvamento;
F. Avaliar cada tipo de ocorrência acerca dos riscos particulares existentes e adotar as
medidas preliminares adequadas para cada situação antes de atender as vítimas como
por exemplo:
• Quantidade de vítimas;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Em casos de múltiplas vítimas, pedir o apoio necessário e aplicar a Triagem do Método
START ou Prioridade de Atendimento de Múltiplas Vítimas, conforme a justificativa
(suficiência ou não dos recursos de atendimento).
40 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
O modelo S.T.A.R.T. (do Inglês Simple Triage and Rapid Treatment, ou Triagem
Simples e Tratamento Rápido) é um sistema de triagem de fácil execução que pode ser
utilizado em situações de emergência onde o número de vítimas supera a quantidade de
recursos disponíveis no local.
O cenário deve ser organizado para triagem primária de incidentes com múltiplas
vítimas. objetivando classificar as vítimas de um desastre em cores e por consequência em
uma escala de prioridade de atendimento de forma a propiciar o melhor cuidado possível a
cada pessoa envolvida, solicitando recursos adicionais e reforço para atender adequadamente
a ocorrência.
• Caso não haja condições de manter a liberação da via aérea utilizando as técnicas
citadas, posicione a vítima em decúbito lateral ou utilize cânula orofaríngea.
C. RESPIRAÇÃO (PRESENTE):
• Perfusão capilar menor que 2 segundos ou pulso radial presente: avaliar o estado
neurológico.
As ordens devem ser fáceis de cumprir como por exemplo abrir a boca, fechar os
olhos e não devem se confundir com incapacidade de mover membros devidos a lesões
locais.
• PRIORIDADE IV: aquelas classificadas na cor PRETA (exceto aquelas com sinais de
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 43
morte evidente).
Fonte: PHTLS 9º Ed
44 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Na cena segura, realizar a triagem das vítimas de acordo com o método JumpSTART
(Simple Triage and Rapid Treatment for Children), que se trata de uma adaptação do
método anteriormente explicado:
• A - Alerta;
• I - Irresponsivo.
____________________________________________________
ATENÇÃO
As vítimas classificadas na cor PRETA, que apresentarem sinais evidentes de morte
devem ser mantidas no próprio local do acidente para a perícia da Polícia Técnico
Científica, exceto nas condições previstas que justifiquem a alteração de local de crime.
salvo se for constatada a morte por médico no local ou outra orientação do médico
regulador;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Observar que o desrespeito e o vilipêndio ao cadáver são infrações penais. Verificar a
decisão da Central de Operações quando o óbito for declarado por médico presente no
local e a vítima estiver no interior da Unidade de Resgate.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 49
E. Manter vítimas grávidas em decúbito lateral esquerdo para aliviar a pressão sobre
a veia cava inferior e artéria aorta abdominal, evitar compressão sobre o diafragma e
estômago e, consequentemente, diminuir o risco de dificuldade respiratória e vômito;
H. Descer a maca da viatura e levá-la até onde a vítima se encontra, sempre que existir
esta possibilidade;
A vítima deverá ser transportada para o hospital definido pela Central de Operações,
pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou para hospital da rede privada, nos limites
da Lei Estadual nº 17.120/19.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Ficar atento durante o transporte para quaisquer intercorrências que possam exigir
apoio da Regulação Médica ou da Central de Operações.
52 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
Vítimas de trauma não devem ser transportadas sentadas sob pretexto de possuírem
lesões de baixa gravidade. Atentar para os procedimentos específicos do Protocolo de
Acidentes com Múltiplas Vítimas.
1. MEDIDAS INICIAIS:
3. ROTINAS ADMINISTRATIVAS:
• Fazer a entrega dos pertences pessoais da vítima, mesmo aqueles que tiveram de
ser danificados durante a exposição corporal como vestuários e calçados, mediante
recibo, no setor responsável pelo seu recebimento.
4. REGRAS GERAIS:
____________________________________________________
ATENÇÃO
Qualquer problema que ocorrer durante um atendimento que envolva pertences das
vítimas, deverá ser comunicado de imediato aos escalões superiores por via hierárquica.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Evitar o contato, sem proteção, com equipamentos ou materiais contaminados durante
o processo de descontaminação. Comunicar por escrito qualquer problema durante o
atendimento e transporte e fazer upload de documentos essenciais (termo de recusa
de atendimento, recibo de pertences e outros) no sistema SDO/SIOPM, já que tais
documentos poderão ser utilizados eventualmente para demandas judiciais, policiais
ou administrativas sobre a ocorrência.
58 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
1. MOTIVAÇÃO:
2. INDICADORES DE ESTRESSE:
A. COMPORTAMENTAIS:
• Esquecimento e bloqueio;
• Criatividade reduzida;
• Aumento do tabagismo;
• Predisposição a acidentes.
B. FÍSICOS:
• Taquicardia;
• Mal-estar estomacal;
C. EMOCIONAIS:
• Ansiedade ou Irritabilidade;
60 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Depressão e Isolamento;
• Sentimento de inutilidade.
3. PROCEDIMENTOS:
1. PROCEDIMENTOS DE HUMANIZAÇÃO:
A. Nortear suas atitudes pela ética profissional nas relações com as vítimas, com
os cidadãos que solicitam o serviço, com sua equipe de serviço e com as instituições
envolvidas no atendimento de emergência: policiais, guardas municipais, agentes de
trânsito, profissionais de segurança privada, serviços de ambulâncias de instituições
públicas e privadas, hospitais, clínicas, entre outros;
A. Tratá-la de forma personalizada, pelo próprio nome, inclusive, pelo nome social, se
existente;
F. Focalizar não somente o objeto traumático, mas também os aspectos globais que
envolvem a vítima, não se limitando apenas às questões físicas, mas também aos
aspectos emocionais;
G. Prestar atenção nas queixas da vítima, tentando sempre que possível aliviar a dor
da vítima;
A. EPI Tipo 1:
Observação: O EPI Tipo 1 pode ser acrescido de outros equipamentos de proteção, a depender
da ocorrência. Ex.: Incêndio, Acidente Automobilístico, etc.
B. EPI Tipo 2: Avental descartável, óculos de proteção, mínimo dois pares de luvas de
procedimento e havendo risco de secreções e doenças respiratórias máscara padrão de
segurança N95, ou PFF2, nos demais casos, máscara cirúrgica;
C. EPI Tipo 3: Roupa de proteção tipo macacão com capuz resistente e impermeável
(Tyvek), avental descartável, óculos de proteção, mínimo dois pares de luvas de
procedimento e máscara padrão de segurança N95 ou PFF2, fita adesiva e opcional bota
do EPI de Incêndio.;
H. Lavar as mãos com técnica adequada logo depois da entrega da vítima ao Serviço
de Emergência Hospitalar e depois de qualquer atividade de descontaminação de
equipamentos ou viaturas;
68 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• 4º - Friccionar palma direita sobre dorso esquerdo e palma esquerda sobre o dorso
direito.
• 8º - Lavar os punhos.
• 10º - Secar as mãos com papel descartável, evitar toalhas, principalmente de uso
coletivo.
• Hepatite B - 3 doses com intervalos (0 - 30 dias e 180 dias); fazer teste de antígenos
a cada 5 anos;
• SRC ou Tríplice Viral - (sarampo, rubéola e caxumba) - dose única (restrição para
gravidez);
• Covid 19.
____________________________________________________
ATENÇÃO
A troca de uniforme deve ser feita sempre que houver suspeita de contaminação; os
uniformes devem ser lavados separadamente das demais roupas pessoais ou de roupas
de familiares para evitar a contaminação cruzada.
Quando a ocorrência envolver um outro bombeiro, não se pode deixar que a emoção
influencie nas medidas de biossegurança e na prevenção de contaminação, os
equipamentos de proteção individual devem ser utilizados corretamente.
70 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
1. DENOMINAÇÕES:
B. Artigos semi-críticos - produtos que entram em contato com pele não íntegra ou
mucosas íntegras colonizadas;
C. Artigos não críticos - São todos os artigos ou objetos que entram em contato com
a pele integra e os que não entram em contato com o paciente. Estes artigos devem ser
limpos. Entretanto, se houver suspeita ou confirmação por agentes infectocontagiosos,
deve ser submetida à desinfecção. Ex.: desencarceradores, ferramentas, luvas de raspa,
bolsa de materiais, HT, etc.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Para se obter o hipoclorito de sódio a 0,5% dilua-o da seguinte forma:
• Armazenar a solução em balde escuro e com tampa, pois a luz solar inativa a
substância; O tempo de validade da solução é de 24 horas.
D. Desprezar gazes, ataduras úmidas e contaminadas com sangue e/ou outros líquidos
em saco plástico branco, descartando-o no lixo hospitalar;
A. Realizar a limpeza e desinfecção terminal pelo menos 1 vez por semana mediante
procedimento de baixa da viatura para esse fim e depois do atendimento de vítimas com
potencial de contaminação de doenças infectocontagiosas.
C. Manter o ambiente seco e arejado, deixar a viatura aberta no período que estiver na
base;
__________________________________________________________
ATENÇÃO
A limpeza e desinfecção deve começar a partir do teto para o piso da viatura.
Algumas soluções desinfetantes podem danificar superfícies acrílicas ou de borracha, bem como
superfícies metálicas. Atentar para o uso correto destes produtos.
C. Exposição cutâneas (pele não íntegra) – contato com pele com dermatite, feridas
abertas, sangue e outros fluidos.
A. Caso haja exposição do socorrista com a pele íntegra, lavar prontamente e monitorar
sinais e sintomas.
B. Caso haja exposição do socorrista com a pele não íntegra, mucosas e lesões
provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes:
• Aplicar solução antisséptica nas áreas afetadas, exceto nos olhos e orifícios naturais.
Notificação:
• Contatar por telefone o COBOM ou Oficial de Área, de forma a resguardar o sigilo deste
tipo de informação preservando o Bombeiro acidentado, e comunicar a necessidade de
permanecer momentaneamente no Hospital para uma avaliação inicial do acidente;
ATENÇÃO
A Organização Policial Militar (a que o socorrista pertence) deverá comunicar o caso aos escalões
superiores, visando gerar Procedimento Técnico de Apuração de Conduta Operacional, além de
discussão do caso em reunião da Comissão Técnica de Resgate e Emergências Médicas do CB,
visando melhorar procedimentos e equipamentos de proteção.
EMPREGO DAS UNIDADES DO
SERVIÇO DE RESGATE
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 77
A. A natureza da emergência;
____________________________________________________
ATENÇÃO
A Central de Operações é responsável por determinar o hospital de destino das vítimas.
No caso de isolamento completo, ou seja, impossibilidade total de comunicação com
a Central de Operações (rádio e telefone), o Comandante da Guarnição da Unidade de
Resgate decidirá pela condução da vítima ao hospital da região mais adequado ao caso.
Caso a vítima opte pela remoção para hospitais privados, este fato deve ser registrado
no relatório de ocorrência, ressalvadas as observações feitas pela Lei 17.120/19.
78 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
D. Politraumatismos graves;
O. Tentativa de suicídio;
R. Grandes hemorragias;
U. Queimaduras graves;
3. COMPETÊNCIAS DO SAV:
4. COMPETÊNCIAS DO SIV:
____________________________________________________
ATENÇÃO
O SAV/SIV pode ser acionado em casos não listados acima por decisão do Médico
Regulador.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Para a otimização do atendimento, poderá ainda haver a determinação para encontro
com o SAV/SIV no trajeto do Hospital.
1. ACIONAMENTO DA AERONAVE:
Fonte: CAvPM
C. Manter contato com a aeronave via rádio para saber onde o helicóptero irá pousar,
seguindo orientação do piloto;
F. Fixar todos os objetos que possam ser deslocados com o vento como:
____________________________________________________
ATENÇÃO
A aeronave somente poderá apoiar em missão de resgate se a decolagem e o pouso
estiverem compreendidos entre o horário do nascer ao pôr-do-sol e as condições
meteorológicas permitirem. No período noturno, excepcionalmente, poderá ser
84 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Se não houver Médico Regulador ou não for possível contatar o Oficial de Operações
do COBOM comunique o Oficial de Área para a tomada de decisão, se isto não concorrer
para atrasar o atendimento da vítima;
86 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
Comunicar o fato, tão logo seja possível e, por escrito, para as providências
administrativas ou judiciais cabíveis.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Sempre isolar o local de ocorrência é essencial para evitar a intervenção de terceiros
não autorizados.
Atentar para os locais e ocorrências de riscos que exijam EPI, EPR e treinamento
específico de bombeiro, isolar o local, sinalizar e manter qualquer outro profissional
fora da zona quente por medidas de segurança, pois a segurança do cenário de
ocorrência é de competência do Corpo Bombeiros.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 87
Nos crimes dolosos como homicídio ou lesões corporais provocadas por agressões,
solicitar o apoio policial necessário;
Crimes de abuso sexual: devem ser tomadas as medidas necessárias para evitar
constrangimento à vítima, respeitando sua intimidade e seu estado emocional;
De qualquer maneira, em casos como esses, o socorrista deve evitar que sentimentos
de justiça ou revolta prejudique o atendimento às vítimas, mesmo nos casos em que elas
sejam também os próprios criminosos;
88 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
A. Verificar se a vítima não apresenta redução da capacidade mental, como nos casos
de confusão mental ou em caso de tentativa de suicídio;
____________________________________________________
ATENÇÃO
O Termo de Recusa de Atendimento é documento oficial elaborado pelo Militar do Estado,
integrante do Corpo de Bombeiros que atende à ocorrência, portanto possui fé pública,
sendo utilizado por outros Corpo de Bombeiros e pelos Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU), sendo previsto em seus respectivos protocolos de atendimento.
A. Falar olhando diretamente para seus olhos para que ela possa ler seus lábios;
C. Caso haja alguém por perto que conheça a linguagem de sinais (libras), solicitar o
seu auxílio para comunicação com a vítima.
seguinte forma:
A. Bengala branca: é utilizada por pessoas cegas, ou seja, que apresentam ausência
total da visão.
B. Bengala verde: é usada por quem possui baixa visão ou visão subnormal. Essas
pessoas têm sua função visual comprometida, mas conseguem utilizá-la para a execução
de tarefas. Podem identificar a luz, enxergar vultos e, em certos casos, reconhecer
pessoas e objetos. O comprometimento visual pode variar entre os graus leve, moderado
e profundo.
C. Bengala vermelha e branca: é utilizada por pessoas com surdo cegueira, que, em
diferentes graus, têm a audição e a visão comprometidas. A comunicação, nesses casos,
geralmente ocorre pelo sistema “Tadoma”, também conhecido como “Braille Tátil”.
Nele, utiliza-se as mãos para sentir os movimentos da boca e maxilar, além da vibração
da garganta de quem está falando. Dessa forma, é possível compreender o que foi dito.
5. VÍTIMA IDOSA
A. Tratar com respeito evitando o uso de expressões como “vó, tia, vozinho, etc.”
B. Se a vítima apresentar trauma que exija imobilização completa garanta que este
procedimento seja realizado e o acompanhante permaneça sentado no banco lateral da
viatura com cinto de segurança;
D. Permitir que a criança leve consigo um objeto de estimação se isso a fizer sentir-se
mais segura;
P ermitir que leve seus pertences mínimos de acordo com a disponibilidade de espaço
na UR, desde que não comprometa o atendimento à mesma e não coloque a equipe em
situação de risco ou exposição à contaminação.
C. Caso não seja possível atender ao item anterior, acionar a viatura de policiamento
para a tomada de decisão;
D. Caso a decisão seja por conduzir a pessoa juntamente com a vítima, informar os
vizinhos ou circundantes sobre o hospital de destino para o qual será encaminhada a
vítima e solicitar que se possível, comunique a outros familiares;
F. Caso não seja possível atender ao item anterior, solicitar ao Enfermeiro de Plantão
que se responsabilize pelo acompanhamento, registrando o nome e cargo do funcionário
que assumir tal responsabilidade;
ATENÇÃO
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 93
Sempre que necessário, solicitar o acompanhamento de um familiar durante o
atendimento e o transporte. Garantir a segurança do acompanhante exigindo o uso do
cinto de segurança.
AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 97
Em que pese seja o exemplo que traz mais clareza ao procedimento de avaliação
de cenário, tal avaliação não se restringe aos acidentes automobilísticos, devendo ser
empregada em todas as ocorrências de trauma conforme veremos a seguir.
1. ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO
• Cabeça e Pescoço:
• Tórax e Abdômen:
• Joelho:
C. CAPOTAMENTO:
Suspeitar a probabilidade de ejeção de vítimas para fora do veículo por estarem sem
cinto de segurança aumentando em até seis vezes as chances de ocorrer o óbito.
D. ACIDENTE DE MOTOCICLETA:
E. ATROPELAMENTO:
cintura pélvica.
Suspeitar a probabilidade de a vítima ter sido atropelada uma segunda vez por outro
veículo que trafegava na via.
2. QUEDAS:
A. Altura da queda;
B. Tipo de superfície com que a vítima colidiu. Exemplos: gramado, concreto, etc.
D. Considerar como grave a referência de que a queda ocorreu de altura três vezes
maior que a altura da vítima;
• Lesões oculares;
Adotar o Transporte Imediato para vítima com ferimentos nas cavidades corporais,
pescoço e região femoral.
Observar que mesmo utilizando coletes à prova de bala o paciente pode apresentar
contusões orgânicas graves, sendo mais sérias a contusão miocárdica e a contusão pulmonar
que exigem intervenção médica imediata.
104 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
2. ANÁLISE PRIMÁRIA
• Vítima consciente:
Estabelecer controle cervical manual logo na abordagem da vítima;
Apresentar-se para a vítima consciente como integrante da Equipe de Resgate do
Corpo de Bombeiros;
Questionar sobre o ocorrido e avalie as respostas:
• Se a resposta for coerente por meio de frases completas, concluir que as vias aéreas
106 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
estão pérvias, que a vítima apresenta função ventilatória suficiente que permite a fala,
a perfusão cerebral está adequada e funcionamento neurológico razoável que será
medido com a Escala de Coma de Glasgow posteriormente.
• Se a vítima for incapaz de dar uma resposta ou ela for incoerente antecipe algumas
ações em busca de colapso ventilatório, circulatório ou neurológico.
Importante:
Obs: Somente adote esta conduta na identificação de TCE grave com sinais de
aumento da Pressão Intracraniana, em todos os demais casos, mantenha o emprego
associado da estabilização manual, colar cervical e estabilizador lateral de cabeça.
• Em casos de traumas leves, evidentemente localizados em extremidades (torções,
luxações e fraturas em dígitos, pés e mãos), sem qualquer outro trauma associado
(queda ou impacto em outras partes do corpo), podem ser tratados isoladamente,
sem necessidade de controle cervical.
• A estabilização manual e os protetores laterais de cabeça devem ser adotados
independentes do emprego de colar cervical para vítimas de trauma;
Obs: Caso o trauma pontual esteja associado a qualquer outro impacto corporal ou lesão,
deverá ser aplicado o controle cervical.
(B) VENTILAÇÃO
(C) CIRCULAÇÃO
• Pupilas
A. SINAIS VITAIS
B. REAVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
____________________________________________________
ATENÇÃO
Em quaisquer das etapas da Análise Primária ou Secundária avaliar se as condições da
vítima se enquadram no acionamento de SAV ou de Transporte Imediato, adotando-
se, nestes casos, as providências respectivas.
Toda vítima encontrada inconsciente deve ser tratada como portadora de lesão de
coluna, exceto se houver informações testemunhais contrárias.
Nas vítimas de trauma, manter a coluna cervical protegida, em posição neutra,
manualmente ou por colar cervical e imobilizador lateral de cabeça. Não mover a
vítima da posição em que se encontra antes de imobilizá-la, exceto quando:
• Estiver num local de risco iminente (fazer retirada imediata);
• Sua posição estiver obstruindo as vias aéreas;
• Sua posição impedir procedimentos essenciais da Análise Primária;
• Seja necessário para tratar problemas que ameaçam a vida da vítima;
116 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
1. REGRAS GERAIS
Expor o corpo da vítima ou parte dele somente quando necessário para realizar
etapas da Análise Primária ou Secundária.
H. Utilizar tesoura apropriada (de ponta romba) evitando meios de fortuna (estiletes,
facas, entre outros) que possam produzir ferimentos ou causar contaminação e empregar
os padrões de corte de vestes a serem adotados (linhas de corte);
I. Cobri-lo, logo que possível, com manta aluminizada, cobertor ou lençóis limpos,
evitando tempo demasiado de exposição que possa contribuir para a hipotermia;
J. Se possível, manter exposta somente a parte do corpo que está sendo avaliada ou
recebendo o tratamento e depois cobri-la, para depois iniciar a avaliação ou o tratamento
de outra parte do corpo;
• Elevar a mandíbula com a ponta dos dedos e com os polegares apoiados no osso
zigomático.
• Com o polegar e o indicador da mão que apoia o queixo efetuar a abertura da boca
da vítima;
I. Introduzir a cânula orofaríngea até sua metade e efetuar suavemente uma rotação
de 180º (graus), de forma que a face côncava fique voltada para a língua; terminar de
introduzir a cânula orofaríngea.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Para sua segurança durante a aspiração utilize óculos de proteção e máscara facial.
D. Calcular a duração dos cilindros de oxigênio fixo e portátil, com base na fórmula
(V.P:Vz), sendo: V= volume impresso no cilindro de aço, P = pressão indicada no
manômetro e Vz = vazão em l/min durante administração.
2. MANUTENÇÃO E RISCOS
3. OXÍMETRO DE PULSO
4. ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
• Administrar oxigenoterapia para vítimas que estejam saturando abaixo de 94% e/ou
com alguma alteração clínica, como: Frequência Respiratória <12 (bradipnéia) ou >30
MRM (taquipneia); cianose de extremidades; perfusão capilar lentificada; pele pálida,
fria e úmida; utilização de musculatura acessória para ventilar;
•
Fonte: Setor de Instrução - Div Op CBM
128 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Pacientes afogados em graus 2 podem receber O2 por cateter nasal em baixo fluxo
(5L/min), graus 3 e 4 sempre tratados em alto fluxo (15L/min) com máscara não
reinalante;
• Pacientes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) aguda, devem receber
oxigênio via cateter nasal tipo óculos (baixo fluxo), 2 a 3 L/min, geralmente é
suficiente para corrigir a hipoxemia existente nesses pacientes, se atente em manter
a saturação acima de 94%. Destaca-se que é necessário monitorar a oximetria para
verificar a necessidade de alto fluxo (via máscara facial) para a manutenção da
saturação adequada. Nestes casos, realizar acionamento de SAV/transporte imediato,
monitorando a possibilidade de baixa da saturação com alto fluxo, devendo-se
regressar para o cateter nasal tipo óculos;
B. DOSAGEM DE OXIGÊNIO:
A oxigenoterapia deve começar sempre com a Bolsa (bag) da máscara cheia, para
isso feche a válvula interna com o dedo, ligue o fluxômetro e infle a Bag.
As máscaras faciais não-reinalantes devem ter suas válvulas íntegras e em
funcionamento. Nunca improvise reparos em sistema de oxigenoterapia.
130 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
____________________________________________________
ATENÇÃO
Efetuar revisão periódica da saturação de oxigênio no sangue. A medição da
saturação de oxigênio pode sofrer interferências tais como: esmalte escuro nas unhas
das mãos e/ou dos pés, utilização de sensor de oxímetro em dedo de extremidade
lesada, hipovolemia ou hipotermia nas extremidades ou ambiente com excesso de
luminosidade. Corrija estas interferências, se possível ou altere a posição do sensor
em extremidades não afetadas. Lembre-se que somente a análise da saturação não é
o único parâmetro indicativo para oxigenoterapia, outras avaliações como parâmetros
ventilatórios, clínicos e físicos do paciente devem ser observados e associados.
A oxigenação não substitui a ventilação. Também existe risco de contato com
hidrocarbonetos (derivados de petróleo), entre outros. NÃO é recomendado a
administração de oxigênio umidificado (somente em casos excepcionais por orientação
médica).
NÃO mantenha frasco de umidificador vazio acoplado aos sistemas de oxigênio, pois
reduz a pressão da oferta de O2 e serve de local para a colonização de bactérias.
A. Utilizar máscara de bolso como uma opção para o socorrista que atua isoladamente
ou em vítimas de afogamento;
D. Insuflar com volume suficiente para produzir elevação do tórax como se fosse uma
respiração normal, sem esforço.
• O outro socorrista deve comprimir o balão do reanimador que deverá estar conectado
à máscara e posicionado transversalmente à vítima com a “técnica das 4 mãos”.
B. Executar a manobra para abrir a via aérea mais adequada para cada caso (clínico ou
trauma);
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 133
C. Posicionar a máscara de bolso corretamente sobre a boca e nariz;
E. Segurar a máscara de bolso com as duas mãos, conforme a técnica a ser utilizada:
cefálica ou lateral;
G. Produzir elevação visível do tórax como se fosse uma ventilação normal e sem
esforço;
4. FILTRO HEPA
O filtro HEPA pode ser empregado nas situações que exijam assistência ventilatória de
pacientes com suspeitas ou comprovação de infecções respiratórias (Covid-19, Tuberculose,
entre outras).
134 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
__________________________________________________________
ATENÇÃO
Manter as bordas da máscara de bolso com pressão adequada para vedar a face,
certificando-se que o ar não escape pelas laterais da máscara durante as insuflações.
Ter cautela ao realizar a vedação da máscara de bolso para não fazer flexão da cabeça
e obstruir as vias aéreas.
A. Constatar a inconsciência;
• Liberar as vias aéreas superiores com a manobra mais adequada para o caso clínico
ou o trauma;
D. Efetuar ventilações que promovam elevação visível do tórax como se fosse uma
respiração normal, sem esforço, a fim de reduzir o risco de insuflação gástrica e
consequente regurgitação de vômito, se houver a permeabilidade das vias aéreas;
F. Suspeitar de OVACE e aplicar o POP RES Obstrução da Via Aérea por Corpos
Estranhos de acordo com a faixa etária, caso não houver sucesso na segunda ventilação
e os equipamentos utilizados estarem em condições adequadas de uso.
sofrimento respiratório..
• FV inferior a 12 MRM ou superior a 30 MRM nas vítimas com idade acima de 8 anos;
• FV inferior a 20 MRM ou superior a 40 MRM nas vítimas com idade entre 28 dias e
8 anos;
• FV inferior a 30 MRM ou superior a 50 MRM nas vítimas com idade abaixo até 28
dias.
Nos casos em que a vítima não aceitar a assistência ventilatória com o reanimador
manual, reavalie os padrões respiratórios e administre oxigênio por meio de máscara facial
com reservatório.
____________________________________________________
ATENÇÃO
• A vítima não apresenta pulso central palpável, após checar o pulso pelo tempo
máximo de 10 segundos?
• Abrir as vias aéreas superiores com a manobra adequada, de acordo com a possível
causa da PCR;
• Não utilizar colar cervical durante a ventilação com reanimador manual, pois este
140 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
A. Cumprir a orientação do médico ou enfermeiro naquilo que está previsto para o seu
nível de capacitação em Suporte Básico de Vida como integrante de uma guarnição de
Unidade de Resgate;
• Não será iniciada a RCP nos casos em que forem constatados sinais evidentes de
morte, conforme este protocolo - Identificação de Sinais Evidentes de Morte.
6. CUIDADOS PÓS-REANIMAÇÃO
____________________________________________________
ATENÇÃO
Os Procedimentos Operacionais Padrão de Ressuscitação Cardiopulmonar seguem as
Diretrizes da American Heart Association. Executar as compressões na profundidade
mínima recomendada na Tabela de RCP para cada faixa etária. Não deve exceder 120
por minuto. Deve-se permitir completo retorno do tórax na posição normal para
efetuar nova compressão.
Checar o pulso central pelo tempo máximo de 10 segundos. Caso não sinta o pulso
central e a vítima esteja em parada respiratória inicie a RCP.
Execute ventilações com o volume suficiente para produzir elevação do tórax como se
fosse uma respiração normal, sem esforço. Gaste 1 segundo para 1 ventilação.
• Remova vítimas de local gaseado ou onde fontes de calor não possam ser emitidas.
• Iniciar as compressões torácicas até que haja o comando do DEA para a análise do
ritmo cardíaco;
• Expor e preparar o tórax da vítima (secar, raspar, remover adornos ou adesivos, etc.)
caso sejam necessárias estas ações e não atrasem a tentativa de desfibrilação;
• Não posicione as pás sobre o tecido mamário da mulher. Coloque acima ou abaixo
das mamas.
• Utilize a regra de segurança: “Eu estou afastado! Eles estão afastados! Todos estão
afastados!”.
• O DEA poderá ser utilizado em vítimas que se encontrem sobre superfícies condutoras
(aeronave, maca, escadas, plataformas, embarcações e etc.), tendo em vista que a
corrente de fuga resultante do choque é de apenas 10 miliampéres;
• Os adornos que estiverem no local ou entre as pás adesivas devem ser removidos;
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 147
• Assegurar que os eletrodos estejam bem aderidos ao tórax da vítima evitando faíscas
e eventuais queimaduras no local;
• A utilização do DEA em gestante não difere das demais vítimas, exceção a necessidade
de realizar o deslocamento manual do útero para esquerda;
• Caso ocorra PCR durante o transporte, pare a viatura somente se houver um local
seguro, desligue a viatura para evitar movimentação da vítima e instale o DEA, iniciando
o presente procedimento. Não permita que partes do corpo da vítima estejam em
contato com superfícies metálicas como os braços ou pés encostados nas laterais da
maca, e afaste os socorristas do contato com a vítima antes da aplicação do choque.
• Choque recomendado por mais de uma vez: garantir a segurança de todos e aplicar
o choque todas as vezes que ele for recomendado pelo DEA;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Os Procedimentos Operacionais Padrão de Reanimação Cardiopulmonar seguem as
Diretrizes da American Heart Association.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 149
Informar à equipe médica (SAV ou do Hospital) sobre a utilização do DEA e a quantidade
de choques aplicados nas vítimas.
Lançar no campo de observações do SDO – Vítimas a realização de RCP com uso de
DEA. Seguir as recomendações do fabricante sobre revisão periódica e manutenção do
DEA.
150 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
Se o bebê NÃO puder chorar, NÃO tossir de maneira eficiente e NÃO possuir
movimentos respiratórios eficazes, deverão ser realizados os seguintes procedimentos:
• Efetuar por 5 (cinco) tapas de expulsão nas costas do bebê (entre as escápulas).
Cada tapa nas costas deve ser visto como uma tentativa isolada de desobstrução. Se
o objeto for expelido em algum dos tapas, interrompa a sequência e reavalie a vítima.
Cada compressão deve ser vista como uma tentativa isolada de desobstrução. Se o
objeto for expelido em alguma das compressões interrompa a sequência e reavalie a vítima.
• Abra as vias aéreas e inspecione a cavidade oral em busca do objeto sempre antes
de tentar ventilar;
• Abra as vias aéreas e inspecione a cavidade oral em busca do objeto sempre antes
de tentar ventilar;
____________________________________________________
ATENÇÃO
As compressões abdominais são contra indicadas em bebês; nos casos de OVACE por
líquido, as manobras de desobstrução por tapas nas costas são contra indicadas,
sendo indicada a aspiração mecânica e a lateralização da vítima. Caso ocorra parada
cardiorrespiratória, aplicar o item dos procedimentos de Ressuscitação Cardiopulmonar.
Cuidado com a intensidade dos tapas de expulsão nas costas, pois poderá causar
lesões internas. Cada tapa nas costas e cada compressão torácica na manobra de
desobstrução devem ser consideradas como uma tentativa isolada, portanto saindo
o corpo estranho ou surgindo sinais de sucesso (desobstrução) estas manobras serão
imediatamente interrompidas.
Não execute tapas nas costas de crianças conscientes para a desobstrução, pois o
objeto na maioria das vezes muito maior que o diâmetro da via aérea pode se deslocar
para baixo com risco de agravar a obstrução.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 153
• Nos casos em que a tosse for eficiente e a vítima consegue falar ou emitir sons, ou
seja, a obstrução é parcial:
• Observar se o corpo estranho foi eliminado pela tosse, caso não tenha sido eliminado
pela tosse e persista a obstrução parcial:
• Nos casos em que a vítima somente acena afirmativamente com a cabeça ou a tosse
é fraca e ineficiente considere que a obstrução é total.
Observar que nos casos de vítimas obesas ou gestantes e o socorrista não puder
abraçar totalmente o abdome, devem-se realizar as compressões torácicas ainda com o
paciente em pé. Os braços do socorrista devem ser colocados por baixo das axilas do paciente
e com as mãos na metade inferior do tórax, realizar as compressões torácicas.
• Fazer a abertura das vias aéreas com a manobra mais adequada para caso clínico ou
trauma;
Não sendo possível remover e caso a obstrução total persista, inicie as manobras de
ressuscitação cardiopulmonar pelas compressões torácicas (sem a necessidade de checar
pulso);
• Antes de tentar ventilar inspecione a cavidade oral em busca do objeto; caso seja
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 155
visível, remova- o;
• Nesse caso, suspeitar de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos (OVACE) e
agir do seguinte modo:
• Antes de tentar ventilar inspecione a cavidade oral em busca do objeto; caso seja
visível, remova- o;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Somente remova corpos estranhos visíveis. Não execute busca às cegas a fim de evitar
empurrar ainda mais o objeto para baixo ou lesar a cavidade oral.
C. Se a RCP não foi iniciada ou foi interrompida por ordem médica o caso será registrado
no SDO constando o nome e o CRM do profissional médico que deu a ordem. Adotar,
nesse caso, as medidas de preservação de local de crime até a chegada da autoridade
policial ou viaturas do policiamento local.
____________________________________________________
ATENÇÃO
No caso de vítima classificada como COR PRETA na triagem de múltiplas vítimas pelo
Método START, apesar da RCP não ser iniciada no momento de sua classificação, caso
a capacidade de atendimento torne-se compatível com a demanda de vítimas, deverá
ser iniciada a RCP, exceto se já foi constatada na avaliação inicial a existência de sinais
evidentes de morte ou a morte foi constatada por médico presente no local
CONTROLE DE HEMORRAGIAS
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 161
1. HEMORRAGIA
Pode ser definida como uma perda súbita de sangue que ocorre em decorrência do
rompimento de vasos sanguíneos.
Uma das principais etapas na avaliação do paciente consiste em fazer uma observação
inicial (impressão geral) da condição da vítima o mais rápido possível.
possível sangrar até a morte por uma lesão arterial significativa não controlada. Portanto,
esse tipo de sangramento deve ser controlado imediatamente. Esse tratamento deve ser
realizado quando uma hemorragia externa grave for encontrada na letra “X” na análise
primária.
3. SEQUÊNCIA DE AÇÕES
• Deixar o torniquete descoberto de modo que o local possa ser visto e monitorado;
H. O torniquete pode ser aplicado em situações que não seja possível identificar de onde
está vindo exatamente o sangramento ou casos com dificuldades de acesso à vítima
como por exemplo desabamentos, soterramentos, encarceramentos e entre outros.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Grandes cavidades corporais (torax, abdome e pelve), não devem ser preenchidos com
gaze.
Prevenir hipotermia o quanto antes. Vítimas que perdem grande volume de sangue
podem apresentar queda gradativa de temperatura corporal.
1. PROCEDIMENTOS GERAIS
E. Não lavar o ferimento, pois sujeiras podem cair em cavidades, pode ocorrer aumento
da contaminação, da dor ou aumento da hemorragia pela remoção de coágulos já
formados no local.
166 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
H. Fazer curativo oclusivo com compressa de gaze estéril ou plástico protetor estéril
nas situações recomendadas, fixando-o com esparadrapo ou fita adesiva antialérgica;
I. Caso tenha que utilizar atadura de crepe ou bandagem triangular para fixar um
curativo oclusivo não exerça pressão sobre ele.
D. Não remover objeto encravado, salvo se estiver na bochecha e houver risco de queda
na cavidade oral com possibilidade de obstrução das vias aéreas superiores.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Em caso de objeto em globo ocular, ambos os olhos devem ser ocluidos para evitar
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 167
movimentação e consequente agravamento da lesão.
O Choque hemorrágico pode ser reconhecido a partir dos seguintes sinais e sintomas:
A. Controlar hemorragias;
B. Informar a Central de Operações e aguardar a decisão de envio de SAV/SIV ou
autorização para transporte imediato;
C. Manter a vítima em decúbito dorsal horizontal (DDH);
D. Estabilizar a cabeça e pescoço sempre que houver suspeita de lesão cervical;
E. Manter a permeabilidade das vias aéreas utilizando as manobras adequadas e caso
necessário realize a aspiração e uso de cânula orofaríngea;
F. Ministrar oxigênio nas condições previstas no Protocolo de Oxigenoterapia;
G. Iniciar assistência ventilatória, se necessário;
H. Reavaliar estado neurológico frequentemente;
I. Prevenir a hipotermia;
J. Monitorar os sinais vitais durante o atendimento e o transporte.
____________________________________________________
ATENÇÃO
O socorrista deve estar preparado para a ocorrência de vômitos e intervir, de imediato,
lateralizando a prancha longa ou a vítima, conforme necessário.
Não elevar os membros inferiores devido ao risco de agravar lesões musculoesqueléticas
ou lesões vasculares existentes, bem como não elevar a parte inferior da prancha
longa, pois pode facilitar a regurgitação e a broncoaspiração.
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
• Bradicardia e bradipnéia;
• Braços e pernas da vítima estão estendidos, os artelhos apontam para baixo e cabeça
e pescoço estão arqueados (Postura de descerebração).
• Náuseas ou vômitos.
• Tonturas.
• Cefaleia.
2. PROCEDIMENTOS GERAIS:
3. FERIMENTO NO CRÂNIO
C. Nos ferimentos com fratura de mandíbula utilizar a cânula orofaríngea nas vítimas
inconscientes para manter as vias aéreas permeáveis;
4. FERIMENTO NA FACE
B. Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que somente um olho tenha
sido lesionado, para limitar os movimentos;
172 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
E. Umedecer a compressa de gaze estéril em soro fisiológico para fazer curativo oclusivo.
B. Orientá-la para que respire pela boca, não forçando a passagem de ar pelas narinas
e para não engolir sangue;
C. Solicitar a vítima que comprima com os dedos a(s) narina(s) na sua parte cartilaginosa
durante 5 minutos:
F. Aplicar compressa fria sobre a(s) narina(s) para auxiliar na vasoconstrição local e
diminuição da hemorragia.
ATENÇÃO
Ferimentos na face podem evoluir para obstrução de vias aéreas e necessitar de SAV.
Não permitir que a vítima com sangramento nasal assoe o nariz sob risco de remover
a formação de coágulo e aumentar a hemorragia.
Proteja a pele antes de usar gelo para auxiliar no estancamento de uma hemorragia
nasal. O frio intenso pode produzir lesões na pele.
A colocação do colar cervical pode ser postergada, caso possa comprometer a via aérea,
mas a estabilização manual da cabeça e do pescoço deve ser mantida durante todo o
atendimento e o transporte.
1. TÉCNICA DE RETIRADA
ATENÇÃO
A retirada do capacete deve ser feita o mais precocemente possível para não retardar
a análise primária.
Permite-se a retirada do capacete com a vítima em outra posição que não em decúbito
dorsal horizontal (DDH) se ela estiver presa em algum lugar impedindo o rolamento.
1. FERIMENTOS NO PESCOÇO
E. Havendo obstrução total de vias aéreas pelo objeto, informar a Central de Operações
e aguardar a orientação do Médico Regulador, se disponível, a decisão de envio de SAV
ou autorização para transporte imediato;
• Fazer uma compressão manual direta com compressa algodonada estéril sobre o
ferimento e mantê-la até chegar ao hospital;
F. Nos casos de lesões diretas no pescoço que pela cinemática do trauma não haja
suspeita de lesão cervical (corte por linha de pipa, etc.) a vítima poderá ser transportada
na posição que for mais confortável.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Informar a Central de Operações e aguardar decisão de envio de SAV ou autorização
para Transporte Imediato, nos casos de: lesão na laringe e traqueia por traumatismo
fechado, alteração de voz, dos ruídos respiratórios, aumento de hematomas, enfisema
subcutâneo e desvio de traquéia que possam comprometer a permeabilidade das vias
aéreas.
• Aumento da dor;
D. Avaliar a necessidade de algumas vítimas, pela sua conformação física (idoso, criança,
pessoa com deficiência física), necessitarem da colocação de coxim adequado detrás dos
ombros ou da cabeça para manter a posição alinhada neutra em relação à superfície em
que se encontra (solo, piso, prancha, etc.).
D. Adotar como referência de alinhamento a posição das orelhas que devem estar no
alinhamento dos ombros e a face posicionada centralizada na linha média do tronco.
• Com o pescoço do paciente em posição neutra, utilizar os dedos para medir da base
do pescoço (músculo trapézio) até a base da mandíbula;
• O tamanho mensurado deve ser igual a medida da parte rígida da lateral do colar
cervical;
• Dobrar o fecho adesivo sobre a superfície interna da parte posterior do colar cervical;
• Deslizar a parte posterior do colar sob o pescoço da vítima até que seja visível do
outro lado;
• Deslizar suavemente a parte da frente do colar para que se encaixe sobre a mandíbula;
• Impedir que as partes rígidas de plástico do colar cervical atinjam a pele e produzam
lesões;
• Deixar uma folga discreta equivalente ao dedo indicador entre o colar cervical e
a mandíbula a fim de impedir a compressão dos vasos sanguíneos do pescoço e a
compressão da traqueia interferindo nas vias aéreas.
E. Prender os fechos adesivos com o cuidado para não exercer pressão excessiva contra
o colar cervical ou face da vítima.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Colares cervicais rígidos isolados ajudam apenas a sustentar o pescoço e a impedir
movimentos, limitando a flexão em torno de 90% e a extensão, flexão lateral e rotação
em cerca de 50%, portanto, o pescoço da vítima deve ser mantido alinhado em posição
neutra, imobilizado manualmente, até o final do procedimento de estabilização cervical
e lateral de cabeça;
Nos casos em que a vítima apresentar sinais de PIC elevada e se o colar cervical estiver
muito apertado, pode ser afrouxado um pouco, desde que a cabeça e o pescoço estejam
180 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
• Na impossibilidade do uso do colar por motivos como: biótipo da vítima (os tamanhos
disponíveis não se adaptam) ou falta eventual do equipamento, a imobilização manual
deverá ser mantida, juntamente com os imobilizadores de cabeça.
• Vítimas de lesão por arma branca ou arma de fogo com queixas de dormência ou
formigamento em extremidades, perda da função motora ou sensitiva ou perda de
consciência;
• Vítimas com lesões muito dolorosas ou sangramento intenso que impeçam respostas
confiáveis devido ao estresse traumático;
2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 183
A. Presumir, através da avaliação prevista na Biomecânica do Trauma, que a vítima
poderá ter sofrido um traumatismo torácico;
• Desvio de traquéia;
• Crepitação óssea;
2. PROCEDIMENTOS
A. Fratura de costelas:
C. Pneumotórax fechado:
• Fornecer oxigênio com máscara facial não reinalante com fluxo entre 10 - 15 l/min,
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 185
caso necessário, conforme protocolo específico.
D. Pneumotórax aberto:
• Realizar curativo oclusivo de três pontos com plástico estéril, caso não possua
curativo comercial específico.
• Transportar a vítima em Decúbito Lateral (DL) caso o objeto esteja em região dorsal
do tórax;
• Posicionar a vítima em Decúbito Lateral (DL) com o hemitórax não afetado para o
lado superior (para cima), mantendo a estabilização manual da cervical se necessário,
caso a posição escolhida seja decúbito lateral;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Ferida torácica aspirativa: Ferimento que apresenta abertura pérvia na parede do
tórax, na qual se mantém comunicação entre o meio intrapulmonar com o meio
extracorpóreo. Esta abertura faz com que quando as vítimas inspirem, gere uma
pressão intratorácica negativa fazendo com que o ar flua para os pulmões através da
traqueia e, simultaneamente, no espaço pleural através da lesão aberta encontrada na
parede do tórax.
Hemitórax: é o termo usado para indicar uma das metades (hemisférios) do tórax,
esquerdo ou direito. Referidos como Hemitórax D ou Hemitórax E
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 187
Estar atento para alteração da voz, dos ruídos respiratórios, aumento de hematomas,
enfisema de subcutâneo e desvio de traquéia que podem comprometer a permeabilidade
das vias aéreas.
Lembrar que a vítima com trauma torácico geralmente tem agitação psicomotora
devido à dor e hipóxia decorrente do trauma.
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
C. Observar que os sintomas podem estar mascarados por uso de álcool ou outras
drogas.
188 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
O abdômen pode conter até 1,5 litro de sangue sem que apresente sinais de distensão
abdominal, bem como o sangue fresco não é muito irritante, desse modo, poderá não haver
sinais ou sintomas de peritonite (inflamação do peritônio) nos primeiros minutos pós
acidente.
O socorrista deve se valer de outras fontes, além da avaliação física, para determinar
a presença de lesão abdominal tais como a biomecânica do trauma, informação de
testemunhas, sinais e sintomas de choque de causa não explicada.
D. Controle temperatura;
• Aplicação de curativo oclusivo com gaze algodonada umidificada com soro fisiológico
em casos de evisceração abdominal:
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 189
Observação: Não utilizar compressas de tamanho 7,5 x 7,5 cm não radiopacas sobre a
cavidade abdominal pelo risco de cair na cavidade.
C. Nos ferimentos isolados abdominais (Ex.: agressão por arma branca) manter os
joelhos da vítima semi flexionados para reduzir a tensão dos músculos abdominais;
em extremidades ou raquimedular.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Abrir o soro fisiológico para umedecer a compressa de gaze apenas no momento da
utilização. Ficar atento para a possibilidade de contaminação pelo contato com as fezes
no caso de evisceração abdominal. Avaliar com cuidado um traumatismo abdominal,
pois como o abdome é uma grande cavidade, pode não ocorrer distensão mesmo após
uma grande hemorragia. Suspeitar de trauma abdominal onde a vítima apresenta
choque de causa desconhecida.
1. PROCEDIMENTOS GERAIS
D. Cobrir ferimentos com gaze estéril seca, atadura de crepe ou bandagem triangular;
• caso seja possível, reposicionar para a posição anatômica e avaliar se houve retorno
das funções fisiológicas.
D. Proporcionar apoio para o braço com uso de cobertor, toalhas, travesseiro ou material
similar mantendo o distanciamento em relação ao tórax provocado pela deformidade ou
dor local.
A. Exposição da região pélvica: cortar ou retirar qualquer tipo de vestimenta que possa
192 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
E. Cinta Pélvica: Imobilizador pélvico tipo SAM SLING ajustável para a cintura, possui
fivela com pressão calibrada e auto ajustável, indicada para imobilização e estabilização
pélvica. Moldável, rádio transparente e lavável
D. Realizar a imobilização dos 2 membros inferiores mesmo que apenas um tenha sido
afetado;
F. Utilizar uma tala sob o membro lesado para impedir a flexão do joelho e tornozelo;
H. Estabilizar a respectiva parede pélvica com a aplicação de uma tala com dimensão
correspondente à distância dos tornozelos até a região axilar;
7. AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA:
____________________________________________________
ATENÇÃO
Não reintroduzir um osso exposto; Nunca tentar alinhar um osso fraturado. A técnica
mais recente trata do posicionamento corporal o mais próximo da posição anatômica,
todavia sem realizar reintrodução ou tentativa de realinhamento ósseo.
E. Se o local for seguro para a intervenção de terceiros, acolha voluntários que possam
auxiliar nos procedimentos de movimentação do acidentado, se necessário, oferecendo-
lhes a instrução adequada e os equipamentos de biossegurança, como luvas, aventais
ou máscaras.
B. Se uma vítima apresenta um objeto cravado nas costas deverá ser transportada em
decúbito ventral ou em decúbito lateral.
A. Caso não tenha uma prancha Scoop utilize preferencialmente esta manobra
para vítima de trauma, principalmente trauma raquimedular evidente;
• Socorrista 3: Segura a maca e apoia pela região posterior as costas da vítima com
as mãos espalmadas nas escapulas, controlando o sentar da vítima sobre a prancha
longa que estará na maca;
F. Preencher o espaço anatômico entre as pernas da vítima com talas flexíveis ou outro
material apropriado;
I. Prevenir hipotermia;
Observação: Não devem ser utilizadas ataduras de crepe para substituir tirantes de
fixação na prancha.
C. Realizar a contagem em voz alta para com no mínimo três socorristas elevar a vítima
até a maca;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Não havendo socorristas necessários para auxiliar no procedimento trate os problemas
que afetam as vias aéreas, controle hemorragias na cabeça e face, aplique o colar
cervical e oriente a vítima consciente a não mover a cabeça para os lados e trate as
demais prioridades em seguida;
Não fixar os tirantes com os braços da vítima cruzados ao peito ou a com as mãos
dentro das calças.
• Socorrista 3: Inserir uma tala rígida sob cada lado da vítima ultrapassando cerca de
4 dedos de distância as escápulas, sob as nádegas e os tornozelos;
• Prevenir hipotermia.
• Socorrista 2: Abrir a maca colher e posicioná-la de forma que a vítima fique entre
as duas partes da maca;
• Prevenir hipotermia.
____________________________________________________
ATENÇÃO
A denominação “Resgate de Elifas” faz referência ao idealizador da técnica o Maj PM
Elifas Moraes Alves, da reserva do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
• Aumento do útero até a 38ª semana de gestação tornando-o, bem como seu conteúdo,
susceptível às lesões, incluindo ruptura, ferimentos penetrantes, deslocamentos de
placenta e rotura prematura de membranas;
• Aumento do débito cardíaco de 1 a 1,5 litro por minuto após a décima semana de
gravidez;
2. PROCEDIMENTOS
B. Evitar a síndrome da hipotensão supina por compressão da veia cava inferior, depois
que mantiver a gestante imobilizada na prancha longa em decúbito dorsal horizontal,
adotando um dos seguintes cuidados:
• OPÇÃO 1: Eleve a perna direita e rode-a para a esquerda para deslocar o útero
nessa direção, EXCETO, se houver contraindicações como traumatismo abdominal,
raquimedular ou de extremidades.
____________________________________________________
ATENÇÃO
G. Considerar frequência cardíaca acima de 130 BPM como sinal sugestivo de choque
hemorrágico;
H. Utilizar manguito de tamanho apropriado para aferir a pressão arterial, mas não
perder tempo se houver demora na verificação, no entanto, considerar valores de pressão
arterial sistólica menor que 80 mmHg em crianças e menor que 70 mmHg em lactentes
como sinal sugestivo de choque hemorrágico.
F. Utilizar a máscara na posição invertida, caso a disponível seja grande para a vítima;
I. Aplicar o colar cervical de tamanho apropriado somente deve ser aplicado no final
da avaliação primária;
N. Utilizar coxins sob os ombros para manter a cabeça em posição neutra geralmente
é necessário. Em crianças pequenas devido ao maior tamanho da cabeça em proporção
ao corpo o occipital pode manter a cabeça flexionada obstruindo a via aérea quando ela
está em decúbito dorsal;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Crianças pequenas podem se beneficiar de um brinquedo e caso algum esteja disponível
permitir que ele fique com a vítima.
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
• Dificuldades de deglutição e tosse com maior risco para vômitos, com consequente
OVACE e bronco aspiração;
E. Devido às alterações músculo esqueléticas, pode ser que ao colocar o idoso na prancha
para passar os tirantes, este não consiga estender os membros inferiores por completo
em vista da redução de movimentos, neste caso se faz necessário introduzir coxins em
baixo das pernas ou quadril, para maior conforto e segurança durante o transporte;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Recentemente, também tem sido observado o trauma decorrente de maus tratos ou
negligências praticadas por familiares ou por cuidadores de idosos. O Socorrista deve
estar atento para estes tipos ocorrências para conduta policial militar.
A guarnição deve estar atenta à exposição térmica dos indivíduos idosos traumatizados
em decorrência de possuírem maior dificuldade para a manutenção da temperatura
corporal central e, por essa razão, estarem mais propensos à perda de calor (que pode
ser aumentada devido às alterações da composição corporal, uso de medicamentos,
entre outros). Desse modo, a preocupação em se manter aquecida a vítima idosa é de
fundamental importância para se evitar hipotermia.
A perda de tecido adiposo leva a menor espessura da pele sobre as superfícies ósseas,
como cabeça, ombros, coluna, nádegas, quadril e calcanhares, imobilização prolongada
sem o emprego de COXINS, pode resultar em lesões por atrito ou mesmo agravamento,
bem como aumento da dor e desconforto durante o transporte.
Muitas das vezes o atendimento ao idoso, estará além de simples procedimentos, pois
a situação impõe alterações psicológicas momentâneas, como depressão, ansiedade,
angústia, desespero, choro, inquietação, entre outros.
Em alguns casos se faz necessário a calma e paciência adicional por parte da guarnição
em razão das deficiências auditivas e visuais dos idosos.
INTERVENÇÃO EM ACIDENTES
ESPCÍFICOS
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 217
1. QUEIMADURA
2. PRINCIPAIS CAUSAS
A. Térmicas: por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos
congelados, gelo).
OBSERVAÇÃO: Uma queimadura de 3º ou 4º grau pode não ser dolorosa, mas a vítima
geralmente queixa-se da dor nas bordas da lesão, onde a queimadura é de 2º ou 1º grau.
A regra dos nove divide o corpo humano em doze regiões; onze delas equivalem a 9
% cada uma, e a última, a região genital eqüivale a 1 %, conforme segue:
• Queimadura química.
• Trauma elétrico.
C. Remover as vestes com delicadeza, sem arrancá-las, cortando-as com tesoura. Não
arrancar o tecido aderido à queimadura, apenas resfriá-lo, deixando-o no local;
D. Remover adornos das extremidades (anéis, pulseiras, relógios, etc.) antes que o
edema local impeça a retirada e comprometa a circulação sanguínea;
G. Realizar curativo oclusivo com gaze estéril umedecida em soro fisiológico ou água
limpa sobre os olhos ainda que somente um olho esteja ferido;
H. Proteger as áreas queimadas com SCTQ igual ou maior que 10% utilizando plástico
protetor estéril ou compressas de gaze estéreis secas;
K. Se a área afetada envolver mãos ou pés, separar os dedos com compressas de gaze
umedecidas em soro fisiológico antes de cobri-los com gaze estéril seca ou o plástico
estéril;
M. Aplicar plástico protetor estéril sobre as áreas queimadas e por cima deste colocar
o cobertor térmico conhecido como manta aluminizada ou outro material apropriado;
F. Remover as vestes da vítima que estiverem impregnadas pelo produto com o cuidado
para não tocar nas áreas do corpo que ainda não estejam contaminadas;
G. Retirar o máximo de produto químico seco (na forma granulado ou pó) que esteja
sobre a pele com escovação ou espaná-lo com um pano seco;
H. Irrigar continuamente a área afetada com água corrente em abundância pelo menos
20 minutos antes de iniciar o embarque e transporte para o hospital de referência da
região, exceto nas situações que exija o Transporte Imediato;
J. Irrigar queimaduras químicas nos olhos com soro fisiológico ou água limpa
continuamente durante o atendimento local e o transporte;
K. A irrigação deve ser feita com o cuidado para não afetar o outro olho não afetado ou
escorrer em outras áreas do corpo. Lateralizar a cabeça da vítima se necessário;
B. O resfriamento da superfície produz uma crosta com interior aquecido, logo procure
remover com delicadeza o máximo de produto da superfície com uma espátula ou algo
similar enquanto faz o resfriamento;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Não utilize água para irrigar queimaduras por produtos químicos secos antes de
removê-los, pois poderá dissolvê-los e aumentar a área de contato com o corpo da
vítima. Há também o risco de reação exotérmica ao contato com água.
Não furar bolhas e nem passar qualquer produto não orientado (pasta de dente, gelo,
pomada etc.) em qualquer tipo de queimadura.
4. INTERMAÇÃO (INSOLAÇÃO)
224 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
ATENÇÃO
Não perder tempo procurando água fria ou gelada, se for o caso utilizar frascos de
soro fisiológico. Iniciar o transporte da vítima o mais rápido possível ao hospital de
referência da região.
NUNCA utilizar compressas com álcool para promover o resfriamento devido ao risco
de queimaduras ou inalação do produto.
Monitorar a temperatura corporal sistêmica com termômetro clínico, se disponível.
Evitar provocar hipotermia ao aplicar compressas frias.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 225
1. HIPOTERMIA
Avaliar os fatores de riscos a que a vítima foi exposta e removê-la para área segura;
A. São fatores de risco para hipotermia:
• Ambientais: exposição a baixas temperaturas, imersão em águas geladas, intoxicações
exógenas, etc.;
• Não ambientais: uso de drogas lícitas ou ilícitas, desnutrição; doenças endócrinas
como o diabetes; hipoglicemia ou doenças medulares.
B. Considerar como sinais e sintomas de hipotermia: pele pálida e fria; tremores;
rigidez muscular; amnésia; fala “pastosa”; perda da coordenação motora; torpor; coma;
bradicardia; arritmia cardíaca; hipotensão grave; bradipnéia; dilatação das pupilas.
ATENÇÃO
NÃO promover aquecimento ativo da região afetada. Exemplo: imergir ou irrigar a
lesão com água quente ou aquecer com secador. Síndrome do reaquecimento súbito
e movimentações bruscas da vítima que podem gerar fibrilação ventricular (parada
cardíaca).
Esteja preparado para uso do DEA quando atender uma vítima com hipotermia.
IMPORTANTE: A hipotermia pode simular a morte, de modo que os pulsos podem não
ser palpáveis e a ventilação pode ser indetectável, com pupilas dilatadas não reativas
e ausência de sinais de consciência.
Os parâmetros seguros de sinais evidentes de morte estão no POP RES Sinais Evidentes
de Morte, portanto, inicie e mantenha a RCP caso aqueles sinais não estejam presentes.
C. Manter a liberação das vias aéreas superiores com técnica adequada, conforme
Manual de Trabalho de Bombeiros de Salvamento Aquático;
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 229
D. Manter a estabilização da cabeça e pescoço nos casos de trauma;
E. Manter a vítima com a cabeceira elevada durante o resgate para evitar regurgitação
e consequente bronco aspiração.
J. Se não houver a possibilidade de rebocar a vítima da área de risco para uma área
seca manter no local 1 ventilação a cada 5 segundos até a chegada de apoio.
D. Manter a vítima com a cabeça no mesmo nível que o resto do corpo para reduzir
regurgitação e consequente aspiração de vômitos.
J. Manter os ciclos de RCP respectivos para cada faixa etária para os casos especificos
de Afogamento.
3. Afogamento GRAU VI
E. Abrir as vias aéreas com a manobra mais adequada para cada caso (clínico ou
trauma); e checar a respiração;
F. Não aspirar a cavidade oral, caso haja secreções promova a limpeza manual das VAS;
B. Manter oxigenioterapia com máscara facial com reservatório com fluxo de 15 l/min;
D. Posicionar em decúbito lateral direito, exceto as vítimas de trauma que deverá ter a
imobilização completa e lateralização da prancha longa para o lado direito;
F. Aquecer (envolver da cabeça aos pés) com manta aluminizada ou outro recurso
adequado (cobertor de tecido, lençóis, etc.);
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 231
G. Transportar ao hospital de referência para tratamento de afogados da região.
B. Manter oxigenioterapia por cateter nasal, com fluxo de 5 l/min (somente grau 2);
F. Aquecer (envolver da cabeça aos pés) com manta aluminizada ou outro recurso
adequado (cobertor de tecido, lençóis, entre outros);
____________________________________________________
ATENÇÃO
Todos os casos de afogamentos que não se enquadrem nos Sinais Evidentes de Morte
deverão ser submetidos à ressuscitação cardiopulmonar.
Utilizar o DEA, se disponível, ainda que com mais frequência o ritmo inicial da parada
cardíaca seja a assistolia, no entanto, raros afogamentos são subsequentes à causa de
origem cardíaca (IAM), nestes a FV pode ocorrer. Ficar atento para vômitos durante o
atendimento e o transporte.
Informe ao médico que vier a receber a vítima: temperatura aproximada da água; tempo
provável de submersão; grau de afogamento no ato do resgate; outras intercorrências
durante o atendimento e transporte.
Nos casos de submersão por grande período, estar atento aos sinais evidentes ou
tardios de morte e atuar conforme POP RES específico.
Tomar cuidado com a região cervical ao manusear vítimas de afogamento, pelo risco
de lesão cervical associada a acidentes em meio líquido (mergulho em local raso, surf,
acidentes esportivos, entre outros.).
Nos acidentes em local raso, aplicar o colar cervical, a prancha longa e o apoio lateral
de cabeça antes de removê-la da água.
Sempre levar a vítima afogada ao hospital, pois os efeitos hidro salinos podem ocorrer
tardiamente após dias do fato.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 233
234 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
C. Efetuar varredura nos arredores da ocorrência em busca de riscos que possam ser
eliminados ou minimizados, ou vítimas ejetadas;
2. ABORDAGEM DA VÍTIMA
3. RETIRADA IMEDIATA
B. Para acessar uma vítima mais grave e caso outras técnicas não sejam possíveis;
C. Vítima em PCR;
E. Acessar a vítima, liberar o cinto de segurança e garantir que os pés dela estejam
liberados;
I. Abaixar a vítima colocando-a sentada no solo, enquanto se ajoelha por detrás dela,
mantendo a estabilização da cabeça e pescoço;
4. RETIRADA RÁPIDA
uma das etapas da avaliação primária e que não foram possíveis de serem solucionadas pelas
equipes de atendimento, necessitando assim de um transporte imediato, ou atendimento
adequado fora do veículo;
A. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais de veículos, ferragens ou outro
obstáculo;
J. Posicionar a prancha longa com a base sobre o banco e debaixo da vítima, e o ápice
da prancha longa apoiado na maca;
Utilizar esta técnica quando a vítima estiver estável e for possível a retirada do
veículo com o menor ângulo de movimentação;
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 237
Empregar no mínimo 3 socorristas para executar esta manobra;
A. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais de veículos, ferragens ou outro
obstáculo;
E. Inserir a prancha longa detrás da vítima e trazer a vítima ao seu encontro com o
corpo ereto;
F. Caso tenha a disposição a prancha curta pode auxiliar no ato de passar a vítima do
banco para a prancha longo e até deslizar a vítima sobre a prancha. A prancha curta
é recomendada toda vez que houver necessidade de mexer no encosto do banco ou a
vítima perder contato com o encosto.
H. Deslizar até que o corpo da vítima esteja em decúbito dorsal sobre toda a superfície
da prancha longa, nivelando sua posição na horizontal;
J. Fixar a vítima com os tirantes na prancha longa já fora do veículo e remover para a
maca da viatura.
Evite emprego do KED em vítimas obesas e gestantes, onde o KED não consigam
envolver e fixar sua circunferência abdominal;
Evite emprego do KED em vítimas com trauma de tórax, trauma pélvico e de fêmur;
Evite o emprego do KED em vítimas muito altas, onde o comprimento do KED não
seja suficiente para alcançar a distância entre a parte superior da cabeça da vítima até sua
região coccígea (altura cefálo-quadril);
A. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais de veículos, ferragens ou outro
obstáculo;
G. Fixar os tirantes na seguinte sequência: Tirante abdominal (do meio), Tirante pélvico
(inferior), Tirante torácico (superior), sem ajustá-lo demasiadamente, Tirantes dos
membros inferiores (próximo a virilha);
J. Compensar o espaço anatômico entre as pernas com talas flexíveis e uni-las com
ataduras de crepe dobradas ao meio ou bandagens triangulares em forma de gravata;
ATENÇÃO
Não deixe pontas de tirantes soltas, pois podem enroscar em algo e dificultar a
movimentação da vítima.
Se houver necessidade, faça o giro pelos pés. Tenha o cuidado de observar a posição da
prancha longa (cabeceira ou pés) durante a retirada da vítima.
Considere o uso da técnica denominada “pá de forno” caso ela seja conveniente em
razão da técnica de extração veicular;
D. Remover das extremidades afetadas quaisquer adornos tais como anéis, pulseiras,
relógios, braceletes, entre outros, pois a área poderá edemaciar e dificultar a remoção
posterior, ou ainda, garrotear restringindo a circulação sanguínea distal;
G. Secar o local da picada e protegê-lo com um curativo oclusivo com gaze estéril seca
fixada com esparadrapo ou fita adesiva antialérgica.
A. Remover o ferrão com uma lâmina de bisturi ou algo similar raspando-o na superfície
da pele evitando a compressão da bolsa de veneno;
A. 1. Irrigar por alguns minutos o local com água salgada (água do mar);
B. 2. Aplicar sobre o local da lesão uma pasta a base de bicarbonato e ácido acético
(vinagre neutro), se disponível.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Na dúvida sobre a identificação precisa do animal, trate sempre como sendo animal
peçonhento até que prove contrário.
Em geral, podem ter passado muito tempo depois do acidente para que a vítima acione
o Serviço de Emergência Médica e, muitas vezes, os efeitos sistêmicos do acidente
estão presentes. Desse modo, o emprego do POP Transporte Imediato visa permitir a
obtenção do tratamento específico o mais breve possível.
____________________________________________________
ATENÇÃO
Efetuar a DESCONTAMINAÇÃO DA VÍTIMA, conforme procedimentos operacionais
padrão de atendimento a emergências com produtos perigosos, antes do embarque
na Unidade de Resgate e entrega no hospital.
B. A vítima sinaliza que pretende evadir-se e há risco para si mesmo ou para outros,
se o fizer;
J. Socorrista Voluntário: manter a prancha longa nas mãos, nas proximidades, mas
fora do campo de visão da vítima;
D. Socorrista 3: Fazer um de “nó boca de lobo com cote” com a bandagem triangular
em forma de gravata sobre a proteção do punho direito e ancorar as extremidades da
bandagem no vão da prancha longa próximo a mão da vítima;
F. Socorrista 3: Fazer um de “nó boca de lobo com cote” com a bandagem triangular
em forma de gravata sobre a proteção do punho esquerdo e ancorar as extremidades da
bandagem no vão da prancha longa próximo a mão da vítima;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Utilizar somente a força necessária para conter a vítima agressiva, sem excessos.
Precaver contra mordidas, agressões e secreções por parte da vítima.
Não fazer ofensas verbais à vítima e não tomar atitudes que possam causar
constrangimentos, tais como: chave de braço, segurar pelo pescoço (“gravata”), apoiar
joelhos sobre o tórax da vítima, utilização de algemas, cordas ou material similar.
Lembre-se que o Kit Contenção com faixas próprias para a contenção física é o
recurso ideal e apropriado para esses casos, na sua impossibilidade, prefira bandagem
triangular ou lençol, e ainda não sendo possível empregue a atadura aberta e acochoada
com zobec ou outro recurso.
Toda vez que a equipe realizar restrição física de pacientes, deve obrigatoriamente
inserir as informações e dados em SDO, explicando o motivo e necessidade da
250 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
contenção.
NUNCA amarrar as bandagens ou faixas de contenção nos vãos das macas, pois isto
terá que ser desfeito toda vez que tiver de movimentar a vítima entre macas.
1. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
D. A máscara do EPR está acoplada na face da vítima, mas não se houve ruídos
respiratórios por meio dela;
O. Se houver pulso central e parada respiratória aplicar o POP RES Parada Ventilatória
com Pulso;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Considere que pode levar mais de 15 minutos para resgatar um bombeiro inconsciente
da zona quente para a zona morna, desse modo, é possível que neste período tenha
se perdido tempo precioso para início das manobras de ressuscitação, portanto,
aplicar a técnica de “somente compressões” baseados nas evidências de parada
cardiorrespiratória do subitem 1.2, pois existem maiores benefícios para a vítima que
retardar ainda mais seu início para o desvencilhamento de seu EPI e EPR. Em situações
atípicas como esta, atrasar as compressões torácicas (por dúvida) é mais prejudicial do
que realizar a RCP, em alguém com pulso!
1. PROCEDIMENTOS
H. Prevenir hipotermia.
____________________________________________________
ATENÇÃO
A alteração do nível de consciência de causa clínica pode ser decorrente de vários
fatores, entre eles: falta de açúcar ou sais no sangue, temperaturas extremas, contato
com alguma toxina ou ainda alguma doença (diabetes, hipoglicemia, hipotensão e
hipertensão arterial, acidentes vasculares encefálicos, infarto agudo do miocárdio e
crises convulsivas).
F. Não segure ou puxe a vítima pelos membros, pois isto poderá causar lesões
musculares e até fraturas;
G. Não tente conter os espasmos musculares, pois os espasmos são incontroláveis sem
o auxílio de medicamentos;
H. Prevenir a hipotermia;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Se a crise durar mais que 5 minutos, transportar imediatamente mantendo os cuidados
anteriores.
Se a crise persistir durante o transporte e houver sinais de insuficiência respiratória
severa (agitação psicomotora, cianose intensa, bradipneia ou taquipneia, uso de
músculos acessórios da respiração, etc.) ou parada respiratória com pulso, iniciar
ventilação artificial com reanimador manual, conforme POP RES Oxigenoterapia e
Assistência Ventilatória.
Não realizar manobras intempestivas durante a crise como forçar a abertura da boca
ou tentar introduzir objetos na boca.
NÃO utilizar cânula orofaríngea em vítima com convulsões ou reflexo de vômitos.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 261
D. Cianose;
F. Sudorese;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Ficar atento para a piora do quadro como a parada cardiorrespiratória.
A. Dor no tórax, de intensidade variável, que pode irradiar para o ombro, braço
esquerdo, pescoço, mandíbula, região epigástrica (estômago) e dorso que não melhora
com o repouso;
C. Sudorese;
D. Palidez cutânea;
E. Náuseas e vômitos;
F. Ansiedade, agitação;
G. Pulso arrítmico;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Não esperar a presença de todos os sinais e sintomas para suspeitar de doença cardíaca.
1. AVALIAÇÃO DA PARTURIENTE
B. Após a avaliação, havendo a presença dos sinais acima descritos, o bombeiro deve
informar a parturiente ou familiar que se trata de parto iminente e solicitar autorização
para assistí-la no próprio local, adotando as seguintes medidas;
• Retirar as luvas, abrir o conjunto para parto de emergência, calçar novas luvas
estéreis;
• Estimule a gestante a encontrar a posição mais confortável para ela (as posições
verticais favorecem o estágio de expulsão);
A. Durante a expulsão do RN, apoie sua cabeça, colocando a mão logo abaixo da mesma
com os dedos bem separados. Apenas sustente o segmento cefálico, ajudando com a
outra mão. Não tente puxá-lo; com os dedos em forma de gancho apóie a nuca e a
mandíbula;
B. Se o parto for expulsivo (a cabeça sai com violência), ampare com uma das mãos
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 267
a cabeça do RN, e com os dedos da mão inferior apoie o períneo para evitar distensão
brusca desta região;
D.
Fonte:https://www.fetalmed.net
Fonte: https://www.fetalmed.net
F. Se o bebê nascer envolvido pelo saco amniótico, este pode ser rompido, fazendo-se
uma prega com o dedo indicador e polegar rasgando-o;
G. Em geral, a cabeça do RN apresenta-se com a face voltada para baixo e logo gira
para a direita ou à esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo, sem forçá-la,
facilitando assim a liberação do ombro superior, em seguida gire ligeiramente para cima,
facilitando a saída de todo o corpo;
H. Com os dedos indicador e médio, das duas mãos, em forma de “V”, pegar a cabeça
pela mandíbula e região da base do crânio, tomando o cuidado de não pressionar o
pescoço do RN;
268 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
I. Com uma das mãos, apóie a cabeça; A outra mão escorrega pelo dorso e segura as
pernas do RN, mantendo-o numa superfície, no mesmo nível da mãe;
L. Se houver necessidade aspirar as vias aéreas utilizando a Pêra iniciando pela boca e
depois as narinas.
3. AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
• Escala de APGAR
4. CUIDADOS PÓS-PARTO
5. PARTOS MÚLTIPLOS
Fonte: https://www.bing.com/
• Cobrir o cordão umbilical nos partos demorados com compressas de gaze estéreis
algodoadas secas para prevenir a hipotermia;
• Caso aguarde apoie do SAV oriente a vítima a ficar na posição genupeitoral (É uma
posição em que o paciente fica em decúbito ventral, com o tórax e coxas flexionadas
mantendo a elevação do glúteo com apoio nos joelhos e cotovelos);
Fonte: enfermagemonline.com
C. Prolapso de membros
D. Parto pélvico
• Posicione-os um a cada lado das narinas do bebê criando um espaço que permita
respirar livremente;
• Se não conseguir efetuar a manobra descrita, tente utilizar a ponta do dedo indicador
para manter aberta a boca do concepto;
E. Abortos
F. Natimortos
O Natimorto pode apresentar sinais que indicam que a morte ocorreu há horas ou
dias, tais como: maceração da pele, líquido amniótico de cor achocolatada, odor fétido;
A. NUNCA corte um cordão umbilical sem o uso do bisturi estéril do KIT de Parto;
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 275
B. Não havendo a possibilidade de fazer um torniquete com gaze estéril seca, mantenha
o bebê SEMPRE no mesmo nível da mãe enquanto se aguarda a dequitação da placenta.
Havendo a dequitação da placenta, envolva-a em material limpo (cobertor, lençol, entre
outros) e posicione-a a cerca de 30 cm acima do nível do bebê;
D. Preste os cuidados com o RN, com especial atenção para as vias aéreas e prevenção
de hipotermia;
E. “Assoe” o nariz do bebê para remover as secreções; limpe sua boca com um pano
limpo envolto em teus dedos;
____________________________________________________
ATENÇÃO
Sempre prefira iniciar o transporte imediato para um hospital se as condições do parto
não forem iminentes, pois o RN e a parturiente poderão apresentar complicações
durante o trabalho de parto que somente poderão ser solucionados por um especialista
(médico ou enfermeira obstétrica). Não permitir que a parturiente com sinais de parto
iminente vá ao banheiro.
Não retardar o transporte se a placenta não tiver saído. Na gestante multípara (vários
partos anteriores) o processo de expulsão pode ser mais rápido.
Tomar cuidado de fechar as janelas e portas, evitando que o ambiente esfrie. Use o ar
condicionado aquecido da viatura, se disponíve
ABREVIATURAS
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 279
Este glossário tem por objetivo esclarecer o significado de termos técnicos comumente
utilizados no serviço de resgate e emergências médicas, seja no local da ocorrência, nas
comunicações ou no momento da transferência da vítima para o hospital.
Agente hemostático: recurso químico projetado para ser colocado em um ferimento para
aumentar a coagulação de hemorragias potencialmente fatais. Atualmente são adicionados
à gazes. O objetivo dos agentes hemostáticos é acelerar o processo e reduzir o tempo da
coagulação, viabilizando tal ação entre 1 a 5 minutos.
Amputação: secção total, retirada de uma estrutura do corpo, como mão, dedo, pé e outros,
permanecendo no local uma deformidade que em alguns casos, pode ser compensada por
prótese.
Anafilática: reação aguda do organismo a uma substância estranha. Reação alérgica intensa
após a injeção, ingestão, inalação ou contato com uma substância.
Anamnese: histórico dos aspectos subjetivos da doença, desde os sintomas iniciais até o
momento do atendimento.
Aneurisma: dilatação das paredes de artéria ou veia, de forma variável e que contém sangue.
Auscultar: aplicar o ouvido a (tórax, membro, abdome) para conhecer os ruídos que se
produzem dentro do organismo.
Cânula: instrumento médico usado para abrir caminho ou manter aberta uma cavidade
corpórea.
Cânula orofaríngea: instrumento tubular que adentra a boca da vítima e mantêm as vias
284 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
Cateter: instrumento tubular médico que é introduzido no corpo com o objetivo de retirar
líquidos ou introduzir oxigênio, soros etc.
CAvPM: Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, executa operações
aéreas de Segurança Pública, de Suporte Avançado de Vida e de Defesa Civil.
Choque neurogênico: dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma lesão medular
geralmente provocada por traumatismo que afeta a coluna vertebral.
Choque séptico: condição na qual a pressão arterial cai a níveis potencialmente letais como
consequência de sepse causadas por peritonites pré-operatórias, pneumonias, pleuris,
infecções de partes moles etc.
Contusão: lesão produzida pela pressão ou pela batida de um corpo rombo (sem ponta) com
ou sem dilaceração da pele.
Distal: ponto em que uma estrutura ou um órgão fica afastado de seu centro ou de sua
origem. Ou afastado em relação à linha mediana que divide o corpo em metade direita e
metade esquerda.
Embolia: obstrução brusca de um vaso sanguíneo ou linfático por um corpo estranho trazido
pela circulação (coágulo, gordura, ar,...)
Fletido: dobrado.
Fibrilação ventricular: ritmo cardíaco caótico e desorganizado que provoca parada cardíaca.
Hematose: troca gasosa do sangue que ocorre na pequena circulação do coração com os
286 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
Hemolítica: ação de venenos destrutivos para o sangue, liberando hemoglobina. Ex: veneno
da serpente cascavel;
Palpação: forma de exame físico no doente, que consiste em aplicar os dedos de ambas as
mãos, com pressão leve em região do corpo para detectar alguma anormalidade.
Priapismo: ereção do pênis prolongada, geralmente dolorosa, nascida sem desejo sexual e
não levando a ejaculação alguma.
Proximal: que se localiza perto do centro do corpo representado por uma linha mediana que
divide o corpo em metade esquerda e metade direita.
Respiração agônica: (Gasping) esforços pulmonares reflexos e ineficazes que podem ocorrer
no momento de uma parada cardíaca.
Sinal: manifestação objetiva de uma doença. Pode ser percebido pelo socorrista pelos seus
sentidos. Sintoma: qualquer fenômeno ou mudança provocada no organismo que pode ser
descrito pela vítima. Sistólica: relativo a sístole, contração do coração e das artérias para
288 • POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO | CORPO DE BOMBEIROS
impulsionar o sangue.
Tipoia: lenço ou tira de pano que se prende ao pescoço para imobilizar e descansar o braço
ou mão doente.
Tórax instável: múltiplas fraturas de arcos costais promovendo uma respiração paradoxal,
ou seja, diminuição do volume torácico na inspiração.
Trismo: constrição dos maxilares produzida pela contratura dos músculos mastigadores.
Ocorre em lesões neurológicas e em doenças como o tétano.
Víscera: designação comum a qualquer órgão interno, incluído no crânio, tórax, abdome ou
pelve, especialmente os do abdome.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR • 291
EDNEI, F.S; MYRNA, M.L; MARCELO, D.S. Análise das técnicas de extração de vítimas na
restrição de movimentos da coluna. revista: Brasilian Journal of Health Review. v. 6, n. 2, p.
4498-4508, mar./apr.,2023.
EDNEI, F.S; THATIANA, C.S.G; MYRNA, M.L; MARCELO, D.S; MARK, D. Biomechanical
Comparisson Between in-line Extrication Techniques versus Kendrick Extrication Device
(KED) In Tra c Accidents. International Journal of Current Research, v.15, n. 04. p. 24310-
24315. 2023.
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION (NFPA). 1407: Standard For Training Fire Service
Rapid Intervention Crews. Estados Unidos: NFPA, 2020.