Pms p4 Relatório Técnico Consolidado Tomo I
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PREFEITO
EQUIPE TÉCNICA:
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Setembro de 2020
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE ANALÍTICO
1 APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................16
2 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................17
ii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
11 ZONEAMENTO ..........................................................................................................................................91
11.1 METODOLOGIA.................................................................................................................................91
11.2 ZONEAMENTO PROPOSTO PARA A DELIMITAÇÃO VIGENTE ...............................................................97
11.3 ZONEAMENTO PROPOSTO PARA A NOVA DELIMITAÇÃO ...................................................................99
11.4 ZONAS ............................................................................................................................................102
11.4.1 ZONA DE ESPECIAL INTERESSE ECOLÓGICO - ZEIE ................................................................... 102
11.4.1.1 Definição .................................................................................................................................................... 102
11.4.1.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 102
11.4.1.3 Critérios ...................................................................................................................................................... 102
11.4.1.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 102
11.4.1.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 102
11.4.2 ZONA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – ZRAD .....................................................103
11.4.2.1 Definição .................................................................................................................................................... 103
11.4.2.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 103
11.4.2.3 Crtérios ....................................................................................................................................................... 103
11.4.2.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 103
11.4.2.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 103
11.4.3 ZONA DE USO RESTRITO - ZUR................................................................................................104
11.4.3.1 Definição .................................................................................................................................................... 104
11.4.3.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 104
11.4.3.3 Critérios ...................................................................................................................................................... 104
11.4.3.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 104
11.4.3.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 104
11.4.4 ZONA DE PRODUÇÃO RURAL - ZPR .........................................................................................105
11.4.4.1 Definição .................................................................................................................................................... 105
11.4.4.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 105
11.4.4.3 Critérios ...................................................................................................................................................... 105
11.4.4.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 105
11.4.4.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 105
11.4.5 ZONA DE USO MÚLTIPLO SUSTENTÁVEL - ZUMS .................................................................... 105
11.4.5.1 Definição .................................................................................................................................................... 105
11.4.5.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 106
11.4.5.3 Critérios ...................................................................................................................................................... 106
11.4.5.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 106
11.4.5.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 106
11.4.6 ZONA DE OCUPAÇÃO NÃO REGULAR – ZONR .........................................................................107
11.4.6.1 Definição .................................................................................................................................................... 107
11.4.6.2 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 107
11.4.6.3 Critérios ...................................................................................................................................................... 107
11.4.6.4 Objetivos Específicos ................................................................................................................................. 107
11.4.6.5 Normas Específicas .................................................................................................................................... 107
iii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................134
16 ANEXOS ..................................................................................................................................................139
iv
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
v
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 4 - RELEVO MONTANHOSO RECOBERTO POR VEGETAÇÃO PRESERVADA. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS:
362611.37 M E, 7775769.83 M S. ................................................................................................................37
FIGURA 5 - ÁREA COBERTA POR VEGETAÇÃO PRESERVADA. REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS: 361520.78 M E,
7777952.57 M S. ........................................................................................................................................37
FIGURA 6 - PASTAGEM EM ÁREAS DE RELEVO PLANO E FORTE ONDULADO. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS:
362611.37 M E, 7775769.83 M S. ................................................................................................................38
FIGURA 7 - PECUÁRIA DESENVOLVIDA EM PASTAGEM. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 362856.52 M E,
7776324.86 M S. ........................................................................................................................................38
FIGURA 8 - VEGETAÇÃO DEGRADADA EM LIMITE COM PASTAGEM, EVIDENCIANDO O EFEITO DE BORDA QUE SOFRE O REMANESCENTE
FLORESTAL. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 362611.37 M E, 7775769.83 M S.................................38
FIGURA 9 - VEGETAÇÃO EM REGENERAÇÃO, EM LOCAL ANTERIORMENTE DESMATADO. REGISTRADA EM: 28/01/2020.
COORDENADAS: 360866.69 M E, 7777319.83 M S. ..........................................................................................38
FIGURA 10 – AFLORAMENTOS ROCHOSOS DE FORMAS TÍPICAS NA REGIÃO. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS:
361594.00 M E, 7777990.00 M S. ................................................................................................................39
FIGURA 11 - VEGETAÇÃO RUPESTRE ASSOCIADA AOS AFLORAMENTOS ROCHOSOS. REGISTRADA EM: 23/01/2020. COORDENADAS:
360328.38 M E, 7777203.39 M S. ................................................................................................................39
FIGURA 12 - ÁREA ALAGADA, DESCRITA PELA COLORAÇÃO MAIS ESCURA E TEXTURA MAIS DENSA DA PASTAGEM. REGISTRADA EM:
28/01/2020. COORDENADAS: 362856.52 M E, 7776324.86 M S. ......................................................................39
FIGURA 13 - MASSA D'ÁGUA ARTIFICIAL. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361045.81 M E, 7778133.52 M S. ..39
FIGURA 14 - OCUPAÇÃO RURAL LOCAL. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 361588.87 M E, 7777683.49 M S. ....40
FIGURA 15 - ÁREA RECOBERTA POR MACEGA. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 362651.92 M E, 7775638.87 M S.
.................................................................................................................................................................40
FIGURA 16 – ÁREA ANTROPIZADA POR ATIVIDADE COMERCIAL, ÀS MARGENS DA BR-101. REGISTRADA EM: 31/01/2020.
COORDENADAS: 361181.20 M E, 7775944.68 M S. ..........................................................................................40
FIGURA 17 - ZONA URBANA NA PORÇÃO SUL DO MORRO DO VILANTE. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 361568.26
M E, 7775515.14 M S. .................................................................................................................................40
FIGURA 18 – CULTIVO DE BANANAS EM ÁREA DE SOLO ENCHARCADO. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361223.80
M E, 7776296.31 M S. .................................................................................................................................41
FIGURA 19 – EXPLORAÇÃO DE TERRA PARA RECONSTITUIÇÃO DAS ESTRADAS LOCAIS, FEITO PELA PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA.
REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS: 363367.41 M E, 7776815.71 M S. ...............................................41
FIGURA 20 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS LEVANTADOS EM CAMPO. .....................................................43
FIGURA 21 - VEGETAÇÃO DEGRADADA EM LIMITE COM ÁREA DE PASTAGEM. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS:
362611.37 M E, 7775769.83 M S. ................................................................................................................44
FIGURA 22 - TERRENO COM EVIDÊNCIA DE ROÇAGEM. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 360441.84 M E,
7776707.77 M S. ........................................................................................................................................44
vi
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
FIGURA 23 - PLANTAÇÃO DE MANDIOCA EM MEIO À FLORESTA. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361223.80 M E,
7776296.31 M S. ........................................................................................................................................45
FIGURA 24 – PALMITO AMARGO OU GUARIROBA. PALMEIRAS QUE CRESCEM ASSOCIADAS AOS AFLORAMENTOS ROCHOSOS.
REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 362156.68 M E, 7777185.40 M S. ..............................................45
FIGURA 25 – CICATRIZ DE ESCORREGAMENTO DE EXTENSÃO DECAMÉTRICA ORIGINADA EM ENCOSTA ÍNGREME DESMATADA.
REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361589.37 M E, 7777232.86 M S. ..............................................46
FIGURA 26 – DEGRAUS DE ABATIMENTO FORMANDO UMA "ESCADA" EM ÁREA DE PASTAGEM E RELEVO FORTE ONDULADO.
REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS: 361274.94 M E, 7778271.55 M S. ..............................................46
FIGURA 27 - BLOCO ESFÉRICO DE ROCHA ALTERADA EM PERFIL DE SOLO, ATESTANDO A POUCA PROFUNDIDADE DO SOLO. REGISTRADA
EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 361245.42 M E, 7776039.10 M S. ...............................................................46
FIGURA 28 – BLOCOS ROLADOS EM REGIÃO DE VALE, COM TRINCAS NO SOLO EM ENCOSTA AO FUNDO (INDICADAS PELA SETA
VERMELHA). REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 362364.96 M E, 7777517.07 M S...............................46
FIGURA 29 - PERFIL DE SOLO COM EVIDÊNCIA DE DESMORONAMENTO, DEMOSTRANDO A FRIABLILIDADE DO SOLO. REGISTRADA EM:
30/01/2020. COORDENADAS: 361956.13 M E, 7779325.98 M S. ......................................................................46
FIGURA 30 - DETALHE DA TEXTURA ARENOSA E FRIÁVEL DO SOLO DA REGIÃO. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS:
360879.86 M E, 7776202.74 M S. ................................................................................................................46
FIGURA 31 - NASCENTE EM ÁREA DE REGENERAÇÃO. A QUALIDADE DA ÁGUA É, ENTÃO, PRESERVADA. REGISTRADA EM: 28/01/2020.
COORDENADAS: 362807.52 M E, 7776722.25 M S. ..........................................................................................47
FIGURA 32 - ÁREA DE RECUPERAÇÃO DE APP EM TORNO DE NASCENTE. NOTA-SE A PRESENÇA ABUNDANTE DE BANANEIRAS, PRÁTICA
INADEQUADA PARA ESTA FINALIDADE. REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS: 362722.23 M E, 7777853.45 M S.
.................................................................................................................................................................47
FIGURA 33 - NASCENTE COM CAPTAÇÃO DE ÁGUA. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361220.00 M E, 7776276.00
M S. ...........................................................................................................................................................47
FIGURA 34 - VISTA PARCIAL DE OLHO D'ÁGUA. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361133.00 M E, 7776226.00 M
S................................................................................................................................................................47
FIGURA 35 – MAPA DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NÃO PRESERVADAS. ..............................................................51
FIGURA 36 - ENCANAMENTO PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUA. REGISTRADA EM: 29/01/2020. COORDENADAS: 361220.00 M E,
7776276.00 M S. ........................................................................................................................................52
FIGURA 37 - REPRESA PARA DESSEDENTAÇÃO ANIMAL. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 363108.63 M E,
7777711.76 M S. ........................................................................................................................................52
FIGURA 38 – PISOTEIO DO CANAL PELO GADO E CONSEQUENTE ASSOREAMENTO. REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS:
362722.23 M E, 7777853.45 M S. ................................................................................................................52
FIGURA 39 - MANANCIAL CONTAMINADO POR ESGOTO URBANO NA ÁREA DE PLANÍCIE DA PORÇÃO LESTE. REGISTRADA EM:
28/01/2020. COORDENADAS: 362724.76 M E, 7775947.30 M S. ......................................................................52
FIGURA 40 - DESCARTE INADEQUADO DE LIXO NOS QUINTAIS. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS: 362382.35 M E,
7777432.70 M S. ........................................................................................................................................54
FIGURA 41 – DESCARTE INADEQUADO E EVIDÊNCIA DE QUEIMA DE RESÍDUO SÓLIDO. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS:
361191.35 M E, 7775990.26 M S. ................................................................................................................54
FIGURA 42 - POLUIÇÃO VISUAL DE EMPREENDIMENTO SITUADO ÀS MARGENS DA BR-101, IMPACTANDO A VISTA DO MORRO DO
VILANTE. REGISTRADA EM: 30/01/2020. COORDENADAS: 360827.11 M E, 7776293.07 M S. ..................................55
FIGURA 43 - ARMAZENAMENTO INADEQUADO DE RESÍDUOS DE ALTO POTENCIAL POLUIDOR. REGISTRADA EM: 30/01/2020.
COORDENADAS: 360827.11 M E, 7776293.07 M S. ..........................................................................................55
vii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
FIGURA 44 - EXTRAÇÃO IRREGULAR DE GRANITO. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 360440.10 M E 360440.10 M
E, 7776711.25 M S......................................................................................................................................56
FIGURA 45 - COMERCIALIZAÇÃO DE PARALELEPÍPEDOS DE GRANITO ÀS MARGENS DA BR-101 REGISTRADA EM: 28/01/2020.
COORDENADAS: 360596.55 M E, 7776520.55 M S. ..........................................................................................56
FIGURA 46 - ZONA URBANA CRESCENDO EM DIREÇÃO À APA. BAIRRO DIVINÓPOLIS. REGISTRADA EM: 31/01/2020. COORDENADAS:
361568.26 M E, 7775515.14 M S. ................................................................................................................56
FIGURA 47 - BAIRRO JARDIM BELA VISTA QUE FAZ LIMITE COM A APA. REGISTRADA EM: 28/01/2020. COORDENADAS: 362699.45
M E, 7775409.63 M S. .................................................................................................................................56
viii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE DE GRÁFICOS
ix
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE DE MAPAS
MAPA 1 - USO E COBERTURA DO SOLO ELABORADO COM BASE EM IMAGENS DE SATÉLITE E RETIFICADO ATRAVÉS DE TRABALHO DE
CAMPO. .......................................................................................................................................................34
MAPA 2 - MAPA DE HIDROGRAFIA LOCAL, MOSTRANDO A LOCALIZAÇÃO DAS NASCENTES LEVANTADAS. .....................................48
MAPA 3 - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO E COBERTURA VEGETAL ..............................................................................................53
MAPA 4 - MACROZONAS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA SERRA. ................................................................................68
MAPA 5 - ZONEAMENTO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA SERRA..................................................................................69
MAPA 6 - LIMITES GEORREFENCIADOS DAS PROPRIEDADES ABRANGIDAS PELA APA DO MORRO DO VILANTE ...............................78
MAPA 7 - NOVA DELIMITAÇÃO PROPOSTA PARA A APA DO MORRO DO VILANTE. .................................................................88
MAPA 8 - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO NA NOVA DELIMITAÇÃO E VIGENTE DA APA. ...................................................................93
MAPA 9 - FRAGILIDADE AMBIENTAL NA APA. ..............................................................................................................94
MAPA 10 - USO E COBERTURA DO SOLO NA APA, PARA NOVA DELIMITAÇÃO E DELIMITAÇÃO VIGENTE. ......................................95
MAPA 11 - HIDROGRAFIA LOCAL PARA A NOVA DELIMITAÇÃO E VIGENTE. ............................................................................96
MAPA 12 - ZONEAMENTO PROPOSTO PARA A DELIMITAÇÃO VIGENTE. ................................................................................98
MAPA 13 - ZONEAMENTO PROPOSTO PARA A NOVA DELIMITAÇÃO. .................................................................................101
MAPA 14 - FAIXA DE RESTRIÇÃO DE USO DA APA DO MORRO DO VILANTE. .......................................................................110
MAPA 15 - CORREDOR ECOLÓGICO PRIORITÁRIO DUAS BOCAS - MESTRE ÁLVARO..............................................................113
MAPA 16 - ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA ESTABELECIMENTO DE MINI-CORREDORES ECOLÓGICOS. ..............................................114
x
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1 – LISTA DA LOCALIZAÇÃO DOS LEVS NOS BAIRROS DO ENTORNO DA APA. ............................................................27
QUADRO 2 – LISTA DE PROPRIETÁRIOS E PROPRIEDADES NA APA MORRO DO VILANTE. .........................................................28
QUADRO 3 - SÍNTESE DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS NA APA MORRO DO VILANTE. ...........................................41
QUADRO 4 - PROBLEMAS AMBIENTAIS E RESPECTIVAS RECOMENDAÇÕES PARA MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS. .................................57
QUADRO 5 - SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONFLITOS COM OS USOS DO SOLO PREVISTOS NO .........................................................66
QUADRO 6 - DADOS CEDIDOS PELOS PROPRIETÁRIOS. .....................................................................................................71
QUADRO 7 - FORMA DE OBTENÇÃO DOS LIMITES DAS PROPRIEDADES ABRANGIDAS PELA APA. .................................................74
xi
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 4 - COMPARATIVO DA PROPORÇÃO DE JOVENS COM ENSINO MÉDIO COMPLETO ENTE O ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E O
MUNICÍPIO DA SERRA. .....................................................................................................................................22
xii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
SIGLAS E SÍMBOLOS
SIGLAS
xiii
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
UC Unidades de Conservação
TR Termo de Referência
xiv
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
SÍMBOLOS
% Porcentagem
ha Hectares
Km Quilômetros
mm Milímetros
Nº Número
R$ Reais
xv
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
1 APRESENTAÇÃO
16
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
2 INTRODUÇÃO
Conforme dados de sua história, a primeira expedição a explorar esse Estado saiu de
Portugal em 1501 e em 1502 partia outra expedição, entretanto, não houve qualquer
iniciativa de colonização da região durante as três primeiras décadas do século XVI, sendo o
Estado do Espírito Santo colonizado somente em 23 de Maio de 1535 pelo português Vasco
Fernandes Coutinho. Por ser um domingo, em que a Igreja Católica Apostólica Romana
comemorava a festa de Pentecostes, recebeu o nome de vila do Espírito Santo, a qual é
hoje a cidade de Vila Velha Entretanto, devido aos constantes ataques dos índios que
habitavam essa região, os portugueses abandonaram essa vila e em 13 de Junho do
mesmo ano fundaram a Ilha de Santo Antônio, atual Vitória. (Borges, 2009).
Não demorou muito para que o atual munícipio da Serra também começasse a ser
explorado pelos portugueses. Antes de sua colonização, o território da Serra era habitado
pelos índios pertencentes à tribo Tupiniquins que habitavam o litoral. No ano de 1556,
vieram do Rio de Janeiro os índios Teminós, que junto com o padre jesuíta Braz Lourenço
fundou, em 08 de Dezembro, nas proximidades do Mestre Álvaro, a Aldeia de Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, a qual, posteriormente, deu origem a cidade da Serra.
(Borges, 2009).
Oito anos após a sua fundação, nas proximidades do rio Santa Maria da Vitória, devido a um
surto de varíola, a Aldeia foi transferida para o sopé do Morro Mestre Álvaro, o mesmo local
onde atualmente está situada a sede do Município da Serra. Com o tempo, os colonizadores
portugueses foram se estabelecendo nas proximidades da Aldeia indígena, construindo
suas residências e seus engenhos. Anos depois, chegaram os negros para o trabalho braçal
e da miscigenação entre esses povos (portugueses, índios e negros) surge o povo serrano.
(Borges, 2009).
17
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Em sua história econômica, pode-se dizer que a Serra apresentou duas fases distintas: a
fase rural e a fase industrial. Durante a fase rural, o município apresentou um grande
desenvolvimento, devido, principalmente, pela sua produção de açúcar e café. Entretanto, a
Crise Econômica Mundial de 1929 afetou a sua economia e a Serra só voltou a crescer no
ano de 1960 quando foi dado início à fase industrial. Nessa fase, a população da Serra
subiu de 9.192 habitantes para 17.286 habitantes devido à construção do Porto de Tubarão
e do Centro Industrial de Vitória (CIVIT). Outro investimento que incentivou o crescimento
populacional da Serra e, consequentemente o crescimento econômico foi a construção da
Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), elevando o número de habitantes para 82.450 no
ano de 1980. (Borges, 2009).
Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado no ano
de 2000, o município da Serra passou a ter 322.518 habitantes, aumentando para 409.267
habitantes no censo realizado em 2010. Nos dados divulgados em 2018, pelo mesmo órgão,
a Serra apresentava 507.510 moradores e atualmente, segundo dados levantados em Julho
de 2019, ganhou 10 mil novos moradores apresentando, atualmente 517.510 habitantes,
sendo o munícipio mais populoso do Estado do Espírito Santo. (IBGE, 2019).
A palavra “Villante” tem origem portuguesa. A referência mais antiga, encontrada aqui no
Brasil, dessa palavra, data do ano de 1920, a qual corresponde ao nome de uma
propriedade rural localizada no município da Serra, sendo à época de propriedade de Plínio
Pimentel e Claudinha Pimentel.
A família Pimentel apresenta parentesco com a família Miranda. João Ignácio Rodrigues de
Miranda é citado como único proprietário da fazenda Betes. Seus herdeiros ainda detêm
terras na região que provavelmente é remanescente da propriedade originária citada em
1920 como Fazenda do “Villante”.
18
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Serra é o município mais populoso do seu Estado com 517.510 habitantes em uma área de
547.631 km2. Localiza-se na região Sudeste do Brasil, no Estado do Espírito Santo, ficando
a 27 km da capital capixaba Vitória, se contar do marco zero da capital até a sede do
município da Serra. Destaca como um importante município turístico da região devido suas
características rurais, posição geográfica privilegiada, extenso litoral e grandes áreas de
preservação ambiental. (IBGE, 2019).
Atualmente, segundo dados estimados pelo mesmo instituto, no ano de 2019, a Serra
passou a ter 517.510 habitantes, aumentando sua densidade demográfica para 945.00
habitantes por quilômetros quadrados, ganhando o título de cidade mais populosa do
Espírito Santo, representando 11,6% da população do Estado. (IBGE, 2019).
19
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Quanto a sua etnia, a população Serrana é composta por 53,00% de pardos, 36,0% de
brancos, 9,50% de negros, 1,0% de amarelos e 0,50% de indígenas e é ilustrada no Gráfico
2. (IBGE, 2010).
20
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
3.2 EDUCAÇÃO
Como sabido o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado para medir
a qualidade das escolas e das redes de ensino. Assim, para que o IDEB de uma escola
cresça é necessário que o aluno frequente a sala de aula, aprenda e não repita o ano. Esse
índice varia em uma escala de 0 (zero) a 10 (dez) e é medido a cada dois anos. O objetivo é
que o Brasil atinja, até o ano de 2022, a nota 6 desse índice. O município da Serra atingiu
na rede pública de ensino a nota de 5,6 para os anos iniciais do ensino fundamental e 4,1
para os anos finais, segundo IBGE (2010).
Esses dados também mostraram a frequência escolar no Estado que é de 99,6% entre as
crianças de 6 a 10 anos de idade e de 98,4% entre as de 11 a 14 anos, comportamento bem
semelhante à média brasileira. A proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo é de 61,27%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino
médio completo é de 44,93%. (IBGE, 2010).
Serra apresenta 89,04% de crianças entre 5 e 6 anos na escola. Essa taxa cai para 87.29%
para crianças entre 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental. A
proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,97%; e a
proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 42,80%. (IBGE,
2010).
21
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Tabela 2 – Comparativo da frequência escolar ente o Estado do Espírito Santo e o município da Serra.
Faixa etária / Localidade Espírito Santo Serra
6 a 10 anos 99,6% 89,04%
11 a 14 anos 98,4% 87,29%
Fonte: IBGE, 2010.
Tabela 3 - Comparativo da proporção de jovens com ensino fundamental completo ente o Estado do
Espírito Santo e o município da Serra.
Ensino Fundamental Completo Espírito Santo Serra
15 a 17 anos 61,27% 56,97%
Fonte: IBGE, 2010.
Tabela 4 - Comparativo da proporção de jovens com ensino médio completo ente o Estado do Espírito
Santo e o município da Serra.
Ensino Médio Completo Espírito Santo Serra
18 a 20 anos 44,93% 42,80%
Fonte: IBGE, 2010.
Em sua história econômica, pode-se dizer que a Serra apresentou duas fases distintas: a
fase rural e a fase industrial. A década de 70 foi decisiva na transição da economia agrária
para a economia industrial. A consolidação do parque industrial do município com a
implementação dos polos industriais juntamente com a modernização dos setores
econômicos, como por exemplo, crescimento das atividades petrolíferas, atuação da
construção civil e do setor de serviços fizeram com que o município da Serra estivesse entre
os mais ricos do país. (Borges, 2009).
O Produto Interno Bruto (PIB) é o indicador mais usado na economia de um país, estado ou
município para quantificar suas atividades econômicas. Ele representa a soma de todos os
bens e serviços finais produzidos em uma determinada região durante um período
determinado de tempo. (IBGE, 2020).
Vitória, Serra e Vila Velha são os três municípios capixabas que estão entre os 100
municípios mais ricos do Brasil, ocupando a posição de 42°, 48° e 90°, respectivamente.
Sendo Serra o segundo município mais rico do Estado do Espírito Santo apresentando um
PIB per capta de R$ 36.884,26. (IBGE, 2017).
22
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
23
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Segundo a Lei Municipal n.º 4.514, de 06 de maio de 2016, que regulamenta a organização
do Município da Serra em bairros, esse município é composto por 129 bairros. Desses,
destacamos cinco, os quais se localizam no entorno da APA Morro do Vilante e fazem parte
da Região Administrativa de Serra Sede: Belvedere, Divinópolis, Jardim Bela Vista e Jardim
da Serra. (Figura 1).
Esses bairros são caracterizados por apresentar uma população pobre e, por isso, em 2012
foram incluídos no Programa Incluir – Programa de Redução da Extrema Pobreza, criado
pelo Governo do Estado em 2011. A fim de alcançar as áreas mais distantes e de difícil
acesso, a Secretaria Municipal adotou a estratégia de território estendido de Centro de
Referência de Assistência Social (CRAS), ampliando as equipes e agregando novos bairros
a serem cobertos pelos CRAS implantados na cidade. Inicialmente, dos bairros que fazem
parte da Região Administrativa da Serra Sede, tinha apenas o bairro Jardim da Serra incluso
no CRAS e posteriormente incluiu-se os outros três bairros: Belvedere, Divinópolis e Jardim
Bela Vista. (Prefeitura Municipal da Serra, 2014).
O Censo do IBGE de 2010 revelou que a cidade da Serra possui 124.991 domicílios
ocupados permanentemente. Destes, 8,3% encontram-se no território estendido do CRAS
da Serra Sede. O território da Serra Sede é o segundo maior territ rio do unicípio,
considerando o n mero total de airros, depois de acaraípe. Dos bairros próximos a APA, o
bairro Jardim Bela Vista possui o maior número de domicílios (1.190), seguido por
Divinópolis com 643 domicílios, Belvedere com 256 domicílios e Jardim da Serra com 230
domicílios, como mostra a tabela abaixo:
24
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Em relação à educação, existe uma única escola nesse bairro, a Escola Municipal de Ensino
Fundamental Belvedere, a qual atingiu a meta do IDEB no ano de 2007 para o 5° ano com
nota de 4.7. (INEP, 2018).
O Bairro Divinópolis se localiza no pé do Morro do Vilante (Figura 1). Esse bairro possui
2.307 habitantes, sendo o segundo bairro mais populoso do entorno da APA. A população
feminina é representada por 1.148 habitantes e a masculina por 1.159 habitantes. Diferente
25
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
do que se observou nos dois bairros descritos acima (Belvedere e Colina da Serra), em
Divinópolis existem mais homens do que mulheres, sendo a população desse bairro
composta por 50,24% de homens e 49,76% de mulheres. Quanto à faixa etária, 64.2% da
população são adultos e 3.9% são idosos. (IBGE, 2010).
Esse bairro, assim como o Belvedere, possui apenas uma escola, a Escola Municipal de
Ensino Fundamental Divinópolis, a qual atingiu a média do IDEB nos anos de 2007, 2009 e
2013 para o 5° ano com as notas 3.7. 3.9 e 4.7 para cada ano, respectivamente. (INEP,
2018).
O Bairro Jardim Bela Vista é o bairro da região do entorno da APA que se localiza mais
distante do Morro do Vilante, também às margens da BR-101. (Figura 1). É dos cinco
bairros, o mais populoso com 4.013 habitantes, sendo a população feminina representada
por 2.022 habitantes e a masculina por 1.991 habitantes. Logo, conclui-se que a população
desse bairro é composta por 50,39% de mulheres e 49,61% de homens. Quanto à faixa
etária, 68% da população são adultos e 3% são idosos. (IBGE, 2010).
Esse bairro possui a Escola Municipal de Ensino Fundamental Jardim Bela Vista, a qual
atingiu a média do IDEB nos anos de 2007, 2009 e 2011 para o 5° ano com as notas 4.2,
4.7 e 5.0 para cada ano, respectivamente. E também para o 9°ano, nos anos de 2007 e
2009 com as notas 4.3 e 4.2, respectivamente. (INEP, 2018). Também possui o Centro
Municipal de Educação Infantil Pimpolho.
Na Tabela 9, observa-se mais alguns dados sobre a população do Jardim Bela Vista:
Tabela 9 – Dados tabulados do bairro Jardim Bela Vista do município da Serra.
Dados Porcentagem População (%)
Razão de dependência Jovens 42%
Razão de dependência Idosos 5%
Índice de Envelhecimento 11%
Domicílios ocupados 95%
Domicílios não ocupados 5%
Fonte: IBGE, 2010.
O Bairro Jardim da Serra se localiza as margens da BR-101 e é dos quatro bairros da região
do entorno da APA, o menos populoso com apenas 727 habitantes. (IBGE, 2010).
Todos esses bairros da região do entorno da APA Morro do Vilante (Belvedere, Divinópolis e
Jardim Bela Vista e Jardim da Serra), apresentam coleta seletiva de lixo, a qual foi
implantada em março de 2007 com o projeto conhecido como RECICLASERRA. Este
26
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
programa foi concebido utilizando o modelo de Entrega Voluntária, em que o próprio gerador
se desloca até um Local de Entrega Voluntária (LEV) e deposita seu lixo seco. Os LEV
estão localizados em locais públicos e nas unidades de ensino municipais. Como mostra o
quadro abaixo:
Quadro 1 – Lista da localização dos LEVs nos bairros do entorno da APA.
Identificação dos LEV Localização dos LEV
LEV 41 EMEF Jardim Bela Vista – Jardim Bela Vista
LEV 42 EMEF Divinópolis - Divinópolis
LEV 74 EMEF Belvedere – Belvedere
LEV 85 EMEF Herbert de Souza – Jardim da Serra
Fonte: PMS, 2018.
27
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Com base nos dados coletados durante as visitas às propriedades e nas respostas das
entrevistas realizadas por ligações telefônicas, com aplicação de questionários
socioeconômicos (disponíveis no volume de anexos), foi caracterizada a população
residente na APA Morro do Vilante.
28
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Identificação
Pessoa Física Residente na
Proprietário da
ou Jurídica Propriedade
Propriedade
José Pagotto Lopes 24 Pessoa Física Não
José Pagotto Lopes 25 Pessoa Física Não
José Pagotto Lopes 26 Pessoa Física Não
Edieser Fraga Reis 27 Sem informação Não
José Pagotto Lopes 28 Pessoa Física Não
Levi Rosa 29 Sem informação Sem informação
José Douro 30 Pessoa Jurídica Não se Aplica
Vanuza Ludgéria Pereira Fim 31 Pessoa Física Não
Maruza Evarista Pereira De Moraes 32 Pessoa Física Não
Ana Josefina De Paula Pereira Felix 33 Pessoa Física Não
Charles Daniel Pissinate 34 Sem informação Não se Aplica
Álvaro Pereira 35 Pessoa Física Não
Zoé Luiz Da Paixão Pereira 36 Pessoa Física Não
Osvaldino Pereira 37 Pessoa Física Sim
Alexsandro Neves Pereira 38 Pessoa Física Não
José Pagotto Lopes 39 Pessoa Física Não
Luciana Meireles Correia 40 Pessoa Física Não
Terezinha Maria Leite Correia 41 Pessoa Física Sim
Ricardo Meireles Correia 42 Pessoa Física SIm
Sebastião Feu Correia 43 Pessoa Física Não
Ângelo Mai Peruchi 44A Pessoa Jurídica Não se Aplica
Herdeiros De Ipólito Feu Correia 44B Sem informação Não se Aplica
Dos nove proprietários residentes em suas propriedades, temos apenas uma mulher,
podendo-se dizer que a população residente na APA é predominantemente masculina.
Assim como a faixa etária idosa (mais de 60 anos) com a exceção de apenas um
proprietário que tem 39 anos e se encontra na faixa etária adulta (18 anos até 60 anos).
29
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
A renda média domiciliar per capita medida pelo IBGE no Censo de 2010 para o município
da Serra, apresentou valores inferiores às médias de Vitória e de Vila Velha sendo superior
apenas à média de Cariacica. Considerando que o salário mínimo era, em 2010, de R$
510,00, a renda média da Serra era 54,51% superior ao salário mínimo vigente naquele ano.
30
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
83% de sua população possuem acesso à rede de esgoto e 65% estão conectados a
ela. (Ambiental Serra, 2018). O serviço de abastecimento de água é realizado na
cidade pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN) através da
captação de água bruta no rio Santa Maria, na região de São José do Queimado, no
rio Reis Magos e de poços artesianos no bairro Belvedere. (Ambiental Serra, 2018).
Por meio da Lei Municipal n.º 4.010/2013 Serra instituiu o Plano Municipal de
Saneamento Básico, o qual permitiu a contratação de um consórcio, na modalidade
de Parceria Público-Privada (PPP). Com o objetivo de ampliação e modernização do
sistema da rede coletora e de tratamento de esgoto, no ano de 2015 teve início a
PPP entre a CESAN e o consórcio Ambiental Serra. Atualmente, o município conta
com 1.037,5 km de rede de esgoto construídas, 21 estações de tratamento de
esgoto, 151 elevatórias de esgoto e 15.534.634,44 m3 de esgoto coletado e tratado
por mês, contemplando vários bairros: Barro Branco, Belvedere, Campinho da Serra
I, Campinho da Serra II, Colina de Laranjeiras, Divinópolis, Jardim Bela Vista, Jardim
da Serra, José de Anchieta, Mestre Álvaro, Novo Porto Canoa, Planalto serrano,
Parque das Gaivotas, Parque Residencial Laranjeiras, Serramar, Taquara I, Taquara
II e Vista da Serra II. (SESE, 2020).
Contudo, na zona rural, embora muito próxima ao perímetro urbano da Serra, não há um
sistema de coleta eficiente, como tão pouco um programa de educação ambiental para a
comunidade que ensine maneiras sustentáveis de gestão do próprio lixo.
Essa questão é apresentada de maneira mais detalhada no item 7.2.4 do presente relatório.
31
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
32
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Gráfico 3 - Gráfico comparativo entre as proporções das classes de uso e cobertura do solo.
33
360000 361000 362000 363000 364000 TO SE
Mapa de Localização Mapa de Situação
BA
cia MT BA
ên
ebe
d
g o Indep e n
rre
O ATLÂNTICO
Quib
Có
A N O ATLÂNTIC
GO
MG
re g o
ES
Cór
MG
ES
7779000
7779000
E AN
MS
CE
OC
O
SP RJ
Legenda
Drenagens
Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha
Delimitação APA Proposta Anterior (2012) - 691,4 ha
Uso e Cobertura do Solo
Classe - Área (ha)
Vegetação Nativa - 271,21
Pastagem - 248,49
7778000
7778000
Vegetação Degradada/Regeneração - 49,69
Afloramento Rochoso - 46,52
Área Alagada - 22,10
Ocupação Rural - 21,03
Macega - 13,02
Massa d'Água - 6,51
Área Antropizada - 4,41
Cultivo - 3,46
Zona Urbana - 2,91
Silvicultura - 1,06
Solo Exposto - 1,00
7777000
7777000
FONTE: Limite Anteriormente Proposto: Plano de Manejo da APA Morro do
Vilante, Aquatools, 2012;
Limite APA Morro do Vilante: ICMBio, 2019;
Uso e Cobertura do Solo: Ambiental do Brasil, 2020;
Drenagens: CIVITAS, Serra, Obtido em 2019.
5
m
1:15.000
Có
rre Projeção Universal Transversa de Mercator
go Datum Horizontal SIRGAS 2000
7776000
7776000
Ca
va Zona 24 S
d a
PLANO DE MANEJO
APA MORRO DO VILANTE
TEMA:
USO E COBERTURA DO SOLO
ELABORAÇÃO:
Heloisa Carolina de M. da Silva - Analista Ambiental
35
A T U A LIZ A Ç Ã O D O PL A N O D E M A N E J O D A A P A D O M O R R O D O VIL A N T E
TOMO I
F i g u r a 2 - M a p a d e C l a s s i fi c a ç ã o d o R e l e v o s e g u n d o E M B R A P A ( 1 9 9 9 ), el a b o r a d o a p a r ti r d e d a d o s al ti m é t r i c o s d i s p o n i b ili z a d o s
p el o Si st e m a I nt e gr a d o d e B a s e s G e o e s p a ci ai s d o E s t a d o d e E s pí rit o S a nt o ( G E O B A S E S ). I m a g e a m e nt o r e ali z a d o e m 2 0 1 2 .
36
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Figura 3 - Vista geral da porção norte do Morro do Vilante. Nota-se o padrão de ocupação da área,
obedecendo a morfologia do relevo. Registrada em: 30/01/2020. Coordenadas: 361350.91 m E,
7778284.64 m S.
Figura 4 - Relevo montanhoso recoberto por Figura 5 - Área coberta por vegetação preservada.
vegetação preservada. Registrada em: 28/01/2020. Registrada em: 30/01/2020. Coordenadas:
Coordenadas: 362611.37 m E, 7775769.83 m S. 361520.78 m E, 7777952.57 m S.
A cobertura por pastagem traduz 35,94% da área proposta para APA do Morro do Vilante, e
é o uso do solo mais significativo da localidade, visto que praticamente toda a APA está
locada em área rural. A pecuária é a principal atividade desenvolvida, pois o relevo
movimentado característico dificulta o desenvolvimento de outras atividades rurais como a
agricultura. A pastagem se distribui em toda a área da APA, abrangendo regiões de relevo
37
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
plano até as de relevo forte ondulado, em algumas ocasiões, chegando a altitudes elevadas
em relevo montanhoso.
38
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
descrevem lajedos de menor escala nas porções onde o relevo é ondulado a forte ondulado.
A maioria está recoberta por vegetação rupestre nativa.
As áreas alagadas são condicionadas às áreas de relevo plano, nesse caso, sem a
cobertura vegetal original e somam 3,2% da cobertura do solo. Em geral, culminam em
massas d’água artificiais construídos pelos produtores para consumo animal que encerram
0,94% da área total.
Figura 12 - Área alagada, descrita pela coloração Figura 13 - Massa d'água artificial. Registrada em:
mais escura e textura mais densa da pastagem. 29/01/2020. Coordenadas: 361045.81 m E,
Registrada em: 28/01/2020. Coordenadas: 7778133.52 m S.
362856.52 m E, 7776324.86 m S.
As ocupações rurais recobrem 3,04% da área da APA e se concentram nas áreas de relevo
plano a forte ondulado pelas limitações geotécnicas de construção e de acesso. A área
coberta por macega está condicionada a áreas alagadas desprovidas de sua vegetação
natural, onde não ocorre roçagem com frequência, e condiz com 1,88% da cobertura do
solo.
39
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Figura 14 - Ocupação rural local. Registrada em: Figura 15 - Área recoberta por macega. Registrada
31/01/2020. Coordenadas: 361588.87 m E, em: 28/01/2020. Coordenadas: 362651.92 m E,
7777683.49 m S. 7775638.87 m S.
As classes área antropizada, zona urbana, cultivo, silvicultura e solo exposto representam
menos de 1% da área individualmente e somam 1,86% da ocupação da área delimitada
para a APA do Morro do Vilante. Área antropizada e zona urbana estão condicionadas às
vizinhanças do bairro Divinópolis, o qual faz limite com a UC e da BR-101, onde são
desenvolvidas atividades comerciais. Cultivo e Silvicultura se limitam a áreas de relevo
suave ondulado a ondulado, com exceções a lugares onde a água mina do solo, onde são
plantados bananais. A classe solo exposto está relacionada a atividades exploratórias.
Figura 16 – Área antropizada por atividade Figura 17 - Zona Urbana na porção sul do Morro do
comercial, às margens da BR-101. Registrada em: Vilante. Registrada em: 31/01/2020. Coordenadas:
31/01/2020. Coordenadas: 361181.20 m E, 361568.26 m E, 7775515.14 m S.
7775944.68 m S.
40
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Ocorre ainda, degradação por descarte inadequado de resíduos sólidos nas ocupações
rurais, exploração de granito sem licença, falta de equipe capacitada para combate de
queimadas, falta de conhecimento e prática de educação ambiental por parte dos residentes
da APA, e as consequências da forte pressão exercida pela crescente expansão urbana
aliada aos interesses imobiliários.
As questões supracitadas foram agrupadas de acordo com o quadro a seguir que apresenta
uma síntese dos problemas ambientais levantados na visita em campo. No mapa seguinte
(Figura 20) são apresentados os passivos ambientais identificados durante as visitas em
campo.
Quadro 3 - Síntese dos problemas ambientais identificados na APA Morro do Vilante.
PROBLEMAS AMBIENTAIS DESCRIÇÃO LOCAIS MAPEADOS
Substituição extensiva da
vegetação nativa por pastagem,
acesso direto do gado, descarte
inadequado de lixo, plantio de De abrangência extensiva em toda
Degradação da Vegetação Nativa
árvores frutíferas exóticas em área da APA.
meio à floresta, extração do
palmito, queimadas, efeito de
borda.
41
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
42
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
43
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Na maioria das propriedades as áreas de mata não são cercadas, permitindo o acesso direto
do gado, e sua derrubada acontece gradativamente para expansão das áreas de pastagem. A
prática da roçagem é comum, impedindo a regeneração natural da vegetação, a fim de se
manter lotes limpos e pasto vigoroso ao gado. Outras consequências desta prática são o
empobrecimento do solo em nutrientes e a compactação provocada pelo pisoteio do gado,
obstando a regeneração natural da vegetação.
Figura 21 - Vegetação degradada em limite com área Figura 22 - Terreno com evidência de roçagem.
de pastagem. Registrada em: 28/01/2020. Registrada em: 28/01/2020. Coordenadas: 360441.84
Coordenadas: 362611.37 m E, 7775769.83 m S. m E, 7776707.77 m S.
44
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
vez, faz com que estas áreas sejam sujeitas a incêndios mais frequentes e intensos (Miranda
et al. 2002).
Os proprietários não relataram atividades de extrativismo, porém houve comentários sobre a
extração do palmito Guariroba (Syagrus oleracea - Figura 24) - abundante na região do Morro
do Vilante – para consumo próprio.
No limite da área de floresta foi observada a ocorrência de efeito de borda devido ao avanço do
desmatamento. Muitas espécies que naturalmente ocorrem no interior da floresta, passam a
estar na borda do fragmento florestal, e podem ter dificuldades na adaptação às novas
condições ambientais, tornando-se menos resilientes e mais vulneráveis às intempéries,
aumentando a mortalidade de indivíduos e prejudicando a manutenção da espécie. Além disso,
a maior predominância de luz no interior das florestas acaba por favorecer a colonização de
espécies heliófitas, como trepadeiras, cipós, gramíneas e outras plantas que podem sufocar o
crescimento e desenvolvimento tanto de indivíduos adultos, quanto indivíduos do banco de
plântulas presente no sub-bosque. Como a vegetação e a fauna local possuem interações
estreitas, tais alterações na flora podem causar também prejuízos para a fauna local, ao
interferir na cadeia alimentar.
Além da degradação da mata nativa, a substituição da vegetação por pastagem expõe o solo à
ação direta do impacto e do escoamento superficial das águas das chuvas levando ao
desenvolvimento de feições erosivas. Por se tratar de um solo friável e pouco profundo,
atestado pela presença de blocos de rocha rolados nas encostas do morro, a ocorrência de
áreas desprovidas de cobertura vegetal densa em locais de declividade acentuada leva ao
desencadeamento de processos erosivos.
45
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Figura 27 - Bloco esférico de rocha alterada em Figura 28 – Blocos rolados em região de vale, com
perfil de solo, atestando a pouca profundidade do trincas no solo em encosta ao fundo (indicadas pela
solo. Registrada em: 31/01/2020. Coordenadas: seta vermelha). Registrada em: 31/01/2020.
361245.42 m E, 7776039.10 m S. Coordenadas: 362364.96 m E, 7777517.07 m S.
Figura 29 - Perfil de solo com evidência de Figura 30 - Detalhe da textura arenosa e friável do
desmoronamento, demostrando a friablilidade do solo da região. Registrada em: 29/01/2020.
solo. Registrada em: 30/01/2020. Coordenadas: Coordenadas: 360879.86 m E, 7776202.74 m S.
361956.13 m E, 7779325.98 m S.
46
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Quase todas as propriedades têm pelo menos uma nascente, porém nem todas têm suas APP
devidamente preservadas, algumas estão sendo recuperadas com o manejo incorreto como
mostrado na figura 32. A maioria das nascentes se situa na área de vegetação conservada,
permanecendo assim preservada, contudo é muito recorrente a existência de bananais antigos
nas regiões de nascente e em áreas encharcadas no entorno de cursos d’água, mesmo em
meio à floresta. Apesar da bananeira não ser uma planta erosiva e degradadora do solo, o
plantio em áreas com umidade excessiva provoca a compactação do solo, além de gerar
muitos resíduos vegetais (palha) (EMBRAPA, 2004), decorrendo em assoreamento das
nascentes e cursos d’água. O Mapa 2 mostra localização das nascentes levantadas e cursos
d’água existentes na região.
Figura 33 - Nascente com captação de água. Figura 34 - Vista parcial de olho d'água. Registrada
Registrada em: 29/01/2020. Coordenadas: em: 29/01/2020. Coordenadas: 361133.00 m E,
361220.00 m E, 7776276.00 m S. 7776226.00 m S.
47
360000 361000 362000 363000 364000 TO SE
Mapa de Localização Mapa de Situação
BA
cia MT BA
d ên
g o Inde p e n
Quibebe
rre
O
Có
A N O ATLÂNTIC
A NO ATLÂNTIC
GO
MG
reg o
MG ES
C ór
ES
7779000
7779000
MS
CE
CE
O
O
SP RJ
Legenda
Nascentes Levantadas
Drenagens
Massa d'Água
Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha
2 Delimitação APA Proposta Anterior (2012) - 691,4 ha
7778000
7778000
6
(
! LOCALIZAÇÃO DAS NASCENTES
NASCENTE E N
1 361483,95 7776934,86
2 361234,90 7778206,18
11
(
! 3 362588,04 7776232,95
4 362817,36 7776642,44
5 363328,79 7776787,07
6 362834,47 7777927,00
7 361746,61 7776958,50
8 361220,00 7776276,00
9 361133,00 7776226,00
7777000
7777000
1 7
10 361094,00 7776222,00
11 362828,00 7777479,00
5
FONTE: Limite Anteriormente Proposto: Plano de Manejo da APA Morro do
4
Vilante, Aquatools, 2012;
Limite APA Morro do Vilante: ICMBio, 2019;
Massa d'Água, Drenagens: Prefeitura Municipal da Serra, 2014;
Nascentes: Ambiental do Brasil e CAR, 2020.
5
3 m
10!9 (
!
d
a va a
(
1:15.000
(
!
eg oC
C ór r Projeção Universal Transversa de Mercator
Datum Horizontal SIRGAS 2000
7776000
7776000
Zona 24 S
PLANO DE MANEJO
APA MORRO DO VILANTE
TEMA:
HIDROGRAFIA LOCAL
ELABORAÇÃO:
Heloisa Carolina de M. da Silva - Analista Ambiental
A degradação dos corpos hídricos da região em estudo ocorre, na maioria dos casos, em
decorrência de:
Degradação das APPs;
Captação e barramentos irregulares de água; e
Lançamento clandestino de Efluentes e Resíduos Sólidos.
A degradação das APPs, decorrente da remoção da cobertura vegetal das margens dos
cursos e nascentes, é considerável e grave, pois representa cerca de 75% de sua área e
não há vestígios de sua recuperação, uma vez que faltam isolamentos dessas áreas e o
acesso do gado aos cursos d’água é livre (Figura 35). Como consequências, tem-se: a
intensificação de processos erosivos das margens, o assoreamento dos recursos hídricos, a
compactação das margens dos cursos d’água e a contaminação fecal pelo lançamento dos
dejetos dos animais.
Outras consequências associadas à ausência da vegetação arbórea das APPs dessa área é
a diminuição do oferecimento de sombreamento, fator que favorece o aumento da
temperatura da água e sua evaporação e reduz a quantidade de oxigênio às populações
aquáticas, bem como a limitação da oferta de nutrientes às essas populações.
Somado a esses, tem-se a captação e canalização irregulares das águas, com ou sem
represamentos para formação de lagoas ou pequenos tanques, principalmente próximas às
nascentes, como outra forma degradadora dos recursos hídricos locais. Observou-se em
campo que tais canalizações foram executadas aleatoriamente e são destituídas de
estruturas projetadas e reguladoras de vazão e disponibilizam as águas captadas às sedes
das propriedades.
1 1
Plano de Manejo - 2012
49
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Por sua vez, a presença de resíduos sólidos nas APPs causa impactos negativos na
qualidade da água do Córrego por reduzir a quantidade de oxigênio à população aquática e
contribuir para disseminação de doenças de veiculação hídricas com sua decomposição ao
passar do tempo.
A disposição irregular ficou evidente pela existência de resíduos sólidos dentro do corpo
d’água, especialmente pr ximo a BR-101 e no Bairro Divinópolis e contraria a determinação
da Lei Federal nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos define
resíduo sólido, a saber:
“Art. 3º (...) XVI- Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem
descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam
para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor
tecnologia disponível (BRASIL, 2010).” (destacado)
Segundo Sabiá e colaboradores (2015), o chorume pode elevar, nos corpos d’água, os
níveis de metais pesados a valores superiores aos limites máximos permitidos pelas
resoluções 357 (2005) e 430 (2011) do CONAMA causando sérios prejuízos às populações
aquáticas e doenças graves como tumores hepáticos e de tireoide, rinites alérgicas,
dermatoses e alterações neurológicas.
50
A T U A LIZ A Ç Ã O D O PL A N O D E M A N E J O D A A P A D O M O R R O D O VIL A N T E
TOMO I
Fi g ur a 3 5 – M a p a d e Ár e a s d e Pr e s er v a ç ã o P e r m a n e nt e n ã o pr e s e r v a d a s .
51
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Figura 36 - Encanamento para captação de água. Figura 37 - Represa para dessedentação animal.
Registrada em: 29/01/2020. Coordenadas: Registrada em: 31/01/2020. Coordenadas:
361220.00 m E, 7776276.00 m S. 363108.63 m E, 7777711.76 m S.
Figura 38 – Pisoteio do canal pelo gado e Figura 39 - Manancial contaminado por esgoto
consequente assoreamento. Registrada em: urbano na área de planície da porção leste.
30/01/2020. Coordenadas: 362722.23 m E, Registrada em: 28/01/2020. Coordenadas:
7777853.45 m S. 362724.76 m E, 7775947.30 m S.
52
360000 361000 362000 363000 364000 TO SE
Mapa de Localização Mapa de Situação
BA
n cia MT BA
dê
g o Indep e n
e
rre
O
o Quibeb
O
Có
A NO ATLÂNTIC
A N O ATLÂNTIC
GO
MG
reg
MG ES
C ór
ES
7779000
7779000
MS
CE
CE
O
O
SP RJ
Legenda
Nascentes
Drenagens
Massa d'Água
Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha
Delimitação APA Proposta Anterior (2012) - 691,4 ha
Reserva Legal
Área de Proteção Permanente - Declividade >45°
7778000
7778000
Área de Proteção Permanente - Topo de Morro
!
( Área de Proteção Permanente - Recursos Hídricos
Cobertura Vegetal
Vegetação Nativa - 271,21 (ha)
Vegetação Degradada/Regeneração - 49,69 (ha)
!
(
7777000
FONTE: Limite Anteriormente Proposto: Plano de Manejo da APA Morro do
Vilante, Aquatools, 2012;
Limite APA Morro do Vilante: ICMBio, 2019;
Reserva Legal: CAR, 2020
Cobertura Vegetal, Massa d'Água, APP, Nascentes: Ambiental do Brasil, 2020
Áreas com Declividade > 45°: SRTM, 2019.
5
!
( m
d 1:15.000
a va a
( !
! (
eg oC
C órr Projeção Universal Transversa de Mercator
Datum Horizontal SIRGAS 2000
7776000
7776000
Zona 24 S
PLANO DE MANEJO
APA MORRO DO VILANTE
TEMA:
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
ELABORAÇÃO:
Heloisa Carolina de M. da Silva - Analista Ambiental
Nessa zona rural, embora muito próxima ao perímetro urbano da Serra, não há um sistema
de coleta de resíduos sólidos ou programa de educação ambiental para a comunidade que
ensine maneiras sustentáveis de gestão do próprio lixo. A coleta é feita apenas ao longo da
BR-101 como já citado em itens anteriores. Em algumas residências visitadas, os quintais
estão repletos de detritos lançados diretamente no solo, constituídos de embalagens a
móveis velhos e foram vistos vestígios de queima de lixo. Alguns optam por levar seu lixo
até pontos de coleta na zona urbana para que seja direcionado adequadamente, pois a
maioria não reside na zona rural. Nas proximidades com a zona urbana também foram
encontrados dejetos dispensados de maneira imprópria nas vias e terrenos limítrofes.
O descarte inadequado dos resíduos sólidos acarreta diversos problemas ambientais para a
região. As substâncias liberadas decorrentes da decomposição dos resíduos contaminam o
solo, e em conjunto com a percolação da água pluvial, podem atingir grandes profundidades
e chegar ao lençol freático. Ocorre também o carreamento dos resíduos das substâncias
liberadas no solo até os corpos hídricos, pela enxurrada. A disposição do lixo no substrato
impede o crescimento da vegetação, seja pela liberação de sustâncias contaminantes, seja
pela barreira física desempenhada pelo material, seja pela compactação do solo. A fauna
local também está exposta aos perigos da contaminação, pois há o risco de consumirem
alimentos contaminados e materiais inorgânicos, podendo levar a morte desses animais.
54
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Certas atividades comerciais exercidas nas propriedades que margeiam a BR-101 não são
desenvolvidas de acordo com as diretrizes conservacionistas da APA. A construção de
galpões que abrigam esses empreendimentos impacta negativamente a paisagem e impede
a vista da Pedra do Vilante. Além disso, a gestão incorreta dos resíduos sólidos decorrentes
de suas atividades foi identificada, gerando grandes impactos ao meio ambiente como a
degradação da vegetação, do ar, do solo, dos recursos hídricos e da paisagem. Há terrenos
desocupados nessa localidade que estão destinados à venda para atividades comerciais,
segundo os proprietários entrevistados.
55
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
A APA do Morro do Vilante faz limite com dois bairros urbanos que avançam sobre a zona
rural. São eles: Divinópolis e Jardim Bela Vista. O bairro Divinópolis em especial, avança
sobre a APA, invadindo as terras morro acima.
Figura 46 - Zona urbana em crescimento em Figura 47 - Bairro Jardim Bela Vista que faz limite
direção à APA. Bairro Divinópolis. Registrada em: com a APA. Registrada em: 28/01/2020.
31/01/2020. Coordenadas: 361568.26 m E, Coordenadas: 362699.45 m E, 7775409.63 m S.
7775515.14 m S.
56
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
57
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
A Serra está entre os municípios brasileiros que estão acima da média nacional na
disponibilização de rede de esgoto, sendo que 83% de sua população possuem acesso à
rede de esgoto e 65% estão conectados a ela. (Ambiental Serra, 2018). O serviço de
abastecimento de água é realizado na cidade pela Companhia Espírito Santense de
Saneamento (CESAN) através da captação de água bruta no Rio Santa Maria da Vitória, Rio
Reis Magos e de poços artesianos no bairro Belvedere. (Ambiental Serra, 2018). Por meio
da Lei Municipal n.º 4.010/2013 Serra instituiu o Plano Municipal de Saneamento Básico, o
qual permitiu a contratação de um consórcio, na modalidade de Parceria Público-Privada
(PPP). Com o objetivo de ampliação e modernização do sistema da rede coletora e de
tratamento de esgoto, no ano de 2015 teve início a PPP entre a CESAN e o consórcio
Ambiental Serra. Atualmente, o município conta com 1.037,5 km de rede de esgoto
construídas, 21 estações de tratamento de esgoto, 151 elevatórias de esgoto e
15.534.634,44 m3 de esgoto coletado e tratado por mês, contemplando vários bairros: Barro
Branco, Belvedere, Campinho da Serra I, Campinho da Serra II, Colina de Laranjeiras,
Divinópolis, Jardim Bela Vista, Jardim da Serra, José de Anchieta, Mestre Álvaro, Novo
Porto Canoa, Planalto serrano, Parque das Gaivotas, Parque Residencial Laranjeiras,
Serramar, Taquara I, Taquara II e Vista da Serra II. (SESE, 2020).
58
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Ainda se tratando de dados epidemiológicos, no que diz respeito a cobertura vacinal, houve
um aumento na população com menos de um ano de idade de 2017 para 2018 como mostra
a tabela abaixo:
Tabela 13 - Cobertura vacinal na população com menos de um ano de idade na Serra.
Vacinas Cobertura ano 2017(%) Cobertura ano 2018(%)
BCG 82,69 86,39
Meningocócica 78,59 88,37
Pentavalente 77,81 83,61
Pneumocócica 82,17 93,86
Poliomielite 74,35 88,55
Rotavírus Humano 73,61 89,12
Tríplice Viral 85,85 93,23
Fonte: SESA, 2018.
59
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
O Rio Santa Maria da Vitória, pertencente à bacia hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória,
e o rio Reis Magos, pertencente a bacia hidrográfica Reis Magos, são os mananciais onde a
CESAN coleta a água que abastece Serra. Os dois mananciais têm como principais fontes
de contaminação a extração irregular de areia para a construção civil, o lançamento de
esgoto doméstico, industrial e hospitalar, lançamento de efluentes sem tratamento de
matadouros, pocilgas, currais e granjas, além da poluição por fertilizantes e agrotóxicos.
A Serra possui uma vasta rede hidrográfica, formada por três principais bacias e pequenos
córregos e nascentes, tanto na área rural como na urbana.
60
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
A Bacia do rio Reis Magos tem seu curso principal com o limite norte do município da Serra,
ou seja, divisa com Fundão e deságua no balneário de Nova Almeida. Essa bacia banha
além dos municípios da Serra e Fundão, os municípios de Santa Teresa, Aracruz, e Ibiraçu.
E é formada pelos córregos que se localizam mais ao norte.
E a Bacia do rio Santa Maria da Vitória é a que abrange o maior número de municípios:
Cariacica, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Serra e Vitória. O município da Serra é
um dos mais dependentes da qualidade de suas águas, por ser o rio Santa Maria da Vitória
o seu principal manancial de abastecimento. Os córregos da porção Sul e Oeste são os
contribuintes dessa bacia.
Jà os córregos da porção leste formam pequenas bacias litorâneas, as quais são formadas
por vários cursos d’água independentes: Carape us, Pelado, anguinhos, aringá, dentre
outros.
61
A T U A LIZ A Ç Ã O D O PL A N O D E M A N E J O D A A P A D O M O R R O D O VIL A N T E
TOMO I
F i g u r a 4 9 - B a c i a hi d r o g r á fi c a d o Ri b e i r ã o J u a r a .
62
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Uma das principais vantagens em implantar uma UC na categoria de APA está no fato
dessa evitar as desapropriações de terras e permitir o domínio de seus proprietários ao
espaço legalmente definido, sob as restrições de uso do solo e dos recursos naturais a
serem estabelecidas no Plano de Manejo, conforme os objetivos de sua criação.
E essa característica conflitante foi confirmada em campo e esta seção se dedica a expor as
situações de conflito a fim de dar embasamento às tomadas das medidas cabíveis.
Numa primeira percepção, observa-se pela fala dos líderes locais e integrantes da
associação dos produtores rurais do município da Serra (APRUMUS) que há concordância
para a implantação da unidade de conservação sem nenhum tipo de critério técnico e
científico, ou seja, estabelecida apenas em razão de sua beleza cênica, e limitada à cota
altimétrica discutível de 100 metros, resultando em uma ineficiência no processo de criação
e gestão da APA.
O Plano Diretor Municipal da Serra - Lei nº 3.820, de 11 de janeiro de 2012 – que dispõe
sobre a organização do espaço territorial do município da Serra, possui um
Macrozoneamento e um Zoneamento, como mostram os mapas 4 e 5.
63
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Grande parte da APA está inserida na Macrozona de Uso Sustentável que tem finalidades
consonantes com a instituição da referia UC. Esta macrozona tem como objetivo o seguinte:
Art. 76: “ I - preservar, conservar e recuperar o patrimônio ambiental e
paisagístico;
II - promover a proteção dos mananciais, das lagoas e dos morros
presentes na área;
III - promover o desenvolvimento econômico sustentável, a partir da adoção
das sub-bacias como parâmetro na forma de determinar o uso e ocupação
da área;
IV - estimular a integração regional desta macrozona com as demais, a fim
de proteger o patrimônio ambiental do Município, principalmente de seus
recursos hídricos.
V - Orientar o modelo de ocupação sustentável no entorno da APA do
Mestre Álvaro e ao longo do alagado Brejo Grande, nos trechos cortados
pela Rodovia do Contorno do Mestre Álvaro que será implantada.
64
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
c) extrações de minerais;
d) beneficiamento de produtos agropecuários;
e) fabricação envolvendo produtos agropecuários.
IV - os usos destinados à instalação de serviços comunitários na zona rural
que são:
a) portos marítimos, fluviais ou lacustres, aeroportos, estações ferroviárias
ou rodoviárias e similares;
b) colégios, asilos, centro de reabilitação para dependentes químicos,
pensionato, centros de educação física e similares;
c) centros culturais, sociais, recreativos, assistenciais e similares;
d) postos de saúde, ambulatórios, clínicas geriátricas, hospitais, creches e
similares;
e) igrejas, templos e capelas de qualquer culto reconhecido, cemitérios ou
campos santos e similares;
f) áreas de recreação pública, cinemas, teatros e similares;
g) aterros sanitários, exceto na Macrozona de Uso Sustentável. ”
Segundo o Zoneamento do PDM da Serra (Mapa 5), a área proposta para a APA abrange,
em sua maioria, a zona chamada ZPA 03, com pequenas porções da ZEIS 02, ZEIS 01, ED
02 e ED 04.
“Art. 90 O Zoneamento consiste na divisão do território em zonas,
estabelecendo as diretrizes para o uso e a ocupação do solo no Município,
tendo como referência as características dos ambientes naturais e
construídos.”
“Art. 91 As Zonas são subdivisões das Macrozonas em unidades territoriais
que servem como referencial mais detalhado para a definição dos
parâmetros de uso e ocupação do solo, definindo as áreas de interesse de
uso onde se pretende incentivar, coibir ou qualificar a ocupação.”
As ZPA 03 são áreas que, devido às suas configurações ambientais naturais, físicas e
bióticas, são destinadas à preservação por meio da criação de Unidades de Conservação.
As ZEIS 01 e 02 são territórios de ocupação irregular por população de baixa renda, cuja
infraestrutura urbana é precária ou inexistente. As ED são zonas lineares em torno das vias
principais que ligam bairros, permitindo atividades de comércio e serviços e abarcam os
65
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
lotes que a margeiam, exceto quando a via contorna áreas de preservação ou recuperação
ambiental.
Acerca da ZPA 03, é importante citar:
“Art. 107 As Zonas de Proteção Ambiental 03 apresentam como objetivos:
I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos
genéticos no território municipal e nas águas jurisdicionais;
II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito local e regional;
III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de
ecossistemas naturais;
IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da
natureza no processo de desenvolvimento;
VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza
cênica;
VII - proteger as características relevantes de natureza geológica,
geomorfológica, arqueológica, paleontológica e cultural;
VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;
IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,
estudos e monitoramento ambiental;
XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental,
a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;
XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de
populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua
cultura e promovendo-as social e economicamente.
§ 1º As Unidades de Conservação serão circundadas por faixa de restrição
de uso, visando sua proteção paisagística e estética e a manutenção dos
fluxos ecológicos. (Redação dada pela Lei nº 4.459/2016)
§ 2º As faixas de proteção, de bordadura variável no entorno das Unidades
de Conservação, consolidadas e com vocação, serão estabelecidas em
200m a partir do limite da Unidade de Conservação, exceto para a APA do
Morro do Vilante, consolidada pela Lei Municipal nº 2.235/1999, cuja faixa
será de 100m e o uso e a ocupação do solo nessas faixas será definido
caso a caso pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, observado o
Plano de Manejo, quando houver. (Redação dada pela Lei nº 4.459/2016)
Art. 108, § 4º Não será permitida a exploração mineral no entorno do Morro
do Vilante num raio de 1 km (um quilômetro) a partir dos limites
estabelecidos para a Unidade de Conservação do Morro do Vilante.”
66
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
As situações descritas no quadro acima são fatores que devem ser observados para a
delimitação da APA e esclarecidos junto à comunidade, que se baseia no próprio Plano
Diretor para opor-se à criação da UC, principalmente no que se refere às propriedades
localizadas à beira das vias BR-101 e Elesbão Alexandre Miranda, visando a possibilidade
de venda para instalação de empreendimentos comerciais.
67
7778500 358500 360000 361500 363000 364500 366000
7778500
7777000
7777000
7775500
7775500
358500 360000 361500 363000 364500 366000
PA
Mapa de Localização Mapa de Situação Legenda
5
AL
BA
PLANO DE MANEJO
Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha
TO SE
MT
A N O ATLÂNTIC
O
A N O ATLÂNTIC
ES
Heloisa Carolina de M. da Silva - Analista Ambiental
O
CE
MS 1:20.000
O
7778500
7777000
7777000
ED - Eixo de Dinamização
ZE - Zona Especial
ZEIS - Zona Especial de Interesse Social
7775500
7775500
ZEU - Zona de Expansão Urbana
ZIH - Zona de Interesse Histórico
ZOC - Zona de Ocupação Controlada
ZOP - Zona de Ocupação Preferencial
ZPA - Zona de Proteção Ambiental
PA
Mapa de Localização Mapa de Situação
Legenda
5
AL
BA
TO SE PLANO DE MANEJO
BA Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
DO MORRO DO VILANTE
O
MT
Delimitação APA Proposta Anterior (2012) - 691,4 ha
A N O ATLÂNTIC
O
A N O ATLÂNTIC
MS 1:20.000
ZE 02 ZEU 03
O
70
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
9 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA
O quadro abaixo exibe os dados fornecidos pelos proprietários, seguido de um mapa que
exibe um panorama geral da situação fundiária dos imóveis. As documentações
apresentadas, os questionários respondidos e a tabela com as informações completas
encontram-se disponíveis no volume de anexos.
Quadro 6 - Dados cedidos pelos proprietários.
Registro de
Número Proprietário Número do INCRA CAR
Matrícula
Homnibus Empreendimentos e
01A 39.147 Não possui cadastro Não
Participações Ltda.
01B Prefeitura Municipal da Serra 39.146 950.041.435.473-0 Não
02 Marinaldo Fraga Castelo - - Não
03 Alaôr Christovão Miranda - - Não
04 Regina Celi Miranda - - Sim
05 Florides Bastos - - Não
06A Teodoro Nery Nascimento 24.990 505.021.007.951-9 Sim
06B Roberto S. Monteiro - - Não
07 Gilcely Piske - 505.021.008.400-8 Sim
08 Clominides Moraes Bastos - Não possui cadastro Sim
09 Plínio Ceolin Filho - - Não
10 Antônio Marciano Peixoto Costa - Não possui cadastro Sim
11 Neil Pacheco de Souza - - Sim
12 Edieser Fraga Reis - Não possui cadastro Não
13 Elói dos Santos de Oliveira - - Sim
14 Sebastião Gadiole 31.874 507.130.103.080-3 Sim
15 Nilton Marcos Jesus Dias - 950.041.435.358-8 Não
16 Coronel Ferreira - - Não
17 Leonardo Almeida - - Não
18 Manoel Furtado - - Não
71
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Registro de
Número Proprietário Número do INCRA CAR
Matrícula
19 Edward Silva - - Sim
Bela Vista Ind. e Comércio Pré
20 - 505.021.002.135-9 Sim
Moldados Ltda.
21 Cirineu Nunes - - Não
950.106.653.179-3 / 950.114.019.232-
22 Álvaro Pereira 33.618 Não
7 / 950.114.019.240-8
23 Jonas de Paula Batista 3.736 505.021.002.232-0 Não
24 José Pagotto Lopes - 16.211.012.188 (CCIR) Sim
25 José Pagotto Lopes - 15.430.852.183 (CCIR) Sim
26 José Pagotto Lopes 33.625 Não possui cadastro Sim
27 Edieser Fraga Reis - Não possui cadastro Não
28 José Pagotto Lopes - Não
29 Levi Rosa - - Não
30 José Douro - Não possui cadastro Não
31 Vanuza Ludgéria Pereira Fim 33620 950.114.438.570-7 Não
Maruza Evarista Pereira de
32 33619 950.114.437.417-9/950.114.438.545-6 Não
Moraes
Ana Josefina de Paula Pereira 950.084.493.341-15 /
33 33.618 Não
Felix 950.114.438.600-2
34 Charles Daniel Pissinate - - Sim
950.106.653.179-3 / 950.114.019.232-
35 Álvaro Pereira 33.616 Não
7 / 950.114.019.240-8
36 Zoé Luiz da Paixão Pereira 33.615 505.021.000.108-0 Sim
37 Osvaldino Pereira 33.614 950.203.254.576-7 Não
38 Alexsandro Neves Pereira - - Não
504.033.251.518-7 / 950.149.545.740-
39 José Pagotto Lopes - Não
2
40 Luciana Meireles Correia - 950.114.327.824-9 Não
41 Terezinha Maria Leite Correia - 950.130.022.608-8 Sim
42 Ricardo Meireles Correia - 950.114.327.816-8 Não
43 Sebastião Feu Correia - Não possui Não
Bola Quinze Fabricacao e
44A - 505.021.000.817-4 Sim
Comercio de Brinquedos EIRELI
44B Herdeiros de Ipólito Feu Correia - - Não
72
A T U A LIZ A Ç Ã O D O PL A N O D E M A N E J O D A A P A D O M O R R O D O VIL A N T E
TOMO I
F i g u r a 5 0 - M a p a il u s t r a ti v o d a s i t u a ç ã o d a ti t ul a r i d a d e d o i m ó v e l .
73
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Os limites anteriormente levantados no estudo de 2012 não condizem com os reais. Uma
série de divergências foi encontrada quando comparou-se os limites com as imagens
ortorretificadas da área (fonte: IEMA) e com o CAR de algumas propriedades que fizeram o
cadastro, além de novos limites definidos pela compra/venda de terras.
Em campo, os limites que tiveram mudanças, ou que passaram por parcelamento, foram
levantados in loco, e com apoio do CAR, plantas georreferenciadas e imagens aéreas os
demais limites foram atualizados e retificados e são apresentados no mapa ao final da
seção. Das 46 propriedades abrangidas pela APA, 17 possuem registro no CAR, realizado
pelo IDAF, 23 cederam a planta do terreno (disponíveis no volume de anexos), e os demais
foram retificados a partir das imagens e dos limites dos vizinhos.
O quadro seguinte (Quadro 7) mostra a fonte utilizada para o levantamento de cada terreno
e se tiveram alguma modificação por parte do analista e como foi feita tal modificação, visto
que a acurácia dos dados disponíveis é aquém do necessário.
Quadro 7 - Forma de obtenção dos limites das propriedades abrangidas pela APA.
Número Proprietário Origem do Limite Modificações Visita
Homnibus
01A Empreendimentos e Planta Topográfica Nenhuma Não
Participações Ltda.
Prefeitura Municipal da
01B Planta Topográfica Nenhuma Não
Serra
02 Marinaldo Fraga Castelo Anterior CAR Vizinho Sim
Adequação do limite leste à linha
03 Alaôr Christovão Miranda Anterior Sim
de cumeada
04 Regina Celi Miranda CAR CAR Vizinho Sim
05 Florides Bastos Limites Vizinhos - Não
06A Teodoro Nery Nascimento CAR CAR Vizinho Sim
06B Roberto S. Monteiro Campo e Ortofoto - Sim
07 Gilcely Piske CAR CAR Vizinho Sim
08 Clominides Moraes Bastos CAR Nenhuma Sim
09 Plínio Ceolin Filho Ortofoto - Não
Antônio Marciano Peixoto
10 CAR Ortofoto Não
Costa
11 Neil Pacheco de Souza CAR Ortofoto Não
12 Edieser Fraga Reis Ortofoto - Não
13 Elói dos Santos de Oliveira CAR Ortofoto Não
14 Sebastião Gadiole CAR CAR Vizinho e Ortofoto Sim
15 Nilton Marcos Jesus Dias - Não
16 Coronel Ferreira Ortofoto - Não
17 Leonardo Almeida Ortofoto - Não
18 Manoel Furtado Campo e Ortofoto - Sim
19 Edward Silva CAR Car Vizinho Sim
20 Bela Vista Ind. e Comércio CAR Nenhuma Sim
74
ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
Limites Vizinhos e
21 Cirineu Nunes - Sim
Ortofoto
22 Álvaro Pereira Planta Topográfica Planta Vizinha Sim
23 Jonas De Paula Batista Planta Topográfica Nenhuma Sim
24 José Pagotto Lopes Planta Topográfica Nenhuma Sim
25 José Pagotto Lopes Planta Topográfica Nenhuma Sim
26 José Pagotto Lopes Planta Topográfica Nenhuma Sim
27 Edieser Fraga Reis Planta Topográfica Nenhuma Não
28 José Pagotto Lopes Planta Topográfica Nenhuma Não
29 Levi Rosa Planta Topográfica Nenhuma Não
30 José Douro Planta Topográfica Nenhuma Não
Vanuza Ludgéria Pereira
31 Planta Topográfica Nenhuma Não
Fim
Maruza Evarista Pereira De
32 Planta Topográfica Nenhuma Não
Moraes
Ana Josefina De Paula
33 Planta Topográfica Nenhuma Sim
Pereira Felix
34 Charles Daniel Pissinate Planta Topográfica Nenhuma Sim
35 Álvaro Pereira Planta Topográfica Nenhuma Sim
36 Zoé Luiz Da Paixão Pereira Planta Topográfica Nenhuma Sim
37 Osvaldino Pereira Planta Topográfica Nenhuma Não
38 Alexsandro Neves Pereira Planta Topográfica Nenhuma Não
39 José Pagotto Lopes Planta Topográfica Planta Vizinha Sim
40 Luciana Meireles Correia Planta Topográfica Nenhuma Sim
Terezinha Maria Leite
41 Planta Topográfica Nenhuma Sim
Correia
42 Ricardo Meireles Correia Planta Topográfica Nenhuma Sim
43 Sebastião Feu Correia Planta Topográfica Nenhuma Sim
Bola Quinze Fabricacao e
44A Comercio de Brinquedos Planta Topográfica Nenhuma Sim
EIRELI
Herdeiros De Ipólito Feu Limites Vizinhos e
44B - Não
Correia Ortofoto
Existem duas limitações possíveis para a APA do Morro do Vilante que estão em discussão.
A primeira corresponde à linha da cota altimétrica de 100 metros acima do nível do mar,
conforme determina a Lei Municipal n° 2.235 de 07 de Dezembro de 1999 (Serra, 1999) que
autoriza a criação desta UC, e é a delimitação considerada pelo ICMBio. A segunda é a
delimitação proposta pelo Plano de Manejo elaborado para a APA em 2012 (Aquatools
Consultoria, 2012). A Tabela que se segue exibe o quantitativo e a porcentagem da área de
cada propriedade abrangida por cada limitação citada.
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ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
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ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DO MORRO DO VILANTE
TOMO I
77
360000 361000 362000 363000 364000 TO SE
Mapa de Localização Mapa de Situação
BA
MT BA
O
A NO ATLÂNTIC
12
A N O ATLÂNTIC
GO
MG
MG ES
ES
7779000
7779000
MS
CE
CE
O
O
SP RJ
13 Legenda
Delimitação APA ICMBio - 249,9 ha
Delimitação APA Proposta Anterior (2012) - 691,4 ha
Limites das Propriedades Retificados
16 10
15
7778000
7778000
9 8
7
27
6B
28
29
19
26
30
25 18
31
24 20
14 21
32
23 6A
17
33
7777000
7777000
34
22
35
36
4 FONTE:
5
Limite Anteriormente Proposto: Plano de Manejo da APA Morro do
3 Vilante, Aquatools, 2012;
37 39 Limite APA Morro do Vilante: ICMBio, 2019;
40
Limites das Propriedades: Ambiental do Brasil, 2020;
38 41
5
42 m
44B
43 1:15.000
44A Projeção Universal Transversa de Mercator
Datum Horizontal SIRGAS 2000
7776000
7776000
Zona 24 S
2
PLANO DE MANEJO
APA MORRO DO VILANTE
TEMA:
PROPRIEDADES ABRANGIDAS PELA APA
1B 1A
ELABORAÇÃO:
Heloisa Carolina de M. da Silva - Analista Ambiental