Apostila Segurana Final
Apostila Segurana Final
Apostila Segurana Final
Entidade Conveniada:
Instituto Educação e Pesquisa Data Brasil
R. Moreira Cezar, 2715 - Sala 2B - Centro - Caxias do Sul - RS
Ficha Catalográfica:
Obs.: Os textos não refletem necessariamente a posição do Ministério do Trabalho e Emprego
Segurança no Trabalho
SP - julho de 2006
2. COMUNICAÇÃO .......................................................................... 14
O PROCESSO BÁSICO DE COMUNICAÇÃO ................................................. 15
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL ................................... 18
O SIGNIFICADO E O SIGNIFICANTE ......................................................... 19
SOBRE A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL ..................................................... 19
NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (126-000-6) ................................... 22
4. ADMINISTRAÇÃO ...................................................................... 52
COMPETÊNCIAS DO SEESMT .................................................................. 55
ADMINISTRAÇÃO - CONCEITOS BÁSICOS ................................................. 55
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ............................................ 57
TEORIAS ADMINISTRATIVAS, SUAS ÊNFASES E SEUS PRINCIPAIS ENFOQUES 58
TEORIAS CLÁSSICAS DA ORGANIZAÇÃO ................................................. 60
MOTIVAÇÃO ........................................................................................ 61
RESPONSABILIDADE SOCIAL .................................................................. 66
DELEGAÇÃO - A ARTE DE ADMINISTRAR ................................................... 67
TÉCNICAS DE DELEGAÇÃO ..................................................................... 69
7. INFORMÁTICA ........................................................................... 94
INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA ................................................................ 94
O CÉREBRO ELETRÔNICO ....................................................................... 95
MICROSOFT WINDOWS XP .................................................................... 96
INTERNET EXPLORER ........................................................................... 104
O CORREIO ELETRÔNICO ...................................................................... 107
INFORMÁTICA E SEGURANÇA NO TRABALHO ............................................ 112
Este roteiro, baseado nas normas de desenho técnico em vigor, serve de orientação objetiva
para a execução de desenhos técnicos básicos.
1. REFERÊNCIAS
• R-105 - Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados;
• As folhas de desenhos podem ser utilizadas na posição horizontal (formatos A0, A1, A2
e A3) ou vertical (formato A4). Esses formatos poderão ser adquiridos em papelarias, em
blocos ou avulsos, já com as margens impressas.
• As dimensões (em milímetros) dos formatos de papel e das margens são as seguintes:
• Da legenda, devem constar as seguintes indicações, além de outras julgadas indispensáveis para
um determinado tipo de desenho:
» Número do Desenho;
A - Número do Desenho.
B - Título do Desenho.
{
C - Proprietário do Desenho 1º Quadrante
(designação da firma).
3º Quadrante
D - Método de Projeção:
E - Escala Principal.
F - Unidade de Dimensão Linear.
G - Formato da Folha de Desenho (A0, A1, A2, A3 ou A4).
H - Rubrica do desenhista ou projetista.
I - Data de Elaboração do Desenho.
J - Rubrica do Responsável Técnico da Empresa.
K - Data da Liberação do Desenho.
L - No Registro no CREA, do Responsável Técnico da Empresa.
M - Nome do Responsável Técnico da Empresa.
N - Informações Administrativas.
O - Valores das Tolerâncias Gerais (dimensionais e/ou geométricas).
P - Informações Técnicas Complementares.
• Quando for necessário o uso de mais uma escala na folha para desenho, todas devem
estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem. E, na legenda,
deve constar a palavra indicada.
• Escala natural: é a escala na qual a representação do objeto (ou elemento) é feita em sua
verdadeira grandeza.
• São normalizadas as seguintes espessuras de linhas no desenho: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35;
0,50; 0,70; 1,00; 1,40; e 2,00mm.
• As penas das canetas à tinta nanquim são identificadas com cores, de acordo com a
largura das linhas que traçam:
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os
seguintes aspectos, em ordem de prioridade:
• A distância mínima entre caracteres deve corresponder, no mínimo, a duas vezes a largura
de linha (espessura do traço) das letras ou algarismos. No caso de larguras de linha diferen-
tes, a distância deve corresponder à da linha mais larga.
• Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproxi-
madamente, em ângulo reto.
• Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas
e minúsculas.
• A altura mínima das letras maiúsculas ou minúsculas deve ser de 2,5mm. Na aplicação
simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura mínima das letras maiúsculas deve
ser de 3,5 mm.
• A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical.
• As palavras, os números e os símbolos devem ser colocados de frente para quem observa
o desenho pelo lado inferior ou pelo lado direito.
• Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do ele-
mento cotado.
• Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (p. ex, milímetro) para todas as cotas
sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da
unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras
unidades devem ser empregadas como parte da especificação do desenho (p. ex. N.m. para
torque ou KPa para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor.
• As linhas auxiliares e as linhas de cota são desenhadas como linhas contínuas estreitas.
• A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente (2 a 3 mm) além da respectiva linha de
cota. Um pequeno espaço (1 mm) deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar.
• A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho.
• Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num mesmo
desenho. Entretanto, quando o espaço for muito pequeno, outra forma de indicação de limi-
tes pode ser utilizada.
• Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apre-
sentadas entre os limites da linha de cota. Quando o espaço for limitado, as setas de limita-
ção da linha de cota podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de
cota, desenhado com essa finalidade.
• Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo
desenho:
1o Método:
» As cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cota devem ser
interrompidas, preferencialmente no meio, para inscrição da cota.
» Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas
e melhorar a interpretação do desenho:
2 diâmetro
R raio
F quadrado
2ESF diâmetro esférico
R ESF raio esférico
NOTA : A apostila de Introdução ao Desenho Técnico, do Curso de Supervisores de Segurança do Trabalho, editada
pelo FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (MTb - Ministério do
Trabalho), dos Professores Franklin M. Roth e Mário Perissinoto, desenvolve e ilustra de forma completa este capítulo.
Disso resulta que há maior ou menor exatidão daquilo que se quer transmitir.
A exatidão na comunicação, por outro lado, refere-se ao ponto até onde o sinal básico trans-
mitido pelo emissor é recebido, sem distorções pelo receptor.
4. MODELO SHANNON-WEAVER
fonte de
ruído
Feedback
Assim, a comunicação não estará completa enquanto o receptor não tiver interpretado (perce-
bido) a mensagem. Se o ruído for demasiadamente forte em relação ao sinal, a mensagem não
chegará ao seu destino ou chegará distorcida.
Por ruído, entende-se tudo o que interfere na comunicação, prejudicando-a. Pode ser um som sem
harmonia, um emissor ou receptor fora de sintonia, falta de empatia ou habilidade para colocar-se no lugar
de terceiros, falta de atenção do receptor etc.
O conceito de ruído surgiu com a teoria da informação e logo se difundiu para outras discipli-
nas: cibernética, biologia, eletrônica, computação e comunicação.
Em comunicação, ruído é todo fenômeno aleatório que perturba a transmissão correta das
mensagens e que geralmente se procura eliminar ao máximo.
• quem está comunicando a quem, em termos de papéis que essas pessoas desempenham
(por exemplo, administração e operariado, gerente e subordinado).
• Fonte de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que
outras (status), temos tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações
recebidas de outras.
• Defensidade: uma das principais causas de muitas falhas de comunicação ocorre quando
um ou mais dos participantes assume a defensiva. Indivíduos que se sintam ameaçados ou
sob ataque tenderão a reagir de maneira que diminuem a probabilidade de entendimento
mútuo.
HABILIDADES DE TRANSMISSÃO
• Usar linguagem apropriada e direta (evitando o uso de jargão e termos eruditos quando
palavras simples forem suficientes).
• Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.).
HABILIDADES AUDITIVAS
• Escuta ativa. A chave para essa escuta ativa ou eficaz é a vontade e a capacidade de
escutar a mensagem inteira (verbal, simbólica e não-verbal) e responder apropriada-
mente ao conteúdo e à intenção (sentimentos, emoções etc.) da mensagem. Como
administrador, é importante criar situações que ajudem as pessoas a falarem o que
realmente querem dizer.
• Empatia. A escuta ativa exige certa sensibilidade às pessoas com quem estamos
tentando nos comunicar. Em sua essência, empatia significa colocar-se na posição ou
situação da outra pessoa, num esforço para entendê-la.
• Reflexão. Uma das formas de se aplicar a escuta ativa é reformular sempre a men-
sagem que tenha recebido. A chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um julga-
mento, apenas para testar o seu entendimento da mensagem.
• Feedback. Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de
feedback é mais uma maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções.
HABILIDADES DE FEEDBACK
• Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior).
• No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com ques-
tões periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las.
• Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar con-
tribuindo para o comportamento do receptor.
O SIGNIFICADO E O SIGNIFICANTE
Segundo Ferdinand Saussure, o signo lingüístico é formado pelo significado, a que
corresponde um conceito e, pelo significante, a que corresponde uma imagem acústica ou
gráfica do conceito. Desse modo, podemos dizer que o signo é uma entidade de duas faces, o
significado e o significante, intimamente ligadas, que se reclamam reciprocamente quando
comunicamos.
• Quadrante I: comportamento conhecido por nós e por qualquer um que nos observe;
• Quadrante II: comportamento conhecido por outros, mas não por nós;
• Quadrante III: coisas sobre nós mesmos que conhecemos, mas escondemos dos outros;
• Quadrante IV: remete ao inconsciente, reações que passam despercebidas tanto
para nós como para os outros.
Por isso não existe comunicação totalmente objetiva. Ela se dá entre as pessoas e cada
pessoa é um mundo à parte com suas características, cultura, experiências, interesses, expectati-
vas etc. Nossas mensagens são interpretadas não apenas pelo que falamos, mas também pelo
modo como nos comportamos. Com isso queremos dar destaque à comunicação não-verbal que
ocorre nas interações entre os indivíduos.
• Paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do
sistema sonoro da língua usada. Independentemente dos fonemas que compõem as pala-
vras, os sinais paralingüísticos demonstram sentimentos, características da personalidade,
atitudes, formas de relacionamento interpessoal e auto-conceito. Esses sinais são fornecidos
pelo ritmo da voz, intensidade, entonação, grunhidos, ruídos vocais de hesitação, tosses
provocadas por tensão, suspiro, etc.
• Distância - é o uso que o homem faz do espaço enquanto produto cultural específico,
como a distância mantida entre os participantes de uma interação. O espaço entre os
comunicadores pode indicar o tipo de relação que existe entre eles - diferença de status,
preferências, simpatias e relação de poder.
• Toque - é tudo que envolve a comunicação tátil: pressão exercida, local onde se toca,
idade e sexo dos comunicadores. Está relacionada ao espaço pessoal, à cultura dos
comunicadores e às expectativas de relacionamento.
Quanto às funções básicas da comunicação não-verbal nas relações interpessoais, Silva (1996),
assim as descreve:
• Complementar à comunicação verbal- significa fazer qualquer sinal não-verbal que refor-
ce, reitere ou complete o que foi dito verbalmente.
• Substituir a comunicação verbal- significa fazer qualquer sinal não- verbal para substituir
as palavras.
• Contradizer o verbal- é fazer qualquer sinal não-verbal que desminta o que foi dito verbal-
mente.
• Demonstrar sentimentos- significa demonstrar qualquer emoção não por palavras, mas,
principalmente, por expressões faciais.
26.1.1 Essa Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser
usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segu-
rança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução
de líquidos e gases e advertindo contra riscos.
26.1.2 Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de traba-
lho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. (126.001-4 / I2)
26.1.4 O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador.
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e
combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca
visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
• hidrantes;
• bombas de incêndio;
• localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura
da caixa ou nicho);
Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando
houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
• localização de bebedouros;
• zonas de segurança.
O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições
especiais o exigirem.
O azul será utilizado para indicar “Cuidado!”, ficando o seu emprego limitado a avisos contra
uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.
• canalizações de ar comprimido;
• canalizações de água;
• chuveiros de segurança;
• macas;
• emblemas de segurança;
• dispositivos de segurança;
• partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagné-
ticas penetrantes de partículas nucleares.
• portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais
radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de
petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não
identificável pelas demais cores.
26.2 O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde. (126.015-4 / I2)
26.3.1 Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das de-
mais. (126.017-0 / I2)
26.3.3 A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite facilmente
a sua visualização em qualquer parte da canalização. (126.019-7 / I2)
26.3.4 Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo com
a natureza do produto a ser transportado. (126.020-0 / I2)
26.3.5 O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta
pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação. (126.021-9 / I2)
26.3.6 Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deve-
rão ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações. (126.022-7 / I2)
a) Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância perigosa todo material que
seja, isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu
manejo, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa conduzir efeitos
prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.
26.6.1 A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as
normas constantes deste item. (126.025-1 / I3)
26.6.2 Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos
simples e de fácil compreensão. (126.026-0 / I3)
26.6.3 A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades ineren-
tes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e
armazenagem do produto. (126.027-8 / I3)
26.6.4 Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com propri-
edades que variem em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo
deverá destacar as propriedades perigosas do produto final. (126.028-6 / I3)
• primeiros socorros;
• Medidas Preventivas - Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas
para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: “MANTENHA AFAS-
TADO DO CALOR, FAÍSCAS E CHAMAS ABERTAS” “EVITE INALAR A POEIRA”.
• Primeiros Socorros - medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada do
médico.
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - dedica o seu Capítulo V à Segurança e Medicina
do Trabalho, de acordo com a redação dada pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977.
Completando essa extensa legislação, deve ser lembrado que a ocorrência dos acidentes
(lesões imediatas ou doenças do trabalho) pode dar origem a ações civis e penais, concorrendo com
as ações trabalhistas e previdenciárias.
Súmula nº. 137 Adicional de insalubridade. É devido o adicional de serviço insalubre, calculado
à base do salário mínimo da região, ainda que a remuneração contratual seja superior ao salário
mínimo acrescido da taxa de insalubridade.
Súmula nº. 160 Aposentadoria por invalidez. Direito de o empregado retornar ao emprego
após seu cancelamento. Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador
terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador indenizá-lo na forma da lei.
Súmula nº. 292 Adicional de insalubridade. Trabalhador rural. O trabalhador rural tem direito
ao adicional de insalubridade, observando-se a necessidade de verificação, na forma da lei, de
condições nocivas à saúde.
Súmula nº. 293 Adicional de insalubridade. Causa de pedir. Agente nocivo diverso do apontado
na inicial. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado
agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.
Súmula nº. 339 CIPA. Suplente. Garantia de Emprego. O suplente de CIPA goza de garantia
de emprego prevista no art. 10, inciso II, alínea “a”, do ADCT da Constituição da República de
1988.
Súmula nº. 341 Honorários do Assistente técnico. A indicação do perito assistente é faculdade
da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.
Súmula nº. 349 Acordo de compensação de horário em atividade insalubre, celebrado por
acordo coletivo - Validade. A validade do acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de
jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente
em matéria de higiene do trabalho.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
AS NORMAS REGULAMENTADORAS
NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
As NR são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT. Importância e funções do SSST, funções e competência da D R T.
NR-8 - EDIFICAÇÕES
Estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para ga-
rantir segurança e conforto aos que nelas trabalham.
NR-14 - FORNOS
Estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revestida com material
refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância, oferecendo o
máximo de segurança e conforto aos trabalhadores.
NR-19 - EXPLOSIVOS
Determina o procedimento para o manuseio, transporte e armazenagem de explosivos.
Muitos aspectos e atividades que envolvem a Segurança e a Saúde no Trabalho são também
abordados na Constituição Federal e como conseqüência em decretos e leis específicas. Os artigos
da Constituição, leis e decretos básicos que se enquadram nessa observação são descritos e co-
mentados a seguir.
Constituição Federal - Art. 7º. São direitos dos trabalhadores: XXIII – adicional de remune-
ração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
As atividades penosas ainda não estão definidas por lei, porém as insalubres e perigosas
estão, em sua maioria, descritas pela Lei nº 6514, de 22 de dezembro de 1977, que modificou o
Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. No caso específico das atividades
perigosas, diz o artigo 193 da CLT:
A regulamentação a que o artigo 193 se refere é aquela estabelecida pela Portaria nº 3214, de
8 de junho de 1978, e modificações posteriores, que estabeleceu as Normas Regulamentadoras – NR.
Como se pode observar, a legislação que trata especificamente do tema não classificou como
atividades ou operações perigosas aquelas que são exercidas em contato ou em condições de risco
de contato com a eletricidade.
Ficaram então estabelecidos dois critérios para o pagamento do adicional. O primeiro é aque-
le destinado aos que permanecem habitualmente em área de risco, cuja incidência é sobre o salário
integral, conforme estabelecido na Lei 7.369/85. O segundo é o que estabelece uma incidência
proporcional a uma referida intermitência.
Esse pagamento proporcional foi tão duramente criticado e rechaçado pelos próprios juízes
que acabou surgindo o Enunciado nº 361, de 13 de agosto de 1998, do Tribunal Superior do
Trabalho – TST:
Art. 2º. § 1º O ingresso ou permanência eventual em área de risco não geram direito ao
adicional de periculosidade.
A segunda diferença, estabelecida pelo Decreto 93412/86 em relação ao seu antecessor, diz
respeito à exigência de perícia para a caracterização do risco, conforme expresso em seu artigo 4º.:
Ora, se dúvida pudesse existir, em virtude de o artigo 195 da CLT referir-se às normas do
Ministério do Trabalho e não a outros instrumentos jurídicos, o Decreto 93412/86 em seu § 1º do
artigo 4º, deixa incontroversa a exigência da perícia. Sendo assim, o quadro de atividades e áreas de
risco, apresentado como anexo ao Decreto 93412/86, não é auto-aplicável, sob o ponto de vista de
enquadramento legal para concessão da remuneração adicional. É de se observar que, sendo matéria
estritamente técnica, essa exigência legal (artigo 195, caput, da CLT), ratificada pelo texto do Decre-
to 93412/86, é prevista no Código de Processo Civil, ao estabelecer em seu artigo 145:
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será
assistido por perito, segundo o disposto no artigo 421.
Art. 421, caput – O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo.
Esclarecidas essas duas questões que levaram à edição de um segundo Decreto em espaço
de tempo tão curto, resta-nos comentar uma outra questão: a abrangência do adicional no que se
refere aos trabalhadores que efetivamente têm direito ao recebimento dessa remuneração adicio-
nal. A Lei 7369/85 foi editada a partir de um projeto de lei cuja justificativa não nos deixa dúvidas
quanto à intenção do legislador de atender a uma categoria profissional específica, a dos eletricitários,
ou seja, aqueles que trabalham no setor de energia elétrica. A própria leitura do artigo 1º da lei
7369/85 deixa isso muito claro:
Muito embora alguns intérpretes queiram nos levar a crer que a expressão “setor de energia
elétrica” inclua os setores de manutenção e afins de estabelecimentos usuários de energia elétrica,
parece-nos evidente que a lei se refere ao setor da economia, assim como nas expressões setor de
telecomunicações, setor de serviços, setor de transportes etc.
Entretanto, mesmo com essa redação, confirmada pelo Decreto 93412/86, que utilizou o
conceito de “sistemas elétricos de potência”, não foi essa a compreensão do meio jurídico em sua
grande maioria. Consolidou-se, ao longo desses anos, extensa jurisprudência a favor da maior
abrangência na aplicação da lei e do decreto. Chamando isso de “dinâmica da Lei” a favor do que se
Obs.1. os equipamentos e instalações referidos podem ser de alta ou baixa tensão, mas
devem ser integrantes de sistemas elétricos de potência;
Essa análise permite que o Quadro de Atividades/Área de Risco fique mais nítido e que os
detalhamentos ali apresentados nos sirvam de ajuda, sem tirar o foco das atividades principais.
Dessa Norma, transcrevemos na íntegra o item que trata da definição da expressão, acom-
panhado da nota que é parte integrante do texto:
A análise dos termos da Norma, tanto no sentido amplo quanto no restrito, deixa claro que a
expressão “sistemas elétricos de potência”, apresentada no Decreto 93.412/86, está de acordo
com o que preconiza a Lei 7.369/85, que utiliza o termo “setor de energia elétrica”. Sendo assim,
fica evidente o direcionamento da aplicação da remuneração adicional por periculosidade, para os
trabalhadores que operam em um setor da economia que tem o manejo da eletricidade como uma
atividade fim e, por conta disso, exclui os trabalhadores dos demais setores para os quais a energia
elétrica é um insumo. É bem verdade que essa exclusão não é total, uma vez que podemos ter
algumas situações específicas, nas quais outros setores da economia, na busca de uma auto-sufici-
ência energética possam incluir esse manejo como uma de suas atividades, ao construir usinas,
linhas e subestações. Nesses casos, o enquadramento far-se-á por analogia. Da mesma forma, há
empresas cujo tamanho requer um sistema próprio de distribuição de energia elétrica, e aí pode-
mos expandir a idéia expressa na Nota da NBR 5460 e enquadrar como sistema de distribuição da
empresa Y.
Art. 1º O empregado que exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade,
tem direito a uma remuneração adicional de trinta por cento sobre o salário que perceber.
Art 2º No prazo de noventa dias, o Poder Executivo regulamentará a presente lei, especifi-
cando as atividades que se exercem em condições de periculosidade.
Art 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto nº
92.212, de 26 de dezembro de 1985 e demais disposições em contrário.
ATIVIDADES
1. Atividades de construção, operação e manutenção de redes de linhas aéreas de alta e baixa
2.2 Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos,
condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras.
4.2. Construção de: valas de dutos, canaletas bases de equipamentos, estruturas, condutos
e demais instalações.
ÁREAS DE RISCO
FORMA REGULAMENTADORA
NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
28.1 FISCALIZAÇÃO.
28.1.1 A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto nos Decretos nº.
28.1.2 Aos processos resultantes da ação fiscalizadora é facultado anexar quaisquer docu-
mentos, quer de pormenorização de fatos circunstanciais, quer comprobatórios, podendo, no exer-
cício das funções de inspeção do trabalho, o agente de inspeção do trabalho usar de todos
os meios, inclusive audiovisuais, necessários à comprovação da infração.
28.1.4.1 O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a, no
máximo, 60 (sessenta) dias.
28.1.4.3 A concessão de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias fica condici-
onada à prévia negociação entre o notificado e o sindicato representante da categoria dos
empregados, com a presença da autoridade regional competente.
28.1.4.4 A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada item notifica-
do em até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da notificação.
28.2.2 A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente da inspe-
ção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo.
28.3 PENALIDADES.
28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre segurança e
saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no quadro de
gradação de multas (Anexo I), obedecendo às infrações previstas no quadro de classificação
das infrações (Anexo II) desta Norma.
• As empresas que possuem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
GRAU Nº EMPREGADOS 101 251 501 1001 2001 3501 Acima de 5000
DE NO TECNICOS a 250 a 500 a 1000 a 2000 a 3500 a 5000 ou para cada
RISCO grupo de 4.000
enfermeiro do trabalho 1*
médico do trabalho 1* 1* 1 1*
enfermeiro do trabalho 1
médico do trabalho 1* 1 1 1
enfermeiro do trabalho 1
médico do trabalho 1* 1 1 2 1
enfermeiro do trabalho 1
médico do trabalho 1* 1 1 2 3 1
(*) - Tempo parcial (mínimo de três horas) OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades,
Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos)
empregados, deverão contratar Enfermeiro do Trabalho em tempo integral.
• colaborar, quando solicitado, nos projetos para a implantação de novas instalações físicas
e tecnológicas da empresa;
A administração trata, desde seus primórdios, de organizar o trabalho de forma racional. A partir do
final do século XIX, começa a adquirir o status de ciência, com as tentativas de aplicação de métodos
científicos ao estudo e aprimoramento do trabalho, assim como ao desempenho do trabalhador. Desde então,
há sucessivas definições para esta atividade. Maximiano (1997), por exemplo, sugere que “a administração
é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos”.
A administração se caracteriza como uma atividade meio; não é um fim em si mesma. Admi-
nistrar diz respeito ao desempenho da organização como um todo, em um determinado contexto.
Desempenho, por sua vez, está relacionado aos conceitos de eficácia, eficiência e efetividade.
• Planejamento – diz respeito às decisões sobre objetivos, ações futuras e recursos neces-
sários para realizar objetivos.
No entanto, as organizações não são iguais; possuem objetivos e contam com recursos dife-
rentes entre si, atuam em campos distintos. Isto faz com que a administração de cada uma se
caracterize por ênfases distintas. Numa tipologia bastante sintética, podemos agrupar as organiza-
ções em: governamentais, privadas com fins de lucro e privadas sem fins lucrativos. Permeando estes
grupos, encontra-se o plano cultural onde atuam. Temos, assim, um quadro inicial de referência.
As organizações sem fins lucrativos atuam no âmbito da sociedade civil, onde o aspecto
político tem papel de destaque. São pautadas por interesses que podem variar desde um conjunto
• Administração científica
• Teoria clássica da administração
• Abordagem humanística da administração
• Teoria da contingência
• Mapeamento Ambiental
• Desenho Organizacional
• Adhocracia
• O Homem Complexo
Áreas da administração
• Administração financeira
• Administração da produção
• Administração pública
• Administração de Materiais
• Logística
• Marketing
• Recursos humanos
• Sistema de informação
• Organização de Sistemas e Métodos
1903...Administração científica
1909...Teoria da burocracia
1916...Teoria clássica da administração
1932...Teoria das relações humanas
1947...Teoria estruturalista
1951...Teoria dos sistemas
1953...Abordagem sociotécnica
1954...Teoria neoclássica da administração
1957...Teoria comportamental
1962...Desenvolvimento organizacional
1972...Teoria da contingência
• Escola das Relações Humanas - o homem como pessoa que busca a realização nas tarefas
que executa - indivíduos são seres sociais.
• Teoria de Elton Mayo, segundo a qual trabalho é uma atividade entre grupos informais.
• Teoria das Necessidades das Pessoas, de Maslow a comunicação informal exerce um papel
relevante entre os grupos informais de comunicação.
• Teoria X, de McGregor - pessoas preferem ser lideradas a terem que assumir responsabi-
lidades, o que permite a empresa adotar uma comunicação formal e vertical.
As necessidades e desejos das pessoas levam sua marca e não podemos mudá-las segundo
nossa vontade. Não é possível atribuir aos outros objetivos que são nossos e não da pessoa Não se
pode moldar as pessoas segundo planos que estejam fora delas mesmas.
T IPOS DE MOTIVAÇÃO
De um modo geral, as pessoas são levadas á ação, pelos seguintes fatores:
• Pressão social: a sociedade espera que as pessoas trabalhem. Muitas pessoas desejam se
casam porque a sociedade espera isso delas. Um funcionário procura progredir na empresa porque
é o que se espera dele.
• Fatores internos: Ocasionalmente encontramos pessoas que agem por conta própria. São
auto motivadas, que agem em função do que julgam bom para elas e para o bem comum. Agem por
consciência da conveniência de atingir objetivos fixados por elas próprias e pelo desejo de desfrutar
dos frutos de suas realizações.
Isto ocorre em ambientes em que confiança e lealdade estejam no centro das relações da
empresa. Onde prevalece a ética e o respeito mútuo entre as pessoas. Onde há esforço contínuo
para compatibilizar objetivos pessoais com objetivos empresariais.
L IDERANÇA
Liderança é o processo de influenciar pessoas no sentido de que ajam em prol dos objetivos
da organização. Devem existir, para tanto, um grupo humano, a presença do líder, e a observância
de princípios psicológicos e sociológicos que regem o ser humano.
São fatores predisponentes para o líder a autoridade organizacional (direito legal e funcional
em exercer a chefia), a autoridade moral (representada por valores, crenças, idéias, formação,
objetivos), e a competência (conhecimentos e habilidades técnicas).
Qualquer escolha que se faça numa organização implica numa tomada de decisão. A tomada
de decisão é o processo de responder a um problema, procurando e selecionando uma solução ou
ação que irá criar valor para os acionistas da organização, sendo o problema de diversas naturezas,
como o de procurar os melhores recursos, decidir como fornecer um serviço ou saber como lidar
com um competidor agressivo.
A criação de uma estratégia organizacional requer dos gerentes decisões não programadas
para encontrar a melhor forma de criar valor, usando as melhores habilidades e recursos. Para
essas decisões, os gerentes se baseiam em julgamento, intuição e criatividade para resolver os
problemas, e não em regras e normas. As organizações devem ter a capacidade para tomar ambas
as decisões.
Existem dois tipos principais de aprendizado: um, quando as pessoas procuram por uma
experiência com novas formas de atividades e procedimentos e outro, quando as pessoas buscam
aprender caminhos para refinamento das atividades e procedimentos existentes. Ambos são
necessários para aumentar a qualidade da tomada de decisão.
Uma organização que aprende, ou learning organization, é aquela que possui uma estrutu-
ra, cultura e estratégia desenhadas de forma a maximizar seu potencial de aprendizagem e que
incentiva a habilidade de seus empregados questionarem a forma de seu funcionamento e experi-
mentarem novas maneiras de atuar.
A criação de uma learning organization pode exigir uma atuação em quatro níveis:
A estrutura cognitiva dos gerentes, ou seja, seu sistema de crenças, preferências e valores,
podem ser mais uma razão para inibir um novo aprendizado, pois ela afeta a maneira como os
gerentes interpretam o problema e decidem a solução.
O maior efeito das influências cognitivas é fazer com que os gerentes percam suas habilidades
para aceitarem novos desafios em situações de mudanças, prejudicando, assim, a aprendizagem
organizacional e, conseqüentemente, seu crescimento e sobrevivência.
Os gerentes precisam ser estimulados a desaprenderem idéias antigas e testarem suas ha-
bilidades de tomada de decisão.
O time dos altos-executivos e as pessoas que o compõe, também afetam o nível de aprendi-
zagem organizacional e da qualidade das decisões. Quando é formado por pessoas de diferentes
segmentos e experiências, ou seja, quando é heterogêneo, favorece o aprendizado. Gerentes com
pontos de vistas diferentes podem evitar o pensamento coletivo ou a conformidade, quando pesso-
as com pensamentos parecidos reafirmam sua maneira de interpretar os eventos.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial é novo e ainda não foi uniformizado em
nível mundial. Ele se fortalece a partir da constatação de que as empresas têm um papel essencial
a cumprir, juntamente com os governos e a sociedade civil, na solução das imensas desigualdades
sociais e da quase irreversível catástrofe ambiental que vivemos neste início de milênio.
Para melhor entendê-lo, é preciso compreender os principais pilares sobre os quais se assenta:
• ampliação dos públicos com os quais a empresa deve se preocupar em suas decisões, que
passam a incluir todos aqueles que influenciam ou são influenciados pelos negócios da em-
presa (partes interessadas ou, em inglês, “stakeholders”);
• eliminação de qualquer tipo de discriminação de gênero, racial, ideológica, étnica, cultural, etc;
Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e
transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimen-
to de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preser-
vando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promo-
vendo a redução das desigualdades sociais.
A delegação envolve riscos, e, entre estes, estão a perda de controle, a delegação reversa e
até mesmo a perda do emprego.
Uma consideração importante para o gerente que tenta fazer o serviço de todos é que ele o faz
à custa da função para a qual foi contratado – administrar. O gerente assume a responsabilidade por
executar tarefa que foi delegada ao seu funcionário, tomando as rédeas da situação quando de um
impasse. Isso é a chamada delegação reversa, e muitas profissionais são especialistas nela. A delegação
reversa não observa o princípio de que a responsabilidade não pode ser delegada para um nível superior.
Outro risco relacionado à delegação ocorre quando um empregado tem tanta iniciati-
va que torna sua chefia desnecessária.. Esse é um problema ameaçador para um gerente. O
funcionário deveria ficar feliz se seu desenvolvimento resultasse em promoção, mas isto implica na
demissão de seu chefe. Neste caso, o funcionário deveria ter a oportunidade de desempenhar o
mais alto nível de responsabilidade possível, se isso fosse para melhorar o desempenho do grupo. O
gerente deveria então se esforçar para premiar essa pessoa corretamente, mesmo que isso signi-
ficasse transferi-la para outra área.
O empregado deve ser notificado de como o seu desempenho será medido. Expectativas
baixas tendem a produzir desempenhos baixos, e o oposto é verdadeiro, para expectativas altas.
Não manifestar o resultado do confronto entre os níveis de atuação ocorridos com os níveis de
expectativas definidos equivale a reconhecer os níveis realizados como aceitáveis; expectativas
altas significam estabelecer metas desafiadoras, mas realizáveis. O foco deve estar em resultados
motivadores e atingíveis. O gerente deve estabelecer objetivos e relatar periodicamente o progres-
so direcionado para esses objetivos.
É importante que o gerente tenha consciência das limitações de seus subordinados. A dele-
gação não pode ser efetivada quando o empregado não aceita responsabilidade adicional, ou não
tem qualificação para assumi-la. Saber quem pode assumir uma responsabilidade maior é tão im-
portante quanto saber quem é qualificado para o emprego.
Para obter bons resultados com as delegações das tarefas, recomenda-se basicamente que:
Seguem relações de termos técnicos mais freqüentes da língua inglesa que são específicos e
restritos às áreas de seguros, acidentes ambientais, automação industrial e recursos humanos,
vinculam-se também diretamente com as atividades de segurança do trabalho.
GLOSSÁRIO DE SEGUROS
Termo em Inglês ............ Termo em Português Act of God . caso de força maior / caso fortuito
accidental damage .............. dano involuntário actual value ................................ valor real
accidental death ................... morte acidental additional cost ....................... custo adicional
bodily harm ................................ lesão física motor vehicle ................... veículo automotor
bodily injury ............................... lesão física necessary information ... informação necessária
cause damage .......................... causar dano nuclear fuel .................... combustível nuclear
direct loss ................................. dano direto nuclear hazard ......................... risco nuclear
exercise rights ................. exercer os direitos partial loss .............................. perda parcial
fire alarm .... dispositivo de combate a incêndio peril insured against .................. risco coberto
high blood pressure .......... hipertensão arterial disablement ..................... permanente total
ionising radiations .............. radiação ionizante personal accident ................ acidente pessoal
life risk ................................... risco de vida personal belongings ................ objeto pessoal
loss by theft ........................ perda por roubo personal effects ........................ bens de uso
loss of use .............................. perda do uso personal injury ......................... dano pessoal
loss or damage ...................... perda ou dano physical damage ..................... dano corporal
malicious act .............................. ato doloso physical loss ........................... dano material
malicious mischief ....................... ato danoso proof of loss ............ comprovação do prejuízo
material damage ..................... dano material property damage .................. dano ao imóvel
medical report ..................... relatório médico repair the damage ................. reparar o dano
medical treatment ............ tratamento médico suffer loss ................................. sofrer dano
meet requirement ......... cumprir as exigências unlawful act ................................. ato ilícito
mental health ......................... saúde mental wear and tear ..... dano decorrente de desgaste
Bola de fogo. Fenômeno que se verifica quando o volume de vapor inflamável, inicial-
mente comprimido num recipiente, escapa repentinamente para a atmosfera e, devido
à despressurização, forma um volume esférico de gás, cuja superfície externa queima,
enquanto a massa inteira eleva-se por efeito da redução da densidade provocada pelo
superaquecimento.
Flashfire
Jato de fogo. Fenômeno que ocorre quando um gás inflamável escoa a alta velocidade e
encontra uma fonte de ignição próxima ao ponto de vazamento.
blue-collarworker . funcionário de fábrica, operário alarme contra incêndio ................. fire alarm
checkoff desconto automático em folha da con- assistência odontológica ..... dental assistance
tribuição sindical atestado médico .............. doctor’s statement
civil service exam ............... concurso público audiência ......................... court appearance
clock in .......... bater o cartão-ponto (entrada) aumento ........... salary increase, raise in pay,
COL allowance (cost of living -)ajuda de custo, autônomo (trabalhador, profissional) ..... self-
diária ................................................ employed
Department of Labor ................ Ministério do cleaning items that some companies in Brazil
........................... Trabalho norte-americano distribute monthly to their employees as a result
of agreements.
dismiss ................ demitir, dispensar, desligar
chefe (superior imediato) . boss, supervisor, the
dismissal ................ demissão, desligamento, person you report to
................................... rescisão trabalhista
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Aci-
doctor’s statement .............. atestado médico dentes) ................... Internal Commission for
the Prevention of Accidents - a commission of in-
drinking fountain ....................... bebedouro
house workers with the responsibility to prevent
educational background ....... formação teórica workplace accidents, in accordance with Brazilian
legislation.
educational level .............. grau de instrução,
............................................. escolaridade CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) Labor
Laws; Labor Code
employee ................................. empregado
CNI (Conselho Nacional de Imigração) National
employer ................................. empregador. Immigration Council - a department of the
Brazilian Ministry of Labor that decides about
employment contract ..... contrato de trabalho
work permits
empowerment ........................ energização;
contracheque ................ deposit confirmation
................... auto-capacitação; delegação de
...................... autoridade e responsabilidade contratados ................... temporary workers
fire ........................... pôr para a rua, demitir contrato de trabalho ................. employment
(se usado como verbo); fogo, incêndio (se usado .............................. contract, labor contract
como substantivo)
contribuição sindical .................. union dues,
fire alarm .................. alarme contra incêndio checkoff (desconto automático da contribuição
sindical)
fire brigade .................... brigada de incêndio,
...................... equipe de combate a incêndio crachá ............................................ badge
fire drill ..................... simulação de incêndio creche ............................. nursery, day care
fire escape .............. saída de emergência em delegação de autoridade ............. delegation;
....................................... caso de incêndio empowerment
fire extinguisher ............ extintor de incêndio descrição de cargo (ou de função) ............ job
description, job profile
fire fighting squad .......... brigada de incêndio,
equipe de combate a incêndio desemprego ......................... unemployment
first aid ........................... primeiros socorros dia de pagamento ........................... payday
full-time job .. emprego de expediente normal doença ocupacional ......... occupational illness,
health care plan ... plano de saúde, assistência empregador ................................. employer
médica emprego .............................................. job
hire ................................. contratar; alugar emprego direto ............................ direct job
job description (or job profile) ..... descrição de estabilidade no emprego ............ job security
cargo (ou de função), perfil de cargo
estágiário ............................. trainee, intern
job market .................... mercado de trabalho
estágio .......................... internship, training
job opportunities .............. oferta de trabalho extintor de incêndio ............. fire extinguisher
job security ............. estabilidade no emprego fazer hora extra ..................... work overtime
job seeker ......... aquele que procura emprego
feriado ... holiday (EUA), bank holiday (Inglaterra)
labor .................. mão-de-obra, esforço físico
férias .............. vacation, paid vacation (EUA),
....................... ou mental; trabalho de parto
............... holidays, paid holidays (Inglaterra)
labor contract ............... contrato de trabalho
férias coletivas .. shutdown (when a workplace
labor court .................... justiça do trabalho, closes and all the employees are placed on
junta de conciliação e julgamentol vacation at the same time). Embora dificilmente
ocorram, as expressões “collective vacation”
abor force ............................... mão-de-obra (EUA) e “collective holidays” (Inglaterra) pode-
riam também ser usadas para nos referirmos a
labor relations ............. relações trabalhistas, este sistema comum no Brasil.
relações industriais
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)
labor union .......... sindicato dos trabalhadores severance pay indemnity fund; employee’s
occupational safety and health ... segurança e horário de trabalho (de expediente) .. working
saúde no trabalho hours
paycheck .................. cheque através do qual junta de conciliação e julgamento . labor court
é feito o pagamento do salário; pagamento; sa-
justiça do trabalho ...................... labor court
lário
licença maternidade ............ maternity leave,
payday ............................ dia de pagamento ....................................... pregnancy leave
plaintiff ........ reclamante (a parte acusadora) mercado de trabalho .................. job market
profit sharing ............. participação nos lucros OIT (Organização Internacional do Trabalho)
ILO (International Labor Organization)
public employee ............... funcionário público
oferta de trabalho ............... job opportunities
raise in salary ................. aumento de salário
operação tartaruga ............. slow-down strike
recruit ............................. contratar, admitir
organograma ................. organizational chart
retirement ............................ aposentadoria
pensão alimentícia ........ alimony. Alimony and
retirement plan ......... plano de aposentadoria
court-ordered child support in Brazil are deducted
sack . botar para a rua (demitir sumariamente) directly from the payroll.
shift ........... turno; mudar, substituir, deslocar (Social Integration Program) with PASEP (Public
Servant Fund) occurred in 1975
shutdown ........... quando uma fábrica ou local
de trabalho fecha temporariamente e aos funci- plano de saúde .................... health care plan
onários são dadas férias coletivas. pôr na rua ...................................... to fire
sick leave .... licença para tratamento de saúde prestador de serviços .. independent contractor,
slow-down strike ............ operação tartaruga prevenção contra acidentes .. accident prevention
social investment ............ investimento social previdência social ....... social security, welfare
social security .................. previdência social, primeiros socorros .......................... first aid
seguridade social processo judicial .............................. lawsuit
spending money ........... ajuda de custo, diária reclamação trabalhista . labor claim, grievance
superior .................. superior imediato, chefe recursos humanos ............. human resources
Supreme Court ....... Supremo Tribunal Federal relações industriais .......... industrial relations
team work ..................... trabalho em equipe, relações trabalhistas ............. labor relations
trabalho em grupo
relógio-ponto ............................. time clock
temporary workers ...... contratados, safristas
repouso remunerado ........ weekly paid break
tenure .................................... estabilidade
rescisão trabalhista ......... rescission of a work
time card ............................... cartão-ponto contract; dismissal
turnover .................. rotatividade de pessoal safrista .... seasonal worker, temporary worker
workplace safety ......... segurança no trabalho tempo de serviço ........ length of employment;
seniority
workweek .......... jornada semanal de trabalho
terceirização ........ outsourcing (mais comum),
subcontracting, contracting out of services
trabalhador..................................... worker
Auxiliary Contacts ............ Contatos auxiliares Current Capacity ........ Capacidade de corrente
Background suppression ... Supressão de fundo Current Consumption ..... Consumo de corrente
Beam diameter ................. Diâmetro do feixe Dead zone ............................... Zona morta
proximidade indutivos
Dielectric constant ........... Constante dielétrica
Infrared sensor ............. Sensor infravermelho
Differencial Travel ............ Percurso Diferencial
False Pulse ................................. Pulso Falso Limit switch ................... Chave fim-de-curso
False trigger ....................... Disparo em falso Maximum Inrush Current ..... Corrente Máxima
de Ativação
Ferrous Metal ......................... Metal Ferroso
Maximum Load Current ....... Corrente Máxima
Flash point ........................... Ponto de brilho
de Carga
Flush Mounting .............. Montagem embutida
Micro Quick-disconnect ........Micro desconexão
Free Zone .................................. Zona Livre rápida
Glass fiber optic sensor ........... Sensor de fibra Minimum Load Current ....... Corrente de Carga
óptica de vidro Mínima
Heavy duty ....................... Aplicação pesada Mounting flange ................. Flange de fixação
Inductive load ........................ Carga indutiva Non-ferrous Metal .............. Metal não ferroso
(N.F.)
Proximity Switch .......... Chave de proximidade
Normally Open (N.O.) ..... Normalmente Aberto
Range .............................................. Faixa
(N.A.)
Range (2) ...................................... Alcance
NPN .................................................. NPN
Relay contacts ...................... Contatos a relé
Open circuit .......................... Circuito aberto
Relay output ............................ Saída a relé
Operating Distance .......................... Alcance
Repeatability ............................... Fidelidade
Operating Distance ...... Distancia de Operação
Residual Voltage ................... Tensão Residual
Operating Distance, Assured .. Alcance confirmado
Retroreflective Sensors .................. Sensores
Operating Distance, Rated ..... Alcance nominal
retroreflexivos
Operator interface ........ Interface de operação
Reverse polarity .............. Polaridade invertida
Side View Sensors ........... Sensores com vista Wells ........................................... Moldura
lateral
Wobble stick .......................... Haste Flexível
Travel ..........................................Percurso
O QUE É P SICOLOGIA ?
Ciência que se propõe ao estudo do comportamento humano e dos processos psíquicos,
facilitando a auto compreensão e o entendimento com o outro.
F ORMAÇÃO DO PSICÓLOGO :
R EGULAMENTAÇÃO DO CURSO :
Psicologia Clínica: Estuda maneira de lidar com os comportamentos humanos com base na
observação e análise aprofundada de casos individuais.
Psicologia do esporte: Estuda os fatores emocionais que afetam a performance dos atletas:
ansiedade, concentração, motivação, desenvolvimento interpessoal.
A ÇÕES :
• Resgate do ser humano no trabalho: auto-estima, motivação, trabalhos preventivos e
anti-estresse, participação em programas de qualidades de vida e prevenção de doenças
ocupacionais.
Resgatar o equilíbrio biopsicossocial do indivíduo para que este se sinta em harmonia com o
trabalho e consigo mesmo.
• Motivação.
• Aumento da produtividade.
• Estresse.
• Dependência química.
• Auto-estima rebaixada.
• Síndrome do Pânico.
• Insatisfação profissional.
ESCOLHENDO A PROFISSÃO
Dúvidas, incertezas, falta de informação, medos, insegurança são os sentimentos que to-
mam conta da vida do jovem na hora de definir o seu futuro profissional.
“Optar por um curso é mais que escolher uma carreira; é esboçar um projeto de vida”
A maioria das pessoas decide quanto à sua vida profissional quando ainda é muito jovem e
não tem experiência e discernimento suficientes. Esse momento coincide com uma fase de muitos
sonhos. Esses sonhos, porém, podem ser prejudiciais, aqueles que escondem o verdadeiro poten-
cial do jovem e o deixam preso às fantasias, ou ideais, aqueles sonhos possíveis que caminham com
a realidade.
• Importância do diálogo.
• Sucesso profissional.
• Qualidade de vida.
DICAS:
• Eliminar o que não gosta;
Além disso, podemos dizer que a diferença entre o trabalho formal (tarefa) e o trabalho real
(atividade), elemento fundamental do estudo do comportamento do homem no trabalho, permite
definir níveis da análise das atividades de trabalho, que podem servir à teoria psicológica geral.
Segundo essa ótica, há três grandes campos interdependentes, relativos ao estudo das ati-
vidades de trabalho:
A partir da distinção dos diferentes tipos de tarefas e dos diferentes circuitos de regulação,
pode-se mostrar que os comportamentos do homem no trabalho podem ser analisados segundo um
modelo clássico, tradicional, relativo à estrutura geral das atividades do homem no trabalho. Essa
distinção faz surgir três níveis de análise para os comportamentos do homem no trabalho.
Essa diferenciação de níveis tem conseqüências importantes para a análise dos comporta-
mentos do homem no trabalho. O que é central não é o que é mais visível. A tarefa induzida e a
tarefa atualizada só podem ser deduzidas e elas o serão a partir das diferenças constatadas entre
o que o sujeito deve fazer (tarefa prescrita) e o que ele realmente faz (tarefa realizada).
De fato, a pesquisa científica clássica, que exige a observação de algo que seja “observável”,
não é suficiente para que possamos deduzir, a partir das entradas (situação de trabalho) e das
saídas (comportamentos observáveis), o trabalho mental. Assim, necessitamos de modelos que
nos permitam orientar a observação dessas diferenças e interpretá-las.
Compreender essas diferenças supõe possuir uma concepção de atividade do trabalho. Para
isso nos basearemos, inicialmente, nos trabalhos de Faverge (1972), que distingue quatro compo-
nentes fundamentais no desenvolvimento das atividades do homem no trabalho: motora,
informacional, regulatória e intelectual. Ou seja, para Faverge, trabalhar consiste em:
• Detectar informações sobre o objeto de trabalho (ou através de uma interface), tratar
essas informações e responder sobre o objeto (ou através de uma interface), isto é, assegu-
rar uma comunicação entre o homem e o objeto de trabalho (atividade informacional);
• Manter uma variável em um valor de norma ou controlar para que ela não se desvie desse
valor (atividade regulatória);
As atividades gestuais, ainda que sejam menos importantes quando se pensa em atividades
mentais, podem ser um dos pontos-chaves na solução dos problemas provocados por esse tipo de
atividade. Numerosos estudos mostram que a manipulação dos instrumentos em profissões associ-
adas ao estudo ou à compreensão de textos, podem ter, nos gestos que se realizam, a origem das
dificuldades encontradas.
Inversamente, a análise dos trabalhos ditos “manuais”, que se centraliza nos aspectos gestuais,
também não podem ser plenamente compreendidos sem o concurso do intelectual. O essencial
situa-se ao nível da detecção das informações e da regulação das atividades de trabalho.
Um bom exemplo é dado por Ombredane e Faverge (1955), sobre o trabalho do pedreiro
colocando tijolos. Na fase de aprendizagem dessa profissão, insiste-se sobre a manipulação da colher,
do tijolo, da argamassa. Todos os tipos de instruções e indicações são fornecidas sobre a posição da
colher de pedreiro, sobre o posicionamento dos tijolos, sobre a maneira de aplicar a argamassa.
Faverge observa que, mesmo respeitando escrupulosamente essas instruções, o aprendiz tem ten-
dência a cometer erros no trabalho realizado, parecendo não compreender as regras. Os tijolos não
ficam bem alinhados, a superfície da parede não fica plana e assim por diante. Para corrigir esses
erros, Faverge mostra que a solução não consiste em efetuar melhor os gestos, como pensa o senso
comum, “no início é normal eles ficarem um pouco desajeitados”, mas sim descobrir referências
visuais e buscar informações que permitirão assentar corretamente o tijolo. Em outros termos, a
habilidade do pedreiro repousa na sua “visada”, que é a habilidade que ele desenvolve para nivelar o
assentamento dos tijolos. Qualquer que seja a situação de trabalho analisada, é necessário buscar o
significado e a importância dessas quatro componentes na atividade do sujeito observado.
Pelas razões expostas, houve grande difusão desse modelo na comunidade científica de
ergonomia, com uma formalização para os sistemas de apoio nos processos de tomada de decisão,
e apoiando o estudo das linguagens técnicas utilizadas em situações de trabalho específicas.
O modelo pode ser caracterizado por meio dos seguintes aspectos essenciais:
• Apresenta uma formalização das diferentes fases no tratamento das situações de trabalho;
• Distingue, a partir de possíveis saídas de cada uma das fases-chaves, três grandes tipos
de comportamentos;
Nessa atividade, duas fases, contendo várias etapas, podem ser distinguidas. A primeira é
uma fase de “análise” que conduz a um diagnóstico da situação. Essa fase compreende a ativação,
observação, categorização, interpretação e diagnóstico. A partir do diagnóstico, inicia-se a segunda
fase, que consiste na “planificação da ação”, compreendendo a avaliação, a definição da tarefa, a
definição dos procedimentos, conduzindo à execução do trabalho.
• Observação: a partir desse estado de alerta, o sujeito vai coletar dados sobre o dispositi-
vo técnico controlado, os sistemas de apresentação de informação e de apoio à decisão, e
sobre o ambiente de trabalho.
• Categorização: o sujeito dispõe assim de um conjunto de dados que vai lhe permitir decodificar
e coordenar a situação até construir uma representação mental quanto ao “estado do sistema”.
• Definição da tarefa: o sujeito vai, dentro do cenário estabelecido por essa estratégia,
fixar objetivos e determinar os meios para alcançá-los. Encontramos aqui o conceito de
“tarefa atualizada”.
Um susto ao volante de um veículo gera uma reação do motorista de pisar mais fundo no
acelerador o que, dependendo do que estiver à frente, pode ser um desastre. Por outro lado, a
experiência permite que se dirija um carro ou se reaja a uma situação de emergência quase que de
forma inconsciente.
A interpretação desses comportamentos varia segundo os autores. Para alguns (Valax, 1986),
o controle da seqüência da ação é automático e inconsciente, pois existe, por parte do sujeito, a
interiorização de procedimentos complexos. Para outros (Falzon, 1989), o sujeito é susceptível de
verbalizar esses tipos de comportamentos, o que permitirá uma explicitação das regras: ele tem
“consciência do que faz”. Veremos, na seqüência, que essa oposição pode ser proveitosa no plano da
pesquisa em ergonomia cognitiva.
A linearidade de um esquema não significa que a atividade também seja linear, o sujeito pode
proceder ajustamentos sobre as diferentes etapas, completar dados, rever sua categorização,
rever suas escolhas de estratégias, procedimentos.
INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
A novidade dos componentes com tela gráfica operados com auxílio de um mouse foi lançada
pela empresa Apple Computer, em 1984, com o produto denominado Macintosh.
Em 1987, a IBM lançou um sistema de tela gráfica denominado OS/2, que foi desenvolvido
em parceria com a Microsoft. A parceria foi desfeita em 1989, mas a IBM continuou o desenvolvi-
mento do produto, que atingiu o auge em 1996 com o OS/2 versão 4.0 denominado Merlin.
Em 1985, a Microsoft lançou um sistema de tela gráfica que não obteve sucesso de uso, foi
o Windows 1.0. Antes de terminar a parceria com a IBM, a Microsoft lançou o Windows 2.0 e, em
1990, o Windows 3.0, que começou a ser visto como uma alternativa viável para o crescimento de
usuários de computadores. Em 1992, quando foram lançados o Windows 3.1 e o Windows 3.11, o
sistema consagrou-se e a Microsoft chamou a atenção para o seu sistema. Todos os fabricantes de
software começaram a adaptar ou criar as versões de seus produtos para rodar na plataforma
Windows.
O CÉREBRO ELETRÔNICO
O computador é composto de uma unidade central de processamento e de periféricos. A
unidade central de processamento é chamada CPU (Central Processing Unit) ou UCP, e os periféri-
cos mais utilizados são: Monitor de Vídeo, Teclado, Impressora, Disco Flexível e Disco Rígido ou
Winchester. Além dos periféricos da CPU o computador possui diversos componentes eletrônicos
assim como as memórias. Lembre-se: Memória é qualquer lugar onde os dados podem ser
armazenados.
O COMPUTADOR
Um computador, conjunto de componentes e equipamentos adequadamente estruturado,
tem duas partes diferentes que funcionam em conjunto:
OS DISCOS
Os discos, quando rígido “HD” - winchester, quando flexíveis - disquetes, são dispositivos de
entrada e saída, capazes de armazenar dados. A unidade que representa esse volume de dados
gravados em um disco ou outro dispositivo de armazenamento é o byte que representa um caractere.
As outras grandezas são: Kilobyte = 1024 bytes; Megabytes = 1024 Kilobytes; Gigabyte = 1024
megabytes, Terabyte=1024 gigabytes.
Os discos de CD’s e DVD´s não têm o problema de desmagnetização, todavia, ele pode ser
riscado e, nesse caso, a leitura do disco estaria comprometida. Por precaução, procure ter os
mesmos cuidados empregados aos disquetes. Obs.: devemos lembrar que além dos discos temos o
Pendrive com valor de armazenamento de dados igual ou maior que os CDs atuais, sendo utilizado
somente por porta USB.
MICROSOFT WINDOWS XP
INTRODUÇÃO
O Microsoft Windows XP traz maior estabilidade e segurança com um sistema operacional
que aposenta de vez o velho MS-DOS. Essa nova versão herda do Windows NT algumas qualidades
que fazem do XP a melhor escolha tanto para o uso doméstico como para o uso em empresas.
O XP quer dizer eXPeriência, pois o usuário terá uma nova experiência ao utilizar o sistema
operacional, ficando livre de travamentos, erros fatais ou operações ilegais, além de contar com
uma interface mais bonita. Com uma melhoria no visual o sistema conta com novidades e alguns
aprimoramentos nos recursos já existentes.
I NICIALIZANDO O W INDOWS XP
Para carregar o sistema operacional.
1. Ligue o computador.
2. Após alguns segundos o Windows XP estará completamente carregado e pronto para ser
utilizado.
E NCERRAR O W INDOWS XP
Antes de desligar o computador, o Windows deve ser desligado corretamente.
B OTÃO I NICIAR
No canto inferior esquerdo, encontra-se
o botão Iniciar, principal meio de locomoção e
navegação do Windows. Através do botão
“Iniciar” é possível abrir novas opções de
navegação do Windows.
RELÓGIO
O relógio do sistema encontra-se no canto inferior direito. É possível exibir e alterar as horas,
dias, meses e ano no sistema.
P AINEL DE CONTROLE
O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de dispositivos e opções
em utilização como vídeo, resolução, som, data e hora, entre outros. Essas opções podem ser
controladas e alteradas pelo usuário, daí o nome Painel de controle.
O Word Pad não permite criar tabelas, rodapé nas páginas, cabeçalho e mala direta. Portanto
é um programa criado para um primeiro contato com os produtos para escritório da Microsoft.
3. Clique em WordPad.
Figura 4.5
W INDOWS E XPLORER
O Windows Explorer exibe a estrutura hierárquica
de arquivos, pastas e unidades no computador. Ele
também mostra as unidades de rede que foram
mapeadas para letras de unidades do computador.
Usando o Windows Explorer você pode copiar, mover,
renomear e procurar por arquivos e pastas.
Figura 4.9
Através do botão direito do mouse possível realizar diversas operações. Por exemplo, renomear
uma pasta.
2. Caminhe por entre os diretórios e pastas, localize o arquivo que deseja copiar ou recortar.
3. Selecione o arquivo e clique no menu Editar. Para recortar o arquivo, clique em Recortar ou
clique em copiar para criar uma cópia em outro diretório ou pasta.
Figura 6.9
Figura 7.1
Figura 7.2
O QUE É A I NTERNET ?
A Internet é uma gigantesca rede mundial que interliga computadores do mundo inteiro.
Imagine uma “rede” ligando milhões de pessoas que têm a oportunidade de acessar informações,
conversar, trocar arquivos, etc., instantaneamente. Isso é a Internet.
É como se a Internet fosse um grande conjunto de estradas ligando várias cidades. Por essas
“estradas” circulam informações de vários tipos: textos, imagens, sons, etc. Utilizando um computador,
você pode acessar essas informações e se comunicar com outras pessoas.
E NDEREÇOS ELETRÔNICOS
Os endereços eletrônicos têm formato específico, observado o exemplo seguinte:
Nome da
Localidade
Protocolo Empresa
da página
http://www.microsoft.com.br
World Comercial
Wide Web
Esse é um endereço (URL), situado na WWW, com fins comerciais e localizado no Brasil,
atribuído à empresa Microsoft.
www: Significa que essa é uma página Web, ou seja, aqui é possível visualizar imagens,
textos formatados, ouvir sons, músicas, etc. Resumindo é a parte gráfica da Internet.
com: Indica que o Website é uma organização comercial. Dependendo do tipo de site que se
acessa, essa terminação pode variar. Veja alguns exemplos abaixo:
br: Indica que o Website é uma organização localizada no Brasil, assim como nos EUA é “us”.
O botão ao lado possibilita voltar à página em que você acabou de sair, ou seja, se você
estava na página da Microsoft e agora foi para a da Sun Microsystems, esse botão lhe
possibilita voltar para a da Microsoft sem ter que digitar o endereço (URL) novamente na
barra de endereços.
O botão Parar tem como função óbvia parar o download da página em execução, ou
seja, se você está baixando uma página que está demorando muito utilize o botão Parar para
finalizar o download.
O botão Atualizar tem como função rebaixar a página em execução, ou seja, ver o que
há de novo na mesma. Geralmente utilizado para rever a página que não foi completamente
baixada, faltando figuras ou textos.
O botão Página inicial tem como função ir para a página em que o seu navegador está
configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário. Geralmente o IE 5 está configura-
do para ir a sua própria página na Microsoft.
Clicando-se nesse botão, abre-se uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá
listar os principais sites de busca na Internet, tal como Cadê, Lycos, Altavista etc. A partir daí
será possível encontrar o que você está procurando (e isso será abordado mais detalhadamente
nas próximas páginas).
O botão Favoritos contém os Websites mais interessantes definidos pelo usuário, porém
a Microsoft já utiliza como padrão do IE 5 alguns sites que estão na lista de favoritos. Para você
adicionar um site na lista de favoritos clique com o botão direito em qualquer parte da página
de sua escolha e escolha Adicionar a favoritos. Utilizamos esse recurso como atalho para
acessar nossas páginas preferidas.
O botão Histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram os sites visitados
nas últimas quatro semanas, com isso você pode manter um controle dos sites que você
passou nesse período. Bastante útil para usuários esquecidos.
Semelhante ao botão Favoritos, o botão de Canais tem como função exibir uma série
de sites desenvolvidos especialmente para o IE 5, ou seja, que tem um maior desempenho
caso sejam visualizados através do IE 5.
O CORREIO ELETRÔNICO
O QUE É UM CORREIO ELETRÔNICO?
O correio eletrônico (eletronic mail = e-mail) é um dos serviços mais elementares e mais
importantes disponíveis na Internet. Basicamente, o correio eletrônico é a troca de mensagens
(cartas, memorandos, etc., em formato eletrônico) entre dois ou mais usuários da Internet. Uma
das grandes vantagens do correio eletrônico é sua rapidez na entrega da correspondência. Em
questão de segundos as mensagens atravessam diversos computadores em diversos países para
chegar ao seu destino. A troca de mensagens chega a ser tão rápida que, se um usuário mandar
uma mensagem para outro, e esse último estiver usando o computador naquele momento, pode
responder imediatamente, e em questão de minutos a sua resposta poderá já estar de volta. O
correio eletrônico guarda muitas semelhanças com o correio tradicional.
Existem diversos programas para utilizar correio eletrônico, mas basicamente todos os pro-
gramas são capazes de duas operações básicas:
IMPRIMIR MENSAGENS
Os programas em geral permitem que se imprima uma mensagem em uma impressora local.
<texto da mensagem>
nome do remetente
Uma mensagem eletrônica contém texto e cabeçalho. Esse cabeçalho contém informações impor-
tantes, entre elas o destinatário (no campo To:); o remetente (no campo From:) e o assunto (no campo
Subject:) da mensagem. Uma mensagem pode ser endereçada a uma pessoa, a um conjunto de pessoas
ou ainda a um programa de computador.
O endereço eletrônico é análogo ao endereço postal. Para enviar uma carta no sistema de
correios tradicional, é necessário o nome do destinatário, a rua, o número da casa, a cidade, o CEP,
o país, etc. Com base nessas informações o carteiro entrega a carta ao destinatário. No endereço
eletrônico existe algo semelhante, em que os carteiros são os computadores.
[email protected]ís ou [email protected]ínio
Esses endereços são compostos de duas partes básicas, separadas pelo símbolo “@” (“at”,
que significa “em” na língua inglesa). A primeira parte indica o nome do usuário específico, por
exemplo paulo ou mariasilva. A segunda parte é o nome de uma máquina na Internet, indicada
usando-se uma de duas convenções básicas. Na primeira convenção, o formato usado inclui o local
onde o usuário é encontrado (universidade, empresa, etc.), que pode ser composto por mais de um
nome separados por um ponto (“.”); e o país, que é um código indicando o nome do país. Alguns
exemplos de códigos de países:
br – Brasil
uk – Inglaterra (United Kingdon)
pt – Portugal.
2. Quando escrever para um fórum de discussão, tenha sempre em mente que uma ou mais
pessoas lerão sua mensagem. Portanto, seja claro no texto e procure não ofendê-las. Exis-
tem muitas discussões na rede e de vez em quando as pessoas usam linguagem ofensiva
(por exemplo, palavrões), ou escrevem com um tom de raiva ou ironia que normalmente não
usariam pessoalmente. Muitos se sentem protegidos pela distância, pela “frieza” do teclado/
vídeo, bem como pela ausência de contato visual ou auditivo. Mal-entendidos acontecem
freqüentemente! Se você ofendeu alguém e não era sua intenção, retrate-se imediatamen-
te. Se você expressar alguma idéia aparente ou possivelmente ofensiva, mas com intenção
de fazer uma brincadeira, coloque sempre uma indicação de que isso não é para ser levado a
sério - por exemplo, pondo um smiley após a frase.
3. Ao responder uma mensagem (reply), é muito comum citar-se parte da mensagem origi-
nal para colocar contexto em sua resposta. Para ajudar a distinguir o que é parte da mensa-
gem original e o que é parte da resposta, muitos sistemas permitem que se coloque automa-
ticamente um sinal no início de cada linha da mensagem que está sendo citada. O sinal mais
comum é ‘>’. O recurso da citação em resposta é muito prático, mas use-o com bom senso.
Evite citações muito extensas, pois além de perder o sentido da focalização do assunto, fica
enfadonho e desperdiça o uso da rede. Por exemplo, não faz sentido citar uma mensagem de
cem linhas para apenas adicionar uma linha dizendo “apoiado”. Corte partes da mensagem
original se necessário. Quando em uma discussão com um grupo de pessoas, procure manter
o assunto de sua mensagem dentro do assunto original. Se quiser mudar de assunto, escre-
va uma mensagem nova.
4. Quando mandar uma mensagem eletrônica, não deixe de fornecer um subject claro e
definido. Não adianta escrever subjects como “Oi” ou “matemática”, pois esses não expres-
sam com exatidão o conteúdo da mensagem. Quando se envia mensagens para um conjunto
de pessoas, os leitores se baseiam no subject para ler a mensagem, porque podem ser
centenas delas e não dá para ler todas. Um subject claro facilita a triagem das mensagens.
Por isso, prefira subjects curtos e informativos, como, por exemplo, “inflação zero no Brasil”
ou “procuro colecionadores de selos”.
5.Não ponha anúncios comerciais ou qualquer truque visando ganhar dinheiro em listas de
distribuição ou newgroups que não sejam específicos para essa finalidade. Mensagens do tipo
“corrente” ou “como ganhar dinheiro fácil” são particularmente ignoradas pelos usuários da
rede.
7. Quando escrever em português para uma pessoa que fala outra linguagem não use os
caracteres acentuados. Isso deve ser evitado pois o equipamento do destinatário pode não
entender esses caracteres, tornando ilegível a mensagem.
8. Escreva as mensagens com linhas de no máximo 70 caracteres, pois assim elas não
ficarão quebradas quando forem adicionados os “>“ nas eventuais respostas. Também não
use o <TAB> para fazer espaçamento, pois nem todos os terminais reconhecem esse cará-
ter. Use espaços simples em vez de <TAB>.
2. Tome sempre cuidado com o destinatário da mensagem. Não mande mensagens pessoais
para múltiplos destinatários, pois centenas ou milhares de pessoas vão receber essa mensa-
gem. Além de revelar aspectos privados das pessoas envolvidas (o que pode ser embaraço-
so), isso gera um tráfego desnecessário de mensagens. Alguns programas diferenciam co-
mandos de reply para o remetente ou para todas as pessoas para quem a mensagem foi
enviada; verifique com cuidado qual está sendo usada em cada caso.
Hoje, o setor de segurança e saúde no trabalho é multidisciplinar e tem como objetivo principal
a prevenção dos riscos profissionais. O conceito de acidente é compreendido por um maior número de
pessoas que já identificam as doenças profissionais como conseqüências de acidentes do trabalho.
Diante desses fatos, muitas dúvidas têm sido levantadas sobre os riscos de acidentes no uso
de computadores. Entre eles, destacam-se os chamados riscos ergonômicos. A Ergonomia é uma
ciência que estuda a adequação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficien-
te.
A exposição do trabalhador ao risco gera o acidente, cuja conseqüência nesses casos tem efeito
mediato, ou seja, ela se apresenta ao longo do tempo por ação cumulativa desses eventos sucessivos.
É como se a cada dia de exposição ao risco, um pequeno acidente, imperceptível, estivesse ocorrendo.
As conseqüências dos acidentes do trabalho desse tipo são as doenças profissionais ou ocupacionais.
No caso específico dos profissionais que têm o computador como instrumento de trabalho
diário, a prevenção dos riscos ergonômicos relacionados ao seu uso deverá ser motivo de atenção
e interesse, observando, entretanto, que a legislação e as normas técnicas estão inseridas no
contexto maior de uma avaliação completa do ambiente de trabalho. O bem-estar físico e psicoló-
gico dos trabalhadores reflete-se no seu desempenho profissional e é resultado de uma política
global de investimento em segurança, saúde e meio ambiente.
Dores de cabeça e irritação nos olhos também são sintomas associados ao uso de computa-
dores. Eles ocorrem após o trabalho prolongado e contínuo e são conseqüências da fadiga visual. A
iluminação do ambiente é um fator fundamental para reduzir a incidência desses sintomas, princi-
palmente no que diz respeito a evitar reflexos na tela do monitor. Além disso, os olhos também
requerem pausas regulares para descanso, da mesma forma que os pulsos, dedos, pescoço, enfim,
as partes do corpo diretamente exigidas pelo trabalho.
O estresse físico e psicológico é outra conseqüência de uma utilização sem controle do com-
putador, vinculado a jornadas longas, trabalhos em turno e noturnos. É interessante observar que a
interface do programa que é utilizado também influi diretamente no desempenho e no estado geral
do usuário. O trabalho intenso com um programa que tenha uma interface pouco amigável gera
maior número de erros, o que é acompanhado de irritação, desconforto e cansaço. A Ergonomia
também abrange estudos sobre esse aspecto da relação homem-máquina, ou seja, o desenvolvi-
mento ou o aperfeiçoamento da interface, tornando-a cada vez mais intuitiva, direta e objetiva.
A utilização de mobiliário adequado é muito importante, mas isso constitui apenas uma parte
de um processo mais amplo, que é a construção de um ambiente de trabalho seguro e saudável. O
ambiente de trabalho precisa ser adequado ao homem e à tarefa que ele vai desempenhar. Quando
se fala em mesas, cadeiras e teclados ergonômicos, entre outros itens, o que efetivamente os
caracteriza é a sua flexibilidade, sua capacidade de se ajustarem às características específicas dos
seus usuários, aqui compreendidas, em especial, a altura, peso, idade e atribuições.
• o monitor deve estar com sua parte superior ao nível dos olhos do usuário;
• o monitor deve ser ajustado para não permitir reflexos da iluminação do ambiente;
• se há entrada de dados, deve ser usado um suporte para documentos, para evitar os
movimentos repetidos do pescoço;
• o usuário deve fazer pausas regulares para descanso, levantar, caminhar e exercitar os
pulsos e pescoço com movimentos de flexão e extensão.
A adoção desses procedimentos irá contribuir para um trabalho mais seguro, desde que as
condições do ambiente estejam adequadas ao tipo de trabalho que ali se desenvolve, entendendo
essas condições como o controle dos níveis de iluminação, ruído, temperatura, umidade do ar e
outros agentes, cuja presença possa representar riscos.
OBJETIVOS MENSURÁVEIS
• Treinar a força de venda para obter um aumento deflacionado das vendas.
pessoal empregados.
OBJETIVOS QUANTIFICADOS
• Modificação do comportamento profissional do treinando.
• Com base nessas opiniões, surgem as propostas alternativas para a solução do problema
apresentado.
• Finalidade do grupo: o que os treinados devem fazer; quais são seus objetivos.
• Número de participantes.
6. Painel: Reúne vários especialistas, entre três e seis, analisando determinados assuntos,
diante de um grupo de assistentes com os quais são debatidas matérias pertinentes, de
forma descontraída, sob a orientação de um instrutor.
7. Simpósio: Reúne dois ou mais especialistas sobre um determinado assunto, sob a orienta-
ção de um coordenador. Os orientadores deverão expor partes ou enfoques diversos de um
mesmo tema, de tal forma que uma exposição complemente a outra. O auditório participa
das apresentações e encaminha questões aos apresentadores.
8. Jogo de Empresas: Técnica, conhecida também como Jogo Administrativo e Jogo de Negóci-
os, que utiliza modelo simulado de situações de trabalho, voltado para o mundo dos negócios.
1. AULAS EXPOSITIVAS
Aspecto positivo: Apresenta a possibilidade de transmitir informações a um número
relativamente grande de pessoas, ao mesmo tempo.
Aspecto negativo: Existe pouca ou nenhuma oportunidade de prática por parte dos
treinandos, ausência de reforço imediato e praticamente retroação (feedback) ao ins-
trutor e treinandos.
5. SIMULAÇÃO
Aspecto positivo: Aquisição de habilidades necessárias à operação de máquinas ou à
adaptação do homem a ambientes hostis, mas principalmente quando o custo da opera-
ção real é bastante elevado.
6. INSTRUÇÃO PROGRAMADA
Aspecto positivo: Permite ao treinando trabalhar sozinho e progredir no seu próprio
ritmo. Apresenta as matérias decompostas em seqüências ordenadas, sendo ensinado,
em cada seqüência, um único elemento. Avisa o treinando da qualidade da resposta.
Não permite ao treinando continuar, se não entendeu ou não aprendeu as doses ou
seqüência anteriores.
2. Rodízio de funções: Leva o funcionário a passar por diversos cargos, afins ou não ao seu,
possibilitando-lhe a oportunidade de conhecer e exercer atividades diversas das que executa
normalmente na empresa.
MÉTODO EXPOSITIVO
O Método Expositivo consiste na apresentação oral de um determinado assunto, com base
numa exposição programada, destinando-se tanto ao treinamento individual como à formação em
grupo. Uma exposição oral atrativa, dinâmica e objetiva constitui-se em excelente método de treina-
mento comumente empregado pelas empresas no preparo de seus empregados. Subdivide-se em
dois tipos: exposição fechada, sem oportunidade de diálogo entre apresentador e ouvintes, e exposi-
ção aberta, quando os ouvintes participam dos debates e conclusões sobre o tema apresentado.
TÉCNICAS EXPOSITIVAS
As Técnicas Expositivas dividem-se em palestras e conferências. As palestras são processos
complementares no desenvolvimentos de outras técnicas. Não é recomendável a utilização isolada
ou exclusiva de palestras na execução de um determinado programa de treinamento. As conferên-
cias são recursos de técnica expositiva de formato mais formalizado que os apresentados em uma
palestra, não se distinguindo desta entretanto essencialmente.
São classificadas em dois tipos: as técnicas aplicadas antes do ingresso no trabalho (treina-
mento de indução ou de integração) e as aplicadas depois do ingresso no trabalho.
• Diminuição acentuada dos acidentes e do desperdício pela melhoria das técnicas de trabalho.
As lideranças da empresa devem ser responsáveis, em conjunto com suas equipes, por definir
os indicadores para avaliação do treinamento e desenvolvimento, sempre voltados aos objetivos da
empresa. Perguntas como “Aonde pretendemos chegar?”, “Onde estamos?”, “O que poderemos
fazer para chegar lá?” e “O que nos falta para chegar lá?” precisam ser respondidas.
O treinamento poderá responder a algumas delas, mas deve-se considerar outros fatores,
como a comunicação interna, a cultura da empresa e os formatos de treinamento que devem ser
aplicados. Há diversos perfis de pessoas na empresa e elas aprendem de maneiras diferentes, por
isso é fundamental conhecer o público interno. É preciso desenvolver um plano que envolva, por
exemplo, aulas presenciais, vídeo, áudio, bibliotecas e demais recursos, para atender aos diferen-
tes perfis.
7- Compartilhe;
8- Seja o exemplo,
NOME:
CARGO:
SETOR/DEPTO:
_____________________________________________
ASSINATURA DO PARTICIPANTE
OS FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1. O RIGEM E EVOLUÇÃO
Historicamente, o termo ergonomia foi utilizado pela primeira, em 1857, pelo polonês W.
JASTRZEBOWSKI, que publicou um “ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis
objetivas da ciência da natureza”. A ergonomia veio a se desenvolver como uma área de conheci-
mento humano, posteriormente, quando, durante a II Guerra Mundial, pela primeira vez houve uma
efetiva conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas e biológicas.
Cientistas de diversas áreas trabalharam juntos para resolver problemas causados pela operação
de equipamentos militares complexos. Os resultados desse esforço interdisciplinar foram frutíferos
e aproveitados pela indústria, no pós-guerra.
Em 1960, a OIT definiu ergonomia como sendo a “aplicação das ciências biológicas conjunta-
mente com as ciências da engenharia para lograr o ótimo ajustamento do ser humano ao seu
trabalho, e assegurar, simultaneamente, eficiência e bem-estar” ( MIRANDA,1980).
• impostas aos usuários de veículos, em caso de acidentes, bem como a segurança ativa
que esses veículos devem proporcionar para evitar acidentes.
A evolução da ergonomia e áreas relacionadas afins, que tem motivado estudos por parte
dos diversos grupos de pesquisa, repercute nas abordagens teóricas, nas técnicas, na terminologia
e nas discussões na literatura, enfatizando a importância dessas áreas emergentes. Além disso, a
ergonomia é direcionada a atividades específicas e caracterizadas por constantes modificações e
inovações, como é o caso das tecnologias relacionadas à gestão de sistemas de informação e de
conhecimento.
2. C ONCEITOS
A palavra ergonomia deriva dos vocábulos gregos “ergon”, trabalho, e “nomos” que significa
“regras” ou “leis naturais”. É o estudo da interação humana com o ambiente de trabalho. Ou, ainda,
é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e produtiva entre o
ser humano e seu trabalho. Enfim, objetiva basicamente ajustar de forma ideal as condições de
trabalho às características do ser humano.
De acordo com HENDRICK (1994), a ergonomia, em termos de sua tecnologia singular, pode
ser definida como “o desenvolvimento e aplicação da tecnologia de interface do sistema ser huma-
no-máquina. Ao nível micro, isso inclui a tecnologia de interface ser humano-máquina, ou ergonomia
de hardware; tecnologia de interface ser humano-ambiente, ou ergonomia ambiental, e tecnologia
de interface usuário-sistema, ou ergonomia de software (também relatada como ergonomia cognitiva
porque trata como as pessoas conceitualizam e processam a informação). Num nível macro temos
a tecnologia de interface organizacão-máquina, ou macroergonomia, que tem sido definida como
uma abordagem top-dow do sistema sócio-técnico”.
IIDA (1993) define a ergonomia como “o estudo da adaptação do trabalho ao ser humano”.
Nesse contexto, o autor alerta para a importância de se considerar além das máquinas e equipa-
mentos utilizados para transformar os materiais, também toda a situação em que ocorre o relacio-
namento entre o ser humano e o seu trabalho, ou seja, não apenas o ambiente físico, mas também
os aspectos organizacionais de como esse trabalho é programado e controlado para produzir os
resultados desejados.
A Ergonomics Research Society do Reino Unido, define ergonomia como “o estudo do relaci-
onamento entre o ser humano o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente, a
aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia, na solução de problemas surgidos
nesse relacionamento”.
• a perspectiva do uso desses dispositivos técnicos pela população cormum dos trabalhado-
res disponíveis, por suas capacidades e limites, sem implicar a ênfase numa rigorosa seleção.
Segundo SANTOS e ZAMBERLAN (1992), a “ergonomia tem como finalidade conceber e/ou
transformar o trabalho de maneira a manter a integridade da saúde dos operadores e atingir
objetivos econômicos. Os ergonomistas são profissionais que têm conhecimento sobre o funciona-
mento humano e estão prontos a atuar nos processos projetuais de situações de trabalho, interagindo
na definição da organização do trabalho, nas modalidades de seleção e treinamento, na definição do
mobiliário e ambiente físico de trabalho”.
Ela foge da linguagem simples das aptidões que define apenas as qualidades exigidas do
operador para a execução do trabalho, procurando informações mais amplas a respeito das condi-
ções materiais necessárias para executá-lo. Leva em conta termos como: esforço, julgamento,
atenção, concentração, percepção, motivação que o psicólogo, às vezes, não leva em consideração,
orientando-se apenas no sentido da seleção.
Uma ampla definição é dada por VIDAL et al. (1993), segundo a qual a “ergonomia tem
como objeto teórico a atividade de trabalho, como disciplinas fundamentais a fisiologia do trabalho,
a antropologia cognitiva e a psicologia dinâmica, como fundamento metodológico a análise do tra-
balho, como programa tecnológico a concepção dos componentes materiais, lógicos e organizacionais
de situações de trabalho adequadas às pessoas e aos coletivos de trabalho. Tem ainda como meta
de base a discussão e interpretação sobre as interações entre ergonomistas e os demais atores
sociais envolvidos na produção e no processo de concepção, buscando entender o lugar do
ergonomista nestas ações, assim como formar
seus princípios deontológicos”.
A ergonomia tem sua base centrada no ser humano e essa antropocentricidade pode resga-
tar o respeito ao ser humano no trabalho, de forma a se alcançar não apenas o aumento da
produtividade, mas sobretudo uma melhor qualidade de vida no trabalho.
MARCELIN e FERREIRA (1982), comentam que a maioria dos conhecimentos utilizados pela
ergonomia não são próprios dela, mas “emprestados” de outras disciplinas, particularmente da
fisiologia e da psicologia do trabalho. A organização e a utilização desses conhecimentos. em uma
determinada situação de trabalho, ou seja, a metodologia empregada, essa sim, é própria da
ergonomia. A. WISNER (op. cit.), considera mesmo, ser a metodologia o domínio preferencial das
pesquisas em ergonomia.
Uma das metodologias mais utilizadas na atualidade, em especial nas escolas de linha fran-
cesa, é a de Análise Ergonômica do Trabalho - AET, que procura estudar o trabalho não só na sua
dimensão explícita (tarefa), conforme definido pela engenharia de métodos, mas, sobretudo, na sua
dimensão implícita (atividades), característica do conhecimento tácito do pessoal de nível operacional.
Da mesma forma, WISNER (1982) propõe uma abordagem mais ampla da ergonomia, desig-
nada antropotecnologia, quando do processo de transferência de tecnologia de um país para outro,
de uma região para outra de um mesmo país, ou mesmo de um laboratório de pesquisa para o setor
empresarial. Segundo esse autor, além das considerações ergonômicas tradicionais, é necessário,
também, levar em consideração os aspectos de natureza contingencial: cultura, geografia, aspec-
tos sócio-econômicos, clima, etc.
Em sua evolução conceitual, verifica-se que a ergonomia, hoje, constitui uma ferramenta de
gestão empresarial. De nada adianta a certificação de qualidade de processos e produtos, se não se
consegue certificar sentimentos, crenças, hábitos, costumes, isto é, certificar o ser humano. Uma
das formas de compatibilizar os sistemas técnico e social, evidentemente, o que preceitua a ergonomia
: a visão antropocêntrica.
4. O S TIPOS DE ERGONOMIA
Na aplicação prática, várias têm sido as designações dadas à ergonomia. Sem procurar
estabelecer uma tipologia ergonômica, apresentaremos a seguir uma categorização definida a par-
tir das diferentes designações encontradas na literatura:
5. D ISCIPLINAS DE BASE
• Pequenas melhorias
• Reprojetação ergonômica
• Pausas
A ergonomia pode ser aplicada nos mais diversos setores da atividade produtiva. Em princí-
pio, sua maior aplicação se deu na agricultura, mineração e, sobretudo, na indústria. Mais recente-
mente, a ergonomia tem sido aplicada no emergente setor de serviços e, também, na vida cotidia-
na das pessoas, nas atividades domésticas e de lazer.
Nas organizações, além das áreas formalmente responsáveis pela Segurança e Higiene no
Trabalho, os funcionários envolvidos nas investigações de acidentes e inspeções de segurança e
saúde necessariamente deverão ter a compreensão geral dos princípios ergonômicos, aplicá-los na
realização de suas atividades e orientar os trabalhadores quanto à correção da postura e dos
movimentos durante a execução das tarefas laborais. Esses profissionais, para desenvolver laudos
e análises técnicas ergonômicas, devem atuar nos postos de trabalho em conjunto com engenhei-
ros e técnicos de segurança.
A S LER/DORT - C ARACTERIZAÇÃO
• Referem-se a um conjunto de doenças;
• Pressão explícita ou implícita para manter esse ritmo (chefias, acúmulo de tarefas, filas,
• Patamares de metas de produção crescentes, sem mudanças nas condições para atingi-las;
• Ambiente de trabalho desconfortável: muito seco, muito frio, muito quente, pouco ilumi-
nado, barulhento, apertado etc.
A S LER/DORT - M ANIFESTAÇÕES
A ocorrência de LER/DORT vem-se expandindo de maneira temerária, apesar de os casos
ainda serem proporcionalmente pouco notificados. Atualmente, a expansão dessa síndrome adquire
as características de epidemia, mesmo quando nos referimos apenas aos dados oficiais da Previ-
dência Social, que incluem somente os trabalhadores do mercado formal com vínculo empregatício
regido pela CLT.
Tenossinovite: evidencia-se por inflamação dos tecidos sinoviais que recobrem os tendões
em sua passagem pelos túneis fibrosos dos ossos. Exemplos:
Bursite: inflamação das bursas (pequenas bolsas de paredes finas em regiões de atrito
entre os diversos tecidos do ombro) com manifestação de dor na realização de certos movi-
mentos.
A primeira descrição científica sobre essa síndrome foi por Bernardino Ramazzini, em 1713 e
considerado o “pai da medicina ocupacional”.
• genéticos;
• Relacionados ao trabalho
6. Ambiente físico:
a) Espaço, ferramentas, acessórios, equipamentos e mobiliários inadequados.
b) Desrespeito postural a angulações, posicionamento e distâncias.
c) Utilização de instrumentos ou assentos de veículos que transmitem vibração excessiva.
d) Ambiente de trabalho inadequado, tais como: ventilação, temperatura e umidade.
2. Trabalho noturno.
3. Trabalho monótono.
3. Solidão.
• Tendinite do ombro.
• Cervicalgia.
• Síndromes miofasciais.
• Tenalgias.
• Mialgias.
1. Medidas estruturais:
• Diminuição dos erros de postura (ajustando o local do trabalho, alterando a posição das
ferramentas, orientando o trabalhador quanto aos erros de postura).
2. Medidas de organização:
• Estresse psicológico:
Terapia física ativa: trabalhadores submetidos à terapia física precoce retornam mais rapida-
mente ao trabalho.
• Melhora da saúde
É importante também investirmos em ergonomia (ciência e tecnologia que tem como objeti-
vo o ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e o trabalho), pois a sua ausência promove:
70. Existe uma pausa natural entre o final de um ciclo e o início do ciclo seguinte?
71. É necessário fazer alguma montagem estando a peça em movimento?
72. É possível à supervisão fazer algum tipo de regulagem na velocidade da esteira além
de 30% da velocidade padrão?
73. É possível ao trabalhador sair do seu posto para necessidades fisiológicas?
74. Há alguma posição como tempo estrangulado?
75. Existe um esquema alternativo previsto em termos de ritmo da linha quando ocorrer
a falta de uma ou mais pessoas?
76. Existe revezamento das pessoas em diversas posições da linha?
77. Os membros superiores têm de sustentar pesos?
78.0s braços têm de fazer algum movimento acima dos ombros?
79.0s objetos e materiais de uso freqüentes estão dentro da área de alcance?
80. As peças (componentes a serem movimentados) estão em locais que exigem postu-
ra forçada?
81. Fica-se de pé, parado, durante a maior parte da jornada ?
82. Estando em pé, aperta-se pedal numa freqüência maior que 3 vezes por.minuto?
NO CASO DE TRABALHO SENTADO (responder “SIM” ou “NÃO” )
A coluna vertebral possui algumas curvaturas que são normais, o aumento, acentuação ou
diminuição dessas curvaturas podem representar doenças e precisam ser tratadas.
As curvaturas normais são quatro: a lordose cervical (1), a cifose torácica (2), a lordose
lombar (3) e a cifose coccígea (sacro e cóccix (4)), como se
pode ver na figura abaixo.
O núcleo pulposo é muito mais rígido do que o disco e têm a tendência de “tentar fugir”.
Quem impede essa “fuga” são os anéis fibrosos. Quando esses anéis são danificados, o núcleo fica
instável e pode conseguir “fugir”. A saída do núcleo é chamada de hérnia de disco. A hérnia de disco
pode acontecer entre qualquer uma das vértebras, porém a maior incidência se dá na região lombar.
ANÁLISE POSTURAL
O objetivo da análise postural é detectar e prevenir altera-
ções posturais, assim como também impedir que determinados
A análise postural deve ser realizada através da verificação visual ou com a ajuda de apare-
lhos específicos (simetógrafo, fio de prumo, fotografias etc.) e, nos casos de identificação de desvi-
os, recomenda-se um exame mais detalhado com o médico especialista.
Sentar é uma posição antifisiológica que provoca grande pressão no disco intervertebral.
“Quando estamos sentados, a pressão é 50% maior do que quando estamos em pé. Por isso
ninguém consegue permanecer muito tempo sentado na mesma posição.”
A principal qualidade da boa cadeira é ser apropriada à atividade que o usuário desenvolve.
As cadeiras de escritório para funções que exigem o uso constante do computador devem ser
invariavelmente estofadas. Quanto maior a densidade da espuma, maior será a durabilidade do
móvel; as laminadas, por sua vez, têm vida útil curta e não resistem ao uso diário por mais de um ano.
É importante que o assento seja liso e tenha pequena inclinação para trás; também deve ter
dimensões adequadas, deixando somente as dobras do joelho para fora. As bordas do assento
requerem acabamento arredondado para não comprometer a circulação sangüínea dos membros
inferiores.
As cadeiras para as funções que implicam o uso constante de computador devem apresentar
também encosto dorsal mediano e levemente côncavo, acompanhando a curvatura do dorso no
sentido horizontal - os encostos acentuadamente côncavos e os planos são desconfortáveis. Elas
devem ter cinco sapatas para garantir estabilidade.
Os rodízios não podem, em hipótese alguma, ter seu movimento dificultado pelo piso. Por sua
vez, o encosto ideal oferece ajuste de altura e a possibilidade de pequena inclinação para trás,
recurso que ajuda na correta alternância postural. O apoio para os braços é desaconselhável, pois
muitas vezes restringe a aproximação entre a cadeira e a mesa, obrigando o usuário a assumir
posturas incorretas. Caso esse item esteja previsto, convém que ele tenha altura e largura reguláveis,
para se adaptar a diferentes usuários.
O correto é apoiar-se no assento e os pés no chão ou em apoio próprio para esse fim. Para
uso do computador, a região dorsal do cotovelo para cima deve ser apoiada em encosto com
regulagem de altura e inclinação para trás, formando um ângulo de aproximadamente 100 graus
Outro cuidado importante é o funcionário fazer pequena caminhada a cada uma hora de
trabalho. Quem fica muito sentado tem mais deficiências do retorno venoso, o que causa o surgimento
de varizes precocemente.
A UDITÓRIOS E ESCOLAS
As cadeiras para auditórios devem ser do tipo poltrona, estofadas, encosto côncavo até a
altura dorsal e com assento liso que pode ser levemente inclinado para trás; os apoios para os
braços devem ser planos e longos, preferencialmente com altura regulável.
O mobiliário escolar é regido pela NBR 14 006/2003 (Móveis Escolares - Assentos e Mesas
para Conjunto Aluno de Instituições Educacionais), que está prestes a ser revista. Essa norma
estabelece a classificação dos móveis em faixas de estatura da população e abrange características
físicas e dimensionais e ensaios de resistência, estabilidade e durabilidade para os conjuntos de
cadeira-carteira adotados pelo ensino fundamental público.
• Organização do trabalho.
C ARGA M ANUAL
Sempre que possível, o levantamento, o transporte e a descarga manual de objetos pesados
devem ser evitados.
M OBILIÁRIO
Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem ser adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Adequados à natureza do trabalho significa que os equipamentos devem facilitar a execução da
tarefa específica. No uso das máquinas agrícolas, por exemplo, uma série de exigências ergonômicas
devem ser respeitadas.
Às vezes, uma simples cadeira ergonômica pode fazer a diferença. A altura de uma bancada
pode estar adequada a uma pessoa alta, mas não a outra, baixa. Produtos e postos de trabalho
inadequados provocam tensões musculares, dores e fadiga. Ás vezes, podem levar a lesões
irreversíveis. Na maioria dos casos, os problemas podem ser evitados com a melhoria dos postos de
trabalho e dos equipamentos em uso no trabalho.
Com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos (residência, galpão,
escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados os cuidados construtivos e operativos
necessários para propiciar ao trabalhador: conforto térmico, acústico, luminosidade, instalações
sanitárias e locais para dessedentação e descanso.
O RGANIZAÇÃO DO T RABALHO
A organização do trabalho define quem faz o quê, como e em quanto tempo. É a divisão dos
homens e das tarefas.
NORMA REGULAMENTADORA NR 17
ERGONOMIA (117.000-7)
17.1. Essa Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adapta-
ção das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é
suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito)
anos e maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, cujo peso seja
suscetível de comprometer a saúde ou a segurança do trabalhador. (117.001-5/I1)
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3/I2)
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados
meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manu-
al de cargas, o peso máximo dessas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1/I1)
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para essa posição. (117.006-6/I1)
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização
e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre
as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do
trabalho a ser executado. (117.010-4/I2)
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisi-
tos mínimos de conforto:
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lom-
bar.(117.014-7/ I1)
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao compri-
mento da perna do trabalhador. (117.015-5/I1)
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhado-
res durante as pausas. (117.016-3/I2)
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcio-
nando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do
pescoço e fadiga visual; (117.017-1/I1)
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a
utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
(117.018-0/I1)
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de
vídeo devem observar o seguinte:
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distân-
cias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;(117.021-0/I2)
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelec-
tual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvol-
vimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada
no INMETRO; (117.023-6/I2)
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na
altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de quantidade de luz a serem observados nos locais de trabalho
são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
(117.027-9/I2)
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser
feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7/ I2)
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,
esse será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho,
deve ser observado o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envol-
vidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado,
inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;
(117.032-5)
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8
(oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito dessa NR, cada
movimento de pressão sobre o teclado; (117.033-3/I3)
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5
(cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez)
minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de
trabalho; (117.035-0/I3)
DADOS QUALITATIVOS
Por exemplo, se encontrarmos que 70 de 140 estudantes de medicina são homens, poderí-
amos relatar a taxa como uma proporção (0.5) ou, provavelmente ainda melhor, como um percentual
(50%).
Se encontrarmos que 7 de uma amostra de 5000 pessoas são portadores de uma doença
rara poderíamos expressar isso como uma proporção observada (0.0014) ou percentual (0.14%),
mas, melhor seria, 1.4 casos por mil.
Resumindo numericamente
Dominante 8
Abundante 33
Freqüente 32
Ocasional 17
Raro 10
A mediana, bem como a moda, pode ser calculada para dados ordenados. Este é valor do
“meio”, mais comumente usado para dados quantitativos. A mediana não faz sentido para os dados
dos sexos dos ursos.
Já para os dados de abundância, a categoria mediana é “Freqüente”, porque 50% dos dados
estão em categorias superiores, e menos do que 50% estão em categorias inferiores. A mediana é
mais robusta do que a moda, pois é menos sensível à categorização adotada.
DADOS QUANTITATIVOS
Subsecções
• Resumindo numericamente
• A moda
• Coeficiente de variação
• Escore padronizado
Existem três escolhas principais para a medida de locação, a chamada “3 Ms”, as quais estão
ligadas a certas medidas de dispersão como segue:
M DISPERSÃO
média (valor “médio”) desvio padrão
mediana (o valor do “meio”) IRQ
moda (o valor “mais comum”) proporção
A moda
Nem todos os conjuntos de dados são suficientemente balanceados para o cálculo da média
ou mediana. Algumas vezes, especialmente para dados de contagem, um único valor domina a
amostra.
A medida de locação apropriada é então a moda, a qual é o valor que ocorre com maior
freqüência. A proporção da amostra a que toma esse valor modal deveria ser utilizada no lugar de
uma medida formal de dispersão.
Algumas vezes, podemos distinguir claramente dois ou mais ‘picos’ na freqüência dos valores
registrados. Nesse caso (chamado bimodal/multimodal) deveríamos apresentar ambas as localiza-
ções. Dados desse tipo são particularmente difíceis de resumir (e analisar).
Exemplo. Dez pessoas registraram o número de copos de cerveja que tomaram num deter-
minado sábado:
0, 0, 0, 0, 0, 1, 2, 3, 3, 6
A moda é 0 copos de cerveja, obtida pela metade da amostra. Poderíamos adicionar mais
informação separando a amostra e dizendo que daqueles que tomaram cerveja a mediana foi de 3
copos.
Uma outra forma de sumarizar dados é em termos dos quantis ou percentis. Essas medidas
são particularmente úteis para dados não simétricos.
A mediana (ou percentil 50) é definida como o valor que divide os dados ordenados ao meio,
i.e., metade dos dados têm valores maiores do que a mediana, a outra metade tem valores meno-
res do que a mediana.
Adicionalmente, os quartis inferior e superior, Q1 e Q3, são definidos como os valores abaixo
dos quais estão um quarto e três quartos, respectivamente, dos dados.
Esses três valores são freqüentemente usados para resumir os dados juntamente com o
mínimo e o máximo. Eles são obtidos ordenando os dados do menor para o maior, e então conta-se
o número apropriado de observações: ou seja, é n+1, n+1 e 3(n+1), e, para o quartil inferior,
4 2 4
mediana e quartil superior, respectivamente.
Para um número par de observações, a mediana é a média dos valores do meio (e analogamente
para os quartis inferior e superior).
0, 1, 1, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 7, 8, 10
O quartil inferior e superior são os valores 5º e 15º, i.e., 2 e 6 crianças, portanto amplitude
inter-quartil é de 4 crianças. Note que 50% dos dados estão entre os quartis inferior e superior.
Um box-plot para os dados geoquímicos fica como mostrado a seguir (Figura 31).
s =
2
x —x ) = ∑
∑ ni =1 ( i - 2 n
i =1
x
( 2i) - nx
—2
n-1 (n-1)
A segunda versão é mais fácil de ser calculada, no entanto muitas calculadoras têm funções
prontas para o cálculo de variâncias, e é raro ter que realizar todos os passos manualmente.
s= √ variância = √s2
Uma informação útil é que, para qualquer conjunto de dados, pelo menos 75% deles ficam
Coeficiente de variação
Uma pergunta que pode surgir é: O desvio padrão calculado é grande ou pequeno? Questão
relevante por exemplo, na avaliação da precisão de métodos.
Um desvio padrão pode ser considerado grande ou pequeno dependendo da ordem de gran-
deza da variável.
s
CV = —
x
O CV é:
• interpretado como a variabilidade dos dados em relação à média. Quanto menor o CV mais
homogêneo é o conjunto de dados.
• adimensional, isto é, um número puro, que será positivo se a média for positiva; será zero
quando não houver variabilidade entre os dados, ou seja, s=0.
Exemplos:
Note que as médias são bastante diferentes devido às diferenças entre os métodos. Entre-
tanto, os três CV são próximos, o que indica que a consistência dos métodos é praticamente
equivalente, sendo que o método 3 mostrou-se um pouco menos consistente.
Escore padronizado
O escore padronizado, ao contrário do CV, é útil para comparação dos resultados individuais.
Por exemplo, um aluno que tenha obtido nota 7 numa prova, cuja média da classe foi 5, foi melhor
do que numa prova em que tirou 8, mas a média da classe foi 9.
Por exemplo, o desempenho desse aluno que obteve nota 7 seria bastante bom, se o desvio
padrão da classe fosse 2, e apenas razoável se o desvio padrão da classe fosse 4.
z =
i
xi - x
—
, i = 1, ...,
...,n
s
Exemplo:
Tabela 10: Resultados obtidos por duas alunas do curso secundário, média e desvio padrão
da turma, em teste de aptidão física e conhecimento desportivo
Teste x— s x z
Maria Joana Maria Joana
No salto de extensão e na suspensão com flexão do braço sobre antebraço, Maria obteve
escores abaixo das respectivas médias do grupo, sendo que o desempenho de Maria para salto em
extensão é bastante ruim.
Subsecções
· Probabilidade
o Definição clássica
o Definição freqüentista
o Probabilidade condicional
P ROBABILIDADE
De maneira informal, probabilidade é uma medida da certeza de ocorrência de um evento.
Formalmente, existem duas definições de probabilidade: a definição clássica e a freqüentista.
Considere o seguinte experimento aleatório: lançar uma moeda e observar a face voltada
para cima.
Esse experimento possui dois resultados possíveis: cara e coroa. Ao conjunto dos resultados
possíveis de um experimento chamamos de espaço amostral e será denotado pela letra E. O espaço
_ _
amostral do experimento acima é E = {c,c }, em que “c” denota cara e “c ”coroa.
_
A={c} = {ocorrer cara} e B={c} = {ocorrer coroa}
No lançamento de um dado não viciado, os eventos simples são equiprováveis com probabi-
lidade 1/6, P{sair um número par} = 3/6 = 1/2 , P{sair um número 1 ou 3} = 2/6 = 1/3 e P{sair
um número maior do que 2} = 4/6 = 2/3 .
Definição freqüentista
Na maioria das situações práticas, os eventos simples do espaço amostral não são
equiprováveis e não podemos calcular probabilidades usando a definição clássica. Nesse caso, va-
mos calcular probabilidades como a freqüência relativa de um evento. Segue um exemplo que
ilustra o método.
Tabela 11: Classificação de uma amostra de 6800 pessoas quanto à cor dos olhos e à cor
dos cabelos
Considere o experimento aleatório que consiste em classificar um indivíduo quanto à cor dos
olhos. O espaço amostral é E={A,V,C} , em que:
À medida que o tamanho da amostra cresce, a estimativa aproxima-se mais do valor verda-
deiro da probabilidade. Vamos, no entanto, assumir que o número de replicações é suficientemente
grande para que a diferença entre a estimativa e o valor verdadeiro da probabilidade seja despre-
zível.
Observe que P(A) + P(V) + P(C) = 1. Esse resultado é geral, uma vez que a união desses
eventos corresponde ao espaço amostral.
_ _
Seja A o evento {a pessoa não tem olhos azuis}. O evento A é chamado de evento
complementar de A e
_ 3132+567
P(A ) = = 0,5866 = 1- P(A).
6820
1. 0 ≤ P(A) ≤ 1
2. P(E) = 1
_
3. P(A ) = 1 - P(A)
Voltando ao exemplo, vamos calcular algumas probabilidades. Seja o evento L{a pessoa tem
cabelos loiros}.
O evento {a pessoa tem olhos azuis e cabelos loiros} é chamado de evento interseção. Ele
contém todos os elementos do espaço amostral pertencentes concomitantemente ao evento A e ao
evento L e será denotado por A ∩ L, e a probabilidade desse evento é:
1768
P(A ∩ L)= = 0,26 (3)
6800
Qual a probabilidade de uma pessoa ter olhos azuis ou cabelos louros?
Se os eventos são mutuamente exclusivos, isto é, eles não podem ocorrer simultaneamente,
P(A ∩ B) = 0 e conseqüentemente P(A ∪ B)= P(A) + P(B)
Num exemplo de lançamento de um dado como os eventos P ={sair número par} e I{sair
número impar} são mutuamente exclusivos, P(A ∪ I)= P(A) + P(I)= 3/6 + 3/6 = I. Entretanto, os
eventos O={sair número 1 ou 3} e Q {sair número maior que 2} não são mutuamente exclusivos,
pois O ∩ Q = {3}. Nesse caso, P(O ∪ Q) = P(O) + P(Q) - P(O ∩ Q) = 2/6 + 4/6 - 1/6 = 5/6.
A propriedade acima pode ser estendida para mais de dois eventos. Para 3 eventos quais-
quer (A,B e C) no espaço amostral, a probabilidade do evento união (A ∪ B ∪ C) é
P(A ∩ B)
P(A|B) =
P(B)
_
A probabilidade do evento A (complementar de A) dado que o evento B ocorreu, isto é,
_ _
P(A |B) , é expressa por: P(A |B) = 1- P(A|B)
a. Qual a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso da população ter olhos azuis dado
que possui cabelos loiros?
P(A ∩ L) 1768/6800 1768
P(A|L) = = = = 0,6250
P(L) 2829/6800 2829
b. Qual a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso da população não ter cabelos loiros
dado que tem olhos castanhos?
115/6800
P(L|C) = 1- P(L|C) = 1- = 1- 0,1342 = 0,8658
857/6800
Os eventos M {nascer uma criança do sexo masculino} e F{nascer uma criança do sexo
feminino} são equiprováveis. Logo, a probabilidade de nascer um filho do sexo masculino é
1/2. A ocorrência do evento A={o primeiro filho é do sexo masculino} não influencia a ocor-
rência do evento B= {o segundo filho é do sexo masculino}, e então:
Alternativamente, ele pode ter fortes evidências de que o paciente tem uma determinada
doença e deseja apenas sua confirmação. Para chegar a uma conclusão final o clínico utiliza-se de
testes diagnósticos:
Um teste diagnóstico é considerado útil quando ele identifica bem a presença da doença.
Antes de ser adotado, o teste deve ser avaliado para verificar sua capacidade de acerto. Essa
avaliação é feita aplicando-se o teste em dois grupos de pessoas: um grupo doente e o outro não
doente. Nessa fase, o diagnóstico é feito por outro teste chamado padrão ouro.
Tabela 13: Resultados do teste ergométrico aplicado a 1023 pacientes com doença coronariana
e 442 pacientes sem a doença
Sejam os eventos:
2. Qual a probabilidade do teste ser negativo dado que o paciente não é doente?
P(+∩ D) a
s= P(+|D) = =
P(D) a+b
e
P(-∩ D) d
s= P(+|D) = =
P(D) c+d
Alternativamente, duas outras medidas, que são de mais fácil interpretação, são definidas
por:
_
PFP = P(+ | D ) = 1 - e
PFN = P(- | D) = 1 - s
_
a d
VPP = P(D | +) e VPN = P(D | - )
a+c b+d
Exercício: Calcule os valores de VPP e VPN para o teste ergométrico.
Como visto anteriormente, as distribuições dos dados (que são variáveis aleatórias) podem
ter uma variedade de formas, incluindo formas simétricas e não simétricas. Introduziremos aqui
alguns dos modelos probabilísticos mais comumente usados para tais dados.
Subsecções
• A distribuição Binomial
• A distribuição Poisson
• A distribuição Normal
A distribuição Binomial
1. cada repetição do experimento (ou ensaio) produz um de dois resultados possíveis, deno-
minados tecnicamente por sucesso (S) ou fracasso (F), i.e., os resultados são dicotômicos.
n!
P(X=x) = px(1-p)n-x; x={0,1,2,...} (5)
x! (n-x)!
Suponha que num pedigree humano envolvendo albinismo (o qual é recessivo) nós encontre-
mos um casamento no qual se sabe que ambos os parceiros são heterozigotos para o gene
albino. De acordo com a teoria Mendeliana, a probabilidade de que um filho desse casal seja
albino é um quarto. (Então a probabilidade de não ser albino é 3/4.)
Agora considere o mesmo casal com 2 crianças. A chance de que ambas sejam albinas é
(1/4)2 = 1/16 = 0.0625. Da mesma forma, a chance de ambas serem normais é
(3/4)2 = 9/16 = 0,5625. Portanto, a probabilidade de que somente uma seja um albina
deve ser 1 - 1/16 - 9/16 = 6/16 = 3/8 = 0,375 .
Alternativamente, poderíamos ter usado a fórmula acima definindo como variável aleatória X
o número de crianças albinas, com n=2, p =1/4 , e estaríamos interessados em P (X=1).
O número esperado (ou média) de crianças albinas em famílias com 5 crianças para casais
heterozigotos para o gene albino é np=5 x 1/4 = 1,25.
Exercício: Você leva sua cadela ao veterinário e descobre através de um exame de ultra-
sonografia que ela está grávida com uma ninhada de 8 filhotes.
A distribuição Poisson
A distribuição Poisson tem apenas um parâmetro, λ, que é interpretado como uma taxa
média de ocorrência do evento, e a probabilidade de ocorrerem exatamente x eventos é dada por
λxe-λ
P(X=x) = (7)
x!
em que e = 2,7183, e λ > 00. A variância de uma Poisson é igual à sua média, λ.
Quando λ=4,68,, por exemplo, a distribuição fica assim:
Exercício: Um investigador está interessado no número de ovos depositados por uma espé-
cie de pássaro. Na primavera, ele procura e acha 80 ninhos. O número médio de ovos por
ninho foi 3,8 e a variância foi 3,1. Porque a variância é aproximadamente igual á média, ele
acha que pode ser razoável descrever o número de ovos por ninho como tendo uma distribui-
ção Poisson com média 3,8.
Figura 32: Histograma de freqüências relativas a 100 pesos de recém-nascidos com inter-
valo de classe de 500g
Figura 33: Histograma de freqüências relativas a 5000 pesos de recém-nascidos com inter-
valo de classe de 125g
Figura 34: Função de densidade de probabilidade para a variável aleatória contínua X=peso
do recém-nascido (g)
A variável aleatória considerada nesse exemplo e muitas outras variáveis da área biológica
podem ser descritas pelo modelo normal ou Gaussiano.
A distribuição normal é simétrica em torno da média o que implica que a média, a mediana e
a moda são todas coincidentes.
A área sob a curva normal (na verdade abaixo de qualquer função de densidade de probabi-
lidade) é 1. Então, para quaisquer dois valores específicos pode-se determinar a proporção de área
sob a curva entre esses dois valores.
Para a distribuição Normal, a proporção de valores caindo dentro de um, dois ou três desvios
padrão da média são:
Range Proportion
μ ±1σ 68.3%
μ±2σ 95.5%
μ±3σ 99.7%
Exemplo: Suponhamos que no exemplo do peso do recém-nascidos μ=2800g e σ=500g.
Então:
Para isso, a variável X cuja distribuição é N(μ, σ) é transformada numa forma padronizada
Z com distribuição N(0, 1) (distribuição normal padrão), pois tal distribuição é tabelada.
Portanto, espera-se que a água liberada pela fábrica exceda os limites regulatórios cerca
de 9% do tempo.
Desejamos verificar, a partir de uma amostra, se a variável estudada pode ser adequada-
mente descrita por uma distribuição normal.
Em segundo lugar, lembramos que para uma distribuição normal com média μ e desvio
padrão σ, os intervalos (μ - σ; μ + σ), ( μ - 2σ; μ + 2σ), e (μ - 3σ; μ + 3σ) compreendem
respectivamente 68,3%, 95,4% e 99,7% da distribuição.
Existem outras formas mais complexas para se verificar normalidade de dados, mas não
serão descritos nesse curso.
Subsecções
• Considerações finais
O histograma são gráficos construídos com base em números ou informações de uma mesma
natureza que reproduzem medidas comparáveis. Observa-se nos histogramas a variabilidade das
medidas e a concentração de valores em torno de determinada média. O intervalo definido por esta
média é chamado faixa de normalidade, valores de referência ou faixa de referência.
Hipótese de construção:
Veremos dois métodos para construção de faixas de referência: o método da curva de Gauss
e o método dos percentis.
Uma faixa de referência usual considera aproximadamente 95% dos indivíduos sadios, cujos
limites, conforme vimos são: μ + 2σ
De um modo geral, μ e σ são desconhecidos, mas para a construção dessas faixas devemos
nos basear num grande número de indivíduos sadios. Assim, é de se esperar que tanto x— quanto
s estejam próximos de μ e σ . Conseqüentemente, as faixas de normalidade são construídas a
Exemplo: Sabendo-se que a taxa de hemoglobina (g%) em ovinos sadios tem distribuição
N(12,2), construiremos faixas de referência que englobem:
Um método alternativo para obter valores de referência é o método dos percentis. Esse não
exige qualquer suposição sobre a forma da distribuição e pode ser utilizado para a situação em que
os dados estão ou não agrupados.
A idéia é determinar uma faixa que concentre um determinado percentual da população. Por
exemplo, se fixarmos um percentual de 95%, a construção da faixa de referência consistiria em
determinar o percentil de ordem 2,5 e 97,5.
Quando os dados estão agrupados, pode-se aplicar o método dos percentis utilizando-se a ogiva.
Considerações finais
1. Um indivíduo com resultado fora da faixa de referência deve ser considerado um paciente
que necessita de mais investigações.
3. Podem existir indivíduos sadios fora da faixa de referência e indivíduos doentes cuja medi-
da pertence à faixa de referência.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
A Estatística envolve métodos para o planejamento e condução de um estudo, descrição dos
dados coletados e para tomada de decisões, predições ou inferências sobre os fenômenos represen-
tados pelos dados.
Exemplo:
CONTROLE 4,17 5,58 6,11 4,50 4,51 5,17 4,53 5,33 5,14
TRATAMENTO 4,81 4,17 3,59 5,87 3,83 6,03 4,32 4,69 4,89
População 1: Todas as possíveis plantas crescendo sob as mesmas condições do grupo tra-
tamento
População 2: Todas as possíveis plantas crescendo sob as mesmas condições do grupo con-
trole
O pesquisador deseja saber qual o melhor tratamento para a população, e não saber apenas
o que aconteceu em suas amostras. Ele deseja generalizar, fazer inferências para a população.
Com esse objetivo introduziremos dois procedimentos inferências a partir desse capítulo:
Estimação e Testes de hipóteses.
• Estimação
o Dimensionamento de amostras
•· Testes de Hipóteses
o Erros de decisão
E STIMAÇÃO
No exemplo acima interessa saber se existe efeito de fertilizante.
Vamos considerar que existe efeito de fertilizante quando o peso seco médio das plantas
cultivadas em ambiente fertilizado diferir do peso seco médio das plantas cultivadas em ambiente
padrão. Isto é, quando as distribuições do peso seco para o grupo controle e grupo tratamento
apresentam médias, digamos μc e μt , diferentes.
Os valores de x— e x—
c t observados na amostra x— = 5,3g e x— = 4,66g são chamados de
c t
estimativas dos parâmetros. Observe que denotamos estimativas por letras minúsculas e estimadores
por letras maiúsculas.
Dois diferentes tipos de secagem foram usados na preparação de sementes. Duzentas se-
mentes foram aleatoriamente selecionadas para serem submetidas a dois processos de secagem A
e B. Após a secagem, as sementes foram observadas quanto à sua germinação. Os resultados
foram:
Processo de Germinação
secagem Sim Não Total
A 70 30 100
B 62 38 100
Total 132 68 200
Nesse caso interessa saber se existe diferença entre os métodos de secagem quanto à
germinação de sementes. Vamos considerar que existe efeito de método de secagem, quando as
proporções populacionais de sementes germinadas pelos métodos A, PA, e B, PB, diferem.
P A = xA , e P B = xB
^ ^
nA nB
em que:
Nos exemplos acima, os parâmetros de interesse formam médias e proporções, mas poderí-
amos estar interessados em estimar medianas, desvios-padrão, etc.
Diferentes amostras podem ser retiradas de uma mesma população, e amostras diferentes
podem resultar em estimativas diferentes. Isto é, um estimador é uma variável aleatória, podendo
assumir valores diferentes para cada amostra.
Então, ao invés de estimar o parâmetro de interesse por um único valor, é muito mais infor-
mativo estimá-lo por um intervalo de valores que considere a variação presente na amostra e que
contenha o seu verdadeiro valor com determinada confiança. Esse intervalo é chamado de intervalo
de confiança.
Subsecções
• Dimensionamento de amostras
Exemplo simulado: Podemos ilustrar o Teorema Central do Limite por um exemplo simulado.
O diagrama na Figura 36 sumariza os resultados de um experimento no qual foi utilizado um
computador para gerar 2000 observações de duas distribuições bem diferentes (linha supe-
rior). Nós então geramos uma amostra de tamanho 2 de cada distribuição e calculamos a
média. Esse procedimento foi repetido 1999 vezes e a segunda linha mostra os histogramas
das médias resultantes das amostras de tamanho dois. Isso foi repetido com média amostrais
nas quais as amostras são de tamanhos 5 (terceira linha) e 10 (quarta linha).
Note como a forma da distribuição muda à medida que se muda de uma linha para a próxima,
e como as duas distribuições em cada linha tornam-se mais similares nas suas formas à
medida que o tamanho das amostras aumenta. Ainda mais, cada distribuição parece mais e
mais com uma distribuição Normal. Não é necessário uma amostra de tamanho muito grande
para ver uma forma Normal.
Na seção anterior vimos que para uma amostra suficientemente grande a distribuição das
médias amostrais em torno da média populacional é Normal com desvio padrão σ/√n. Chamamos
de σ/√n o erro padrão (SE) da média, uma vez que quanto menor seu valor tanto mais próximas
estarão as médias amostrais da média populacional μ (i.e. tanto menor será o erro).
média populacional = μ
desvio padrão populacional = σ
SE da média = σ/√
σ/√n
Isto significa que 68.3% de todas as médias amostrais cairão dentro de ± 1 SE da média
populacional μ. Similarmente 95% de todas as médias amostrais cairão dentro de ± 1.96 x SE de
μ.
Um problema com a construção de tais intervalos é que não sabemos o verdadeiro desvio
padrão populacional σ. Para grandes tamanhos amostrais, contudo, o desvio padrão amostral s
será uma boa estimativa de σ. Portanto, podemos substituir σ por s de modo que podemos calcular
o erro padrão como SE = s/√n, e um intervalo de confiança de aproximadamente 95% para μé:
Para amostras pequenas, onde s é uma estimativa menos confiável de σ, devemos construir
nosso intervalo de confiança de uma forma ligeiramente diferente.
(x— - t (n - 1,0.05)
x s/√n , x— + t (n - 1,0.05)
x s/√n)
Note ainda que à medida que ncresce, o valor de t torna-se próximo a 1.96.
A distribuição t
Valores de t para que P (|T|>t)=p, onde T tem um distribuição T de Student com r graus de
liberdade.
P
0.20 0.10 0.05 0.01 0.001
1 3.078 6.314 12.706 63.657 636.619
2 1.886 2.920 4.303 9.925 31.599
3 1.638 2.353 3.182 5.841 12.924
4 1.533 2.132 2.776 4.604 8.610
5 1.476 2.015 2.571 4.032 6.869
6 1.440 1.943 2.447 3.707 5.959
7 1.415 1.895 2.365 3.499 5.408
8 1.397 1.860 2.306 3.355 5.041
9 1.383 1.833 2.262 3.250 4.781
10 1.372 1.812 2.228 3.169 4.587
11 1.363 1.796 2.201 3.106 4.437
12 1.356 1.782 2.179 3.055 4.318
13 1.350 1.771 2.160 3.012 4.221
14 1.345 1.761 2.145 2.977 4.140
15 1.341 1.753 2.131 2.947 4.073
16 1.337 1.746 2.120 2.921 4.015
r 17 1.333 1.740 2.110 2.898 3.965
18 1.330 1.734 2.101 2.878 3.922
19 1.328 1.729 2.093 2.861 3.883
20 1.325 1.725 2.086 2.845 3.850
21 1.323 1.721 2.080 2.831 3.819
22 1.321 1.717 2.074 2.819 3.792
23 1.319 1.714 2.069 2.807 3.768
24 1.318 1.711 2.064 2.797 3.745
25 1.316 1.708 2.060 2.787 3.725
26 1.315 1.706 2.056 2.779 3.707
Os dados abaixo (em horas) são resultantes da aplicação dessa nova técnica.
41 38 38 42 39 40 40 38 36 35 43 40 40 41 40,5 40 39 39
Vamos construir o intervalo de confiança de 95% para o verdadeiro tempo médio de execu-
ção desse novo processo.
Temos uma amostra de tamanho n=18, então da tabela da distribuição t com 18-1=17 gl e
P=0,05, temos que t=2,110.
Exercícios:
1. Os pulsos em repouso de 920 pessoas sadias foram tomados, e uma média de 72.9
batidas por minuto (bpm) e um desvio padrão de 11.0 bpm foram obtidos. Construa um
intervalo de confiança de 95% para a pulsação média em repouso de pessoas sadias com
base nesses dados.
2. Os QIs de 20 meninos com idades entre 6-7 anos de Curitiba foram medidos. O QI médio
foi 108.08, e o desvio padrão foi 14.38.
o Foi necessário assumir que os QIs têm distribuição normal nesse caso? Por quê?
Da mesma forma que um conjunto de médias amostrais são distribuídas nas proximidades da
média populacional, as proporções amostrais P são distribuídas ao redor da verdadeira proporção
populacional P . Devido ao Teorema Central do Limite, para n grande e P não muito próximo de 0 ou
1, a distribuição de P será aproximadamente normalmente distribuída com média P e um desvio
padrão dado por
√ P(1-p)
n
SE = ^
p (1- ^
p)
√ n
^
Note que não sabemos o verdadeiro valor de P, e portanto usamos P na fórmula acima para
estimar SE.
Uma regra geral é que esse intervalo de confiança é válido quando temos ambos n^
p e
n(1- ^
p) maiores do que, digamos, 10.
Exemplo: Um ensaio clínico foi realizado para determinar a preferência entre dois analgési-
cos, A e B, contra dor de cabeça. Cem pacientes que sofrem de dor de cabeça crônica
receberam em dois tempos diferentes o analgésico A e o analgésico B. A ordem na qual os
pacientes receberam os analgésicos foi determinada ao acaso. Os pacientes desconheciam
essa ordem. Ao final do estudo foi perguntado a cada paciente qual analgésico lhe proporci-
onou maior alívio: o primeiro ou o segundo. Dos 100 pacientes, 45 preferiram A e 55 prefe-
riram B. Baseados nessas informações podemos dizer que há preferência por algum dos
analgésicos?
Dizemos que não há preferência por um dos analgésicos, quando a proporção dos que prefe-
rem A (PA) é igual a proporção dos que preferem B (PB). Como temos dois resultados possíveis, PA
e PB são iguais quando PA = PB = 0,5.
( 0,45+1,96
√0,45x0,55
100
) = (0,35; 0,55)
Então com 95% de confiança, a verdadeira proporção de pacientes que preferem o analgé-
sico A está entre 0,35 e 0,55. Observe que esse intervalo contem o valor 0,5, então concluímos
que não existem evidências amostrais de preferência por um dos analgésicos.
Suponha que tenhamos dois ou mais grupos separados, por exemplo, machos e fêmeas.
Podemos construir um intervalo de confiança de 95% para a média para cada um dos grupos, e
Embora esses gráficos sejam úteis para visualização, utilizaremos um abordagem mais for-
mal para construir um intervalo de confiança para a diferença entre duas médias ou a diferença
entre duas proporções.
D IMENSIONAMENTO DE AMOSTRAS
Vimos nesse capítulo como construir intervalos para alguns parâmetros populacionais. Em
todos os casos, fixamos o nível de confiança dos intervalos de acordo com a probabilidade de acerto
que desejamos ter na estimação por intervalo.
Sendo conveniente, o nível de confiança pode ser aumentado até tão próximo de 100%
quanto se queira, mas isso resultará em intervalos de amplitude cada vez maiores, o que significa
perda de precisão na estimação.
Seria desejável haver intervalos com alto nível de confiança e grande precisão. Isso porém
requer uma amostra suficientemente grande, pois, para n fixo, a confiança e a precisão variam em
sentidos opostos.
Veremos a seguir como determinar o tamanho das amostras necessárias nos casos de esti-
mação da média ou de uma proporção populacional.
Fixados, d (ou seja, fixada a precisão) e o nível de confiança, determinar n, que é o problema
da determinação do tamanho de amostra necessário para se realizar a estimação por intervalo com
a confiança e a precisão desejadas.
Ocorre, porém, que não tendo ainda sido retirada a amostra, não dispomos, em geral, do
valor de s. Se não conhecemos nem ao menos um limite superior para σ, a única solução será colher
uma amostra-piloto de n0 elementos para, com base nela obtermos uma estimativa de s, empre-
gando a seguir a expressão n = (t(n
0-1,0.05)
s / d)2
Procedemos de forma análoga, se desejamos estimar uma proporção populacional com de-
terminada confiança e dada precisão. No caso de população supostamente infinita, da expressão
d=z√ ^
p (1-^
p) / n
Podemos obter:
n= z
d( ) p(1-p).
2
Essa dificuldade pode ser resolvida através de uma amostra-piloto, analogamente ao caso
descrito para a estimação de μ, ou analisando-se o comportamento do fator p(1-p) para 0 ≤ p ≤ 1.
Se substituirmos, p(1-p) por seu valor máximo, 1/4, seguramente o tamanho de amostra
obtido será suficiente para a estimação de qualquer que seja P. Isso equivale a considerar:
n= (dz) 41 = (2dz )
2 2
Exemplos
1. Qual o tamanho de amostra necessário para se estimar a média de uma população infinita
cujo desvio-padrão é igual a 4, com 98% de confiança e precisão de 0.5?
2. Qual o tamanho de amostra suficiente para estimarmos a proporção da área com solo
contaminado que precisa de tratamento, com precisão de 0,02 e 95% de confiança, sabendo
que essa proporção seguramente não é superior a 0.2?
Contudo, algumas vezes existe um particular interesse em decidir sobre a verdade ou não de
uma hipótese específica (se dois grupos têm a mesma média ou não, ou se o parâmetro populacional
tem um valor em particular ou não).
Os testes de hipóteses fornecem-nos uma estrutura para que façamos isto. Veremos que
intervalos de confiança e testes de hipóteses estão intimamente relacionados.
Exemplo:
Considere os dados coletados por um ornitologista sobre o uso de um determinado lugar para
engorda por pássaros de certa espécie.
Pode-se perguntar se, em média, esses pássaros engordam entre Agosto e Setembro.
Somente 10 pássaros foram capturados e seu peso médio nas duas ocasiões foram 11.47 e
12.35, então o peso médio aumentou para essa amostra em particular. (Note que o mesmo
conjunto de pássaros foi medido ambas as vezes.)
Podemos generalizar para o resto dos pássaros que não foram capturados? Será que essa
diferença poderia ser devida simplesmente ao acaso?
1,9 0,7 2,2 -0,1 2,0 1,0 -0,8 -0,2 1,8 0,3
Seja μa mudança média de peso na população. Então nossa hipótese nula H0 e a hipótese
alternativa H1 podem ser escritas como segue:
Denotando por x as diferenças de peso e n=10, tem-se que x—=0,88 e s = 1.065, então
o erro padrão da diferença de peso média é SE = s/√
√ n = 1,065 / √ 10 = 0,337,
Podemos dizer que existem evidências significativas (P<0,05) de que, em média, os pássa-
ros da espécie estudada mudam de peso de Agosto para Setembro; ou que estamos 95% confian-
tes de que em média os pesos aumentam em um montante entre 0.12 e 1.64 gramas.
Mas, e o intervalo de 99%? Será que ele conteria o valor 0? Esse intervalo seria mais amplo
e então é mais provável que ele contenha 0. Se ele não incluir 0, isso indicaria uma evidência ainda
mais forte contra H0.
Calculando o intervalo de confiança exatamente da mesma forma, exceto que dessa vez
precisamos olhar na coluna P = 0,01 para obter t=3,250:
x—
· Calcule t = ( -0)/SE=0,88/0,337=2,61) o número de erros padrão que x— dista
de 0.
· Para esse exemplo, t =2,61 está entre os valores nas colunas p = 0,01 e p = 0,05. Então,
nosso valor deve corresponder a um p entre esses e portanto devemos ter 0,01 <p<0,05.
Um efeito pode ser estatisticamente significante, mas não ter qualquer importância prática,
e vice-versa.
Por exemplo, um estudo muito grande pode estimar a diferença entre a média de dois trata-
mentos como sendo 0.0001 unidades e concluir que a diferença é estatisticamente significativa
(p<0,05). Contudo, na prática, essa diferença pode ser negligível e provavelmente de pouca impor-
tância prática.
• Erros de decisão
2. Decida qual o teste a ser usado, checando se esse é válido para o seu problema.
5. Avalie a força da evidência contra H0(Quanto menor P-valor, tanto mais evidência
contra a hipótese nula). Se necessário, decida se essa é evidência suficiente para rejei-
tar (ou não rejeitar) a hipótese nula.
No início desse capítulo conduzimos, através de um exemplo, o chamado teste-t para uma
única média. Os passos principais de tal teste-t para uma amostra aleatória x1, x2, ..., xn de uma
população com média μ são dados a seguir:
Agora suponha que tenhamos um valor hipotético p0 para uma proporção. Podemos realizar
um teste de H0 : p=p0praticamente da mesma forma que o test-t acima. A dualidade com intervalos
de confiança segue exatamente da mesma forma.
Suponha que tenhamos uma amostra aleatória de tamanho n de uma população de interes-
se, onde a verdadeira proporção de membros numa categoria em particular é p. A hipótese nula é
H0 : p=p0. Se o número observado na categoria de interesse é x, então um teste da hipótese é como
segue:
4. Calcule t=(^
p-p0)/SE, o número de erros padrão que ^
p dista do valor de hipótese p0.
Uma regra geral é que esse teste é válido quando temos ambos n^
p e n (1-^
p)maiores do que
digamos 10.
Exemplo:
Suponha que alguém tenha sugerido de experiências passadas que 60% das larvas de mos-
quito num certo lago deveriam ser da espécie Aedes detritus. Foram encontrados 60 desse
tipo de uma amostra de 80. Os dados suportam essa hipótese?
A tomada de decisão a favor ou contra uma hipótese pode levar a dois tipos de erros:
• Pode-se rejeitar a hipótese nula quando de fato ela é verdadeira (erro tipo I) ou;
Existe um balanço entre esses dois tipos de erros, no sentido de que ao se tentar minimizar
a possibilidade de um tipo, aumenta-se a probabilidade do outro.
Decisão .
Verdade Aceitar H0 Rejeitar H0
Exercício
1. Um amigo sugere lançar uma moeda para ajudar você a tomar uma decisão muito importan-
te, o resultado também o afetará. Seu amigo sugere que você escolha cara para tomar a
decisão A e coroa para tomar a decisão B, a qual é a preferida por ele. O único problema é que
seu amigo insiste em que você use uma moeda “da sorte” dele. Você acha um pouco suspeito
e decide fazer um experimento enquanto seu amigo não está olhando. Você lança a moeda 40
vezes e cara aparece somente 13 vezes. Realize um teste estatístico para ajudá-lo na decisão
sobre se você deve ou não acreditar que a moeda é balanceada. Qual a sua conclusão?
3. Refaça o exercício anterior, sabendo que temos boas razões para acreditar que a propor-
ção que estamos tentando estimar é no mínimo 0,65.
23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte
centímetros). (123.002-6 / I2)23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser
para o interior do local de trabalho. (123.003-4 / I1)
23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter
permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso
contínuo e seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
(123.004-2 / I2)
23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir,
em caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos. (123.005-0 / I2)
23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por
meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. (123.006-9 / I1)
23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e de qualquer local de
trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de
risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno. (123.007-7 / I2)
23.2.6.1 Essas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério
da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de
chuveiros (sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.
23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as
passagens serão bem iluminadas. (123.008-5 / I2)
23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemen-
te e, nesse caso, deverá ser colocado um “aviso”, no início da rampa, no sentido da
descida. (123.009-3 / I2)
23.3 Portas.
23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não
diminuírem a largura efetiva dessas escadas. (123.014-0 / I2)
23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando
terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso
ou a sua vista. (123.015-8 / I2)
23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segu-
rança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabeleci-
mento ou do local de trabalho. (123.017-4 / I2)
23.4 Escadas.
23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo. (123.019-0 / I2)
23.5 Ascensores.
23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de
incêndio deverão conter placa com aviso referente a esse impedimento, próximo à cha-
ve de interrupção. (123.022-0 / I1)
23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade, em que seja
grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e pare-
des corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis.
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. (123.027-
1 / I2)
23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a
seguinte classificação de fogo:
23.10.5 Os chuveiros automáticos (“splinklers”) devem ter seus registros sempre aber-
tos e só poderão ser fechados em caso de manutenção ou inspeção, com ordem do
responsável pela manutenção ou inspeção.
23.10.5.1 Deve existir um espaço livre de pelo menos 1,00 m abaixo e ao redor
dos pontos de saída dos chuveiros automáticos (“splinklers”), a fim de assegurar a
dispersão eficaz da água.”.
23.11 Extintores.
23.13.1 O extintor tipo “Espuma” será usado nos fogos de Classe A e B. (123.039-5 / I2)
23.13.2 O extintor tipo “Dióxido de Carbono” será usado, preferencialmente, nos fogos
das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início.
(123.040-9 / I2)
23.13.3 O extintor tipo “Químico Seco” destina-se aos fogos das Classes B e C. As
unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndi-
os Classe D, será usado o extintor tipo “Químico Seco”, porém o pó químico será especial
para cada material. (123.041-7 / I2)
23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autoriza-
ção da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho. (123.043-3 / I2)
23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como
variante nos fogos das Classes B e D. (123.044-1 / I2)
23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado
como variante nos fogos Classe D. (123.045-0 / I2)
23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 ficha de controle de inspeção ( em anexo) (123.046-
8 / I2).
23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-
se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo
pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. (123.047-
6 / I2)
23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com
data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta
deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danifica-
dos. (123.048-4 / I2).
23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestral-
mente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser
providenciada a sua recarga. (123.049-2/I2)
23.14.5 O extintor tipo “Espuma” deverá ser recarregado anualmente. (123.050-6 / I2)
23.14.6. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com
normas técnicas oficiais vigentes no País. (123.051-4 / I2).
NÚMERO DE EXTINTORES
SUBSTÂNCIAS CAPACIDADE DOS EXTINTORES QUE CONSTITUEM
UNIDADE EXTINTORA
Espuma 10 litros 1
5 litros 2
Água Pressurizada ou Água Gás 10 litros 1
2
Gás Carbônico (CO2) 6 quilos 1
4 quilos 2
2 quilos 3
1 quilo 4
Pó Químico Seco 4 quilos 1
2 quilos 2
1 quilo 3
a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo ver-
melho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. (123.056-5/I1)
23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a
qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de
1,00m x 1,00m (um metro x um metro). (123.057-3/I1)
23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas. (123.059-
0 / I1)
23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qual-
quer ponto de fábrica. (123.060-3 / I1)
23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. (123.061-1
/ I1)
23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns
dos acessos dos pavimentos. (123.065-4 / I1)
TEORIA DO FOGO
1. Fogo - É uma reação química de oxidação com desprendimento de luz e calor, essa reação
é denominada de combustão.
2. Incêndio - É todo o fogo não controlado pelo homem que tenha a tendência de se alastrar
e de destruir.
3. Triângulo de fogo - Para que exista fogo são necessários três elementos:
• Combustível - É todo corpo capaz de alimentar o fogo. Ex.: madeira, papel, tinta,
algodão, etc.
4. Formas de propagação do calor - Desde que a combustão fique localizada, o fogo não é
perigoso. Só a sua extensão no espaço constitui incêndio. A propagação do calor pode fazer-
se por três maneiras diferentes: condução, convecção e irradiação.
6. Classificação dos incêndios quanto a proporção - Essa classificação visa definir as dimen-
sões e a intensidade de um sinistro, bem como os meios necessários para sua extinção. São
classificados em cinco itens:
• Água - É o agente extintor universal, sendo o de mais fácil obtenção, mais baixo custo
e de maior rendimento operacional.
• Gás Carbônico (CO2) - É um gás incolor, inodoro (sem cheiro), não tóxico e não
condutor de eletricidade.
9. Extintores de incêndio - São aparelhos portáteis ou carregáveis, que servem para extin-
guir princípios de incêndios. De um modo geral, os extintores são constituídos por um recipi-
ente de metal contendo um agente extintor. Os extintores portáteis mais comuns são os
seguintes:
• Água a Pressurizar
Classe A Incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc. Esses
materiais apresentam duas propriedades:
• Deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão).
• Queimam em superfícies e em profundidade
Classe B Incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc.
Esses materiais apresentam duas propriedades:
• Não deixam resíduos quando queimados.
• Queimam somente em superfície.
Classe C Incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elé-
tricas, quadros de força, etc. Ao ser desligado o circuito elétrico, o in-
cêndio passa a ser de classe A.
Classe D Incêndio em metais que inflamam facilmente, como potássio, alumínio
em pó, etc.
Extintores
Para ajudar no combate de pequenos focos de incêndio, são utilizados equipamentos apropria-
dos conhecidos como extintores de incêndio. Há vários tipos de extintores, contendo substân-
cia diferente e específica para cada classe de incêndio. Assim, cada tipo de extintor contém:
• Água pressurizada
Indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral).
A água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.
• Gás carbônico
Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado), por não ser
condutor de eletricidade. Pode ser usado também em incêndios de classes A e B.
• Pó químico seco
Indicado para incêndio de classe B (líquido inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser
usado também em incêndios de classes A e C.
• Pó químico especial
Indicado para incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age por aba famento.
• Não mexer nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessária a
sua utilização ou revisão periódica.
1. PREVENÇÃO
As causas de um incêndio são as mais diversas: descargas elétricas, atmosféricas, sobrecar-
ga nas instalações elétricas dos edifícios, falhas humanas (por descuido, desconhecimento ou
irresponsabilidade), etc.
Os cuidados básicos para evitar e combater um incêndio, indicados a seguir, podem salvar
vidas e bens patrimoniais.
CUIDADOS BÁSICOS:
Não brinque com fogo! Um cigarro mal apagado jogado descuidadamente numa lixeira pode
causar uma catástrofe. Apague o cigarro antes de deixá-lo em um cinzeiro ou de jogá-lo em uma
Nunca apóie velas sobre caixas de fósforos nem sobre materiais combustíveis.
Não utilize a casa de força, casa de máquinas dos elevadores e a casa de bombas do prédio,
como depósito de materiais e objetos. São locais importantes e perigosos, que devem estar sempre
desimpedidos.
Baterias devem ser instaladas em local de fácil acesso e ventilado. Não é recomendado o uso
de baterias automotivas.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
· Não ligue mais de um aparelho por tomada. Essa é uma das causas de sobrecarga na
instalação elétrica;
· Não faça ligações provisórias. Tome sempre cuidado com as instalações elétricas. Fios
descascados, quando encostam um no outro, provocam curto-circuito e faíscas. Chame
um técnico qualificado para executar ou reparar as instalações elétricas ou quando en-
contrar um dos seguintes problemas:
ATENÇÃO: toda instalação elétrica tem que estar de acordo com a Norma Brasileira NBR
5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Antes de instalar um novo aparelho, verifique se não vai sobrecarregar o circuito. Utilize os
aparelhos elétricos somente de modo especificado pelo fabricante.
INSTALAÇÕES DE GÁS
O botijão que estiver visualmente em péssimo estado deve ser imediatamente recusado.
Para verificar vazamento, nunca use fósforos ou chama, apenas água e sabão.
Nunca tente improvisar maneiras de eliminar vazamentos, como cera, por exemplo. Coloque
os botijões sempre em locais ventilados.
Sempre rosqueie o registro do botijão apenas com as mãos, para evitar rompimento da
válvula interna.
Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos a cada dois anos.
Feche o registro e gás. Retire todo o material combustível que esteja próximo do fogo.
CIRCULAÇÃO:
Jamais utilize corredores, escadas e saídas de emergência como depósito, mesmo que seja
provisoriamente.
As coletas de lixo devem ser bem planejadas para não comprometer o abandono do edifício
em caso de emergência.
As portas corta-fogo não devem ter trincos ou cadeados. Conheça bem o edifício em que
você circula, mora ou trabalha, principalmente os meios de escape e as rotas de fuga.
Evite sempre que águas de lavagem atinjam os circuitos elétricos e enferrujem as bases das
portas corta-fogo.
Tais procedimentos devem ser verificados pelo zelador e fiscalizado por todos.
Mesmo não tendo sido usado o extintor, a recarga deve ser feita:
O Corpo de Bombeiros exige uma inspeção anual de todos os extintores, além dos testes
hidrostáticos a cada cinco anos, por firma habilitada. Devem ser recarregados os extintores em que
forem constatados vazamentos, diminuição de carga ou pressão e vencimento de carga.
HIDRANTES E MANGOTINHOS
· Registro globo com adaptador, mangueira aduchada (enrolada pelo meio) ou zigueza-
gue, esguicho regulável (desde que haja condição técnica para seu uso), ou agulheta,
duas chaves para engate e cesto móvel para acondicionar a mangueira.
· mangotinho deve ser enrolado em “oito” ou em camadas nos carretéis e pode ser
usado por uma pessoa apenas. Seu abrigo deve ser de chapa metálica e dispor de
ventilação.
Verifique se:
c) estado geral da mangueira é bom, desenrole-a e cheque se não tem nós, furos,
trechos desfiados, ressecados ou desgastados;
e) Há juntas amassadas;
· Se for preciso fazer reparo na rede, certifique-se de que, após o término do serviço, o
registro permaneça aberto.
· Nunca utilize a mangueira dos hidrantes para lavar pisos ou regar jardins.
Os tipos são:
a) Detector de fumaça;
b) Detector de temperatura;
c) Detector de chama;
f) Cortina d’água: rede de pequenos chuveiro afixados no teto, alinhados para, quando
acionados, formar uma cortina d’água;
As baterias devem ser instaladas acima do piso e afastadas da parede, em local seco, venti-
lado e sinalizado.
ALARME DE INCÊNDIO
O alarme deve ser audível em todos os setores da área abrangida pelo sistema de segurança.
A edificação deve contar com um plano de ação para otimizar os procedimentos de abandono
do local, quando do acionamento do alarme.
Os sistemas de som e interfonia devem ser incluídos no plano de abandono do local e devem
ser verificados e mantidos em funcionamento de acordo com as recomendações do fabricante.
As portas corta-fogo são próprias para isolamento e proteção das rotas de fuga, retardando
a propagação do fogo e da fumaça.
Elas devem resistir ao calor por 60 minutos, no mínimo (verifique se está afixado o selo de
conformidade com a ABNT). Toda porta corta-fogo deve abrir sempre no sentido de saída das
pessoas.
Seu fechamento deve ser completo. Além disso, elas nunca devem ser trancadas com cade-
ados ou fechaduras e não devem ser usados calços, cunhas ou qualquer outro artifício para mantê-
las abertas. Não se esqueça de verificar constantemente o estado das molas, maçanetas, trincos e
folhas da porta.
ROTAS DE FUGA
Corredores, escadas, rampas, passagens entre prédios geminados e saídas são rotas de fuga
e devem sempre ser mantidas desobstruídas e bem sinalizadas.
IMPORTANTE: Conheça a localização das saídas de emergência das edificações que adentrar.
Só utilize áreas de emergência no topo dos edifícios e as passarelas entre prédios vizinhos na
total impossibilidade de utilizar a escada de incêndio.
As passarelas entre prédios tem que estar em paredes cegas ou isoladas das chamas.
LIXEIRAS
As portas dos dutos das lixeiras devem estar fechadas com alvenaria, sem possibilidade de
abertura, para não permitir a passagem da fumaça ou gases para as áreas da escada ou entre
andares do edifício.
O pára-raios deve ser o ponto mais alto do edifício. Massas metálicas como torres, antenas,
guarda-corpos, painéis de propaganda e sinalização devem ser interligadas aos cabos de descida do
pára-raios, integrando o sistema de proteção contra descargas elétricas atmosféricas. O pára-raios
deve estar funcionando adequadamente. Caso contrário, haverá inversão da descarga para as
massas metálicas que estiverem em contato com o cabo do pára-raios.
3. EQUIPE DE EMERGÊNCIA
A equipe de emergência é a Brigada de Combate a Incêndio. Ë uma equipe formada por
pessoas treinadas, com conhecimento sobre prevenção contra incêndio, abandono de edificação,
pronto-socorro e devidamente dimensionada de acordo com a população existente na edificação.
Cabe à essa equipe a vistoria semestral nos equipamentos de prevenção e combate a incên-
dios, assim como o treinamento de abandono de prédio pelos moradores e usuários.
A relação das pessoas com dificuldade de locomoção, permanente ou temporária, deve ser atu-
alizada constantemente e os procedimentos necessários para a retirada dessas pessoas em situações
de emergência devem ser previamente definidos. A equipe de emergência deve garantir a saída dos
ocupantes do prédio de acordo com o “Plano de Abandono”, não se esquecendo de verificar a existência
de retardatários em sanitários, salas e corredores. O sistema de alto-falantes ajuda a orientar a saída
de pessoas; o locutor recebe treinamento e precisa se empenhar para impedir o pânico. A relação e
localização dos membros da equipe de emergência deve ser conhecida por todos os usuários.
4. COMBATE A INCÊNDIOS
PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS
Se tiver que atravessar uma região em chamas, procure envolver o corpo com algum tecido
molhado não-sintético. Isso dará proteção ao seu corpo e evitará que se desidrate. Proteja os olhos
e a respiração; são as partes mais sensíveis, que a fumaça provocada pelo fogo pode atingir primei-
ro. Use máscara de proteção ou, no mínimo, uma toalha molhada no rosto.
Abafamento - Consiste em eliminar o comburente (oxigênio) da queima, fazendo com que ela
enfraqueça até apagar-se. Para exemplificar, basta lembrar que quando se está fritando um bife e
o óleo liberado entra em combustão, a chama é eliminada pelo abafamento ao se colocar a tampa
na frigideira. Reduziu-se a quantidade de oxigênio existente na superfície da fritura. Incêndios em
cestos e lixo podem ser abafados com toalhas molhadas de pano não-sintético. Extintores de CO2
são eficazes para provocar o abafamento.
Retirada do Material:
a) Retirar o material que está queimando, a fim de evitar que o fogo se propague;
b) Retirar o material que está próximo ao fogo, efetuando um isolamento para que as
chamas não tomem grandes proporções.
Resfriamento:
O resfriamento consiste em tirar o calor do material. Para isso, usa-se um agente extintor
que reduza a temperatura do material em chamas. O agente mais usado para combater incêndios
por resfriamento é a água.
Quase todos os materiais são combustíveis; no entanto, devido a diferença na sua composi-
ção, queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extinção do fogo. Convencionou-
se dividir os incêndios em quatro classes.
Instruções para o uso de extintor de água pressurizada. Repare se no extintor tem tudo o
que está descrito:
1. Etiqueta ABNT
2. Etiqueta de advertência
4. Recipiente
5. Bico ejetor
8. Cilindro e gás
IMPORTANTE:
2. Por serem condutoras de eletricidade, a água e a espuma não podem ser utilizadas em
incêndios de equipamentos elétricos energizados (ligados na tomada). A água e a espuma
podem provocar curto-circuitos;
EXTINTORES DE ESPUMA
Obs.: Se o jato de espuma não sair, revire-o uma ou duas vezes, para reativar a mistura.
GÁS CARBÔNICO
O gás carbônico, também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é mau condutor de
eletricidade e, por isso, indicado em incêndios “CLASSE C”. Cria ao redor do corpo em chamas uma
atmosfera pobre em oxigênio, impedindo a continuação da combustão.
1. Puxe a trava de segurança para trás ou gire o registro do cilindro (ou garrafa) para a
esquerda, quando o extintor for de Pó Químico com pressão injetável;
2. Aperte o gatilho;
3. Dirija o jato contra a base do fogo, procurando cobrir toda a área atingida com
movimentação rápida.
• O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma..
• Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inala-
ções. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure
rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão.
• Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar
é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar
por socorro.
• Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça
esse teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão
vindo através da abertura, mantenha-a fechada.
• Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer
porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e
embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura
inferior.
1. RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
Em muitos dos casos de primeiros socorros é de vital importância a respiração artificial.
Como fazê-la:
a) Para adultos:
• Desobstrua suas vias aéreas superiores (boca e garganta), retirando delas corpos
estranhos e secreções e puxando a língua;
• Incline a cabeça da vítima para trás, suspendendo-a com uma das mãos na nuca e a
outra na testa (muitas vezes essa manobra é suficiente para restabelecer a respiração,
pois deixa livre a passagem do ar para os pulmões);
• Aperte as narinas com os dedos indicador e polegar da mão que estiver na testa para
evitar a fuga de ar pelo nariz, quando da respiração artificial;
• Cubra a boca da vítima com a sua própria boca, de forma a não deixar escapar o ar;
• Faça uma inspiração profunda e sopre na boca até o peito da vítima se expandir. A
seguir, solte o nariz e afaste sua boca da boca da vítima para permitir que o ar saia de
seus pulmões;
b) Para crianças:
• Deite a criança de costas, incline a cabeça da vítima para trás, suspendendo-as com
uma das mãos, pela nuca, para afastar a língua da entrada das vias respiratórias;
• Coloque sua boca firmemente sobre a boca e o nariz da criança, para evitar a fuga de
ar quando da respiração artificial;
• Aplique a pressão suave e contínua sobre o abdômen, para evitar que o estômago se
encha de ar:
2. AFOGAMENTO
a) Retire a água dos pulmões da pessoa acidentada da seguinte forma:
• Deite-a de bruços, com a cabeça virada para um dos lados, com os braços dobrados,
de maneira que as mãos fiquem uma sobre a outra, sob o rosto;
• Repita esses movimentos até que saia toda a água dos pulmões.
3. ASFIXIA
a) Por gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio:
b) Por soterramento:
• Descubra a cabeça da vítima e limpe bem, desobstruindo seu nariz e sua boca;
d) Por estrangulamento:
• Não toque na pessoa até que ela esteja separada da corrente elétrica;
• Retire a pessoa usando corda seca ou pano de algodão seco para afastá-la do fio;
• Inicie a respiração artificial boca a boca, logo que ela estiver livre da corrente elétrica.
4. CONVULSÃO
É uma contratura involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados, em
geral acompanhada de perda de consciência.
• Proteja sua língua colocando algo entre os dentes como pedaços de pano ou de
borracha;
• Deixe-a debater-se, não a segure forte, cuidando para que a cabeça não sofra ne-
nhum traumatismo, pois dentro de alguns minutos tudo cessará.
• Deixe-a dentro da água até que a temperatura baixe, ficando próxima do normal,
molhando também a cabeça;
c) Convulsões em epiléticos
- Não andar na beira de precipícios ou locais muito altos que ofereçam risco de
queda;
• Lave bem as mãos com água e sabão, se possível esfregue-as com escova;
• Limpe o ferimento com água previamente fervida e sabão, tantas vezes quanto for
necessário para uma boa limpeza da lesão.
• Procure um médico.
• Quando há suspeita de penetração profunda de objeto como bala, faca, prego, etc.;
O que fazer:
6. FRATURAS
a) Fechadas
• Prepare talas para sustentação do membro atingido com papelão, madeira, jornais dobra-
dos, etc. de comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura:
• Use panos, algodão em rama ou outro material macio para acolchoar as talas;
• Amarre as talas com ataduras, lenços ou gravatas, não muito apertados em, no
mínimo, quatro pontos, dois abaixo e dois acima da fratura;
b) Expostas
• Faça curativo protetor sobre o ferimento, usando gaze, lenço ou pano limpo, fixando-
o firmemente com tira de pano, gravata, cinto, etc.;
• Deixe os dedos de fora quando imobilizar pernas ou braços para observar as condi-
ções dos mesmos;
7. PARADA CARDÍACA
Toda vez que houver parada cardíaca, concomitantemente haverá o desaparecimento dos
movimentos respiratórios. Se o pulmão pára, segundos depois o coração pára também.
O que fazer:
• Coloque a vítima deitada de costas sobre o solo ou em outra superfície rígida (Nunca
sobre colchão ou sofá de molas ou espuma);
• A seguir, faça pressão com bastante vigor, para que se abaixe o esterno, comprimin-
do o coração de encontro à coluna vertebral;
CUIDADOS
• Sempre que combinar a respiração artificial com massagem cardíaca, somente sopre
ar para os pulmões quando a mão do massageador suspender a pressão do tórax;
• Em adolescentes, faça pressão com apenas uma das mãos, com cuidado;
• Em crianças ou bebês, use apenas os dedos médios e indicadores a fim de que não
ocorram fraturas ósseas no esterno ou nas costelas;
• Suor intenso e frio, náuseas, vômitos, escurecimento da vista, palidez intensa, mãos
e pés frios e amolecimento das pernas.
O que fazer:
• Deite a pessoa de barriga para cima, com a cabeça baixa, sem travesseiro, em lugar
ventilado.
• Não podendo deitá-la, sente a pessoa e baixe a sua cabeça até a altura dos joelhos,
que deverão ficar afastados. A seguir, faça pressão para baixo sobre a nuca e peça que
a pessoa force para levantar a cabeça.
9. PARTO SÚBITO
O parto é um ato natural. Chame um médico ou providencie transporte para um hospital.
Existem, todavia, alguns pontos que devem ser lembrados, caso uma pessoa se encontre diante da
emergência de um parto e tenha de prestar auxílio à parturiente por falta de recursos médicos
próximos ou de condições para transportá-la a um hospital.
O que fazer:
• Deixe a natureza agir. Seja paciente. Espere até que a criança nasça;
• Após o nascimento, proteja a criança, evitando contato com locais sujos ou chão frio
e úmido;
• Caso o bebê não esteja respirando, limpe rapidamente sua boca e seu nariz. Colo-
que-o de cabeça para baixo, o que facilitará a saída de secreções. Se não respirar,
aplique a respiração boca a boca, agindo com delicadeza e cuidado.
• Ferva uma tesoura ou limpe-a com álcool. Faça o mesmo com um barbante ou linha
grossa;
• Corte o cordão umbilical entre dos dois nós, usando a tesoura limpa;
ATENÇÃO !
• Não lave a película, de cor esbranquiçada que cobre o corpo do recém nascido. Ela
protege a pele do bebê;
• Nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do
bebê. Deixe isto por conta do médico, da parteira ou da enfermeira.
10. QUEIMADURAS
Causas mais comuns de queimaduras:
• Eletricidade;
• Se a parte queimada não puder ser mergulhada em água, aplique panos molhados
em água fria ou gelada, até parar a dor.
• Lave o local queimado com cuidado, usando água limpa, fervida e fria;
• Passe vaselina esterilizada sobre a parte queimada e cubra-a com gaze ou pano
limpo;
• Se a roupa da pessoa pegar fogo, utilize um cobertor ou qualquer pano grosso para
abafar as chamas;
• Retire com cuidado os restos das roupas queimadas (se estiverem presas à queima-
dura, NÃO TENTE RETIRÁ-LAS, mas recorte ao redor.)
• Lave a queimadura com cuidado, usando água limpa, fervida e fria e sabão;
• Passe vaselina sobre a parte queimada e cubra-a com gaze ou pano limpo;
• Dê bastante líquido (chá, água, café, suco de frutas), pela boca, se a vítima estiver
consciente;
Trata-se de caso muito delicado. Essas queimaduras podem ser causadas por ácidos, vapor,
água, cinzas quentes, faíscas de fogo e fogos de artifício, além de chama direta.
O que fazer:
• Lave os olhos com bastante água ou, se possível, com soro fisiológico, durante vários
minutos;
Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14001, a organização tem que se subme-
ter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida
pelo INMETRO e organismos internacionais. Nessa auditoria são verificados o cumprimento de
requisitos como:
• Uma organização deve focalizar aquilo que precisa ser feito - deve assegurar comprome-
timento ao SGA e definir sua política.
• Uma organização deve formular um plano para cumprir com sua política ambiental.
• Para uma efetiva implantação, uma organização deve desenvolver as capacidades e apoi-
ar os mecanismos necessários para o alcance de suas políticas, objetivos e metas.
• Uma organização deve rever e continuamente aperfeiçoar seu sistema de gestão ambiental,
com o objetivo de aprimorar seu desempenho ambiental geral.
P OLÍTICA AMBIENTAL
A política ambiental deve identificar a organização, sua localização e as questões ambientais
que estejam relacionadas às suas atividades, produtos e serviços. O conteúdo deverá refletir seus
aspectos ambientais e conduzir a organização naturalmente aos seus objetivos e metas em confor-
midade com a política de representá-la, identificando-a estruturalmente.
A SPECTOS AMBIENTAIS
A organização deverá definir tanto o processo que vem sendo usado como aquele que será
usado no futuro para identificar os aspectos ambientais que possam vir a afetar o meio ambiente de
maneira significativa.
O procedimento deve incluir a forma deque os aspectos serão avaliados e os critérios utiliza-
dos para que se possa definir se são suficientemente significativos e exigem controle operacional.
O output do processo irá determinar o que deve ser controlado e conduzirá ao estabeleci-
mento de como isso ocorrerá controlado e à necessidade de se melhorar o desempenho através de
definição clara dos objetivos e metas.
Outros requisitos poderão ser especificados por vizinhos, clientes e dentro da própria organi-
zação. Os vizinhos poderão se deter nos inconvenientes que barulho, odores, vibração e impacto
visual podem causar, já os clientes provavelmente deter-se-ão mais nos aspectos de embalagem,
utilização de matéria-prima e questões de entrega.
Internamente a organização poderá estabelecer normas de desempenho que vão além da confor-
midade legal, ou procurar atender requisitos de iniciativa ambiental de corporação maior à qual se vincule.
O BJETIVOS E METAS
Os objetivos estabelecidos por uma organização podem ser globais, que surgem da política
da empresa e que atendem ao compromisso de prevenção de poluição e conformidade legal, ou
manter o foco em melhorias específicas.
Como parte da cláusula de planejamento da norma e do que deve ser atingido por ela, os objeti-
vos fixados são muito importantes. Dessa forma, a organização deve reconhecer tanto os impulsionadores
quanto as restrições que influenciam suas decisões. Em razão disso, na cláusula de planejamento,
devem ser referenciadas as fontes de tais impulsionadores e das restrições encontradas.
Como suporte para atingir os objetivos, a organização deverá estabelecer metas dos níveis
e funções relevantes, formalmente, planejando-as, e definindo responsáveis e prazos para a sua
execução. É também fundamental documentar e divulgar essas ações..
Os programas criados devem ser passíveis de rastreamento para que suas conquistas pos-
sam ser gerenciadas, por isso a existência do requisito para designar responsabilidade e os meios
pelos quais eles serão alcançados.
A inclusão de escalas de tempo não serve só para definir o início e o fim do programa, mas
também para que seja possível revisar pontos do mesmo. O não cumprimento das escalas de
O último parágrafo dessa cláusula tem por objetivo promover a inclusão de considerações
ambientais em todos os ramos de negócios. Para tanto não são necessários procedimentos em
separado, apenas a inclusão / retificação dos que já existem, podendo ser incluídos procedimentos
de projeto, licenças para trabalho e serviços contratados.
Estrutura e responsabilidade
Essa cláusula enfatiza que, para se atingir uma gestão efetiva, as funções, responsabilidades
e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas. Será de responsabilidade da
organização a decisão de quais funções e indivíduos devem ser definidos.
A exceção seria o representante de gestão (ou representantes), pois esse possui papel e
responsabilidade específicos. A ele compete reportar o desempenho dos SGA para a alta gerência,
o que implica em análises que subsidiarão a tomada de decisões durante a revisão da gestão. É
importante que se levante informações para a revisão na cláusula 4.6.
Essa cláusula possui três elementos que apresentam uma tênue diferença de intenção.
O mais importante, quando se trata de gestão, é ter indivíduos capacitados e para que isso
seja possível é necessário que eles tenham experiência, boa formação ou treinamento.
Deve-se fornecer treinamento àqueles que não estiverem devidamente capacitados para a
realização de tais atividades.
Uma grande parte da cláusula diz respeito à consciência (conhecimento/ percepção), que preten-
de garantir que indivíduos saibam exatamente o que está sendo exigido deles, o porquê de estarem
realizando tais tarefas e as conseqüências para o caso de não serem seguidas as instruções dadas.
C OMUNICAÇÃO ( DIVULGAÇÃO )
A mensagem dessa cláusula é de que as comunicações devem ser gerenciadas. O requisito
relacionado à comunicação interna é bastante simples e o SGA deve definir como será o procedi-
mento adotado. Isso inclui comunicação verbal, escrita e eletrônica e a utilização de ferramentas,
como quadros de avisos, boletins informativos e televisão.
As comunicações referidas na cláusula não devem ficar restritas a reclamações. Devem tam-
bém abranger assuntos e questões de exigências para informações e comunicação de exigências de
clientes e outras partes interessadas. Isso pode significar que o requisito dessa cláusula está distri-
buído por toda a organização, embora tais comunicações devessem ser revisadas centralmente
para serem usadas no estabelecimento dos objetivos, como exigido na cláusula 4.3.3.
A parte final dessa cláusula faz com que as organizações passem a reconhecer o poder da
comunicação na hora de influenciar os outros e também na hora de aliviar suas preocupações.
Isso faz com que a organização pense mais sobre o que ela quer comunicar, o que ela espera
alcançar com isso e a melhor forma de fazê-lo. Não há uma fórmula específica para que uma
empresa se comunique de maneira pró-ativa, mas, se essa for sua intenção, elas devem gerenciar
sua comunicação.
Para esse fim, a norma exige que elas registrem suas decisões no que diz respeito aos
métodos que utilizarão, não interessando se as comunicarão ou não.
C ONTROLE OPERACIONAL
É nessa cláusula que o compromisso para com a prevenção da poluição e o cumprimento dos
requisitos legais são gerenciados. Os meios pelos quais esses compromissos serão alcançados são
os procedimentos e instruções de trabalho que previnem os aspectos ambientais identificados como
gerardores de impacto.
A cláusula trata dos aspectos ambientais sobre os quais a organização tem apenas controle
limitado e também daqueles aspectos em que exerce apenas influência. Estes últimos são relacio-
nados às matérias-primas utilizadas no negócio, portanto, não apenas ao que gera o produto dire-
tamente, referem-se também aos serviços contratados.
Deve-se salientar que a cláusula exige que a organização faça uma conexão entre o controle
dos aspectos e os procedimentos, e que também comunique os requisitos desses procedimentos
aos fornecedores e distribuidores.
Os procedimentos podem não ser criados pela própria organização, mas podem ser o proces-
so pelo qual ela deseje que seus fornecedores e distribuidores atinjam o controle. Está implícito que
a conformidade a esses requisitos deverá ser monitorada.
Casos emergenciais relacionados a fogo, enchentes e terremotos têm grande potencial para
gerar impactos ambientais e, por essa razão, a organização deve prestar muita atenção a eles.
Os procedimentos devem, então, estabelecer a maneira como tal potencial será prevenido e
a atitude que será tomada no caso de ocorrer um acidente ou emergência. Isso pode tanto fazer
parte dos procedimentos como de planos específicos.
A norma reconhece a prática de testes para tais planos a fim de demonstrar que a capacida-
de corresponde às necessidades do caso e que os indivíduos são devidamente treinados para esse
tipo de situação.
M ONITORAMENTO E MEDIÇÃO
Essa cláusula especifica a necessidade ou obrigatoriedade da documentação dos procedimentos.
O requisito para monitorar a eficácia do controle operacional é lógico e serve para medir e
comparar o controle alcançado com os requisitos legais e outros requisitos, demonstrando a reali-
zação dos compromissos de acordo com a política da empresa.
A norma não define a freqüência de monitoramento e medição. Ela deve ser determinada
pela eficácia do controle operacional implementado.
A norma reconhece que a auditoria deve ser usada como um facilitador de controle e melhoria,
considerando-se que qualquer atividade de auditoria deve ser baseada na importância ambiental da
atividade e nos resultados de auditorias anteriores. Isso explica o porquê do sistema por vezes ser
auditado com pouca freqüência, justificado pelos resultados de auditorias anteriores.
2. A COLETA SELETIVA
Intimamente relacionada ao meio ambiente urbano, a Coleta Seletiva é um sistema de
recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, pre-
viamente separados na fonte geradora. Esses materiais são posteriormente reprocessados em
indústrias recicladoras e reaproveitados como matéria-prima em linhas de produção normais.
3. IMPACTOS AMBIENTAIS
Define-se como impacto ambiental, segundo a Resolução nº. 001/86 do CONAMA, a altera-
ção das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, provocada direta ou indireta-
mente por atividades humanas, as quais afetam saúde, segurança, bem-estar da população, ativi-
dades sócio-econômicas, biota, condições estéticas e sanitárias do meio e qualidade dos recursos.
Para seu licenciamento ambiental, são obrigados a realizar estudos prévios de impacto ambiental
e apresentar o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) os projetos de atividades que se
utilizam de recursos ambientais consideradas de significativo potencial de degradação ou poluição.
O estudo dos impactos ambientais visa avaliar as possibilidades de ocorrência desses e pla-
nejar as ações preventivas e corretivas necessárias, com a sua efetiva implementação.
O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam inicialmente
entendidos, para que se faça um estudo e uma avaliação específica. São eles:
• Entendimento claro daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado.
• Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no processo de tomada
de decisão.
O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio
Ambiente. São elas:
• Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência do
projeto), considerando principalmente a bacia hidrográfica na qual se localiza;
É imprescindível que o EIA seja elaborado por profissionais de diferentes áreas, trabalhando
em conjunto. Essa visão multidisciplinar é necessária para que o estudo seja feito de forma comple-
ta e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.
• Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos impactos negativos
e o grau de alteração esperado.
A Secretaria do Meio Ambiente - SEMA fornece Roteiro Básico para a elaboração do EIA/
RIMA e do Plano de Trabalho que deverá ser aprovado pela Secretaria.
• Ferrovias;
• Aeroportos;
• Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para nave-
gação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocadu-
ras, transposição de bacias, diques;
• Extração de minério;
• Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de
10MW;
• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.
I NDICADORES B IOLÓGICOS :
• Percentual de recobrimento do solo: A exposição direta aos raios solares e o impacto das
gotas de chuva acabam por promover a desestruturação e desagregação do solo, resultando
em erosão. Daí a importância da cobertura vegetal mantendo a umidade do solo, ajudando
na decomposição da parte aérea e sistema radicular e possibilitando que as partículas agre-
guem-se mais facilmente, havendo aumento de matéria orgânica e nutrientes no solo.
I NDICADORES F ÍSICOS
• Perda de solo por erosão: Refere-se à estimativa de perda da camada superficial do solo
correlacionada com a quantidade de cobertura vegetal (%) erodida. A partir desse levanta-
mento é possível saber que tipo de vegetação será mais eficaz contra a erosão.
• Textura: É a mais estável característica física do solo e também a mais importante, tanto na
identificação do solo como para prever seu comportamento. Em termos de manejo e fertilidade
a textura influencia no parcelamento das doses de insumos agrícolas a serem aplicados no solo.
• Densidade do Solo (Ds): Relação massa de sólidos - volume total ocupado pela massa,
incluindo espaço ocupado pelo ar e pela água. Reflete o arranjo das partículas definindo as
características do sistema poroso. A permeabilidade do solo, por sua vez, é inversamente
proporcional à densidade do solo, sendo importante para indicar a capacidade de
armazenamento de água para as plantas e para que se possa encontrar as melhores práticas
de conservação do solo e água.
• Umidade gravimétrica: Estima-se pela umidade gravimétrica qual a capacidade que deter-
minado solo tem de armazenar água, mantendo uma correlação com a vida microbiana e a
mesofauna do solo.
I NDICADORES Q UÍMICOS
• Macro e micro nutrientes do solo: Indicam alterações no ecossistema natural; também
servem para indicar os tipos de manejo que mais alteram o ambiente.
P OLUIÇÃO DO AR
A poluição do ar é um fenômeno decorrente principalmente da atividade humana em vários
aspectos, dentre os quais destacamos o crescimento populacional, industrial e os hábitos da popu-
lação. Apesar de sentida há muito, foi principalmente na 2ª metade do século XX que a poluição do
ar assumiu destaque entre a população e junto à comunidade técnico-científica.
Segundo as Nações Unidas, quase metade da humanidade vive nas cidades e, no Brasil, os
índices de urbanização alcançam 75%. A concentração das pessoas nos processos produtivos nos
centros urbanos tem como principal conseqüência o aumento da poluição a níveis espantosos.
Naturais:
Antropogênicas
• Fontes industriais;
• Fontes móveis (veículos a gasolina, álcool, diesel e gnv);
• Queima de lixo a céu aberto e incineração de lixo;
• Comercialização e armazenamento de produtos voláteis;
• Queima de combustíveis na indústria e termoelétricas;
• Emissões de processos químicos.
• Na saúde humana
• Irritantes pulmonares – atacam pulmões e o trato respiratório (Ox, SOx, Clx, Nox);
• Asfixiantes – causam asfixia quando em grandes quantidades (CO, HxS);
• Cancerígenos – câncer no pulmão (amianto, alcatrão), câncer no nariz (cromo);
• Na vegetação
Chuva Ácida – Nos gases produzidos por fábricas e motores são liberados para atmosfera
óxidos de enxofre (SOx) e nitrogênio (NOx) que reagem com o vapor de água (umidade do
ar) produzindo ácido sulfúrico (HxSOx) e ácido nítrico (HNOx), que dão origem a precipita-
ções ácidas. Esse tipo de chuva, quando freqüente, provoca acidificação do solo, prejudican-
do também plantas e animais, a vida dos rios e florestas. Da mesma forma, edificações
presentes na área são prejudicadas, podendo haver corrosão das suas estruturas.
PAN
O ser humano interage com o meio ambiente e produz resíduos, parte dos quais causam
problemas de poluição do ar. Tais problemas resultam das chamadas fontes de poluição fixas e
fontes móveis.
• Fontes fixas - As indústrias são as fontes mais significativas ou de maior potencial poluidor,
no entanto, deve-se ainda destacar a crescente demanda por usinas termoelétricas, utilizadoras
de carvão ou óleo combustível, bem como de incineradores de resíduos, os quais também se
destacam por seu elevado potencial poluidor.
I NDICADORES DA Q UALIDADE DO AR
O nível da poluição do ar ou da qualidade do ar é medida pela quantificação das substâncias
poluentes presentes nesse ar. Considera-se poluente do ar qualquer substância presente no ar e
que, pela sua concentração, possa tornar esse ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveni-
ente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao
uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Esses Indicadores representam o material sólido emitido pelas fontes poluidoras ou em sus-
pensão na atmosfera (poeira, pó, fuligem), sendo o tamanho das partículas sólidas o critério utiliza-
do para sua classificação. Partículas mais grossas ficam retidas no nariz e na garganta, provocando
incômodo e irritação, além de facilitar que doenças como a gripe, se instalem no organismo. Poeiras
mais finas podem causar danos às partes internas do aparelho respiratório, carregando partículas e
outros poluentes para os alvéolos pulmonares e provocando efeitos mais severos do que os causa-
dos pelos poluentes de forma isolada. As pessoas que permanecem em locais muito poluídos por
material particulado ficam mais vulneráveis a crises aguda de doenças respiratórias.
Monóxido de Carbono – CO
Ozônio - Ox
O ozônio é um gás invisível, com cheiro marcante, composto por 3 (três) átomos de
oxigênio, altamente reativo, que está presente na alta atmosfera e na superfície. Quan-
do presente nas altas camadas da atmosfera nos protege dos raios ultravioletas do sol,
Quanto aos veículos em uso, o CONAMA prevê em suas resoluções a instalação de centros
de Inspeção e Manutenção de veículos para o que há normas e regulamentos. A inspeção periódica
das emissões de poluentes foi instituída através da Resolução nº. 7, de 31 de agosto de 1993 do
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Tal Resolução condiciona o licenciamento anual à
respectiva aprovação na inspeção.
A legislação quanto a emissões de fontes móveis é muito ampla, e já existem planos de ação
vinculados a licenciamento, inspeção e monitoramento de emissões de forma a regular e assim como ao
controle de veículos novos, com extensão a veículos antigos já em circulação quanto à sua adequação
a legislação.
P OLUIÇÃO DA Á GUA
Poluição é a contaminação da água com substâncias que interferem na saúde das pessoas e
animais, na qualidade de vida e no funcionamento dos ecossistemas. Alguns tipos de poluição têm
Na década de 1950, os níveis de oxigênio de vários rios urbanos importantes de países ricos
baixaram a patamares críticos - chegaram a cerca de 10% do volume normal. Em Londres, um
barco chegou a ser usado para injetar oxigênio puro diretamente na água, uma solução cara e com
resultados limitados.
Os últimos levantamentos da ONU a esse respeito são bastante eloqüentes. De acordo com
ela, os 14 maiores rios europeus têm nascentes com “bom status ambiental”, mas, no resto de seu
percurso, estão bastante degradados. Na Ásia, todos os rios que cruzam cidades estão altamente
poluídos. Se o ritmo de crescimento da poluição continuar acompanhando o da população, a Terra
poderá perder 18 mil quilômetros quadrados de águas doces até 2050 - quase nove vezes o
volume total usado a cada ano em irrigação no mundo. Ainda segundo a ONU, os pobres são, como
é de se imaginar, os mais afetados pela poluição. Metade da população de países em desenvolvi-
mento está exposta a mananciais poluídos. O quadro é particularmente grave na Ásia, onde os rios
têm três vezes mais bactérias originárias de esgotos do que a média mundial. Além disso, os corpos
d’água asiáticos apresentam taxas de enxofre até 20 vezes superiores às de países ricos.
As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por
cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que
têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e
provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários. São
biodegradáveis, ou seja, são destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse pro-
cesso de destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode
compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústri-
as - principalmente as químicas e petroquímicas - e não podem ser decompostos naturalmente.
Entre os mais comuns estão chumbo, cádmio e mercúrio. Conforme sua composição e concentra-
ção, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e ani-
mais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.
Resíduos químicos - geralmente descartados por indústrias e pela mineração, são difíceis de
degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no fundo de rios, lagos e
mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre os mais nocivos estão os
chamados metais pesados - chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Se ingeridos, podem
causar diversas disfunções pulmonares, cardíacas, renais e do sistema nervoso central, en-
tre outras. Um dos mais tóxicos é o mercúrio, comumente descartado por garimpeiros após
ser empregado na separação do ouro.
Vinhoto - efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool. Pode ser usado
como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em corpos d’água das regiões
produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora essa prática seja proibida por lei.
Detergentes - em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de detergentes que
não fossem biodegradáveis. No entanto, apesar de menos nocivos, os detergentes e sabões
em pó comercializados atualmente contêm fosfatos, substâncias que podem promover um
crescimento acelerado de algas nos rios. Quando elas morrem, logo são decompostas por
bactérias que consomem o oxigênio disponível na água e exalam mau cheiro.
P OLUIÇÃO NO CAMPO
Já a criação de animais tem como principais resíduos os excrementos, que são altamente
ricos em nitratos. Um porco de 100 quilos elimina cerca de um metro cúbico de esterco por ano,
contendo 5,5 quilos de nitrogênio. Esses resíduos são produzidos em grandes volumes e muitas
vezes despejados irregularmente nos corpos d’água. Na África, são encontrados poços com um
nível de nitratos até oito vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
F ÁBRICA DE PROBLEMAS
No começo dos anos 1950, a cidade japonesa de Minamata ganhou fama mundial quando
gatos, gaivotas, pescadores e suas famílias começaram a mostrar sérios sintomas de envenena-
mento. Centenas de pessoas morreram e muitas outras desenvolveram problemas neurológicos
permanentes. Crianças começaram a nascer com paralisia cerebral e retardo mental. As vítimas -
que tinham em comum o fato de seguir uma dieta à base de peixes e molusco provenientes da baía
de Minamata e do oceano, onde as águas da baía desaguavam - estavam contaminadas com altos
A repetição dessa história não é impossível. Despejar resíduos na água é uma prática bastante
arraigada na cultura industrial. Já no século XVI, indústrias holandesas que alvejavam linho jogavam
resíduos nos canais que passavam diante de suas portas. Todos os anos, entre 300 e 500 milhões de
toneladas de metais pesados, solventes e resíduos tóxicos são despejados pelas indústrias nos corpos
d’água. Mais de 80% de todos esses resíduos são produzidos nos Estados Unidos e em outros países
industrializados. Um estudo feito em 15 cidades japonesas mostrou que 30% de todos os reservatórios
subterrâneos estavam contaminados por solventes clorados derramados num raio de 10 quilômetros.
Evitar a poluição industrial é tecnicamente fácil, mas nem sempre barato. As indústrias devem
construir estações de tratamento de efluentes, que reduzam seus teores de contaminação aos limites
permitidos por lei. Essas estações podem utilizar métodos físicos, químicos e biológicos de tratamento,
conforme o tipo e o grau de contaminação. Por exemplo: grades, peneiras e decantadores são usados para
separar partículas maiores; bactérias degradam materiais biológicos; e aditivos químicos corrigem o pH.
Entretanto, o ideal é que a indústria nem sequer produza resíduos. Para isso, ela deve im-
plantar um programa de “produção mais limpa”. Esse conceito propõe que seja feita uma série de
adaptações para economizar água, energia e matérias-primas ao longo do processo industrial, de
modo criterioso e em toda a linha de produção, para que nada seja desperdiçado - afinal, qualquer
perda se converte em resíduo no fim do processo. Por exemplo: uma fábrica que usa 10 mil litros
diários de água para lavar seus equipamentos e no final do dia joga fora esse efluente, contaminado
com óleos e gorduras, tem de fazer um grande investimento numa estação de tratamento. Entre-
M ARES M ORTOS
Apesar de suas dimensões imensas, os oceanos são tão vulneráveis à poluição quanto qual-
quer outro ambiente natural. Contudo, sua gigantesca capacidade de diluição costuma esconder os
danos produzidos. Em média, 200 mil toneladas de óleo são derramadas nos mares todos os anos.
Aproximadamente 44% desse volume tem origem na exploração, processamento e transporte do
petróleo. O restante é resultado do descarte de óleo usado por uma série de atividades.
Nota Técnica
7.1 Do Objeto
Nota:
Todos os trabalhadores devem ter o controle de sua saúde de acordo com os riscos a que
estão expostos. Além de ser uma exigência legal prevista no art. 168 da CLT, está respalda-
da na Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, respeitando princípios
éticos, morais e técnicos.
Nota:
7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.
Nota:
O PCMSO deve possuir diretrizes mínimas que possam balizar as ações desenvolvidas, de
acordo com procedimentos em relação a condutas dentro dos conhecimentos científicos
atualizados e da boa prática médica. Alguns desses procedimentos podem ser padronizados,
enquanto outros devem ser individualizados para cada empresa, englobando sistema de
registro de informações e referências que possam assegurar sua execução de forma coeren-
te e dinâmica.
Assim, o mínimo que se requer do programa é um estudo in loco para reconhecimento prévio
dos riscos ocupacionais existentes. O reconhecimento de riscos deve ser feito através de visitas aos
locais de trabalho para análise do(s) procedimento(s) produtivo(s), postos de trabalho, informações
sobre ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, atas de CIPA, mapas de risco,
estudos bibliográficos, etc.
O instrumental clínico epidemiológico, citado no item 7.2.2, refere-se à boa prática da Medi-
cina do Trabalho, pois além da abordagem clínica individual do trabalhador-paciente, as informações
geradas devem ser tratadas no coletivo, ou seja, com uma abordagem dos grupos homogêneos em
relação aos riscos detectados na análise do ambiente de trabalho, usando-se os instrumentos da
epidemiologia, como cálculo de taxas ou coeficientes para verificar se há locais de trabalho, seto-
res, atividades, funções, horários, ou grupos de trabalhadores, com mais agravos à saúde do que
outros.
Caso algo seja detectado, através desse “olhar” coletivo, deve -se proceder a investigações
específicas, procurando-se a causa do fenômeno com vistas à prevenção do agravo.
O PCMSO pode ser alterado a qualquer momento, em seu todo ou em parte, sempre que o
médico detectar mudanças nos riscos ocupacionais decorrentes de alterações nos processos de traba-
lho, novas descobertas da ciência médica em relação a efeitos de riscos existentes, mudança de critérios
de interpretação de exames ou ainda reavaliações do reconhecimento dos riscos.
O PCMSO não é um documento que deve ser homologado ou registrado nas Delegacias
Regionais do Trabalho, sendo que o mesmo deverá ficar arquivado no estabelecimento à disposição
da fiscalização.
Nota:
Nota:
Nota:
O médico do trabalho coordenador pode elaborar e ser responsável pelo PCMSO de várias
empresas, filiais, unidades, frentes de trabalho, inclusive em várias Unidades da Federação.
Por outro lado, o profissional encarregado pelo médico-coordenador de realizar os exames
médicos, como pratica ato médico (exame médico) e assina ASO, deve estar registrado no
CRM da Unidade da Federação em que atua.
O “profissional médico familiarizado”, que poderá ser encarregado pelo médico coordenador
de realizar os exames médicos ocupacionais, deverá ser um profissional da confiança desse, que,
orientado pelo PCMSO, poderá realizar os exames satisfatoriamente.
Estrutura do PCMSO
Embora o Programa não possua um modelo a ser seguido, nem uma estrutura rígida, reco-
menda-se que alguns aspectos mínimos sejam contemplados e constem do documento:
Além disso, também podem ser incluídas, opcionalmente, no PCMSO, ações preventivas para
doenças não ocupacionais, como: campanhas de vacinação, diabetes melitus, hipertensão arterial,
prevenção do câncer ginecológico, prevenção de DST/AIDS, prevenção e tratamento do alcoolismo,
entre outros.
Por outro lado, um PCMSO poderá ser muito complexo, contendo avaliações clínicas especi-
ais, exames toxicológicos com curta periodicidade, avaliações epidemiológicas, entre outras provi-
dências.
c) plano anual de realização dos exames médicos, com programação das avaliações
clínicas e complementares específicas para os riscos detectados, definindo-se explicita-
mente quais os trabalhadores ou grupos de trabalhadores serão submetidos a que exa-
mes e quando.
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódicos;
c) do retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
7.4.3 A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea “a”, como parte integrante dos
exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicida-
de, conforme previsto nos subitens abaixo relacionados:
7.4.3.1 no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalha-
dor assuma suas atividades;
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta e
cinco anos de idade;
7.4.3.4.1 Para fins dessa NR, entende-se por mudança de função toda e qual-
quer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na
exposição do trabalhador a riscos diferentes daqueles a que estava exposto
antes da mudança.
Nota:
Com relação ao exame de mudança de função, esse deverá ser realizado somente se ocorrer
alteração do risco a que o trabalhador ficará exposto. Poderá ocorrer troca de função na
empresa sem mudança de risco, e assim não haverá necessidade do referido exame.
Nota:
E XAMES M ÉDICOS
O exame médico demissional deverá ser realizado até a data de homologação da dispensa ou
até o desligamento definitivo do trabalhador, nas situações excluídas da obrigatoriedade de realiza-
ção da homologação. O referido exame será dispensado sempre que houver sido realizado qualquer
outro exame médico obrigatório em período inferior a 135 dias para empresas de graus de risco 1
7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o
Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias.
Nota:
Para Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) serve qualquer modelo ou formulário, desde que
traga as informações mínimas previstas na NR.
• britador de pedra em uma pedreira: poeira mineral (ou poeira com alto teor de
sílica livre cristalina, se quiser ser mais específico) e ruído;
• impressor que usa tolueno como solvente de tinta em uma gráfica ruidosa:
solvente e ruído;
Apesar de sua importância, não devem ser colocados riscos genéricos ou inespecíficos
como estresse, por exemplo, nem riscos de acidentes (mecânicos), como, por exemplo,
risco de choque elétrico para eletricista, risco de queda para trabalhadores em geral etc.
Exemplos
Ruído: audiometria;
Para vários agentes descritos na alínea “b”, não há procedimentos médicos especí-
ficos.
Exemplos
Dermatoses por cimento: O exame clínico detecta ou não dermatose por cimento.
Convém escrever no PCMSO que o exame clínico deve ter atenção especial à pele,
mas a alínea “c” do ASO fica em branco.
7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames com-
plementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontu-
ário do médico coordenador do PCMSO.
7.4.5.1 Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por perío-
do mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador.
Nota:
Os prontuários médicos devem ser guardados por 20 anos, prazo esse de prescrição das
ações pessoais (Código Civil Brasileiro - art. 177).
Do ponto de vista médico, grande parte das doenças ocupacionais têm tempo de latência
entre a exposição e o aparecimento da moléstia de muitos anos. Em alguns casos esse período é de
cerca de 40 anos. Assim, a conservação dos registros é importante para se recuperar a história
profissional do trabalhador em caso de necessidade futura. Também para estudos epidemiológicos
futuros é importante a conservação desses registros. A guarda dos prontuários médicos é da res-
ponsabilidade do coordenador. Por se tratar de documento que contém informações confidenciais da
saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das mesmas. Esse
arquivo pode ser guardado no local em que o médico coordenador considerar que os pré-requisitos
acima estejam atendidos, podendo ser na própria empresa, em seu consultório ou escritório, na
entidade a que está vinculado etc.
O prontuário médico pode ser informatizado, desde que resguardado o sigilo médico, confor-
me prescrito no código de ética médica.
Nota:
O relatório anual deverá ser feito após decorrido um ano da implantação do PCMSO, portanto
depende de quando o Programa foi efetivamente implantado na empresa. Não há necessida-
de de seu envio, registro, ciência, ou qualquer tipo de procedimento junto às Delegacias
Regionais de Trabalho, mas deverá ser apresentado e discutido na CIPA e mantido na empre-
sa à disposição do agente de inspeção do trabalho. Esse relatório vai possibilitar ao médico a
elaboração de seu plano de trabalho para o próximo ano.
O modelo proposto no Quadro III é apenas uma sugestão, a qual contém o mínimo de infor-
mações para a análise do médico do trabalho coordenador no coletivo, ou seja, para o conjunto dos
trabalhadores. O relatório poderá ser feito em qualquer modelo, desde que contenha as informa-
ções determinadas no item 7.4.6.1.
7.4.7 Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador ou dos exames cons-
tantes do Quadro I da presente NR, apenas exposição excessiva (EE ou SC +) ao risco,
mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado
do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de
exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas.
7.5.1 Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à presta-
ção de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvi-
da; manter esse material guardado em local adequado, aos cuidados de pessoa treinada
para esse fim.
Quadro I
Para controle do benzeno deve ser usado o Anexo à Instrução Normativa SSST n.º 2, de 20-12-95.
a. O Conceito;
b. O Desafio ;
a. Conceito.
Biológico ( Anatomia/Fisiologia/Endocrinologia/Genética )
Social ( Mídia/Amigos/Escola/Família/Igreja )
Psicológico ( Comportamento )
Vale observar que os conceitos sofrem transformações na mesma proporção em que a forma
de pensar da sociedade se altera, pois é ela quem dita as regras de nossas vidas com seus juízos de
valores culturais, pessoais, religiosos, etc., redefinindo, até certo ponto, os conceitos, e estimulan-
do ou não a implementação do que é normal ou mesmo patológico no comportamento humano.
b. O Desafio
• Medicina do Trabalho: Vacinação, primeiros socorros, saúde ocular, saúde oral, con-
servação auditiva, educação sexual, planejamento familiar, sexualidade, prevenção DST/
AIDS, higiene e boas maneiras, LER/DORT, ginástica laboral/cinesioterapia laboral, aca-
demia de ginástica, etc...
• Jornal Interno;
• Computador / internet;
• Demonstrativo de Pagamento;
• Cartas;
• Mural;
• Faixas;
• Palestras;
• Reuniões e encontros;
• Consultas.
c. Formação Profissional;
f. Indicadores de Saúde;
a. Conceito
É um campo específico da Saúde Pública, que procura atuar através de procedimentos pró-
prios, com a finalidade de Promover e Proteger a Saúde das pessoas envolvidas no exercício
do trabalho.
• Médico do Trabalho;
• Enfermeiro do Trabalho;
• Psicóloga;
• Nutricionista;
• Fisioterapeuta;
• Assistente Social;
• Educador Físico;
• Dentista do Trabalho.
A UXILIAR DE E NFERMAGEM
• Pré-Requisito: 1° Grau completo e com idade mínima de 16 anos;
• Curso: 9 Meses.
ENFERMAGEM
• Graduação de 4 anos
M ÉDICO DO T RABALHO
• Identificação e avaliação dos fatores ambientais que possam afetar a saúde dos trabalha-
dores;
• Verificação dos sistemas de controle em uso, para eliminar ou reduzir a exposição a agen-
tes nocivos;
E QUIPE DE E NFERMAGEM
• Executa as atividades relacionadas ao serviço de higiene, medicina e segurança do traba-
lho, integrando equipes de estudo, para propiciar a preservação da saúde e valorização do
colaborador;
f. Indicadores de Saúde
R: A elaboração e atualização do PPP é obrigatória para todos os empregadores, bem como sua
entrega ao trabalhador na ocasião da rescisão do contrato de trabalho. O formulário deve ser assinado
pelo representante legal da empresa com a indicação dos responsáveis técnicos pelo PCMSO e LTCAT.
R: O LTCAT, como o nome diz, é um laudo técnico, isto é, um documento que retrata as
condições do ambiente de trabalho de acordo com as avaliações dos riscos, concluindo sobre a
caracterização da atividade como especial. O PPRA, por sua vez, é um programa de ação contínua,
não é apenas um documento. O LTCAT pode ser um dos documentos que integram as ações do
PPRA.O PPRA é uma exigência da legislação trabalhista (Norma Regulamentadora nº 9) e o LTCAT
da legislação previdenciária. Veja a letra da Lei: “A comprovação da efetiva exposição do segurado
aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do
trabalho. (art 58, parágrafo 1º, Lei 8.213/91)”
R: Ele deve estar disponível para a fiscalização, mas ele é mais que isso. O PPP substitui, a
partir de 01/01/2004, o formulário DIRBEN 8030 (antigo SB-40). Ele não é um formulário a mais,
ele concentra todas as informações do laudo técnico e dos formulários antigos.
R: Por enquanto, sim. A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP para todos os
trabalhadores expostos a agentes nocivos e fornecer cópia autêntica do documento ao trabalhador
na ocasião da rescisão do contrato de trabalho.
10) Qual a relação de agentes nocivos à saúde capaz de gerar direito à aposentadoria
especial?
Em uma análise do ambiente de trabalho, pode-se encontrar uma série de fatores interagindo
com o trabalhador, cujas conseqüências podem surgir já modificadas como frutos dessa interface. O
ambiente de trabalho é um conjunto de fatores interdependentes, que atua direta ou indiretamente
na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho.
Existe uma ampla discussão sobre a classificação que melhor atende à definição dos riscos
que envolvem o ambiente de trabalho e conseqüentemente a saúde dos trabalhadores. Mattos
(1992) categoriza como seis os tipos de agentes causadores de prejuízo à saúde: físicos, mecâni-
cos, ergonômicos, químicos, biológicos e sociais; todos baseados no detalhamento dos agentes
internos à unidade de trabalho. Para cada um desses, o autor elaborou uma definição pertinente e
exemplos.
Riscos Físicos
“Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores.” (NR 5, 9.1.5.1)
Sivieri (1995) enumera uma série de agravos à saúde que a exposição prolongada ao ruído
pode trazer, como cansaço, tensão muscular, irritação, fadiga mental, problemas gástricos, ansie-
dade, impotência sexual, hipertensão arterial, perda auditiva, surdez, dentre outros. Laurel e Mar-
ques (1989) citam que o ruído atua sobre o ouvido médio e o sistema nervoso e provoca mudanças
em alguns processos fisiológicos.
Riscos Ergonômicos
A evolução tecnológica foi acompanhada pela ergonomia na tentativa de buscar o melhor aprovei-
tamento do espaço destinado ao desempenho da tarefa e sua adequação ao trabalhador desse posto.
As cargas fisiológicas não têm uma materialidade visível externa ao corpo humano. Um
esforço físico pesado ou uma posição incômoda não podem existir senão através do corpo humano
(Laurell e Noriega, 1989). E é através das expressões desse corpo que se pode tentar identificar os
efeitos das cargas a que esses trabalhadores estão submetidos.
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Os Fatores Psicológicos
“Fatores psicológicos são aqueles que originam desgaste psíquico e sofrimento mental, cuja
fonte é a organização do processo de trabalho.” (Sivieri, 1995)
A organização do trabalho diz respeito à sua divisão técnica e social - à hierarquia interna dos
trabalhadores, ao controle, por parte da empresa, do ritmo e pausas de trabalho e ao padrão de
sociabilidade interna - e repercute sobre a saúde mental do trabalhador, causando sofrimento psí-
quico, doenças mentais e físicas (Cohn & Marsiglia, 1994).
• abrange tudo que provoca uma sobrecarga psíquica, ou seja, situações de tensão prolon-
gada, como atenção permanente, a supervisão com pressão, a consciência da periculosidade
do trabalho, os ritmos de trabalho, dentre outros;
Dessa forma, os fatores psicológicos podem intervir no trabalhador sem que ele tenha o seu
discernimento, e isso se torna agravante quando essa percepção se dá de forma retardada, princi-
palmente em momentos de maior exigência da atividade desempenhada.
“Fator de risco social é aquele que tem como fonte os elementos estruturais que determinam
a condição de vida e de trabalho e que se expressa no processo saúde/doença de uma determinada
coletividade de trabalhadores.” (Sivieri, 1995)
Esse grupo engloba aqueles fatores decorrentes das condições de vida enfrentadas pelos
trabalhadores dentro de seu contexto social, pois é na natureza social do processo de saúde/doença
que se verifica o modo característico de adoecer e morrer dos trabalhadores (Sivieri, 1995).
A redução desses riscos ou dos danos à saúde é realizada através de uma nova forma de
organização do trabalho que elimina ou limita, ao mínimo indispensável, a exposição a esses fatores
físicos, quando os mesmos assumem valores considerados nocivos pelo grupo homogêneo (Sivieri,
1995).
Alguns sintomas surgem como decorrência do cansaço, sendo a falta de atenção e concen-
tração os principais, levando a um aumento no número de erros, na diminuição da velocidade de
reação, além da sonolência natural e da irritabilidade.
OS RITMOS BIOLÓGICOS
“As oscilações que ocorrem nos ritmos do corpo são controladas internamente, mas são continu-
amente reconfiguradas para um dia de 24 horas pelo ciclo de luz ao qual ele é exposto”. (Rose, 1989)
O trabalho em turnos alternados tem sido bastante estudado internacionalmente pelos agra-
vos que acarretam para a saúde física, psíquica e social . A manifestação subclínica das perturba-
ções causadas, principalmente pelo trabalho em turnos e noturno, é claramente observável na
análise dos ritmos biológicos (Fischer & Paraguay, 1989).
Existem outros sincronizadores que também influenciam, como por exemplo os ritmos da soci-
edade, ou seja, os eventos sociais, horários de acordar, dormir e alimentar-se, bem como momentos
de lazer, as folgas semanais e os horários de trabalho. Nesse sentido, Moreno (1993) cita que, para a
espécie humana, o ciclo de atividade social está entre os sincronizadores ambientais mais relevantes.
Graeber (1988) corrobora com essa autora quando cita Moore-Ede et al., 1982; e Wever, 1979 e
mostra que, para os humanos, os horários sociais representados por comunicações interpessoais, os
horários de trabalho e as atividades feitas em grupo são os sincronizadores mais importantes.
Há também, há uma série de autores que concordam que as queixas com relação aos preju-
ízos causados pelo relativo isolamento social, discriminação e dificuldades em conciliar suas horas
de folga com seus amigos e familiares são freqüentes nos trabalhadores em turnos devido a esse
tipo de sistema de trabalho.
As alterações dos ritmos biológicos causadas pelo trabalho noturno e em turnos podem ser
co-responsáveis por perturbações do sono, doenças cardiovasculares, alterações do sistema
imunológico (aumento da suscetibilidade a doenças), disfunções do trato gastrointestinal, modifica-
ções de hábitos de fumo e bebida e outros distúrbios de origem psíquica.
A FADIGA
“A fadiga é uma experiência pessoal...” (Graeber, 1985)
O sono é uma atividade e, mais do que isso, uma necessidade do organismo para reposição de
energia e alívio do estresse. A constante alteração do ritmo de sono contribui para o incremento do
quadro de fadiga, sendo que sua minimização depende de se obter um período de repouso adequado.
Como condições adversas ao sono pode-se citar a Síndrome de Apnéia de Sono; a ingestão
de álcool e drogas; o uso de medicamentos para dormir ou evitá-lo; a privação de sono pré-
existente e o ambiente onde se dorme; ruído; vibração; etc. Nesse caso, sob condições adversas,
inviabilizam-se os períodos destinados ao repouso, elevando-se o grau de desgaste do trabalhador.
Além disso, como conseqüências da contínua privação e inversão de momentos de sono, sintomas
como a sonolência começam a aparecer entre os trabalhadores em turnos.
Por outro lado, o quadro de fadiga não se resume na alteração do ciclo sono-vigília. Seligmann-
Silva (1994) cita que os problemas do sono que se vinculam ao cansaço produzido por tarefas,
pelas jornadas longas, pelo trabalho em turnos alternados, pelo calor e demais fatores do ambiente
físico, não são os únicos que precisam ser considerados nos estudos da fadiga. Como já descrito
anteriormente, diversos são os fatores que contribuem para a instalação do quadro de fadiga nos
trabalhadores em geral.
A SILICOSE
A silicose é uma doença pulmonar fibrosante com evolução crônica, causada por inalação da
poeira da sílica, que acomete inicialmente as regiões peribronquiolares, no centro do lóbulo pulmonar
secundário. A drenagem linfática é o mecanismo envolvido na remoção das partículas dos pulmões,
mas essa não é completamente efetiva, fazendo com que haja acúmulo gradual de partículas nas
regiões onde a drenagem é menos eficiente, que são as faces posteriores dos lobos superiores.
Quatro tipos de reação tecidual podem ocorrer após a inalação de partículas da sílica: silicose
crônica (simples e complicada), aguda e acelerada. A mais comum delas é a silicose crônica, que
ocorre geralmente depois de muitos anos da exposição inicial, em indivíduos expostos a doses
relativamente baixas.
As duas outras formas de silicose são a acelerada, causada pela inalação de grandes quanti-
dades de sílica, com evolução mais rápida que a crônica, e a silicose aguda, também conhecida
como silicoproteinose, decorrente da inalação maciça de sílica por períodos muito curtos.
A EXPOSIÇÃO AO ASBESTO
Placas pleurais
As placas pleurais são a manifestação mais comum da exposição ao asbesto, sendo conside-
radas marcadores de exposição. Envolvem mais comumente as porções posteriores e late-
rais da pleura da parede torácica, entre a sexta e a décima costelas, e a pleura diafragmática,
principalmente na sua porção superior. A maior parte ocorre na ausência de asbestose, que
raramente é detectada quando placas pleurais não estão presentes.
Geralmente, o derrame pleural pelo asbesto é a principal manifestação clínica nos primeiros
dez anos após a exposição inicial ao asbesto.
Atelectasia redonda
Asbestose
Carcinoma broncogênico
Bissinose
• Tipos de pneumoconioses:
• Outras pneumoconioses:
• Beriliose: de Berílio;
• Cadmiose: de cádmio;
• Plumbose: de chumbo;
• Cuprose: de cobre;
• causas diretas constituídas pelos agentes biológicos, físicos, químicos ou mecânicos pre-
sentes no trabalho que atuariam diretamente sobre o tegumento produzindo ou agravando
uma dermatose pré-existente.
Cerca de 80% das dermatoses ocupacionais são produzidas por agentes químicos, substân-
cias orgânicas e inorgânicas, irritantes e sensibilizantes. A maioria é de tipo irritativo e um menor
número é de tipo sensibilizante. As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais mais
freqüentes. Estima-se que juntas, as dermatites alérgicas de contato e as dermatites de contato
por irritantes, representam cerca de 90% dos casos das dermatoses ocupacionais. Apesar de, na
maioria dos casos, não produzirem quadros considerados graves são, com freqüência, responsáveis
por desconforto, prurido, ferimentos, traumas, alterações estéticas e funcionais que interferem na
vida social e no trabalho.
• quadro clínico;
• identificação dos problemas potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fato-
res de risco identificados;
• proposição das medidas a serem adotadas para a eliminação ou redução da exposição aos
fatores de risco e de promoção e proteção da saúde dos trabalhadores;
• caso o trabalhador seja segurado pelo SAT/ Previdência Social, solicitar à empresa a emis-
são da CAT preencher o LEM e encaminhar ao INSS. Em caso de recusa de emissão de CAT
pela empresa, o médico assistente deve fazê-lo;
As ações de vigilância e controle médico visam identificar a doença em seu estado latente,
ou inicial, quando algum tipo de intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação e
progressão dos processos patológicos. Devem ser realizados exames admissional e periódico dos
• existência e acesso fácil a água corrente, quente e fria, em abundância, com chuveiros,
torneiras, toalhas, e agentes de limpeza apropriados. Chuveiros de emergência devem estar
disponíveis em ambientes onde são utilizadas substâncias químicas corrosivas. Podem ser
necessários banhos por mais de uma vez por turno e troca do vestuário em caso de respingos
e contato direto com essas substâncias;
• disponibilidade de limpadores/toalhas de mão para limpeza sem água para óleos, graxas e
sujeiras aderentes. Nunca devem ser usados solventes, como querosene, gasolina, thinner,
para limpeza da pele; eles dissolvem a barreira cutânea (camada protetora de gordura da
pele), induzem a dermatite irritativa e predispõem a dermatite de contato;
• creme hidratante para ser usado nas mãos, especialmente se é necessário lavá-las com
frequência;
• o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apropriados.
Em caso de contratação de empresa especializada para essa lavagem, devem ser tomadas
medidas de proteção adequadas ao tipo de substância também para esses trabalhadores.
Sobre o uso de luvas, é importante lembrar que as de borracha natural são impermeáveis à
maioria dos compostos aquosos, porém, deterioram-se após exposição a ácidos e bases fortes. Os
sais de níquel penetram na borracha, porém não em luvas de PVC (policloreto de vinila). As borra-
chas sintéticas são mais resistentes a álcalis e solventes; algumas são alteradas por solventes
hidrocarbonetos clorados. É recomendável utilizar luvas de algodão por dentro das luvas sintéticas,
para maior proteção à pele das mãos.
• repelentes de água: deixam uma camada de substância que repele água, tal como lanolina,
petrolatum ou silicone, que impede o contato direto da pele com substâncias hidrossolúveis
irritantes, tais como ácidos e álcalis;
d. Urticária (L50.-)
• outros agentes químicos ou biológicos que afetem a pele, não considerados em ou-
tras rubricas.
Prevenção
• o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apro-
priados. Em caso de contratação de empresa especializada para essa lavagem, devem
ser tomadas as medidas de proteção adequadas ao tipo de substância também para
esses trabalhadores.
Feito o diagnóstico e confirmada a relação da doença com o trabalho deve ser realizado:
• caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social, providenciar emis-
são da CAT, conforme descrito no Capítulo 5; e
Dermatites de contato, também conhecidas por “eczema”, são inflamações agudas ou crôni-
cas da pele, caracterizadas clinicamente por eritema, edema, vesiculação, na fase aguda,
acompanhadas, freqüentemente por prurido intenso, e nas formas crônicas, por espessamento
da epiderme (liquenificação), com descamação e fissuras, produzidas por substâncias quími-
cas que, em contato com a pele, causam irritação ou reações alérgicas. Quando causam
alergia são denominadas Dermatites alérgicas de contato.
As dermatites alérgicas de contato relacionadas com o trabalho podem ser enquadradas nos
Grupos I ou III da Classificação de Schilling. O trabalho pode ser causa necessária, em
trabalhadores não alérgicos ou atópicos (Grupo I), ou desencadeador ou agravante, em
trabalhadores atópicos, alérgicos, hipersensíveis ou previamente sensibilizados pelos mes-
mos alergenos e/ou por outros semelhantes (Grupo III).
Entre os agentes causais destacam-se os ácidos e álcalis fortes que, dependendo da concen-
tração e do tempo de exposição, também produzem queimaduras químicas e sabões e deter-
gentes.
As dermatites de contato por irritantes têm como principais agentes: detergentes, óleos e
gorduras, solventes, cosméticos, drogas, produtos químicos diversos, alimentos, plantas e
outros agentes químicos não especificados em outras rubricas.
D. URTICÁRIA
Urticária é a erupção caracterizada pelo aparecimento de urticas, que são pápulas edematosas,
de contorno irregular, duração efêmera e extremamente pruriginosas. As pápulas podem
confluir formando extensas placas. A lesão é uma reação alérgica que ocorre em conseqüên-
cia da liberação de histamina dos mastócitos localizados em torno dos vasos da derme, em
resposta à presença de um agente químico ou físico, como inalante ou por contato.
A identificação do agente causal pode ser extremamente difícil, principalmente nos casos
crônicos em que até 70% são de origem obscura, podendo ser devidos à exposição ocupacional.
A urticária relacionada com o trabalho pode ser enquadrada nos Grupos I ou III da Classi-
ficação de Schilling. O trabalho pode desempenhar o papel de causa necessária, em traba-
lhadores “normais” (Grupo I), ou atuar como desencadeador ou agravante, em trabalhado-
res hipersensíveis ou alérgicos aos mesmos agentes químicos ou físicos (Grupo III).
E. QUEIMADURA SOLAR
Queimadura ou Eritema solar é uma reação aguda, caracterizada por formação de eritema,
edema e dor e, nos casos mais graves, por vesiculação e formação de bolhas, após exposição
da pele a uma dose intensa de radiação solar.
A Queimadura solar relacionada com o trabalho deve ser enquadrada no Grupo I da Classi-
ficação de Schilling, sendo o trabalho considerado causa necessária.
• alguns corantes; e
• fragrâncias de perfumes;
Devem ser observadas as medidas gerais de prevenção descritas na Introdução desse capí-
tulo. Para os trabalhadores fortemente expostos à luz solar recomenda-se a utilização de
vestuário adequado, limpo, arejado, de tecido apropriado às condições climáticas (tempera-
tura e umidade) primária, incluindo chapéus, de forma a proteger o rosto e a pele do corpo da
exposição em ambientes externos.
Radiações não-ionizantes englobam as radiações emitidas por raios infravermelho, laser, por
microondas e pela luz ultravioleta. No caso dos campos eletromagnéticos de baixa ou muito
baixa freqüência, não há energia suficiente para que determinem alterações na pele.
A exposição a longo prazo à radiação ultravioleta - mais comumente a da luz solar - é comum
em trabalhadores que exercem sua atividade ao “ar livre”, como os agricultores, na constru-
ção civil, marinheiros, pescadores, entre outros e apresentam um envelhecimento precoce
da pele, estigma dessas profissões.
A radiação infravermelha pode ser encontrada, com muita freqüência, em atividades onde
existem fontes de calor radiante, como as fundições de metais, na siderurgia; fundições de
vidro, caldeiras, fornos, entre outras.
O laser, amplificação da luz por emissão de radiação estimulada, é um feixe de luz composto
de ondas de luz paralelas com cor, comprimento de onda e freqüência únicas, em contraste
com a luz convencional que é uma mistura de cores com ondas de várias freqüências. O laser
é utilizado em máquinas para cortar metais e plásticos, para realização de micro-soldas, em
equipamentos de comunicação de alta tecnologia, em equipamentos de análises químicas,
em aparatos médico-cirúrgicos, entre outros. Os trabalhadores que manipulam esses equi-
pamentos estão potencialmente expostos, se não protegidos adequadamente.
A prevenção das Alterações de pele devida à exposição crônica à radiação não ionizante
relacionada com o trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes e condições de trabalho e
da vigilância dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na Introdução desse capítulo.
A medida preventiva mais importante é a limitação da exposição à luz ultravioleta (luz solar
principalmente) e aos demais tipos de radiação, através:
• uso de fotoprotetores .
Os trabalhadores fortemente expostos à luz solar devem usar vestuário adequado, limpo,
arejado, de tecido apropriado às condições climáticas (temperatura e umidade) primária,
incluindo chapéus, de forma a proteger o rosto e a pele do corpo da exposição em ambientes
externos.
O conceito ampliado das radiodermatites inclui um espectro de reações da pele a doses exces-
sivas de radiações ionizantes, que varia desde a produção de eritema transitório até a produ-
ção de radiodermatite crônica, tardia e irreversível, passando pela radiodermatite aguda.
São clássicas as descrições das manifestações cutâneas das radiações ionizantes em traba-
lhadores que lidam com raios X (radioterapeutas, radiologistas, técnicos de raios X) e em
pacientes submetidos a radioterapia. Porém, outras situações ocupacionais expõem traba-
lhadores a radiações ionizantes, em baixas dosagens, cumulativas, ou a exposições maciças
de natureza acidental.
• o controle rigoroso das fontes de radiação, tanto em ambientes industriais como nos
serviços de saúde;
A cloracne ou acne clórica pode ser definida como uma dermatose caracterizada por comedões
e cistos. É indicador sensível de exposição excessiva a determinados hidrocarbonetos
policromáticos halogenados.
A cloracne foi descrita pela primeira vez no final do século passado em trabalhadores da produção
de ácido clorídrico. Naquela época, foi atribuída à exposição ao gás cloro, porém mais tarde, a
etiologia da cloracne passou a ser associada à exposição aos hidrocarbonetos aromáticos clorados.
O grupo das dioxinas, também, provoca cloroacne. A mais perigosa delas é a 2,3,7,8
paradibenzodioxina (TCDD), que pode aparecer como contaminante na síntese de diversos pro-
dutos clorados, entre eles os herbicidas. Outros produtos clorados têm sido associados à cloroacne,
como resultado do próprio produto em si ou pela presença de contaminantes de dioxinas ou
naftalenos policlorados, entre eles os derivados halogenados do benzeno, como o bromo benzeno,
clorobenzeno, o monoclorobenzeno, di, tri, tetra e penta, e ainda o hexaclorobenzeno (HCB),
fungicida muito usado, e derivados clorados do fenol como o pentaclorofenol (PCP), usado como
conservante de madeira, conhecido no Brasil como “pó da China”.
• substituição dos produtos clorados por outros menos tóxicos, especialmente daque-
les utilizados como herbicidas e fungicidas, dado serem proibidos em outros países e
apresentarem evidências de carcinogenicidade. O mesmo se aplica àqueles que possu-
em dioxinas como contaminantes;
• medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pes-
soal, recursos para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
A manipulação, preparo e aplicação de agrotóxicos deve ser feita somente por pessoas trei-
nadas, observando as normas de segurança, de cuidados especiais com os equipamentos de
aplicação e uso de roupas protetoras. Deve-se buscar substituir os produtos tóxicos por
outros com menor grau de toxicidade. A produção, transporte, uso, comércio, aplicação,
disposição de embalagens (lixo tóxico) de agrotóxicos deve obedecer as normas estabelecidas
na Lei Federal N° 7.802/89 e os regulamentos específicos dos estados e municípios. Obser-
var também o disposto nas Normas Regulamentadoras Rurais, Portaria MTb N° 3.067/1988.
O exame médico periódico visa a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce
da doença. Consta de avaliação clínica, que inclui o exame minucioso do tegumento e exa-
mes complementares de acordo com a exposição ocupacional e orientação do trabalhador. A
Norma Regulamentadora Nº 7 define parâmetros específicos para o monitoramento biológi-
co da exposição a alguns agentes, como por exemplo, o pentaclorofenol na urina – o IBMP é
de 2 mg/g de creatinina.
O mecanismo de ação dos óleos de corte e outras gorduras começa pela irritação do óstio
folicular, seguida da obstrução do mesmo. Os mesmos agentes (óleos e gorduras minerais)
podem causar outros quadros clínicos como dermatite de contato irritativa e alérgica.
A melanodermia ou melanose de natureza ocupacional pode ser provocada por agentes físicos,
entre eles, trauma repetido, fricção, queimaduras térmicas, luz ultravioleta artificial e natural
decorrente da exposição solar, e químicos, como os hidrocarbonetos derivados do petróleo,
como alcatrão, hulha, asfalto, betume, parafina, piche, coaltar, creosoto, breu, óleos de corte,
antraceno e dibenzoantraceno, entre outros. Poeiras de determinadas madeiras também po-
dem provocar melanodermia. É importante lembrar que esses agentes também podem produ-
zir outros efeitos cutâneos como fotodermatoses, foliculites, acnes e hiperplasia epitelial.
336 .:. Segurança no Trabalho .:.
Também o arsênio e seus compostos, clorobenzeno e diclorobenzeno, bismuto, citostáticos,
compostos nitrogenados, dinitrofenol, naftóis adicionados a corantes, parafenilenodiamina e
seus derivados, quinino e derivados, sais de ouro e de prata podem provocar melanose.
A leucodermia ocupacional pode ser provocada por agentes físicos e químicos. Entre os agen-
tes físicos estão as queimaduras térmicas, as radiações ionizantes (radiodermite ou necrose
induzida pelo raios-X) e o trauma repetido sobre a pele, que pode levar à hipo ou
despigmentação.
Entre os agentes químicos destacam-se os alquilfenóis (fenóis e catecóis), que podem irritar
ou despigmentar as áreas da pele diretamente expostas, e o monobenzileter de hidroquinona
(MBEH) – antioxidante utilizado na indústria da borracha sintética - e a hidroquinona (HQ)
per se, utilizada na indústria de pinturas, plásticos e inseticidas. Têm sido descritos casos em
trabalhadores expostos a outros alquilfenóis, tais como o para-terciário-butil fenol (TBP) e o
para-terciário-aminofenol (TBA) e ao arsênio e seus compostos. Os agentes causadores de
dermatite de contato irritativa ou alérgica podem induzir uma leucodermia temporária ou de
longa duração.
O vitiligo afeta cerca de 1% da população geral e em 30% dos casos há ocorrência familiar.
Casos comprovados de leucodermia ocupacional são relativamente mais raros, mas podem
ocorrer epidemicamente em determinados grupos de trabalhadores expostos.
Na Patologia do Trabalho tem importância a porfiria cutânea tardia, que pertence à família
das porfirias hepáticas adquiridas, e manifesta-se por um quadro clínico dermatológico ex-
pressivo, resultante da ação fototóxica das porfirinas e de seus precursores.
O hidro-arsenicismo crônico endêmico, provocado pelo consumo de água não tratada, foi
descrito no norte do Chile e no norte da Argentina, e em regiões do México, na América
Latina e em Taiwan, na Ásia. Nessas populações, os quadros são mais polimorfos e graves
que nas exposições ocupacionais, incluindo manifestações neurológicas (cognitivas e perifé-
ricas), hepáticas e vasculares, além das alterações cutâneas.
Os efeitos da exposição ocupacional, de longo prazo, foram descritos por Hill & Faning em
1948, que estudaram a incidência de câncer de pele e de pulmão em um grupo de trabalha-
dores industriais expostos a grandes quantidades de arsênio inorgânico. Esses trabalhadores
apresentavam, também, pigmentação da pele, hiperqueratinização de áreas da pele expos-
tas, e formação de verrugas.
O contato da pele com ácidos ou álcalis fortes pode provocar ulceração da pele, a curto
(úlcera aguda) ou a longo prazo (úlcera crônica). O cromo e seus compostos, como ácido
crômico, cromatos de sódio ou potássio e dicromatos de amônio, entre outros, são substân-
338 .:. Segurança no Trabalho .:.
cias químicas irritantes capazes de produzir úlceras crônicas de pele de origem ocupacional.
Raramente são um achado isolado, porém, podem ser uma das primeiras manifestações da
exposição.
O efeito irritativo do cromo pode provocar, além das úlceras crônicas de pele, a dermatite de
contato irritativa, e a irritação e ulceração da mucosa nasal, levando à perfuração do septo
nasal, principalmente em trabalhadores expostos a névoas de ácido crômico, nas
galvanoplastias. Quadros de dermatite de contato alérgica, também, são comuns. Os efeitos
a longo prazo incluem o câncer das fossas nasais e o câncer de pulmão.
P. GELADURAS “FROSTBITE”
Geladura, frostbite ou lesão por congelação é a lesão que atinge as extremidades, em decor-
rência da exposição prolongada a baixas temperaturas, inferiores a 0ºC, com conseqüente
congelamento dos tecidos e lesão vascular. Decorrem da intensa vaso constrição e à deposi-
ção de micro cristais nos tecidos.
• aclimatização.
A SURDEZ PROFISSIONAL
O trabalhador está exposto ao que se chama de trauma acústico. O que se entende por
trauma acústico? É toda lesão produzida no ouvido interno pela ação da energia sonora, que pode
ocorrer em várias circunstâncias. Por exemplo, uma explosão, a exposição freqüente a música
eletronicamente amplificada ou a ruídos de alta intensidade. A lesão por ruído se dá por excessiva
vibração sonora ou seja, ruídos altos que “machucam” diretamente as micro células do ouvido
interno.
A lesão pode ser transitória ou permanente. Transitória é aquela que ocorre, por exemplo,
quando vamos a um lugar muito barulhento, como uma casa noturna com música alta, e ao sairmos
notamos que os ouvidos estão obstruídos, com um zumbido contínuo, voltando ao normal somente
depois de algumas horas de silêncio. Permanente é a lesão que persiste e que pode tornar-se
irreversível, não havendo tratamento médico para ela. Às vezes pensamos que a audição foi recu-
perada, mas os sons agudos tornaram-se imperceptíveis no dia a dia. Ficaram lesões que tendem a
piorar com o tempo.
Desde o início da chamada “idade do ferro”, nossos ancestrais já conheciam a surdez parcial
e o zumbido em ferreiros. Consta que na Grécia, em torno do ano 600 A.C., os Sybaritas proibiam
trabalho em metal que exigisse o uso do martelo e também a criação de galos dentro dos limites
das cidades. Nos Estados Unidos, em 1948 um júri civil foi convencido, pela primeira vez, de que
um trabalhador sofrera danos provocados por trauma acústico.
O problema da surdez profissional é grave e hoje há legislação específica para isso no Brasil,
com punição para o empregador que não tomar os cuidados necessários para a sua prevenção
(protetores acústicos). Igualmente, o empregado é obrigado a usar proteção. O maior problema
reside nas pequenas empresas e nos trabalhos em família em que esse cuidado com a proteção
geralmente não é tomado.
Os profissionais mais afetados por esse problema são metalúrgicos, trabalhadores em fiação
e tecelagem, mecânicos, garçons de casas noturnas, músicos, operários da construção civil,
O limite tolerável de ruídos sem que o mesmo cause danos para a audição é em torno de 80
decibéis. O tempo de exposição é determinante para a lesão no ouvido. Normalmente o tempo de
exposição que provoca lesão nos ouvidos é de 5 horas contínuas, para 85 decibéis (medida da
pressão do som); 2 horas, para 95 decibéis; 4 horas, para 100 decibéis; 1 hora, para 105 decibéis;
15 minutos, para 110 decibéis; e 2 minutos, para 120 decibéis.
As indústrias que mais estão expostas a ruídos intensos são metalúrgicas, tecelagens,
caldeirarias, fábrica de celulose e papel, moinhos de farinha, britadeiras, aviação. Os trabalhadores
mais atingidos por esse problema são serralheiros, marceneiros, pedreiros, militares, e operários
que trabalham em marmorarias ou com motos-serra e britadeiras.
Dentre todas as causas de lesão auditiva, a causada pelo trauma acústico é a que apresenta
maior possibilidade de prevenção. Os protetores auriculares em geral atenuam os ruídos em 15 e
20 dB, podendo atenuar, em alguns casos, até 45 dB. Os protetores vão desde um simples algodão
no ouvido, passando por protetores tipo “plug”, que são de espuma ou silicone, até os mais eficazes,
que são do tipo casco ou fone de ouvido. Atualmente há um protetor eletrônico, mais eficaz e
Como os raios luminosos não conseguem atingir plenamente a retina onde se situam os
receptores fotossensíveis, o portador de catarata tem dificuldade para enxergar com nitidez. No
início da lesão, a pessoa vê como se estivesse com a lente dos óculos embaçada ou com uma névoa
diante dos olhos. Com a evolução do quadro, porém, passa a enxergar apenas vultos.
A catarata pode ser congênita (casos raros) ou adquirida. Embora o problema apareça geral-
mente em indivíduos com mais de 50 anos, há casos de crianças que já nascem com a doença
(geralmente filhos de mães que tiveram rubéola ou toxoplasmose no primeiro trimestre de gesta-
ção). Outras causas de catarata são diabetes, uso sistemático e sem indicação médica de colírios,
especialmente dos que contêm corticóides, inflamações intra-oculares, exposição prolongada a
raios X, a raios ultravioleta ou à luz solar intensa, e traumas na região dos olhos. Como pode
resultar de lesão no olho ou de trauma físico, é permanente risco para operadores de equipamentos
de solda.
O único tratamento para catarata é o cirúrgico. O objetivo da cirurgia - simples, rápida e feita
sob anestesia local - é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a
função perdida. O cristalino pode ser retirado inteiro ou por facoemulsificação (um aparelho tritura
e aspira o cristalino), que tem a vantagem de exigir corte menor e menos suturas.
A partir do final do século XVIII, foram bastante intensos os impactos da Revolução Industri-
al sobre as condições de vida e saúde das populações. Principalmente nos países europeus, onde
houve maior desenvolvimento nas relações industriais e de produção. Esse predomínio da tecnologia
O desenvolvimento da sociedade, impulsionado pela globalização, faz com que cada vez mais
sejam absorvidos profissionais capacitados a planejar e gerenciar a qualidade do meio ambiente. A
própria sociedade demanda a participação de profissionais especializados no processo produtivo,
obrigando empresas e governos a se situarem dentro de padrões economicamente produtivos,
socialmente responsáveis e ecologicamente corretos para reduzir os problemas do meio ambiente.
Diante dos problemas sócio-ambientais, pode-se citar os mais graves, segundo dados da
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:
• Pobreza e desigualdades: cerca de 2,8 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 2 por
dia e cerca de 80% da riqueza mundial está nas mãos de 15% dos habitantes dos países
mais ricos.
• Superexploração dos recursos: a cada ano, a utilização dos recursos supera em 20% a
capacidade do planeta de regenerá-los. Em 2050, a população mundial vai consumir entre
180% e 220% do potencial biológico do globo.
• Buraco na camada de ozônio: a camada de ozônio que cerca a Terra e a protege dos raios
ultravioletas emitidos pelo sol diminuiu sob o efeito do clorofluorcarbono (CFC) utilizado em
alguns produtos. Esse “buraco” que está em cima do Antártico media 30 milhões de km² em
outubro de 2001 e tende a aumentar .
• Espécies ameaçadas: 11.046 espécies animais estão ameaçadas de extinção nas próxi-
mas décadas, principalmente pelo desaparecimento de seu habitat natural, o que representa
28% das espécies mamíferas, 15% dos pássaros, 28% dos répteis, 25% dos anfíbios e
40% dos peixes.
• Erosão do solo: o crescimento da população acarreta uma enorme pressão sobre a agricul-
tura e, portanto, uma demanda crescente de terras agrícolas.
2. ECOSSISTEMAS
Ecossistema (grego oykos, casa) designa o conjunto formado por todos os fatores bióticos e
abióticos que atuam simultaneamente sobre determinada região, considerando como fatores bióticos
as diversas populações de animais, plantas e bactérias, e como fatores abióticos os elementos
externos como a água, o sol, o solo, o gelo e o vento. Os ecossistemas são objeto de estudo da
Ecologia e caracterizam-se como sistemas altamente complexos e dinâmicos, com tendência para a
auto-organização e auto-renovação.
• Amazônia
• Mata Atlântica
• Pantanal
• Cerrado
• Caatinga
• Campos do Sul
• Mata de Araucárias
o Restingas
o Manguezais
o Campos salinos
Os ecossistemas são o cenário onde floresce a vida neste planeta. As relações entre os seres
de qualquer natureza e os elementos físicos alcançam, ali, uma situação de equilíbrio que lhes
permite sustentar-se através do tempo. Entretanto, esse equilíbrio pode romper-se, e isso ocorre
cada vez com maior freqüência na Terra. No campo das definições, são identificados como as
relações estabelecidas entre os seres vivos e o meio físico em um lugar determinado.
Mas, “ecossistema” é uma palavra ampla: a maior de todas no planeta. E a menor… Pode ser
o minúsculo abrigo de alguns microorganismos. Dentro do ecossistema os seres vivos interagem
com os componentes físicos: luz, temperatura, água, solo. A floresta é a representação mais utili-
zada para um ecossistema, e a degradação que se apresenta quando suas árvores são cortadas é
o exemplo mais claro do que acontece quando o equilíbrio dos ecossistemas é alterado.
No final do ano 2005, o Instituto dos Recursos Mundiais (WRI) e o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apresentaram um preocupante relatório sobre a saúde dos
ecossistemas, pois detectaram que sua deterioração avança velozmente. “Cada uma das medições
realizadas pelos cientistas para avaliar a saúde dos ecossistemas do mundo nos mostra que estamos
extraindo deles mais do que antes e causando sua degradação num ritmo cada vez mais acelerado”,
afirmou Klaus Töpfer, diretor-executivo do PNUMA. “Dependemos dos ecossistemas para nossa ma-
nutenção, e, por outro lado, sua boa saúde depende dos cuidados que lhes dispensamos”, afirmou.
3. O CONHECIMENTO EMPÍRICO
E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe
possibilita fugir da submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é biologicamente deter-
minada , por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organi-
zação de uma colméia , isso leva em conta apenas a sobrevivência da espécie.
Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis e
estruturas, de um mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em diversos níveis
distintos. Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela,
teve de buscar diferentes tipos de conhecimento. Tem-se, então, conforme o caso citado, o conhe-
cimento empírico, o científico, e, mesmo, o filosófico e o teológico. O conhecimento filosófico ba-
seia-se na interrogação como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é
uma busca partindo do material para o universal e exige um método racional, diferente do método
experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo. Em nosso caso parti-
cular, vale enfatizar os conhecimentos empírico e científico.
O C ONHECIMENTO E MPÍRICO
Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no
trato direto com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, expe-
riências causais, ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas
deduções e prognósticos. “é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido sobre algo”(Babini, 1957:21).O
homem, ciente de suas ações e do seu contexto, apropria-se de experiências próprias e alheias
acumuladas no decorrer do tempo, obtendo conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É portan-
to superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático e acrítico.
No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a forma-
ção de idéias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirma-
ções, que não podem ser comprovadas, são descartadas do âmbito da ciência. Esse conhecimento
é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
De forma geral, podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, é
virtude e método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base
científica a serviço da elite e da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente
pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.
De acordo com esses pesquisadores, com o aumento da velocidade das mudanças ecológi-
cas, cresce também a necessidade de informação básica para direcionar as atividades de conserva-
ção e recuperação ambiental. No entanto, freqüentemente, as informações são escassas. Contudo,
existe uma fonte complementar de conhecimentos sobre os ecossistemas, mantida pelas popula-
ções humanas, cujas vidas encontram-se entrelaçadas de maneira complexa a algumas regiões
particulares. Esse é um conhecimento muito rico, acumulado ao longo de muitas gerações, através
da observação e das adaptações culturais dessas populações, num contexto de modificações ecoló-
gicas de longa duração.
4. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O termo Desenvolvimento Sustentável surgiu pela primeira vez em 1987, com o relatório
Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, e foi amplamente adotado no contexto da Eco-92. A idéia de
sustentabilidade apresentou, inicialmente, um cunho notadamente econômico, a ponto de alguns
pensarem ser possível prescindir dos fundamentos da ecologia nas práticas sustentáveis. A exclu-
são de grupos sociais dos benefícios do crescimento econômico levou a realçar a dimensão social do
conceito. A preocupação com os efeitos de médio e longo prazos da exploração da natureza condu-
ziu à introdução da dimensão temporal, da durabilidade da dinâmica do desenvolvimento e dos
direitos das futuras gerações. Sustentabilidade supõe a habilidade para perdurar no tempo, evitan-
do o colapso das civilizações, sociedades, economias e organizações que não foram capazes de
sustentar-se.
No confuso debate suscitado pela evolução dessas idéias nas últimas décadas, o termo De-
senvolvimento Sustentável, consagrado por ocasião da Rio-92, contribuiu para eclipsar uma parte
substancial da reflexão sobre meio ambiente e desenvolvimento, deflagrada pelas reuniões prepa-
ratórias à Conferência de Estocolmo.
A segurança ecológica constitui, por outro lado, tema emergente e importante. No mundo
atual, há um número crescente de “refugiados ambientais”, isto é, de indivíduos e grupos que se
5. OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Denominamos de ciclos biogeoquímicos ao movimento contínuo dos elementos químicos, do
meio físico para os seres vivos e destes novamente para o meio físico. Assim sendo, os átomos dos
elementos químicos presentes na natureza e nos seres vivos não são criados nem destruídos, mas
constantemente reciclados.
Ciclo do Carbono: O carbono é um elemento químico muito importante, pois entra na compo-
sição química de todos os compostos orgânicos.
O dióxido de carbono (CO2) é incorporado pelos vegetais na fotossíntese e devolvido para a atmos-
fera através da respiração dos seres vivos , combustões (combustíveis fósseis) e pela decomposição dos
seres mortos. Dois fenômenos são importantes no ciclo do carbono: a fotossíntese e a respiração.
O nitrogênio sai dos animais quando morrem e são decompostos e através da excreção
(peixes ósseos excretam amônia , peixes cartilaginosos e mamíferos excretam uréia , aves e rép-
teis excretam ácido úrico).
Ciclo da água: O nosso planeta é constituído de 3/4 de água, sendo 97% de água salgada e
3% de água doce. As águas de superfícies evaporam, o vapor de água se condensa nas camadas da
atmosfera, formam-se as nuvens e ocorrem as precipitações.
Nos vegetais, a água serve como elemento de sustentação para as plantas, além de ser um
dos componentes da fotossíntese. Os vegetais perdem água através da transpiração (eliminação de
vapor de água) e por gutação ou sudação (eliminação de água líquida).
A Higiene Ocupacional cuida do ambiente de trabalho para prevenir doenças ou lesões nos
trabalhadores, provenientes de atividades em ambientes de trabalho com calor, ruído, vibração,
manuseio de substâncias químicas, bioaresóis, agrotóxicos etc. É uma especialização de importân-
cia crescente, pois a conscientização de que o ambiente de trabalho não deve causar danos à saúde
do trabalhador tem-se imposto, infelizmente, à custa de muitas vidas.
Em uma análise do ambiente de trabalho, pode-se encontrar uma série de fatores interagindo
com o trabalhador, cujas conseqüências podem surgir já modificadas como frutos dessa interface.
Nesse sentido, o ambiente de trabalho é um conjunto de fatores interdependentes, que atua direta
ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho.
Há ampla discussão sobre a classificação que melhor atende à definição dos riscos que envol-
vem o ambiente de trabalho e conseqüentemente a saúde dos trabalhadores. Mattos (1992)
categoriza como seis os tipos de agentes causadores de prejuízo à saúde: físicos, mecânicos,
ergonômicos, químicos, biológicos e sociais; todos baseados no detalhamento dos agentes internos
à unidade de trabalho. Para cada um desses, o autor elaborou uma definição pertinente e exemplos.
Já Sivieri (1995) cita que o processo de análise, pelos trabalhadores, tanto do ambiente
como das condições de trabalho, fundamentado em uma concepção classista sindical, define e
adota oito grupos de risco (fatores físicos, químicos, bio-sanitários, psicológicos, ergonômicos, de
segurança, sociais e ambientais), nos quais estão aglutinados, por categoria, diversos determinantes
de nocividade no trabalho.
R ISCOS F ÍSICOS
“Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores.” (NR 5, 9.1.5.1).
Há uma série de agravos à saúde que a exposição prolongada ao ruído pode trazer, como
cansaço, tensão muscular, irritação, fadiga mental, problemas gástricos, ansiedade, impotência
sexual, hipertensão arterial, perda auditiva, surdez, dentre outros. O ruído atua sobre o ouvido
médio e o sistema nervoso e provoca mudanças em alguns processos fisiológicos.
RISCOS ERGONÔMICOS
“O objeto da Ergonomia é o homem em situação de trabalho” (Fischer & Paraguay, 1989).
R ISCOS Q UÍMICOS
Segundo a NR 5, os riscos químicos são aqueles em que as substâncias, compostos ou produ-
tos possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou
ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Esses agentes podem ser encontra-
dos na forma sólida, líquida e gasosa, e sua ação pode ocasionar tanto lesão crônica quanto aguda.
R ISCOS B IOLÓGICOS
Os riscos biológicos estão relacionados à exposição a bactérias, bacilos, parasitas, protozoários,
vírus, entre outros agentes patológicos. Os agentes biológicos são seres vivos (micro ou
macroorganismos) cuja ação pode provocar tanto lesão crônica quanto aguda nos trabalhadores.
O S F ATORES P SICOLÓGICOS
“Fatores psicológicos são aqueles que originam desgaste psíquico e sofrimento mental, cuja
fonte é a organização do processo de trabalho.” (Sivieri, 1995)
• abrange tudo que provoca uma sobrecarga psíquica, ou seja, situações de tensão prolon-
gada, como atenção permanente, a supervisão com pressão, a consciência da periculosidade
do trabalho, os ritmos de trabalho, dentre outros;
Dessa forma, os fatores psicológicos podem intervir no trabalhador sem que ele tenha o seu
discernimento, e isso se torna agravante quando essa percepção se dá de forma retardada, princi-
palmente em momentos de maior exigência da atividade desempenhada.
O S F ATORES S OCIAIS
“Fator de risco social é aquele que tem como fonte os elementos estruturais que determinam
a condição de vida e de trabalho e que se expressa no processo saúde/doença de uma determinada
coletividade de trabalhadores.” (Sivieri, 1995)
Esse grupo engloba aqueles fatores decorrentes das condições de vida enfrentadas pelos
trabalhadores dentro de seu contexto social, pois é na natureza social do processo de saúde/doença
que se verifica o modo característico de adoecer e morrer dos trabalhadores.
A redução desses riscos ou dos danos à saúde é realizada através de uma nova forma de
organização do trabalho que elimina ou limita, ao mínimo indispensável, a exposição a esses fatores
físicos, quando os mesmos assumem valores considerados nocivos pelo grupo homogêneo.
O cansaço é um inimigo perigoso, na medida em que pode provocar desde falhas de desem-
penho até punições ou acidentes. Por outro lado, a complexidade do desgaste faz com que haja
dificuldade para mostrá-lo diretamente, sobretudo porque em sua maior parte é inespecífico e não
se expressa com clareza em elementos facilmente observáveis ou mensuráveis. Daí a importância
de se conhecer as cargas e os efeitos das mesmas para que se possa identificar os processos de
desgaste, ainda em tempo de minimizar seus efeitos.
Alguns sintomas surgem como decorrência do cansaço, sendo a falta de atenção e concen-
tração os principais, levando a um aumento no número de erros, na diminuição da velocidade de
reação, além da sonolência natural e da irritabilidade.
O trabalho em turnos alternados tem sido bastante estudado pelos agravos que acarretam
para a saúde física, psíquica e social . A manifestação subclínica das perturbações causadas, principal-
mente pelo trabalho em turnos e noturno, é claramente observável na análise dos ritmos biológicos.
Um dos mais importantes sincronizadores externos é o ciclo claro/escuro. Tudo o que acon-
tece com o organismo humano é sincronizado, ou seja, todas as funções endógenas ocorrem de
acordo com um estímulo e em determinados momentos durante o dia ou a noite numa “ordem”
funcional. Muitas dessas reações estão relacionadas com o ciclo claro/escuro. Daí pode-se concluir
que, quando se alteram os momentos que seriam de trabalho por aqueles de repouso, impõem-se
ao organismo uma forte mudança no seu sincronismo.
Existem outros sincronizadores que também influenciam, como por exemplo os ritmos da
sociedade, ou seja, os eventos sociais, horários de acordar, dormir e alimentar-se, bem como
momentos de lazer, as folgas semanais e os horários de trabalho.
As alterações dos ritmos biológicos causadas pelo trabalho noturno e em turnos podem ser
co-responsáveis por perturbações do sono, doenças cardiovasculares, alterações do sistema
imunológico (aumento da suscetibilidade a doenças), disfunções do trato gastrointestinal, modifica-
ções de hábitos de fumo e bebida e outros distúrbios de origem psíquica.
O sono é uma atividade e, mais do que isso, uma necessidade do organismo para reposição de
energia e alívio do estresse. A constante alteração do ritmo de sono contribui para o incremento do
quadro de fadiga, sendo que sua minimização depende de se obter um período de repouso adequado.
Como condições adversas ao sono pode-se citar a Síndrome de Apnéia de Sono; a ingestão
de álcool e drogas; o uso de medicamentos para dormir ou evitá-lo; a privação de sono pré-
existente e o ambiente onde se dorme; ruído; vibração; etc. Nesse caso, sob condições adversas,
inviabilizam-se os períodos destinados ao repouso, elevando-se o grau de desgaste do trabalhador.
Além disso, como conseqüências da contínua privação e inversão de momentos de sono, sintomas
como a sonolência começam a aparecer entre os trabalhadores em turnos.
Dentre outras determinações, destacamos alguns pontos relacionados à subseção IV, que
trata das Condições para a Concessão da Aposentadoria Especial, para aquelas empresas que
possuem, em seu ambiente de trabalho, agentes nocivos (químicos, físicos ou biológicos), que
possam causar danos à saúde dos trabalhadores e, conseqüentemente, dar o direito ao trabalhador
à APOSENTADORIA ESPECIAL, de acordo com o tempo de serviço (15, 20 ou 25 anos) e com o
Regulamento da Previdência Social.
Para aquelas atividades enquadradas como especial, as empresas estarão sujeitas ao reco-
lhimento de uma contribuição adicional para financiamento da aposentadoria especial, que consisti-
rá em uma alíquota adicional de 6%, 9% ou 12%, que incidirá sobre o total das remunerações
pagas aos respectivos funcionários expostos.
16.2.1. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.
16.4. O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho
nem a realização ex oficio da perícia.
16.5. Para os fins dessa Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou ope-
rações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a:
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sís-
micos, choque e atritos.
16.7. Para efeito dessa Norma Regulamentadora - NR considera-se líquido combustível todo
aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC (setenta graus centígrados) e
inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de graus centígrados).
16.8. Todas as áreas de risco previstas nessa NR devem ser delimitadas, sob responsabilida-
de do empregador. (116.002-8 / I2)
ANEXO 1
QUADRO N.º 1
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
QUADRO Nº 3
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS FAIXA DE TERRENO
ATÉ A DISTÂNCIA MÁXIMA DE
até 20 75 metros
mais de 20 até 200 220 metros
QUADRO N.º 4
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS FAIXA DE TERRENO
ATÉ A DISTÂNCIA MÁXIMA DE
até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
QUADRO Nº 3
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
a) na produção, transporte, processamento Na produção, transporte, processamento e
e armazenamento de gás liqüefeito. armazenamento de gás liqüefeito.
VI. Outras atividades, tais como: manutenção, lubrificação, lavagem de viaturas, mecâni-
ca, eletricidade, escritório de vendas e gerência, ad referendum do Ministério do Trabalho.
a) Poços de petróleo em produção de gás. Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com
centro na boca do poço.
b) Unidade de processamento das refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo,
contornando a área de operação.
c) Outros locais de refinaria onde se Faixa de 15 metros de largura, no mínimo,
realizam operações com inflamáveis em contornando a área de operação.
estado de volatilização ou possibilidade
de volatilização decorrente de falha ou
defeito dos sistemas de segurança e
fechamento das válvulas.
d)Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
e)Tanques elevados de inflamáveis gasosos Círculo com raio de 3 metros com centro nos
pontos de vazamento eventual (válvula regis-
tros, dispositivos de medição por escapamen-
to, gaxetas).
f) Carga e descarga de inflamáveis líquidos Afastamento de 15 metros da beira do cais,
contidos em navios, chatas e batelões. durante a operação, com extensão correspon-
dente ao comprimento da embarcação.
g) Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
h) Enchimento de vagões–tanques Círculo com raio de 15 metros com centro nas
e caminhões–tanques com inflamáveis líquidos. bocas de enchimento dos tanques.
i) Enchimento de vagões-tanques Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de
e caminhões-tanques inflamáveis vazamento eventual (válvula e registros).
gasosos liquefeitos.
j) Enchimento de vasilhames com Círculos com raio de 15 metros com centro
inflamáveis gasosos liquefeitos. nos bicos de enchimentos.
l) Enchimento de vasilhames com inflamáveis Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos
líquidos, em locais abertos. bicos de enchimento.
m) Enchimento de vasilhames com Toda a área interna do recinto.
inflamáveis líquidos, em recinto fechado.
n) Manutenção de viaturas-tanques, Local de operação, acrescido de faixa de 7,5
bombas e vasilhames que metros de largura em torno dos seus pontos
continham inflamável líquido. externos.
o) Desgaseificação, decantação e Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
reparos de vasilhames não desgaseificados metros de largura em torno dos seus pontos
ou decantados, utilizados no transporte externos.
de inflamáveis.
p) Testes em aparelhos de consumo Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
de gás e seus equipamentos. metros de largura em torno dos seus pontos
extremos.
q) Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mí-
nimo, círculo com raio de 7,5 metros com cen-
tro no ponto de abastecimento e o círculo com
raio de 7,5 metros com centro na bomba de
abastecimento da viatura e faixa de 7,5 metros
de largura para ambos os lados da máquina.
QUADRO I
CAPACIDADE MÁXIMA PARA EMBALAGENS DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
EMBALAGEM COMBINADA
Embalagem Embalagem Grupo de Grupo de Grupo de
Interna Externa Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Tambores de:
Metal 250 kg 400 kg 400 kg
Plástico 250 kg 400 kg 400 kg
Madeira Compensada 150 kg 400 kg 400 kg
Fibra 75 kg 400 kg 400 kg
EMBALAGEM SIMPLES
Grupo de Grupo de Grupo de
TAMBORES Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Aço, tampa não removível 250L
Aço, tampa removível 250 L**
Alumínio, tampa não removível 250 L
Alumínio, tampa removível 250 L**
Outros metais, tampa não removível 250 L 450 L 450 L
Outros metais, tampa removível 250 L**
Plástico, tampa não removível 250 L**
Plástico, tampa removível 250 L**
24.1.2. As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas es-
senciais. O órgão regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à
vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao mínimo de confor-
to exigível. É considerada satisfatória a metragem de 1,00m2 (um metro quadrado),
para cada sanitário, por 20 (vinte) operários em atividade. (124.001-3/12)
24.1.2.1. As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo. (124.002-1 /12)
24.1.4. Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automá-
tica externa de ferro fundido, material plástico ou fibrocimento. (124.004-8/11)
24.1.7. Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais imper-
meáveis e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m
(sessenta centímetros), devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo
de 20 (vinte) trabalhadores. (124.007-2/11)
24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos
locais de atividades. (124.009-9/11)
24.1.9. O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem
das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas. (124.010-2/ 11)
24.1.10. Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para uso con-
tra incêndio. (124.011-0/11)
24.1.12. Será exigido 1 (um) chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades
ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritan-
tes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos
casos em que estejam expostos a calor intenso. (124.017-0/11)
24.1.13. Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou solu-
ções de continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes (124.018-8/11)
24.1.16. Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado aos
empregados um serviço de privadas, seja por meio de fossas adequadas, seja por outro
processo que não afete a saúde pública, mantidas as exigências legais. (124.020-0/12)
24.1.18. As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo co-
mum ou de concreto e revestidas com material impermeável e lavável. (124.021-8/11)
24.1.21. As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos, inclinados de
45º (quarenta e cinco graus), com vidros inclinados de 45º (quarenta e cinco graus),
incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 (um oitavo) da
área do piso. (124.025-0/11)
24.1.23. Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 (cem) lux, deve-
rão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/8,00 m2 de área com pé-direito
de 3,00m (três metros) máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo
efeito. (124.028-5/12)
24.1.24. A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual deverá ter
altura suficiente para permitir bom funcionamento nas tomadas de água e contar com
reserva para combate a incêndio de acordo com posturas locais. (124.029-3/11)
c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m (dois metros e dez centíme-
tros) e seu bordo inferior não poderá situar-se a mais de 0,15m (quinze centíme-
tros) acima do pavimento; (124.037-4/I1)
f) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não liga-
dos diretamente à rede ou quando sejam destinados às mulheres. (124.040-4/I1)
24.1.26.1. Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local indepen-
dente, dotado de antecâmara. (124.041-2 /I1)
24.1.27. É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer mate-
riais (caixas) de madeira, blocos de cimento e outros. (124.042-0/I2)
24.2. Vestiários.
24.2.4. As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo co-
mum ou de concreto, e revestidas com material impermeável e lavável. (124.045-5/I1)
24.2.7. As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º (quarenta
e cinco graus), com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área corresponden-
te a 1/8 (um oitavo) da área do piso. (124.049-8/I1)
24.2.9. Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 (cem) lux, deverão
ser instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/ 8,00 m2 de área com pé-direito de
3 (três) metros, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito. (124.052-8/I2)
24.2.10.2. Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica,
se for o caso. (124.055-2/I1)
24.2.11. Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatí-
veis com o asseio corporal, que exponham os empregados a poeiras e produtos graxos
e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos. (124.056-0/I1)
a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros)
de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou
prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta cen-
tímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento,
com altura de 0,40m (quarenta centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
(124.057-9/ I1)
24.2.16. É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda que em
caráter provisório, não sendo permitido, sob pena de autuação, que roupas e pertences
dos empregados se encontrem fora dos respectivos armários. (124.061-7/I1)
24.3. Refeitórios.
24.3.2. O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes requisitos:
a) área de 1,00m2 (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3
(um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo esse turno o que
tem maior número de empregados; (124.063-3/I1)
24.3.3. Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos. (124.065-0/I2)
24.3.7. O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro material
adequado.
24.3.8. Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a altura de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros). (124.069-2/I1)
24.3.10. Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individu-
ais, ou bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, proibindo-se sua instalação em
pias e lavatórios, e o uso de copos coletivos. (124.071-4/I2)
24.3.15. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos)
empregados, embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalha-
dores condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições. (124.076-5/I2)
24.4. Cozinhas.
24.4.1. Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através
de aberturas por onde serão servidas as refeições. (124.088-9/I1)
24.4.2. As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser
de 35 (trinta e cinco) por cento e 20 (vinte) por cento respectivamente, da área do
refeitório. (124.089-7/I1)
24.4.9. A rede de iluminação terá sua fiação protegida por eletrodutos. (124.097-8/I2)
24.4.10. Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m2 com pé-
direito de 3,00m (três metros) máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mes-
mo efeito. (124.098-6/I2)
24.4.11. Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do serviço de
alimentação e dispondo de sabão e toalhas. (124.099-4/I1)
24.5. Alojamento.
24.5.1. Conceituação.
24.5.3. Os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender não só
às exigências construtivas como também evitar o devassamento aos prédios vizinhos.
(124.104-4/I1)
24.5.5. Os alojamentos deverão ter área de circulação interna, nos dormitórios, com a
largura mínima de 1,00m (um metro). (124.106-0/I1)
24.5.10. As portas dos alojamentos deverão ser metálicas ou de madeira, abrindo para
fora, medindo no mínimo 1,00m x 2,10m (um metro x dois metros e dez centímetros)
para cada 100 (cem) operários. (124.112-5/I1)
24.5.11. Existindo corredor, esse terá, no mínimo, 1 (uma) porta em cada extremidade,
abrindo para fora. (124.113-3/I1)
24.5.13. A ligação do alojamento com o sanitário será feita através de portas, com
mínimo de 0,80m x 2,10m (oitenta centímetros x dois metros e dez centímetros).
(124.116-8/I1)
24.5.14. Todo alojamento será provido de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá
ser protegida por eletrodutos. (124.117-6/I2)
24.5.15. Deverá ser mantido um iluminamento mínimo de 100 lux, podendo ser instala-
das lâmpadas incandescentes de 100W/8,00 m2 de área com pé-direito de 3 (três) metros
máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito. (124.118-4/I2)
24.5.16. Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros de acordo com o item
24.6.1. (124.119-2/I2)
24.5.19. A altura livre das camas duplas deverá ser de, no mínimo, 1,10m (um metro e
dez centímetros), contados do nível superior do colchão da cama de baixo ao nível
inferior da longarina da cama de cima. (124.123-0/I1)
24.5.19.1. As camas superiores deverão ter proteção lateral e altura livre, míni-
mo, de 1,10 m do teto do alojamento. (124.124-9/I1)
24.5.19.2. O acesso à cama superior deverá ser fixo e parte integrante da estrutura da
mesma. (124.125-7/I1)
24.5.19.3. Os estrados das camas superiores deverão ser fechados na parte inferior.
(124.126-5/I1)
24.5.20. Deverão ser colocadas caixas metálicas com areia, para serem usadas como
cinzeiros. (124.127-3/I1)
24.5.22. No caso de alojamentos com 2 (dois) pisos deverá haver, no mínimo, 2 (duas)
escadas de saída, guardada a proporcionalidade de 1 (um) metro de largura para cada
100 (cem) operários; (124.129-0/I2)
24.5.23. Escadas e corredores coletivos principais terão largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros), podendo os secundários ter 0,80m (oitenta centímetros).
(124.130-3/I1)
24.5.25. No caso em que a vertical Vm entre o teto mais alto e o piso mais baixo for
superior a 6,00 (seis metros), a área do prisma, em metros quadrados, será dada pela
expressão V2/4 (o quadrado do valor V em metros dividido por quatro), respeitando-se,
também, o mínimo linear de 2,00m (dois metros) para uma dimensão do prisma.
(124.131-1/I1)
24.5.26. Não será permitido ventilação em dormitório, feita somente de modo indireto.
(124.132-0/I2)
24.5.27. Os corredores dos alojamentos com mais de 10,00 (dez metros) de compri-
mento terão vãos para o exterior com área não-inferior a 1/8 (um oitavo) do respectivo
piso. (124.133-8/I1)
a) todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão pulve-
rizados de 30 (trinta) em 30 (trinta) dias; (124.134-6/I1)
24.6.1. As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela Consoli-
dação das Leis do Trabalho - CLT, e os órgãos governamentais devem oferecer a seus
empregados e servidores condições de conforto e higiene que garantam refeições ade-
quadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada de trabalho. (124.141-9/I1)
24.7.1. Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água
potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes coletivos. Onde
houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato inclinado e
guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1
(um) bebedouro para cada 50 (cinqüenta) empregados. (124.150-8/I2)
24.7.1.2. Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser
fornecida em recipientes portáteis hermeticamente fechados de material adequa-
do e construídos de maneira a permitir fácil limpeza. (124.152-4/I2)
24.7.2. A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve ser
afixado aviso de advertência da sua não potabilidade. (124.153-2/I1)
24.7.4. Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à boca,
somente serão permitidos os de uso estritamente individual, substituindo, sempre que
for possível, por outros de processos mecânicos. (124.155-9/I1)
O MONITORAMENTO AMBIENTAL
Monitoramento é o estudo e o acompanhamento - contínuo e sistemático - do comportamen-
to de fenômenos, eventos e situações específicas, cujas condições desejamos identificar, avaliar e
comparar. Dessa forma, é possível estudar as tendências ao longo do tempo, ou seja, verificar as
condições presentes, projetando situações futuras.
O monitoramento ambiental pode ser definido como um processo de coleta de dados, estu-
do e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, visando identificar e avali-
ar qualitativa e quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado momen-
to, assim como as tendências ao longo do tempo (variações temporais). As variáveis sociais, econô-
micas e institucionais também são incluídas, por exercerem influências sobre o meio ambiente.
No caso das unidades de conservação, o monitoramento gera informações para que seja efe-
tivado o manejo dessas áreas, subsidiando a definição e adoção de políticas. Fornece, pois, dados
sobre a situação ambiental, sócio-econômica e a atuação institucional para esse manejo.
Dessa forma, as informações geradas devem transmitir clareza aos técnicos, aos tomadores
de decisões, à comunidade científica e a toda a sociedade sobre a situação que se quer analisar. Se
a informação não é bem entendida, não há clareza para avaliar os resultados, podendo haver
distorções, decisões inadequadas ou até mesmo erradas.
A escolha dos indicadores depende dos objetivos do monitoramento, do que se quer monitorar
e das informações a obter. Esses parâmetros são medidos em campo, em laboratório e em escritó-
rio, alguns com bastante simplicidade e outros com alto grau de complexidade.
• a metodologia de análise,
• os equipamentos necessários,
• Os objetivos a serem atingidos em termos de informações, usos e usuários dos dados, não
apenas no momento do planejamento, mas também no futuro.
• O estabelecimento de prioridades.
• dar o suporte à gestão das mesmas, para o processo de tomada de decisão e para a
definição de políticas específicas de gestão ambiental.
Em fase de definição de sua etapa-piloto, o SIMBIO tem sua implementação prevista para
um período de três anos. Para essa fase foram selecionadas seis unidades de conservação, repre-
sentativas dos ecossistemas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, entre Parques Nacionais (PARNA)
e Reservas Biológicas (REBIO).
O SIMBIO será executado de forma contínua, com revisões periódicas, incorporando tanto os
aspectos relacionados com a diversidade biológica quanto a dimensão social, econômica e institucional.
Dessa forma, esse sistema pretende ser parte indispensável da gestão e da tomada de decisões
nas Unidades.
Portarias de Alteração:
9.1.3 . O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no
campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar
articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7.
9.1.5 . Para efeito dessa NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, quími-
cos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador.
9.2.1.1. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao
ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realiza-
ção dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.
(109.007-0/I2)
9.2.2 . O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos
estruturais constantes do item 9.2.1.
9.2.3 . O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para
o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.
9.3.3 . O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quan-
do aplicáveis:
9.3.4. A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
9.3.6.1 . Para os fins dessa NR, considera -se nível de ação o valor acima do qual
devem ser iniciadas ações preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de
que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As
ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico.
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabele-
cido na NR 15, Anexo I, item 6. (109.034-8/I2)
9.3.7 . Do monitoramento.
9.4.1 . Do empregador:
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, pos-
sam implicar risco à saúde dos trabalhadores.
9.5 . Da informação.
9.6.3 . O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais
de trabalho, que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalha-
dores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o
fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências. (109.041-0/I2)
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
A insalubridade e a periculosidade têm como base legal a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), em seu Título II, cap. V seção XIII., e a lei 6.514 de 22/12/1977, que alterou a CLT, no
tocante a Segurança e Medicina do Trabalho. Ambas foram regulamentadas pela Portaria 3.214,
por meio de Normas Regulamentadoras.
Insalubridade
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, con-
dições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.
A insalubridade foi regulamentada pela Norma Regulamentadora Nº. 15, por meio de 14
anexos.
Liquido inflamável é todo aquele que possui ponto de fulgor inferior a 70°C e pressão de
vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 absoluta a 37,7 C°.
A periculosidade só cessa sob o ponto de vista legal com a total eliminação do risco.
Parágrafo único. As normas referidas nesse artigo incluirão medidas de proteção do organis-
mo do trabalhador nas operações que produzem aero-dispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos
ou incômodos.
I. com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância;
§2o O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura a ele seja
devido.
§1o É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas re-
quererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor desse, com
o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
§2o Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindica-
to em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma desse artigo, e,
onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
§3o O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do
Trabalho, nem a realização ex-offício da perícia.
A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que visa minimizar
os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, assim como proteger a integridade e a capaci-
dade de trabalho do trabalhador.
O ACIDENTE DE TRABALHO
• o acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa
• o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa;
CAMPANHAS DE SEGURANÇA
A CIPA trabalha anualmente com campanhas que têm por finalidade divulgar conhecimentos,
auxiliando na educação sobre prevenção e segurança, com o objetivo de desenvolver a consciência
da importância da eliminação de acidentes e da adoção de atitudes prevencionistas.
c) Bingos e sorteios com enfoque para a segurança, com entrega de brindes para melhor
motivação dos participantes;
MAPA DE RISCO
Uma atividade importante executada anualmente pela CIPA, o mapa de risco consiste na
representação gráfica que permite a fácil visualização e um rápido entendimento no reconhecimen-
to dos riscos existentes nos locais de trabalho.
AS RESPONSABILIDADES DE TODOS
NA APLICAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO
A responsabilidade pela Segurança e Higiene no Trabalho compete a todos, alem do atendimento
por parte de cada trabalhador de todas as Regras de Segurança do Trabalho que constam da CTPS.
De forma geral, os setores ou áreas de Segurança e Higiene do Trabalho têm como grandes
responsabilidades:
• Preparar material para o Diálogo de Segurança a ser efetuado através dos supervisores/
encarregados com os empregados.
• Atender Fiscalização.
• Demarcar faixas de Segurança. Esse serviço pode e deve ser executado pela Manutenção,
Engenharia e terceirizadas.
• Utilizar os EPI’s para segurança própria para dar exemplo aos empregados do setor.
o Utilização de EPI.
o Higiene pessoal.
• Observar os empregados, verificando se não estão cometendo algum ato inseguro, instru-
indo-os e conscientizando-os.
• Nunca deixar de chamar a atenção ou de punir os empregados que não estiverem obede-
cendo aos procedimentos de segurança que aprenderam. A punição é regra de conduta, cuja
ausência desmoraliza a segurança do trabalho.
• Observar e contribuir para a boa conservação dos EPI’s (luvas, etc.), evitando desperdícios.
• Aprimorar métodos de trabalho que facilitem os serviços, orientar para que tenha o traba-
lhador conhecimento de sua produção horária padrão, para não promover esforço excessivo
durante a jornada, evitando assim acidentes e instalação de doenças ocupacionais relaciona-
das à atividade executada e contribuam com a higiene do local.
• Adotar medidas preventivas para evitar acidentes. Ex. Isolar buracos no chão.
• Não permitir que os empregados fiquem expostos aos perigos de acidentes do setor e
providenciar imediatamente a aplicação de medidas preventivas.
Responsabilidades da Manutenção
• Eliminar irregularidades nos setores, conforme laudos emitidos pela Engenharia de Segu-
rança do Trabalho, nos aspectos de ruídos, iluminação deficiente, umidade excessiva, venti-
lação geral, local e diluidora, vibrações, poluição do ar, etc.
• Analisar as fichas de acidentes causados por condições inseguras e providenciar imediata corre-
ção.
Responsabilidades da CIPA
• Trabalhar os membros corretamente utilizando EPI, não cometendo atos inseguros, visan-
do a sua própria segurança e dando exemplos para os demais empregados do setor.
• Isolar locais de trabalho que possam causar acidentes. Ex.: buraco no chão, por exemplo.
ENGENHARIA
A área da segurança não necessita ser dirigida por um engenheiro, mas as escolas das
diversas especialidades da engenharia formam profissionais técnicos com perfil mais adequado para
a responsabilidade exigida por essa função. A área de segurança diz respeito ao ambiente (estado
das máquinas, dos equipamentos, leiaute, etc.), isto é, relaciona-se aos meios materiais e meio
ambiente em geral. Não é possível ter bom nível de segurança em um ambiente inseguro. Por mais
educado e treinado, ou por mais controle que tenha, o empregado tenderá a falhar quando traba-
lhando em ambiente inadequado em relação à segurança.
6. Todos os níveis de chefias têm pleno conhecimento de que são eles os responsáveis, civil
e criminal, pela fiscalização e cumprimento de ordens de serviço relativas à segurança em
seus respectivos setores?
• Transporte interno
• Transporte externo
• Outros setores.
EDUCAÇÃO/TREINAMENTO
Educação é um processo amplo e total, adquirido desde o nascimento de uma pessoa e
acumulado durante toda a vida. Treinamento é um conhecimento específico, destinado a preparar
uma pessoa para uma determinada função.
9. Como um operário poderá trabalhar com segurança em uma determinada função, se ele
não conhecer todos os detalhes dessa função?
De pouco adianta ter o melhor ambiente e máximo controle se o trabalhador não estiver
devidamente treinado para a função. Se o funcionário não for devidamente treinado para a função
que exerce, a segurança poderá ser seriamente prejudicada.
• A maioria dos acidentes (64%) têm como causa problemas com o condutor.
AS CONDIÇÕES ADVERSAS
Condições adversas são todos aqueles fatores que podem prejudicar o real desempenho no
ato de conduzir um veículo, tornando maior a possibilidade de um acidente de trânsito.
Existem várias condições adversas e é importante lembrar que nem sempre elas aparecem
isoladamente, e isso torna o perigo ainda maior.
As condições adversas mais importantes que devem ser observadas, relacionam-se à luz, ao
tempo, às vias, ao trânsito, ao veículo, e ao condutor.
Alguns remédios usados, mesmo por recomendação médica, alteram nosso estado geral,
prejudicando nosso desempenho ao volante. Evite tomá-los, ou não dirija após o seu uso.
As drogas afetam o raciocínio lógico e o desempenho normal das funções físicas e mentais.
Conduzir alcoolizado é infração gravíssima e acarreta várias penalidades previstas no Código de
Trânsito Brasileiro.
Dirigir alcoolizado, em nível superior a 06 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue,
resulta em multa, suspensão do direito de dirigir e detenção de seis meses a três anos, sendo
considerado infração gravíssima.
Aquaplanagem ou hidroplanagem
Refere-se à falta de contato dos pneus com a pista, chão ou pavimento e ocorre por causa de
pistas molhadas ou poças d’água, sendo sempre mais fácil de acontecer se os pneus estiverem lisos
(carecas) ou o veículo em alta velocidade.
Para acontecer a hidroplanagem dos pneus basta haver uma combinação da velocidade do
veículo, o tipo de pista, da calibragem dos pneus, profundidade da água na pista e dos frisos dos
pneus e a falta de atenção do motorista.
Maneira de Conduzir
A maneira incorreta de conduzir o veículo é uma das grandes causas de acidentes nas vias públicas.
Conduzir com fones de ouvidos conectados a aparelhos de som ou telefone celular resulta
em multa, sendo considerado infração média: perda de 4 pontos (Art.252 - CTB).
Além desse, outros procedimentos praticados por condutores põem em risco a segurança do
trânsito e dos usuários da via, além da segurança dos mesmos, e são passíveis de penalidades
previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
Conduza com as duas mãos no volante, evite acender cigarros ou apanhar objetos dentro
do veículo em movimento, fazer movimentos ou manobras bruscas, desviar a sua atenção do ato
de dirigir, participar de brincadeiras. Fique sempre atento.
O condutor precisa estar informado sobre seus direitos e deveres em qualquer situação de
trânsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes que possam causar aciden-
tes ou danos aos usuários da via.
E há procedimentos que dependem do bom senso dos condutores e pedestres, que são as
atitudes educadas e compreensivas, e que também são importantes para tornar o trânsito mais
seguro.
Mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia com conversas, com som alto ou no
uso de rádio ou aparelho celular.
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização, tempo,
etc.), e também às condições físicas e mentais do condutor, aos cuidados e à manutenção do
veículo, ao tempo de deslocamento e ao conhecimento prévio do percurso, entre outros.
O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver
conduzindo o veículo, consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto para
tomar atitudes necessárias para evitar acidentes.
Previsão
Essas previsões podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do veículo e são exercidas
numa ação próxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do bom senso e conhe-
cimento do condutor.
A direção defensiva exige tanto a previsão mediata como a imediata, sendo que algumas,
inclusive, fazem parte das leis de trânsito (cuidados com o veículo, equipamentos obrigatórios).
Decisão
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá do conhe-
cimento das alternativas que se apresentam e das possibilidades do veículo, das leis e normas que regem
o trânsito, do tempo e do espaço que você dispõe para tomar uma atitude correta.
Essa decisão, ou tomada de atitude, vai depender da sua habilidade, tempo e prática de
direção, previsão das situações de risco, conhecimento das condições do veículo e da via.
Ao renovar o exame de habilitação, o condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e
Primeiros Socorros, deverá a eles ser submetido conforme Art.150 do CTB e Resolução nº.50 - CONTRAN.
Portanto, esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas,
de modo que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo que
circunda a via, mesmo à sua traseira, para que essa decisão possa ser rápida e precisa, salvando
sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco.
Habilidade
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com bastante
perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como fazer curvas,
ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a Car-
teira Nacional de Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha cometido
nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em infração média.
Não esqueça que a prática conduz à perfeição, tornando você um condutor defensivo.
É necessário conhecimento e atenção para que você possa fazer uma previsão dos proble-
mas que vai encontrar no trânsito e tomar, no momento necessário, a decisão mais correta, com
habilidade adquirida pelo treino no uso da direção, tornando o trânsito mais humano e seguro
para você e para todos.
Podemos aplicá-los, também, no ato de dirigir, desde que conheçamos os fatores que mais
levam à ocorrência de um acidente.
Além de conhecer esses fatores e os tipos de colisões, você deve estar preparado em todos
os momentos, para atitudes que ajudem na prevenção.
Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os princípios bási-
cos de qualquer método de prevenção de acidentes.
É a colisão que normalmente ocorre entre dois veículos quando o da frente pára bruscamente.
As condições encontradas pelos condutores nas vias são as mais diversas e a surpresa é o
elemento causador dos acidentes dessa natureza, se o condutor não estiver à distância que se
recomenda em relação aos outros veículos.
Não guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem
como em relação ao bordo da pista, resulta em multa e é infração grave. (Art.192 – CTB).
Distância correta é aquela que permite ao condutor tempo suficiente para parar o veículo
sem atingir o da frente, mesmo em situações de emergência.
Veja agora algumas sugestões para evitar a colisão com o veículo da frente:
• Esteja atento: Nunca desvie a atenção do que está acontecendo em volta e observe os
sinais do condutor da frente, tais como luz de freio, seta, pisca-pisca, sinalização com os
braços,etc., pois indicam o que ele pretende fazer.
• Controle a situação: Procure ver além do veículo da frente para identificar situações que
podem obrigá-lo a manobras bruscas sem sinalizar, verifique a distância e deslocamento
também do veículo de trás e ao seu lado para poder tomar a decisão mais adequada, se
necessário, numa emergência.
• Mantenha distância : Resulta em multa se não for observado. Com a chuva ou pista
escorregadia essa distância deve ser maior que em condições normais.
• Comece a parar antes: Se necessário pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de
perigo, mas pise aos poucos para evitar derrapagens ou parada brusca, pondo em risco
condutores de outros veículos.
Uma das principais causas de colisões na traseira é motivada por motoristas que dirigem
“colados” e nem sempre é possível escapar dessa situação.
Nesse caso, o condutor defensivo deve reduzir a velocidade ou deslocar seu veículo para
outra faixa de trânsito ou acostamento, deixando-se ultrapassar com segurança.
• Planeje o que fazer: Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que deve-
rá usar. Planeje seu trajeto para não confundir o condutor que vem atrás com manobras
bruscas.
• Sinalize suas atitudes: Informe através de sinalização correta o que você pretende fazer..
Certifique-se de que todos viram e entenderam sua sinalização.
• Pare aos poucos : Alguns condutores só se lembram de frear após o cruzamento onde
deveriam entrar. Não faça isto.
• Livre-se dos colados à sua traseira : Use o princípio da cortesia e favoreça a ultrapassa-
gem dos “apressadinhos”.
Vários são os fatores que ocasionam esse tipo de acidente e quase todos derivam do
descumprimento das leis de trânsito ou de normas de direção defensiva. Ingestão de bebida alcoó-
lica, excesso de velocidade, dormir ao volante, problemas com o veículo ou distração do condutor,
são apenas alguns desses fatores. Essas colisões também ocorrem nas ultrapassagens feitas em
desacordo com as medidas de segurança.
• Atenção nos cruzamentos : Esses acidentes ocorrem nas manobras de virar à direita ou
esquerda, por não se observar o semáforo ou a preferência de passagem, assim como a tra-
vessia de pedestres. Espere com calma e só realize a manobra nos locais permitidos e com
segurança.
Há ainda outros tipos de colisão que envolvem dois ou mais veículos. Em todos os tipos de
colisão, entretanto, existem fatores determinantes que ocorrem mais comumente e que podem ser
evitados pela prática da direção defensiva. São eles:
• falta de visibilidade;
• desconhecimento de preferenciais;
Como seu comportamento é imprevisível e não há como evitar o acesso de pessoas impru-
dentes, portadores de necessidades especiais ou alcoolizados nas vias, a melhor regra para o
condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-lhe sempre o direito de passagem, principalmente
nos locais adequados (faixas, área de cruzamento, área escolar).
Devemos ter atenção especial com pessoas idosas, crianças ou portadores de necessidades
especiais que são sempre mais sujeitos a envolver-se em acidentes. (Art.214 - III - CTB)
O atropelamento de animais ocorre com mais freqüência nas zonas rurais. É comum os
animais romperem as cercas e invadirem a estrada.
Assim que perceber qualquer animal na pista, o condutor deve reduzir a velocidade do veícu-
lo para ultrapassá-lo. Nesse caso, não deverá acionar a buzina que poderá assustar o animal e
provocar reações agressivas e imprevisíveis.
A utilização de luz, às vezes, pode cegar e paralisar o animal, impedindo-o de sair da via.
Ocasionado geralmente por culpa do próprio condutor, por distorção visual, cansaço ou sono,
sob efeito de bebida alcoólica ou de medicamentos, por excesso de velocidade, por desrespeito às
leis e à sinalização de trânsito.
Para evitar esses acidentes, o condutor defensivo deve tomar todas as medidas necessárias
à segurança e estar atento ao que ocorre ao longo da via.
Quando ocorrem é por falta de atenção ou pressa do condutor. Com poucos cuidados, são
facilmente evitáveis.
Não parar o veículo antes de cruzar linha férrea, resulta em multa, sendo considerado
infração gravíssima. Art.212 - CTB.
O condutor deve respeitar a sinalização e prestar atenção redobrada nas passagens de nível.
A maioria dos ciclistas é composta por menores ou por pessoas que desconhecem as leis de
trânsito e andam pelas vias da maneira que lhes parece melhor.
Para evitar esse tipo de acidente, o condutor deve ficar atento principalmente à noite e
tomar precaução quando perceber a proximidade de um ciclista. Deve certificar-se de que o ciclista
viu e entendeu sua sinalização, manter distância do mesmo e ficar atento ao efetuar manobras ou
abrir a porta do veículo.
Motocicletas e similares fazem parte integrante do trânsito e seus condutores devem obede-
cer sempre à sinalização e às leis de trânsito, o que nem sempre ocorre.
Não importa de quem é a culpa ou quem não cumpriu a lei. O condutor defensivo procura
sempre diminuir os riscos de envolver-se em acidentes.
O condutor deve manter-se alerta quanto às motos, procedendo em relação a elas como se
elas também fossem carros, mantendo inclusive a distância de segurança recomendada.
Há vários tipos de colisão com veículos e múltiplos comportamentos perigosos dos conduto-
res, mas o fator mais comum nos acidentes é o veículo não frear a tempo, ou seja, é a falha na
sintonia entre o condutor e o sistema de freios do veículo.
• Distância de reação : É aquela que o veículo percorre, desde o momento que o condutor
vê a situação de perigo até o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento em
que o condutor tira o pé do acelerador até colocá-lo no freio.
• Distância de frenagem : É aquela que o veículo percorre depois do condutor pisar no freio
até o momento total da parada.
• Distância de parada : É aquela que o veículo percorre desde o momento em que o condu-
tor vê o perigo e decide parar até a parada total do seu veículo, ficando a uma distância
segura do outro veículo, pedestre ou qualquer objeto na via.
Distância Segura
Uma distância segura entre dois veículos depende do clima, da velocidade, das condições da
via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da capacidade de reação rápida do condutor.
Há fórmulas para calcular essa distância nas rodovias, mas como elas variam muito, e de-
pendem, além do tipo e peso do veículo, de outros fatores também variáveis, o melhor é manter-se
o mais longe possível (dentro do bom senso), para garantir a sua segurança.
Para manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, sem a utilização de cálcu-
los, fórmulas ou tabelas, vamos utilizar “o ponto de referência fixo”
• Quando o veículo que está à sua frente passar por esse ponto, comece a contar pausada-
mente: cinqüenta e um, cinqüenta e dois. (mais ou menos dois segundos).
• Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar (cinqüenta e um e cinqüen-
ta e dois), você deve aumentar a distância, diminuindo a velocidade, para ficar em segurança.
• Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as seis palavras,
significa que a sua distância é segura.
• Esse procedimento ajuda-o a manter-se longe o suficiente dos outros veículos em trânsi-
to, possibilitando fazer manobras de emergência ou paradas bruscas necessárias, sem o
perigo de uma colisão.
Observação: essa contagem só é válida para veículos pequenos (até 6 metros), na velocida-
de de 80 e 90 km e em condições normais de veículo, clima e estrada.
Manobra de marcha à ré
Por ser considerada manobra perigosa, você deve evitá-la sempre que possível e nunca
realizá-la sem adotar medidas de segurança.
Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não
causar riscos à segurança, resulta em multa, sendo considerada em infração grave (Art.194 - CTB).
Ela serve apenas para pequenas distâncias e para manobras como entrada e saída de garagem,
estacionamento, não sendo permitido usá-la para locomover-se de um a outro local nas vias públicas.
A falta de sinalização, que é desnecessária nas rodovias das zonas rurais, leva a comportamen-
tos bem diferentes dos das áreas urbanas. Estes últimos podem transformar-se em grandes causado-
res de acidentes, reforçados por atitudes erradas e desatentas de condutores irresponsáveis, que
pretendem burlar as leis de trânsito, pondo em risco a sua vida e a dos demais usuários das vias.
O cinto de segurança
É um dispositivo que garante a segurança em caso de acidentes. Seu uso nas vias urbanas e
rurais é obrigatório a todos os ocupantes do veículo. Aplica-se aos automóveis, caminhonetes,
• Cinto de três pontos - aquele que se prende ao peito e ao quadril ao mesmo tempo
O cinto de três pontos é o que mais protege condutor e passageiros, impedindo que eles
sejam jogados para fora do veículo, ou mesmo contra o painel ou partes contundentes do veículo.
O cinto é de uso obrigatório para os ocupantes na parte da frente dos veículos há muitos
anos, e a partir de 1º de janeiro de 1999 para todos os passageiros, conforme resolução do
CONTRAN.
Crianças menores de 10 anos só podem ser transportadas no banco de trás, usando o cinto.
Quando for bebê de colo (até quatro anos), deve usar a cadeira e o suporte próprio para prender o
cinto (no banco de trás).
Em uma colisão de veículos a apenas 40km/h, o motorista pode ser atirado contra o pára-
brisas ou arremessado para fora do carro. Alguns motoristas pensam que podem amortecer o
choque segurando firmemente no volante. Isso é ilusório, porque a força dos braços só é eficaz a
uma velocidade de até 10 km/h.
A análise dos raros casos em que o cinto de segurança ocasionou algum tipo de trauma
concluiu que, na imensa maioria das vezes:
• o choque fora tão violento que os danos seriam maiores sem o cinto de segurança ou
• Faça revisão no seu veículo antes de iniciar viagem, verificando todos os equipamentos
obrigatórios, o estado do motor e do veículo.
• Verifique, no guia rodoviário, o trajeto que irá fazer, informe-se sobre os locais de serviços
mecânicos, postos de gasolina, hotéis, restaurantes, Polícia Rodoviária, atendimento médico
de emergência, enfim tudo que possa precisar.
• Para entrar nas rodovias de maior velocidade, desloque-se de maneira cuidadosa e coe-
rente com as condições locais e o fluxo de veículos.
• Mantenha-se no ritmo da maioria, nunca freie bruscamente, não pare na pista, não dê
marcha à ré e não faça manobras na pista. Se perder uma saída ou retorno, siga até a
próxima. É mais seguro.
• Observe a sinalização e obedeça-lhe, preste atenção a tudo, pois você não terá tempo de
pensar duas vezes. Mantenha-se bem distante do veículo da frente para evitar colisões.
• Cuidado com a fadiga e o sono. Você não percebe quando começa a dormir ao volante e a
fadiga tira de você as condições de reagir prontamente em caso de emergência.
• Quando for ultrapassar, ou mudar de faixa, use as setas, olhe pelos retrovisores e só
comece a ultrapassagem com segurança. Após ultrapassar, espere até ver no seu retrovisor
o veículo que ultrapassou, para sinalizar e voltar à faixa de origem.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso co-
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de signi-
ficativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publi-
cidade;
V. controlar substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VII. proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
à crueldade.
• 2.º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
• 4.º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônios nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos
recursos naturais.
• 6.º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
Lei Federal n° 11.132/05 - Acrescenta artigo à Lei n o 9.985, de 18 de julho de 2000, que
regulamenta o art. 225, § 1 o , incisos I, II, III e VII da Constituição Federal e institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Lei Federal n° 10.267/01 - Altera dispositivos das Leis n°s. 4.947, de 6 de abril de 1966,
5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezem-
bro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências.
Lei Federal n° 9.985/00 - Regulamenta o art. 225, § Iº, incisos I, II, III e VII da Constitui-
ção Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras
providências.
Lei Federal n° 8.171/91 - Dispõe sobre a política agrícola (Art. 99 revogado pela MP 1.736/98).
Lei Federal n° 7.804/89 - Altera a Lei n° 6.938 (¹), de 31 de agosto de 1981, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, a Lei
n° 7.735 (²), de 22 de fevereiro de 1989, a Lei n° 6.803 (³), de 2 de julho de 1980, a Lei n° 6.902
(4), de 21 de abril de 1981, e dá outras providências.
Lei Federal n° 7.653/88 - Altera a redação dos arts. 18, 27, 33 e 34 da Lei n° 5.197, de 3
de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna, e dá outras providências
Lei Federal n° 7.347/85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causa-
dos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico (VETADO).
Lei Federal n° 6.938/81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei Federal n° 6.902/81 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei Federal n° 6.766/79 - Já alterada pela Lei Federal 9.785/99 - Dispõe sobre o parcelamento
do solo urbano.
Lei Federal n° 5.868/72 - Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural, e dá outras providências.
Lei Federal n° 5.197/67 - Já alterada pelas Leis nº 7.584/87, 7.653/88 e 9.111/95 (Código
de Proteção à Fauna).
Decreto Federal n° 3.179/99 - Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às con-
dutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Decreto Federal n° 1.282/94 - Regulamenta os arts. 15, 19, 20 e 21, da Lei n° 4771/65.
Decreto Federal n° 99.556/90 - Dispõe sobre a proteção das cavidades naturais subterrâne-
as existentes no território nacional, e dá outras providências.
Decreto-Lei nº 7.679/88 - Já alterado pela Lei Federal no 9.605/98 - Dispõe sobre a proibi-
ção da pesca de espécies em períodos de reprodução.
Decreto Lei Federal n° 271/67 - Dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras
providências (Código de Pesca).
Portaria IBAMA n° 56-N/95 - Proíbe a captura do espadarte, Xiphias gladiu, no litoral brasileiro.
Portaria IBAMA n° 93-N/94 - Dispõe sobre as portarias normativas de restrição à pesca para
o defeso da piracema.
Portaria IBAMA n° 16/94 - Dispõe sobre a criação de animais silvestres para subsidiar a
pesquisa científica.
Portaria IBAMA n° 1.522/89 - Dispõe sobre a Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira
ameaçada de Extinção.
Instrução Normativa IBAMA 72/05 - Planos de Manejo visando evitar e/ou reduzir colisões
de aeronaves com a Fauna Silvestre em Aeródromos - Instrução Normativa IBAMA 62/05.
Instrução Normativa MMA 15/05 - Estabelece, normas, critérios e padrões para a pesca de
juvenis das espécies Anchoa marinii, Anchoa tricolor e Anchoa lyolepsis, conhecidas popularmente
como “manjuba ou iriko”, e as nomenclaturas regionais.
Norma INCRA 17B/81 - Fixa condições para apresentação do laudo de perda das caracterís-
ticas produtivas de exploração agropecuária, florestal e agroindustrial de que tratam o art. 96 do
Decreto n° 59.428, de 27/10/76 e o item 34 da instrução nº 17-B.
MP 2.166-67/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei no 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei n°
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
MP 2.080-64/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n° 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
MP 2.080-63/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n° 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
MP 2.080-61/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n° 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
MP 2.080-60/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n° 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
MP 2.080-59/01 - Altera os arts. 1°, 4°, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n° 4.771,
de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no
9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, e dá outras providências.
Resolução Conama n° 357/05 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamen-
to de efluentes, e dá outras providências.
Resolução Conama n° 7/96 - Aprova diretrizes como parâmetro básico para análise dos
estágios de sucessão de vegetação de restinga para o Estado de São Paulo.
Resolução Conama n° 1/94 - Define vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro,
inicial, médio e avançado de regeneração de Mata Atlântica.
Resolução Conama n° 9/90 - Dispõe sobre Normas Específicas para o Licenciamento Ambiental
de Extração Mineral das classes I a IX exceto a Classe II.
Art. 193. O Estado, mediante lei, criará um sistema de administração da qualidade ambiental,
proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais,
para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da administração pública direta
e indireta, assegurada a participação da coletividade, com o fim de:
II. adotar medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor privado, para
manter e promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental, prevenin-
do a degradação em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais
negativos e recuperando o meio ambiente degradado;
XIX. instituir programas especiais mediante a integração de todos os seus órgãos, in-
cluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários rurais a executarem as
práticas de conservação do solo e da água, de preservação e reposição das matas
ciliares e replantio de espécies nativas;
Parágrafo único . O sistema mencionado no caput deste artigo será coordenado por órgão da
administração direta que será integrado por:
Art. 194. Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei. Parágrafo único . É obrigatória, na forma da lei, a recuperação, pelo responsável, da vegetação
adequada nas áreas protegidas, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Art. 195. As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pesso-
as físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, com aplicações de multas diárias e
progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de
atividade e a interdição, independentemente da obrigação dos infratores de reparação aos danos
causados. Parágrafo único. O sistema de proteção e desenvolvimento do meio ambiente será in-
tegrado pela Polícia Militar, mediante suas unidades de policiamento florestal e de mananciais,
incumbidas da prevenção e repressão das infrações cometidas contra o meio ambiente, sem preju-
ízo dos corpos de fiscalização dos demais órgãos especializados.
Art. 196. A Mata Atlântica, a Serra do Mar, a Zona Costeira, o complexo Estuarino Lagunar
entre Iguape e Cananéia, os Vales dos Rios Paraíba, Ribeira, Tietê e Paranapanema e as unidades
I. os manguezais;
III.as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que
sirvam como local de pouso ou reprodução de migratórios;
V. as paisagens notáveis;
Art. 198. O Estado estabelecerá, mediante lei, os espaços definidos no Inciso V do artigo
anterior, a serem implantados como especialmente protegidos, bem como as restrições ao uso e
ocupação desses espaços, considerando os seguintes princípios:
Art. 199. O Poder Público estimulará a criação e manutenção de unidades privadas de con-
servação.
Art. 200. O Poder Público Estadual, mediante lei, criará mecanismos de compensação fi-
nanceira para Municípios que sofrerem restrições por força de instituição de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo Estado.
Art. 201. O Estado apoiará formação de consórcios entre os Municípios, objetivando a solu-
ção de problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular à preservação dos recursos
hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.
Art. 203. São indisponíveis as terras devolutas estaduais apuradas em ações discriminatórias
e arrecadadas pelo Poder Público, inseridas em unidades de preservação ou necessárias à proteção
dos ecossistemas naturais.
Art. 204. Fica proibida a caça, sob qualquer pretexto, em todo o Estado.
SEÇÃO II
Art. 205. O Estado instituirá, por lei, sistema integrado de gerenciamento dos recursos
hídricos, congregando órgãos estaduais e municipais e a sociedade civil, e assegurará meios fi-
nanceiros e institucionais para:
II. o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o rateio dos custos das respectivas
obras, na forma da lei;
III. a proteção das águas contra ações que possam comprometer o seu uso atual e
futuro;
IV. a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à saúde e segurança públicas
V. a celebração de convênios com os Municípios, para a gestão, por estes, das águas de
interesse exclusivamente local;
Art. 207. O Poder Público, mediante mecanismos próprios, definidos em lei, contribuirá para o
desenvolvimento dos Municípios em cujos territórios se localizarem reservatórios hídricos e naque-
les que recebam o impacto deles.
Art. 208. Fica vedado o lançamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais, sem o
devido tratamento, em qualquer corpo de água.
Art. 209. O Estado adotará medidas para controle da erosão, estabelecendo-se normas de
conservação do solo em áreas agrícolas e urbanas.
Art. 210. Para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, o Estado
incentivará adoção, pelos Municípios, de medidas no sentido:
II. do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas sujei-
tas a inundações freqüentes e da manutenção da capacidade de infiltração do solo;
Art. 211. Para garantir as ações previstas no Art. 205, a utilização dos recursos hídricos será
cobrada segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica, na forma da lei, e o produto aplicado
nos serviços e obras referidos no Inciso I do Parágrafo Único deste artigo.
Art. 212. Na articulação com a União, quando da exploração dos serviços e instalações de
energia elétrica, e do aproveitamento energético dos cursos de água em seu território, o Estado
levará em conta os usos múltiplos e o controle das águas, a drenagem, a correta utilização das
várzeas, a flora e a fauna aquáticas e a preservação do meio ambiente.
Art. 213. A proteção da quantidade e da qualidade das águas será obrigatoriamente levada
em conta quando da elaboração de normas legais relativas a florestas, caça, pesca, fauna, con-
servação da natureza, defesa do solo e demais recursos naturais e ao meio ambiente.
SEÇÃO IV - DO SANEAMENTO
Art. 215. A lei estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico no Estado,
respeitando os seguintes princípios:
Art. 216. O Estado instituirá, por lei, plano pluri-anual de saneamento estabelecendo as
diretrizes e os programas para as ações nesse campo.
Lei Estadual n° 12.042/05 - Exclui área do perímetro do Parque Estadual Turístico do Alto
Ribeira - PETAR, e anexa outra, na forma que especifica.
Lei Estadual n° 11.977/05 - Institui o Código de Proteção aos Animais do Estado dá outras
providências.
Lei Estadual n° 10.780/01 - Dispõe sobre a reposição florestal no Estado de São Paulo e da
outras providências.
Lei Estadual n° 10.111/98 - Declara “Área de Proteção Ambiental - APA” o Sistema Cantareira.
Lei Estadual n° 9.973/98 - Dispõe sobre o cancelamento de débitos, nas condições que
especifica, e altera a Lei n° 6.374, de 1° de março de 1989.
Lei Estadual n° 9.866/97 - Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação
das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo.
Lei Estadual n° 9.825/97 - Restringe as atividades industriais nas áreas de drenagem do rio
Piracicaba.
Lei Estadual n° 5.598/87 - Declara Área de Proteção Ambiental regiões urbanas e/ou rurais
dos Municípios de Salesópolis, Biritiba Mirim, Moji das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba,
Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba.
Lei Estadual n° 9.509/97 - Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação (SEAQUA).
Lei Estadual n° 9.034/94 - Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH, a ser
implantado no período 1994 e 1995, em conformidade com a Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de
1991, que instituiu normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos.
Lei Estadual n° 7.641/91 - Dispõe sobre a proteção ambiental das bacias dos rios Pardo,
Moji Guaçu e Médio Grande, estabelece critérios para o uso e ocupação do solo nesta área e dá
outras providências.
Lei Estadual n° 7.438/91 - Declara Área de Proteção Ambiental - APA, regiões que específi-
ca, dando providências correlatas.
Lei Estadual n° 6.536/89 - Autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo Especial de Despesa
de Reparação de lnteresses Difusos Lesados, no Ministério Público do Estado de São Paulo.
Lei Estadual n° 6.134/88 - Dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais de águas
subterrâneas do estado de São Paulo, e dá outras providências.
Lei Estadual n° 5.745/87 - Declara área de proteção ambiental a região “Haras São Bernardo”
antiga “Chácara da Baronesa”, localizada na divisa do município de Santo André com São Bernardo
do Campo.
Lei Estadual n° 5.536/87 - Declara área de proteção ambiental a região urbana e rural do
Município de Ibitinga.
Lei Estadual n° 5.280/86 - Declara área de proteção ambiental a região que circunda a
represa hidrelétrica do bairro da Usina, no município de Atibaia.
Lei Estadual n° 4.056/84 - Dispõe sobre a área mínima dos lotes no parcelamento do solo
para fins urbanos.
Lei Estadual n° 4.105/84 - Declara área de proteção ambiental a região urbana e rural do
município de Campos do Jordão.
Lei Estadual n° 4.100/84 - Declara área de proteção ambiental a região urbana do município
de Silveiras.
Lei Estadual n° 4.055/84 - Declara área de proteção ambiental a região urbana e rural do
município de Cajamar.
Lei Estadual n° 4.023/84 - Declara área de proteção ambiental a região urbana e rural do
município de Cabreúva.
Lei Estadual n° 1.172/76 - Delimita as áreas de proteção relativa aos mananciais, cursos e
reservatórios de água a que se refere o artigo 2° da Lei n° 898/75, e estabelece normas de
restrição de uso do solo em tais áreas.
Lei Estadual n° 898/75 - Já alterada pela Lei Estadual nº 3746/83 - Disciplina o uso do solo
para a proteção dos mananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos de
interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Lei Estadual n° 118/73 - Autoriza a Constituição de uma sociedade por ações, sob denomi-
nação de CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico e de Controle da Poluição das
Águas, e dá providências correlatas.
Decreto Estadual n° 49.672/05 - Dispõe sobre a criação dos Conselhos Consultivos das
Unidades de Conservação de Proteção Integral do Estado de São Paulo, define sua composição e as
diretrizes para seu funcionamento e dá providências correlatas.
Decreto Estadual n° 26.881/87 - Declara Área de Proteção Ambiental todo território da Ilha
Comprida.
Decreto Estadual n° 24.932/86 - Institui o Sistema Estadual do Meio Ambiente, cria a Se-
cretaria de Estado do Meio Ambiente, e dá providências correlatas.
Decreto Estadual n° 20.959/83 - Declara área de proteção ambiental a região urbana e rural
do município de Tietê.
Decreto Estadual n° 10.755/77 - Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água recep-
tores na classificação prevista no Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, e dá providências
correlatas.
Resolução SAA 18/05 - Estabelece normas para a recuperação de áreas degradadas loca-
lizadas nas micro bacias hidrográficas abrangidas pelo Programa Estadual de Micro bacias Hidrográficas
e dá outras providências.
Resolução SAA 17/05 - Estabelece normas para a definição de Micro bacias Hidrográficas a
serem atendidas pelo Programa Estadual de Micro bacias Hidrográficas e para a concessão de
subvenções econômicas e doação de sementes e mudas aos produtores rurais dessas micro bacias
hidrográficas, nos termos das Disposições Transitórias da Lei n° 8.421, de 23 de novembro de
1993, alteradas pela Lei n° 11.970, de 30 de junho de 2005, e dá outras providências
Resolução SMA 39/05 - Altera o valor do custo das horas técnicas despendidas em análises
para expedição de licenças, autorizações, pareceres técnicos e outros documentos, na forma do
Decreto n° 47.400 de 04 de dezembro de 2002.
Resolução SMA 5/05 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor da APA Estadual
Corumbataí-Botucatu-Tejupá, perímetro Botucatu e dá providências correlatas.
Resolução SMA 4/05 - Altera o valor do custo das horas técnicas despendidas em análises
para expedição de licenças, autorizações, pareceres técnicos e outros documentos, na forma do
Decreto n° 47.400 de 04 de dezembro de 2002.
Resolução SMA 3/05 - Altera a Resolução SMA - 8, de 25-04- 2000, e dá outras providências.
Resolução Conjunta SMA SERHS 1/05 - Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental
Integrado às Outorgas de Recursos Hídricos.
Resolução SMA 8/04 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor da APA Estadual
Parque e Fazenda do Carmo, e dá providências correlatas.
Resolução SMA 7/04 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor da APA Estadual
Várzea do Rio Tietê, e dá providências correlatas.
Resolução SMA 47/03 - Altera e amplia a Resolução SMA 21, de 21/11/2001; fixa orienta-
ção para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providências correlatas.
Resolução SMA 45/03 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor das APAs Estaduais
Jundiaí, Cabreúva e Cajamar, e dá providências correlatas.
Resolução SMA 43/03 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor da APA Itupararanga,
e dá providências correlatas.
Resolução SMA 42/03 - Dispõe sobre a constituição do Conselho Gestor das APAs Estaduais
Sapucaí Mirim e Campos do Jordão e dá providências correlatas.
Resolução SMA 41/03 - Cria Grupo de Trabalho para determinar procedimentos para
licenciamento ambiental das atividades de disposição final de material dragado de corpos d´água
no estado de São Paulo.
Resolução SMA 48/02 - Fixa o valor do custo das horas técnicas despendidas em análises
para expedição de licenças, autorizações, pareceres técnicos e outros documentos, na forma do
Decreto nº 47.400, de 4 de dezembro de 2002.
Resolução SMA 33/02 - Dispõe sobre a simplificação do licenciamento ambiental das inter-
venções destinadas à conservação, manutenção e pavimentação de estradas vicinais que se encon-
trem em operação.
Resolução Conjunta SMA - SS 1/02 - Dispõe sobre a tritura ou retalhamento de pneus para
fins de disposição em aterros sanitários e dá providências correlatas.
Resolução SMA 21/01 - Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas de-
gradadas e dá providências correlatas.
Resolução SMA 28/99 - Dispõe sobre o zoneamento ambiental para mineração de areia no
subtrecho da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul inserido nos municípios de Jacareí, São José
dos Campos, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba.
Resolução SMA 3/99 - Dispõe sobre os procedimentos para licenciamento ambiental de ati-
vidades minerárias no estado de São Paulo.
Resolução SMA 66/98 - Fixa requisitos e prazo máximo de três anos para celebração do
Termo de Compromisso no Estado de São Paulo.
Resolução SMA 20/98 - O secretário de estado do Meio Ambiente, no uso de suas atribuições
legais e considerando que:
Resolução conjunta SMA - SAA 4/97 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental dos projetos
conservacionistas constantes do programa Estadual de Micro bacias Hidrográficas.
Resolução conjunta SMA - SAA 3/97 - Disciplina o uso de fogo controlado como prática
fitossanitária.
Resolução conjunta SMA - SSP 3/97 - Estabelece cooperação mútua visando coibir infrações
contra o meio ambiente no estado de São Paulo.
Resolução conjunta SMA - SAA 3/97 - Disciplina o uso do fogo controlado como prática
fitossanitária.
Resolução SMA 77/97 - Disciplina o licenciamento de Parques Temáticos no estado de São Paulo.
Resolução SMA 69/97 - Dispõe sobre a extração de areia e argila vermelha na bacia hidrográfica
do Rio Jaguari Mirim.
Resolução SMA 35/96 - Cria o Balcão Único para o licenciamento ambiental na Região Metro-
politana de São Paulo.
Resolução SMA 55/95 - Cria o Grupo Técnico para analisar casos de licenciamento nas áreas
de cerrado.
Resolução SMA 42/95 - projetos a serem financiados pelo Programa Nacional de Meio Ambi-
ente - PNMA.
Resolução conjunta SMA/IBAMA 1/94 - Define vegetação primária e secundária nos estágios
pioneiro, inicial, médio e avançado de regeneração.
Resolução SMA 21/90 - Estabelece normas para o cumprimento da reposição florestal obri-
gatória no estado de São Paulo e dá outras providências.
Portaria DEPRN 16/06 - Altera o modelo de requerimento utilizado nos pedidos protocolados
no DEPRN.
Portaria DEPRN 03/06 - Atualiza o valor-árvore a ser praticado pelas Associações de Repo-
sição Florestal credenciadas pelo Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN.
Portaria DEPRN 49/05 - Altera a Portaria DEPRN - 57, de 30-11- 2004, no âmbito da
Regional Nordeste Paulista-9.
Portaria DEPRN 57/04 - Redefine as áreas territoriais de atuação das equipes técnicas do
DEPRN.
Portaria DUSM 1/04 - Portaria DUSM-1 de 21/07/2004 volume 114 número 137 - publicada
no DOE de 22/07/2004 foi revogada pela Portaria DUSM-1 de 15/09/2005 , volume 115 - número
179, publicada no DOE de 21/09/2005.
Portaria CPRN 4/03 - Estabelece procedimentos no âmbito da CPRN e seus órgãos executo-
res, disciplinando a aplicação do disposto no Decreto Estadual n° 47.400, de 04 de dezembro de
2002 e dá outras providencias.
Portaria DEPRN 58/02 - Altera o modelo de requerimento utilizado nos pedidos protocolados
no DEPRN.
Portaria DEPRN 6/02 - Estabelece o valor árvore a ser praticado pelas Associações de Repo-
sição Florestal credenciadas pelo DEPRN, para o ano de 2002.
Portaria DEPRN 2/02 - Estabelece tabelas de multas referentes aos Autos de Infração Ambiental
– AIA”s.
Portaria DEPRN 42/00 - Estabelece os procedimentos iniciais relativos à fauna silvestre para
instrução de processos de licenciamento no âmbito do DEPRN.
Portaria CPRN 4/99 - Estabelece prazo para a entrega do material de publicidade exigido no
licenciamento ambiental através de RAP e EIA/RIMA e dá providências correlatas.
Portaria CPRN 18/98 - Dispõe sobre a apresentação de cópia de RAP, de EIA e de RIMA em
meio digital.
Portaria DEPRN 24/98 - Dispõe sobre a recomposição florestal das áreas de reserva legal,
em especial dos imóveis rurais localizados na “APA da Várzea do Rio Tietê”, divulgando diretrizes
técnicas para elaboração de proposta de recuperação ambiental destas áreas pelos respectivos
proprietários ou posseiros.
Portaria DEPRN 41/97 - Institui os documentos oficiais emitidos pelo DEPRN, seus respecti-
vos modelos e finalidades.
Portaria DEPRN 4/96 - Estabelece normas para arquivo e tramitação dos AIA’s – Autos de
Infração Ambiental.
Portaria DEPRN 48/94 - Dispõe sobre a publicação no Diário Oficial do Estado da listagem
dos infratores ao meio.
Deliberação Consema 10/00 - “Recomenda à Secretaria Estadual do Meio Ambiente que, nos
licenciamentos de novos loteamentos, atente para a necessidade de preservação, ao longo das
Provimento 21/98 - Dá nova redação ao subitem 211.3 “c”, do Capítulo XX, Tomo II, das
Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça.
SUMÁRIO
1. Saneamento Ambiental
• Responsabilidades
• Resultados
2. Poluição
2.1. A poluição do ar
• Efeitos
• Camada de Ozônio
• O Efeito Estufa
• A Chuva Ácida
• Pontos Básicos
• O Que Fazer
• Classificações
• Periculosidade
• Classes de Risco
• Coleta Domiciliar
• Coleta de Entulhos
• As soluções Convencionais
• Recursos
• Resultados
6. O Lixo Nuclear
7. O Protocolo de Kioto
1. SANEAMENTO AMBIENTAL
A percepção de que a maior parte das doenças são transmitidas principalmente através do
contato com a água poluída e esgotos não tratados levaram os especialistas a procurar as soluções,
integrando várias áreas da administração pública. Nascia assim a idéia de saneamento, isto é, o ato
de tornar o espaço são, habitável, higiênico.
As ações de saneamento são uma série de medidas prévias que garantem a adequada ocu-
pação do solo urbano. Abrangem desde o abastecimento de água, o cuidado com a destinação de
resíduos sólidos e esgotamento sanitário, até obras de drenagem urbana, controle de vetores e
focos de doenças transmissíveis, e mesmo a preocupação com a melhoria das condições de habita-
ção e a educação sanitária e ambiental. De fato, atualmente, emprega-se o conceito mais adequa-
do de saneamento ambiental. Com o crescimento desordenado das cidades, no entanto, as obras
de saneamento têm se restringido ao atendimento de emergências: evitar o aumento do número
de vítimas de desabamento, contornar o problema de enchentes ou controlar epidemias de cólera
ou dengue.
Responsabilidades
As obras de coleta de esgotos receberam atenção apenas na década de 70, quando foi
empreendido um amplo plano de financiamento, contando com recursos do FGTS. O Planasa
– Plano Nacional de Saneamento, elaborado pelo governo federal, pretendia transferir para
Dentre os cerca de 1300 municípios que já dispunham de um órgão próprio para tratar das
questões de saneamento básico (46% deles localizados em São Paulo e Minas Gerais), mui-
tos conseguiram atingir, e mesmo ultrapassar, a meta de cobertura dos serviços de abaste-
cimento de água e esgotamento sanitário das CESBs, cobrando tarifas inferiores pelo serviço,
com uma estrutura mais enxuta e, em alguns casos, superavitária.
Nos últimos dois anos vêm vencendo os contratos de concessão firmados entre os municípios
e as CESBs. Alguns estão optando pela privatização total ou parcial dos serviços; outros,
renovaram seus contratos de concessão com as companhias estaduais; outros ainda,
resolveram assumir os serviços de saneamento, ressarcindo as CESBs pelos investimentos
realizados durante a concessão.
Os municípios que optaram por renovar as concessões com as CESBs, apesar de terem
garantido a continuidade dos serviços prestados, poderão vir a ter surpresas, visto que as
companhias estaduais também participam do plano de privatização do governo federal.
Ainda que só 0,1% do esgoto de origem doméstica seja constituído de impurezas de nature-
za física, química e biológica, e o restante seja água, o contato com esses efluentes e a sua
ingestão é responsável por cerca de 80% das doenças e 65% das internações hospitalares.
Atualmente, apenas 10% do total de esgotos produzido recebem algum tipo de tratamento,
os outros 90% são despejados in natura nos solos, rios, córregos e nascentes, constituindo-
Quanto ao tratamento, há várias opções atualmente disponíveis que devem ser avaliadas
segundo critérios de viabilidade técnica e econômica, além de adequação às características
topográficas e ambientais da região. Dependendo das necessidades locais, o tratamento
pode se resumir aos estágios preliminar, primário e secundário. No entanto, quando o
lançamento dos efluentes tratados se der em corpos d’água importantes para a população,
seja porque deles se capta a água para o consumo, seja porque são espaços de lazer,
recomenda-se também o tratamento terciário seguido de desinfecção, via cloração das águas
residuais.
O tratamento preliminar se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção dos
sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais grosseiros, como terra, areia e gordura
decantáveis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanitários. O tratamento
primário é a decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou por precipitação
química, o que requer o uso de equipamentos. Nesse estágio é gerado o lodo primário que
deve ser manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração antes
da sua disposição no solo. No tratamento secundário são removidos os sólidos finos suspensos
que não decantam, e são digeridos por bactérias.
Nos locais onde há maior concentração populacional, pode ser implementada uma combina-
ção entre o sistema condominial de coleta de esgoto e pequenas unidades de tratamento
coletivo. Nesses casos, o digestor anaeróbio de fluxo ascendente tem sido utilizado com
sucesso. Consiste num tanque de 3 metros de diâmetro por 2,5 metros (de profundidade)
suficiente para o tratamento do esgoto produzido por até 30 famílias. O digestor de fluxo
ascendente funciona como o filtro anaeróbio, e também não requer mão-de-obra especializada
para a sua operação. Além disso, o digestor gera um importante subproduto: o biogás resultante
do processo anaeróbio. Esse gás, que possui em sua composição cerca de 80% de metano,
é utilizado como combustível ou em fogões domésticos.
Os valos de oxidação são alternativa para o tratamento dos esgotos. São relativamente
simples, além de não necessitar de áreas grandes para instalação. Depois do tratamento
preliminar, o esgoto é conduzido para um pequeno canal circular construído em alvenaria
dentro do qual é posto em circulação, impulsionado por um aerador mecânico. Interrompendo-
se o processo de aeração, o canal pode funcionar como um decantador.
As lagoas de estabilização tratam os esgotos domésticos por processos naturais. São tan-
ques de pequenas profundidades para os quais o esgoto flui continuamente sendo consumido
pelas bactérias aeróbias e anaeróbias que aí se desenvolvem. A desvantagem é o fato de
requerem áreas relativamente grandes em relação às outras alternativas. Em geral o
tratamento dos esgotos em lagoas de estabilização é feito de forma combinada em lagoas
aeróbias, anaeróbias e facultativas. Pode-se ainda cogitar a instalação de aeradores para
acelerar o processo de digestão, e reduzir a área necessária.
Resultados
2. A POLUIÇÃO
A poluição pode ser entendida, de forma simplificada, como a emissão de resíduos sólidos,
líquidos e gasosos em quantidade superior à capacidade de absorção do meio ambiente. Esse
desequilíbrio interfere na vida dos animais e vegetais e nos mecanismos de proteção do planeta.
Dos diversos tipos de poluição (atmosférica, aquática, sonora, luminosa etc.), enfatizaremos
aquelas que mais sensível e amplamente nos afetam: a poluição do ar , ou atmosférica, e a poluição
da água.
2.1 A POLUIÇÃO DO AR
Nos grandes centros urbanos e industriais tornam-se freqüentes os dias em que a poluição
atinge níveis críticos.
Produtos como os aerossóis, espumas plásticas, alguns tipos de extintores de incêndio, ma-
teriais de isolamento de construção, buzinas de barcos, espumas para embalagem de ali-
mentos, entre vários outros liberam clorofluorcarbonos (CFCs).
Todos esses poluentes são resultantes das atividades humanas e são lançados na atmosfera.
Os efeitos
A emissão excessiva de poluentes provoca sérios danos à saúde como problemas respirató-
rios (bronquite crônica e asma), alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em
órgãos vitais e até câncer. Esses distúrbios agravam-se pela ausência de ventos no inverno
com o fenômeno da inversão térmica (ocorre quando uma camada de ar frio forma uma
parede na atmosfera que impede a passagem do ar quente e a dispersão dos poluentes).
Morreram em decorrência desse fenômeno cerca de 4.000 pessoas em Londres no ano de
1952.
No Brasil, dois exemplos de cidades totalmente poluídas são Cubatão e São Paulo.
Os principais impactos ligados ao meio ambiente são a redução da camada de ozônio, o efeito
estufa e a precipitação de chuva ácida.
A camada de ozônio protege a terra dos raios ultravioleta do sol, que são extremamente
prejudiciais à vida. Ela está situada na faixa de 15 e 50 km de altitude.
O Efeito Estufa
Esse efeito é semelhante a dos vidros fechados de um carro exposto ao sol. O vidro permite
a passagem dos raios solares, acumulando calor no interior do veículo, que fica cada vez mais
quente.
A Chuva Ácida
A queima incompleta dos combustíveis fósseis pelas indústrias e pelos veículos produzem o
gás carbônico junto com outras formas oxidadas do nitrogênio e do enxofre, que são libera-
dos para a atmosfera.
Juntando o dióxido de enxofre e o vapor d’água forma-se o ácido sulfúrico, que cai sobre a
superfície terrestre em forma de chuva.
As conseqüências disso são a acidez dos lagos, ocasionando o desaparecimento das espécies
que vivem neles, o desgaste do solo, da vegetação e dos monumentos.
• Incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa pelo menos dois dias, organi-
zando um sistema de caronas, e a utilizarem mais os transportes coletivos;
Uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na natureza. Suas
reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo
poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é
responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto
movido pela energia solar.
Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre,
formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água
- da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um
A água nunca é pura na natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons.
Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o
fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa
gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para comple-
tar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no
sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre
isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também
graves conseqüências aos seres humanos.
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir
o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para
lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos.
Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação
de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de
microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da
retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é
considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de
dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera,
esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a
água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles
agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos
vindos da erosão.
Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que
é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material
em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e
poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .
A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista
está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já
nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus
habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende
a prejudicá-los, pois essa omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às
indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da
ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal
poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a
cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente,
que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.
Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da “saúde das águas” cabe a nós,
brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua
capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional,
que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.
O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões
de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No
Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de
que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população
a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o seu tratamento e, com isso, a população
só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez
mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de
onde é retirada água pura. Esse é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer
tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da
água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal
grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita.
Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora
possível para esse problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi
misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência
pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.
Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para
que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para sobreviver nos próximos
milênios.
Reduzir, reutilizar e reciclar. Saiba o que fazer para contribuir para cada uma dessas metas e
dar, uma mãozinha, ao ambiente.
O que fazer
• Quando for às compras opte pela utilização de sacos de pano ou de rede. Caso seja
necessário, prefira os sacos de papel aos de plástico.
• Guarde os seus alimentos em recipientes que possa voltar a utilizar e não em folha
de alumínio ou filme plástico.
• Utilize a fração orgânica do seu lixo doméstico para fazer adubo para o seu jardim ou
horta, evitando os compostos químicos.
• Separe o lixo - esse é o princípio de uma boa recolha seletiva. Uma correta separa-
ção dos materiais torna o sistema mais eficiente e econômico; tenha um recipiente para
o papel, outro para o vidro, outro para as embalagens de metal e plástico e outro para
a fração orgânica. Depois deposite-os nos locais adequados.
• Sempre que tenha dúvidas sobre a colocação de um determinado material opte pela
sua colocação num caixote do lixo com material indiferenciado, um só material sujo ou
não adequado pode contaminar uma grande quantidade de embalagens.
• Não ponha nos locais de depósito seletivo objetos cortantes, produtos tóxicos, mal
cheirosos ou sujos.
• Não deite as pilhas usadas no lixo, existem locais próprios onde devem ser depositadas
(ecopontos).
• Pelos riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente: perigosos, não inertes e
inertes.
Periculosidade de um resíduo
• Resíduos classe II - Não Inertes: Não se enquadram como resíduos classe I - Perigosos
ou resíduos classe III - Inertes e podem ter as seguintes propriedades: combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade em água. Ex: matéria orgânica e papel.
• Resíduos classe III - Inertes: Não têm constituinte algum solubilizado em concentra-
ção superior ao padrão de potabilidade de águas. Ex: rochas, tijolos, vidros e certos
plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.
Coleta domiciliar
É o ato regular de recolher resíduos gerados nas atividades diárias nas residências e em
estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços, cujos volumes e carac-
terísticas sejam compatíveis com a legislação municipal vigente. Esse resíduo é constituído
por restos de alimentos (cascas de frutas, verduras, sobras, etc.), produtos deteriorados,
jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma
grande diversidade de outros itens. Contém, ainda, alguns resíduos que podem ser tóxicos.É
de responsabilidade das Prefeituras.
As pilhas e as lâmpadas fluorescentes são consideradas como resíduos perigosos por conte-
rem metais pesados que podem migrar e integrar-se à cadeia alimentar do homem.O motivo
de certos tipos de frascos de aerossóis serem considerados perigosos são os restos de subs-
tâncias químicas perigosas que alguns produtos contêm, quando descartados. Com o seu
rompimento, tais substâncias são liberadas e podem contaminar o meio ambiente, atingindo
as águas superficiais ou subterrâneas, ou migrando pelo ar.
• Corpos de animais;
Os resíduos dos serviços de saúde são classificados de acordo com a NBR 12808 de janeiro/
1998:
• Tipo B 2 - Resíduo químico perigoso: Esses resíduos são classificados como perigosos
à saúde humana, em função das suas características, como: patogenicidade, corrosividade,
reatividade, inflamabilidade, toxidade, explosividade e radioatividade
É a coleta de resíduos originados nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como
metalúrgica, química, petroquímica, alimentícia, etc. É bastante variado, podendo ser repre-
sentado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papéis, madeiras,
fibras, metais, borrachas, metais, escórias, vidros, etc. Nessa categoria, inclui-se a grande
maioria dos resíduos classe I - Perigosos. É de responsabilidade do gerador.
É a coleta dos resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária. Incluem embalagens
de fertilizantes e de defensivos agrícolas, rações, restos de colheitas, etc. Em várias regiões
do mundo, estes resíduos já constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enor-
mes quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva.As embalagens
de agroquímicos, geralmente altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica quanto
aos cuidados na sua coleta e destinação final. A tendência mundial, neste particular, é para a
co-responsabilidade da indústria fabricante nesta tarefa. É de responsabilidade do gerador.
Coleta de entulho
As Soluções Convencionais
Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado, comprimido e depois
espalhado por tratores em camadas separadas por terra. As extensas áreas que ocupam,
bem como os problemas ambientais que podem ser causados pelo seu manejo inadequado,
tornam problemática a localização dos aterros sanitários nos centros urbanos maiores, apesar
de serem a alternativa mais econômica a curto prazo.
Os incineradores, indicados sobretudo para materiais de alto risco, podem ser utilizados para
a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam menos espaço nos
aterros e reduz-se o risco de poluição do solo. Entretanto, podem liberar gases nocivos à
saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos municípios.
Coleta Seletiva
O fundamento desse processo é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (pa-
péis, vidros, plásticos e metais) do restante do lixo, que é destinado a aterros ou usinas de
compostagem.
A implantação da coleta seletiva começa com uma experiência-piloto, que vai sendo amplia-
da aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à popu-
lação, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando-a para que separe o lixo
em recipientes para cada tipo de material.
As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo são:
• Azul Papel/Papelão
• Amarelo Metais
• Vermelho Plásticos
• Verde Vidros
No Brasil, a norma NBR 13230, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, padroniza
os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens, visando facilitar
a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem.
A Reciclagem
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-
los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma série de atividades, na qual
materiais rejeitados são coletados, separados e processados para serem usados como matéria-
prima na manufatura de novos produtos.
Tipos de lixo
• Doméstico (alimentos)
• Hospitalar
Cerca de 88% do lixo doméstico vai para aterros sanitários. Menos de 3% do lixo vai para
usinas de compostagem (adubo). Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado.
A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano. O lixo hospitalar deve
necessariamente ser incinerado.
Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de
alumínio, de 80 a 100 anos. Porém esse material pode ser reaproveitado, transformando-se
em novo produto ou matéria-prima, sem perder suas propriedades.
Separar o lixo produzido nas residências é uma forma de contribuir para evitar a poluição, de
impedir que a sucata se misture a restos de alimentos e de possibilitar seu reaproveitamento pelas
indústrias. Assim, poupa-se o meio ambiente e contribui-se para o nosso bem-estar no futuro.
• Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore
seja cortada.
• Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo,
dificilmente o joga nas vias públicas.
Como Reciclar
• Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis, até a hora
da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o
armazenamento, sugere-se que se diminua o volume das embalagens de plástico e
alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.
A Reciclagem de Papel
Significa fazer papel empregando como matéria-prima papéis, cartões, cartolinas e pape-
lões, provenientes de:
A preocupação com o meio ambiente criou uma demanda por “produtos e processos amigos
do meio ambiente” e reciclar papel é uma forma de responder a essa demanda.
Os termofixos representam cerca de 20% do total consumido no país e, uma vez moldados,
não podem mais sofrer novo ciclo de processamento.
A conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de opera-
ções é conhecida como reciclagem secundária ou pós-consumo. Os materiais que se inse-
A Reciclagem de Metais
Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como o latão e
o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os dois últimos, assim como o cromo e o estanho,
são mais empregados na forma de ligas com outros metais, ou como revestimento deposita-
do sobre metais, como o aço.
A sucata pode ser reciclada mesmo quando enferrujada. Sua identificação e separação é
simples, particularmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido
às suas propriedades magnéticas.
A Reciclagem de Vidros
O vidro é um material não-poroso que resiste a temperaturas de até 150°C (vidro comum),
sem perda de suas propriedades físicas e químicas. Isto permite sua reutilização várias vezes,
para a mesma finalidade.
A Reciclagem de Pneus
Os pneus usados podem ser reutilizados após sua recauchutagem. Esta consiste na remoção
por raspagem da banda de rodagem desgastada da carcaça e na colocação de uma nova
banda. Após a vulcanização, o pneu “recauchutado” deverá ter a mesma durabilidade que o
novo. Há limites, entretanto, no número de recauchutagem que um pneu suporta sem afetar
seu desempenho.
Correspondem a entulhos não-recicláveis: solo, gesso, metal, madeira, papel, plástico, matéria
orgânica, vidro e isopor. Entulhos de papel e papelão, madeira e mesmo vidro e metal podem
ser selecionados e recolhidos para reutilização ou reciclagem.
Devido a seus componentes tóxicos, as pilhas podem também afetar a qualidade do produto
obtido na compostagem de lixo orgânico. Além disso, sua queima em incineradores também
não consiste em boa prática, pois seus resíduos tóxicos permanecem nas cinzas e parte deles
pode volatilizar, contaminando a atmosfera.
Os componentes tóxicos encontrados nas pilhas são: cádmio, chumbo e mercúrio. Todos
afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bioacumulativos.
O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia parcial e o
mercúrio pode também ocasionar mutações genéticas.
“As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus
compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou siste-
mas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que os contenham integrados
em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entre-
gues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência
técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importado-
res, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os procedimentos de
reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequado”.
A iniciativa privada atua na reciclagem apenas nas atividades mais lucrativas; procurar no-
vas formas para seu envolvimento que reduzam os gastos públicos é um desafio para as
prefeituras. Tais parcerias podem ocorrer através do fornecimento de cartilhas, folhetos e
sacos para o recolhimento do lixo, da colocação de postos de entrega, da organização da
coleta seletiva no interior de edifícios e instalações comerciais, da compra de materiais
reciclados ou mesmo da instalação de indústrias de reciclagem ou processamento primário,
mesmo que de pequeno porte. Parcerias com entidades da sociedade civil, através de
campanhas de esclarecimento, instalação de postos de entrega, organização e realização da
coleta e separação dos materiais, ampliam o alcance das ações e reduzem custos.
Resultados
6. O LIXO NUCLEAR
O lixo atômico é produzido em todos os estágios do ciclo do combustível nuclear, desde a minera-
ção do urânio até o reprocessamento de combustível nuclear irradiado. Grande parte desse lixo
permanecerá perigoso por milhares de anos, deixando uma herança mortal para as futuras gerações.
Como parte da operação de rotina de toda usina nuclear, alguns materiais residuais são despe-
jados diretamente no meio ambiente. Resíduo líquido é descarregado (como “água de resfriamento de
turbina”) no mar ou em rio próximo à usina; resíduos gasosos vão para a atmosfera.
Há três categorias de lixo atômico: resíduo de alto nível (HLW, de high level waste); resíduo de
nível intermediário (ILW, intermediate level waste); e resíduo de baixo nível (LLW, de low level waste).
O LLW pode ser definido como o resíduo que não requer blindagem durante o manuseio
normal e o transporte. O LLW consiste principalmente de itens, como roupas de proteção e equipa-
mentos de laboratório, que possam ter entrado em contato com material radioativo.
7. O PROTOCOLO DE KIOTO
Com a industrialização, diversos países transformaram-se em grandes poluidores. Por isso, a
situação ambiental vem piorando a cada ano, principalmente devido ao acúmulo do dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera. A alta concentração desses gases provoca o Efeito Estufa - os raios
solares que chegam a Terra têm mais dificuldades para sair, ficando retido o calor na atmosfera, o
que causa o aquecimento da superfície terrestre. O Efeito Estufa pode causar vários danos ambientais,
como enchentes (devido ao derretimento de calotas polares), prejuízos às atividades agrícolas e ao
desenvolvimento econômico.
Os líderes mundiais, cada vez mais conscientes sobre a gravidade da questão, sabem que,
para reverter esse processo danoso ao meio ambiente, será necessária a adoção de medidas em
conjunto, pelos diversos países. O assunto começou a ser discutido no início dos anos 90, com a
produção do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. E esteve na pauta da
Rio-92, quando foi aprovada a Convenção sobre Mudança Climática, estabelecendo estratégias de
combate ao efeito estufa, com o comprometimento de representantes de mais de 150 países. A
convenção deu origem ao Protocolo de Kioto.
O Protocolo de Kioto é o instrumento que deve implementar a Convenção das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas. Em 1997, representantes das nações se reuniram na cidade de Kioto,
no Japão, para uma conferência que resultou na elaboração de um acordo global, que prevê a
Para vigorar e adquirir o status de lei internacional, o documento precisa ser ratificado pelos
governos de diversos países. Porém, durante as negociações vários obstáculos impedem a aprova-
ção. O governo norte-americano, que responde por 25% da emissão de gases poluentes no mundo,
está em busca de medidas alternativas e não ratificou o tratado. O governo brasileiro ratificou o
acordo. Houve a aprovação, no primeiro semestre de 2002, pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal. Em julho de 2002, foi a vez do presidente Fernando Henrique Cardoso assinar a
adesão, oficializando a ratificação.
Após oito anos da assinatura do Protocolo de Kioto no Japão, o tratado internacional que
prevê a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa entra em vigor sem a partici-
pação dos Estados Unidos e da Austrália. A partir de 2006, os países signatários devem desenvol-
ver projetos para diminuir a taxa de emissão poluidora aos níveis de 1990, ou seja, 5,2% abaixo
dos níveis emitidos na época. Para atingir a meta, os países terão prazo que vai de 2008 a 2012.
Muitas vezes o aquecimento global é confundido com o efeito estufa. Embora relacionados,
são fenômenos diferentes. O efeito estufa é um processo natural, sem o qual a vida no planeta
estaria comprometida, pois sem esse efeito ele seria 30º mais frio.
O valor da taxa de emissão dos gases poluentes - 5,2% abaixo dos níveis de 1990 - gera
divergência entre os especialistas. Enquanto Carlos Nobre acredita que o valor determinado seja
pequeno para a estabilização do clima do planeta, David Zee diz que o número é um desafio para as
nações. “A redução em 5% dos níveis de 1990 é uma meta bem ousada e que vai requerer muitos
esforços. É um objetivo difícil, mas não impossível. Será preciso uma mudança de postura e muito
investimento em pesquisa para que seja atingido”.
Para Nobre, o Protocolo é apenas o primeiro passo para evitar o aquecimento da terra, mas
acredita que sem ele, não se chegaria a lugar algum. “Essa primeira iniciativa demonstrará a viabi-
lidade de reduzir as emissões e propiciar que se desenvolvam tecnologias mais limpas para a
produção de energia”, diz.
1. ECOLOGIA
O termo “Ecologia” foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em seu livro “Generelle
Morphologie des Organismen”, para designar “o estudo das relações de um organismo com seu
ambiente inorgânico ou orgânico, em particular o estudo das relações do tipo positivo ou amistoso
e do tipo negativo (inimigos) com as plantas e animais.”, com que aparece pela primeira vez em
Pontes de Miranda, 1924, “Introdução à Política Científica”. O conceito original evoluiu até o pre-
sente no sentido de designar uma ciência, parte da Biologia, e uma área específica do conhecimento
humano que tratam do estudo das relações dos organismos uns com os outros e com todos os
demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambiente.
“Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hábitat. Ecologia é a ciência
que estuda a dinâmica dos ecossistemas. É a disciplina que estuda os processos, interações
e a dinâmica de todos os seres vivos com cada um dos demais, incluindo os aspectos econô-
micos, sociais, culturais e psicológicos peculiares ao homem. É um estudo interdisciplinar e
interativo que deve, por sua própria natureza, sintetizar informação e conhecimento da mai-
oria, senão de todos os demais campos do saber. Ecologia não é meio ambiente. Ecologia não
é o lugar onde se vive. Ecologia não é um descontentamento emocional com os aspectos
industriais e tecnológicos da sociedade moderna” (Wickersham,1975).
“É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as interações, de qual-
quer natureza, existentes entre esses seres vivos e seu meio” (Dajoz, 1973).
“Ciência das relações dos seres vivos com o seu meio... Termo usado freqüente e errada-
mente para designar o meio ou o ambiente” (Dansereau, 1978).
“...o ramo da ciência concernente à inter-relação dos organismos e seus ambientes, manifes-
tada em especial por: ciclos e ritmos naturais; desenvolvimento e estrutura das comunida-
des; distribuição geográfica; interações dos diferentes tipos de organismos; alterações de
população; o modelo ou a totalidade das relações entre os organismos e seu ambiente”
(Webster`s, 1976).
“Parte da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou ambiente em que
vivem, bem como suas recíprocas influências. Ramo das ciências humanas que estuda a
estrutura e o desenvolvimento das comunidades humanas em suas relações com o meio
ambiente e sua conseqüente adaptação a ele, assim como os novos aspectos que os proces-
sos tecnológicos ou os sistemas de organização social possam acarretar para as condições de
vida do homem” (Ferreira, 1975).
“Disciplina biológica que lida com o estudo das inter-relações dinâmicas dos componentes
bióticos e abióticos do meio ambiente” (USDT, 1980).
A Ecologia como ciência não tem um início muito bem estabelecido. Na Grécia antiga, um
discípulo de Aristóteles, Teofrasto, foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e
com o meio. As bases posteriores para a Ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos
dos fisiologistas sobre plantas e animais.
No correr das últimas décadas, os ecologistas têm observado suas áreas de trabalho desapa-
recerem ou serem degradadas. Isso coincidiu com o nascimento do movimento ambientalista.
Hoje, uma nova geração de ecologistas está motivada não somente pelo desejo de entender
a natureza, mas também pelo desejo de restaurar e proteger os ambientes que têm sido estuda-
dos. Isso não somente mudou a direção do estudo ecológico, mas também forçou muitos cientistas
a entrarem nas áreas política, sociológica e econômica.
“A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza.
Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado
entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da
vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará” (Trecho da
carta do Cacique Seattle ao Presidente dos EUA em 1885.
A Ecologia Natural
O termo Ecologia foi cunhado pelo biólogo alemão Ernst Haeckel na segunda metade do
século XIX, para designar uma nova área de conhecimento voltado à compreensão ”do conjunto
das relações mantidas pelos organismos com o mundo exterior ambiente, com as condições orgâni-
cas e inorgânicas da existência; o que denominamos a economia da natureza, as relações mútuas
de todos os organismos vivendo num mesmo local, sua adaptação ao meio que os circunda, sua
transformação através da luta pela vida”.
A etimologia do termo (do grego oikos = casa e logos = estudo) sugere o estudo do “lugar
onde se vive”, pensado em diversas escalas - da casa onde moramos à ecosfera - esse “lar” que
compartilhamos com bilhões de outros seres vivos - e levando-se em conta toda a diversidade de
aspectos materiais, biológicos, humanos e sociais. Refere-se, ainda, ao ambiente natural e baseia-
se no conceito de ecossistema, definido por Pierre Dansereau como ”um meio, mais ou menos
O pensamento sobre a Ecologia e a evolução foi recentemente enriquecido com a teoria Gaia,
que considera a própria Terra como um ser vivo, no qual a vida se auto-regula e protege o planeta.
A biosfera regula a composição química do ar, a temperatura da superfície da Terra e o meio
ambiente planetário.
A Ecologia Cósmica
A Ecologia Energética
A maior parte dos animais consome vários alimentos e as cadeias alimentares se sobrepõem
com diversas outras, como parte do ciclo da vida na Terra. Quando morre um ser vivo, as bactérias
o decompõem em substâncias orgânicas e inorgânicas, usadas pelos vegetais para alimentar-se. O
homem está entre as espécies que absorvem energia de vários desses elos da cadeia alimentar.
Como a cada transferência de um nível para outro, grande parte da energia é degradada, quanto
maior a cadeia alimentar, menor será a energia disponível.
A demanda por alimentos que se encontram no alto da cadeia alimentar - constituídos pelos
produtos de origem animal - consome grande quantidade de recursos naturais e pesticidas, motiva
os fazendeiros a expandir as áreas destinadas a pastagens, provoca a destruição de florestas e
perdas de solo fértil. Assim, o consumo de carne e de produtos animais, que se encontram no topo
da cadeia alimentar, provoca grande pressão sobre os recursos naturais.
É realidade conhecida há milênios, por povos que adotaram o vegetarianismo como hábito
alimentar, que as dietas vegetarianas são poupadoras de espaço, dos recursos naturais e do meio
ambiente, conseguindo, com baixo uso de recursos naturais, um alto rendimento energético ali-
mentar dessas populações.
De outra parte, a civilização do combustível fóssil, iniciada no século XIX, teve seu apogeu no
ano 2000 e tende a declinar em poucas décadas, exigindo que as sociedades alterem sua matriz
energética, em direção a energias renováveis e com baixo impacto ambiental.
A qualidade de vida e a qualidade ambiental dependem da forma como se realiza essa transfor-
mação, dos tipos de necessidades que se pretende satisfazer, dos processos de produção e de consumo.
A Ecologia Cultural
Nesse caminho, o ser humano passou por diversas etapas na sua relação com o ambiente,
desde a coleta, a caça e pesca, o pastoreio, a revolução agrícola, a revolução industrial, a urbaniza-
ção, evoluindo nesta etapa atual para o controle climático e a fuga exobiológica, ou a transmigração,
já prenunciada pelas viagens espaciais.
O meio ambiente influencia e modifica as pessoas que nele habitam. Estas, por sua vez, nele
intervêm, construindo, projetando, transformando. A Ecologia cultural estuda a influência recíproca
entre o ser humano e seu meio, considerando o ambiente como um produto cultural, que reflete as
percepções, valores, atitudes e comportamentos dos indivíduos e grupos.
A Ecologia Política
A ecologia política estuda as relações de poder entre os diversos atores sociais e como
essas relações determinam as escolhas, as prioridades e as tomadas de decisão. Desenvolve méto-
dos preventivos ou corretivos de lidar com os conflitos de interesses, em torno da apropriação dos
recursos naturais pelos diversos grupos sociais. Esse campo da ecologia tem importância crucial, já
que, à medida que os recursos naturais se esgotam ou tornam-se mais disputados - o uso múltiplo
da água é um exemplo -, os conflitos de interesses tendem a crescer e a se acirrar. Caso não sejam
administrados proativamente ou preventivamente, tais conflitos podem levar à eclosão da violência
ou agravar as injustiças sociais.
A Ecologia Social
Ecologia urbana
“Estudo científico das relações biológicas, culturais e econômicas entre o homem e o meio
ambiente urbano, que se estabelecem em função das características particulares dos mesmos e das
transformações que o homem exerce através da urbanização” (SAHOP, 1978).
A Ecologia industrial constitui a ramificação da Ecologia que busca prevenir a poluição, pro-
mover a reciclagem e a reutilização de resíduos, o uso eficiente dos recursos e insumos para a
produção, bem como estender a vida dos produtos industriais. Também busca configurar parques
eco-industriais integrados, nos quais os resíduos ou efluentes de uma indústria sirvam como insumos
e matérias-primas para a produção, num empreendimento vizinho. A promoção da ecoeficiência, a
adoção de tecnologias limpas e de processos de produção e de gestão com qualidade, segurança e
consideração com a saúde dos trabalhadores e dos consumidores, são parte do desafio da ecologia
industrial.
A Ecologia de paisagens lida, de forma integrada, com as paisagens naturais e aquelas produ-
zidas pela ação humana. Assim, trabalha articuladamente com a ecologia urbana, industrial e rural,
bem como com as demais relações que rebatem no território e no uso e ocupação do solo, levando
em conta as relações físicas, químicas e biológicas dos elementos da natureza.
A espécie humana tem demonstrado crescente capacidade de influir nas condições climáticas
e ambientais, produzindo fenômenos como o efeito estufa ou o buraco na camada de ozônio, com
efeitos e repercussões sobre a paisagem e sobre a sua própria saúde e qualidade de vida.
O ambiente interno do corpo humano relaciona-se com o ambiente externo: há quem veja
analogias entre o sistema circulatório sangüíneo e o sistema hidrográfico, ambos podendo ser
poluídos seja pelo colesterol, seja pelo lixo, seja pelos esgotos e detritos industriais. A flora intes-
Por outro lado, a percepção ambiental é afetada pela formação, pelos valores, conhecimen-
tos e interesses do observador, que destaca os elementos que mais lhe interessam e filtra o que é
percebido, realçando certos aspectos e omitindo outros. A percepção sensorial por meio dos senti-
dos - visão, audição, olfato, tato, paladar - é limitada e seus limites podem ser estendidos pelos
instrumentos científicos e tecnológicos. Assim, em função de sua formação profissional e história de
vida, cada indivíduo tende a valorizar determinados aspectos da paisagem e do ambiente em que
vive ou trabalha.
O ambiente sofre os efeitos do comportamento e das atitudes, dos estilos de vida individuais
e sociais. Os padrões de consumo de alimentos, de materiais de construção, de vestuário, de
objetos que dependem de recursos naturais para sua produção, produzem impactos e pressões
sobre a natureza. Cada indivíduo, país ou sociedade, ao adotar seu estilo de vida, é responsável
pelos impactos que produz sobre o ambiente.
A ética ecológica oferece visão alternativa sobre a cultura, a ciência, a tecnologia e a nature-
za, e valores que podem redirecionar atitudes e comportamentos destrutivos, transformando-os
em ações amigáveis em relação à vida e à natureza.
3. BIOMA
Em ecologia, chama-se bioma a uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora e suas
interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar. Área biótica é a área geográfica ocupada
por um bioma. O bioma da Terra compreende a biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais vegetações
predominantes. É influenciado pelo macro clima, tipo de solo, condição do substrato e outros fatores
físicos, não havendo barreiras geográficas; ou seja, independente do continente, há semelhanças das
paisagens, apesar de poderem ter diferentes animais e plantas, devido à convergência evolutiva.
• Terrestres ou continentais
• Aquáticos
Nas partes mais altas, a extensão da biosfera á limitada pela falta de água líquida e pela baixa
pressão parcial e dióxido de carbono. Nas montanhas, plantas clorofiladas não podem viver à uma altura
maior do que 6220 metros (como o Himalaia). A área montanhosa da biosfera é chamada zona eólica.
Se os fatores limitantes da biosfera são a água líquida e a luz solar, o ótimo da vida situa-se
na interface dos ambientes. Pesquisas em fotossíntese mostraram que a maior produção de maté-
ria orgânica é sempre atingida pelas plantas que sejam capazes de utilizar as três fases: sólida,
líquida e gasosa. Numerosos esforços foram feitos para compreender e estimar a produção inicial
da biosfera. As enormes áreas da Terra são de baixa produção em virtude de fatores limitantes
como água (em desertos) ou nutrientes (em mar aberto). Embora a área terrestre seja cerca que
1/4 da área total do Globo, ela ultrapassa os oceanos em produtividade porque a maior parte das
águas oceânicas é “desértica”.
Em grandes áreas marinhas, análises de avaliações de valores médios mostram que a produti-
vidade flutua entre dois valores: de 200 a 20000 quilocalorias por metro quadrado por ano, enquanto
que a produtividade média da Terra como um todo é de cerca de 1018 quilocalorias por ano.
A circulação dos elementos químicos gerais não necessita parar nos limites da biosfera para
existir. Os padrões desses processos podem ser diferentes. O leito oceânico move-se lentamente
para faixas orogenéticas nas partes distantes dos continentes. O cálcio retorna à terra. Aparente-
mente a circulação só é terminada após algumas centenas de milhões de anos. Sabe-se que a
circulação do fósforo é como a circulação do cálcio, e a circulação do nitrogênio é semelhante à do
carbono, embora haja mais nitrogênio na atmosfera.
5. BIOCENOSE
O termo Biocenose foi criado por Karl Möbius, em 1877, por ocasião do estudo empreendido
sobre os bancos de ostras e os organismos a elas associados. Abaixo são citados alguns trechos da
definição original (traduzida do alemão) é a seguinte:
“A Biocenose é um grupamento de seres vivos que correspondem por sua composição, pelo
número de espécies e dos indivíduos, a certas condições médias do meio, grupamento de
seres ligados por dependência recíproca e que se mantém reproduzindo-se em certo lugar de
maneira permanente”...”Se uma das condições desviar-se durante certo tempo da média
habitual, a Biocenose inteira seria transformada”...”A Biocenose seria igualmente transfor-
mada se o número de indivíduos de uma dada espécie aumentasse ou diminuísse por inter-
médio do homem, ou então se uma espécie desaparecesse totalmente da comunidade, ou se
uma outra nela entrasse”(Möbius, 1877).
6. BIÓTOPO
“O Biótopo é uma área geográfica de superfície e volume variáveis, submetida a condições
cujas dominantes são homogêneas” (Pères, 1961).
“O Biótopo é uma extensão de área física mais ou menos bem delimitada contendo recursos
suficientes para poder assegurar a conservação da vida” (Davis, 1960).
“O Biótopo pode ser de natureza inorgânica ou orgânica (no caso dos parasitos)”... “A noção de
Biocenose é inseparável da noção de Biótopo; dá-se esse nome ao espaço físico ocupado pela
Biocenose”...”A Biocenose e seu Biótopo constituem portanto dois elementos inseparáveis que rea-
gem um sobre o outro para produzir um sistema mais ou menos estável, que recebeu o nome de
Ecossistema”... noutras palavras, o Ecossistema tem dois componentes, um orgânico, a Biocenose
que o povoa, o outro, orgânico ou inorgânico, o Biótopo que suporta essa Biocenose”(Dajoz, 1971).
Animais e plantas tiram energia de sua alimentação. As plantas usam a energia do Sol para
sintetizar seu próprio alimento - são os produtores, ou a origem. Os animais não podem fazer sua
própria comida, por isso têm de comer plantas ou outros animais - são os consumidores. Como os
animais comem mais do que um tipo de alimento, fazem parte de várias cadeias alimentares.
Diversas cadeias podem ser unidas em uma trama alimentar.
Em uma cadeia alimentar cada ser vivo é alimento para o seguinte, como as plantas para o
coelho e o coelho para a raposa. As cadeias têm apenas três ou quatro elos, porque no quarto toda
a energia foi usada.
8. NÍVEIS TRÓFICOS
Pode-se estudar uma comunidade agrupando os seres vivos em níveis de alimentação: os
níveis tróficos (de trofi, nutrição em grego). Os níveis tróficos baseiam-se na biomassa dos seres
vivos no mesmo estágio, ou na quantidade de energia estocada por um grupo em certo ponto.
9. TRAMA ALIMENTAR
Uma trama alimentar inclui seres vi-
vos de diversos ecossistemas. Na teia ali-
mentar abaixo, de uma comunidade em um
lago, alguns animais e plantas vivem na água
e outros na terra. A origem (produtores) da
cadeia alimentar são as plantas aquáticas e
plâncton, comidos por herbívoros
(comedores de plantas). Os herbívoros são
comidos por carnívoros (comedores de car-
ne), como peixes e mamíferos. Uma mudan-
ça no número de espécies em um dos elos
afeta toda a trama.
Como se pode notar, os ecossistemas possuem uma constante passagem de matéria e ener-
gia de um nível para outro até chegar aos decompositores, os quais reciclam parte da matéria total
utilizada nesse fluxo. A esse percurso de matéria e energia, que se inicia sempre por um produtor e
termina em um decompositor, chamamos de cadeia alimentar.
Obrigatoriamente, para existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produtores e
os decompositores. Entretanto, não é isso o que acontece na realidade, pois outros componentes
estão presentes.
Dessa forma, a melhor maneira de se estudar uma cadeia alimentar é através do conheci-
mento dos seus componentes, ou seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os
componentes de todas as cadeias de uma forma geral podem ser enquadrados dentro das seguintes
categorias:
• Produtores - são todos os seres que fabricam o seu próprio alimento, através da
fotossíntese, sendo nesse caso as plantas, sejam elas terrestres ou aquáticas;
Em um ecossistema aquático, como uma lagoa por exemplo, poderíamos estabelecer a se-
guinte seqüência:
A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conse-
guem manter-se. A transformação (conversão) da energia luminosa para energia química, que é a
única modalidade de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um ecossistema,
sejam eles produtores, consumidores ou decompositores, é feita através de um processo denomi-
nado fotossíntese. Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por microorganismos -
é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.
Muitas vezes temos a impressão que a Terra recebe uma quantidade diária de luz, maior do
que a que realmente precisa. De certa forma isso é verdade, uma vez que, por maior que seja a
eficiência nos ecossistemas, os mesmos conseguem aproveitar apenas uma pequena parte da ener-
gia radiante. Existem estimativas de que cerca de 34% da luz solar seja refletida por nuvens e
poeiras; 19% seria absorvida por nuvens, ozônio e vapor de água. Do restante, ou seja 47%, que
chega a superfície da terra, boa parte ainda é refletida ou absorvida e transformada em calor, que
pode ser responsável pela evaporação da água, no aquecimento do solo, condicionando dessa
forma os processos atmosféricos. A fotossíntese utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da
energia total que alcança a superfície total. É importante salientar, que os valores citados acima são
valores médios e não específicos de alguma localidade. Assim, as proporções podem - embora não
muito - variar de acordo com as diferentes regiões do País ou mesmo do Planeta.
E por que isso ocorre? A explicação para esse decréscimo energético, de um nível trófico para
outro, é o fato de cada organismo necessitar de grande parte da energia absorvida para a manuten-
ção das suas atividades vitais, tais como divisão celular, movimento, reprodução, etc. O esquema a
seguir mostra as proporções em biomassa, de um nível trófico para outro. Podemos notar que a
medida que se passa de um nível trófico para o seguinte, diminuem o número de organismos e
aumenta o tamanho de cada um (biomassa).
Na natureza, além dos processos de formação dos solos, existem outros, principalmente
derivados da ação dos agentes erosivos, que atuam em sentido contrário. Normalmente, produz-se
uma harmonia entre a ação de uns e de outros, estabelecendo-se um equilíbrio entre os mecanis-
mos de “desgaste” e de “formação” do solo. Nos ambientes semi-áridos e tropicais, esse equilíbrio
é muito frágil e fácil de se romper, na maioria das vezes em prejuízo do solo. Nas zonas semi-áridas,
onde há áreas de cultivo de algodão irrigado, o homem interfere de forma decisiva sobre esse
equilíbrio e muitas vezes o desnivela a favor dos mecanismos de desgaste.
Textura
Para simplificar as análises, principalmente quanto às práticas de manejo, os solos são agru-
pados em três classes de textura:
Solos de Textura Arenosa (Solos Leves) - Possuem teores de areia superiores a 70% e o de
argila inferior a 15%; são permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de
baixo teor de matéria orgânica. Altamente susceptíveis à erosão, necessitando de cuidados
especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas
conservacionistas. São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capaci-
dade de retenção de água o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e
conseqüentemente elevadas perdas por percolação.
Solos de Textura Média (Solos Médios) - São solos que apresentam certo equilíbrio entre os
teores de areia, silte e argila. Normalmente, apresentam boa drenagem, boa capacidade de
retenção de água e índice médio de erodibilidade. Portanto, não necessitam de cuidados
especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação.
Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados) - São solos com teores de argila superiores a
35%. Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água. Esses solos apre-
sentam maior força de coesão entre as partículas, o que além de dificultar a penetração,
facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização. Embora
sejam mais resistentes à erosão, são altamente susceptíveis à compactação, o que merece
cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, com
relação ao qual o solo deve estar com consistência friável. Apresentam restrições para o uso da
irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa.
Porosidade do Solo
É constituída pelo espaço poroso, após o arranjo dos componentes da parte sólida do solo e
que, em condições naturais, é ocupada por água e ar.
As areias retêm pouca água, porque seu grande espaço poroso permite a drenagem livre da
água dos solos. As argilas absorvem, relativamente, grandes quantidades de água e seus menores
espaços porosos a retêm contra as forças de gravidade. Apesar dos solos argilosos possuírem maior
capacidade de retenção de água que os solos arenosos, essa umidade não está totalmente disponí-
vel para as plantas em crescimento. Os solos argilosos (e aqueles com alto teor de matéria orgâni-
ca) retêm mais fortemente a água que os solos arenosos. Isto significa mais água não disponível.
Muitos solos do Brasil e da região tropical, apesar de terem altos teores de argila, compor-
tam-se, em termos de retenção de água, como solos arenosos. São solos com argilas de baixa
atividade (caulinita e sesquióxidos), em geral altamente porosos. Muitos Latossolos sob cerrado
apresentam essa característica.
Profundidade do Solo
Solos Rasos - Normalmente, a camada arável não alcança os 20cm de profundidade, o que
dificulta o crescimento das culturas. Além do pequeno espaço disponível para as plantas
explorarem suas necessidades nutricionais e orgânicas, esses solos tanto podem encharcar
facilmente provocando anorexia às plantas, como podem secar rapidamente, provocando
estresse hídrico. Esse tipo de solo, geralmente, apresenta altos índices de erodibilidade,
devendo ser revolvido o mínimo possível.
Solos Profundos - Geralmente sua camada arável se aprofunda em mais de 60cm, onde as
raízes têm um largo espaço para buscar alimentos e as plantas não sentem tanto o excesso
de chuvas nem o déficit de água. Esse tipo de solo facilita as técnicas de preparo e de manejo
do solo, além de aumentar a eficiência do uso da água de irrigação.
Capacidade de uso
A capacidade de uso do solo pode ser expressa como sua adaptabilidade para fins diversos,
sem que sofra depauperamento pelos fatores de desgaste e empobrecimento, através de cultivos
anuais, perenes, pastagem, reflorestamento e vida silvestre.
Com respeito à avaliação de terras para desenvolvimento agrícola, existem inúmeros siste-
mas de classificação, em que diversas modalidades de interpretação podem ser realizadas em
função do seu objetivo. Assim sendo, o uso mais conveniente que se deve dar ao solo depende da
localização, do tamanho da propriedade, da quantidade da terra para outros fins, da disponibilidade
e localização de água, da habilidade do proprietário e dos recursos disponíveis.
Um fator adverso para a capacidade de uso do solo é a erosão, pois destrói o maior patrimônio
do homem, que é o solo, provocando problemas de natureza:
• Social: é fator favorável ao êxodo rural, pois, diante dos baixos rendimentos, o agri-
cultor busca nas cidades a realização do sonho de uma vida melhor.
Coordenação geral
Coordenação técnica
Roberto Luckner