CADERNINHO
CADERNINHO
CADERNINHO
pediatria
ADENOMEGALIAS .......................................................................................................................... 2
AFOGAMENTO............................................................................................................................... 4
ANAFILAXIA ................................................................................................................................... 5
ANEMIA FALCIFORME ................................................................................................................... 7
ANTIBIÓTICOS................................................................................................................................ 9
ARRITMIAS................................................................................................................................... 13
CETOACIDOSE DIABÉTICA............................................................................................................ 15
CORPO ESTRANHO ...................................................................................................................... 16
CRISE CONVULSIVA ..................................................................................................................... 18
CRUPE VIRAL................................................................................................................................ 21
DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA ................................................................................................. 22
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS ............................................................................................. 23
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS....................................................................................................... 26
DVP- COMPLICAÇÕES .................................................................................................................. 27
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS ........................................................................................................ 28
DOR TESTICULAR ......................................................................................................................... 29
FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS .......................................................................................... 30
GECA ........................................................................................................................................... 31
HIPOGLICEMIAS ........................................................................................................................... 34
INTUBAÇÃO EM SEQUÊNCIA RÁPIDA EM PEDIATRIA ................................................................. 35
INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO.................................................................................................. 38
MENINGITE .................................................................................................................................. 39
OTITE MÉDIA AGUDA .................................................................................................................. 40
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ................................................................................................ 41
PAROTIDITE ................................................................................................................................. 43
PNEUMONIA................................................................................................................................ 44
QUEIMADURAS ........................................................................................................................... 48
SEPSE ........................................................................................................................................... 50
SINCOPE....................................................................................................................................... 53
SINUSITE ...................................................................................................................................... 55
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS ..................................................................................................... 56
SÍNDROME NEFRÍTICA ................................................................................................................ 58
SÍNDROME NEFRÓTICA ............................................................................................................... 58
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO .................................................................................................... 60
1
ADENOMEGALIAS
- Os linfonodos não são palpáveis nos recém-nascidos;
- Normal:
- Quadros que não apresentam redução a partir de 4-6 semanas ou que não se normalizam em
8-12 semanas tem indicação de biópsia;
2
História + Exame físico
+ Exames se necessários
Diagnóstico etiológico
Causa desconhecida
confirmado
Diagnóstico
Indefinido Não Sim
Não Sim
Biópsia se ausência de
melhora
Biópsia
Observar evolução por 4-8
semanas
Biópsia se ausência de
melhora
3
AFOGAMENTO
Definição: asfixia por imersão ou submersão em qualquer meio líquido
Atendimento hospitalar:
Avaliar presença de hipóxia (gasometria arterial). Em caso positivo, manter O2 com máscara 15
L/min
Sinais de deterioração respiratória: IOT precoce e ventilação mecânica, mantendo SaTO2 por
volta de 92 a 96%.
Complicações respiratórias: SDRA: tratamento deve ser com VM protetora precoce (VC <ou = 6
ml/kg, Platô 30 cm H2O e PEEP adequada), utilização de doses baixas de CE (metilpred-
1mg/kg/d por 28 dias).
Edema agudo de pulmão: ocorrência é comum, causada por excesso de volume. Tomar
cuidado na hidratação do paciente. Adm de diuréticos pode ser necessária.
Pneumonia: não é incomum, porém ATB profilático não mostra benefício, pode ser
considerado em vítimas de afogamento em águas contaminadas como em esgotos.
4
ANAFILAXIA
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de anafilaxia é eminentemente clínico. Embora ainda seja pouco
utilizada na prática clínica, a dosagem de triptase plasmática, pode auxiliar na confirmação do
diagnóstico de anafilaxia. Para confirmação da etiologia são necessários exames
complementares, porém nesta situação emergencial, a dosagem de imunoglobulina E (IgE)
sérica específica no momento da reação pode ser negativa, por isso deve ser realizada
posteriormente e é útil para a educação do paciente e a instituição de medidas terapêuticas.
3 – Redução da pressão arterial (PA): em crianças PA baixa para a idade, ou queda de 30% na
PA sistólica. Em adolescentes e adultos: PA < 90 mmHg ou queda > 30% na PA sistólica.
O diagnóstico diferencial de anafilaxia deve ser feito com a reação vasovagal que é a
causa mais frequente de confusão e caracteriza-se por sudorese, náusea, hipotensão, e
bradicardia (na anafilaxia temos taquicardia, ocorrendo bradicardia apenas em situações pré
falência cardiorrespiratória) e ausência de sintomas cutâneos como urticária/angioedema.
Outras doenças menos frequentes que merecem atenção quanto ao diagnóstico diferencial
são: mastocitose sistêmica, angioedema hereditário; feocromocitoma, síndrome carcinoide
etc.
TRATAMENTO
Observação clínica: casos leves - mínimo de 6-8 hs; casos graves, 24-48 hs.
Reações bifásicas podem ocorrer entre 8 e 12 horas após o episódio agudo, em 10%
dos casos.
Os corticosteroides, quer por via oral ou parenteral são tradicionalmente
administrados, porém têm pouca ou nenhuma ação no tratamento agudo da anafilaxia.
Paciente em uso de beta-bloqueador pode necessitar de doses maiores de adrenalina
para o mesmo efeito. Nestes casos, o ideal é utilizar glucagon: 5-15 μg/minuto EV (infusão
contínua).
5
NA ALTA
6
ANEMIA FALCIFORME
CVO
Primeira manifestação em lactentes com AF pode ocorrer como dactilite isquêmica (edema
doloroso de mãe e pés).
>6 m: membros e região lombar são mais comumente acometidos.
QC: dor, edema, aumento da temperatura local, redução da mobilidade, em geral sem
febre, início abrupto, caráter migratório, com duração de algumas horas a alguns dias.
Desencadeantes: infecção, desidratação, variação da temperatura, hipóxia, fatores
ambientais.
DxD: osteomielite, pioartrite, sinovite.
Solicitar: HMG, reticulócitos, HMC e PCR (se febre), VHS, reserva, BTF, DHL.
Tratamento: analgesia + hidratação SF 0,9% 10-20ml/Kg
Dor leve: dipirona sódica 0,05 ml ou 25mg/Kg (1 amp 2ml = 1g; máximo 4g/dia) EV
Leve a Moderada: tramal 1mg/kg/dose (máximo 5mg/kg/dia) EV
Moderada a grave: morfina 0,1 a 0,15 mg/kg/dose EV
7
STA
Febre
Dor torácica
Taquipneia, sibilância, tosse, dispneia, desconforto respiratório
Hipoxemia (<94% ou queda de 3% da satO2 basal)
Leucocitose (>20.000)
Tratamento:
FSSL na AF
- Conduta:
8
ANTIBIÓTICOS
-AMICACINA IM/EV
15-20 mg/kg/dia ( 2-3x) - dose máx. 1,5 g/dia
Aminoglicosídeo indicado p/ infecções graves por gram negativos (infecções hospitalares)
S: E. coli, pseudomonas, proteus, enterobacter, salmonela, shigela, s. aureus/epidermidis, H.
influenzae.
*nefro/ototoxico.Nível sérico no 6º dia e de 5/5 dias - basal 5-10/ pico 20-30.
- CEFALOTINA EV/IM
80-160 mg/kg/dia (x4-6) - máx 12 g/ dia
Cefalosporina de 1ª geração, não penetra SNC, não usar em OMA, sinusite ou PNM por haver
alternativas melhores.
S: estrepto, pneumococo, estafilo, moraxella, listeria, treponema, lepstospira, pertussis.+-
E.coli, klebsiela, shigella, salmonella.
-CEFOTAXIMA EV/IM
50-100 mg/kg/dia (3-4x)
pnm: 150- 200 mg/kg/dia (3x) 7-10 dias/ sepse ou meningite: até 300 mg/kg/dia (4x)
max 12g/dia- 1-2 g/dose
Cefalosporina de 3ª geração, semelhante a ceftriaxone.Infecções ósses, articulares, meníngeas
e quadros de sepse.Droga de escolha na sepse neonatal (+ ampi)
S: Haemophilus, enterobacter, serratia, Klebsiela, E. coli, Salmonela, Shigela, gram + (melhora
do que outras cefalo de 3ª), stafilo aureus (oxa S), 30% cepas de pseudomonas.
9
-CEFTRIAXONE IM/EV
grave/sepse> 80-100 mg/kg/dia meningite 100-160 mg/kg/dia
pneumonia 75 mg/kg/dia epiglotite: 50-100 mg/kg/dia
OMA dose única 50 mg/kg
Cefalo de 3ª geração, parecido com cefotaxima.
S: N. meningitidis, H. influenzae, gonococo, enterobacter, klebsiela, shigella, E. coli, salmonela,
proteus, moraxella, gram +.
*Contra-indicado em RN < 15 dias, icterícia neonatal importante, colestase, abcesso cerebral
ou ventriculite.
-CEFEPIME IM/EV
50 mg/kg/dose (2-3x/dia) - máx 2 g/dia
neutropenia febril/pseudomonas no fibrocístico: 150 mg/kg/dia ( 3x)
Cefalosporina de 4ª geração.Infecções hospitalares por pseudomonas, tratamento da
neutropenia febril, tratamento empírico de meningite.
S:E. coli, proteus, esterobacter, pseudomonas, Haemophilus, Stafilo oxa S, Gram +
-CLINDAMICINA cp 150-300 mg ou EV
10-30 mg/kg/dia (3-4x) - máx 2 g/dia VO
25-40 mg/kg/dia (3-4x)- mín 300 mg/dia EV
Macrolídeo p/ infecção por anaeróbios, geralmente associado a aminoglicosídeo ou
cefalosporina.Boa concetração em abcessos e ossos.
S: anaeróbios, S. pyogenes/viridans,pneumococo, s/ aureus,s. epidermidis,toxoplasma, malarie
*não penetra SNC, contra indicado em diarréia prévia, colite crônica
-GENTAMICINA IM/EV
10
6-7,5 mg/kg/dia (1-3x) / fibrose cística 10-12 mg/kg/dia (2-3x) - máx 300 mg/dia
Aminoglicosídeo, infecções por gram negativos.
S: E. coli, pseudomonas, proteus, klebsiela, enterobacter, serratia, salmonella, shigella,
enterococos, s. aureus/epidermidis, H. influenzae.Sinergia c/ penicilina contra enterococos.
*nefro/ototoxico.Nível sérico 9º dia e 5/5 dias- basal 1-2/ pico 5-10 (se 3x/dia) pi 16-24 (dose
diária.
-IMIPENEM IM/EV
1-3 meses: 100 mg/kd/dia
>3 meses: 60-100 mg/kg/dia (4x) / Fibrocistico 90 mg/kg/dia - máx 4g/dia
Carbapenêmico amplo espectro, boa ação contra gram positivos, negativos e anaeróbios.
S: todos gram posistivos exceto s. aureus oxaR, todos bastonetes gram negativos exceto
legionella, todos anerobios.pseudomonas.
-LEVOFLOXACINO cp 250-500 mg ou EV
5-20 mg/kg/dia (1x) - máx 500 mg/dia
Fluoroquinolona útil em ITU adulto.
S:pneumococo, streptos, s. aureus, H. influenzae, moraxella, E. coli, enterococus, proteus,
chigella, salmonella, vibrio...
*alt. TGI, flebite
-MEROPENEM EV/IM
>3a: 60 mg/kg/dia (3x) - meningite dose dobrada
pseudomonas/fibrocisticos: 60-120 mg/kg/dia (3x) - máx 1-2 g/dose
mesmo espectro IMIPENEM, boa penetração SNC, + eficaz contra gram negativos e menos
eficaz contra gram positivos do que imipenem.
-OXACILINA EV/IM
100-150 mg/kg/dia (4x)
pneumonias 200 mg/kg/dia (21 dias)
Penicilina indicada p/ estafilo resistente a penicilinas.
S: s. aureus, s. epidermidis, estrepto, pneumococo, difteria, clostridium.
11
-POLIMIXINA B
15000-25000 UI/kg/dia (2x)
Sensível a pseudomonas resistentes. *neurotoxico.
-PENICILINAS
cristalina (EV): 100 mil - 300 mil UI/kg/dia (2x)
neo: 250000 UI/kg/dia
Sífilis: 50 mil/UI/kg/dia (14 dias)
pneumonia: 200 mil UI/kg/dia (7-10 dias)
procaína (IM, nível por 24-36h) : 25 mil-50 mil UI/kg/dia
geralmente 400 UI/dose 1-2x/dia - máx 1,2 mi UI/dose
sífilis: 50 mil UI/kg/dia (10-14 dias)
Benzatina (IM, npivel por até 30 dias) : 25-50 mg/kg/dose (única)
até 20 kg: 300-600 mil UI/dose
> 20 kg: 1,2 mi- 2,4 mi UI/kg/dose
S: estrepto, pneumococo, meningococo, gonococo, enterococo, aneróbios,
treponema, proteus.
*alergias!Procaína: depressão miocardica, convulsões, arritmias, vasodilatação.
-TEICOPLANINA EV/IM
10 mg/kg/dose
grave- 3 primeiras doses de 12/12 h, doses seguintes a cada 24h
moderada- 6 mg/kg/dose da 4ª dose em diante
Mesmo espectro da vancomicina, pode ser administrada em bolus, IM e dose única
diária.Penetra pior no SNC.Útil p/ estafilo resistente.
S: s. aureus/epidermidis oxaR, s. pyogenis/viridans, bovis, clostridium, enterococos
-VANCOMICINA EV
40 mg/kg/dia (3-4x) - meningoencefalite 60 mg/kg/dia (4x) - máx 2g/dia-1g/dose
infusão em 30-60 minutos
S: gram positivos oxaR, gram negativos e anaeróbios
*risco de hipotensão e parada cardíaca se infusão rápida.Nefro/ototóxico.Nível sérico 9º dia e
de 5/5 dias- basal 5-10/ pico 25-40.
12
ARRITMIAS
Comprometimento cardiopulmonar: choque ( perfusão deficiente, hipotensão, estado mental
alterado, desconforto, insuficiência respiratória)
13
ARTRITE SÉPTICA
Ag etiológicos por faixa etária
Imagem: Rx (quase sempre normal; pode mostrar abaulamento capsular e aumento de partes
moles, erosão óssea e redução do espaço articular) e US (líquido na cavidade, características
da coleção).
Tratamento: repouso da articulação afetada, drenagem cirúrgica adequada, ATB 6 sem (1 sem
EV no mínimo). Seguimento para rastreio de complicações (osteomielite, erosão óssea, sepse).
14
CAD
Sintomas: Poliúria, polidispia, perda de peso, náuseas, vômitos, hálito cetônico, sonolência,
torpor, coma
Laboratório: Glicose, eletrólitos, U, Cr, cetonemia, anion gap, urina, cetonúria, gasometria,
culturas.
Critérios Diagnósticos: Glicemia ≥ 250 mg/dl (ISPAD ≥ 200 mg/dl) - pH arterial ≤ 7,3 (7,25
venoso) - BIC ≤ 15 – Cetonemia/ cetonúria de graus variáveis.
Tratamento:
Após 12 horas:
Critérios para Resolução CAD: - Glicemia < 200 mg/dl - BIC > 18 mEq/L - pH > 7,3
15
CORPO ESTRANHO
ASPIRAÇÃO
História de aspiração de
corpo estramho
Radiografia*
Broncoscopia
16
INGESTÃO
Radiografia
PILHAS E BATERIAS
Deve-se remover com urgência todas as pilhas ou baterias, quando localizadas no esôfago,
devido à alta incidência de estenose e até perfuração caso ocorra extravasamento do seu
conteúdo. Porém, se ultrapassado o esôfago, geralmente são eliminadas nas fezes sem
complicações e não necessitam de remoção.
No estômago, está indicada a remoção se houver sintomas de lesão gástrica, possuir diâmetro
acima de 2,5 cm ou não ultrapassar o piloro em até 48 horas. Seu controle radiológico deve ser
realizado com 48 e 120 horas após a ingestão. Uma vez ultrapassado o duodeno, são
eliminadas em torno de 72 horas em mais de 85%. O óxido de mercúrio que pode estar
presente no conteúdo das pilhas é temido pelo seu efeito tóxico, porem é de baixa
solubilidade e pouco absorvível pelo trato gastrointestinal.
17
CRISE CONVULSIVA
História: Identificar se teve características compatíveis com crise convulsiva, episódios
semelhantes prévios, associação com febre, sinais e sintomas de infecção de SNC, questionar
ativamente sobre sinais de focalização anteriores (pode ser desde atividade motora focal até
alterações sensoriais), medicações, se estava febril, associada a algum evento (infecção ou
trauma), histórico de infecções de SNC prévias, encefalopatia hipoxicoisquêmica, trauma
craniano prévio, histórico familiar.
Crises febris são associadas a febre, ocorrem em crianças entre 3 meses e 6 anos, sem sinais de
infecção em SNC, classificadas em simples e complexa, simples são generalizadas, duram
menos de 15 minutos e não se repetem nas 24 horas seguintes, complexas são focais,
prolongadas ou múltiplas.
Exame físico: movimentos oculares (podem ser o único indício de que a criança ainda está em
crise), alteração à ausculta cardíaca (cardiopatias podem gerar sintomas semelhantes), lesões
de pele podem ser sugestivas de síndromes genéticas, buscar alterações em exame
neurológico ou sinais de meningite
Exames complementares: não são necessários na crise febril simples, podem ser considerados
na complexa, no período neonatal, importante dosar eletrólitos (hipocalcemia) e glicemia
capilar (hipoglicemia), no caso de primeira crise, sem associação com febre e sem explicação:
Tratamento: deve ser realizado somente em crises que duram mais de 5 minutos
18
TRATAMENTO CRISES CONVULSIVAS
Tempo avaliação suporte Droga antiepiléptica
Abrir via aérea
Sinais vitais, inclusive Aspirar secreções
temperatura Administra oxigênio
100% Benzodiazepínico:
Monitor cardíaco e Lorazepam 0,1mg/Kg IV ou IO, máximo de
Identificar se há obstrução
oximetria de pulso 4 mg
de via aérea ou hipoxemia
contínuos Ou
Ventilar com balão- Diazepam 0,1 a 0,2mg/Kg IV ou IO,
Identificar déficit de válvula-máscara se máximo 8mg
0 a 5minutos ventilação ou de necessário Se acesso IV ou IO não for obtido em até 3
oxigenação Preparar para sequência minutos:
rápida de intubação Midazolam bucal 0,2mg/Kg, máximo de
Obter glicemia capilar e 10mg
outros exames, conforme Obter acesso IV ou IO Ou
indicação Diazepam via retal 0,5mg/mg, máximo de
Avaliar sinais de sepse e 20mg
Tratar hipoglicemia
meningite
Avaliar sinais de trauma
Tratar febre
cranioencefálico
Reavaliar sinais vitais, via Manter monitorização,
aérea, ventilação e suporte ventilatório e
circulação acessos Segunda dose de benzodiazepínico (como
05 a 10 minutos
Pesquisar sinais de acima)
Dar antibióticos se sinais
trauma, sepse, meningite
de sepse ou meningite
ou encefalite
Manter monitorização,
Fenitoína:
suporte ventilatório e
20 mg /Kg IV ou IO
Reavaliar sinais vitais, via acessos
ou, se convulsão induzida por intoxicação:
10 a 15 minutos aérea, ventilação e Obter segundo acesso IV
Fenobarbital :
circulação Intubação sequência
20mg/Kg IV ou IO, máximo de 1g (exceto
rápida potencialmente
se depressão respiratória com apneia)
indicada
Reavaliar sinais vitais, via Fenobarbital:
aérea, ventilação e 20 mg/Kg IV ou IO, máximo 1 g (10 mg/Kg
circulação se já foi realizado fenobarbital)
Ou
Ácido valpróico 20 a 40 mg/Kg IV ou IO
Ou
Levotiracetam 20 a 60 mg/Kg IV ou IO
Manter monitorização, E
15 a 30 minutos suporte ventilatório e Piridoxina 100mg IV ou IO para lactentes
Monitorização cardíaca acessos menores de 1 ano
contínua com ECG Piridoxina 70mg/Kg IV ou IO, máximo 5 g
se suspeita de intoxicação por isoniazida
19
CRISE CONVULSIVA NEONATAL
20
CRUPE VIRAL
Def: grupo de doenças que envolve laringe, traqueia e/ou brônquios
Fisiopatologia: ocorre inflamação difusa, eritema e edema das paredes da traqueia e alteração
da mobilidade das cordas vocais
Evolução: inicia com rinorreia, faringite, tosse leve e febre baixa; após 12-48h ocorre obstrução
das vias aéreas superiores, insuficiência respiratória e aumento da temperatura, resolução em
3-7dias
Sinal 0 1 2 3
Estridor - Com agitação Leve em repouso Grave em repouso
Retração - leve moderada Grave
Entrada de ar nl nl ↓ mto ↓
Cor nl nl Cianótica com Cianótica no repouso
agitação
Nível nl Agitação sob agitação Letárgico
Consciência estímulo
Tratamento: objetiva mantes as vias aéreas patentes
21
DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA
Tabela 1 - Chikungunya: Manejo Clínico - Ministério da Saúde 2017
Dengue
Paciente com febre com duração máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos
seguintes sinais/sintomas: cefaleia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia, prostração,
exantema e que tenha estado em áreas de transmissão de dengue ou com presença de
Aedes aegypti nos últimos 15 dias
Grupo A * Grupo B Grupo C Grupo D
Prova do laço - +
EF Sangramento - + + ou - + ou -
Sinais de alarme - - + choque
Ht Nl ↑ 10-20%
HMG
Plaquetas >100mil >100mil
TGO/TGP, TS, albumina sérica, RX tórax
albumina e US abdome
TRO domiciliar TRO 50ml/kg SF/RL SF/RL
supervisionado 20ml/kg/h 20ml/kg em
CD ou EV 20ml/kg até 3x 20min
sintomáticos TRO domiciliar Internação UTI
OH (100)
* HMG: obrigatório em <5ª
22
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS
Na
Hiponatremia (< 130/ grave < 120)
-hipovolêmica (perda renal ou TGI)
Tto: expansão SF 20 ml/kg em 10-20 min
se GRAVE NaCl 3% 4-6 ml/kg em 1h ( aumenta 6 mEq/L - 1ml-0,5 mEq/L)
Reposição (mEq)= (130 + Na sérico) x 0,6 x Peso
Velocidade de infusão: aguda 5 mEq/kg/h
crônica 2,5 mEq/kg/h (corrigir em 12-24h, máx aumento 0,5 mEq/kg/h)
-euvolêmica (SIADH, hipoadrenalismo,hipotireo,falência renal, polidipsia psicogenica)
Tto: igual hipervolêmica
-hipervolêmica ( Sd nefrótica, ICC, insuficiência hepática)
Tto: restrição hídrica (800 ml/m2/dia), diurético (se necessário), reposição de 30% do volume
urinário com NaCl 3%.
*Fração Na urinário:
<1%: ICC, hiperaldo, IRA pré-renal / >2,5% : tubulopatia, diurético, pós isquemia renal
K
Hipocalemia (< 3,5/ grave < 2,5)
-Causas
redução ingesta ( desnutrição)
perdas (TGI, pele, renais, hiperaldo)
alcalose metabólica ( alteração 0,1 pH = alteração 0,6 K na direção OPOSTA), aumento insulina,
cafeína, B2 agonista
-Alterações cardíacas
diminuição onda T, depressão ST, prolongamento PR, inversão onda T, onda U
-Tto:
23
MONITORIZAR!
VO (2,5-3,5)- 1 a 4 mEq/Kg/dia entre 2-3 tomadas/dia
EV (<2,5) - 0,2 a 0,4 mEq/kg/h (máx 1 mEq/kg/h) por 2-3h
Concentração máxima: 80 mEq/l - periférica (6ml KCl 10%-100ml)
120 mEq/L - umbilical (9 ml KCl 10%-100ml)
150 mEq/L - central ( 11 ml KCl 10%-100ml)
Hipercalemia ( > 5)
-Causas
pseudo-hemólise pós punção, leuco/trombocitose,torniquete
excreção prejudicada- IRA, hiperaldo, medicações
troca intra-extracelular- acidose, deficiência insulina, B bloqueador, digoxina
dano celular-queimados, lise tumoral
-Alterações cardíacas
Onda T apiculada, onda P achatada/ausente, redução QT, aumento PR (>6,5)
Onda P ausente, onda T apiculada, base estreira (>7,5)
Alargamento QRS (>8)
Fusão QRS-ST ( >10)
-Tto:
ECG!
Se alteração- Gluconato de Ca 10% 1-2 ml/kg EV em 5-10 min monitorizar FC!
Cloreto de Ca 10% 0,25-0,5 ml/kg em EV 5-10 min
troca transcelular - INL B2 (dose 2x do que p/ asma)
Bicarbonato - 1-2 mEq/kg em 10 min SE houver acidose metabólica
Insulina + glicose- 0,1UI/kg insulina + 0,5 g glicose (glicose 25%)
remoção do organismo- Sorcal 0,5-1g/kg VO ou VR a cada 6h
Furosemida 1 mg/kg EV a cada 6h
Diálise
Ca
Hipocalcemia (Cai < 2 mEq/L ou CaT <8 mg/dl)
-Causas
Redução PTH (hipoparatireoidismo, imaturidade do eixo, Sd DiGeorge)
Redução vitamina D ( doenças renais/hepáticas, anticonvulsivantes, aminoglicosídeos,
heparina, diuréticos de alça...)
Alterações metabólicas (tranfusões frequentes, hiperfosfatemia, alcalose, ácidos graxos)
-Tto: (AVP risco de necrose tecidual se extravasa)
MONITORIZAR!
Gluconato de Ca 10% 0,5-1 ml/kg de 5-10 min
(Gluconato Ca 10%-9 mg Ca/Cloreto Ca 10%-27 mg de Ca)
Manutenção-Gluconato de Ca 10% 2-4 ml/kg/dia
24
Calcitonina 4 UI/kg IM ou SC a cada 24h ou Pamindronato 60-90 mg EV em 4h (reduz
mobilização óssea)
Hidrocortisona 4-8 mg/kg/dia EV 6/6h ou Pred 1-2 mg/kg/dia VO (redução absorção intestinal)
Mg
Hipomagnesemia (< 1,8)
-Causas
Perdas TGI
Insuficiência renal
Drogas (anfotericina B, diuréticos, B2, ciclosporina, aminoglicosídeo)
Alterações metabólicas ( aumento Ca, acidose, redução fosforo, hipervolemia, redução PTH,
DM...)
-Tto
25-50 mg/kg de Mg a cada 4-6h EV ou IM
Hipermagnesemia
-Causas
Exógena-sulfato de magnésio
Falência renal
Sd lise tumoral, aumento PTH, rabdomiólise
-Alterações cardíacas
>5 :alarga PR, QRS, QT, hipotensão
>8 :apnéia
> 12: bloqueio cardíaco
-Tto
Sintomas- Gluconato de Ca 10% 0,5 ml/kg
Hiperhidratação + diurético
25
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS
Acidose Metabólica
(cai BIC = cai pH) - Anion Gap = Na - (cl + HCO3)
-hiperclorêmica (Anion Gap normal) - diarréia, acidose tubular renal
-Anion Gap aumentado (novos ácidos)- choque, cetoacidose, IRA, intox.exógena
-Tto:
Reposição BIC se pH <7,1 ou BIC <8
mEq HCO3= (HCO3d - HCO3) x 0,3 x P
HCO3 desejado = 15 (maioria das vezes) - 1 ml NaBIC=1mEq
COMPENSAÇÂO: pCO2 esperado= 1,5 x HCO3 +8
Alcalose Metabólica
(Aumento BIC ou queda H+ = aumento pH)
-Salina responsiva - redução de volume (perda TGI, diuréticos, fibrocisticos)
Tto: reposição volêmica
se pH > 7,55 ou BIC >40 = ácido clorídrico
mEq HCl=0,5 x P x (HCO3 p - HCO3d)
Em AVC 0,2 mEq/kg/h - infundir metade da solução, reavaliar necessidade da segunda parte
-Salina resistente- sem depleção de volume, hipertensos (cushing, uso de diuréticos..)
Tto: espirolonactona, infusão de K (troca K-H)
COMPENSAÇÃO: pCO2 esperado= 0,9 x HCO3
Acidose Respiratória
(aumento pCO2=hipoventilação)
-Causas: respiratórias, intoxicação, alteração SNC
-Tto: normalizar ventilação/minuto
COMPENSAÇÃO:
aguda - aumento 10 pCO2= aumento 1mEq/L HCO3
crônica - aumento 10 pCO2 = aumento 4 mEq/L HCO3
Alcalose Metabólica
(redução pCO2 = hiperventilação)
-Causas: respiratórias, psicogênica
-Tto: sedação, máscara reinalante, saco de papel, ventilação mecânica.
COMPENSAÇÃO:
aguda - redução 10 pCO2 = redução 2 mEq/L HCO3
crônica- redução 10 pCO2= redução 5 mEq/L HCO3
26
DVP- COMPLICAÇÕES
Protocolo: Pressão Arterial + Fundo de Olho + Raio-X de Trajeto + TC de Crânio
Disfunção da Válvula:
Causas:
Obstrução: Pode acontecer logo após a inserção e em todo o circuito da DVP. A clínica será de
aumento da pressão intracraniana. TC: haverá aumento do tamanho dos ventrículos
comparado com TC anterior. Conduta: revisão cirúrgica.
Mecânica: Fratura – acontecem após vários anos de inserção (consegue observar edema,
hiperemia e dor acima da quebra do circuito); Desconexão – acontece logo após a inserção;
Migração- visto comparando o raio-x após inserção, normalmente causam aumento dos
ventrículos e regressão do cateter para o parênquima cerebral
Coleções extra-axial: Causada pela drenagem ventricular rápida. Tratamento pode ser
conservador se não houver clínica de compressão ou herniação.
Complicações abdominais:
Ascite: Normalmente, tem doença associada como cirrose, sde nefrotica, ICC, carcinomatose.
Pseudocisto: é formado entorno do cateter abdominal, com massa abdominal palpável. Os
sintomas podem ser de dor difusa. É mais comum quando a causa da DVP é tumor do SNC.
Perfuração de vísceras ou bexiga: Apresenta com febre, sinais de peritonite e obstrução.
Sintomas aparecem de 2 a 4 dias após cirurgia
27
Doenças exantemáticas:
Doença Agente/ Modo/ Período Pródromo Morfologia/ Sinais Diagnóstico Tratamento Complica-
Idade + comum Transmissão Distribuição Associados ções
Sarampo Vírus gênero INL gotícula de Febre, tosse, EMP morbili, conflui e Mancha de Clínico, Notificação OMA
(1ª moléstia) Morbilivírus/ VA pct coriza, descama. Início atrás Koplik, sorologia: IF de Isolamento até 5º d PNM
contaminado/ conjuntivite orelha, evolui p/ toxemia, IgM específica e do exantema Encefalite
Lactentes até 5 a 7 d antes do tronco e ext fotofobia, PCR Precaução de
adultos exant até 4 d tosse e febre aerossóis
após Vitamina A VO
<6m: 50000U
6 a 12m: 100.000U
>12m: 200.000U
Rubéola Vírus gênero INL gotícula e Mal-estar, EMP morbili, róseo, e Adeno Pesquisa de Sintomáticos Gravidez:
(3ª moléstia) rubivírus/ secreção VA/ febre baixa não confluente, início retroauri e IgM, elevação Isolamento de SRC
Crianças até 7ªd antes do face e evolui p/ tronco occipital, de IgG e PCR gotículas até 7d do (surdez, catar
adultos exantema a 7 d artralgia aparecimento do cardiopatia)
após exantema
Eritema Parvovírus B19/ INL gotículas VA, Geralmente Eritema de bochechas, Fotossens, Clínico, Analgésicos/ Trombocito-
Infeccioso 5 a 15 anos vertical ou ausente eritema rendilhado ou Artrite, sorologia e PCR Antihistamínico penia
(5ª moléstia) hematogênica/ EMP/ áreas expostas: cefaleia e Crise aplá-
5 a 10 dias após rosto, face e mal-estar sica
a exposição extensora de MM (Hbpatas)
(pruriginoso)
Exantema Herpes vírus 6 e INL gotícula e Febre alta por EMP, início coincide Irritabilidade, Clínico, Sintomáticos Convulsão
súbito (6ª 7/ secreção VA/ 3 a 4 dias com queda da febre/ convulsão e sorologia e PCR Febril
moléstia) 6m a 3a não Rosto, tronco: persiste adenomegali Encefalite
determinado por horas a dias. a. Meningite
cervical
Escarlatina S. pyogenes/ INL gotícula e Febre e dor E. micropapular Faringo- Clínico Precaução gotículas Febre reu-
(2ª moléstia) escolares secreção VA/ de garganta escarlatiniforme, tipo Amigdalite, HMG: até 24h início tto mática
não lixa/ Poupa reg Febre, leucocitose, Antibiotico
determinado perioral (Filatov), petéquias no neutrofilia, (betalactâmico- GNPE
acentuação nas pregas palato e eosinofilia e penicilinas e
(Sinal de Pastia) e língua em isolamento de S cefalosporinas)
descamação lamelar framboesa pyogenes VO- 10 dias
PBenz IM:
<25kg: 600.000UI
>25 kg: 1.200.000UI
Varicela VVZ/ 1-14 anos INL gotículas Incomum em Maculopapulovesi Febre, Clínico, Sintomáticos Celulite
aerossóis de cçs que evolui para prurido e Sorologia e Evitar salicilatos (Sd Meningite
secreção, crosta/ adenome- PCR de Reye) PNM
contato direto Distribuição centrípeta galia ATB se inf 2ª Encefalite
lesões pele, Aciclovir se Miocardite
indiret: objt imunossupri GN
contaminados/ 2 Precaução contato e
dias antes até a aerossóis até lesões
formação de tornarem crostas
crostas
Síndrome Coxsakie A/ Via fecal-oral ou Febre baixa, Enantema vesicular Febre, dor de Cultura vírus Sintomáticos Neuroló-
mão-pé-boca Cças pequenas INL gotículas de perda apetite em mucosa oral, garganta, nas Gicas
VA/ não palato e língua linfadeno fezes,orofaringe (enterovírus)
determinado E papulovesicular em , LCR +sorologia
mãos e pés- duração de fase aguda
5-10d
Sd Gianotti- Etiologia viral / não Geralmente Exantema Linfonodome Clínico e Não existe.
Crosti (vírus hepatite, determinado não ocorre papular/papulovesicul galia cervical, sorologia para Informar familiares
EBV)/ ar não pruriginoso em pode ter cada etiologia sobre duração
Lactentes e pré- face, nádegas, exantema
escolar extensoras de braços petequial
e pernas-duração de 1
a 2 meses
Mononu- EBV/ INL gotículas e Febre alta, EMP/ tronco, Febre,adeno Sorologia para Sintomáticos Rotura esplên
cleose Qualquer idade secreção VA/ anorexia e extremidades, megalia IgM EBV e PCR Repouso relativo Neutrope-
não mal-estar Acentuação com o uso cervical, nia
determinado de Amoxicilina hepatoesplen Encefalite
o, odinofagia
28
DOR TESTICULAR
História: Principais causas são torsão testicular, torsão de apêndice testicular e epididimite.
Dor testicular
História clínica Torção testicular Torção de apêndice Epididimite aguda
Pico de incidência Perinatal e Pré-puberal <2 anos é pós-
puberdade puberal
Inicio da dor Súbito Súbito gradual
Duração da dor <12 horas >12 horas >24h
Náuseas e vômitos Comum Incomum Incomum
Febre Incomum Incomum Frequente
História de trauma Ocasionalmente Incomum Incomum
Disúria ou secreção Raro Raro Comum
Exame físico
Achados sugestivos Testículos elevados e Nódulo arroxeado Edema de epidídimo
na posição horizontal palpável e/ou escrotal, dor
pode ser aliviada pela
elevação do testículo
Reflexo cremastérico Ausente Presente Presente
Sensibilidade Inicialmente no Inicialmente no Inicialmente no
testículo e apêndice depois no epidídimo,
difusamente epidídimo posteriormente,
posteriormente difuso
Exames laboratoriais
Piúria Ausente Ausente Presente
Cultura positiva para Não Não Frequente
DST
Leucocitose Comum Ausente Comum
Estudos de perfusão
US com Doppler Redução do fluxo Normal ou Normal ou
sanguíneo, torção do aumentado aumentado
cordão espermático
Tratamento:
Torsão de apêndice: suporte para o testículo, analgesia, repouso, se não houver melhora em 5
dias, chamar avaliação cirúrgica, pode ser necessária retirada cirúrgica do apêndice para
melhora
Torsão testicular: se dúvida, solicitar US com urgência, se confirmado ou não haver dúvida
clínica, avaliação de equipe de cirurgia com emergência.
29
FSSL
29- 60 d
< 28 DIAS
Fator de risco: -Alteração do BEG, sem fator de risco,
comportamento Tr<38, sem foco
infeccioso, sem vacina nas
-Tretal>38 ultimas 48h
PARA TODOS: -HMG + HMC -ATB nos ultimos 7 dias
-PCR/Procalcitonina -Prematuridade
-U1 + URC -Comorbidades -HMG + HMC
-Raio-X de tórax -Não imunizados -PCR / Procalcitonina
- Coprocultura se diarreia - Sintomas Associados : rinorréia, tosse - U1 + URC
-LCR , sibilos, Vômitos, diarréia, sangue ou -Raio-X de tórax (sintomas resp)
muco nas fezes e exantemas
-Risco Social Exames Normais e sem
fator de risco:
Exposição à contatos doentes Acompanhamento
ambulatorial sem ATB
61-90d: Solicitar somente a U1 e urocultura se bom estado geral (baixo risco de doença
invasiva). Se U1 normal devem ser acompanhados ambulatorialmente (pais confiáveis). Se U1
alterada tratar com antibioticoterapia. Ainda há controvérsias quanto a forma ( ambulatorial x
hospitalar) para o tratamento. Algumas referências orientam antibioticoterapia oral
ambulatorial
3m-3a:
Etiologias comuns:
Tratamento – se houver desidratação sempre pesar, aferir sinais vitais, ver fontanela e
quantificar diurese!
Sem desidratação: receita para casa de TRO <2 anos 50-100ml; >2 anos 100-200ml, a
cada evacuação diarreica ou vômito.
31
Expansão:
- >20kg: Pcal= 15+0,2 x n}º kg acima de 20 (1500ml + 20ml/kg para cada kg acima de 20
(máximo 2400ml)) KCl 19,1% 2,5mEq/kg de peso cal divido por 2,5 (1ml tem
2,5mEq)
EX.: P 10Kg => em 24h P cal= Preal SG 1000ml, NaCl 20% 1ml = 3,4mEq e 1000ml =
136mEq então 136/3,4 = 40ml
P 12kg => em 24h Pcal = 11kg SG 1100ml NaCl 20% 1ml = 3,4mEq e 1000ml=
136mEq, então, por regra de 3, 1100ml têm 149,6mEq, portanto, 149,6/3,4 = 44ml
32
Zinco: Unizinco 4mg/ml por 10-14 dias, <6m 10mg 1x/dia e >6m 20mg 1x/dia.
33
HIPOGLICEMIAS
Tríade de Whipple:
Causas:
Hiperinsulinismo:
Transitório: PIG, asfixia perinatal, filho de mãe diabética, sd Beckwith-Wiedemann
Persistente: mutações, induzido por drogas
Hipoglicemia Cetótica: causa mais comum na infância, desencadeados por jejum de
mais de 12h, geralmente associados a doenças agudas capazes a diminuir a ingestão e
aumentar o consumo energético
Deficiência de hormônios contra-reguladores: deficiência de GH e/ou cortisol
Redução reserva de glicogênio e/ou tecido adiposo: prematuridade, RCIU, desnutrição
Aumento do consumo de glicose por infecções ou estresse de outra natureza
Glicogenoses, Galactosemia, Frutosemia
Distúrbio da oxidação de ácidos graxos, distúrbios do metabolismo dos aminoácidos
Período neonatal: RN com risco para hipoglicemia devem ser triados com punção capilar com
1, 2, 3,6, 9 e 18h de vida.
SG 10%: 200mg/kg (2ml/kg), seguido de infusão contínua de glicose com 8mg/kg/min, por 1
hora. Se dextro normal após 1h, diminuir VIG para 6mg/kg/min por 3 horas (controle de dextro
na 1 e 3ª hora). Se controles normais, passar VIG para 4mg/kg/min por 24h, com controle de
1,8,16 e 24h. Se controles normais, suspender soro.
Período pós-neonatal: Paciente em boas condições clínicas para receber glicose via oral
Glicose parenteral: Bolo de 200mg/kg (2ml/kg) d eSG 10%. Rever a glicemia capilar em 15
minutos e se hipo continuar, manter infusão contínua de 8 a 15. Reduzir VIG lentamente, a
cada 3h, e quando atingir VIG de 4, manter por 24 horas, para então suspender.
34
INTUBAÇÃO EM SEQUÊNCIA RÁPIDA EM PEDIATRIA
1. Anamnese sucinta e exame físico orientado: História de alergias, medicamentos, passado
médico, líquidos e última alimentação (AMPLA); Eventos que determinam a necessidade de
intubação; Determinar a presença de alterações anatômicas
4.Pré-medicação
4.1 Atropina: Reduz a secreção oral e previne a bradicardia; Deve ser utilizada em TODAS as
crianças menores de 1 ano; Crianças de 1 a 5 anos que irão receber succinilcolina; Indicação de
uma 2ª dose de succinilcolina em qualquer idade; Crianças com bradicardia previamente à
intubação;
Dose: 0,02 mg/kg (mínimo: 0,1 mg e máximo: 0,5 mg) EV, um a dois minutos antes da
intubação.
5. Sedação
5.1 Etomidato: Agente sedativo-hipnótico, sem efeito analgésico e de ação ultracurta (10 a 15
minutos); Causa mínima depressão respiratória e cardiovascular sendo o sedativo de escolha
para pacientes politraumatizados ou hipotensos; Seu uso deve ser evitado nos pacientes com
choque séptico, insuficiência suprarenal conhecida e história de transtorno convulsivo focal.
Diminui a pressão intracraniana.
Dose: 0,2 a 0,4 mg/kg infundidos EV, em 30 a 60 segundos.
5.2.1 Midazolan: Propriedades amnésicas; Início rápido de ação (1 a 2 minutos) e efeito breve
(30 a 60 minutos);
Dose: 0,1 a 0,4 mg/kg EV. (máximo 4mg)
35
5.2.2 Diazepam: Início de ação mais lento (2 a 3 minutos) e efeito mais prolongado (30 a 90
minutos); Adequado para a manutenção da sedação após a intubação.
Dose: 0,2 a 0,4 mg/kg EV (máximo 4mg).
5.3.2 Propofol: Sedativo-hipnótico, capaz de induzir anestesia geral; Rápido início de ação (0,5
a 1 segundo) e duração breve (10 a 15 minutos); Deve ser evitado em hipotensos e chocados.
Diminui a pressão intracraniana e a demanda metabólica.
Dose: 1 a 2 mg/kg EV.
5.3.3 Cetamina: Anestésico dissociativo; Produz analgesia, sedação rápida e amnésia com
manutenção adequada do “drive” respiratório e reflexos de proteção das vias aéreas; Pode
causar broncodilatação e ajuda a manter a pressão arterial estável; Efeitos colaterais são:
aumento da pressão arterial sistêmica, aumento da pressão intracraniana, alucinações ou
reações de pânico, laringoespasmo e aumento excessivo das secreções das vias respiratórias
(pode ser evitado com o uso prévio de 0,01 mg/kg de atropina); Evitar em convulsões, em
trauma ocular, glaucoma, hipertensão arterial, em aumento da PIC, distúrbios da tiróide. Início
de ação em 1 a 2 minutos. Duração de ação: 30 a 60 minutos.
Dose: 1 a 4 mg/kg EV. Pode ser usada por via IM: 3 a 6 mg/kg.
6. Bloqueio neuromuscular
6.1 Rocurônio: Agente não despolarizante com rápido início de ação (60 segundos) e duração
de ação intermediária (30 a 60 minutos); Possui efeitos cardiovasculares mínimos;
Recuperação do bloqueio entre 30 e 45 minutos.
Dose: 0,6 a 1,2 mg/kg EV.
6.2 Succinilcolina: É o único com início de ação rápido (30 a 60 segundos) e duração de ação
ultracurta (3 a 5 minutos); São contra-indicações relativas ao seu uso o aumento da PIC, lesão
aberta de globo ocular, glaucoma, distúrbios neuromusculares, traumatismo raquimedular,
antecedentes (HP ou HF) de hipertermia maligna, antecedente de deficiência de colinesterase
plasmática, lesões por esmagamento, trauma ou queimadura recente (48-72h), hipercalemia,
insuficiência renal;
Doses: 1 a 1,5 mg/kg para crianças (>10kg) e 1-2 mg/kg para lactentes (<10kg) EV;
36
-Equipamento de sucção oral/traqueal;
-Vias aéreas orais e nasofaríngeas;
-Tubos endotraqueais de todos os tamanhos;
-Laringoscópios e lâminas;
-Seringas para teste de insuflação do cuff;
-Material para fixar o tubo;
-Coxim;
-Material para manejo da via aérea ou complicações previstas (supraglótica, transtraqueal
e/ou cricotirotomia).
37
ITU e SEGUIMENTO
Agentes etiológicos: E coli (80-90%), Proteus (♂>1a), Kebisiella (neo) e Staphylococcus
Saprophyticus (adolescentes)
Diagnóstico: U1: leucocitúria e nitrito positivo. URC: punção suprapúbica: qlqr crescimento,
sonda 1.000UFC; jato médio: 100.000UFC; saco coletor apenas descarta HD
Tratamento:
VO: cefalexina (50-100), bactrim (40 sulfa), nitrofurantoina (5-7), ciprofloxacino (20-30)
EV: ceftriaxone (50-100), cefotaxima (50-100), cefazolina (100), amicacina (15),
ampicilina (100-200), ciprofloxacino (10)
o Realizar em <1a ou, não tiver condições de VO ou comprometimento estado
geral
o Em neonatos utilizar aminoglicosideos (pode associar a penicilina)
Acompanhamento:
ITU febril:
o <5 a: USRV, UCM e cintilografia com DMSA
o >5a: USRV e DSMA
ITU afebril:
o USRV em <6m
atb profilático (1/4-1/2 dose de tto): controverso
o <2a com hidronefrose, dilatação pielocalicial e/]ou ureteral
o 5-7a com RVU
38
MENINGITE
Resultado RN >28d Viral Bacteriana
Celularidade Até 20 Até 5 Até 500 >500
(Linfocitos/Monocitos) (Neutrofilos)
Proteina <120 <40 Normal ou pouco >100
aumentada
Glicorraquia 2/3 glicemia 2/3 glicemia Normal- leve Muito
diminuída diminuída
Agentes etiológicos:
0-2m: Enterobactérias (E. coli, Klebsiella, Proteus), SGB, Listeria monocytogenes, Streptococcus
pneumoniae.
2m-5ª: Neisseria meningitidis, HIB, Streptococcus pneumoniae
>5ª: Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae
Corticoide:
Dexametasona: 0,6mg/kg/dia 6/6horas por 2 dias para maiores de 6 semanas (Comprovado
para Hib)- Administrar 15-20minutos antes da primeira dose do ATB.
Antibioticoterapia:
Período Neonatal: Ampicilina (200mg/kg/dia EV 6/6h) + Cefotaxima (200mg/kg/dia EV 6/6h)
ou Ampicilina + Amicacina (30mg/kg/dia EV 8/8h) ou (Gentamicina 7,5mg/kg/dia EV 8/8H)
>2meses: Ceftriaxone 100mg/kg/dia EV 12/12h.
Isolamento: Primeiras 24 horas de antibioticoterapia
Duração:
Meningococo: 7 dias
Pneumococo: 10-14dias
Hib: 10 dias
Listeria monocytogenes: 14-21d
BGN (meningite neonatal): 21d
Agente desconhecido/criança > 28 dias de vida: 10-14 dias
Líquor Controle:
Má resposta clínica após 48-72h de antibiótico EV
Persistência de febre (após 5-6 dias do inicio do ATB) ou recorrência da febre
Após 2-3 dias do inicio do tratamento de crianças com meningite por BGN para definir
duração do tratamento
Periodo Neonatal
39
OMA
Sinais mais específicos para o diagnostico: abaulamento moderado a grave da MT e otorreia de
inicio recente.
Recomendações de tratamento
ATB:
doença grave (otalgia moderada a intensa, otalgia por mais de 48 horas, febre acima
de 39 ),
menores de 6 meses,
otorreia, excluída causa de otite externa,
OMA bilateral em menores de 2 anos,
piora ou ausência de melhora de sintomas pos observação.
40
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
História: insuficiência respiratória e choque são as causas mais comuns que precedem uma
parada cardíaca na infância.
Exame físico: A (via aérea: estridor, ronco, sialorreia, retração) B (respiração: bradpneia,
respiração irregular, gasping, cianose), C (circulação: bradicardia, tempo de enchimento capilar
maior de 5 segundos, pulsos centrais fracos, pulsos periféricos não palpáveis, extremidades
frias, livedo reticular) D (disability: nível de consciência reduzido), frequência e ritmo cardíaco
41
42
PAROTIDITE
Definição: aumento das glândulas parótidas. Causa multifatorial, sendo a mais comum:
Caxumba.
Clínica: aumento da região parotídea uni ou bilateral, de rápida progressão, podendo ser
acompanhado de febre e dor à mastigação e ingestão de líquidos ácidos. A recuperação ocorre
em algumas semanas.
O nível sérico de amilase pode ser elevado em parotidite e pancreatite por caxumba (dor
abdominal, calafrios, febre e vômitos persistentes), mas o teste é inespecífico.
43
PNEUMONIA
História: Febre e tosse são os principais sintomas, pode ocorrer dor pleurítica, até 5 anos, o
principal agente etiológico de pneumonia são os vírus e as bacterianas típicas (Streptococcus
pneumoniae), após 5 anos, as bactérias atípicas são mais comuns. No período neonatal , nos
primeiros 3 dias, pensar em agentes da flora materna, após considerar bactérias gram
negativas S. aureus. Até os 4 meses, a Chlamydia trachomatis pode causar pneumonia sem a
presença de febre (pneumonia afebril).
Exame físico: A taquipneia é o sinal mais sensível e específico, bacterianas costumam gerar
estertores crepitantes localizados e redução do murmúrio, virais e bactérias atípicas podem
gerar sibilos. Casos mais graves pode causar desconforto respiratório com hipoxemia.
Definição OMS de taquipneia
Idade Frequência
respiratória
Menores de 2 meses >60 ipm
De 2 a 12 meses >50ipm
De 1 a 5 anos >40ipm
>5 anos >20ipm
Diagnósticos diferencias: crise de asma, bronquiolite, aspiração de corpo estranho
Indicação internação: sinais de desconforto respiratório moderado a grave, hipoxemia (<90%
aa), complicações (derrame, abscesso, necrose, pneumatocele), menores de 3 a 6 meses,
família sem capacidade social para tratamento, desidratação ou incapacidade de se manter
hidratado, toxêmia, comorbidade grave, má resposta ao tratamento ambulatorial após 48-72
horas, apneias.
Exames complementares: radiografia de tórax (AP até 4 anos) : consolidações (típica),
infiltrado intersticial difuso (atípica), complicações (pneumatoceles, cavitação, derrames,
processos necrotizantes). Hemograma, PCR, VHS (lactentes jovens, crianças com aparência
toxêmica e dúvida se etiologia bacteriana). Eletrólitos (mais graves associam-se com SIAD).
Culturas de sangue (somente em casos mais graves ou com complicações)
Tratamento
-Ambulatorial (duração de 7 a 10 dias)
<4meses (suspeita pneumonia afebril): Azitromicina 200mg/5ml (10mg/Kg/dia em 1
vez ao dia no primeiro dia e 5mg/Kg/dia 1 vez ao dia nos demais, máximo 500mg/dia) ou
Claritromicina 250mg/5ml ou 125mg/5ml (15mg/Kg/dia dividido em 2 doses, máx de 1g/dia)
<5anos (suspeita de pneumonia bacteriana): amoxacilina 250mg/5ml (50-
100mg/Kg/dia dividido em 3 doses, máximo de 4g/dia) , sendo macrolídeos (azitromicina ou
claritromicina) ou clindamicina (10-30mg/Kg/dia dividido em 4 doses, máximo de 2g/dia)
segunda escolha. Associar macrolídeo se não houver resposta (considerar também
complicações).
>5anos: macrolídeo, associar amoxacilina se não houver resposta (considerar também
complicações)
-suspeita de pneumonia aspirativa: amoxacilina + calvulanato 250mg+62,5mg/5ml
(50mg/Kg/dia dividido em 3 doses) ou clindamicina
-Internação: vide tabela
Neonatal: <3dias: ampicilina e gentaminicina (doses neonatais)
>3dias: vancomicina e gentamicina ou amicacina (doses neonatais)
44
ANTIBIOTICOTERAPIA PARA PNEUMONIA EM PACIENTES INTERNADOS
Idade e agente suspeitado Antibiótico
1 a 6 meses
Bacteriana típica Ceftriaxona 50 a 100mg/Kg/dia dividida em 1 ou 2 doses (se infecção grave,
preferencialmente 2 doses) ou Cefotaxima 150 mg/Kg/dia em 3 ou 4 doses
divididas
Chlamydia trachomatis Azitromicina 10mg/Kg no primeiro e no segundo dia e 5 mg/kg nos restantes
>6 meses
Bacteriana típica e não Ampicilina 150 a 200mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo 12g/dia) OU
complicada (sem considerar Penicilina G 200000 a 250000 UI/Kg/dia dividida em 4 ou 6 doses OU
S. aureus) Cefotaxima 150 mg/Kg/dia dividido em 3 doses (máximo de 8g/dia ou até 10g/dia
em infecções graves) OU
Ceftriaxona 50 a 100 mg/Kg/dia dividido em 1 ou 2 doses (máximo de 2 g/dia ou
até 4g/dia em infecções graves)
M. pneumoniae ou C. Azitromicina 10mg/Kg/dia por 2 dias (máximo de 500mg/dia), em seguida,
pneumoniae 5mg/Kg/dia OU
Eritromicina 20 mg/Kg/dia dividido em 4 doses (max 4g/dia) OU
Levofloxacino 16 a 20mg/Kg/dia dividido em 2 doses para criança de 6 meses a 5
anos; 8 a 10/Kg/dia para crianças entre 5 e 16 anos (máximo de 750mg/dia)
síndrome Antibiótico
Pneumonia grave Ceftriaxona 100mg/Kg/dia dividido em 2 doses (máximo de 4g/dia) ou cefotaxima
150mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo de 10g/dia)
Mais uma das opções:
Azitromicina 10mg/Kg/dia por 2 dias (max 500mg), seguido de 5mg/Kg/dia OU
Eritromicina 20mg 20mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo de 4g/dia) OU
Doxaciclina 4mg/Kg/ dia dividido em 2 doses (máximo de 200mg/dia)
Pneumonia grave com Vancomicina 60mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo de 4g/dia) MAIS:
necessidade de UTI Ceftriaxona 100mg/Kg/dia dividido em 2 doses (máximo de 4 g/dia) OU
Cefotaxima 150mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo de 10g/dia) MAIS:
Azitromicina 10mg/Kg/dia por 2 dias (máximo de 500mg/dia), seguido de
5mg/Kg/dia mais (se necessário) MAIS:
Oxacilina 150 a 200mg/kg/dia dividido em 4 OU 6 doses (máximo de 6g/dia) MAIS
(SE INDICADO):
Terapia antirretroviral para influenza
Pneumonia Ceftriaxona 100mg/Kg/dia dividido em 2 doses (max 4g/dia) OU Cefotaxima
complicada/abscesso 150mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máximo de 10g/dia mais (se necessário)
MAIS:
Clindamicina 30 a 40 mg/Kg/dia dividido em 3 ou 4 doses (máximo de 3,6g/dia)
OU Vancomicina 40 a 60mg/Kg/dia dividido em 3 ou 4 doses (máximo de 4g/dia)
Pneumonia hospitalar Gentamicina 7,5mg/Kg/dia dividido em 3 doses para crianças menores de 5 anos,
de 6 a 7,5mg/Kg/dia dividido em 3 doses para crianças maiores de 5 anos OU
amicacina 15 a 22,5mg/Kg/dia dividido em 3 doses MAIS UMA DAS OPÇÕES:
-Piperacilina-tazobactam 300mg/Kg/dia dividido em 4 doses (máx 16g/dia) OU
Meropenem 60mg/Kg/dia dividido em 3 doses (max 3g/dia) OU
Ceftazidima 125 a 150mg;Kg/dia divido em 3 doses (max 6g/dia) OU
Cefepime 150mg/Kg/dia dividido em 3 doses (max 4g/dia) OU
Clindamicina 30 a 40mg/Kg/dia dividido em 3 ou 4 doses (máximo de 3,6g/dia)
Pneumonia aspirativa Ampicilina-sulbactam 150 a 200mg/Kg/dia dividido em 4 doses (max 8g/dia de
adquirida na comunidade ampicilina) OU (SE CONSIDERAR POSSIBILIDADE MRSA):
Clindamicina 30 a 40mg/Kg/dia dividido em 3 ou 4 doses (max 3,6g/dia)
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DERRAME PLEURAL
Moderado a grande: >1cm no decúbito lateral ou >1/4 do hemitórax, feito US para ver se é ou
não loculado
Empiema: líquido purulento, presença de bactérias à microscopia com gram, ph<7, glicose
<40, DHL >1000 no líquido pleural (realizar essas dosagens apenas se o líquido drenado não for
claramente purulento)
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Algoritmo derrame pleural moderado a grande
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QUEIMADURAS
Definição: são lesões dos tecidos orgânicos decorrentes de agentes de origem térmica, frio,
substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.
a) Por profundidade:
b) Por extensão:
MSE 9% 9%
Tronco anterior 18% 18%
Tronco posterior 18% 18%
Genitália 1% 1%
Coxa direita 9% 4,5 %
Tratamento:
Conduta: Lavar as lesões com soro fisiológico. Deixar as bolhas intactas e cobertas com
vaselina, creme de colagenase ou ácidos graxos essenciais + vitamina A e E. Em casos um
pouco mais profundos, com sulfadiazina de prata. Trocar curativos 2x/dia após lavagem com
água morna. Analgesia com dipirona ou paracetamol se necessário.
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Retiras as roupas ou substâncias que possam agravar as lesões, assim como anéis ou pulseiras.
Se queimadura perineal, passar SVD e em queimaduras de face, passar sonda naso ou oro
gástrica.
Em caso de INL por inalação, considerar IOT para proteger via aérea antes que o edema das
VAS se instale.
Acesso venoso periférico de grande calibre, de preferência 2 acessos nos pacientes com
necessidade de grande reposição
Infundir 50% do volume calculado nas primeiras 8 horas e 50% nas 16 horas seguintes.
Controle de glicemia
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SEPSE
SIRS : 2 ou + critérios (obrigatoriamente um deve ser: T alterada ou nº de leucócitos)
50
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SINCOPE
Perda súbita da consciência e tônus postural, recuperação espontânea, sem comprometimento
neurológico.
OBRIGATÓRIO: ECG
Avaliar: estado geral, ausculta, PA, pulsos, marchas, reflexos, alterações focais.
Vasovagal/neurocardiogênica/reflexa (61-80%)
Sintomas premonitórios (náusea, visão turva, alteração auditiva, tontura, palpitação, palidez,
sudorese fria), fatores desencadeantes - dor, estresse, tosse, espirros, evacuação, deglutição
(líquidos frios), pós-exercício. Perda de consciência, em geral, máximo 2 minutos.
Sincope por hipotensão: falha sistema nervoso autônomo ao assumir posição ortostática- >20
na PAS e >10 PAS e sincope ou aumento de 20bpm : primaria ou secundaria (DM, uremia,
trauma raqui-medular, drogas, perda de volume).
Sinais de alerta: sopro, cardiopatia congênita, relação com exercícios, Abrupto, sem sintomas
premonitórios, palpitações, historia familiar de morte súbita e cardiopatias ou QT longo, uso
de medicações que podem alterar o QT, cianose
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Calculo QTc: Crianças: <450 ms
Cardiomiopatia hipertrófica: alarga AE, hipertrofia VE, altera segmento ST, inversão de onda T,
onda Q e R diminuídos ou ausentes em derivações laterais.
Demais: ESPECIALISTA
Considerar internação: evidencia de doença CV, ECG anormal, dor torácica com sincope,
sincope com cianose, apneia ou bradicardia que só melhoraram com estimulação vigorosa,
achados neurológicos anormais, hipotensão ortostática sem melhora com reposição volêmica.
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SINUSITE
Critérios diagnósticos:
-> Periorbitárias (pré septal, celulite orbitária, abscesso subperiosteal, abscesso orbitário,
trombose de seio cavernoso): redução da AV, dor, limitação de movimentos oculares =
internar + TC contrastada + ATB EV
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SÍNDROMES HEMORRÁGICAS
PTI
História prévia de IVAS/vacina vírus vivo/infecções virais (sarampo, varicela...) 2 semanas antes
Surgimento súbito de petéquias 90%/equimoses 72%/sangramento de mucosas 25%
-Diagnóstico:
Plaquetopenia isolada.
Mielograma SE uso de corticóides ou suspeita de leucemia.
-Tto:
SEM sangramento significante: ambulatório com antifibrinolíticos/ACO
COM sangramento moderado/grave: hospitalar- medicamentoso SE plaquetas < 20000,
sangramento de órgãos nobres ou risco de morte (NÃO MUDA EVOLUÇÃO DA DOENÇA)
Imunoglobulina 1g/kg/dia - repetido por até 2x.Resposta após 24-48h.Risco:
hipotensão, choque, anafilaxia.
Imunoglobulina anti D (pacientes Rh +) 75 mcg/kg dose única
Corticóides: metilpred 30 mg/kg/dia (máx 1 g) em 3 dias.Resposta 3-5
dias.Prednisolona (se quadro leve) 4 mg/kg/dia 8/8h por 4-5 dias.
Concentrado de plaquetas: em caso de choque!Quantidade 2-3x maior que o normal.
Esplenectomia de urgência
Fator VII ativado recombinante (situações extremas)
Doença VonWillebrand
tipo 1 e 3- deficiência quantitativa/ tipo 2- deficiência qualitativa
-QC:
leves: equimoses pós trauma, menstruação abundante, epistaxe ou assintomáticos
graves: sangramento muscular, hemorragia pós trauma
-Laboratórios:
TP e plaquetas normais
TS aumentado
TTPA normal ou aumentado
Quantificação de FVW, atividade funcional e dosagem fator VIII fazem diagnóstico.
-Tto: (hemorragia espontânea)
DDAVP: 0,3 mcg/kg em 50 ml de SF em 20-30 min a cada 12-24h (3
doses).Contraindicação: convulsões, HAS, cardiopatia.
Concentrado plasmático com FVW (pacientes sem resposta ao DDAVP ou em caso de
cirurgias): 20-50 UI/kg
Antifibrinolíticos: EACA (Ipsilon) 200 mg/kg/dia 6/6h, VO, 3-7 dias
Transamin 25-30 mg/kg/dia EV ou VO 3-7 dias
Hemofilias
A- def. fator VIII
B- def. fator IX
grave: fator < 1 UI/dl , sangramentos pós traumas graves/cirurgias
moderado: fator 1-5 UI/dl , sangramentos após traumas leves
leves: fator > 5 UI/dl , sangramento espontâneo, hemartrose, sangramento muscular e
mucosas
-Diagnóstico:
HMG normal, TS normal, TP normal, TTPA aumentado, dosagem sérica dos fatores
-Tto:
Reposição de fator deficiente,
Crioprecipitado e PFC em ocasiõres que não houver fator disponível.
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(Para reposições sempre considerar nível do fator=0)
FATOR VIII- Dose do fator= P x aumento desejado
2
Meia vida 12-15h, cada UI/kg aumenta 2%
FATOR IX - Dose do fator = P x aumento desejado
DDAVP: sem resposta em formas graves.
Antibibronolíticos como terapia adjuvante
Concentrado complexo protrombínico- Alguns hemofílicos possuem inibidores contra
fatores, dose de 75 UI/kg/dose única se leve, 75-100 de 12-24h se grave
Fator VII ativado recombinante: em caso de não resposta ao CCP. Dose 90-120 mcg/kg
a cada 3h até controle do sangramento
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SÍNDROME NEFRÍTICA (GNDA)
- Agentes :
Estrepto B hemolítico grupo A (pyogenes)
Estafilo (endocardite)
-Pós piodermite (Anti DNAse)- 15 a 20 dias após
-Pós faringoamidalite (ASLO)- 7 a 21 dias após
- QC:
Edema, HAS, hematúria
Proteinúria (73% subnefrotico)
Oligúria transitória 25%
Febre, anorexia, cefaleia
- Laboratório:
Proteinúria discreta
Hematúria Glomerular (dismorfismo)
Cilindros hemáticos
Aumento ASLO/Anti DNAse B
Diminuição de complemento (C3, CH50)
Alteração de função renal
Anemia
- Indicações de biopsia
História familiar de nefropatia
Hematúria (Macro) > 4 semanas
Aumento de creatinina progressiva (GNRP?)
Proteinúria nefrótica (maior que 50mg/kg/dia)
Complemento baixo > 8 semanas
Persistência da hipertensão
- Tratamento
Sintomáticos
Repouso relativo
Antibioticoterapia - Benzetacil ou Amoxa 10 dia (evitar disseminação)
Reduzir expansão volêmica
SÍNDROME NEFRÓTICA
-QC:
Proteinúria (maior que 40 mg/m2/h ou maior que 50 mg/kg/dia)
Edema (gravitacional, frio, depressível)
Hipercolesterolemia
HAS (GESF)
Cushing
Dor abdominal-celulite de parede, PBE
atopia
propensão a infecções
trombose
- Laboratório
Urina I: Hematúria micro, cilindrúria, lipidúria
Proteína 24H:Patológico > 150 mg/dia
Nefrótica >r 50mg/kg/dia
* relação proteína/creatinina urinárias (avalia proteinúria):
> 0,2 para maiores de 2 anos
> 0,5 para menores de 2 anos
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Proteínas: redução de albumina, IgG, IgA/aumento de IgM
Colesterol: hipertrigliceridemia
Complemento: LM GESF = normal
se reduzido = biopsia
Função renal: normal, mas pode aumentar durante edema/hipovolemia, normalizando
após resolução
-Indicação de biópsia:
1º ano de vida
Corticoresistente
Reicidivas por 12-16 meses
-Conduta:
Dieta hipossódica;Peso diário; quantificação diária da diurese; aferição da pressão
arterial; repouso no leito se sintomas congestivos,
Evitar vacinas de vírus vivo
Antibioticoterapia precoce ou profilática
Diuréticos - HCTZ 2 mg/kg/dia se edema
Albumina 1-2 g/kg + Furosemida 0,5 mg/kg/dose no meio e fim da infusão se: edema
importante, derrame pleural, edema genital
Espironolactona 2 mg/kg/dia se uso de corticóide
Corticóides- 2 mg/kg/dia ( até 60 mg/dia) por 4 semanas-até 8 semanas se não houver
negativação da proteinúria.Quando negativação, reduzir para mesma dose em dias
alternados por 4 semanas e redução a cada 15 dias posterior.
Solicitar sorologias ( toxo, CMV, hepatites, HIV, VDRL)
AAS 2-5 mg/kg/dia se episódio prévio de trombose ou descompensação
-Seguimento:
Reicidivas frequentes - >2 em 6 meses após 1ª descompensação.
Considerar: Ciclofosfamida ( 2 mg/kg/dia 3 meses)/ Ciclosporina (4-6 mg/kg/dia)
Nas descompensações:
Avaliar presença de infecção;
Avaliar piora do edema/oligúria/hipertensão,
Verificar adesão medicamentosa,
Solicitar: HMG, PCR/VHS, função renal, albumina, urina I, proteinúria isolada, creatinúria
isolada, eletrólitos.
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TCE
2. Vias aéreas: avaliar indicação imediata de IOT: hipoxemia não resolvida com O2, alteração
padrão respiratório, apneia, instabilidade parede torácica, Glasgow < ou = a 8, dificuldade de
manter via aérea pérvia.
4. Avaliar sinais de HIC e de herniacao iminente: Cushing, déficit neuro focal, alteração pupilar,
de nível de consciência.
Classificar o TCE:
Alto risco:
60
Queda de mais de 1 m de altura ou mais de 4 degraus de escada
Alteração do nível de consciência
Sinais focais
Abaulamento de fontanela
Sinais de depressão/fratura de crânio
Irritabilidade com choro inconsolável
Convulsão
+ de 5 vômitos ou 6 em 1 hora
Perda de consciência > 1 min
Acidente com automóvel ou bicicleta sem capacete
Suspeita de maus tratos
Cefaleia persistente
CONDUTA: TC DE CRÂNIO
Risco intermediário:
Vômitos 3 a 4
Perda de consciência <1 min
Letargia/irritabilidade resolvida
Comportamento diferente do habitual
Fratura craniana acima de 24h de historia
Trauma não presenciado
Hematoma em couro cabeludo – qualquer região.
Baixo risco: queda menor que 1 metro, ausência de sinais e sintomas por mais de 2 h apos
trauma, ausência de vômitos persistentes, ou perda de consciência ou convulsão, bom estado
geral, exame neurológico normal, ausência de hematoma subgaleal, maiores de 12 meses de
idade.
Maiores de 2 anos: risco se: história de queda de uma altura de mais de 1,5 metro acidente
com automóvel ou bicicleta sem capacete perda da consciência maior que 1 minuto
convulsão alteração do nível de consciência sinais focais fratura de crânio
CONDUTA: TC
->Não há indicação de exames de imagem em crianças que estejam com exame neurológico
normal, sem sinais de fratura de base de crânio, sem história de vômitos, cefaléia ou perda da
consciência.
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