Ação Direta de Inconstitucionalidade
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Ação Direta de Inconstitucionalidade
O Partido Político Vamos Brasil, entidade política com estatuto devidamente resgistrado no TSE
sob o n.__, representado, neste ato, por seu Presidente da Comissão Executiva Nacional, tendo
representantes eleitos na Câmara dos Deputados, onde recebe notificações, por seu advogado infra-
assinado, conforme procuração anexa (doc.1) vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência,
propor
com MEDIDA CAUTELAR, baseado no artigo 102, I, da Constituição Federal (CF/88) e legitimidade do
artigo 2, VIII, da Lei 9868/99, em face da LEI ESTADUAL WW, nos termos e motivos que a seguir passa
a expor:
DA LEGITIMIDADE ATIVA:
O Partido político Vamos Brasil é legitimado universal para propor ADI, conforme artigo 103, VIII, da
CF/88.
DA LEGITIMIDADE PASSIVA:
Figura a Assembléia Legislativa do Estado ... que publicou a lei e o Governador do Estado ... que a
sancionou.
DOS FATOS
Em janeiro de 2021, a Assembléia Legislativa do Estado ... publicou a LEI ESTADUAL WW que
estabeleceu, em suma, novas regras eleitorais e partidárias na circuscrição do Estado, conforme se
infere do seu texto anexo (cópia juntada - doc.2), confrontando, de forma manifesta, os artigos 17 e
22 da CF/88, além de outros princípios e regras da carta fundamental.
1º. O Ato normativo estadual viola o artigo 22, I, da CF/88 que determina competência privativa da
União para legislar sobre direito eleitoral e, adicionalmente, infringe o inciso IV do mesmo artigo que
também estabelece competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações e
radiofusão.
2º. Ademais, a Lei estadual WW fere os diversos ditâmes do artigo 17 da CF/88 sobre partidos
políticos. Primeiramente, não respeita as regras de livre criação de partidos políticos estabelecendo
regras temporárias para tal fim violando o caput do respectivo artigo 17. Outrossim, determina
critérios de acesso gratuito em rádio e TV para partidos políticos dissonantes dos previstos no §3, do
mesmo artigo constitucional, ferindo o princípio da proporcionalidade ou razoabilidade e pluralismo
político, em manifesta inconstitucinalidade material aos respectivos dispositivos citados.
DA MEDIDA CAUTELAR
Conforme previsto na Lei 9898/99 e dispositivos do Código de Processo Civil, a medida cautelar
poderá ser concedida se presentes os requisitos de probabilidade do direito (FUMUS BONI IURIS) e o
perigo de dano (PERICULUM IN MORA).
Mostrou-se evidente o FUMUS BONI IURIS perante à violação dos artigos 17 e 22 da CF/88, em
virtude da evidente inconstitucionalidade material da Lei estadual Y, que remete à concessão da
medida cautelar no presente caso, a fim de se manter a rigidez constitucional.
Quanto ao PERICULUM IN MORA, estipula-se pela lei WW estadual restrição evidente à liberdade de
criação partidária, o que repercute no fundamento constitucional do pluralismo político do artigo 1, V
da CF colocando em risco o regime democrático, exigindo-se, assim, imediata suspensão da eficácia
da lei estadual até que seja definitivamente julgada a ADI.
DO(s) PEDIDO(s)
a) A concessão de medida cautelar para suspender os efeitos da Lei estadual WW até o julgamento
da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade.
c) A procedência do pedido, para que a Lei estadual WW contestada na presente ação seja declarada
inconstitucional.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado, OAB n.