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Resumo: Nos limites deste texto, apresentamos uma revisão bibliográfica de livros, teses e
documentos oficiais com objetivo de sustentar uma pesquisa de graduação, em andamento,
com a finalidade de compreender a importância da Musicografia Braile no ensino do aluno
cego ou com deficiência visual e o seu papel na compreensão musical deste público específico
e foram utilizados os descritores: educação musical, musicografia braile, educação especial.
Para tanto, foram investigadas as produções relacionadas ao desenvolvimento de técnicas de
ensino da música para alunos com deficiência visual. Particularmente, nosso interesse é na
prática do ensino musical por intermédio da Musicografia Braille e tecnologias empregadas
para a formação e prática musical, assim como o desenvolvimento cognitivo deste público de
maneira a compreender como acontece sua compreensão musical. Os resultados parciais
encontrados mostraram que são poucas as pesquisas e textos produzidos sobre o tema, ainda
que quando analisadas as três áreas do conhecimento em sua singularidade. Apesar disso, foi
possível estabelecer um diálogo teórico e conceitual com a bibliografia encontrada e o tema
proposto para desenvolvimento de investigação. Entendemos que a discussão sobre o tema –
o ensino da música para alunos com deficiência visual no ensino comum1– ainda é muito
recente no meio acadêmico, embora haja pesquisas isoladas em cada uma das áreas
consideradas neste estudo. Nesse sentido, foi possível constatar que já existem profissionais
e pesquisadores que se atentaram para o tema e suas possibilidades de futuros
desdobramentos, na busca de alavancar as discussões com futuros educadores e
pesquisadores.
1
Trata-se da “escola para todos”, apontada no artigo 205 da Constituição Federal de 1988, subsidiada
pela portaria do MEC nº 1793/1994 e consolidada na LDB em seu art.59, em contraste com “Instituições
Especializadas com atuação exclusiva em educação especial”, art.60 da LDB.
FONTE: http://blog.brasilacademico.com/2010/09/partitura-
em-braile-para-musicos-cegos.html, AGO, 2019.
Essa prática de escrita e leitura, faz com que o aluno desenvolva diferentes modos
de representação mental. E sendo o educador o instigador do processo, preparar atividade e
mecanismos para que o aluno se desenvolva, fará com que tenha uma alfabetização mais
completa.
Considerações Finais
Tendo em vista o diálogo das duas áreas do conhecimento, a Cognição Musical e a
Educação Musical Especial, as pesquisas realizadas no campo cognitivo fazem com que
possamos perceber os motivos do desenvolvimento intelectual e motor do aluno e assim
contribuir com os processos de ensino-aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem que acontece na relação professor e aluno,
necessariamente se faz de modo a provocar transformações em ambos. A Cognição Musical,
dará suporte teórico e científico para explicar o que acontece no corpo humano, mais
especificamente no cérebro, tendo a Neurociência como colaboradora. É importante
entender os efeitos da música sobre o indivíduo e compreender a relação da mente humana
com a música e a maneira que se dá essa construção. Assim sendo, o estudo da cognição
musical permite compreender como a educação musical pode beneficiar o aluno com
deficiência.
A Musicografia em Braile é a ferramenta utilizada pelo educador e aluno que viabiliza
o processo de construção do conhecimento musical, resultando na representação,
compreensão e discurso musical do aluno. Assim, o acesso a essa ferramenta é importante
para que haja a inserção do aluno/músico cego ou com deficiência visual nos ambientes
escolares e outros campos de atuação da arte música.