Revisoes Epistemologicas
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CONTEMPORÂNEAS
STIGAR, Robson
Faculdade Herrero
[email protected]
RESUMO
INTRODUÇÃO
Universitas - Ano 13
2 - -Nº
Nº324
- Julho/Dezembro
- Janeiro/Junho 2009
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STIGAR, R.; RUTHES, V. R. M.; MENDES, A. A. P.
2. A ETIMOLOGIA
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“Logos é uma palavra grega que designa asserção, princípio, lei, razão, concordância, correspondência
e proporção” (JAPIASSÚ, 1981, p. 61),
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Corrente filosófica nascida na Europa da Idade Média, que dominou o pensamento cristão entre os
séculos XI e XIV e teve como principal nome o teólogo italiano São Tomás de Aquino. “Uma das
contribuições mais importantes de São Tomás foi ter realizado uma releitura da obra de Aristóteles
dentro de uma perspectiva cristã”. Com essa releitura, o pensador italiano tentou conciliar razão e
fé, acreditando que não havia contradição entre elas, pois ambas vinham de Deus. Essa concepção é
muito bem expressa por uma velha máxima sua: “Crer para poder entender e entender para crer.” São
Tomás de Aquino dividiu o conhecimento humano em dois. O conhecimento sobrenatural seria aquele
ensinado pela fé, como a aceitação da Trindade Divina, ou seja, Deus como Pai, Filho e Espírito Santo.
Já o conhecimento natural viria à luz da razão, como os teoremas matemáticos (REALE, p. 101, 2005).
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“O pensamento empírico torna-se claro depois que o conjunto de argumentos fica estabelecido. No fundo,
o ato de conhecer dá-se contra um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos mal estabelecidos,
superando o que, no próprio espírito, é obstáculo à espiritualização” (BACHELARD, 1996, p. 49).
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“De acordo com Bachelard, há um novo espírito científico que se opõe tanto ao predomínio antigo e
medieval da imagem como ao predomínio moderno do esquema geométrico” (MORA, 2001, p. 20).
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Platão usou o termo “paradigma” em vários sentidos: “exemplo”, “amostra”, “padrão”, “modelo”,
“cópia”. A noção de paradigma possui um papel importante na história e filosofia da ciência a partir
da obra de Thomas S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, de 1962 (MORA, 2001, p. 2200).
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5. A CIÊNCIA FALSIFICÁVEL
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Os cientistas trabalham a partir de modelos adquiridos por meio da educação ou da literatura a que são
expostos subsequentemente, muitas vezes sem conhecer ou precisar conhecer quais as características
que proporcionaram o status de paradigma comunitário a esses modelos. A coerência da tradição de
pesquisa da qual participam não precisa nem mesmo implicar a existência de um corpo subjacente de
regras e pressupostos, que poderia ser revelado por investigações históricas ou filosóficas adicionais.
O fato de os cientistas usualmente não perguntarem ou debaterem a respeito do que faz com que um
problema ou uma solução particular sejam considerados legítimos nos leva a supor que, pelo menos
intuitivamente, eles conhecem a resposta. Mas esse fato pode indicar tão somente que nem a questão
nem a resposta são consideradas relevantes para suas pesquisas. Os paradigmas podem ser anteriores,
mais cogentes e mais completos que qualquer conjunto de regras para a pesquisa que deles possa ser
claramente abstraído (KUHN, 1996, p.75).
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“Primeira tese: conhecemos muito. E conhecemos não só muitos detalhes de interesse intelectual
duvidoso, porém, coisas que são de uma significação prática considerável e, o que é mais importante,
que nos oferecem um profundo discernimento teórico e uma compreensão surpreendente do mundo.
Segunda tese: nossa ignorância é sóbria e ilimitada. De fato, ela é, precisamente, o progresso titubeante
das ciências naturais (ao qual alude minha primeira tese), que constantemente, abre nossos olhos mais
uma vez à nossa ignorância, mesmo no campo das próprias ciências naturais. Isto dá uma nova virada na
ideia socrática de ignorância. A cada passo adiante, a cada problema que resolvemos, não só descobri-
mos problemas novos e não solucionados, porém, também, descobrimos que onde acreditávamos pisar
em solo firme e seguro, todas as coisas são, na verdade, inseguras e em estado de alteração contínua”
(POPPER, 2004, p. 06).
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“Esta mutação epistemológica da história não está ainda acabada. Ainda em nossos dias, e sobretudo
para a história do pensamento, ela não foi registrada nem refletida, enquanto outras transformações mais
recentes puderam sê-lo” (FOUCAULT, 2008, p. 13).
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“A orientação para a episteme foi a única explorada até aqui. A razão disso é que, por um gradiente que
caracteriza, sem dúvida, nossas culturas, as formações discursivas não param de se epistemologizar. Foi
interrogando as ciências, sua história, sua estranha unidade, sua dispersão e suas rupturas que o domínio
das positividades pôde aparecer” (FOUCAULT, 2008, p. 218-219).
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Infelizmente, o termo “complexidade” trás consigo uma forte carga semântica, pois, na linguagem
coloquial, tendemos que é associar complexo com complicado, embora o complexo, originalmente,
seja relativo a conjunto, irremediavelmente relacionado, ao que não pode ser separado sobre pena de
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“Convenciona informar que o paradigma da complexidade não nasce numa disciplina, nem em lugar
determinado, trata se um processo” (MORIN, 1996, p. 87).
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“É aquela que, fundando o seu princípio de explicação sobre a ordem e a simplificação, reinou até ao
início do século XX, e hoje se encontra em crise” (MORIN, 1996, p. 93).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 15ª ed. Porto: Edições Afrontamento, 2006.
SHEN, V. A Philosophical Examination of the Approach to Nature in China and the West:
With a discussion on the humanistic spirit needed. In: Science and Technology. Disponível
em http://www.riccibase.com/docfile/en01.htm. Acesso em março de 2018.