Processo Civil IV
Processo Civil IV
Processo Civil IV
Obs. por ser ordem pública pode ser reconhecida de ofício, mas
sempre tem que intimar a parte que sofreria da prescrição para se
manifestar sobre a prescrição - art. 487 e 10.
Processo de Execução
Aqui é necessário o título executivo extrajudicial - documento que
contém dentro dele o acertamento do direito - visto que deve ser
certo o direito e não, diante do processo sincrético, não será o
título judicial. Aparece pela autonomia privada/negocial das
partes. Esse título permite que o credor ao invés de, no caso do
inadimplemento, tenha que recorrer à justiça no processo de
conhecimento, visto que já está pré certado o direito, ele poderá
fazer por processo de execução.
O início do processo de execução será por pet. Inicial - art. 312 -
a pessoa será chamada para cumprir a obrigação em determinado
prazo, iniciará a penhora e a causa de pedir será diferente.
O título extrajudicial possui um rol, os títulos de crédito, não
podendo ser feito com discricionariedade das partes - pois precisa
ter a prova de sua existência.
Diferença
Natureza do título - extrajudicial e judicial - a judicial é
protegida pela coisa julgada; fazendo com que na extrajudicial o
devedor pode usar todas as formas de defesa para impugnar o título
como é feito na contestação - pode arguir todas as matérias que
levantaria para a contestação - art. 917 (obs. A contestação aqui é
o Embargos à Execução)
__________________________________________________________________
Aqui o devedor é intimado para pagar a quantia e caso queira
questionar ele deverá ajuizar ação autônoma e paralela os embargos
à execução que é um procedimento de conhecimento com ampla produção
de prova onde ele será autor da ação (nomeado como embargante).
Art. 771 - prevê os moldes de inciar a ação de execução. Ou seja,
pela inicial sendo um dos pontos centrais a perspectiva do título
extrajudicial.
Aplica subsidiariamente o processo de conhecimento no processo de
execução.
Execução está ligada às obrigações - tanto as de quantia certa, de
entrega de coisa e fazer e não fazer; sendo que cada uma possui um
procedimento específico dentro do capítulo da execução - mais
simples que o procedimento de conhecimento.
Súmula 279 STF - a fazenda pública pode compor parte passiva no
processo de execução. Também previsto no artigo 910
Art. 784 - rol de títulos executivos extrajudiciais.
Precisa está corporado no título executivo uma obrigação certa,
líquida e exigível - art. 786.
Obs. caso seja feito uma ação de execução com título que não esteja
certo, líquido ou exigível será extinguida a ação e será devido os
honorários sucumbenciais pelo Autor.
Art. 785 - ainda que o credor tenha o título extrajudicial,
líquido,certo e exigível ele poderá entrar com o processo de
conhecimento ao invés da execução.
Obs. tem uma lei tramitando que cria uma forma extrajudicial de
cumprimento da execução bloqueando a via judicial - seria pelo
cartório de protesto que faria toda a execução. O que deverá ser
feito por impulso do credor - criar um sistema extrajudicial de
execução desses títulos. - desjudicialização da execução civil
(pelo menos no primeiro momento) - obrigatório adv.
Pressupostos da Execução: Jurídico: a existência do título
extrajudicial líquido, certo e exigível; fático: inadimplemento -
famoso condições de execução/interesse de agir (caracterização do
interesse de agir)
______________________________________________
Anotações Sofs
- Bem público: O contrato administrativo é título executivo, por ser documento público - Resp
1.521.531 SE - A doutrina, por sua vez, define documento público como "todo aquele cuja
elaboração se deu perante qualquer órgão público, como, por exemplo um termo de
tal documento é aquele produzido por autoridade, ou em sua presença, com a respectiva
- Súmula 258/STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de
Ao contrário do código anterior, agora os próprios condomínios poderão entrar com uma ação
a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
todos os bens do devedor - Art. 789, CPC O devedor responde com todos os seus bens presentes e
futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei - Bens
impenhoráveis - Art. 833, CPC + Bens de família Lei 8.009 - A responsabilidade primária para o
terceiros.
- Art. 790, CPC: São sujeitos à execução os bens: I - do sucessor a título singular, tratando-se
direitos reais - Ex. Art. 109, CPC]; II - do sócio, nos termos da lei [Sócios que respondem
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos
em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; V - alienados ou
gravados com ônus real em fraude à execução; VI - cuja alienação ou gravação com ônus real
- Art. 109, CPC: A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título
- Art. 795, §4º: Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
___________________________________________________________________
Bens Executáveis
Art. 790, IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus
bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; - Art. 1.643
e 1644 do CC.
- Se o dinheiro, ainda que ilícito, tenha se convertido para os
bens da família eles podem ser penhorados para responder pela
dívida do cônjuge.
Embargos de Terceiros
Quando um terceiro que tem o seu bem penhorado, sob a égide do
artigo 790, na pretensão de resguardar a sua cota parte, poderá
impetrar um Embargos de Terceiros - Art. 674.
ARt. 792, §4º
Fraude à Execução
Art. 158 e 159 CC - Fraude contra credores: transmissão gratuita
(art. 158)
Caso deseje ajuizar ação contra a fraude de credores poderá ajuizar
a Ação Pauliana - art. 161 CC - Litisconsórcio necessário (terceiro
adquirente).
- Tem que ter eventos danus (comprovar o dano); crédito
antecede o fraude e que o devedor estava ou veio a estar
insolvente e ciência da fraude.
- Isso é uma ação de conhecimento contra o devedor e o terceiro
adquirente, ou seja, não pode ser feito dentro da execução -
deve ser autônoma - art. 790, VI
O interesse violado na fraude ao credor é o interesse privado do
credor, já da execução é da atividade jurisdicional, ou seja, vai
contra o Estado Juiz.
Na Fraude à Execução não é anulabilidade, como na fraude ao credor,
mas sim uma ineficácia em relação ao credor exequente e ao processo
executivo - da transferência do devedor para o terceiro adquirente.
Ou seja, continua válido entre as partes da execução.
Conceito: A fraude à execução se configura quando, citado o
executado, este se desfaz de seus bens, impossibilitando a penhora
e a satisfação do crédito. - art. 792 CPC
Casos do Art. 792, I, II e III: Prévia inscrição de penhora no
registro do bem gera presunção absoluta de que o terceiro sabia da
penhora e da pendência da ação, ou seja, não há provas a serem
produzidas pelo terceiro. Nesse caso, ocorre a evicção do terceiro
que terá direito de regresso contra o vendedor - o devedor. Aqui
não há que se falar em insolvência pois era um bem que já estava
vinculado a um processo.
Casos do art. 792, IV - não há registro da ação ou da constrição
processual sobre o bem. Aqui é necessário ação em curso ou quando
reduz a insolvência. No que se refere a ação em curso, entende-se
que o devedor deve estar citado, ou seja, litispendência - ele deve
saber que tem uma ação contra ele. Dito isso, quando o terceiro
comprou de boa fé o bem - súmula 375 STJ - na hipótese para que
haja a fraude à execução deve ser comprovada a má fé do terceiro.
Assim, nesse caso tem que provar a má-fé do terceiro para que o bem
volte para o credor e não fique nas mãos do terceiro.
Bem móvel: visto que não tem registro; art. 792,§2º - o terceiro
tem que provar que tomou as cautelas mínimas para a aquisição
(olhar antecedentes do cara em todas as justiças e guardar as
certidões)
Desconsideração da PJ
Para conseguir pegar o sócio de uma PJ precisa instaura um pedido
de incidente de desconsideração da pessoa jurídica. Posto isso, o
art. 137 uma vez acolhido o pedido de desconsideração a alienação
será fraude. Em conjunto com o art. 792, §3º, a fraude se
considerar a partir da citação da parte da parte cuja personalidade
se pretende desconsiderar - não precisa de execução pode ser no
processo de conhecimento para configurar fraude à execução, basta o
processo judicial.
Execução Fiscal
Se tiver dívida inscrita no fisco, não importa se é bem de família
ele será - art. 185; Em casos relacionados ao fisco, a
transferência de bens do devedor após a inscrição do débito
tributário em dívida ativa configura fraude à execução fiscal,
independentemente de haver qualquer registro de penhora e de ser
provada a má-fé de quem adquiriu tal bem. Já a fraude à execução
fiscal é tratada pelo artigo 185 do Código Tributário Nacional
(CTN).
"A fraude de execução, diversamente da fraude contra credores, tem
caráter absoluto", afirmou o relator, esclarecendo que nesse caso
não há necessidade de se provar conluio entre o vendedor e o
comprador. Para o ministro, a constatação da fraude é objetiva e
não depende da intenção de quem participou do negócio: "Basta que,
na prática, tenha havido frustração da execução em razão da
alienação"
Embargos de Terceiros: Caso o terceiro queira alegar que estava de
boa-fé e impedir a penhora ele terá que protocolar uma nova ação -
os Embargos de Terceiros.
Título Extrajudicial
Bem Público: contrato administrativo; é um documento produzido por
autoridade ou em sua presença com a respectiva chancela, desde que
tenha competência para tanto - ex. Confissão de dívida em
repartição administrativa.
Súmula 233/STJ: O contrato de abertura de crédito, ainda que
acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo.
Súmula 258/STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura
de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título
que a originou.
Súmula 300/STJ: A confissão de dívida - O instrumento de confissão
de dívida, ainda que originário de contrato de abertura de crédito,
constitui título executivo extrajudicial.
Condomínio: próprio condomínio poderá entrar com uma ação de
execução direta contra os moradores - o referente pode ser de
contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previsto na convenção ou aprovado em assembleia geral, deve ser
comprovado documentalmente.
Execução Por Quantia Certa
Título executivo no rol do art. 824 - necessário para instaurar o
processo de execução
Art. 825 - determina a forma de cumprimento da execução por quantia
certa quando não realizado o pagamento voluntariamente.
Petição inicial: vai seguir em regra o art. 319, mas tem as
especificidades do artigo. 798 para a execução.
Aqui na execução é citado para pagar, já sendo mencionado pelo
autor que os bens serão penhorados.
Obs. aqui geralmente tem cláusula de eleição de foro ou praça de
pagamento - título de crédito que tem isso; caso não tenha esses
será o domicílio do executado.
Legitimidade Ativa
Cessão de crédito - o credor cede crédito para terceiro e comunica
o devedor. Assim fica o cedente e o cessionário - e o que deve
ajuizar a ação de execução é o cessionário.
Subrogado: terceiro que pagou a dívida que não é dele - com isso,
fica com o crédito para ele, se tornando o novo credor podendo
executar a dívida do devedor - Sub Rogação legal e convencional.
MP - art. 778; quando tem titularidade da ação - ação civil pública
- defender direito alheio - geralmente somente de conhecimento -
contudo, pode ajustar o TAC (termo de ajustamento de conduta) e
pode executar ele (título executivo extrajudicial) - 784, III; se
você descumpre a conduta do TAC ele pode executar.
- Como fiscal da lei é praticamente impossível
- Art. 68 CPP - inconstitucionalidade progressiva - se instalar
DP por lei o artigo 68 não é aplicável, sem instalar ele
continua vigente.
Legitimidade Passivo
Devedor; responsáveis do artigo 790 (art. 121); espólio - 796;
fiador constante no título - esse, inclusive, entra o bem de
família também.
Art. 779 - o devedor sempre está escrito no título executivo e o
credor não necessariamente, pode ser aquele que detém o título.
Exceção de Pré-executividade
Criado pela doutrina e jurisprudência, porque antigamente não podia
interpor embargos à execução sem penhora. Aqui é feito por simples
petição, como um incidente, em que o Executado informa o juiz
coisas que ele pode reconhecer de ofício e que não demandem
produção de provas - ex. Ilegitimidade ativa ou inexequibilidade do
título. Na hipótese de ser afastada a exceção de pré executividade,
com decisão de mérito, já a preclusão consumativa, não podendo ser
alegada em sede de embargos.
- Recursos: 1. Acolhe integralmente [Se acolhe para matar a
execução, cabe apelação (Art 203, §1º 924, 925) - Se não,
cabe Agravo]; 2. Acolhe parcialmente [Cabe agravo de
Instrumento - Art. 1015, PU]; 3. Rejeita/inadmite [agravo de
Instrumento].
- Honorários: 1. Se acolher, ainda que parcialmente, cabe
fixação de honorários [entendimento do STJ]; 2. Quando
rejeita, em tese, não tem honorários, porque vira um simples
requerimento incidental.