BNCC e Currículo Paulista Alterado
BNCC e Currículo Paulista Alterado
BNCC e Currículo Paulista Alterado
BNCC
e
CURRÍCULO PAULISTA
)
(Estudo comparativo
DEZEMBRO DE 2017
APROVAÇÃO DA BNCC
NO CNE E A
HOMOLOGAÇÃO DA
BNCC
Pilares da BNCC
Conheça e entenda as
Competências Gerais da BNCC
As propostas estruturam o documento, apontam caminhos do
aprendizado e avançam no campo das socioemocionais
Por ROSI RICO
O que é a BNCC?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em
conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se
exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação
humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) 2.
Fundamen-tos
Referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal
Legais e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares, a BNCC integra a política nacional da
Educação Básica e vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal, estadual e
municipal, referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para
a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação.
Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento
do regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da educação. Assim, para além
da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum
de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental.
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos
estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento.
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que
contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a
preservação da natureza” (BRASIL, 2013) 3, mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações
Fundamen-tos
Pedagó-gicos Unidas (ONU)4.
É imprescindível destacar que as competências gerais da Educação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se
e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na
formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Ao longo da Educação Básica – na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio –, os alunos devem
desenvolver as dez competências
dez competências gerais da Educação Básica,
Básica, que pretendem assegurar, como resultado do seu processo
de aprendizagem e desenvolvimento, uma formação humana integral que vise à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
Competências da BNCC
Referência para a construção dos currículos de todas
as escolas do país, a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) foi elaborada estabelecendo como pilares 10
competências gerais que irão nortear o trabalho das
escolas e dos professores em todos os anos e
componentes curriculares – as antigas disciplinas – da
Educação Básica.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,
a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos
de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
A BNCC e a Área de Linguagens
A ÁREA DE LINGUAGENS
As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e
com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais,
morais e éticos.
Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no
Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem
diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como
também seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil.
As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os
estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que
isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os componentes curriculares tematizam diversas práticas, considerando especialmente aquelas
relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas. Nesse conjunto de práticas, nos dois primeiros anos desse segmento, o
processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Afinal, aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo novo e
surpreendente: amplia suas possibilidades de construir conhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na cultura letrada, e
de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social.
Por sua vez, no Ensino Fundamental – Anos Finais, as aprendizagens, nos componentes curriculares dessa área, ampliam as práticas de
linguagem conquistadas no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse segmento, a
diversificação dos contextos permite o aprofundamento de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que se constituem e
constituem a vida social.
É importante considerar, também, o aprofundamento da reflexão crítica sobre os conhecimentos dos componentes da área, dada a maior
capacidade de abstração dos estudantes. Essa dimensão analítica é proposta não como fim, mas como meio para a compreensão dos
modos de se expressar e de participar no mundo, constituindo práticas mais sistematizadas de formulação de questionamentos, seleção,
organização, análise e apresentação de descobertas e conclusões.
Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica, a área de Linguagens deve garantir
aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.
LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL –
ANOS FINAIS: PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE
CONHECIMENTO E HABILIDADES
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fun
damental/lingua-portuguesa-no-ensino-fundament
al-anos-finais-praticas-de-linguagem-objetos-de-c
onhecimento-e-habilidades
O Currículo Paulista
O Currículo Paulista
“O Currículo Paulista... é fruto do esforço dos profissionais da
educação representantes das Redes Municipais, da Rede
Estadual e da Rede Privada de Ensino que, atuando de modo
colaborativo, associaram saberes, procedimentos, reflexões e
experiências a respeito da prática docente nos diferentes
componentes curriculares...
Contempla as competências gerais discriminadas pela Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE) e homologada em 20 de dezembro
de 2017, bem como os currículos e as orientações curriculares
das redes de ensino públicas e privadas. O Currículo Paulista
define e explicita, a todos os profissionais da educação que
atuam no Estado, as competências e as habilidades essenciais
para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos
estudantes paulistas e considera sempre sua formação integral
na perspectiva do desenvolvimento humano.”
Currículo Paulista, p.11
Currículo Paulista:
4 tópicos para compreender a estrutura do documento
Noprimeiro dia de agosto de 2019, foi homologado o
Currículo Paulista, elaborado pela Secretaria do Estado
da Educação (SEE) em parceria com a UNDIME-SP e
com o auxílio de mais de 600 municípios do Estado de
São Paulo.
2) Os fundamentos pedagógicos
O foco do Currículo Paulista está na Educação Integral dos alunos, onde as dimensões
intelectual, física, socioemocional e cultural precisam ser desenvolvidas durante o processo de
aprendizagem. Para isso, orientações para guiar o processo de ensino e aprendizagem e as práticas
em sala de aula estão presentes no documento paulista.
O Currículo Paulista reitera que as atividades desenvolvidas com os alunos dentro e fora do
espaço escolar devem estar voltadas para desenvolver as dez competências gerais da BNCC:
A estrutura do Currículo Paulista – Ensino Fundamental
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculo
paulista/wp-content/uploads/sites/7/2020/
08/CURR%C3%8DCULO%20PAULIST
A%20etapa%20Ensino%20M%C3%A9di
o.pdf