Apostila Curriculos e Programas Pedagogia
Apostila Curriculos e Programas Pedagogia
Apostila Curriculos e Programas Pedagogia
Nacional para a Educao Infantil (RCNEI). Sua elaborao teve como base os
Parmetros Curriculares nacionais, que atendiam o que foi estabelecido no art. 26 da
LDB em relao necessidade de uma base nacional comum para os currculos. O
documento consiste em um conjunto de referencias e orientaes pedaggicas e no
como base obrigatria ao docente.
J as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil (DCNEI),
elaboradas pelo MEC, tm carter mandatrio e se constituram na doutrina sobre os
princpios, fundamentos e procedimentos da Educao Bsica do conselho Nacional de
Educao. Eles servem para orientar as instituies de Educao Infantil dos sistemas
brasileiros de ensino na organizao, articulao, desenvolvimento e avaliao de suas
propostas pedaggicas.
1.2 Educao Infantil: atribuies ao Estado
A Constituio Federal atribui ao Estado o dever de garantir o atendimento s
crianas de 0 a 6 anos em creches e pr-escolas (art.208,IV). Especifica que Unio
cabe a prestao de assistncia tcnica financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
municpios para garantir a equalizao das oportunidades e padro mnimo de
qualidade. Atribui, tambm, aos municpios prioritariamente a atuao no Ensino
Fundamental e na Educao Infantil (art. 211).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), ainda, estabelece, no
seu art. 11, inciso V, que os municpios incumbir-se-o de oferecer a Educao Infantil
em creches e pr-escolas. Cabe, tambm, ao municpio o aumento das matriculas de
crianas de 0 a 6 anos na rede publica de ensino, assim como o compromisso e a
vontade poltica de escolher gestores que garantam maior e melhor oferta para essa rea.
J o Plano Nacional de Educao (PNE (lei n 10.172/2001), em seu capitulo
sobre a Educao Infantil, institui diretrizes, objetivos e metas que abrangem aspectos
qualitativos e quantitativos. Sua utilizao se d pelas instituies e profissionais dessa
modalidade de ensino, como forma de concretizar um processo educacional
democrtico, amplamente participativo. Nesse sentido o PNE admite que
para tanto, requerem-se, ademais de orientaes pedaggicas e medidas
administrativas conducentes melhoria da qualidade dos servios oferecidos,
medidas de natureza poltica,tais como decises e compromissos polticos
dos governantes em relao s crianas, medidas econmicas relativas aos
recursos financeiros necessrios e medidas administrativas para articulao
dos setores da poltica social envolvidos no atendimento dos direitos e das
necessidades das crianas, como a Educao, a Assistncia Social , a Justia,
o Trabalho, a Cultura, a Sade e as comunicaes Sociais, alm das
organizaes da sociedade civil (p. 14-15)
ensino. Por isso, estudaremos as matrizes ldicas e sua influencia no processo formativo
de crianas de 0 a 6 anos.
3.1 As matrizes ldicas nas suas diferentes formas
O contexto sociocultural vai definindo quem ns somos como so nossas formas
de educar e como so as metodologias desenvolvidas pelos professores nas escolas de
Educao Infantil para que a educao acontea.
Precisamos considerar os efeitos da ludicidade na formao da criana que
acontece nas creches e pr-escolas brasileiras. Se observarmos bem, veremos que,
atualmente, temos em algumas pr-escolas do Brasil tecnologias avanadas que
simulam jogos e brincadeiras para crianas de qualquer idade, bastando para isso
acionar teclas de um computador. Essas mudanas nos remetem a idia de que as
crianas experimentam a todo o momento novas brincadeiras, novas sensaes, novas
descobertas, novos games entre outros jogos que transmitam imagens e mensagens
rpidas e eficazes, sem nenhum esforo fsico.
Diante do que foi apresentado, cabe-nos uma indagao: at que ponto o ldico
tecnolgico vivel para o trabalho educativo nas creches e pr-escolas? (KRAMER,
2000).
Apesar de estarmos diante de grandes e invitveis mudanas sociais, h de se
convir que as crianas, principalmente aquelas de 0 a 6 anos, sentem necessidades das
brincadeiras de roda, de pega-pega, de pique - esconde, da peteca, do teatro, da
amarelinha, entre tantas outras brincadeiras que conhecemos. Por falta de um trabalho
mais direcionado e consciente das escolas de Educao Infantil e dos professores, essas
brincadeiras esto ficando esquecidas no tempo.
De acordo com Gardner (1994), mesmo as diferentes formas de brincadeiras e de
comunicao implicam competncias humanas. Essas competncias habitam nos
sujeitos e os ajudam a compreender, a agir e a resolver problemas nas diferentes
situaes vividas, em especial nas atividades educativas.
Portanto, todas as situaes presentes no cotidiano da Educao Infantil, na forma
de brincadeiras, requerem dos alunos habilidades diversas, como: lgico-matemtica,
lingstica, sinestsica, espacial, musical, naturalista, ciberntica, intrapessoal e
interpessoal. Essas habilidades somente podero ser mobilizadas e bem trabalhadas nas
creches e pr-escolas por meio de um trabalho bem articulado que envolva a ludicidade.
Por isso preparamos um quadro que demonstra diversas habilidades que precisam ser
inseridas na matriz curricular da Educao Infantil de diferentes faixas etrias para o
desenvolvimento de competncias das crianas pequenas.
Lgico-matemtica
Lingstica
Corporal-cinestsica
Espacial
Musical
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Naturalista
Ciberntica
Intrapessoal
interpessoal
rea de
Lngua
Portuguesa
rea de
Lngua
Matemtica
rea de
Cincias
Naturais
rea de
Histria
rea de
Geografia
rea de
Artes
rea de
Educao
Fsica
rea de
Lngua
Estrangeira
tica Sade Meio Ambiente Orientao Sexual Pluralidade Cultural Trabalho e Consumo
Caracterizao da rea
Objetivos Gerais da rea
1 Parte
Ensino Fundamental
2 Parte
Especificaes
por ciclos
1 Ciclo
2 Ciclo
3 Ciclo
4 Ciclo
(1 e 2 s)
(3 e 4 s)
(5 e 6 s)
(7 e 8 s)
Objetivos da rea
para o Ciclo
Contedos da rea
para o Ciclo
Critrios de Avaliao
da rea para o Ciclo
Orientaes Didticas
quais se insere. O quarto nvel de concretizao deve ocorrer na sala de aula, quando o
professor, depois de discutir e elaborar junto comunidade escolar o projeto educativo
planeja e executa as atividades de ensino.
Os PCN foram confeccionados em forma de volumes impressos, direcionados a
todas as reas do conhecimento humano. Com uma linguagem de difcil acesso aos
professores, os PCN fundamentam-se pedagogicamente na participao construtivista
do aluno e na interveno do professor para a aprendizagem dos contedos especficos.
Com isso, h uma oferta de contedos curriculares no como fins de si mesmos, mas
considerados meios pelos quais deveria ocorrer a aquisio e desenvolvimento das
capacidades dos alunos, de ordem cognitiva, fsica, afetiva, interpessoal, de interao
social, de ordem tica e esttica.
4.3 Objetivos das diferentes reas dos PCN
Faremos uma incurso sobre os objetivos dos PCN, no intuito de permitir uma
visualizao ampla de como os objetivos so tratados nas diversas reas. Ao consultar
cada volume dos PCN, voc detectar outras possibilidades que podero auxili-lo em
seu futuro trabalho como docente.
Objetivos da lngua Portuguesa
Expandir o uso da linguagem em instancias privadas e utiliz-la com eficincia
em instancias publicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos tanto orais
como escritos- coerentes, coesos, adequados a seus destinatrios, aos objetivos a
que se propem e aos assuntos tratados;
Utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade lingstica
valorizada socialmente, sabendo adequ-los s circunstancias da situao
comunicativa de que participam;
Conhecer e respeitar as diferentes variedades lingsticas do portugus falado;
Compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes
situaes de participao social, interpretando-os corretamente e inferindo as
intenes de quem os produz;
Valorizar a leitura como fonte de informao, via de acesso aos mundos criados
pela literatura e possibilidade de fruio esttica, sendo capazes de recorrer aos
materiais escritos em funo de diferentes objetivos;
Utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem, sabendo como proceder
para ter acesso, compreender e fazer uso de informaes contidas nos textos:
identificar aspectos relevantes; organizar notas; elaborar roteiros; compor textos
coerentes a partir de trechos oriundos de diferentes fontes; fazer resumos, ndices,
esquemas, etc.;
Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relaes pessoais, sendo
capazes de expressar seus sentimentos, experincias, idias e opinies, bem como
de acolher, interpretar e considerar os dos outros, contrapondo-os quando
necessrio;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio de reflexo sobre a lngua para
expandir as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de anlise crtica;
Conhecer e analisar criticamente os usos da lngua como veiculo de valores e
preconceitos de classe, credo gnero ou etnia.
Objetivos de matemtica
Identificar os conhecimentos matemticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta e perceber o caracteres de jogo intelectual,
caracterstico da matemtica, como aspecto que estimula o interesse, a
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Impede a monotonia, permite o melhor uso dos recursos que mantm vivo o
interesse das crianas;
Impede que o professor se desgaste em improvisaes.
Tomando o planejamento como um processo de ao continua e sistemtica,
podemos dividi-lo em fases, tendo em vista os objetivos:
a) Definio do objeto: estudo do campo que se insere a atividade que se quer
planejar;
b) Conhecimento da realidade: percepo global do conjunto, para que em seguida
sejam estabelecidos metas.
6.4 Como planejar para as crianas de 0 a 3 anos?
As situaes humanas so imprevisveis, por vezes intempestivas, difceis de ser
contidas ou elaboradas. por essa razo que, na creche, o trabalho educativo, que
intencional, deve ser planejado e programado. Assim o acaso tem sua ocasio.
O planejamento na creche no algo rgido, que tenha que ser cumprido de
qualquer forma, pois no significa um manual de instrues. uma tarefa que deve ser
realizada de forma coletiva, levando em considerao:
As singularidades das crianas e as caractersticas socioculturais do grupo;
As vrias linguagens e as diferentes formas de expresso;
Os instrumentos e recursos necessrios para que as crianas possam criar a
(re) criar constantemente, de acordo com o que lhe oferecido.
Planejar atividades para crianas de creches propor uma boa organizao do
tempo e do espao, que possibilite as crianas compreender as situaes sociais e
interferirem nelas por meio da integrao em grupo.
6.5 Como planejar para as crianas de 4 a 6 anos?
Devemos nos preocupar com os alunos com quem vamos trabalhar. importante
ter em mente as caractersticas de sua faixa etria. Em seguida, podemos cumprir os
seguintes itens:
Selecionar o assunto levando em conta a compreenso, o interesse e a
importncia do assunto no aprendizado da criana;
Estabelecer os objetivos que desejamos alcanar;
Escolher e prever recursos auxiliares (gravuras, livros, jornais, revistas,
vdeo. Excurses, etc.);
Prever o tempo de durao provvel para o desenvolvimento do assunto;
Estabelecer critrios de avaliao, para verificar se os objetivos esto sendo
cumpridos;
Adaptar o planejamento as condies da escola, alternando atividades
calmas e movimentadas, que no devem exceder de 30 minutos.
Podemos, ento, dizer que planejar refletir, prever, agir, levando em
considerao as atividades e experincias de ensino-aprendizagem mais adequadas para
a consecuo dos objetivos estabelecidos, a realidade dos alunos, suas necessidades e
seus interesses. E a avaliao implica na estratgia e organizao dos conhecimentos
para o desenvolvimento das conseqncias e potencialidades dos alunos.
7- PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS: POLTICA DE
CONSTRUO DE CURRCULO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional Lei 9.394/96, em seu art. 32
assim preceitua a respeito do Ensino Fundamental:
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[...] estabelecer, em colaborao com os Estados, Distrito Federal e Municpios,
competncias e diretrizes para a Educao Infantil, o Ensino Fundamental e o
ensino Mdio, que nortearo os currculos e os seus contedos mnimos, de
modo a assegurar a formao bsica comum.
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3- Matemtica;
4- Cincias;
5- Geografia;
6- Histria;
7- Lngua Estrangeira;
8- Educao Artstica;
9- Educao Fsica;
10- Educao Religiosa (na forma do Art. 33, da LDB)
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) definidas a partir do que preceitua a
Lei n 9.394/96 esto fundamentadas pelo principio da interrelao entre contedos e
reas de conhecimentos, de modo a garantir a contextualizao dos conhecimentos
trabalhados.
Os contedos curriculares e as reas de conhecimento devem, ento, ser tratados
[...] de modo contextualizado, aproveitando sempre as relaes entre
contedos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o
protagonismo do aluno e estimul-lo a ter autonomia intelectual.
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Nesse caso, mesmo tratando-se de uma diretriz que tem implicaes claramente
pedaggicas, ano h nenhuma referencia explicita proposta dos PCN.
A quarta diretriz apia-se no art. 9 da LDB para estabelecer contedos curriculares
mnimos para a chamada Base Nacional Comum, destinados a legitimar a unidade e a
qualidade da ao pedaggica na diversidade nacional. Para o Parecer CEB 4/98(1998,
p. 9)
[...] a instituio de uma Base Nacional Comum com uma Parte
Diversificada, a partir da LDB, supe um novo paradigma curricular que
articule a Educao Fundamental com a Vida Cidad.
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Contedos atitudinais (como se deve ser): Zaballha (1998, p.46) assevera que
o termo contedos atitudinais engloba uma srie de contedos que por sua vez
podemos agrupar em valores, atitudes e normas. Compreender essa dimenso tambm
como contedo atribui uma importante ressignificao no entendimento que temos - ou
tnhamos! sobre esse assunto. Na maioria das vezes, entendemos que o trabalho com
esses aspectos algo a ser realizado se der tempo ou em circunstancias improvisadas e
imprevistos. Ao entendermos a abrangncia dosa contedos atitudinais, compreendemos
que devemos selecionar quais so os valores, as atitudes e as normas a serem
trabalhadas, explicitando-as no nosso planejamento.
Quando falamos em contedos, importante insistir no fato de que a elaborao
de uma matriz curricular para trabalhar no Ensino Fundamental no tarefa para uma
nica pessoa, nem mesmo para um grupo restrito. tarefa com implicaes cada vez
mais complexas que requer especialistas de reas diversas, em um trabalho
interdisciplinar.
Por isso o processo de planejamento escolar requer novo enfoque. Requer uma
proposta que assuma as caractersticas de um projeto, incorporando, essencialmente, as
dimenses de futuro e de possibilidade, inerentes ao ato de conhecimento.
Dessa forma, a seleo de contedos para o Ensino Fundamental se configura em
um mapa que integra a capacidade de construo e renegociao. O papel das
disciplinas, nesse novo mapa e a conexo entre elas, requer configurao mais
abrangente, capaz de incorporar, a cada etapa, as caractersticas culturais, sociais,
polticas e cientificas necessria ao nosso tempo.
10. A AULA COMO FORMA DE ORGANIZAO DE CONHECIMENTO NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Precisamos compreender a estrutura de uma aula e, em nossa disciplina, ela
importante. Faremos um estudo sobre a aula: o que pode ser considerado aula, a sua
estrutura e os passos, tipos e mtodos de ensino e o que apresentar em uma aula.
10.1 O que pode ser considerado aula
Uma aula envolve atividades administrativas e pedaggicas, cujo objetivo
promover a aprendizagem do aluno. A aula a forma predominante de organizao do
processo de ensino. A idia mais comum ao se falar de aula visualizar um professor
expondo um tema perante uma classe silenciosa. Mas o processo de ensino no se
resume a isso. Durante as aulas, acontece o encontro entre os alunos e a matria de
ensino, preparada didaticamente no plano de ensino e nos planos de aula.
As aulas se conjugam em diversas formas didticas, por meio das quais
estabelecida a correspondncia entre tipos de aulas e os mtodos de ensino. A aula
toda situao didtica no qual se pem objetivos, conhecimentos, problemas e desafios,
com fins instrutivos e formativos que incitam as crianas a aprender.
Portanto por essas e outras situaes que a aula no deve ser reconhecida
somente pela exposio, mas por todas as formas didticas organizadas e dirigidas
direta ou indiretamente pelo professor, tendo em vista realizar o ensino e a
aprendizagem dos alunos.
Por isso necessrio que a aula cumpra as seguintes exigncias no Ensino
Fundamental:
Ampliao do nvel cultural e cie3ntifica dos alunos, assegurando profundidade e
solidez aos conhecimentos assimilados;
Seleo e organizao de atividades dos alunos que possibilitem desenvolver
independncia de pensamento, criatividade e gosto pelo estudo;
Empenho permanente na formao de mtodos e hbitos de estudos;
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Preparao da aula
Problema e orientao do
objeto
Transmisso e assimilao da
matria nova
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Troca de experincias: