O Romantismo Na Música
O Romantismo Na Música
O Romantismo Na Música
Durante o Romantismo
houve um rico
florescimento da canção,
principalmente do lied
('canção' em alemão) para
piano e canto. O primeiro
grande compositor de
lieder (plural de lied) foi
Schubert (1797-1828).
Essa forma é também
desenvolvida mais tarde
por Robert Schumann
(1810-1856) e mais
posteriormente por
Johannes Brahms (1833-1897). Inicialmente os textos são retirados da poesia romântica
alemã de Goethe (1749-1832) e Heine (1799-1856). Também são características da
época as formas livres como os prelúdios, rapsódias, noturnos, estudos, improvisos etc.,
presentes na obra de Frederic Chopin (1810-1849) e Franz Liszt. Essas peças são
geralmente para piano solo e realçam o virtuosismo instrumental, dividindo a
importância do concerto entre a obra e a presença do intérprete.
A ópera
Surge uma nova ópera italiana em que às artes do bel canto somam-se um forte
elemento histriônico: os cantores também têm que emocionar ou divertir o público com
artes de ator. O enredo acaba crescendo em importância. A grande ária ainda é o
ingrediente essencial, mas como centro da cena dramática. Essa nova importância do
elemento teatral é a contrribuição italiana à ópera romântica. Destacam-se autores como
Rossini (1792-1868), Bellini (1801-1835) e Donizette (1797-1848). Outras mudanças
significativas: os adornos não podem ficar à decisão do intérprete que tende a abusar
deles (o que era comum no barroco); todos devem figurar na partitura porque o
brilhantismo das vozes não será desde essa altura o único interesse das representações; a
missão da orquestra vai além de simples acompanhamento das vozes, tendo um papel
bastante relevante.
Na França aporta a estrutura da grande ópera que já havia estado presente na tradição
espetacular da ópera-ballet de Lully. A mesma variedade musical do lied romântico
manifesta-se também na ópera, na complexidade dos arranjos orquestrais e na
dificuldade do traçado das linhas melódicas. Destacam-se os óperas de Meyerbeer
(1791-1901) e a leveza da opereta cômica de Offenbach (1919-1880) mais próxima do
music hall.
BIBLIOGRAFIA
CANDÉ, Roland. História Universal da Música. São Paulo: Martins Fontes, 1994