Música Século XIX
Música Século XIX
Música Século XIX
LONDRINA 2013
individualismo romntico incitar frequentemente o msico a pintar suas prprias experincias. Entretanto, apesar do individualismo, da subjetividade e do desejo de expressar emoes, o msico romntico ainda respeita a forma e muitas das regras de composio herdadas do classicismo. O concerto romntico utilizava grandes orquestras, e os compositores tornavam as partes dos solos cada vez mais difceis e de execuo mais intrincada. As melodias tornam-se apaixonadas, semelhantes cano. As harmonias tornamse mais ricas, com maior emprego de dissonncias. A orquestra cresce no s em tamanho, mas tambm em abrangncia. A seo dos metais ganha maior importncia. Na seo das madeiras adiciona-se o flautim, o clarone, o corne ingls e o contrafagote. Os instrumentos de percusso ficam mais variados. Musicalmente so grandes as caractersticas e conseqente
mudanas, a melodia adquire um aspecto redondo, mais fluente. O repouso da melodia ampliado por notas estranhas e pelas ousadas modulaes, que se distanciam cada vez mais da tonalidade de incio. Esta expanso nas modulaes alcanada tambm atravs da alterao, substituio, ou introduo de novos acordes. As antigas formas do classicismo no so abandonadas, mas sim expandidas com estes novos recursos meldico-harmnicos. Criam-se formas cclicas, ou seja, formas em que um tema rememorado em vrias partes de uma mesma composio. A dinmica explorada em todas as suas nuances e contrastes e surge o conceito de tempo rubato, uma alterao livre no andamento normal. Foram numerosas tambm neste perodo a criao de peras, as mais famosas hoje em dia so as romnticas. Os grandes compositores de peras do Romantismo foram os italianos Verdi e Rossini e na Alemanha, Wagner. No Brasil, destaca-se Antnio Carlos Gomes com suas peras O Guarani, Fosca, O Escravo, etc. nessa forma musical ampla e complexa que se une o canto e a interpretao, e a msica e o teatro, o verdadeiro destaque da msica vocal no perodo. At a metade do sculo XIX, toda a msica fora dominada pelas influncias alems, com isso, compositores de outros pases sentiram a necessidade de comearem a criar suas prprias msicas, principalmente os russos. Inspiravam-
se nas lendas e msicas folclricas de seus respectivos pases, enaltecendo suas razes. Surge assim o chamado Nacionalismo Musical. Msicos como Dvork, Grieg, Mussorgsky e Tchaikovsky empregaram com freqncia temas nacionalistas em suas peras, enquanto suas obras sinfnicas adquiriam intensidade e identidade prpria ao combinar coloridos nacionalistas com os procedimentos estruturais estabelecidos pela corrente alem. No Romantismo ocorreu um grande florescimento da cano,
principalmente do Lied (cano em alemo) para piano e canto. No sculo XIX o piano passou por vrios melhoramentos e aperfeioamentos, junto com o tambm aperfeioamento e aprimoramento tcnico dos executantes. Muitos romnticos escreveram para piano, embora os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Embora em meio s obras destes compositores se encontrem sonatas, a preferncia era para peas curtas e de forma mais livre. Havia uma grande variedade, entre elas, as danas como as valsas e mazurcas, peas breves como o romance, o preldio, o noturno, a balada e o improviso. Outro tipo de composio foi o Etude (ou estudo), cujo o objetivo era o aprimoramento tcnico do instrumentista (destaca-se os estudos para piano). O resultado foi uma grande valorizao, na poca, do virtuose, msicos dotados de grande habilidade tcnica, como Paganini ao violino e Liszt ao piano. Num estilo muito geral, pode dizer-se que toda arte romntica, pois, embora possa ir buscar a sua matria vida real, transforma-se, criando, assim, um mundo novo, que necessariamente se afasta, em maior ou menor grau, do mundo de todos os dias. Deste ponto de vista, a arte romntica difere da arte clssica pela maior nfase que d a este carter de distncia e de estranheza, com tudo que essa nfase pode implicar em termos da escolha e do tratamento do material. O romantismo, neste sentido genrico, no um fenmeno de uma poca bem determinada, antes se manifestou em diversos momentos e sob diversas formas. (GROUT, Donald J. e PALISCA, Claude P. Histria da Msica Ocidental. Editora Gradiva, 2007.)
Bibliografia:
Livros: CARPEAUX, Otto Maria. O Livro de Ouro da histria da Msica. Editora Ediouro, 2009. BENNETT, Roy. Uma Breve Histria da Msica. Editora Zahar, 2009. CAND, Roland de. Histria Universal da Msica. Editora Wmf Martins Fontes, 2001. GROUT, Donald J. e PALISCA, Claude P. Histria da Msica Ocidental. Editora Gradiva, 2007. Internet: http://visao-3d.blogspot.com.br/2011/04/musica-no-seculo-xix_12.html http://notrepetitenfant.blogspot.com.br/2009/02/capitulo-vii-musica-doseculo-xix.html http://www.oliver.psc.br/compositores/historiamusica.htm#MSICA ROMNTICA http://www.beatrix.pro.br/index.php/o-romantismo-na-musica-18101910/