Guiaest Acnur2023
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1 APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA
Olá delegadas, delegados e delegades! É com imenso prazer que a equipe do ACNUR
(2023) gostaria de lhes desejar as boas-vindas ao 24º MINIONU! Me chamo Maria Gabriela,
tenho 20 anos e estou cursando atualmente o quinto período de Relações Internacionais na
PUC Minas. Já participei do projeto em 2021 como voluntária do comitê que simulou o
ECOSOC 2021 e me apaixonei pelo projeto, me comprometendo a voltar nas edições
subsequentes. Em 2022, participei como diretora assistente da CSW 2022 e foi uma
excelente oportunidade, pois, além de ser minha primeira experiência de MINIONU
presencial, eu tive uma perspectiva ampliada de que organizar e executar um comitê pode
ser uma tarefa complexa, mas é extremamente recompensadora.
Por essa razão, neste ano de 2023, aceitei o desafio de contribuir para o MINIONU
com um comitê que abordasse as questões de migração e refúgio nas Américas, com uma
ótica ampliada sobre fatores éticos, culturais e políticos que abrangem as dinâmicas do
deslocamento humano na região. Espero que vocês, delegados, possam ter a oportunidade
de aprender e se engajar com a temática e articular soluções para garantir o acesso pleno à
segurança e à cidadania de todos os povos americanos. Desejo a todos uma excelente e
inesquecível experiência na MINIONU!
Olá, delegados. Meu nome é Edneusa, tenho 20 anos, atualmente estou cursando o
quinto semestre de Relações Internacionais, também na PUC Minas. Ano passado fui
voluntária do AGNU 2022 e isso me revelou novas perspectivas acerca do cenário
internacional. Gostaria de dar as boas-vindas e comunicar o meu orgulho e satisfação de estar
participando de uma edição as simulações mais reconhecidas da América Latina. Considerando
a minha paixão pelo comitê, estou muito ansiosa para essa experiência maravilhosa e para
conhecer vocês também, além de poder debater esse tema importantíssimo muito presente no
cenário internacional, mas nem tanto debatido. Estou torcendo para que os delegados possam
ter a oportunidade de aprender muito nos debates e de se engajar com a temática. Espero que
estejam tão animados quanto eu e que tenham bons estudos. Até outubro!
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1.3 Luiza Alvarez
Oi, delegados, sejam muito bem-vindos ao ACNUR (2023). Meu nome é Luiza Alvarez
e será um prazer ser a diretora assistente deste comitê no 24ª MINIONU. Estou atualmente no
terceiro período de Relações Internacionais e tenho 19 anos. Minha trajetória no MINIONU
começou ano passado, quando fui voluntária da COP 27 e foi uma experiência incrível e muito
gratificante, tanto pessoalmente como profissionalmente; por isso, resolvi voltar para participar
do projeto por mais um ano, como parte do ACNUR. Sempre me interessaram muito discussões
sobre assuntos como violação de direitos humanos, refúgio, migrações e cultura, porque acho
que são tópicos que impactam diretamente as pessoas que passam por essas situações. Espero
que o comitê tenha um debate muito produtivo e que possamos criar uma maior consciência
social sobre esse assunto tão importante. Desejo um ótimo MINIONU para todos nós, até lá!
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA
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possível afirmar que o continente americano enfrenta uma crise migratória sem
precedentes. (ONU NEWS, 2019)
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há uma variedade de grupos e segmentos sociais que se inserem na dinâmica dos deslocamentos
nas Américas. Urge, portanto, a necessidade de classificar e definir cada um desses grupos,
para compreendermos plenamente as múltiplas dinâmicas envolvidas (ACNUR, 2022).
2.1.1 Migrantes
2.1.2 Refugiados
Uma pessoa que, devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça,
religião, nacionalidade, pertença a determinado grupo social ou opinião política,
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encontra-se fora do país de sua nacionalidade; ou que, não tendo nacionalidade e
estando fora do país de residência habitual, não pode ou, devido a tal temor, não
quer voltar a ele. (CONVENTION RELATING TO THE STATUS OF
REFUGEES, 1951, Article 1, tradução nossa).
2.1.3 Apátridas
A definição que o ACNUR adota para apátrida é “uma pessoa que não é considerada
nacional por nenhum Estado de acordo com sua lei”. Em outros termos, apátrida é todo aquele
que não possui nacionalidade e, portanto, não é considerado um cidadão de nenhum Estado.
Um indivíduo que se encontra em situação de apátrida encontra grandes desafios para obter
acesso as instituições estatais e aos serviços públicos que lhe garantam direitos básicos.
Algumas pessoas nascem apátridas, mas outras se tornam apátridas; os motivos para um
indivíduo se tornar apátrida variam: pode ocorrer por meio do surgimento de novos Estados ou
por mudanças no território e nas fronteiras, perseguição de determinados grupos étnicos e/ou
religiosos e lacunas na legislação nacional que permitem a perpetuação do fenômeno de
apatridia. (ACNUR, 2022)
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que a cidadania prevê em cada país. A título exemplificativo, uma criança nascida em um país
estrangeiro corre o risco de se tornar apátrida se esse país não permitir a nacionalidade apenas
com base no nascimento e se o país de origem não permitir que um dos pais transmita a
nacionalidade por meio de laços familiares. Seja qual for a causa, a apatridia tem sérias
consequências para as pessoas em quase todos os países e em todas as regiões do mundo
(ACNUR, 2022).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos esclarece que todas as pessoas têm
direito a nacionalidade, dessa forma o ACNUR, com o apoio da comunidade internacional,
se compromete em tratar o problema dos apátridas: indivíduos que atualmente abrangem
uma das populações mais vulneráveis do mundo. A Convenção de 1954 sobre o Estatuto dos
Apátridas é uma ferramenta vital para o regime de proteção dos apátridas, não somente
delimitando o termo, mas também estabelecendo um conjunto de princípios e medidas para
solucionar a questão da apatridia.
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constrangimentos que dificultam hoje o combate ao tráfico de pessoas é a falta de
informação sobre a extensão do problema e o perfil dos criminosos. Quanto ao perfil das
vítimas, estudos apontam que as principais afetadas são mulheres migrantes,
especialmente meninas e adolescentes, tendo maior probabilidade de se tornarem vítimas
do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual ou prostituição forçada. Nas Américas,
os casos de tráfico para fins de trabalho forçado são relatados quase com a mesma
frequência que os casos de tráfico para exploração sexual. Na América do Norte, América
Central e Caribe, mais de 50% das vítimas identificadas foram exploradas em trabalhos
forçados, enquanto na América do Sul esse número gira em torno de 40%. (CIDH, 2015;
UNODC, 2014)
De acordo com o procedimento atual, quando uma autoridade determina que uma
pessoa não preenche os requisitos para ser reconhecida como refugiada, procede a avaliar se
é apropriado conceder proteção complementar. As medidas de proteção complementar
permitem regularizar a permanência de pessoas que não são reconhecidas como refugiadas,
mas cujo retorno seria contrário às obrigações gerais de não repulsão, contidas em diversos
instrumentos de direitos humanos. O princípio de não repulsão diz respeito à obrigação legal
dos Estados em não expulsar ou devolver refugiados ou solicitantes de asilo para as fronteiras
dos países de origem, em que sua vida e integridade correm perigo, sem uma análise
adequada e individualizada de suas solicitações. Esse princípio é considerado a “pedra
angular da proteção internacional das pessoas refugiadas, solicitantes de asilo ou com
necessidade de proteção internacional complementar" (CIDH, 2022, p. 16).
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Lei Mexicana de Refugiados, Proteção Complementar e Asilo Político, por exemplo,
estabelece expressamente que os estrangeiros que não tenham sido reconhecidos como
refugiados podem obter proteção complementar para evitar que sejam devolvidos ao
território de outro país que apresente ameaça à vida e integridade do indivíduo. Por sua vez,
a Costa Rica implementou uma categoria especial temporária de proteção complementar para
venezuelanos, nicaraguenses e cubanos que tiveram seu pedido de asilo negado no país, isso
permite a permanência em situação regular no país e o acesso a atividades de trabalho
remunerado (OEA, 2022).
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2.2.1 Refugiados LGBT
Entre 2014 e 2020, pelo menos 3.514 pessoas LGBTQ+ foram assassinadas na
América Latina e no Caribe por motivos relacionados ao preconceito contra sua orientação
sexual ou identidade de gênero. Nesse sentido, alguns países da região recebem especial
atenção pela emergência na temática de proteção à população LGBTQ+: Colômbia, México
e Honduras concentraram 89% no ano de 2021, forçando uma grande parcela dessa
população a fugirem em busca da própria sobrevivência (EL PAÍS, 2021).
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Salienta-se ainda, com enfoque especial, os desafios enfrentados pela população trans
e travesti na travessia de fronteiras e em todas as fases do ciclo de deslocamento. A dupla
marginalização causada pelo preconceito quanto à identidade de gênero e à origem, aliado à
violência, à dificuldade de acesso a serviços humanitários e barreiras para articular
mecanismos burocráticos para o processamento de documentos se colocam como principais
dificuldades para grupos refugiados trans e travestis (ACNUR, 2020).
3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ
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melhores condições para recomeçar suas vidas em condições dignas e desfrutando dos
direitos humanos. O ACNUR atua com base em princípios de igualdade e não discriminação,
trabalhando ativamente na defesa de grupos deslocados e promovendo a preservação dos
direitos humanos, da paz e da segurança internacional. Cabe ressaltar, ademais, que o
processo decisório do ACNUR, enquanto órgão subsidiário das Nações Unidas, é de caráter
exclusivamente recomendatório, com a ausência de qualquer mecanismo de restrição ou
sanção para os Estados que porventura descumpram suas recomendações (ACNUR, 2022).
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MAPA 1 - “The America, UNHCR presence”
Legenda:
ACNUR escritório regional
ACNUR escritório nacional
ACNUR subescritório
ACNUR escritório de campo
ACNUR unidade de campo
ACNUR escritório de planejamento
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Portanto, considerando o exposto e a temática apresentada, o presente comitê tem
como intuito fomentar discussões e divulgar as boas práticas dos Estados, assim como fazer
recomendações para responder às necessidades de proteção das pessoas que compõem os
atuais movimentos mistos na região. Para tal, contará com moderação tradicional na língua
portuguesa e 39 delegações, que representarão Estados, organizações internacionais, não-
governamentais e outros membros relevantes da sociedade civil.
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e insegurança; e perseguição baseada em opinião política, entre outras causas. Nesse
contexto, a CIDH observou que a falta de acesso a documentos de identidade dificulta o
ingresso regular dos venezuelanos em outros Estados, o que implica uma violação do direito
à livre circulação e residência. (OEA, 2022)
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5 QUESTÕES RELEVANTES PARA A DISCUSSÃO
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Cartilha informativa sobre a
proteção de pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio LGBTI. Brasília, 2017. Disponível
em:
https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/Publicacoes/2017/Cartilha_Refugi
ados_LGBTI.pdf?file=fileadmin/Documentos/portugues/Publicacoes/2017/Cartilha_Refugi
ados_LGBTI. Acesso em: 8 jun 2023
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Comentário Geral n. 6:
Tratamento de Crianças Desacompanhadas e Separadas Fora de Seu País de Origem.
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2005. Disponível em: https://www2.ohchr.org/english/bodies/crc/docs/GC6.pdf. Acesso 12
abr 2023
EL PAÍS. Pouco a comemorar na América Latina, onde ser LGBTQIA+ é ser alvo.
2021. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/internacional/2021-06-28/pouco-a-comemorar-na-america-
latina-onde-ser-l g btqia-e-ser-alvo.html Acesso em 10 fev. 2023
ONU NEWS. “América Latina e Caribe enfrentam “crise migratória sem precedentes”.
2019. Disponível em:
https://www.oas.org/en/iachr/reports/pdfs/ForcedMigration-Nicaragua-CostaRica.pdf.
Acesso em: 24 nov. 2022
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ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Human Rights of Migrants
and Other Persons in the Context of Human Mobility In Mexico. 2013. Disponível
em: https://www.oas.org/en/iachr/migrants/docs/pdf/Report-Migrants-Mexico-
2013.pdf Acesso em: 24 nov. 2022
7 LISTA DE DELEGAÇÕES
DELEGAÇÃO STATUS
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Federação Internacional das Sociedades da Membro Observador
Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho
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República Dominicana Membro Oficial
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