Domingos Monografia
Domingos Monografia
Domingos Monografia
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Amilcar Gilberto Novidade
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Índice
Conteúdos pag.
Lista de Gráficos.........................................................................................................................v
Declaração de Honra..................................................................................................................vi
Dedicatória................................................................................................................................vii
Agradecimentos.......................................................................................................................viii
Resumo......................................................................................................................................ix
CAPÍTULO I............................................................................................................................10
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
1.1. Justificativa.....................................................................................................................12
1.2. Problematização.............................................................................................................13
1.3. Objectivos.......................................................................................................................14
1.3.1. Geral........................................................................................................................14
1.3.2. Específicos...............................................................................................................14
1.5. Hipóteses........................................................................................................................14
CAPÍTULO II...........................................................................................................................16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................16
2.3. Construtivismo...............................................................................................................20
2.7. Ensino.............................................................................................................................23
2.8. A Química......................................................................................................................23
2.9. Conteúdos.......................................................................................................................24
CAPÍTULO III..........................................................................................................................26
3. METODOLOGIA.................................................................................................................26
3.1. Método...........................................................................................................................26
CAPÍTULO IV..........................................................................................................................29
CAPÍTULO V...........................................................................................................................38
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES.........................................................................................38
12
5.1. Conclusões.....................................................................................................................38
5.2. Sugestões........................................................................................................................39
Bibliografia...............................................................................................................................40
Apêndice...................................................................................................................................42
v
Lista de Gráficos
Gráfico 1: Métodos usados frequentemente durante as aulas (Entrevista realizada na ESA). .29
Declaração de Honra
___________________________________________
(Amilcar Gilberto Novidade)
vii
Dedicatória
Em particular aos meus pais, que sempre me confortaram nesta longa caminhada cheia de
desafios, por nunca deixarem de acreditar em mim. A eles eu entrego a honra deste trabalho
de pesquisa.
viii
Agradecimentos
A Deus, por me ter acompanhado e dado suporte, que nunca me deixou desistir dos meus
sonhos e sempre colocou pessoas capazes de me levantarem sempre que eu caísse durante a
minha jornada estudantil.
Ao meu supervisor, MSc. Esau Bandali, pela perseverança mesmo com as dificuldades
causadas pela COVID-19, e motivação durante a realização deste trabalho;
Aos meus irmãos, primos, tios e família em geral, por terem sido a minha guia nesse processo;
A minha namorada, pelo amor, carinho e acompanhamento;
A todos os meus docentes do curso de Química, especialmente: MSc. Esaú C. Bandali, MSc.
Neuana F. Neuana, PhD, Geraldo A. Gueze, PhD. Almeida M. Gumundanhe, PhD.
Saidelamine Mahadal, PhD. Domingos A. João, e do curso de biologia MSc. Beni Chaúque,
MSc. Virgilio Cossa, MSc Delfim da Silva, MSc. Jeremias Chindia, MSc. Filomena Sitoe,
Msc. Ancha Uazir, MSc. Balduino Aleixo e dr. Adolfo Júnior, pelos valores morais que me
transmitiram durante a minha jornada académica;
Aos meus amigos e colegas de curso de Química, Biologia, e em especial aos de MINOR em
ensino de Biologia, pela motivação e confiança;
Por fim, a todos que directa ou indirectamente, me deram forças e encorajamento na minha
vida académica;
Resumo
CAPÍTULO I
1. INTRODUÇÃO
O Ensino de Química tem sido uma das grandes preocupações para pesquisadores em
educação nas últimas décadas, pois, para muitos alunos, a Química é uma ciência hermética,
por conseguinte, considerada muito complicada para a compreensão por parte dos alunos
(MAVANGA, 2009). Os educadores têm apontado como solução para o problema o
investimento em novas metodologias que facilitem o trabalho docente, a assimilação e
produção dos conteúdos ministrados, por parte dos discentes.
O uso de métodos mais adequados para a leccionação dos conteúdos da disciplina de Química
veste-se de enorme relevância na medida em que o aluno torna-se autónomo na sua própria
11
aprendizagem, pois, esta torna-se mais atractiva, motivadora ou seja, estes métodos estimulam
a aprendizagem significativa pelos alunos.
Estando de acordo com FILHO et all, (2011), para a efectivação desta pesquisa, a aplicação
de diferentes técnicas de trabalho especificamente a entrevista e a consulta bibliográfica
foram de extrema importância para o efeito. Desta feita, e não menos importante foi a
utilização do método indutivo que deu mais coesão à pesquisa na vertente de que esta fez com
que o dado que foi obtido através das técnicas acima referenciados se fizessem uma
generalização destes, abrindo espaço para mais pesquisas relacionadas ao tema.
O capítulo II fala da metodologia onde se encontra detalhado o método usado para a pesquisa,
as principais técnicas de recolha dados, o tipo de pesquisa, bem como o universo populacional
e a amostra utilizada para a pesquisa. No capítulo III enquadra-se a fundamentação teórica
onde se encontra a conceitualização de termos relacionados com o trabalho, mais basicamente
os principais métodos de ensino centrados no aluno.
1.1. Justificativa
De modo a fazer com que o processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Química seja
mais eficaz, é primordial a aplicação de um leque de estratégias adequadas que garantam a
eficácia em todo o processo de leccionação das aulas desta ciência (LOPES, 1994). Nesta
vertente, enquadra-se esta pesquisa que visa fundamentalmente encontrar um modelo de
leccionação desta disciplina com vista a tornar mais credível e positivamente assimilável os
conteúdos transmitidos aos alunos do 1º ciclo do ensino secundário geral.
Segundo LIMA (2005) para que o aluno esteja suficientemente integrado e com os conteúdos
suficientemente assimiláveis na sua memória cognitiva e evitar a mecanização dos conteúdos
transmitidos e que os tratem de maneira mais adequada sem necessariamente armazenar no
seu psique, é fundamental fazer uma interligação destes conteúdos analogicamente com a
realidade do aluno, fazê-lo compreender que tudo o que aprende faz parte do seu meio social e
que ele se lida com tudo aquilo no seu dia-a-dia.
A escolha deste tema deve-se fundamentalmente ao facto de, nas escolas secundárias do
Aeroporto, Amizade e Eduardo Chivambo Mondlane, verificar-se a aplicação excessiva do
método expositivo e elaboração conjunta para a transmissão dos conteúdos da disciplina de
Química. Isto foi notório e verificado durante as actividades dos Estágios Pedagógicos (de
Biologia e de Química) realizados nos anos 2022.
No entanto, toda esta situação cria, até certo ponto, uma preocupação ao autor deste trabalho
de pesquisa, mais concretamente no âmbito da assimilação dos conhecimentos da disciplina.
Estas dificuldades, problemas relacionados com assimilação dos conteúdos prevalecentes e
predominantes nos alunos deste nível trás enormes problemas em passar a perder o gosto e o
interesse por esta disciplina e interessar-se noutras de outras áreas do saber.
Os alunos do 1º ciclo do ensino secundário geral, necessitam com mais índice de aprender,
dominar, e aperfeiçoar os diferentes conteúdos leccionados na cadeira de Química, com base
na estratégia adequada de mediação destes com vista a fazer com que os alunos possam dar
uma continuidade equitativa, e científica à Química. Por isso, é primordial que os alunos
sintam que aprendendo a Química ficam com alguma visão científica adequada.
1.2. Problematização
O processo de leccionação de aulas em diferentes vertentes deve ser tratado com mais eficácia
de modo a criar um ambiente de aprendizagem favorável para uma interação professor-aluno
que leve a continuação na assimilacao do conhecimento.
Este contexto ainda se agrava cada vez mais com relação ao período em que nos encontramos
de pandemia de Covid-19, que acabou constituindo um outro desafio no modo de leccionação
da disciplina de Química nas escolas, a procura de métodos e ideais de leccionação em que o
aluno permanece como o centro da aula ainda constitui uma necessidade.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Quais estratégias devem ser implementadas para que o Ensino de Química esteja
centrado no aluno?
Esta pesquisa foi realizada no ano de 2022 nas Escolas Secundárias do Aeroporto localizada
na Avenida Julius Nyerere em direcção ao Aeroporto em frente a nova fábrica de farinação
localizada na zona industrial da cidade. Na Escola Secundaria Eduardo Chivambo Mondlane
localizada no entroncamento entre as estradas do Instituto Agrário de Lichinga e a que vai ao
Aeroporto de Lichinga e na Escola Secundária de Amizade localizada ao lado do Instituto
Industrial e Comercial Ngungunhane na Cidade de Lichinga.
O grupo alvo na qual se cingiu esta pesquisa, engloba um conjunto de intervenientes directos
do processo de ensino e aprendizagem, especificamente os professores que são os mediadores
dos diferentes conteúdos de ensino e os alunos que, de forma pacífica, são os que, até certo
ponto, têm a tarefa de aprender os conteúdos transmitidos pelos professores.
CAPÍTULO II
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos métodos de ensino centrados no aluno, o foco da instrução é transferido do professor para
o aluno. Nesses métodos de ensino o aluno fala muito e o professor fala pouco. Deixar os
alunos falarem implica usar estratégias nas quais possam discutir; negociar significados entre
si; apresentar oralmente ao grande grupo o produto de suas atividades colaborativas; receber e
fazer críticas (MOREIRA, 2011, citado por CICUTO, 2015).
De acordo com CICUTO (2015), isso não significa que os alunos decidem o que eles querem
aprender e o que eles querem fazer. Nesses ambientes, o professor considera as necessidades
16
O uso de métodos alternativos para o aprendizado da Química tem sido muito importante.
Estes facilitam muito a compreensão e até mesmo o aprofundamento do conteúdo abordado
em aulas.
Toda a ordem deve ser discutida pelo grupo antes de se passar à execução. A discussão
corrige, enriquece e compromete (LIMA, 2005 citado em CHALE, 2007).
17
A conclusão dos trabalhos ocorre com apresentação dos alunos mostrando os resultados do
estudo e com a conversação dirigida pelo professor. Para evitar indisciplinas é razoável que o
professor tome medidas necessárias para a formação dos grupos.
Os grupos são organizados com o cuidado de garantir sempre atribuições a todos os membros.
Exige-se que uma actividade em grupo seja precedida de exposição informativa para que os
alunos tenham consciência dos objectivos.
Este modelo é designado em língua inglesa como Problem-Based Learning (WOODS, 2000;
BOUD, 1997 apud ESTEVES, 2006) e recebeu em Portugal a designação de “aprendizagem
baseada na resolução de problemas” (GANDRA, 2001; LEITE; AFONSO, 2001 apud
ESTEVES, 2006) fazendo-se uso da sigla ABRP.
A proposta de resolução de problemas também tinha como objectivo ser uma
medida impulsionadora para introduzir um ensino mais dinâmico e centrado
no estudante, visando contribuir para consolidar da melhor forma uma
aprendizagem considerada útil, não só ao longo da vida profissional, mas
também no dia-a-dia. O recurso a um ensino orientado para a ABRP
modificava os processos de ensino e alterava a posição do professor na sala de
aula, dando aos alunos uma maior liberdade e autonomia no seu aprendizado
(ESTEVES, COIMBRA; MARTINS, 2006).
19
Esta discussão vem crescendo nos últimos anos em vários países e em outros contextos
educativos, tendo sido introduzida não só em disciplinas de carácter científico, mas também
na formação de diversos profissionais, devido a sua eficácia no processo de ensino e
aprendizagem, incluindo na Química.
Uma definição clássica encontrada para o termo problema é identificá-lo como uma situação
que um indivíduo ou um grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um
caminho rápido e directo que o leve à solução.
Assim, segundo POZO (Idem, p. 9) ensinar os alunos a resolver problemas significa habituá-
los a encontrar por si mesmos repostas às perguntas que os inquietam ou que eles precisam
responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo
livro-texto ou pelo professor.
A aprendizagem através da RP não é tarefa apenas do aluno. Tanto nas actividades mais
simples, como nas experimentais, é fundamental que o professor não resolva os problemas
para os alunos e aceite as diferentes resoluções propostas para cada problema. O seu papel é o
20
de mediador deste processo, e deve estimular situações que propiciem uma aprendizagem
através do pensar, do reflectir, objectivando novos conceitos.
2.3. Construtivismo
Esta prática também permite ser um instrumento pelo qual, os professores podem demonstrar
seus interesses e entusiasmos em relação à Química e a sua prática pedagógica, sendo assim
um meio de troca de experiências importante entre os professores enquanto executadores da
demonstração e os alunos enquanto espectadores.
O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas, decore
reacções e propriedades, mas sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na natureza.
Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente, visualizar
de forma que cada aluno descreva o que observou durante a reacção, isto sim leva a um
conhecimento definido.
Aprendizagens devem ser pensadas no quadro de um modelo didáctico composto que postula
simultaneamente que o aluno é o centro organizador essencial de seu saber e que o resultado
desta auto-aprendizagem conduz o indivíduo a rupturas epistemológicas que ele não podia
supor no momento inicial (ALMEIDA, 1998).
Todo o trabalho de didáctica consiste em tornar possíveis tais dispositivos, que conduzem a
progressos intelectuais, mas só serão melhores quando estiverem ancorados nas estruturas
cognitivas de início, cuja evolução está sendo tentada.
O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química deve se, em geral, a falta de
actividades experimentais que possam relacionar a teoria e a prática.
Face a estes novos corolários, a investigação em didáctica das ciências introduziu novas
orientações na própria concepção do que é ensinar e aprender ciências, quer ao nível da
formulação de novos objectivos e selecção e sequência de conteúdos, quer ao nível da
conceptualização de novas metodologias, organização dos processos de comunicação ou
maneira de entender a avaliação.
23
2.7. Ensino
Ensinar não é só ministrar conteúdos que sejam assimilados pelos alunos. Todo conteúdo
deve ser educativo e formador de personalidades. A dimensão da pessoa não se limita ao
intelectual, a pessoa também é emoção, sentimentos e habilidades, dai deve o ensino se
ocupar da formação da pessoa como totalidade (NIVAGARA, s/d:41).
O termo ensinar de acordo com a citação acima, não é apenas ministrar mas sim educar
formar uma personalidade em dimensão incalculável, porém, ela deve, em certo ponto, ser
levada a cabo com o uso de estratégias de mediação condignas para que o seu resultado seja
nada mais do que o esperado ou o que se pretende.
2.8. A Química
De acordo com KHODAKOV, EPSTEIN & GLORIOZOV (1986: 9) Química é a ciência que
estuda todas as substâncias e as suas transformações.
2.9. Conteúdos
Para PILETTI (2003), conteúdo refere-se à organização do conhecimento em si, com base
nas suas próprias regras. Abrange também experiências educativas no campo de
conhecimento, devidamente seleccionados e organizados pela escola.
Os conteúdos constituem tudo aquilo que se transmite e que os alunos têm o dever de
assimilá-los através do dever de transmitir e assimilar pelo professor, usando métodos de
mediação destes conteúdos de maneira condigna.
processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura
de conhecimento do indivíduo.
CAPÍTULO III
3. METODOLOGIA
3.1. Método
Para esta pesquisa usou-se o método indutivo, este que até certo ponto fornece uma garantia
mais específica para realização científica do presente trabalho.
Método indutivo
Este método permitiu a generalização dos dados que possivelmente foram obtidos através do
uso de diferentes técnicas de pesquisa que em seguida, é apresentada, garantindo desta feita a
abertura de mais oportunidades de pesquisa de conteúdos relacionados ao tema com vista a
aprofundar aquilo que provavelmente não se venha a detalhar cientificamente.
a) Entrevista
A entrevista, pode ser entendida como a técnica que envolve duas pessoas numa situação face
à face e em que uma delas formula questões e a outra responde.
Esta técnica faz com que o pesquisador estivesse em contacto com os professores da
disciplina de Química, com vista a colher sensibilidades relacionadas com a mediação dos
conteúdos durante a leccionação das aulas de Química.
b) Consulta bibliográfica
O tipo de pesquisa que fundamenta este trabalho é exploratória e qualitativa. Neste caso, estas
pesquisas baseiam-se nos fundamentos destacados pelos autores a seguir.
Segundo JICK (1979:12) apoud NEVES (1996:12) "a pesquisa qualitativa dedica-se às
questões descritíveis, ou seja, é utilizada para explicar e detalhar o que os números, muitas
vezes por si sós não conseguem".
Apoiando-se nestas formas de pesquisas foi possível recolher diferentes dados coadjuvados
com as técnicas de recolha dos dados, posteriormente a sua explicação e fundamentação
baseando-se na investigação quantitativa garantido a eficácia do trabalho.
Numa outra vertente esta é uma pesquisa explicativa na medida em que procura explicar com
mais detalhes o contexto e o impacto do processo de mediação dos diferentes conteúdos de
ensino da disciplina de Química, pois:
Quanto à amostra ela foi retirada de forma aleatória sem distinção de sexo, classe, turno ou
período de aulas á qual estas se encontram enquadradas. Em termos de números, contou-se
com um total de nove (09) professores da disciplina de Química, sendo três (3) da Escola
Secundária do Aeroporto; três (3) da Escola Secundária Geral de Amizade e três (4) da Escola
Secundária Eduardo Chivambo Mondlane, com vista a ter uma amostra significativa.
Para a sua interpretação, o uso de gráficos para representar os dados de forma percentual foi
extremamente pertinente.
29
CAPÍTULO IV
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Este ponto aborda essencialmente a apresentação dos dados colhidos da entrevista feita aos
professores da disciplina de Química das Escolas Secundárias do Aeroporto, Amizade e
Eduardo Chivambo Mondlane.
Quanto a segunda questão que se pretendia saber a diferença entre o ensino centrado no aluno
e o tradicional, 100% dos professores responderam que no ensino tradicional o professor
aparece como o detentor de conhecimento, e os alunos vem a escola somente para receber
conhecimento, contrariamente ao ensino centrado no aluno em que são os próprios alunos que
vem com ideias e compartilham em sala de aula.
A terceira questão dirigia aos professores da Escola Secundaria do Aeroporto pretendia saber
dos entrevistados os métodos que estes têm usado para ministrar o Ensino de Química, Dois
dos três entrevistados equivalentes a 67% afirmaram que têm usado o método expositivo,
enquanto um, equivalente 33%, afirma que tem usado o método expositivo e elaboração
conjunta (gráfico 1).
Para a questão: Que estratégias são empregues pelos professores de Química nas escolas
para a promoção do uso dos métodos alternativos de Ensino de Química centrado no aluno?
os professores da Escola Secundária do Aeroporto foram unanimes (equivalente a 100%) ao
afirmaram que os professores transmitem as informações com mais facilidade, além de proporcionar
aos alunos a compreensão dos conteúdos explicados em sala de aula . Eles fazem um debate sobre a
forma de ministrar um ensino em que o aluno é um ser activo sob ponto de vista de produção
de conhecimentos.
Para a questão: Que estratégias adequadas devem ser implementadas no Ensino de Química
centrado no aluno? 100% dos professores entrevistados foram unânimes em afirmar que os
seminários, palestras entre os grupos de disciplina pode ser uma estratégia ideal para
lecionação de química nas escolas para pôr em prática o ensino de Química centrado no
aluno, uma vez que este ensino requer do professor maior aproveitamento dos conhecimentos
dos alunos, para fazê-los descobrir novos conhecimentos para o alcance dos objectivos
estabelecidos na aula. Os mesmos afirmaram também que têm dado trabalhos de casa e ainda
organizam a turma em grupos de mais ou menos 5 a 6 elementos cada, para debate de alguns
temas.
Como mostra o gráfico abaixo, 33% dos professores destacam que a criatividade do professor
é uma das grandes estratégias para ministrar um ensino de química centrado no aluno ao passo
que 67% apontam para o aumento da carga horária e falta de laboratórios, como ilustra o
gráfico 2.
Gráfico 2: Medidas para melhorar o Processo de Ensino e Aprendizagem da Química (Entrevista realizada
na ESA)
Fonte: Autor, 2022.
31
Para a questão qual é diferença entre o ensino centrado no aluno e o tradicional, todos os
professores desta escola (100%) também acreditam que contrariamente ao ensino tradicional,
o ensino centrado no aluno da espaço ao aluno para expor o que pensa em relação a aula. No
ensino tradicional o aluno não tem participação activa em sala de aula.
Para a questão que pretendia saber dos entrevistados os métodos que estes têm usado
frequentemente para a leccionação das aulas da disciplina de Química, em resposta dois
professores, equivalentes a 67%, afirmaram que têm usado o método expositivo e elaboração
conjunta, enquanto um, na proporção de 33%, tem usado o método expositivo, elaboração
conjunta e, as vezes, a experiencias de demonstração de fáceis acesso, tal como apresenta o
gráfico 3.
Para a questão: Que estratégias são empregues pelos professores de Química nas escolas
para a promoção do uso dos métodos alternativos de Ensino de Química centrado no aluno?
os professores da Escola Secundária Eduardo Chivambo Mondlane afirmaram que todos os
entrevistados, correspondentes a 100%, responderam que este é um método em que os alunos
é que fazem a aula e o professor ajuda na organização dos conteúdos a abordar.
32
onde cada professor demonstra a sua estratégia de ensino em prol do alcance dos objectivos.
Neste tem se abordado os métodos de ensino centrados no aluno e é a forma de adequar este
método concretamente ao ensino de química.
Para a questão: Que estratégias adequadas devem ser implementadas para ministrar o Ensino
de Química centrado no aluno? Os professores entrevistados abordam mais a questão de
instalação e apetrechamento dos laboratórios nas escolas e a redução do número de alunos nas
salas, de modo que este possa ter espaço de conhecer cada aluno de acordo com as suas
dificuldades e motivações na participação activa das aulas. E ainda abordam os trabalhos de
casa, exercícios de consolidação e trabalhos em grupos como principais estratégias de ensino
centrado no aluno.
Entretanto dos dados apresentados no gráfico verifica-se que 67% dos professores
entrevistados abordam que o apetrechamento dos laboratórios permitira ao professor a
ministrar um ensino de química centrado no aluno e 33% falam do aumento da carga horária
como uma estratégia que permitira o professor conhecer os alunos de acordo com os seus
conhecimentos (gráfico 4).
Gráfico 4: Medidas para melhorar o Processo de Ensino e Aprendizagem da Química (Entrevista realizada
na ESECM)
Fonte: Autor, 2022.
ensino torna-se centrado no aluno quando o aluno participa activamente na aula, ou são os
alunos que fazem a aula e que o professor tem a tarefa de mediar ou estruturar os conteúdos a
abordar.
Para a questão em que se pretendia saber dos entrevistados os métodos que estes têm usado
frequentemente para ministrar o Ensino de Química, em resposta, todos os entrevistados,
correspondentes a 100%, afirmaram que têm usado o método expositivo e elaboração
conjunta como apresenta o gráfico 5.
Para a questão: Que estratégias são empregues pelos professores de Química nas escolas
para a promoção do uso dos métodos alternativos de Ensino de Química centrado no aluno?
100% dos professores da Escola Secundária da Amizade afirmaram que têm usado o método
de expositivo e elaboração conjunta.
Para a questão: Que estratégias adequadas devem ser implementadas para ministrar o Ensino
de Química centrado no aluno, os professores entrevistados responderam que deve haver
redução do número de alunos nas turmas para permitir ao professor organizar melhor a turma
e criar um ambiente de aprendizagem autónoma por parte do aluno. E ainda deve haver
apetrechamento dos laboratórios.
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Gráfico 6: Medidas para melhorar o Processo de Ensino e Aprendizagem da Química (Entrevista realizada
na ESGA)
Fonte: Autor, 2022.
Os professores das escolas entrevistadas afirmam que o ensino se torna centrado no aluno
quando os alunos têm a participação activa na aula, demostrando suas experiência e
habilidades. Neste tipo de ensino, o professor é sempre o mediador da aula.
De acordo com JONES (2007), citado por CICUTO (2015), nesses ambientes, o professor
considera as necessidades individuais e coletivas dos estudantes e os encoraja a participar
ativamente do processo de ensino-aprendizagem
Todos os professores das escolas entrevistadas olham para o ensino centrado no aluno como
formas eficazes para transição de conhecimento em sala de aula, comparactivamente ao
ensino tradicional que o aluno não tem nenhuma participação.
35
A estratégia de ensino tradicional é uma forma eficiente e econômica para atender o ensino de
massa. Contudo, as aulas puramente expositivas contribuem pouco para superar os desafios
do ensino, pois, não estimulam o pensamento criativo, a formação de valores e atitudes e a
colaboração entre os alunos para a resolução de problemas (CICUTO, 2015).
Das entrevistas realizadas aos professores das escolas em estudo, indicam que eles usam com
mais frequência os métodos expositivos e elaboração conjunta para ministrar o ensino de
Química, de acordo com os dados dos gráficos 1, 3 e 5 referenciados anteriormente, na qual
demonstram que cerca de 67%, 67% e 100% dos professores das Escolas Secundárias do
Aeroporto, Eduardo Chivambo Mondlane e Amizade, respectivamente, usam os métodos em
destaque.
Tal como FORQUIN (1993) enfatiza em construtivismo, a interacção entre aluno e professor,
permite analisar as diferentes situações do ensino e aprendizagem e tomar decisões
consistentes para o alcance dos objectivos pretendidos. A relação entre aluno e professor é
activa e ambos constituem uma única estrutura. Esta concepção revela-se nos resultados
recontados nessas escolas estudadas.
Ainda no que se refere às estratégias motivacionais empregues pelas escolas para ministrar o
ensino de química centrado no aluno, há que salientar que os professores das escolas falam
mais dos seminários de capacitação dos professores para adequar o ensino de Química a
novos métodos alternativos de ensino em que o aluno é um ser activo é autónomo na
produção do seu próprio conhecimento.
Também LIMA (2005) citado por CALE (2007), afirma que toda a ordem deve ser discutida
pelo grupo antes de se passar à execução. A discussão corrige, enriquece e compromete.
36
Relativamente à questão «que estratégias adequadas devem ser implementadas para ministrar
o ensino de Química centrado» no aluno os professores divergem na abordagem. O
apetrechamento dos laboratórios tem sido um dos indicativos mais importantes para tornar o
aluno mais participativo nas aulas de química. De acordo com CARVALHO (2007), as
práticas de demostrações químicas permitem o melhor aprendizado e retenção do conteúdo
por parte dos alunos. Apesar disso, há um outro lado dessa abordagem que se refere a falta de
criatividade por parte do professor como algo que não permite o envolvimento do aluno na
aprendizagem.
Para RUSSEL (1994), quanto mais integrada a teoria e a prática, mais solida se torna a
aprendizagem.
Referente a segunda hipótese os métodos de ensino que devem ser usados pelos professores
de Química nas escolas para ministrar um ensino de Química centrado no aluno são:
demonstração, método de discussão, seminários, método de projecto e método de visita de
campo (NEVANGA, 2009). Os dados da pesquisa de campo, indicam que os professores
ainda usam com maior frequência os métodos expositivos e a elaboração conjunta e outros
métodos centrados no aluno, o que leva a afirmar que esta hipótese não foi aprovada porque a
entrevista provou o contrário.
CAPÍTULO V
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1. Conclusões
De acordo com os objectivos traçados para o trabalho e a pesquisa realizada nas Escolas
Secundárias do Aeroporto, Amizade e Eduardo Chivambo Mondlane chegaram-se às
seguintes conclusões:
Porém, ainda prevalecem muitas dificuldades por parte dos professores no uso destes
métodos, uma vez que estes se preocupam mais com o cumprimento do programa de
ensino ao invés de ministrar um ensino virado a desenvolver competências de
aprendizagem.
A Química, sendo uma ciência prática, é necessário que o professor crie condições de
aprendizagem significativa, envolvendo o aluno no processo de ensino e aprendizagem.
Hoje, o aluno não é visto como uma tábua rasa, mas um ser com conhecimentos úteis
para aprendizagem. Contudo, os métodos de ensino centralizados no aluno devem ser
mais usados de modo que, ao sair da escola, o aluno saiba que aprendeu algo que será
útil no seu dia-a-dia. Actualmente, é uma preocupação do governo que as escolas
leccionem um ensino que desenvolva competências de saber fazer, saber ser e saber
estar. Para tal, os professores devem trabalhar em conjunto, reunindo-se em grupos de
modo a ministra conteúdos unânimes e que seja uma estratégia de ensino e que coloque
o aluno no centro da aula, arranjando diversos recursos que leve a química da
comunidade a sala de aula e à de sala de aula à comunidade.
5.2. Sugestões
O método expositivo não seja aplicado com mais frequência durante as aulas fazendo
com que os alunos não tenham um conhecimento por memorização;
Junto aos alunos, os professores possam evidenciar cada vez a implementação de aulas
colectivas, visitas de campo, palestras e oportunidade de debates com alunos, com
vista a tornar o ensino desta ciência mais atraente e emocionante.
Como empregar laboratórios virtuais de modo a sanar a falta de aula prática nas
escolas por falta de laboratórios de Química.
40
Bibliografia
ALMEIDA, A. (1998) Visitas de estudo. Concepções e eficácia na aprendizagem. Lisboa:
Livros Horizonte.
KHODAKOV, Epstein & Gloriozov, (1984) Química Inorgânica I, s⁄ed, Editora Mir,
Moscovo, ,
41
PILETTI, Cláudio. (2003) Didáctica geral. 23 ed. São Paulo, Ática Editora.
POZO, J (1998)A Solução de Problemas: Aprender a resolver, resolver para aprender. Porto
Alegre: Artmed.
SILVA, M. G. L.; SILVA, A. F.; NÚÑEZ, I. B. (2004) Dos modelos de mudança conceitual à
aprendizagem como pesquisa orientada. In: NÚÑEZ, I.; RAMALHO, B. (Org.).
Fundamentos do ensino-aprendizagem das ciências naturais e da matemática: o novo ensino
médio, Porto Alegre: Sulina,.
42
Apêndice
INQUÉRITO-QUESTIONÁRIO
4. Que estratégias são empregues pelos professores de Química nas escolas para a
promoção do uso dos métodos alternativos de Ensino de Química centrado no aluno?