Pedro Henrique Ferreira Pinto 2015
Pedro Henrique Ferreira Pinto 2015
Pedro Henrique Ferreira Pinto 2015
SÃO PAULO
2016
PEDRO HENRIQUE FERREIRA PINTO
SÃO PAULO
2016
PEDRO HENRIQUE FERREIRA PINTO
SÃO PAULO
2016
Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob
responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.
Catalogação-na-publicação
Pinto, Pedro
DESENVOLVIMENTO DE ROTAS PARA COMINUIÇÃO DE ITABIRITOS
COMPACTOS DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO / P. Pinto -- versão corr. --
São Paulo, 2016.
185 p.
1 Introdução ............................................................................ 12
2 Objetivos e Justificativa ...................................................... 20
3 Revisão Bibliográfica .......................................................... 22
3.1 Operações de Cominuição ........................................................... 23
3.1.1 Britagem....................................................................................... 24
3.1.2 Moagem ....................................................................................... 31
3.2 Modelagem e Simulação ............................................................... 44
3.2.1 Modelagem da Britagem .............................................................. 44
3.2.2 Modelagem de Peneiramento ...................................................... 50
3.2.3 Modelagem da Classificação ....................................................... 53
3.2.4 Modelagem da Moagem .............................................................. 58
4 Materiais e Métodos ............................................................. 67
4.1 Premissas para Balanço de Massa e Dimensionamento de
Equipamentos de Processo ............................................................................... 70
4.2 Ensaio Industrial de Britagem ...................................................... 74
4.3 Ensaio Piloto de Moagem de Bolas ............................................. 80
4.4 Ensaio Piloto de Moagem Semi-Autógena .................................. 88
4.5 Drop Weight Test ........................................................................... 94
4.6 Ensaio de Resistência à Abrasão ................................................ 97
4.7 Ensaios de WI e Abrasividade de Bond....................................... 98
4.8 Ensaio de Moabilidade de Donda ............................................... 100
5 Resultados ......................................................................... 104
5.1 Resultados dos Ensaios de Caracterização de Bancada......... 105
5.2 Resultados do Ensaio Industrial de Britagem .......................... 108
5.3 Resultados dos Ensaios Piloto de Moagem de Bolas e SAG .. 110
6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................... 122
6.1 Rota Convencional ...................................................................... 123
6.1.1 Circuito de Britagem .................................................................. 123
6.1.2 Circuito de Moagem ................................................................... 127
6.2 Rota SAB/C .................................................................................. 137
6.3 Rota SSSAG ................................................................................. 146
6.4 Comparação das Rotas de Cominuição .................................... 156
6.4.1 Geração de Lamas .................................................................... 156
6.4.2 Consumo de Energia ................................................................. 157
6.4.3 Quantitativo de Equipamentos ................................................... 158
7 CONCLUSÕES ................................................................... 160
REFERÊNCIAS ......................................................................... 162
APÊNDICE A ............................................................................. 166
APÊNDICE B ............................................................................. 169
APÊNDICE C ............................................................................. 173
12
1 INTRODUÇÃO
tenaz, com um maior consumo específico de energia, e com teores de ferro mais
baixos, necessitando assim de maior capacidade de processamento da usina para
uma mesma produção do mineral útil.
Dessa forma, o estudo e desenvolvimento de rotas de cominuição para os
itabiritos compactos, com baixo teor de ferro, são de fundamental importância para
viabilização e otimização dos projetos de beneficiamento desses minérios.
Para a moagem de minério de ferro, o circuito convencional de cominuição
consiste na britagem, em três ou quatros estágios até a malha de 12 mm, seguida
por uma moagem em moinho de bolas em circuito fechado. O circuito é mostrado de
forma esquemática na figura 4.
Figura 4– Fluxograma esquemático da rota convencional de cominuição
Em razão do porte dos moinhos SAG, rotas SAB ou SABC são geralmente
compostas de um moinho SAG seguido de dois ou mais moinhos de bolas. Com o
desenvolvimento de moinhos SAG com diâmetros acima de 38’, as instalações com
a rota acima chegam a processar mais de 5.000 t/h em um único moinho SAG.
Rotas de cominuição de moagem SAG seguida de moagem de bolas
apresentam vantagem competitiva para itabiritos com valores de WI
operacional superiores a 7,8 kWh/t, com redução de aproximadamente 15%
do CAPEX e 7% do OPEX. (LIMA et al., 2013)
Uma simplificação adicional das rotas SAB e SABC é a utilização do moinho
SAG em estágio único, com recirculação de pebbles e circuito fechado com ciclones
no próprio moinho SAG. Esta rota, denominada SSSAG, sigla para Single Stage
SAG Mill, permite a utilização de apenas uma etapa de cominuição dentro da usina,
com uma relação de redução elevada.
18
1
Apresentação realizada no 1°Seminário Vale de Moagem Semi Autógena. A tabela 1
também foi apresentada neste seminário
20
2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.1 Britagem
Britadores cônicos podem trabalhar em circuito aberto, com escalpe dos finos,
ou fechado, com peneiramento a seco ou a úmido. Em geral, a britagem secundária
opera em circuito aberto e as britagens terciárias e quaternárias, em circuito
fechado.
Assim como nos britadores de mandíbulas, é importante a retirada dos finos
da alimentação do britador, de forma a se reduzir o desgaste dos revestimentos e
aumentar a capacidade da instalação de britagem. Outro ponto importante na
operação do equipamento é instalar um silo de alimentação antes do britador, de
forma que se possa manter a câmara de britagem cheia (afogada), aumentando
assim, consideravelmente, a eficiência da operação.
O design e o posicionamento dos silos e alimentadores são importantes
para assegurar a produtividade e a confiabilidade do circuito de britagem. O
fluxo de material nos silos, com múltiplas entradas e saídas, pode ocasionar
problemas no processo posterior em função da segregação dentro do silo.
(HULTÉN; ABJORNSSON; EVERTSSON, 2012)
Os dois principais parâmetros de operação de um britador cônico são a
abertura na posição fechada (APF) e a velocidade de rotação do eixo. Essas
variáveis afetam tanto a capacidade de alimentação do britador quanto a curva
granulométrica da descarga do britador. Segundo Asbjörnsson; Hultén e Evertsson
(2012) “Enquanto a alteração na APF move a curva granulométrica do produto
31
3.1.2 Moagem
A moagem do minério nos moinhos tubulares ocorre tanto por impacto, com a
queda dos corpos moedores sobre o minério, quanto por abrasão e atrito devido à
movimentação dos corpos moedores sobre as partículas de minério. A figura 14
(NAPIER-MUNN et al., 1999) mostra, de forma esquemática, os mecanismos
principais de cominuição, bem como a dinâmica da carga em moinhos tubulares.
33
Para cálculo da potência dos moinhos de bola, foi desenvolvida em 1986 por
Rowland, (ROWLAND 1986) a seguinte equação, para moinhos com diâmetros
acima de 2,44 metros que fornece a potência do moinho por tonelada de bolas na
carga de moagem:
0.1
kWb 4.879 D 0.3 3.2 3Vp Cs1 910Cs Ss (3.1)
2
Onde:
kWb = Potência no eixo pinhão por tonelada de bola (kW/t)
D = Diâmetro interno ao revestimento do moinho (m)
Vp= Enchimento de bolas no moinho (%)
Cs = Fração da velocidade crítica do moinho (%)
Ss = Termo relativo ao diâmetro máximo de bolas.
moedor, porém são muito grandes para serem quebrados”. Quando é gerado um
volume considerável de pebbles, é necessário que este material seja retirado do
moinho, geralmente por uma saída com maior abertura disposta na grelha,
denominada pebble port, e seja rebritado antes de voltar para o moinho. Devido à
dificuldade de se prever a geração de pebbles em circuitos AG/SAG, é comum que
seja previsto, no projeto da instalação, um espaço para a rebritagem de pebbles.
Porém, os equipamentos só são instalados após a operação do circuito e a
confirmação da necessidade da rebritagem.
Para minérios com presença de material magnético, como o minério de ferro e
alguns minérios de cobre, a rebritagem de pebbles se torna um item crítico para as
moagens SAG devido à dificuldade de separação do expurgo de bolas dos pebbles.
Para cálculo da potência dos moinhos SAG, foi desenvolvida em 1990 por
Austin (AUSTIN 1990) a seguinte equação:
ps 0.1
kW 10.6 D 2.5 L1 1.03Tl 1 e Tl 0.6Tb pb Vr 1 910Vr
ps
(3.3)
cs cs 2
Onde:
kW = Potência no eixo pinhão (kW)
D = Diâmetro interno do moinho (m)
L = Comprimento do moinho (m)
Tl = Volume de carga (%)
e = Porosidade da carga(%)
ps = Densidade do Sólidos (t/m³)
cs = Concentração de Sólidos na Polpa (%)
Tb = Volume de Bolas (%)
pb = Densidade da Bola (t/m³)
Vr = Velocidade Crítica (%)
x f A.Cx (3.4)
x p Cx (3.5)
Onde:
x = Vetor que representa a massa de cada fração granulométrica no interior
da câmara do britador.
f = Vetor que representa a distribuição granulométrica da alimentação do
britador.
p = Vetor que representa a distribuição granulométrica do produto do britador.
48
I C
p f (3.6)
I AC
De acordo com a equação acima, o produto da britagem (p), depende da
geometria interna da câmara de britagem (função seleção, matriz C) e da forma
como o material se quebra dentro do britador (função appearance, matriz A)
Um parâmetro muito utilizado para avaliação da britagem é a eficiência de
britagem em função da granulometria, que é definido conforme a equação 3.7.
R m.
E m 1 A 100 (3.7)
R p m
Onde:
E= Eficiência de britagem na malha m
Ra = Retido acumulado na alimentação do britador na malha m (%)
Rp = Retido acumulado no produto do britador na malha m (%).
A eficiência de britagem mostra a probabilidade de quebra de uma partícula
em função do seu tamanho. Quanto maior o tamanho da partícula, maior será a
probabilidade de quebra desta partícula dentro do britador, pois ela tenderá a ficar
retida na câmara de britagem. Para partículas finas, a probabilidade de quebra será
menor, pois estas partículas têm maior chance de passar pela câmara de britagem
sem sofrer cominuição. A eficiência de britagem é afetada pelas condições
operacionais do britador, dentre as quais podem ser destacadas a abertura e a
geometria interna da câmara de britagem, o modo de operação da câmara de
britagem (vazia ou afogada) e a velocidade de rotação do eixo do britador.
A figura 26 mostra um exemplo de curva de eficiência de britagem em
função da granulometria.
49
Lima; Silva; Pena (2009) demonstraram, com uma série de ensaios industriais
para minérios de ferro do quadrilátero ferrífero, que a eficiência de britagem é função
não apenas das condições do britador, mas também de características do minério,
como granulometria e mineralogia. Os mesmos autores mostraram também que
estas últimas características afetam também a capacidade, em toneladas, por hora
do britador. Dessa forma, a realização de ensaios industriais é uma ferramenta
fundamental para o correto dimensionamento das etapas de britagem para minério
de ferro.
As tabelas 2 e 3 comparam desempenhos dos britadores terciários e
quaternários, em diferentes operações de cominuição de minério de ferro da Vale,
em função da vazão de alimentação e da eficiência de britagem na malha de corte
(tamanho no qual se deseja obter um máximo de 5% retido no produto do circuito de
britagem, undersize do peneiramento).
50
Aa Oo Uu (3.8)
A partir das equações 3.8 e 3.9 são obtidas as partições em massa para
oversize (O/A) e undersize (U/A) em função da granulometria dos fluxos.
O
a u (3.10)
A o u
U
a o (3.11)
A u o
A eficiência de peneiramento avalia o desempenho da operação em relação à
separação granulométrica ideal estipulada. Assim, a eficiência de peneiramento para
oversize é a relação entre a quantidade de partículas, mais grosseiras que a
abertura da tela de peneiramento, que ficam efetivamente retidas na peneira, e a
quantidade total de partículas mais grosseiras presente na alimentação. Da mesma
forma, a eficiência de peneiramento para undersize é a relação entre a quantidade
de partículas, mais finas que a abertura da tela de peneiramento, e que passam por
ela e a quantidade delas presente na alimentação. As eficiências de peneiramento
52
Oo
a u o (3.12)
Aa o u a
U (1 u ) a o 1 u
(3.13)
A 1 a u o 1 a
oa u 1 u o a
E (3.14)
a o u 1 a
2
E
o a (3.15)
o1 a
Wu
Yi
Wa (3.16)
Outra forma de apresentação da curva de partição para o ciclone foi proposta por
Lynch (LYNCH 1977) e é conhecida como curva padrão de partição. A equação
3.19 mostra a curva padrão de partição
exp X i 1
Yi (3.16)
exp X i exp 2
Onde:
i = di/d50c
= parâmetro característico do material que define a inclinação da curva de
partição corrigida
Lynch (LYNCH 1977) demonstrou que o parâmetro é uma característica do
material e independe das condições de operação do ciclone. Assim, é possível a
partir de um ensaio em escala de laboratório, determinar o valor de e prever
resultados em escala industrial.
57
0, 25 0 , 94 0 , 31
0 , 22 1,83
Di Lc Do Du
Rv K v 0, 24
P
(3.22)
Dc Dc Dc Dc dp g Dc
0, 50
P
0 , 45 0 , 20 0, 68
Di Lc
Q Kq 0 ,1
Dc Do
2
(3.23)
Dc Dc Dc dp
Onde:
Cv = Concentração de sólidos em volume (decimal)
dp = Densidade da polpa (t/m³)
58
Onde:
E =Energia específica (kWh/t);
K =Constante de proporcionalidade;
Di =Diâmetro inicial da partícula;
Df = Diâmetro final da partícula.
Uma segunda equação, conhecida como segunda lei da cominuição, foi
proposta em 1885 por Kick (KICK 1885 apud WILLS; NAPIER-MUNN, 2006). Tal
equação considera que a energia requerida é proporcional à redução de volume das
partículas, o que significa que iguais quantidades de energia produzirão iguais
mudanças geométricas no tamanho de um sólido. Essa teoria considera que a
energia necessária para fraturar um sólido ideal (homogêneo, isotrópico e sem
falhas) é equivalente à energia gasta para deformar esse sólido até seu limite de
ruptura, desprendendo a energia adicional para produzir a ruptura do mesmo. A
equação matemática que expressa a segunda lei da cominuição é dada por:
Di
E C log (3.25)
D
f
Onde:
E = Energia específica (kWh/t);
C = Constante de proporcionalidade;
Di = Diâmetro inicial da partícula;
Df = Diâmetro final da partícula;
Rabelo ett all (2007) mostraram que o consumo de energia para geração de
superfície especifica na remoagem de minério de ferro pode ser descrito pela lei de
Kick, a partir de uma série de amostragens realizadas no circuito de remoagem de
concentrado de minério de ferro da usina de Germano, de propriedade da Samarco,
localizada em Mariana, MG.
60
1 1
W 10Wi (3.26)
P F80
80
Onde:
W = Energia consumida em kWh/st;
P80= Tamanho no qual passa 80% do produto do moinho em m;
F80= Tamanho no qual passa 80% da alimentação do moinho em m;
Wi =Work index do material;
O conceito de Wi foi proposto também por Bond, e é definido como a energia
necessária para reduzir uma tonelada curta do mineral considerado, desde um
tamanho inicialmente infinito, até uma granulometria 80% passante em 100 m. A
equação 3.26 ilustra a definição de Wi, onde Eo é uma constante específica de cada
mineral. O ensaio para determinação do Wi de Bond será descrito posteriormente
neste trabalho.
1 1
Wi E0 (3.27)
100
A lei de Bond tem sido extensivamente aplicada para o dimensionamento e
otimização dos processos de moagem nas últimas décadas, mesmo que com
restrições, dentre as quais podem ser destacadas:
61
Onde:
fi = Vazão de alimentação da fração granulométrica i no moinho
rj = Frequência de quebra da fração granulométrica j (fração acima da malha i)
sj = Massa da fração granulométrica dentro do moinho
pi = Vazão de descarga da fração i no moinho
aij = Fração retida na malha i proveniente de eventos de quebra na malha j.
A figura 30 (DELBONI 2003) mostra, de forma esquemática, o evento
representado pela equação 3.29.
Figura 30– Desenho Esquemático do Balanço Granulométrico do Moinho
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Segue abaixo uma breve descrição dos ensaios realizados com a amostra de
grande volume;
1- Ensaio industrial de britagem: Avaliação do desempenho da amostra em um
circuito industrial de britagem convencional de minério de ferro com britadores
cônicos. Foi obtida a curva de eficiência de britagem em função da abertura
na posição fechada (APF) do britador, e comparada à vazão mássica obtida
industrialmente com os valores de catálogo do fornecedor.
2- Ensaio piloto de moagem de bolas: Avaliação do comportamento da amostra
em um circuito fechado de moagem de bolas, com a determinação do
consumo específico de energia (kWh/t), obtenção de dados para calibração
do simulador de moagem e determinação do percentual de lamas, neste
caso, material mais fino que 0,010 mm.
3- Ensaio piloto de moagem SAG: Avaliação do desempenho da amostra em
diferentes configurações de circuitos de moagem SAG (SAB, SABC e
SSSAG), com determinação do consumo específico de energia (kWh/t),
69
Para cada rota estudada, foi elaborada uma simulação para processamento de
25 Mta de minério base seca. A partir dos rendimentos operacionais estipulados,
foram consideradas 6000 horas de operação efetiva para as etapas de britagem e
7800 horas para a moagem. Não foi considerada pilha pulmão entre as operações
de britagem, de forma que todas as opções estudadas tivessem somente uma pilha
pulmão antes da alimentação da moagem. As premissas das simulações estão
listadas na tabela 4.
Fórmula de Bond:
1
F Wi Sg 3
0,5
Db (4.1)
K Cs D
0,5
Fórmula de Azzaroni:
1
1
Cl 10 1
Db 5,8 F N D 4
1
3, 5 Wi 2,5
1 (4.2)
100
Onde:
86
2
As informações foram disponibilizadas através do Relatório Técnico GADMF número 234,
Teste Piloto Jangada, documento interno Vale
88
Figura 45– Fluxograma Integrado dos Ensaios Piloto de Moagem SAG e e Moagem em Moinho de
Bolas
Figura 46– Fluxograma dos Ensaios Piloto de Moagem SAG em Circuito Fechado
3
As informações foram disponibilizadas através do Informativo de Resultados Número 2,
referente ao projeto número 13400202, Programa de Pruebas Piloto de Molienda AG Y SAG para
Vale, Brasil.
94
t10 A 1 e bEcs (4.4)
Onde:
t10 – Percentual passante na malha equivalente a 10% do tamanho original do
fragmento
Ecs – Energia específica aplicada na partícula (kWh/t)
A e b – Parâmetros característicos do minério
Os parâmetros A e b indicam o comportamento da amostra quando submetida
a impactos, conforme ocorre dentro dos moinhos AG e SAG. Assim, a fragmentação
por impacto do material é convenientemente descrita por uma curva que apresenta
rápido crescimento inicial (parâmetro b), e tende a um comportamento assintótico,
96
2,44 D
3,2 3V p C s 1 910Cs
0,1
kWb 6,3D 0,3 sen 51 22 (4.7)
2,44 2
Onde:
kW b = Potência em kW por tonelada de bolas, no eixo pinhão
D = Diâmetro do moinho (m)interno ao revestimento
Vp = Fração do volume do moinho ocupada pelas bolas
Cs = Fração da velocidade crítica
Os parâmetros para a realização dos ensaios de moagem de Donda para a
moagem primária estão mostrados na tabela 22 (DONDA; ROSA, 2014).
102
).
104
5 RESULTADOS
partir da equação de Austin, estão representados na tabela 36. Para o ensaio SAG
3, como não foi realizada a medição da carga interna do moinho SAG, não foi
possível calcular o consumo de energia pela equação de Austin. Conforme prática
operacional do CIMM, são acrescentados quatro pontos percentuais na carga de
bola para cálculo do consumo de energia pela equação de Austin.
Tabela 38 – Resultados do Ensaio Piloto de Moagem de Bolas para a Rota SAG (MB1)
Tabela 39 – Resultados do Ensaio Piloto de Moagem de Bolas para a Rota SAG (MB 2)
7 CONCLUSÕES
moagem SAG, tanto para a rota SAB/C quanto SSSAG. Dessa forma, é
recomendada a alimentação da moagem SAG com produto da britagem
primária, salvo a necessidade de redução do top size da alimentação, em
função de restrições ao manuseio de fragmentos relativamente grosseiros
A utilização de britagem de pebbles levou a uma redução de 18,8% no
consumo de energia da moagem SAG para a rota SAB/C, sem aumento no
consumo de energia da moagem de bolas.
O consumo energético previsto pelo método de Donda ficou próximo ao
obtido nos ensaios em escala piloro para a rota convencional e SAB/C. Já o
consumo energético previsto pelo método de Bond mostrou consumos de
energia significativamente inferiores aos obtidos nos ensaios, em escala
piloto, para todas as rotas estudadas.
O percentual de lamas, material passante em 0,010 mm, no produto da
moagem dos ensaios piloto, apresentou valores semelhantes para todas as
rotas estudadas, variando de 13,6% para a rota SABC a 14,7% para a rota
SSSAG. As simulações realizadas para as rotas convencional e SSSAG
mostraram valores inconsistentes de percentual de lamas no produto da
moagem.
.
162
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A
APÊNDICE B
Ensaio Piloto de Moagem de Bolas
170
171
172
173
APÊNDICE C
Ensaio Piloto de Moagem SAG
174
175
176
177
178
179
180
181
182