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Tisa Echevarria Leite1 José Carlos Ferrugem Moraes2 Cláudio Alves Pimentel3
de leite e de terneiros, incremento nas despesas de ro cio (IPPC), intervalo entre cios (IEC), intervalo
manutenção com vacas secas, maiores taxas de des- entre partos (IEP), idade ao primeiro parto (IdPP) e
carte e maior número de doses de sêmen por con- idade ao primeiro cio (IdPC); e características pro-
cepção. A eficiência reprodutiva de um rebanho é dutivas, como produção de leite (PL), calculada com
um dos componentes mais importantes na perfor- base na produção diária e corrigida para 300 dias,
mance econômica de uma propriedade de produção número de crias (NC) e longevidade em anos (L),
de leite. Segundo GAINES (1994), o ganho potenci- considerada como a idade em que os animais apre-
al resultante do incremento na taxa reprodutiva é sentaram o último parto. Como variáveis indepen-
cinco vezes maior que o esperado pelo aumento da dentes foram considerados aborto, natimorto, disto-
qualidade do leite e três vezes maior que o esperado cia, retenção de placenta e mastite. Estatísticas des-
pelo melhoramento genético, sendo apenas inferior critivas foram geradas para essas variáveis indepen-
aos ganhos que podem ser obtidos pela melhoria na dentes, sendo as variáveis dependentes IEP, IPC e
nutrição. IPPC submetidas também à análise de variância para
A intensificação dos sistemas de produção determinação dos efeitos das variáveis independen-
de leite indica que as vacas devem ser cobertas o tes.
mais cedo possível após o parto. No entanto, os Os intervalos entre cios foram divididos
melhores índices de fertilidade são obtidos com em categorias, de acordo com os critérios de
serviços a partir dos 60 dias pós-parto. Algumas GAINES (1994), para que fosse possível a análise
enfermidades puerperais e metabólicas do perfil dessa variável. O perfil do intervalo entre
(STEVENSON & CALL, 1988), bem como defici- cios geralmente é recomendado para analisar a efici-
ente detecção de cio (ESSLEMONT, 1993) podem ência da detecção de cio e a mortalidade embrioná-
ser responsáveis por subfertilidade, prolongando o ria. As categorias consideradas foram 0-3 dias, 4-17
intervalo parto-concepção. dias, 18-24 dias, 25-35 dias, 36-48 dias e >48 dias.
Considerando essa situação, o objetivo Essas classes de intervalos são baseadas no intervalo
deste estudo foi quantificar transtornos reprodutivos entre cios normal de 21 dias com a variação de 18-
em um rebanho de vacas leiteiras no Rio Grande do 24 dias.
Sul, e avaliar seus efeitos sobre determinados índi-
ces reprodutivos visando proporcionar novas alter- RESULTADOS
nativas para a otimização de índices reprodutivos e a
produção leiteira. Durante os 24 anos em que os dados fo-
ram coletados, ocorreram 1129 partos de 350 vacas.
MATERIAIS E MÉTODOS Do total, noventa por cento das vacas incluídas no
estudo tiveram entre 2 e 5 partos e apenas 10% delas
Foram analisados dados produtivos e re- de 6 a 8 parições, com 40,6% das vacas apresentan-
produtivos, coletados de fichas individuais registra- do 2 partos e somente 2,9% atingindo oito partos.
das durante 24 anos, de 350 vacas da raça Holandês, A idade média ao primeiro parto ocorreu
criadas no Centro de Pesquisa de Pecuária dos Cam- aos 37,1 meses (amplitude de 12,3 a 80,1 meses) e o
pos Sulbrasileiros da Empresa Brasileira de Pesquisa primeiro cio aos 24,9 meses (amplitude de 13,8 a
Agropecuária (CPPSUL) situado em Bagé, Rio 70,6 meses), deduzindo-se que a concepção tenha
Grande do Sul. O peso mínimo estabelecido para o ocorrido em torno dos 27,8 meses de idade (Tabela
primeiro serviço (inseminação artificial) das novi- 1). A longevidade, considerando-se a idade ao úl-
lhas era de 340kg. A inter-
rupção da lactação das vacas Tabela 1 - Medidas centrais e de dispersão de características reprodutivas observadas num rebanho
era realizada 60 dias antes do de 350 vacas de leite da raça Holandês, num período de 24 anos, pertencentes ao
parto, ou em função de baixa CPPSUL-EMBRAPA.
produção de leite. Os ani-
mais eram ordenhados atra- Parâmetro n Média Mediana Desvio Padrão Máximo Mínimo
vés de ordenha mecânica
duas vezes ao dia.
Idade ao primeiro cio (meses) 266 24,9 24,7 5,2 70,6 13,8
As variáveis de- Idade ao primeiro parto (meses) 348 37,1 35,0 8,7 80,1 12,3
pendentes consideradas fo- Intervalo parto primeiro cio (dias) 783 97,0 81,0 67,5 568,0 11,0
ram divididas em: caracte- Intervalo entre cios (dias) 1124 48,2 24,0 49,8 307,0 3,0
rísticas reprodutivas, como Intervalo parto concepção (dias) 785 150,7 114,0 106,2 757,0 11,0
Intervalo entre partos (meses) 772 14,6 13,2 3,8 34,7 9,8
intervalo parto concepção Número de crias 1183 2,6 2,0 1,6 8,0 1,0
(IPC), intervalo parto primei-
timo parto, foi 69,7 meses, em Tabela 3 - Efeito das alterações puerperais sobre o intervalo parto concepção e intervalo entre
média, e não foi afetada pela partos de vacas leiteiras da raça Holandês do CPPSUL-EMBRAPA.
ocorrência de doenças puerpe-
rais, nem pela ocorrência de Alterações Intervalo parto concepção P< Intervalo entre partos P<
mastite (P>0,05). Em 48,1% das
gestações, foram verificados
transtornos periparturientes, Positivas Negativas Positivas Negativas
(aborto, natimorto, retenção de Distocia 186,0 ± 121,6 148,3 ± 104,7 0,05 428,6 ± 80,9 437,0 ± 115,2 0,7
Natimorto 200,7 ± 110,7 148,6 ± 105,6 0,01 459,0 ± 111,0 435,9 ± 114,0 0,4
placenta, distocia e mastite) Aborto 113,2 ± 51,0 151,5 ± 107,0 0,2 600,7 ± 163,7 435,3 ± 112,6 0,01
cujas freqüências estão repre- Ret.placenta 149,5 ± 119,5 150,9 ± 104,5 1,0 456,9 ± 148,9 434,3 ± 109,2 0,1
sentadas na tabela 2. Mastite 153,6 ± 111,3 149,7 ± 104,5 0,7 436,3 ± 118,4 436,7 ± 112,5 1,0
O IPPC observado
apresentou média de 97,0 dias,
variando de 11 a 568 dias. Esse Positivas: animais que apresentaram a alteração.
Negativas: animais que não apresentaram a alteração.
índice reprodutivo não foi afe-
tado por nenhuma das altera-
ções puerperais. Por outro lado, o IPC foi afetado base um período de gestação de 278 dias (McDO-
pela ocorrência de distocia e natimortos. Os efeitos NALD, 1989). A idade média ao primeiro parto dos
das alterações puerperais estão relacionados na ta- animais relacionados neste trabalho ocorreu aos 37,1
bela 3. A PL diária foi de 11,0kg de leite, enquanto meses, estando associada ao momento do primeiro
que a produção corrigida para 300 dias foi de serviço, realizado quando os animais alcançavam
3306,9kg (Tabela 4), sendo observada maior produ- 340kg de peso vivo. Essa idade pode ser considerada
ção na oitava lactação, quando a produção média superior ao preconizado para o primeiro parto de
corrigida para 300 dias foi de 4212,0. A PL foi afe- vacas da raça Holandês, que, segundo FETROW et
tada significativamente por distocia (P<0,05). As al. (1997), é de 22-25 meses. No entanto, há que se
vacas que apresentaram distocia produziram em considerar que, no período de avaliação, os animais
média 2945,6kg de leite e as que tiveram partos foram submetidos a diferentes sistemas de criação
normais produziram 3326,1kg. proporcionados pelos ensaios experimentais a que
Foram também relacionadas as freqüên- foram submetidos.
cias dos intervalos entre cios observados, represen- Dentre as afecções periparturientes, reten-
tados na tabela 5. Esses cios foram estratificados em ção de placenta e mastite foram as que ocorreram
classes que permitiram inferir sobre problemas espe- com maior freqüência. As demais anormalidades
cíficos tais como: liberação precoce de prostaglandi- (aborto, natimortos e distocia) apresentaram fre-
na F2α (<17 dias); ciclos regulares (18 a 24); morta- qüências inferiores a 10%, o que estaria dentro de
lidade embrionária (25 a 35 dias) e aborto (> 45 um limite aceitável (FETROW et al., 1997). Entre-
dias). tanto, a alta freqüência desses transtornos puerperais
(48,1%) indica falhas no manejo, o que dificulta a
DISCUSSÃO
obtenção de melhores índices produtivos e reprodu-
A idade à concepção das novilhas, em tivos. Os transtornos periparturientes ocorrem como
torno dos 27,8 meses, foi estimada tomando-se como um complexo e estão relacionados entre si, afetando
outros parâmetros reprodutivos (CURTIS et al.,
1985), sinalizando que medidas profiláticas repro-
Tabela 2 - Transtornos periparturientes observados em 1181
gestações, observados em um rebanho leiteiro da dutivas e sanitárias para prevenir a ocorrência de um
raça Holandês, controlado durante 24 anos, perten- transtorno, podem diminuir o risco de incidência de
cente a CPPSUL-EMBRAPA. outros relacionados direta ou indiretamente
(STEVENSON & CALL, 1988).
Transtornos reprodutivos N Ocorrência por gestação
Tabela 4 - Produção de leite vitalícia (kg) de 350 vacas leiteiras da
raça Holandês do CPPSUL-EMBRAPA.
Aborto 52 4,4
Natimorto 48 4,1
Retenção de placenta 132 11,2 Produção de leite Média Desvio padrão Máximo Mínimo
Mastite 273 23,1
Distocia 63 5,3
Corrigida 300 dias 3306,9 964,3 7080 810
Total 568 48,1 Diária 11,0 3,2 23,6 2,7
Tabela 5 - Freqüências dos intervalos entre cios observados em por este trabalho se tratar de uma análise retrospec-
um rebanho leiteiro da raça Holandês, segundo a clas- tiva, não é possível se avaliar a veracidade dessa
sificação de GAINES (1994).
observação. O valor máximo observado não é co-
mum (568 dias) e pode ser atribuído a falhas de
Intervalos entre cios (dias) Freqüência (%) observação ou prolongamento da estação reproduti-
va. SCHNEIDER et al. (1981) documentaram 127
dias como máximo, o que fica ainda muito superior
0-3 0,1
4-17 6,3 ao ideal recomendado por FETROW et al. (1997).
18-24 44,6 A variável IPPC foi menos sensível que o
25-35 5,8 IPC, no que se refere aos efeitos das anormalidades
36-48 16,3
>48 27,0
puerperais. Isso, provavelmente, ocorre porque,
mesmo com a ocorrência de problemas reprodutivos,
a vaca pode apresentar o primeiro cio pós-parto sem
que ocorra a concepção. Desordens como distocia e
O IEP, cuja média foi de 14,6 meses, de- natimortos afetariam então o IPC, mesmo sem afetar
monstra que o manejo reprodutivo desse rebanho o aparecimento do primeiro cio pós-parto. Por outro
estava aquém do ideal (12 meses) considerado por lado, o IPC foi afetado pela incidência de distocia e
FERREIRA (1991), porém essa meta não é alcança- natimortos.
da, sendo considerada apenas como um parâmetro O IPC apresentou média de 150,7 dias, o
indicador dos procedimentos de manejo reprodutivo. que, segundo ESSLEMONT (1993) representa um
As vacas que abortaram apresentaram um problema grave. Esse mesmo autor considera ideal
IEP 165,3 dias (5,5 meses) mais longo do que as que um IPC situado entre 75 e 85 dias, para que o IEP
pariram normalmente. Esse valor foi tão alto, porque alcançado seja de 12 meses. Esse intervalo foi afeta-
a uma gestação interrompida se sucede um puerpério do significativamente por distocia (P<0,05), sendo
anormal. Como a todo aborto segue-se uma inflama- de 186,0 dias para as que apresentaram distocia e
ção endometrial, geralmente associada à retenção de 148,3 dias para as que tiveram parto normal. Cabe
placenta, pode haver um atraso na concepção se- destacar que o manejo nutricional era o mesmo entre
guinte (STEVENSON & CALL, 1988). Neste tra- grupos. Os mecanismos envolvidos no retardo da
balho, verificou-se esse efeito prejudicial do aborto concepção seguindo essas condições são desconhe-
sobre o IEP, porém, quando os casos registrados de cidos, mas poderiam incluir o atraso da involução
retenção de placenta foram analisados isoladamente uterina (MORROW et al., 1969) e os efeitos do
de aborto, não tiveram efeito sobre o IEP. Isso pode estresse sobre o eixo hipotálamo-hipófise, suprimin-
ter ocorrido porque o registro provavelmente ateve- do a secreção de gonadotrofinas (LI & WAGNER,
se apenas ao processo patológico mais evidente, o 1983). Podem ser incluídas também como causas do
aborto, ficando a retenção de placenta omitida, já atraso na concepção, inflamações genitais inespecí-
que, segundo ROBERTS (1971), raramente a reten- ficas pós-puerperais, falta de controle da qualidade e
ção de placenta ocorre de maneira isolada. aplicação do sêmen e ausência de registros gineco-
O acréscimo de 165,37 dias no IEP, em lógicos periódicos. Vacas que apresentaram distocia
vacas que abortaram, significa a perda de uma pro- tiveram um IPC 37,7 dias superior às que apresenta-
dução de 1.189,1kg de leite, que deixariam de ser ram partos normais. THOMPSON et al. (1983)
acrescidos na receita da propriedade. mostraram que vacas com distocia tiveram interva-
A ausência de efeitos da ocorrência de los parto primeiro serviço e parto concepção mais
natimortos, mastite e distocia sobre o IEP difere de longos com maior número de serviços por concep-
trabalhos que indicam um drástico efeito desses ção.
fatores sobre índices reprodutivos (ROBERTS, O IPC foi afetado significativamente
1986; YOUNGQUIST, 1997). A natureza e subjeti- (P<0,05) pela ocorrência de natimortos, com os
vidade dos diagnósticos registrados nas fichas dis- casos positivos apresentando este intervalo 52,1 dias
poníveis podem ter contribuído para essa diferença. mais longo do que aqueles negativos. STEVENSON
O IPPC observado apresentou média de & CALL (1988) não encontraram evidências de
97,0 dias. O valor mínimo de 11 dias ao primeiro cio relação direta entre natimortos e performance repro-
observado pode ser considerado como falha no re- dutiva. Entretanto, segundo esses mesmos autores,
gistro ou na observação, apesar de que intervalos vacas com natimortos correm risco de apresentarem
menores (8 dias) têm sido registrados na bibliografia outras doenças, como prolapso de útero, retenção de
(SCHNEIDER et al. 1981). Esses dois problemas placenta e, conseqüentemente, metrite, afetando
podem estar acontecendo de maneira simultânea e, assim indiretamente a eficiência reprodutiva.
Os intervalos entre cios, observados neste Deve-se ressaltar que os dados estudados
trabalho (Tabela 5), indicam que em 16,4% das pertencem a uma unidade experimental, não signifi-
ocasiões houve falha na detecção de cio. Possíveis cando que representem a realidade encontrada em
alterações inflamatórias determinantes de liberação propriedades rurais, mas podem servir como base
precoce de PGF2α ou falha na detecção de cio ocor- para que mais pesquisas sejam realizadas nesta área
reram em 6,3% dos casos (intervalos entre 4-17 na qual poucos índices produtivos e reprodutivos são
dias). Ciclos estrais regulares (18-24 dias) foram conhecidos.
verificados em 44,6%, salientando a importância da
detecção de cio. Intervalos entre 25 e 35 dias suge- CONCLUSÕES
rem mortalidade embrionária e foram verificados na
freqüência de 5,8%. Intervalos entre cios superiores Os índices IEP e IPC do rebanho são afe-
a 48 dias (indicativo de aborto) ocorreram em 27,0% tados por transtornos reprodutivos que ocorreram
dos casos. Caso se considere essa freqüência de durante o puerpério, prejudicando a eficiência repro-
intervalos entre cios superiores a 48 dias (27,0 %) dutiva do rebanho. O monitoramento do IPC cons-
como abortos, os registros de 4,4 % (Tabela 2) fica- titui uma importante ferramenta para o incremento
ram subdimensionados e sugerem falhas nos regis- da eficiência reprodutiva por estar intimamente
tros ou dificuldade de se diagnosticar o aborto a associado ao IEP. A PL, por sua vez, foi afetada pela
campo. ocorrência de distocia, sugerindo o fator estressante
Propriedades que tenham deficiências na que representa esse problema, refletindo-se na fun-
detecção de cio devem melhorar seu manejo, fazen- ção lactogênica. A falha na detecção de cios reflete
do observações duas vezes ao dia ou utilizando de as falhas de manejo e registro de dados, comprome-
rufiões marcadores, ou ainda, através de programas tendo a eficiência reprodutiva do rebanho, prejudi-
de sincronização. A falha na detecção de cio contri- cando todos os índices produtivos.
bui para o aumento do IPC e, subseqüentemente, o
IEP, que foram significativamente correlacionados REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(r= 0,32 – P < 0,001).
CURTIS, C.R., ERB, H.N., SNIFFEN, C.J. et al. Path analysis of
Em 53,4% das vacas, foi observado ape- dry period nutrition, postpartum metabolic and reproductive
nas um cio antes da concepção, o que representa um disorders, and mastitis in Holstein cows. J Dairy Sci, v.68,
valor adequado, porém houve ocorrência de até 12 p.2347-2360, 1985.
cios antes da concepção, sugerindo falhas de manejo
ESSLEMONT, R.J. Relationship between herd calving to
que podem contribuir para um maior IPC. Relacio- conception interval and culling rate for failure to conceive.
nando-se a alta incidência de vacas que apresenta- Vet Record v.133, p.163-164, 1993.
ram apenas um cio antes da concepção com o alto
FERREIRA, A.M. Manejo reprodutivo e eficiência da
IPC (150,7 dias), que é considerado como um pro- atividade leiteira. Juiz de Fora, MG : EMPBRAPA, 1991.
blema severo dentro da propriedade, sinaliza-se para p.15. (Documento EMBRAPA, n.46).
a necessidade de se atentar para falhas na detecção
FETROW, J., STEWART, S., EICKER, S. Reproductive health
de cios.
programs for dairy herds: Analysis of records for assessment
O IEP e o IPC foram significativamente of reproductive performance. In: YOUNGQUIST, R.S.
aumentados em conseqüência de transtornos puerpe- Current therapy in large animal theriogenology.
rais, prejudicando a eficiência reprodutiva. Embora Philadelphia : Saunders, 1997. p.441-451.
os índices produtivos e reprodutivos gerais do reba- GAINES, J.D. Proceedings for annual meeting. Kansas City :
nho não estivessem muito diferentes dos observados Society for Theriogenology, 1994. Analysis of reproductive
para rebanhos nacionais, como um IEP de 18 meses efficiency of dairy herds: p.86-107.
(FERREIRA, 1991), o manejo preventivo e o trata-
LI, P.S., WAGNER W.C. Effects of hyperadrenal states on
mento adequado de problemas puerperais podem luteinizing hormone in cattle. Biol Reprod, v.29, p.11-16,
determinar incrementos expressivos nesses índices. 1983.
A PL foi afetada significativamente
McDONALD, L.E. Pregnancy and parturition. In:
(P<0,05) por distocia. As vacas que apresentaram McDONALD, L.E., PINEDA, M.H. Veterinary
distocia produziram, em média, 380,5kg de leite a endocrinology and reproduction. Philadelphia. Lea &
menos do que as que tiveram partos normais. Esses Febiger, 1989. p.503-525.
resultados se assemelham aos de SCHNEIDER et al.
MORROW, D.A., ROBERTS, S.J., McENTEE, K. A review of
(1981) em que vacas sem distocia produziram mais post partum ovarian activity and involution of the uterus and
leite do que as vacas com distocia. cervix in cattle. Cornell Vet, v.59, p.134, 1969.
ROBERTS, S.J. Veterinary obstetrics and genital diseases, STEVENSON, J.S., CALL, E.P. Reproductive disorders in the
Michigan : Ann Arbor Edward Brothers, 1971. 776p. periparturient dairy cow. J Dairy Sci, v.71, p.2572-2583,
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ROBERTS, S.J. Veterinary obstetrics and genital diseases
(Theriogenology). Michigan : Na Arbor Edwards Brothers, THOMPSON, J.R., POLLAK, E.J., PELISSIER, C.L.
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subsequent lactation, reproduction and age at first calving. J
SCHNEIDER, F., SHELFORD, R.G., PETERSON, R.G. et al. Dairy Sci, v.66, p.1119-1127, 1983.
Effects of early and late breeding of dairy cows on
reproduction in current and subsequent lactation. J Dairy YOUNGQUIST, R.S. Current therapy in large animal
Sci, v.64, p.1996-2002, 1981. theriogenology. Philadelphia : Saunders, 1997. 898p.