Antenas - Diagramas de Radiação - Saber Eletrônica Online
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27 /08/1 3 -
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Ant Início 1 . Quanto ao corte de Azimute (ou diagrama de radiação horizontal): Próx >>
págs.
As Antenas são elementos fundamentais de um sistema de transmissão. Uma estação é tão eficiente como
sua antena, conforme afirma a ARRL.
Ocorre na prática cotidiana de implementação de sistemas de transmissão uma situação muito similar
àquela que muitos de nós, engenheiros ou técnicos, já passamos algum dia durante um projeto que
desenv olv emos, onde constatamos que uma determinada função (supostamente estanque e de pouca
importância no início do projeto) rev elou-se no final muito mais complex a e o que é pior, determinante do
funcionamento do nosso equipamento; quem já não “sofreu” alguma v ez com problemas de fonte de
alimentação? E conv enceu-se posteriormente que o projeto dev eria ter começado por esta função
supostamente “banal”!.
O dimensionamento da qualidade ou, neste contex to, a área de cobertura de uma estação, é determinado
na fase de projeto pelo parâmetro Potência ERP (ERP= Effectiv e Radiated Power), que é dado pelo produto
da potência do transmissor pelo ganho de potência da antena e eficiência do sistema de transmissão.
V erifica-se de forma bastante simples portanto, que a antena contribui diretamente na magnitude da área
de cobertura. Por outro lado, a confiabilidade de uma estação, isto é, o período de tempo em que o serv iço
está disponív el para os telespectadores (no caso de uma emissora de TV ) é, se não o principal, um dos
fatores determinantes do sucesso comercial da operação e é completamente determinada pela
confiabilidade do transmissor e da antena. A figura 1 ilustra o que acontece.
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É importante observ ar o fato de que muitas v ezes se realiza um inv estimento maciço unicamente na
redundância do equipamento transmissor, ignorando-se (ou pelo menos dando-se menor importância) à
redundância da antena, quando bem sabemos que, na realidade, de pouco adiantarão dois transmissores
operando se houv er ocorrência de falha da antena. Em suma, a questão-chav e ao redor de um sistema de
transmissão, para que o mesmo alcance o sucesso pretendido, é simplesmente a abordagem correta e
prudente (sob o ponto de v ista de engenharia) de não se desprezar a antena de transmissão.
A Antena
Como definir uma antena de forma intuitiv a e descomplicada ? Se recorrermos ao dicionário (Aurélio) lê-
se:
Def.1. Parte de um transmissor cujo potencial v aria rapidamente, irradiando para o espaço ondas
eletromagnéticas;
Def.2. Parte de um receptor de rádio que capta a energia eletromagnética, introduzindo-a no aparelho sob
forma de impulsos elétricos;
Def.3. Estrutura metálica, fio ou conjunto de fios com as mesmas funções dadas na Def.1 e Def.2.
Por outro lado, definir uma antena sob o ponto de v ista da física associada ao seu funcionamento e do
modelo matemático que a descrev e representa uma ciência a parte. Em uma v isão mais aplicada e
compatív el com os objetiv os deste tex to, o conceito que entendemos ser mais adequado para antena é: “o
elemento pertencente a um sistema de transmissão e/ou recepção de sinais que tem como função radiar
/captar ondas eletromagnéticas, adaptando a energia (contida nas ondas eletromagnéticas) entre um meio
confinado (uma linha de transmissão) e um meio não confinado (espaço liv re ou éter)”.
Nesta linha de raciocínio, pode-se facilmente av ançar no conceito e afirmar (sem medo de simplificar) que
uma antena nada mais é do que um transdutor de ondas eletromagnéticas entre meios com propriedades
distintas de propagação de energia. Uma antena adapta, portanto, a impedância entre a linha coax ial de
transmissão de saída de um TX (50 ohms) e a impedância do espaço liv re (1 20 Ω ou 37 7 ohms). A maneira
como esta adaptação de energia acontece, define propriedades fundamentais das antenas pois:
• pode se dar de forma controlada ao longo do espaço, ao redor da antena (de onde surge o conceito de
diagrama de radiação tridimensional);
• pode se dar com maior ou menor eficiência em uma dada direção, comparativ amente a uma antena de
referência (de onde surge o conceito de ganho);
• pode se dar numa faix a de frequência maior ou menor (de onde surge o conceito de largura de faix a);
• pode se dar com maior ou menor perda de energia (de onde surge o conceito de V SWR);
• pode se dar em uma determinada orientação de propagação do campo elétrico em detrimento de outra
orientação (de onde surge o conceito de polarização).
Talv ez a principal propriedade de uma antena que desejamos conhecer / especificar em uma primeira
análise seja o seu diagrama de radiação, pois é a propriedade com um apelo intuitiv o mais imediato e que
traduz o comportamento da antena quanto à sua capacidade de distribuir espacialmente (ao seu redor) a
energia aplicada em seus terminais de entrada.
• Potência;
• Intensidade de campo;
• Fase;
• Polarização.
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• Polarização.
Logo, para cada uma das propriedades acima podemos associar um diagrama de radiação espacial
específico, também chamado de diagrama de radiação tridimensional (3D), que represente graficamente
como a potência, intensidade de campo, fase e polarização se distribuem o redor da antena. Para fins de
projeto e com maior aplicação na prática, restringe-se, entretanto, a publicação apenas para os diagramas
de radiação de potência e de intensidade de campo, representados graficamente no formato polar ou no
formato retangular e utilizando escala com passo linear ou escala com passo em dB. (Obs.: em figuras
posteriores serão ev idenciadas as diferenças entre utilizar escala com passo linear e escala com passo em
dB, bem como as diferenças entre usar o formato polar ou retangular).
O que ocorre na prática é uma simplificação, isto é, especificam-se apenas os cortes (ou fatias da esfera de
radiação) principais do diagrama 3D da antena. Estes cortes principais são os cortes de azimute
(horizontal) e os cortes de elev ação (v ertical), os quais efetiv amente são empregados em projeto,
conforme mostra a figura 2.
• Corte de azimute = fatia da esfera de radiação onde as propriedades de radiação da antena são v erificadas
no plano (x , y ) ou , intuitiv amente, no plano horizontal;
• Corte de elev ação = fatia da esfera de radiação onde as propriedades de radiação da antena são
v erificadas no plano (z , y ) ou , intuitiv amente, no plano v ertical.
Mais precisamente, se denominamos theta (θ) ao ângulo tomado entre o eix o z e o v etor formado da
origem do sistema de coordenadas (x ,y ,z) até um ponto qualquer sobre a esfera de radiação e chamamos
phi (ϕ) ao ângulo tomado entre o eix o x e o v etor formado da origem do sistema de coordenadas (x ,y ,z) até
um ponto qualquer sobre a esfera de radiação, podemos ampliar a definição do parágrafo anterior e
afirmar que o corte de azimute é qualquer corte da esfera de radiação onde o ângulo theta permanece fix o
(normalmente em 90 graus) e o ângulo phi v aria; similarmente, podemos dizer que o corte de elev ação é
qualquer corte da esfera de radiação onde o ângulo phi permanece fix o (normalmente em 0 graus) e o
ângulo theta v aria.
Toda esta nomenclatura e definições apresentadas anteriormente não dev em atrapalhar o conceito de que,
na prática, a especificação do diagrama que se faz de uma antena está restringindo a descrição das suas
propriedades de radiação aos planos ou cortes principais de análise utilizados em projeto, quais sejam: os
planos horizontal e v ertical.
Portanto, dev e estar sólido o conceito de que o diagrama de radiação horizontal de uma antena é o
diagrama do corte de azimute tomado do diagrama de radiação 3D, bem como o diagrama de radiação
v ertical de uma antena é o diagrama do corte de elev ação tomado do diagrama de radiação 3D. Este
entendimento lev a à conclusão imediata de que os formatos de representação polar e retangular que
mencionamos no início desta figura nada mais são do que v ariações da representação gráfica 2D, ou seja ,
no “plano do papel”, dos diagramas de radiação horizontal e v ertical da antena. Na figura 3 temos
ex emplos.
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Nesta figura 3 temos, na parte superior ao centro, um diagrama representado no formato retangular, onde
o eix o v ertical (abcissa) indica a intensidade de campo normalizada [0,1 ] e o eix o horizontal (ordenada)
indica o setor angular de análise. Observ ando este diagrama v erificamos que, por ex emplo, para o angulo
90 graus a intensidade de campo é máx ima (igual a 1 ) e para os ângulos 60 e 1 20 graus a intensidade de
campo é nula (igual a 0).
Na parte inferior à esquerda temos agora um outro diagrama representado no formato polar, onde as
linhas radiais (tomadas do centro da circunferência até o circulo ex terno) representam o ângulo de análise
e o raio associado (ponto de intersecção da radial com o diagrama) representa a intensidade de campo
normalizada [0,1 ] sendo 1 o v alor da intensidade de campo associada ao circulo ex terno. Observ ando este
diagrama v erificamos que, por ex emplo, nas radiais 0, 45 e 90 graus tem-se intensidade de campo máx ima
e que para a radial 300 graus a intensidade de campo é apenas 0,2. Se afirmarmos que o diagrama
retangular representa o diagrama de radiação de elev ação e o diagrama polar representa o diagrama de
radiação de azimute de uma mesma antena, iremos reconhecer facilmente estes dois diagramas anteriores
como cortes do diagrama 3D desta antena, mostrados na parte inferior à direita da figura.
• elev ação (também chamado de diagrama v ertical) deste diagrama espacial traduzem com bastante
fidelidade o comportamento das propriedades de radiação da antena, mas é sempre importante lembrar
que trata de simplificações necessárias e impostas para fins de projeto.
Qualquer análise mais minuciosa ou completa que se deseje realizar sobre as propriedades de radiação de
uma antena dev e contemplar as propriedades do seu diagrama 3D. Não se dev e concluir, portanto, que a
antena estará completamente caracterizada quanto ao seu diagrama de radiação analisando-se somente os
seus cortes principais. Qualquer antena pode ser classificada (e rapidamente caracterizada), tomando-se
como base somente as propriedades do seu diagrama de radiação, em duas categorias bem distintas de
funcionamento: Antenas Direcionais e Antenas Omnidirecionais.
As definições são autoex plicativ as: por direcional subentende-se aquela antena capaz de radiar / receber
ondas eletromagnéticas com eficiência v ariáv el em função da direção; por omnidirecional subentende-se a
antena que não é direcional. Na prática, entretanto, uma antena omnidirecional será, v ia de regra,
direcional em um dos seus cortes, quer seja ele o corte de azimute ou de elev ação, pois se a antena fosse
omnidirecional em ambos os cortes estaria se aprox imando de um radiador ideal (também denominado
isotrópico), o qual não é realizáv el. Como ex emplo de uma antena que, de acordo com a sua utilização,
pode ser classificada como direcional ou omnidirecional, tomemos o “dipolo”. Posicionando o dipolo
sobre o sistema de coordenadas (x ,y ,z) onde ele encontra-se sobre o eix o z, observ ando o diagrama 3D e
recorrendo às definições anteriores dos cortes principais do diagrama 3D (figura 2) de uma antena
podemos afirmar:
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