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ROTEIRO DE EXAME

FÍSICO ORTOPÉDICO

EXAME FÍSICO ORTOPÉDICO


O conhecimento anatômico é imprescindível para prática do exame, por isso, recomenda-se sempre a revisão das principais
estruturas.
O exame físico direcionado às queixas ortopédicas segue princípios da semiologia geral tais como: inspeção (estática e
dinâmica), palpação, amplitude de movimento, avaliação da forca muscular, avaliação neurológica e os “testes específicos”.
O ambiente ideal deve ser bem iluminado. Um olhar sistêmico do paciente pode levantar hipóteses e direcionar a investigação,
como nos quadros reumatológicos.
A rotina do exame deve ser sistematizada sempre comparando com o lado contralateral.

MEMBROS SUPERIORES 
OMBRO
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Tulio Safar Sarquis Soares
Referência: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier.

1) Inspeção estática: O paciente deve estar despido da cintura para cima e deve-se observar:

 Edema, equimose, deformidades, cicatrizes cirúrgicas, sinais de lesão traumática;


 Formato, posição, simetria e mobilidade da escápula;
 Alterações da musculatura, das linhas mamilares e axilares;
 Posição anormal do membro superior.

2) Palpação: Deve ser feita de forma metódica e cuidadosa. Observar o relevo osteoarticular, ventres musculares e os tendões.
É fundamental ter conhecimento anatômico para que sejam diferenciadas as estruturas. Deve se investigar:
 Dor
 Trofismo muscular
 Edema
 Deformidade
 Crepitação
 Mobilidade anormal

Deve-se abordar:

 articulação esternoclavicular
 a clavícula
 a articulação acromioclavicular (em casos de luxação, a clavícula pode ser reduzida – sinal da tecla do piano)
 o tendão conjunto (cabeça curta do bíceps braquial e coracobraquial)
 o processo coracoide
 o músculo deltoide
 a pequena e a grande tuberosidades
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FÍSICO ORTOPÉDICO

 o tendão da cabeça longa do bíceps


 o acrômio
 a espinha da escápula
 os músculos supra e infraespinais e os periescapulares dorsais.

3) Amplitude de movimentos (inspeção dinâmica): É avaliada de modo global e todos os movimentos devem ser comparados
com o lado contralateral, já que a flexibilidade é variável de pessoa para pessoa. A diferença de amplitude nos movimentos
ativos e passivos pode ajudar no diagnóstico diferencial entre uma fraqueza muscular (amplitude de movimento ativa diminuído
e passivo preservado) e bloqueio mecânico (ambas amplitudes diminuídas, como ocorre na capsulite adesiva ou artrose
glenoumeral). Os movimentos avaliados e o padrão normal estão listados a seguir. Deve-se sempre comparar com o lado não
afetado pois a flexibilidade articular varia de pessoa para pessoa.
 Abdução (0-90º) - Realizada no plano coronal;
 Elevação (0-180º) - Realizada no plano da escápula;
 Adução (0-75º) - Realizada com flexão de 30º para que o membro possa passar anteriormente ao tórax;
 Flexão (0-180º) - Realizada paralelamente ao plano sagital;
 Extensão (0-60º) - Realizada paralelamente ao plano sagital;
 Rotação externa (0-75º/90º) - Com o cotovelo fletido 90º e o braço junto ao corpo, é feita a rotação externa do ombro;
 Rotação interna (0-90º) - Solicita-se que o paciente coloque o polegar no ponto mais alto das costas;
 Ritmo escapulo umeral - Feito pelas costas, com o paciente elevando o braço. Em situações normais, nos primeiros 60°
de elevação, a escápula não roda; nos próximos 120°, ela roda 60°. É por isso que se diz que o ritmo normal é de 2 para
1.
As provas funcionais completam a inspeção dinâmica e verificam a capacidade de o paciente posicionar a mão em relação ao
próprio corpo. Essa etapa é importante para avaliar a capacidade de realizar atividades cotidianas e habituais. Ela é comparativa
e classificada em três grupos:
 Consegue realizar sem dor
 Consegue realizar com dor/dificuldade
 Não consegue realizar

São eles:

 Mão/Nádega oposta- apor a mão à nádega contralateral


 Mão/Costas- apor o dorso da mão às costas, procurando tocar com a ponta do polegar o ângulo inferior da escápula
oposta.
 Mão / Ombro oposto- apor a palma da mão à região deltóidea do lado oposto
 Mão / Nuca – apor a palma da mao à nuca

4)Força muscular e função neurológica: No exame do ombro, a avaliação da força muscular e neurológica deve ser realizado de
forma conjunta e saber correlacionar os achados com as estrutras potencialmente lesionadas é fundamental.
A escala de força muscular é graduada da seguinte maneira:
GRAU DE FORÇA MUSCULAR DESCRIÇÃO

5: NORMAL Mobilidade completa contra resistência acentuada e contra ação da gravidade

4: BOM Mobilidade integral contra ação da gravidade e certo grau de resistência

3:REGULAR Movimento de amplitude normal contra ação da gravidade

2: FRACA Mobilidade em todos sentidos normais com eliminação da força da gravidade

1: MÍNIMA Sinais de discreta contratilidade sem movimentação da articulação

0: AUSENTE Não se observa sinais de contração muscular


ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

5)TESTES ESPECIAIS DE OMBRO:


TESTE ESTRUTURA OU DESCRIÇÃO IMAGEM
FUNÇÃO
TESTE DE JOBE TENDÃO DO M. O membro é elevado no plano da
SUPRAESPINHAL escápula em rotação interna e com o
polegar apontado para
baixo. O examinador impõe uma
resistência para abaixar o membro.
Poderá ser referida dor na face
anterolateral do ombro e/ou
diminuição da força.

TESTE DE NEER TENDÃO DO M. O membro em rotação neutra é


SUPRAESPINHAL elevado passivamente e rapidamente
no plano da
escápula. Com esse movimento , o
tubérculo maior do úmero projeta-se
contra a face
anteroinferior do acrômio e reproduz
o impacto, com dor característica
provocada pela compressão da bursa
e do tendão supraespinhal.
TESTE DE TENDÃO DO M. O membro é colocado em 90º de
HAWKINS SUPRAESPINHAL elevação, em rotação neutra e com o
cotovelo fletido em 90º, e
passivamente rodado rapidamente
para dentro,
pelo examinador. O tubérculo maior
é projetado
contra o ligamento coracoacromial e
o tubérculo menor se aproxima da
ponta do processo coracóide
TESTE DE TENDÃO DO M. O paciente coloca a mão sobre o
YOCUM SUPRAESPINHAL ombro oposto e procura fletir o braço
elevando ativamente o
cotovelo. Nesse movimento o
tubérculo maior se desloca não só
sob o ligamento coracoacromial , mas
também sob a articulação
acromioclavicular.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

TESTE DE PATTE TENDÃO DO M. O membro é posicionado em


INFRAESPINHAL elevação de 90º com o cotovelo em
90º de flexão e o paciente deve
forçar em rotação externa contra a
resistência oposta pelo examinador.

TESTE DE TENDÃO DO M. O paciente coloca o dorso da mão ao


GERBER SUBESCAPULAR nível de
L5, e procura ativamente afastá-la
das costas. A incapacidade de fazê-la
ou de manter o afastamento sugere
grave lesão do
subescapular

TESTE DE LÁBIO GLENOIDAL Com o ombro em 90º de flexão, o


O’BRIEN cotovelo em extensão, rotação
interna e pronação máxima o
examinador aplica resistência
tentando abaixar o membro. Em
seguida realiza-se o mesmo teste em
rotação externa e supinação máxima.

TESTE DE CABEÇA LONGA DO O paciente com o cotovelo em 90º e


YERGASON BÍCEPS antebraço pronado tenta fazer a
supinação contra a resistência. É
positivo se dor.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

TESTE DE SPEED CABEÇA LONGA DO O paciente deve realizar a flexão ativa


BÍCEPS do membro, em extensão e rotação
externa contra a resistência oposta
pelo examinador.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

COTOVELO
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Kalil Francisco Restivo Simão
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier.

1) Inspeção: Por ser uma articulação subcutânea, pequenas alterações podem ser facilmente observadas em tal fase do exame.
Assim, a inspeção do cotovelo deve ser realizada nas regiões lateral, anterior, posterior e medial – detalhadas a seguir.
 Lateral: Deve – se avaliar o volume da articulação e se há presença de atrofia muscular, que podem sugerir artrite. O
preenchimento do recesso infracondilar, por sua vez, pode decorrer de derrame articular, proliferação sinovial ou
doença na cabeça do rádio.

 Anterior: Durante a inspeção desta região, indica – se a avaliação do ângulo de carregamento – realizada com o
antebraço em supinação e o cotovelo em extensão. Assim, deve – se determinar o ângulo formado entre o úmero e o
antebraço, de modo que os valores médios são de 10° em homens e 13° em mulheres. Ângulos de carregamento
aumentados determinam o denominado “cúbito valgo” e quando diminuídos, “cúbito varo”.

"Cúbito varo”. ”Cúbito valgo”.


 Posterior: Na inspeção desta região do cotovelo, pode – se notar proeminência da ponta do olécrano – sugestiva de
luxação do cotovelo ou de artropatia de Charcot. Ademais, a visualização de bursa olecraneana proeminente pode
ocorrer quando de sua inflamação ou distensão, ao passo que nódulos reumatoides também podem ser observados na
borda subcutânea da ulna.

 Medial: É relativamente pobre em achados semiológicos da inspeção, com possibilidade de visualização do nervo ulnar
quando de seu espessamento ou deslocamento para frente (subluxação).

2) Palpação: Deve ser feita de forma metódica, iniciando - se pela localização dos epicôndilos lateral e medial e da ponta do
olécrano.
 Lateral: Deve – se proceder à palpação da musculatura extensora do punho em sua origem, do epicôndilo lateral, do
complexo ligamentar lateral e da cabeça do rádio – que terá ¾ palpáveis diante de pronossupinação completa. Por fim,
pode – se identificar derrames articulares por meio da palpação do recesso posterior, que se localiza entre a cabeça do
rádio e a borda lateral do olécrano.
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Palpação da cabeça do rádio.


 Anterior: As estruturas dessa região de lateral para medial são: nervo cutâneo lateral do antebraço (normalmente não
palpável), tendão do bíceps (facilmente palpável diante de flexão do cotovelo contra resistência, com o antebraço em
supinação), artéria braquial e nervo mediano. Deve – se atentar para achados que comprimam tais estruturas.

Palpação da fossa cubital, onde se encontram o tendão do bíceps, a artéria braquial e o nervo mediano.

 Posterior: A bursa olecraneana é palpada sobre a aponeurose do músculo triciptal, podendo se apresentar espessada e
dolorosa à palpação diante de processos inflamatórios locais. Com o cotovelo fletido em 90º, palpam-se os dois
epicôndilos e a ponta do olécrano, que – no cotovelo normal - tendem a formar um triângulo equilátero. Também pode
– se palpar a articulação umeroulnar e a borda posteromedial do olécrano.
 Medial: A principal estrutura investigada na palpação medial do cotovelo é o nervo ulnar, localizado na fossa ulnar,
entre a borda medial do olécrano e o epicôndilo medial. Em condições normais ele é suave, cilíndrico e flexível. A
compressão do nervo deve ser suspeitada em casos de perda de sensibilidade dos dedos mínimo e anular e hipotrofia
dos músculos intrínsecos da mão. Se o nervo estiver espesso, deve-se suspeitar de hanseníase. Quatro músculos se
inserem no epicôndilo medial e a verificação de sua continuidade e da presença de dor é uma tarefa fundamental da
palpação. São eles, de medial para lateral: flexor ulnar do carpo, palmar longo, flexor radial do carpo e pronador
redondo. Dor à palpação é encontrada em pacientes que tem grande exigência dos movimentos de flexão do punho. O
ligamento colateral medial, por sua vez, estabiliza o cotovelo em valgo e deve ser palpado com o cotovelo fletido entre
30º e 60º.

Palpação do nervo ulnar.

3) Amplitude de movimento (inspeção dinâmica): O cotovelo realiza quatro movimentos: flexão, extensão, supinação e
pronação. Todos eles devem ser avaliados de forma passiva e ativa e comparativa entre os dois lados do corpo. Para tal,
utiliza – se o goniômetro, de modo que um de seus braços deve acompanhar o movimento a fim de determinar sua
amplitude.

 Flexão: A amplitude normal é de 140° (+- 5º) e estão envolvidos nesse movimento 5 músculos e 4 nervos.
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Avaliação da amplitude da flexão do cotovelo.

 Extensão: A amplitude normal é de 0º (+-5º) e estão envolvidos nesse movimento 2 músculos e 1 nervo.

 Supinação: Para examinar a capacidade de supinação do paciente, seu braço deve estar junto ao corpo, o cotovelo
fletido em 90º, o antebraço em rotação neutra e o polegar apontando para cima. O paciente é orientado a realizar a
rotação lateral do polegar. A amplitude normal deste movimento é de 80º. Estão envolvidos nesse movimento 2
músculos e 2 nervos.
 Pronação: Para examinar a capacidade de pronação do paciente, seu braço deve estar junto ao corpo, o cotovelo fletido
em 90º, o antebraço em rotação neutra e o polegar apontando para cima. O paciente é orientado a realizar a rotação
medial do polegar. A amplitude normal deste movimento é de 75º. Estão envolvidos nesse movimento 3 músculos e 1
nervo.

4) Força muscular e função neurológica: Deve avaliar os movimentos de flexão, extensão, pronação e supinação contra
resistência. É importante que o exame seja realizado bilateral e comparativamente.

 Flexão: Avaliada com o paciente em pé ou sentado. O examinador deve colocar sua mão sobre a face volar do antebraço
do paciente, que deverá estar em supinação. Assim, deve – se oferecer resistência à flexão após o movimento atingir
45°.

 Extensão: Mantendo o cotovelo do paciente junto ao tórax e seu antebraço em rotação neutra ou pronação, pede – se
ao paciente que estenda seu cotovelo – começando pela flexão máxima. A resistência a tal movimento deve ser iniciada
quando o cotovelo atingir 90°.

 Supinação: Deve – se manter o cotovelo do paciente junto ao tórax, ao passo que a outra mão do examinador se
encontra sobre o dorso do terço distal do antebraço. Assim, solicita – se ao paciente que inicie o movimento da posição
de pronação completa, com aumento gradativo da resistência à supinação.

 Pronação: Inicialmente deve – se fixar o cotovelo do paciente ao tórax, com a outra mão do examinador localizando – se
sobre o terço distal da face volar do antebraço. Assim, o paciente deve realizar a pronação a partir da supinação
completa, com aumento gradual da resistência ao movimento.

FORÇA MUSCULAR DESCRIÇÃO

5: NORMAL Mobilidade completa contra resistência acentuada e contra ação da gravidade

4: BOM Mobilidade integral contra ação da gravidade e certo grau de resistência

3:REGULAR Movimento de amplitude normal contra ação da gravidade

2: FRACA Mobilidade em todos sentidos normais com eliminação da força da gravidade

1: MÍNIMA Sinais de discreta contratilidade sem movimentação da articulação

0: AUSENTE Não se observam sinais de contração muscular


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5)TESTES ESPECIAIS DE COTOVELO:


TESTE ESTRUTURA DESCRIÇÃO IMAGEM
E/OU
CONDIÇÃO
AVALIADA
Teste de Cozen Epicondilite Com o cotovelo fletido em 90° e o
lateral antebraço em pronação, pede – se ao
paciente que faça extensão ativa do
punho contra a resistência imposta
pelo examinador. Positivo em caso de
dor no epicôndilo lateral.

Teste de Mill Epicondilite Com o cotovelo em 90° de flexão,


lateral antebraço em pronação, e o punho
em dorsiflexão, pede – se ao paciente
que resista à força do examinador que
forçará seu punho em flexão. Positivo
em caso de dor no epicôndilo lateral.

Teste de Cozen Epicondilite Com o cotovelo em 90° de flexão e o


invertido medial antebraço em supinação, pede – se ao
paciente que faça flexão ativa do
punho contra resistência imposta pelo
examinador. Positivo em caso de dor
no epicôndilo medial.

Teste de estresse em Ligamento Com o cotovelo levemente fletido e o


valgo colateral antebraço supinado, aplica – se força
medial no cotovelo a fim de aproximá – lo do
paciente. Positivo em caso de dor na
topografia do ligamento colateral
medial.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

Teste de estresse em Ligamento Com o cotovelo levemente fletido e o


varo colateral lateral antebraço supinado, aplica – se força
no cotovelo a fim de afastá – lo do
paciente. Positivo em caso de dor na
topografia do ligamento colateral
lateral.

Teste do pivô (pivot Ligamento Com o antebraço em supinação total,


shift) colateral lateral segura – se o punho do paciente e, a
partir de uma posição de semiflexão,
realiza – se lentamente a extensão –
mantendo a supinação – realizando
estresse em valgo no cotovelo ao
mesmo tempo. Positivo em caso de
subluxação das articulações
umeroulnar e umerorradial.
Teste da ordenha Ligamento Orienta – se o paciente a puxar seu
colateral polegar do lado acometido, criando
medial um estresse em valgo com supinação
do antebraço e flexão maior do que
90° do cotovelo. Positivo em caso de
dor ou frouxidão do ligamento
colateral medial.

Teste do gancho Tendão distal Com o cotovelo fletido em 90° e a


do bíceps supinação ativa do antebraço, o
examinador passa seu dedo indicador
como um gancho ao redor do tendão,
de lateral para medial. Positivo em
caso de inexistência de estrutura
tensa que permita ao examinador
colocar seu dedo ao redor como um
gancho.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

PUNHO
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Letícia Baião Silva
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier.

Para se examinar o punho, o membro deve estar todo exposto, o paciente na frente do examinador com o braço sobre a mesa.
E segue os passos básicos de um exame físico ortopédico: inspeção, palpação, amplitude de movimento, avaliação muscular,
avaliação da sensibilidade e testes especiais.

1) Inspeção: Não deve se limitar apenas à mão, mas também abranger todo o membro superior. Inicialmente deve-se
investigar: Postura, deformidades, edema, tumores, tumorações, sinovites, coloração da pele, cicatrizes, hematomas,
equimoses, flictenas e ferimentos.

2) Palpação: Investiga alterações de temperatura, deformidades, pontos dolorosos, a presença e localização de crepitações e
estalos. Deve-se conhecer bem a anatomia topográfica do punho para correlacionar os achados com as estruturas anatômicas.

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.

3) Amplitude de movimento(Inspeção dinâmica): Inicia-se os testes pelos movimentos passivos, em seguida testa-se os
movimentos ativos. O punho apresenta seis movimentos que devem ser testados: Pronação, supinação, flexão, extensão, desvio
radial (abdução) e desvio ulnar (adução).

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

4) Força muscular e função neurológica: A gradação da musculatura do punho é igual a qualquer outro músculo (variando de 0
a 5, sendo 0 a ausência de sinais de contração muscular e 5 a mobilidade completa contra resistência acentuada e contra ação
da gravidade).
O músculo palmar longo é testado solicitando-se ao paciente para opor ao polegar ao quinto dedo e fletir o punho
concomitantemente. Os músculos flexores são testados com o paciente fazendo flexão contra resistência do examinador com
uma mão, enquanto a outra mão do examinador sente cada um dos tendões. Os músculos extensores do punho são testados
com o paciente fazendo extensão do punho contra resistência imposta pelo examinador, como descrito para os flexores. Para
melhor evidenciar o flexor ulnar do carpo, associa-se à flexão um desvio ulnar do punho.

MÃO
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Letícia Baião Silva
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier.
A mão é o segmento mais especializado do sistema musculoesquelético. O movimento do punho e dos dedos é executado pelos
tendões flexores e extensores, que passam de suas origens no antebraço através das áreas palmar e dorsal do punho. Esses
tendões, junto com as principais estruturas neurovasculares da mão, passam através de túneis ou compartimentos bem
definidos.

1) Inspeção: A posição característica da mão em repouso é descrita pela flexão progressivamente maior do indicador para o
dedo mínimo. Se algum dedo estiver estendido na posição de repouso pode-se pensar em lesão dos tendões flexores.

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.

A musculatura intrínseca da mão dominante é mais bem desenvolvida, os sulcos são mais profundos e possui mais calosidades,
sendo essencial notar pregas cutâneas anormais. Essas pregas – sindactilias - constituem uma das deformidades congênitas
mais frequentes da mão e limitam sua função por restringir os movimentos.
Nas articulações metacarpofalângicas, na região palmar, observamos a presença de saliências (tecido gorduroso e dos feixes
vasculonervosos) e discreta depressão (túnel osteofibroso contendo os tendões dos flexores) localizada ao lado dos dedos.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.
A transparência das unhas permite examinar a microcirculação, dando informações sobre o estado hemodinâmico do paciente.
Deve se atentar à presença de cicatrizes e suas implicações. O tumor benigno mais comum que está associado ao aumento de
volume é o cisto sinovial. Os tumores malignos são raros. Algumas alterações são características:
 Dedo em martelo: É caracterizado pela incapacidade de extensão da falange distal. Pode ser consequência de lesão
tendínea ou fratura por avulsão do dorso da base da falange distal.

Thompson, Jon C. Atlas de anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.

 Dedo em botoeira: Incapacidade de extensão da falange proximal, causada por lesão da banda central do tendão
extensor na base da falange média.

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.

 Deformidade em pescoço de cisne: Falange proximal fica estendida e a falange distal flexionada. Observada com
frequência na artrite reumatoide.
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FÍSICO ORTOPÉDICO

Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia 3°edição. Sarvier.
 Contratura de Dupuytren: contratura que mais comumente ocorre nos 4° e 5° dedos. Tem a presença de nódulos
fasciais palpáveis perto da prega de flexão da palma na base dos dedos acometidos, com formações semelhantes a
cordões que se estendem para a parte proximal da palma. Há abaulamentos e pregueamentos na pele.

Thompson, Jon C. Atlas de anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.

 Tenossinovite estenosante (dedo em gatilho): o paciente não é capaz de estender o dedo afetado. Pode ser estendido
passivamente, a extensão ocorre com um estalido doloroso. O círculo indica o ponto de sensibilidade dolorosa em que o
nódulo aumentado dos tendões e da bainha geralmente é palpável.

Thompson, Jon C. Atlas de anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.

2) Palpação: A palpação da mão deve buscar alterações de temperatura e se a pele está ressecada o que pode indicar anidrose
por lesão nervosa. Deve-se conhecer bem a anatomia topográfica da mão para correlacionar os achados com as estruturas
anatômicas.

3) Amplitude de movimento (inspeção dinâmica): Deve ser avaliada a extensão, flexão, adução e abdução da articulação
metacarpofalângica. Além desses movimentos, a articulação do polegar permite realizar rotações interna e externa que devem
ser examinadas com atenção, devido a sua importância nos movimentos de apreensão.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

Drake, Richard. Gray ́s anatomia para estudantes 2a edição. Elsevier Brasil, 2010. Thompson, Jon C. Atlas de anatomia
ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.

4) Força muscular e função neurológica: Testes musculares: A gradação da musculatura da mão é igual a qualquer outro
músculo (variando de 0 a 5, sendo 0 a ausência de sinais de contração muscular e 5 a mobilidade completa contra resistência
acentuada e contra ação da gravidade).

 Extensão dos dedos: deve-se estabilizar o punho com pressão ventral e fletir as articulações interfalângicas para tirar a
ação dos músculos intrínsecos na extensão dos interfalângicos. Nessa posição, pede-se ao paciente que realize a
extensão da MCF contra uma resistência do examinador ao dorso da falange proximal.
 Flexão dos dedos: os tendões dos flexores superficial e profundo dos dedos podem ser testados separadamente. Como
esse músculo se comporta como um sincício (massa muscular única), ao bloquear um dedo, impedimos a ação do
músculo para os outros dedos. Dessa forma, ao pedir para o paciente fletir o dedo, somente o flexor superficial irá agir
fletindo a articulação IFP. Por outro lado, bloqueando a IFP em extensão e pedindo para o paciente fletir o dedo, apenas
o flexor profundo irá agir fletindo a IFD.
 Extensor longo do polegar: o paciente realizar a extensão da articulação interfalângica do polegar.
 Extensor curto do polegar: age principalmente na extensão da articulação metacarpofalângica.
 O flexor longo do polegar: pode ser testado solicitando ao paciente realizar a flexão da articulação interfalângica.
 O flexor curto do polegar: age fletindo a articulação metacarpofalângica.
 Abdutores do polegar: estabiliza a mão e realiza resistência contra a abdução do polegar. O paciente pode utilizar os
extensores do polegar para substituir a função de abdução do polegar.

O plexo braquial provém toda inervação do membro superior seguindo uma sequência lógica.
Três nervos periféricos inervam a mão, são eles:
 Radial: Inerva pequena área correspondente à tabaqueira anatômica e à região dorsal da extremidade proximal do
polegar.
 Mediano: Inerva o restante do dorso do polegar, dedos indicador e médio, e a região volar e a metade radial do dedo
anular.
 Ulnar: Inerva a metade ulnar da superfície volar do dedo anular, todo o dedo mínimo, e a superfície dorsal anular e o
dedo mínimo.

Thompson, Jon C. Atlas de anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

5) TESTES ESPECÍFICOS DE PUNHO E MÃO:


TESTE ESTRUTURA E/OU DESCRIÇÃO IMAGEM
FUNÇÃO

TESTE DE PHALEN NERVO MEDIANO O paciente mantém o punho em


flexão máxima durante 1
minuto. É positivo se houver
parestesia no território do nervo
mediano (principalmente no
dedo médio). Usado para
diagnosticar a síndrome do
túnel do carpo.

TESTE DE ABDUTOR LONGO O paciente executa o desvio


FINKELSTEIN E EXTENSOR ulnar do punho, mantendo o
CURTO DO polegar aduzido e fletido. O teste
POLEGAR é positivo se há dor na região
dorsorradial do punho.

TESTE DE ALLEN SUPRIMENTO É feito a compressão das


SANGUÍNEO DAS artérias radial e ulnar em
MÃOS seguida solicita-se que o
paciente abra e feche a mão
fortemente. Nesse
momento, o paciente relaxa
os dedos e o examinador
libera uma das artérias e
observa se houve o
suprimento adequado da
mão e, se assim for, está
confirmada a patência da
artéria liberada. Em caso
contrário, o teste é positivo
e sugere alteração do fluxo
arterial na artéria testada.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

TESTE OU SINAL NERVO MEDIANO Percussão suave, por


DO TINEL aproximadamente, 10 segundos,
em cima do nervo mediano. A
percussão de um nervo lesado
provoca sensação desagradável
de choque elétrico que se irradia
distalmente pelo trajeto desse
nervo.

TESTE DE INSTABILIDADE Com o polegar, o examinador


WATSON DO ESCAFOIDE pressiona a tuberosidade do
escafoide de anterior para
posterior e com a outra mão
movimenta o punho do paciente
de ulnar para radial. Isso,
quando presente a instabilidade,
ocasiona deslocamento dorsal
do escafoide seguido de estalido
doloroso.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

MEMBROS INFERIORES
QUADRIL
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Querollen Agata Silveira Lima
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier.
1)Inspeção: O exame físico deve ser feito com o paciente descalço e com roupas íntimas, ou avental aberto para as costas,
expondo a maioria dos  grupamentos musculares.
Deve-se avaliar a altura dos ombros e das cristas ilíacas procurando desnivelamentos e observar a presença de escoliose
estrutural ou não. Procurar saliências na região trocantérica, manchas, aumento de volume, hiperemia, cicatrizes e fístulas.
Solicitar que o paciente caminhe e observar sua marcha são fundamentais para diagnosticar instabilidade articular.

2)Palpação: Exame em decúbito lateral: A principal estrutura a ser palpada nessa região é o trocanter maior, sede frequente de
doenças conhecidas genericamente como dor lateral do quadril, por ser local de inserção de diversas estruturas. Outras áreas
que devem ser palpadas são a articulação sacroilíaca e a região do músculo piriforme e do nervo ciático. A manobra para se
testar o músculo piriforme consiste na realização da abdução e rotação externa contra a resistência. No teste positivo o
paciente relata dor.
Exame em decúbito ventral: Nessa posição são palpados: a articulação sacroilíaca, o músculo glúteo máximo e os processos
espinhosos das vértebras.O teste da hiperextensão lombar ajuda a identificar o local da dor. Outro teste importante em
decúbito ventral é o teste de contratura do músculo reto femoral (ELY) , que é positivo quando ocorre qualquer elevação da
pelve ao se realizar a flexão do joelho em direção ao glúteo máximo.
Exame em decúbito dorsal: As estruturas que podem ser palpadas nessa posição são a artéria femoral, as espinhas ilíacas
antero-superiores e antero-inferiores e a sínfise púbica. É nessa posição que se avalia a dismetria dos membros inferiores,
sendo o comprimento real a distância da espinha ilíaca ântero superior ao maléolo medial.

3)Amplitude de movimento (inspeção dinâmica) Exame em posição sentada: Deve ser realizada a rotação interna e externa,
documentando a ADM. Vale ressaltar que um dos primeiros sinais da doença intra-articular é a perda da rotação interna. Ainda
O teste de contratura dos músculos posteriores da coxa é realizado solicitando que o paciente toque com as mãos a ponta do
pé.
Frouxidão ligamentar, sinovite, efusão ou doença intra-articular podem ser avaliados no teste da rotação passiva (log roll)
fazendo tanto a rotação interna quanto a rotação externa com o joelho estendido.
Deve-se avaliar todo o arco de movimento do quadril,  sendo os seus valores normais:
 Flexão- 0-120º
 Extensão 0-30º
 Rotação interna 0-30º
 Rotação externa 0-40º
 Abdução 0-50º
 Adução 0-30º

4)Forca muscular e função neurológica:


GRAU DE FORÇA MUSCULAR DESCRIÇÃO

5: NORMAL Mobilidade completa contra resistência acentuada e contra ação da gravidade

4: BOM Mobilidade integral contra ação da gravidade e certo grau de resistência

3:REGULAR Movimento de amplitude normal contra ação da gravidade

2: FRACA Mobilidade em todos sentidos normais com eliminação da força da gravidade


ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

1: MÍNIMA Sinais de discreta contratilidade sem movimentação da articulação

0: AUSENTE Não se observa sinais de contração muscular


Na posição sentada deve-se testar os reflexos profundos: patelar (L3-L4) e Aquileu (L5-S1). As zonas sensitivas correspondem:
 L3 meio da coxa;
 L4 região patelar;
 L5 parte lateral proximal da perna e primeiro interdigital;
 S1 região posterior proximal lateral da perna e lateral da região calcânea .
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

5)TESTES ESPECÍFICOS DE QUADRIL:


TESTE ESTRUTURA E/OU DESCRIÇÃO
FUNÇÃO

TESTE DE PATRICK ARTICULAÇÃO Com o paciente em decúbito


(FABERE - Flexão - SACROILÍACA dorsal, membro contralateral
abdução - rotação em extensão e o membro a
externa) ser examinado na posição “4”
sobre o joelho. O examinador
coloca a mão no joelho
fletido e estabiliza o quadril
contralateral com a outra
mão e analisa a presença de
dor.
TESTE DE GAENSLEN SACROILÍACA Com o paciente em decúbito
dorsal, faz-se a flexão do quadril
oposto e hiperextensão do lado
pesquisado. A dor é sugestiva de
comprometimento.

TESTE DE QUADRIL A queixa de dor à compressão


COMPRESSÃO LÁTERO- látero-lateral sugere
LATERAL instabilidade da bacia.

TESTE DE QUADRIL A queixa de dor à compressão


COMPRESSÃO ântero-posterior sugere
ÂNTERO-POSTERIOR instabilidade da bacia.

TESTE DE M GLÚTEO MÉDIO O paciente fica em apoio


TRENDELENBURG monopodálico e observa-se
se o quadril tem uma queda
para o lado oposto ao pé
apoiado, sugestivo de
fraqueza da musculatura
abdutora do membro
apoiado.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

TESTE DE OBER M GLÚTEO MÉDIO O paciente encontra-se


E TRATO ILIOTIBIAL deitado sobre o lado não
envolvido com a coxa e
joelhos fletidos a 90º. O
examinador coloca o joelho
superior num ângulo de 5º de
flexão, e pega no membro
inferior trazendo-o para
extensão e abdução da coxa,
então, permite que a força da
gravidade atue sobre o
membro. O teste é anormal
quando o joelho não
consegue ser abaixado.
TESTE DE THOMAS M FLEXORES DO O paciente deve deitar-se de
QUADRIL barriga para cima, o
examinador deve verificar se
existe aumento da lordose
lombar, que é um sinal de
contratura dos flexores da
coxa. Em seguida o
examinador flexiona o quadril
contralateral, trazendo o
joelho para o peito e pede ao
paciente para o segurar. O
teste é positivo quando a
perna que ficou para baixo se
eleva na maca. A falta de
extensão completa com uma
flexão do joelho menor que
45° indica contratura do
iliopsoas.
TESTE DE ELY M FLEXORES DO Realiza-se, em decúbito
QUADRIL ventral, a flexão do joelho em
direção ao glúteo máximo.
Observa-se no teste positivo
a elevação da pelve durante a
manobra.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

JOELHO
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier

1) Inspeção: Se inicia com a observação do paciente em pé, em posição anatômica de frente e perfil, e em seguida andando de
frente e de costas para o examinador.
 Deve se observar: Alinhamento, presença de edema, derrame, equimose, atrofia muscular, alterações dinâmicas,
deformidades e o alinhamento patelar
Deve-se atentar a outras alterações que causam impacto no joelho, como hiperlordose e anormalidades no quadril.
A posição dos pés deve ser observada pois pode sinalizar deformidades torcionais.
 Paciente sentado: Nessa posição observa-se a altura patelar e sua continuidade com o tendão patelar. Em seguida
solicita que o paciente estenda o joelho e observa-se a linha de movimentação da patela, que deve ser sem desvios.
Aproveita-se este momento para investigar crepitações ou eventuais estalidos articulares.

2) Palpação: usando as costas da mão e avaliar o calor como um problema indicador de inflamação localizada ou global sobre o
joelho.
Com o joelho a 90 graus palpar, começando pelas estruturas anteriores, comece colocando os polegares na tuberosidade da
tíbia e mova-se superiormente , à medida que você move, deve-se palpar superiormente o tendão patelar e sua inserção no
polo inferior da patela; dor nesta área, especialmente em um atleta, pode representar tendinite patelar (joelho de saltador).
Alternativamente, em um paciente com sensibilidade focal eritema, calor e inchaço anterior à patela, com histórico de
agachamento recorrente ou de trauma direto, deve-se considerar bursite pré-patelar aguda.
Inchaço, dor e um defeito palpável na inserção do tendão do quadríceps no aspecto superior da patela é sugestiva de ruptura
do tendão do quadríceps. Essa lesão pode ser acompanhada por um estalo e perda de força extensora.
Retornada ao polo inferior da patela deve-se examinar a dor na linha articular medial. Dor ao longo da linha articular medial
pode representar osteoartrose do compartimento medial, lesão ligamentar colateral medial ou ruptura do menisco medial. Ao
lado, deve-se palpar o local de pata de ganso. Dor no ponto médio entre o aspecto anterior da linha da articulação medial e a
tuberosidade da tíbia à vista da inserção dos isquiotibiais pode indicar bursite dolorosa.
A seguir, examine a linha da articulação lateral em busca de sensibilidade, que pode ser causada por lesão de osteoartrose do
compartimento lateral, ruptura do ligamento colateral lateral ou do menisco lateral.
Dor no côndilo femoral lateral é sugestivo de síndrome da banda iliotibial.
Ao palpar a fossa poplítea, pode-se identificar uma massa cheia de líquido, chamada cisto de Backer, que muitas vezes
acompanha a artrite reumatoide .
Um derrame intra-articular grande pode ser visualmente detectável pela ausência de endentações normais peripatelares. Duas
manobras podem ajudar a confirmar a presença de um derrame intra-articular : com a joelho estendido use a mão não
dominante para espremer o fluido intra-articular da região supra patelar que vai entrar no espaço entre a patela e o fêmur, com
a mão dominante exerce pressão superior na tíbia enquanto usa o dedo indicador para empurrar a patela contra o sulco
femoral da patela , quando o derrame está presente você pode sentir o sinal da tecla.
3) Amplitude de movimento: A amplitude de movimento normal do joelho é de 0° de extensão até 140° de flexão. Alguns
pacientes, especialmente aqueles com frouxidão ligamentar generalizada, apresentam 5 a 10° de hiperextensão.
4) Função muscular: Os encurtamentos musculares podem refletir no joelho com desvio de eixo.
A musculatura isquiotibial é testada flexionando o quadril e o joelho até 90 graus; o examinador estende o joelho e avalia a
presença de encurtamento. Na posição pronada testa a retração do quadríceps, flexionando o joelho até o ponto máximo.
A retração do tríceps sural é verificada pela dorsiflexão passiva do pé com o joelho estendido.
Contratura do trato iliotibial é testado com o paciente em Decúbito lateral, com o quadril fletido, o examinador faz a abdução e
uma extensão do quadril depois solta a perna, se o paciente manter a perna elevada o teste é positivo para contratura do trato
iliotibial
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

5)TESTES ESPECÍFICOS DE JOELHO:


TESTE ESTRUTURA DESCRIÇÃO IMAGEM
E/OU LESÃO

TESTE DE LCA Com o paciente em decúbito dorsal, o


LACHMAN joelho fletido 30º, o examinador segura
com uma das mãos a região supracondilar
do fêmur, e com a outra, a região
superior da tíbia e provoca um
movimento antagônico com cada uma
das mãos, a fim de fazer o deslizamento
de uma superfície articular sobre a outra.
Quando a tíbia se desloca para frente é
sugestivo de lesão do LCA.

TESTE DA GAVETA LCA Com o paciente em decúbito dorsal, o


ANTERIOR joelho fletido cerca de 80º o examinador
apoia o pé do paciente, com ambas as
mãos colocadas na região posterior do
terço superior da tíbia do paciente,
traciona-a para frente observando o
deslocamento da tíbia.

TESTE DE LCA Nota-se movimento de redução da


PIVOTSHIFT subluxação anterior da tíbia em relação
ao fêmur em pacientes com lesão do LCA.
Movimento da extensão completa para a
flexão de 30 graus com paciente em
decúbito dorsal e estresse em valgo e
rotação interna no joelho examinado.

TESTE DA GAVETA LCP Com o paciente em decúbito dorsal, o


POSTERIOR joelho fletido cerca de 80º o examinador
apoia o pé do paciente, empurrando a
perna para trás observando o
deslocamento da tíbia.

TESTE DE APLEY MENISCOS Com o paciente em decúbito ventral,


inicia-se a flexão do joelho até 90º e
aplica-se compressão axial junto ao pé e
rotação externa e interna da perna até o
ponto que o paciente refere dor. A
rotação interna avalia menisco medial e a
rotação externa avalia menisco lateral
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

TESTE DE MENISCOS Com o paciente em decúbito dorsal,


MCMURRAY quadris em 90º e joelhos em flexão
máxima, o examinador palpa as
interlinhas articulares com uma das mãos
e , com a outra, segura o pé do paciente,
provocando movimentos de rotação
interna e externa da perna. Dor na
rotação interna sugere lesão de menisco
lateral, na rotação externa menisco
medial.
TESTE DO ESTRESSE LCM Com o paciente em decúbito dorsal, o
EM VALGO examinador segurando com uma das
mãos o pé ou o tornozelo e com a outra
apoiada na face lateral do joelho sobre o
côndilo femoral lateral, força a abdução
da perna e do pé e observa a abertura da
interlinha articular em 0 e 30 graus.

TESTE DO ESTRESSE LCL Com o paciente em decúbito dorsal, o


EM VARO examinador segurando com uma das
mãos o pé ou o tornozelo e com a outra
apoiada na face medial do joelho sobre o
côndilo femoral medial, força a adução da
perna e do pé e observa a abertura da
interlinha articular.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

TORNOZELO E PÉ
Otávio Vitório Alvarenga Pereira
Bruna Carvalho Oliveira
Referencia: Barros Filho, T. E., Lech, O., & Cristante, A. F. (2017). Exame físico em ortopedia
3°edição. Sarvier

1) Inspeção: É dividido em dois momentos. O primeiro é feito o exame com o pé sem carga e um segundo comento com a carga
do corpo.
Exame com o pé sem carga: Com o paciente sentado sobre a maca e as pernas pendentes o examinador se acomoda em um
banco e se posiciona próximo ao pé examinado. É esperado que nessa posição o pé assuma um leve equinismo e inversão. A
pele deve ser examinada buscando por: espessamento, umidade, coloração, pigmentação, eixos das pregas cutâneas,
varicosidades, telangiectasias, úlceras varicosas, úlceras perfurantes, edema, inflamação, alterações de temperatura,
rachaduras, calosidades e hiperidrose ou anidrose. Tem-se que diferenciar calos simples (decorrentes de atritos mecânicos) e as
verrugas plantares (decorrentes de infecção viral). Os calos estão em zona de atrito e as linhas cutâneas atravessam o centro da
lesão, não existe lesões satélites e o centro da lesão é seco e regular. A dor é desencadeada no centro da lesão.
As verrugas podem ou não estar em zonas de atrito ou pressão; as linhas da pele circundam o centro da lesão sem atravessá-lo;
pode ser múltipla e apresentar lesões satélites. O centro é amolecido e irregular com hemorragia puntiforme em sua base; a dor
é desencadeada pela compressão laterolateral da lesão e não pela compressão central. É fundamental conhecer a sensibilidade
cutânea do pé, o trajeto dos nervos e as raízes vertebrais que os compõe, pois, muitas queixas estarão intimamente
relacionadas com o comprometimento das estruturas nervosas. Como mostrado na figura, a sensibilidade cutânea do tornozelo
e do pé provém das raízes L4, L5 e S1.
A vascularização do membro inferior é avaliada pela palpação das artérias tibiais anterior e posterior, além da perfusão dos
tecidos periféricos, em especiais dos leitos subungueais.
Os anexos do pé devem ser avaliados, pois o acometimento pode sinalizar para infecções e baixa qualidade da microcirculação
periférica. Exemplo disso, é a alteração na espessura e na resistência das unhas, o aparecimento de coloração ocre e o
aprofundamento de ranhuras podem indicar infecção fúngica.

Tornozelo: O exame se inicia pela constatação ou não de edema. Identifica-se o ponto médio intermaleolar que deve estar
alinhado ao eixo longitudinal que sobe até a tuberosidade anterior da tíbia, em relação à perna. Já em relação ao pé, esse ponto
deve estar alinhado com o espaço do 2o metatarso. Se estiver deslocado internamente, o pé está aduzido (metatarsos varos
congênitos), e quando deslocado externamente, o pé está abduzido (pés valgos). Deve-se observar a amplitude, qualidade e
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

conforto do movimento em todas as direções. O tornozelo normal realiza 45º de flexão plantar e 25º de flexão dorsal e deve ser
testado com os joelhos fletidos e estendidos. A amplitude de movimento de inversão é de 20º e de eversão é de 10º. Palpar
saliências ósseas, ligamentos e tendões em seus trajetos anatômicos.

Exame do pé com carga: observar o paciente apoiando o próprio peso sobre os pés fornece dados importantes como: valgismo
ou varismo do joelho e/ou do tornozelo. Pode-se notar áreas de hiperpressão, que são pontos mais claros e isquêmicos na
imagem plantar e qual a forma da superfície plantar dos pés, diferenciando os pés planos dos pés cavo. O arco longitudinal
medial deve ter pelo menos 14 mm no adulto.
Enquanto o paciente caminha quatro dados básicos devem ser colhidos:
 Eixo da marcha;
 Ângulo do passo;
 Amplitude do passo;
 Apoio.
Essas características podem estar alteradas em processos patológicos, mas podem representar situações características de uma
determinada faixa etária. Por exemplo, uma marcha com amplitude de passo reduzida pode ser um dado de normalidade em
um idoso ou a presença de um hálux rígido doloroso devido a uma anormalidade.
Em algumas manobras, como na manobra da "ponta dos pés", solicita-se ao paciente que se erga sobre as cabeças dos
metatarsos elevando os calcanhares, para avaliar uma combinação de fatores, o grau de mobilidade da articulação subtalar, a
potência muscular e a integridade de alguns tendões.
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

2)TESTES ESPECÍFICOS DE TORNOZELO E PÉ:


TESTE ESTRUTURA E/OU DESCRIÇÃO
FUNÇÃO
Gaveta Ligamento O examinador apoia uma das mãos sobre a face
Anterior fibulotalar anterior anterior da tíbia, logo acima do tornozelo e, com a
outra, envolve o calcanhar do membro a ser
examinado. Nessa posição aplica força para
deslocar anteriormente o pé, enquanto a perna
permanece fixa. Avaliar tornozelo contralateral
para comparar.

Gaveta Ligamento O examinador apoia uma das mãos sobre a face


Posterior fibulotalar anterior da tíbia, logo acima do tornozelo e, com a
posterior outra, envolve o calcanhar do membro a ser
examinado. Nessa posição aplica força para
deslocar posteriormente o pé, enquanto a perna
permanece fixa. Avaliar tornozelo contralateral
para comparar.

Teste de Integridade do Com o paciente em decúbito ventral e com os


Thompson Tendão de Aquiles joelhos fletidos a 90°, aplica-se compressão
manual vigorosa na massa muscular da
panturrilha. Essa compressão produz
encurtamento da massa muscular que se transmite
pelo tendão de Aquiles até o pé que sofre flexão
plantar quando o tendão está íntegro. Se não
houver movimentação do pé, o teste é positivo e
sugere lesão no tendão de
Aquiles.

Teste do Ligamento O examinador aplica, com uma das mãos, força


estresse em fibulocalcâneo e varizante na região do calcanhar, mantendo a
varo do da cápsula lateral extremidade distal da perna fixa com a outra mão.
tornozelo do tornozelo. Quando há lesão, observa-se exagero varismo do
pé, surgindo zona de depressão na face lateral do
tornozelo, logo abaixo do maléolo fibular. Avaliar
tornozelo contralateral para comparar.

Teste do Ligamento O examinador aplica, com uma das mãos força


estresse em deltóide valgizante na região do calcanhar, enquanto
ROTEIRO DE EXAME
FÍSICO ORTOPÉDICO

valgo do mantém fixa a extremidade inferior da perna com


tornozelo a outra mão. Comparando os lados, pode
evidenciar, no lado lesado, exagero de excursão
em valgo do pé. Avaliar tornozelo contralateral
para comparar.

Teste de Articulação Uma das mãos mantém a relação original entre o


mobilidade da talocalcânea médio e antepé com o retropé, a outra aplica
articulação forças varizantes e valgizantes no calcanhar,
subtalar percebendo a movimenta-ção entre o talo e o
calcâneo;

Manobra de Fáscia Plantar Teste que distende a fáscia plantar tornando-a


hiperextensão mais superficial e palpável em toda a sua extensão.
do tornozelo e Com uma das mãos, o examinador apreende os
dos artelhos artelhos produzindo sua extensão máxima, ao
mesmo tempo que produz a extensão máxima do
tornozelo. Em quadros inflamatórios agudos, a
manobra pode desencadear dor aguda no ponto
de maior inflamação ou nas inserções calcâneas.
COLUNA
Lucyana Cristina Pereira Macedo
Rômulo José de Castro Resende

COLUNA CERVICAL

1) Inspeção
A)Estática: Deve-se procurar assimetrias no pescoço e analisar se a deformidade é classificada como redutível ou
irredutível. Importante observar:
 Alterações na pele
 Alteração na altura de implantação dos cabelos
 Características que possam ser associadas à malformação
 Presença de vesículas, descoloração ou cicatrizes
B)Dinâmica: Deve-se analisar a amplitude de movimentos da coluna cervical, realizando movimentos ativos com a cabeça.
Pode-se pedir ao paciente para que segure uma espátula entre os dentes para melhor avaliação dos ângulos formados
 Flexão: o paciente deve encostar o queixo no tórax
 Extensão: em perfil, deve-se observar um alinhamento da fronte e nariz com o plano horizontal. O arco normal de
flexoextensão é de 130°
 Rotação lateral: queixo alinhado com ombros – movimento normal de 80°
 Inclinação lateral: o paciente deve encostar a orelha no ombro

2) Palpação
A)Partes moles: a palpação na região cervical pode ser dividida entre duas zonas clínicas:
Trígono anterior: Limitado superiormente pela mandíbula, inferiormente pela incisura supraesternal e lateralmente pelas
bordas anteriores do músculo esternocleidomastóideo. Deve-se então palpar, em posição supina:
 Músculo esternocleidomastóideo
 Cadeia linfática anterior
 Glândula tireoide
 Parótidas
 Fossa subclavicular
 Pulso carotídeo bilateralmente, mas não simultaneamente
Face posterior: deve-se palpar no paciente sentado:
 Músculo trapézio
 Cadeia linfática anterior ao trapézio
 Nervos occipitais maiores, palpáveis na protuberância occipital quando espessados
 Ligamento nucal superior, localizado entre protuberância occipital externa e processo espinhoso de C7: procurar
por pontos dolorosos
B)Palpação óssea: Deve ser realizada com o paciente em posição supina, para relaxamento da musculatura cervical. Palpar
na região anterior:
 Osso hioide – oposto a corpo vertebral de C3
 Cartilagem tireóidea – nível de C4
 Primeiro anel cricóide – nível de C6
 Tubérculo carotídeo – anterior ao processo transverso de C6, lateral ao anel cricóide
 Região occipital, com protuberância occipital externa, linha nucal e processo mastoide
 Processos espinhosos das vértebras cervicais e superfícies articulares situadas lateralmente
Pode-se testar a amplitude de movimentos de forma passiva nesta etapa
3) Exame neurológico: Deve avaliar reflexos, sensibilidade e função motora de cada nível neurológico, visto que a
compressão de raízes cervicais pode ser uma causa de afecção cervical.

Exame físico em ortopedia / [organização] Tarcisio E. P. de Barros Filho , Osvandré Lech ;coordenador Alexandre Fogaça
Cristante. - 3. ed. - São Paulo : Sarvier, 2017
4)TESTES ESPECIFICOS DA COLUNA CERVICAL
TESTE ESTRUTURA/ DESCRIÇÃO IMAGEM
FUNÇÃO

TESTE DA Radiculopatia O examinador posiciona as mãos no queixo e


DISTRAÇÃO cervical na região posterior da cabeça do paciente
sentado, e realiza a distração da região
cervical. A manobra abre os forames neurais,
aliviando a dor consequente à compressão
radicular.

MANOBRA DE Radiculopatia Realizada com flexão lateral da cabeça do


SPURLING cervical paciente, na qual o examinador realiza
pressão sobre o topo da cabeça. O teste é
positivo quando ocorre aumento dos sintomas
radiculares na extremidade.
TESTE DA Radiculopatia Deve-se realizar a extensão, abdução e
EXTENSÃO DA cervical rotação externa do braço do paciente de
RAIZ forma passiva, com cotovelo e punho
estendidos. Em seguida, deve-se inclinar a
cabeça do paciente para o lado oposto. Pode
gerar dor radicular causada por irritação de
raiz nervosa

TESTE DO Radiculopatia Pede-se ao paciente sentado que coloque


ALÍVIO EM cervical ativamente a mão do membro afetado no
ABDUÇÃO DO topo do crânio. O alívio da dor no membro
OMBRO afetado indica compressão de raiz nervosa,
geralmente em C5-C6.

SINAL DE Irritação meníngea O examinador deve fletir a cabeça do paciente


LHERMITTE sentado de encontro ao tórax. Pode-se
aumentar a sensibilidade do teste com flexão
de quadril. Positivo se o paciente refere dor,
parestesia ou dor irradiada para as
extremidades.

MANOBRA DE Compressão do Pede-se ao paciente que prenda a respiração e


VALSALVA canal medular realize força para baixo, como se fosse
evacuar. O aumento da pressão intratecal leva
ao agravamento dos sintomas de lesões que
comprimem o canal

TESTE DA Patência das Com o paciente em decúbito dorsal e com a


ARTÉRIA artérias vertebrais cabeça fora da maca, o examinador
VERTEBRAL movimenta e permanece por 30 segundos
com a cabeça do paciente nas seguintes
posições: extensão cervical, rotação para a
direita e para a esquerda, rotação para ambos
os lados com o pescoço estendido. A rotação
para um lado afeta a artéria vertebral
contralateral. Quando há estenose, o paciente
sente tontura, sensação de cabeça vazia e
nistagmo.
TESTE DE Permeabilidade da O examinador deve abduzir e rodar
ADSON artéria subclávia externamente o membro superior do
paciente, enquanto palpa seu pulso radial. Em
seguida, pede-se ao paciente que prenda a
respiração e mova a cabeça em direção ao
membro examinado. A compressão da artéria
resulta em alteração do pulso

MANOBRA Diminuição da Pede-se ao paciente que fique sentado, com


DEFICITÁRIA força dos membros os braços estendidos para frente no plano
superiores horizontal e os dedos afastados entre si. A
posição deve ser mantida por 2 minutos e o
examinador deve avaliar déficits distais,
proximais ou globais

Deve-se avaliar também a presença de dor e dificuldade à deglutição, pois podem ser causadas por lesões na região
anterior da coluna cervical, tais como: protuberâncias ósseas, osteófitos e intumescências dos tecidos moles. Outro passo
importante é examinar áreas que possam estar lesionadas causando dor referida, como dentes, garganta, mandíbula, face,
orelhas e couro cabeludo.

COLUNA TORÁCICA:

O exame físico da coluna torácica se torna mais prático quando o examinador realiza todas as etapas em cada posição, para
que o paciente não precise retornar a uma posição anterior. Desta forma, é sugerido que realize os passos de inspeção,
palpação, manobras e mensuração com o paciente de pé, posteriormente sentado e por último, deitado.

EM PÉ:
1) Inspeção: O paciente deve se posicionar de pé e de costas para o examinador, com o tórax despido e sem calçados. O
examinador então avalia a postura, massa muscular, simetria dos ombros e escápulas e linha média vertebral. O triângulo
de Talhe (1) formado pelos membros superiores e cintura, também deve ser simétrico nos dois lados. A inspeção da pele
deve avaliar:
 Manchas cutâneas na coloração café com leite
 Nódulos de tamanhos variados, podendo ser associados à neurofibromatose
 Tufos pilosos, contração de pele e outros sinais indicativos de malformação congênita
Com o paciente em posição lateral e braços estendidos e paralelos ao solo, o examinador avalia as curvaturas da coluna,
que devem ser harmônicas. Na inspeção anterior, o examinador deve observar a presença dos músculos peitorais,
deformidades na parede torácica e assimetrias.
A dor torácica pode se originar também de estruturas viscerais, sendo então uma dor referida (2).
(1) (
2)

2) Palpação: Mais eficaz quando realizada com o paciente sentado

3) MANOBRAS E MENSURAÇÕES:
TESTE/MEDIDA DESCRIÇÃO IMAGEM

ALINHAMENTO DA O examinador coloca o fio de prumo na 7ª vértebra


COLUNA cervical e acompanha a linha média até o sulco
interglúteo. Caso o fio não passe pelo sulco devido ao
desvio da coluna, deve-se medir a distância do fio até
o processo espinhoso mais desviado.

NIVELAMENTO Deve-se usar uma régua de nível apoiada nas cristas


PÉLVICO ilíacas e analisar se há desnível por encurtamento de
um lado. Caso haja, deve-se pedir ao paciente para
que eleve o calcanhar desde lado até ocorrer o
nivelamento, e posteriormente, medir a altura do
chão ate o calcanhar.

AMPLITUDE As amplitudes para a coluna torácica em flexão,


ARTICULAR extensão e inclinação lateral são até 45° em cada
movimento. Pode-se avaliar a flexão com o uso de
uma fita métrica, medindo a distância entre C7 e T12
nas posições de pé e flexionada. A diferença da
medida deve ser aproximadamente 2,5cm.
INCLINAÇÃO O paciente deve inclinar para frente até estar
ANTERIOR paralelo com o chão, e com os braços pendentes. O
(ADAMS) examinador deve abaixar para ficar com os olhos no
nível da coluna e detectar a presença de giba, que
pode ter a altura medida com um goniômetro e sua
angulação com um escoliômetro. Avalia a presença
de escoliose

MÚSCULO SERRÁTIL O paciente se posiciona de frente para uma parede,


ANTERIOR com as mãos apoiadas nela e a empurrando. Caso
haja deficiência do serrátil anterior, a escápula se
inclina e afasta do gradil costal, de forma que fica
elevada e com polo inferior rodado medialmente.

MÚSCULO TRAPÉZIO A manobra é realizada igual a do músculo serrátil,


mas caso a deficiência seja do trapézio, a escápula
ficará mais baixa, translada lateralmente e com
ângulo inferior rodado lateralmente.

FLEXÃO DE QUADRIL O paciente deve se inclinar para frente com joelhos


estendidos, tentando tocar o solo. O examinador
Avaliação de cifose e deve observar lateralmente para identificar
retração dos músculos acentuação de cifose e se o paciente consegue fletir
isquiotibiais o quadril amplamente. Deve-se medir a distância
entre o solo e os dedos do paciente. Outra forma de
avaliar retração é pedindo ao paciente que coloque
um dos membros inferiores sobre a maca e tente
alcançar o pé.

SENTADO
1) Inspeção: O examinador procura por alguma modificação produzida pela mudança de posição, além de observar a
postura habitual

2) Palpação:
 Escápula: identificar sua espinha, que deve estar na altura de T3
 Vértebras: identificar locais dolorosos
 Músculos romboides: paciente de pé e com o membro superior em rotação interna máxima e adução (imagem)
 Gradil costal: palpado em sua totalidade
 Trapézio e grande dorsal: palpar os limites
 A palpação da região lateral e anterior deve ser realizada com o paciente deitado
3) MANOBRAS E MENSURAÇÕES:
 Rotação: para direita e esquerda com pelve fixada = até 50°. Identificar dor ou limitações
 Sinal de Giordano: percussão das lojas renais
 Expansão torácica: medida com fita métrica ao redor do tórax na altura dos mamilos.
 A diferença entre a inspiração e expiração deve ser de no mínimo 3cm.
 Músculo peitoral: o paciente abduz o ombro em 90° e o examinador traciona os braços pra trás para avaliar
retração
 braços pra trás para avaliar retração

DEITADO
Inspeção e palpação: devem ser realizadas em decúbito ventral caso haja alguma alteração com a mudança de posição.
 Escoliose: avalia-se a flexibilidade através da inclinação lateral forçada para cada lado
 Cifose: Pede-se ao paciente que eleve os membros superiores e o tronco, com membros inferiores
fixados pelo examinador. Observa-se cifose residual nos portadores de cifose fixa.

Em decúbito dorsal, a inspeção e palpação são voltadas para as costelas, esterno e suas articulações. Complementa-se a
palpação de arcos costais em decúbito lateral. Uma manobra possível é a rotação passível de coluna com quadril fixado,
para pesquisar dor.
O conhecimento dos principais dermátomos pode auxiliar a identificar lesões.

4) Exame neurológico:
SENSIBILIDADE
 Tátil: chumaço e algodão
 Dolorosa: agulha sem ponta
 Térmica: algodão umedecido com álcool
MOTOR: não existe raiz motora testável nessa região
REFLEXO:
 Cutâneo abdominal: com o paciente em decúbito dorsal e parede abdominal relaxada, o examinador estimula o
abdome do paciente com um objeto pontiagudo de lateral para medial. A resposta esperada é contração do
músculo abdominal para o lado estimulado, e de forma simétrica. É mediado pelas raízes de T7 a T12.
A compressão medular a nível torácico pode gerar reflexos patológicos indicando lesão do neurônio motor superior
 Sinal de babinski: extensão do hálux ao se realizar reflexo cutaneoplantar
 Oppenheim: extensão do hálux ao se estimular a região da crista da tíbia de proximal para distal
 Clônus: contrações repetidas do grupo muscular após alongamento passivo

Coluna lombar

O exame físico inicia no momento em que o paciente entra no consultório, por meio da observação do seu comportamento
e aspecto geral.
Deve-se avaliar a marcha do paciente, presença de claudicação, posições antálgicas, a maneira como se senta e se levanta
da cadeira, os movimentos ao despir-se e ao responder aos diversos movimentos solicitados. Em geral, na presença de
lombalgia, os pacientes evitam se curvar ou torcer a coluna, mantendo uma postura rígida.

1) Inspeção
A inspeção deve ser realizada com o paciente na posição ereta e despido, examinando-se as faces anterior, posterior e
lateral da sua superfície corporal.

Figura 3. Portador de neurofibromatose (observar as manchas


“café com leite” presentes no tronco) e com aparente
deformidade na coluna lombar. Thompson, Jon C. Atlas de
anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.
Pele à inspecionada para a procura de cicatrizes (cirurgias anteriores ou ferimentos), escoriações, equimoses ou
hematomas (em traumas podem indicar lesão dos ligamentos posteriores e presença de fratura instável), lesões de pele
como manchas “café com leite” (presentes na neurofibromatose, displasia fibrosa e doenças do colágeno), tufos pilosos
(podem indicar espina bifida oculta ou diastematomielia), edema ou depressão anormal (espondilolistese). Lesões ou
manchas na pele, localizadas na linha média, sugerem a presença de lesões neurais ocultas ou anomalias do mesoderma.
Figura 7.4.5.
Portadora
6. Relação
Desalinhamento
Representação
denormal
hérnia de dasdisco
do
da
curvaspresença
tronco
com
escoliose
sagitais
no plano
do tipoda
de
sagital
coluna
não
desvio
(A)
estruturado
vertebral
eda
frontal
coluna
(A), devido
(B)
lombar
devido
aumento
ànodiferença
plano
à daluxação
cifose
frontal,
de comprimento
torácica
congênitado
secundária
(B) à
e da
contratura
dos membros
quadril lordose
muscular,
. Thompson, inferiores
lombar
Jon C.que(A) (C).
Atlas estava
edeo
Thompson,
presente
desaparecimento
anatomia na fase
Jon aguda
ortopédica da
C. –deformidade
Atlas
da doença.
Netter. de2a
anatomia
Thompson,
da coluna
edição. ortopédica
lombar
Jon Brasil,
Elsevier C. com
Atlas
–2012.
Netter.
correção
de anatomia
2ada
edição. Elsevier
ortopédica
diferença dos– Brasil,
membros
Netter.2012. 2a
inferiores
edição.
ElsevierNas
(B). Brasil,escolioses
2012. do tipo
estruturado.
Plano sagital à observado o alinhamento da coluna, observando-se a postura do paciente. O aumento ou a redução da
lordose lombar devem ser observados.

Plano frontal à observado o alinhamento vertical da coluna vertebral, o alinhamento horizontal das cristas ilíacas, a
simetria do contorno lateral da cintura e do triângulo do talhe, que é formado pelos membros superiores e face lateral do
tronco. Também avalia o equilíbrio da coluna vertebral por meio de uma linha de prumo, apoiada sobre o occipital ou C7,
que está em linha nos indivíduos normais com o sulco glúteo.

2) Palpação
Cristas ilíacas e as espinhas ilíacas posterossuperiores e anterossuperiores à deve-se palpar bilateralmente para a
verificação da horizontalização da bacia. No plano frontal estão localizadas na mesma linha e, no plano sagital, as espinhas
ilíacas anterossuperiores estão localizadas abaixo da espinha ilíaca posterossuperior.
Processos espinhosos à são palpados na procura de pontos dolorosos ou depressões (espondilolistese). Nos traumatismos
vertebrais, a palpação entre os processos espinhosos pode permitir a identificação de fraturas com ou sem lesão dos
ligamentos posteriores.
Musculatura paravertebral à é palpada para a identificação de contratura muscular ou presença de nódulos e tumorações.
Pequenas regiões hipersensíveis, denominadas ponto-gatilho e relacionadas às síndromes miofasciais, podem também ser
palpadas na região lombar.
Nervo ciático à deve ser palpado em todo seu trajeto, desde a região da nádega até a região poplítea, indoa identificação
de compressões nervosas localizadas fora do canal e forame vertebral. O
Abdome e a musculatura abdominal deve ser palpada com o paciente na posição semissentada, para a observação de
assimetria ou fraqueza muscular e para a detecção de dor, massas, organomegalias e frêmitos.

3) Movimento
A amplitude dos movimentos da coluna lombar apresenta variações com a idade e sofre influência da flexibilidade das
articulações e do grau de alongamento dos músculos isquiotibiais. A amplitude da flexão na coluna lombar varia de 40 a
60º; a extensão, de 20 a 35º; a inclinação lateral, de 15 a 20º; e a rotação, de 3 a 18º.
Figura 8. Movimentos da coluna lombar. A. Flexão. B. Extensão. C. Flexão lateral. D. Rotação. CARVALHO MA; LANNA CCD;
BERTOLO, MB; FERREIRA, GA. Reumatologia - Diagnóstico e Tratamento. 4ª ed. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014

Para avaliar a flexão, pede-se ao paciente que se curve para diante o mais que puder, com os joelhos retos, tentando tocar
o chão. Os pacientes com espasmo de músculos paravenebrais podem ser incapazes de fletir a coluna ou apresentar
limitação desse movimento. A dor observada durante a flexão da coluna, irradiando-se para membros inferiores, pode
ainda estar relacionada a conflito disco-vertebro-radicular. A extensão da coluna lombar é avaliada pedindo-se ao paciente
para curvar-se para trás, o máximo que puder. A espondilolistese aumenta a dor lombar durante a extensão, podendo
apresentar alívio com a flexão. Também as lesões degenerativas das articulações zigoapofosárias, com consequente
estenose de canal medular, podem apresentar dor nesse movimento, referindo certo alívio com a flexão. Para avaliar a
inclinação e rotação lateral da coluna, observa-se o máximo de inclinação e rotação conseguido para cada um dos lados e
comparam-se os resultados.

4) Exame neurológico
É possível, através da distribuição anatômica da dor, juntamente com alterações de força e reflexos em membros
inferiores, saber o nível de comprometimento na coluna. Assim, verifica-se que uma hipossensibilidade em face medial, da
perna e do pé, com fraqueza na dorsiflexão e inversão do pé e redução do reflexo patelar, representam lesão da raiz de L4;
uma parestesia na face lateral da perna e dorso do pé, com redução de força de extensão do hálux, comprometimento de
L5; e a hipossensibilidade da face lateral do pé, com redução da força de flexão plantar e eversão do pé, além da redução
do reflexo aquileu, é compatível com comprometimento de S1.
Um método simples de memorização das raízes nervosas que suprem os grupos musculares do membro inferior é:
Figura 9. Demarcação esquemática dos dermátomos mostrada como seguimentos distintos. Thompson, Jon C. Atlas de
anatomia ortopédica – Netter. 2a edição. Elsevier Brasil, 2012.

5) TESTES ESPECIAIS
TESTE ESTRUTURA DESCRIÇÃO IMAGEM
E/OU FUNÇÃO
TESTE DE Coluna lombar Paciente na posição
SCHOBER ortostática é delimitado
um espaço de 15cm (l0cm
acima e 5cm abaixo do
processo espinhoso de L5),
e o teste é considerado
positivo se não ocorrer
aumento de pelo menos
6cm na flexão máxima.
TESTE DE Hérnias entre Realizado por meio da
ELEVAÇÃO DO L4-L5 e L5-S1 elevação passiva do
MEMBRO (> 70º); nervo membro inferior com o
INFERIOR (EMI) ciático (entre joelho mantido em
os 35º e 70º) extensão. A elevação é
feita pelo tornozelo, que
permanece em posição
neutra e relaxada, e é
anotado o grau de flexão
do quadril quando
aparecem os sintomas,
frequentemente dor no MI

SINAL DE Radiculopatia Após a realização do EMI,


BRAGARD lombar o membro inferior pode
ser abaixado até a posição
em que os sintomas
desaparecem, e então é
realizada a dorsiflexão
passiva do tornozelo, que
provoca o reaparecimento
dos sintomas. Potencializa
com a flexão ativa da
coluna cervical.

SINAL DE Radiculopatia Mantendo-se a posição de


BOWSTRING lombar flexão do quadril que
provocou o aparecimento
de dor durante a
realização do EMI e
flexionando-se o joelho
cerca de 20º, é possível
provocar o
reaparecimento dos
sintomas radiculares por
meio da aplicação de
pressão sobre o nervo
tibial na fossa poplítea
SINAL DO TRIPÉ Nervo ciático Extensão passiva do joelho
ou contratura com o paciente na posição
dos músculos sentada resulta na
posteriores da inclinação do tronco do
coxa paciente para trás.

TESTE DE Raízes Paciente em decúbito


NACHLAS lombares altas ventral, é realizada a
que formam o flexão passiva do joelho
nervo femoral até que o calcanhar toque
(L2 e L3) a nádega. O aparecimento
de dor na região lombar na
região de L2-L3, nádega ou
coxa pode indicar
compressão radicular.
Pode ser potencializado
pela extensão simultânea
do quadril

TESTE DE Radiculopatia As veias jugulares são


NAFFZIGER cervical/ comprimidas por
lombar aproximadamente 10
segundos, enquanto o
paciente permanece na
posição supina. A face do
paciente fica ruborizada e
é pedido para ele tossir. O
aparecimento de dor na
região lombar causado
pela tosse indica a
presença de aumento da
pressão intratecal.
MANOBRA DE Radiculopatia Em posição sentada, é
VALSALVA cervical/ solicitada a realização
lombar de expiração forçada com
a boca fechada e esforço
semelhante ao ato de
evacuar. O aparecimento
ou agravamento da dor
indica aumento da pressão
intratecal.

TESTE DE Articulação Em posição supina, com o


PATRICK OU sacroilíaca quadril e o joelho
FABERE contralateral flexionados, e o pé
E coxofemoral apoiado sobre o joelho
ipsilateral contralateral. A pelve é
fixada com uma das mãos,
enquanto a outra exerce
pressão sobre o membro
realizando sua abdução e
rotação externa. É positivo
quando a dor aparece ou é
exacerbada e na região
sacroilíaca – superior
medial da nádega

TESTE DE Articulação Em decúbito dorsal com os


GAENSLEN sacroilíaca quadris e os joelhos
ipsilateral fletidos até a face anterior
do tronco. Com uma das
nádegas sem contato com
a superfície de apoio da
mesa de exame, o membro
inferior do lado da nádega
sem apoio é solto em
direção ao solo, e a
manobra é positiva
quando é manifestada dor
na região sacroilíaca
TESTE DE Teste para Em posição supina, com o
HOOVER detectar examinador sustentando
simulação ambos os calcanhares, é
solicitada a elevação de
um dos membros
inferiores. Normalmente, o
paciente realiza força para
baixo com o membro
oposto ao que está
elevando, e a ausência
dessa força para baixo no
lado contrário ao da
elevação sugere simulação

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