Manguito Rotador Músculos e Testes

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

MSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

composto de quatro msculos: subescapular, supra espinhoso, infraespinhoso, e redondo menor. Na sua parte anterior tem os msculos supraespinhoso e o subescapular e na posterior os msculos infra-espinhoso e
redondo

menor,

que

so

rotadores

externo

do

mero.

A leso do manguito rotador uma das patologias mais encontradas no


ombro, e acomete principalmente mulheres, depois dos quarenta anos. O
msculo

em

geral

mais

atingido

supra-espinhoso.

DIAGNSTICO CLNICO:

realizado pelas manobras do supra-espinhoso, e pelos testes de


Jobe, do impacto de Neer, do bceps, da queda do brao e do subescapular de
Gerber.
1- Teste do Supra-espinhoso: Consiste em fazer a elevao ativa do membro
superior no plano da escpula, em extenso e rotao neutras, contra
resistncia oposta pelo cirurgio. A resposta poder ser dor na face nterolateral do ombro. Pode vir acompanhada ou no de diminuio da fora, ou
mesmo da incapacidade de elevar o membro superior. Indica desde tendinites
at

rupturas

completas

do

tendo.

2- Teste de Jobe: semelhante ao teste do supra-espinhoso. Difere porque

realizado com o membro superior em rotao interna. Esta posio vem


sensibilizar a tenso exercida no tendo do supra-espinhoso. As repostas
costumam

ser

semelhantes

da

manobra

anterior.

3- Teste do Impacto de Neer: o membro superior, em extenso e rotao neutra,


elevado passiva e rapidamente pelo cirurgio no plano da escpula. Assim,
nesta situao, o tubrculo maior do mero projeta-se contra a face nteroinferior do acrmio, e vai reproduzir o impacto. A dor caracterstica aparece,
provocada

pela

irritao

da

bolsa

serosa

do

supra-espinhoso.

4- Teste do bceps: indica alteraes na cabea longa do bceps; testado pela


flexo ativa do membro superior em extenso e em rotao externas - contra a
resistncia oposta pelo cirurgio. O paciente acusa dor ao nvel do sulco
intertubercular

-,

com

ou

sem

impotncia

funcional

associada.

5- Teste da queda do brao: feita rotao externa passiva do brao que deve
ser mantida ativamente pela fora do infra-espinhoso e do redondo menorM; a
no-sustentao da rotao externa faz com que o brao do paciente caia
espontaneamente para baixo, indicando leso grave, principalmente do infraespinhoso.
6- Teste do subescapular de Gerber: o paciente coloca o dorso da mo ao nvel
de L5, (como na prova funcional mo/costas) -, e procura ativamente afast-la
das costas rodando internamente o brao; a incapacidade de faz-lo manter este
afastamento, se demonstrada pelo cirurgio, vai indicar grave leso do
subescapular.

CINESIOTERAPIA PARA MANGUITO ROTADOR

O programa de cinesioterapia pode incluir o trabalho com plano de escpula.


Enfatiza o trabalho de fora, endurance e estabilidade dinmica.
Utiliza-se tambm exerccios pendulares de Codman que trabalham
decoaptao, relaxamento do espasmo muscular, melhora da dor e manuteno da
amplitude de movimento mnima.

Tcnicas de desativao de pontos gatilhos so bem aceitas.


Exerccios isocinticos podem ser usados com contrao excntrica dos
msculos posteriores do manguito rotador e a contrao concntrica tambm.
Com tcnicas de mobilizao da glenoumeral possvel recuperar movimento
acessrio no incio da cicatrizao sem foras de alongamento passivo.
Para o programa de exerccios usa-se endurance com pouco peso e altas
repeties que reduzir a capacidade de aparecimento e aumento de processos
inflamatrios.
Deve-se restaurar a amplitude de movimento dos msculos.
Para trabalhar o msculo infraespinhal aconselhvel o trabalho com rotao
lateral. Primeiramente deve-se comear realizando o movimento passivamente,
depois ativamente com o paciente na frente do espelho realizando a ao muscular.
Para alongamento o paciente dever fazer rotao interna e realizar o movimento
resistidamente obtendo assim alongamento e fora muscular. Logo em seguida o
paciente deve posicionar-se de costas para a barra de Ling e far o movimento com
theraband e flexo de ombro com rotao externa, repetindo trs sries de 10
movimentos.
No trabalho do msculo supraespinhal deve-se trabalhar primeiramente
tambm a ao muscular passivamente e depois ativamente na frente do espelho. A
abduo provavelmente estar limitada e deve-se trabalhar no limite entre 70 e
120. Para o alongamento o paciente deve realizar aduo resistida com o objetivo
de alongamento melhorando a amplitude de movimento e fora muscular. Para o
fortalecimento deve ser realizada a ao do msculo na barra de Ling com
theraband para o fortalecimento.
No trabalho do msculo subescapular o alongamento obtido atravs da
rotao lateral de ombro mantida por aproximadamente vinte segundos, repetida por
trs sries de dez movimentos. O trabalho de fortalecimento deve ser realizado da
seguinte maneira: a rotao medial dever ser realizada resistida manualmente e
mantida por alguns segundos.
Para o msculo redondo menor o alongamento dever ser obtido realizando
a rotao medial manual resistida e mantida por aproximadamente vinte segundos,
repetir por trs sries de dez movimentos. Para fortalecimento usa-se theraband.

Deve-se lembrar sempre que a rotao medial e lateral de ombro deve ser
trabalhada com o membro bem junto ao corpo.
Realizar movimentos de 8 inferiormente e superiormente para obter liberao
da articulao gleno-umeral e ganhar amplitude de movimetno.
Os movimentos oscilatrios da articulao gleno-umeral so bem utilizados,
executados com trao longitudinal para relaxamento muscular e melhora da dor.
Tcnicas que utilizam oscilao: so graduadas em relao aos deslizamentos. O
grau 1 movimento oscilatrio lento, de pequena amplitude, paralelo a superfcie
articular cncava que no leva a articulao a primeira parada de tecido. O grau 2
consiste de um movimento oscilatrio lento, de amplitude um pouco maior, paralela a
superfcie articular cncava que no leva a articulao at a primeira parada de
tecido. O grau 3 movimento oscilatrio lento, de grande amplitude, paralelo a
superfcie articular cncava que leva a articulao um pouco alm da primeira
parada de tecido. O grau 4 - consta de movimento oscilatrio lento, de pequena
amplitude, paralelo a superfcie articular cncava que leva a articulao um pouco
alm da primeira parada de tecido. Grau 5 movimento no-oscilatrio, de alta
velocidade e baixa amplitude, que leva a articulao at alm da primeira parada de
tecido, tambm conhecido como manipulao brusca. As tcnicas de oscilao so
executadas com pelo menos grau 1 de trao para reduzir a compresso das
superfcies articulares. Os graus 1 e 2 objetivam alvio da dor, os graus 3 e 4 alm
do alvio da dor extensibilidade tecidual e correo das falhas de posicionamento e
os graus 5 e 6 so usados quando no se atinge os objetivos desejados com graus
3 e 4.
Tcnicas que utilizam trao consistem do seguinte modo: no grau 1
realiza-se movimento lento de pequena amplitude, perpendicular a superfcie
articular cncava que no leva a articulao at a primeira parada de tecido. O grau
2 movimento lento de grande amplitude, perpendicular a superfcie cncava que
leva a articulao at a primeira parada de tecido. O grau 3 movimento lento de
grande amplitude superfcie cncava que leva a articulao um pouco alm da
primeira parada do tecido. O grau 1 e 2 enfatiza a reduo da dor e o grau 3 alm
da reduo da dor a extensibilidade periarticular.
Deslizamento caudal em abduo e rotao externa: O paciente est em
decbito dorsal. O fisioterapeuta se coloca no espao toracobraquial, determinando

assim uma posio de abduo da articulao glenoumeral de pelo menos 45; com
uma das mos ele segura a extremidade distal do brao, impondo-lhe uma rotao
externa completa. O antebrao do paciente, cujo cotovelo est flexionado em 90
repousa sobre o antebrao do fisioterapeuta. A outra mo, por sua borda ulnar,
determina o esforo de deslizamento caudal que impem um abaixamento do coto
do ombro.
Trao glenoumeral bimanual: O paciente est em decbito dorsal e
confortavelmente instalado. O fisioterapeuta colocado lateralmente, segura ob rao
com uma mo subaxilar e com uma mo umeral distal. A mo proximal axilar
determina o apoio, a outra o contra-apoio. O fisioterapeuta ope sua ao manual
associando uma leve rotao do tronco, cujo efeito acentua a trao. Cumpre notar
que a eficcia no aparece seno

quando a escpula j deslizou em abduo

completa.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

- GOULD, A . James. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. So


Paulo. 1 edio. Editora: Manole, 1993
- LEROY, A . , PIERRON, G. , PENINOU, G. , DUFOUR, M., NEIGER, H. , GNOT,
C., Cinesioterapia. Aavaliaes Tcnicas Passivas e Ativas. . So Paulo.
Editora: Panamericana Editorial Medica, 1989.
- LEROY, A . , PIERRON, G. , PENINOU, G. , DUFOUR, M., NEIGER, H. , GNOT,
C., Cinesioterapia. Aavaliaes Tcnicas Passivas e Ativas do Aparelho
Lomotor. . So Paulo. Editora: Panamericana Editorial Medica, 1989.
- KISNER, Carolyn & COLBY, Allen Lynn. Exerccios Teraputicos Fundamento e
Tcnicas.. So Paulo. 3 edio Editora: Manole, 1998.
- SOUZA, de Zanelli Marcial. Reabilitao do Complexo do Ombro. 1 edio. So
Paulo. Editora: Manole, 2001.
- GABRIEL, Serra R. M, PETIT, Daz J. , CARRIL, Sande de L. M. Fisioterapia em
Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia. Rio de Janeiro. Editora: Revinter,
2001.

Você também pode gostar