Apostila Musica Coral

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Alberto Merchede

NOES DE MSICA
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL

(Noes tericas e exerccios prticos de ritmos)

NOES DE MSICA
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL

Alberto Merchede
2

Merchede

NOES DE MSICA
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL

(Noes tericas e exerccios prticos de ritmos)

BRASLIA-DF, novembro de 2014

Merchede

Reconhecimento especial ao Regente Fernando


de Almeida Barros, graduado em msica pela Universidade Estadual Paulista-UNESP com vasta
experincia no canto coral, e ao estudante de regncia da UnB, Mauricio Doff Sotta, que me honraram com suas prestimosas contribuies, ao participarem da reviso deste trabalho na sua fase
preparatria

Agradeo a Deus e a minha me, ao meu pai (in memoriam) minha esposa, filhos, noras, genros, netos e
bisneta, a quem dedico este trabalho.
De nada ou quase nada vale o talento se no
usado a servio do prximo, em causa agradvel a Deus. recomendado que O dom
que cada um recebeu ponha-o a servio dos
outros, como bons administradores da to diversificada graa de Deus (1 Pdr 4,10)

Merchede

Sumrio
APRESENTAO

PARTE I - NOES ELEMENTARES

1.
SOM - DEFINIO, CARACTERSTICAS E PROPRIEDADES (ALTURA, DURAO,
INTENSIDADE E TIMBRE)

2.

MSICA DEFINIO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

11

3.

NOTAO MUSICAL

12

4.

NOTAS MUSICAIS

13

5.

ESCALAS - ASCENDENTE E DESCENDENTE

14

6.

PAUTAS OU PENTAGRAMA - LINHAS COMPLEMENTARES SUPERIORES E INFERIORES15

7.

CLAVES

18

8.

VALORES

23

9.

PROPORCIONALIDADE ENTRE OS VALORES

25

10.

LIGADURA - PONTO DE AUMENTO

27

11.

COMPASSO - ANDAMENTO - METRNOMO

29

11.1. COMPASSO E TEMPO

29

11.2. GRUPOS ALTERADOS (QUILTERAS)

35

11.3. ANDAMENTO

37

11.4. METRNOMO

38

12.

TOM E SEMITOM

39

13.

SINAIS DE ALTERAO

40

14.

FERMATA OU SUSPENSO - LINHA DE OITAVA

41

14.1. FERMATA

41

14.2. LINHA DE OITAVA

41

15.

SINAIS DE ARTICULAO - LEGATO e STACCATO

42

16.

SINAIS DE REPETIO: DA CAPO, RITORNELLO, etc

43

17.

ABREVIATURA

44

18.

SINAIS DE INTENSIDADE

46

19.

VOZES

47

PARTE II - PRTICA DE RITMO

50

20.

MOVIMENTOS RTMICOS

50

21.

MOVIMENTOS COMBINADOS COM EMISSO DE SOM

51

22.

USO DE FIGURAS DE SOM

53

23.

USO DE FIGURAS DE SILNCIO (PAUSAS)

55

24.

USO DE FIGURAS PONTUADAS

56

25.

USO DE FIGURAS DE VALORES MENORES

58

26.

USO DA BARRA DE DIVISO, FRMULA DE COMPASSO E BARRA DUPLA FINAL

62

27.

MARCAO RTMICA COMBINADA COM TEXTO ( COM A LETRA DA MSICA)

65

APNDICES

68

APNDICE N 1

68
5

Merchede

APNDICE N 2

69

APNDICE N 3

71

Bibliografia

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Merchede

APRESENTAO

Este trabalho destina -se a oferecer aos principiantes do canto


coral conhecimentos tericos elementares e variadas formas de exerc cios prticos de marcao de ritmo, para que possam exercitar suas hab ilidades com maior segurana e compreenso. Ao final de cada cap tulo ou
de cada tpico, so oferecidas para resoluo algumas tarefas, visa ndo
avaliao do conhecimento obtido.
O trabalho foi organizado a partir do material disponvel, acum ulado ao longo da experin cia do autor como auxiliar de regente no Coral
da Parquia de So Francisco de Assis, na Asa Norte, em Braslia -DF. Em
face da diversidade de nveis culturais e de escolaridade dos participa ntes do coral, a obra foi preparada em forma de manual, numa lingu agem e
forma de expresso e organizao tal que permita atender a todos, facil itando-lhes a compreenso.
O manual encontra -se dividido basicamente em trs assuntos:
noes elementares, prtica de ritmo e tpicos complementares. Este ltimo destina-se a quem deseja aprofundar-se um pouco mais.
H tambm seo especfica (em forma de apndice) contendo
informaes complementares e interessantes, tais como comparao das
claves, mensurao do andamento e extenso das vozes humanas.
Esperamos que o trabalho ven ha a constituir-se num instrumento
til para a capacitao do coralista, fortalecimento do seu desempenho e
participao consciente no conjunto coral.

Merchede

PARTE I - NOES ELEMENTARES


1. SOM - DEFINIO, CARACTERSTICAS E PROPRIEDADES (ALTURA, DURAO, INTENSIDADE E TIMBRE)
O som definido como a vibrao capaz de impressionar o rgo auditivo (o
ouvido). transmitido no ar, ou em outro meio condutor, por ondas sonoras em todas
as direes, em forma de crculos concntricos, semelhantemente ao que ocorre na
gua tranqila quando uma pedra atirada. A parte da Fsica que trata dos sons a
acstica (do grego: acuo=ouo) . A velocidade do som, no ar, temperatura de 15 C,
de 340 metros por segundo (m/s); temperatura de 0 C, de 333 m/s; Na gua, a
velocidade de 1.450 m/s; em ferro, 4.900 m/s; e em vidro, 5.600 m/s. (ELLMERICH,1977, p.17)
Como se v, o som transmitido no ar ou em outro meio condutor (gua, ferro
etc.). Para produo e percepo do som necessrio: um corpo sonoro (o instrumento ou a voz, no caso da msica); um meio excitador das vibraes (o arco, no caso do
violino); um meio transmissor (geralmente o ar) e um rgo de audio.
O som uma forma de comunicao: a comunicao sonora. Ele pode ser manifestado sob forma de rudo e som musical. O som musical se expressa por meio de
instrumentos musicais; da voz etc. J o rudo varia de acordo com a procedncia, como por exemplo, provindo da Natureza (trovo, cachoeira etc.); animal (miado do gato);
humano (palmas) etc. A diferena que o som musical agradvel ao ouvido.
As quatro propriedades do som so: altura, durao, intensidade e timbre.
Estamos tratando da altura quando costumamos dizer que o som est grave
(grosso) ou agudo (fino) e no, quando dizemos que est em maior ou menor volume.
A altura diz respeito ao nmero de oscilaes ou vibraes do corpo sonoro. Quanto
altura, o som pode ser grave, mdio ou agudo. O ouvido humano percebe sons na
faixa aproximada de 16 a 30.000 vibraes duplas por segundo. Segundo Priolli(1978,
p.62), so considerados musicais os sons que se situam na faixa de 16 a 4.224 vibraes duplas, ou 32 a 8448 vibraes simples. Acima ou abaixo dessa faixa os sons
perdem sua qualidade musical e so considerados rudos.
A altura varia de acordo com o nmero de vibraes e com a dimenso do corpo
sonoro. Quanto maior for o nmero de vibraes, mais agudo o som; quanto menor,
mais grave o som. Por outro lado, quanto mais volumoso ou denso for o corpo sonoro, mais grave ser o som, e vice-versa.
Assim, tomemos, para exemplo, duas cordas esticadas com a mesma tenso,
tendo dimetros iguais e feitas com o mesmo material. Se a primeira tiver a metade do
tamanho da segunda, a menor produzir o dobro de vibraes da maior. Agora, se
tenso, material e tamanho foram iguais, e uma delas tiver a metade do dimetro da
outra, a mais fina produzir o dobro de vibraes da mais grossa. Esta , portanto, a
influncia da dimenso do corpo sonoro na altura do som. O nmero de vibraes de
uma corda varia ainda em funo da densidade do material e, tambm, de acordo com
a tenso com que esticada. Uma vez que as notas musicais guardam entre si proporcionalidade quanto ao nmero de vibraes, esse princpio utilizado na fabricao
de instrumentos e na produo de msica por meio do computador.

Merchede

Durao o tempo durante o qual a produo do som se prolonga. Na msica,


conforme veremos mais adiante, a durao relativa de cada nota determinada de
acordo com a figura que a representa (breve, semibreve, colcheia etc.)
Intensidade o volume do som. Estamos tratando de intensidade quando dizemos que o som est forte ou fraco. A intensidade depende da energia contida na
onda sonora. Varia tambm em funo da distncia.
A intensidade do som, segundo ELLMERICH (1977, p. 19), medida em phon
(na Alemanha) ou decibel (Estados Unidos). O decibel dcima parte do bel tem
essa denominao em homenagem a Alexander Graham Bell, inventor do telefone
(1876). A escala de intensidade a seguinte:
0 limite mnimo de audio;
10 conversa em voz baixa;
20 jardim tranquilo;
30 rua sem trfego;
60 intensidade mdia em grandes armazns;
70 trfego intenso em grandes cidades;
90 ruido de pneumtico estourado ( a 3,5 m de distncia);
120 motor de avio a 6 m de distncia
130 limite mximo de audio.
O timbre, por sua vez, diz respeito natureza do copo sonoro (apito, tipo de instrumento, buzina etc.). Os corpos sonoros produzem certo nmero de vibraes chamadas harmnios. Cada corpo tem seus harmnios caractersticos, cuja combinao forma o timbre, que a cor do som, seu colorido. O timbre a personalidade do
som; a propriedade que permite distinguir dois sons produzidos por diferentes instrumentos ou vozes, mesmo que tenham idntica altura e mesma intensidade. a caracterstica individual do som; a caixa de ressonncia da fonte produtora do som..
Exerccios propostos
1. Preencha os espaos pontilhados:
a) Som a ............................... capaz de impressionar o ..........................................
b) A parte da Fsica que trata dos sons a ..................................................
c) O som transmitido em meios condutores, tais como ........................................,
.........................., ............................., ..............................
2. Diga qual a principal diferena entre rudo e som musical.
3. Quais so as propriedades do som?
4. Quando dizemos que o som est muito forte (barulhento), estamos tratando da altura ou do volume(intensidade)?

5. Relacione as colunas:
( ) Som forte, volumoso

( 1 ) Timbre

( ) Cor do som, seu colorido

( 2 ) Intensidade do som
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Merchede

( ) Som alto, fino, agudo

( 3 ) Altura do som

( ) Natureza da fonte sonora


(voz, instrumento etc)
( ) Som fraco, com pouco volume
( ) Som grosso
6. O que decibel e para que serve?

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2. MSICA DEFINIO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS


Entre as mais variadas definies de msica ao longo da histria algumas bastante pitorescas destacamos a de ELLMERICH (1977; p.20), que se utiliza de dois
fatores o primeiro de ordem artstica porque a msica a arte na manifestao do
belo por meio dos sons. O segundo, cientfico, porque a produo e combinao dos
sons so regulados por leis cientficas. Dentro dessa dicotomia, abordaremos inicialmente conceitos da msica como arte, para depois aprofundarmo-nos nos aspectos
cientficos de sua produo.
Os quatro elementos fundamentais da msica so: melodia, harmonia, ritmo e
timbre.
A melodia consiste na sucesso de sons, formando o sentido musical. como
um assobio. Ela horizontal. A harmonia compreende a execuo de variados sons
ouvidos ao mesmo tempo, observadas as leis que regem os agrupamentos de sons
simultneos. O ritmo o movimento dos sons regulados pela sua maior ou menor durao. O timbre, conforme j foi definido, est ligado natureza do corpo sonoro. Representa o colorido do som.
Exerccios propostos
1. Quais as duas abordagens de msica adotadas por ELLMERICH?
2. Assinale (f) para a proposio falsa e (v) para a verdadeira:
( ) A harmonia representa a cor do som
( ) O ritmo compreende a execuo de variados sons ouvidos ao mesmo tempo
( ) A melodia compreende a sucesso de sons
( ) A harmonia horizontal, como um assobio

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3. NOTAO MUSICAL
Para se reter a msica, de modo a reproduzi-la posteriormente, pode-se fazer isso por meio sonoro (gravando seus sons), ou grfico (escrevendo-a). Para escrev-la
usam-se diversos sinais. O conjunto de sinais grficos que servem para escrever a
msica chamado notao musical. Os principais sinais grficos so:
- as notas;
- a pauta;
- as claves;
- as figuras;
- os compassos; e
- as alteraes.
Cada um desses sinais ser objeto de abordagem especfica.

Exerccios propostos
1. A memorizao da msica pode ocorrer por meio............ ou ..............
2. Assinale (v) para sentena verdadeira e (f) para falsa
( ) Para se escrever a msica no usados meios sonoros
( ) Notas, claves, figuras e timbre so alguns sinais grficos usados para escrever
a msica
( ) Compassos, figuras, claves e notas so alguns dos sinais grficos empregados
na escrita musical.
3. O que voc entende por notao musical?

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4. NOTAS MUSICAIS
Para representao dos sons musicais so utilizados monosslabos chamados
notas musicais. As notas musicais so: DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI, assim dispostas
segundo a ordem de altura, ou seja, da mais grave, que a nota DO, para a mais
aguda, que a nota SI.
Esses monosslabos, segundo consta, foram extrados do Hino de So Joo Batista, mediante aproveitamento da primeira slaba de cada verso, por Guido DArezzo,
monge beneditino e musicista da provncia de Ferrara (Itlia), na primeira metade do
Sculo XI.
Os versos so os seguintes:
Em latim
UT queant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum
SOLve poluti
LAbili reatum
Sancte Ioanes

Traduo 1
Para que teus servos
Possam cantar em plena voz
O maravilhoso dos
Teus feitos
Purificai-lhes
Os lbios poluidos
So Joo

A primeira slaba UT, como era difcil de ser cantada, foi substituda pelo DO, por
Giovanni Batista Doni, em 1640, utilizando a primeira slaba do seu sobrenome
Observe-se que o SI formado pelas iniciais das palavras do ltimo verso Sancte
Ioannes.

Exerccios propostos
1. Escreva os monosslabos representativos das notas musicais, na ordem de altura,
ou seja, da mais grave para a mais aguda.
2. Qual a origem dos monosslabos?
3. Desde o incio sempre foram esses os monosslabos ou ouve alguma modificao?
4. Complete: Os monosslabos foram extrados da ________ slaba dos versos em latim. Inicialmente, comeavam com o monosslabo _______, que, por dificuldade de
ser cantado, foi modificado para ____, palavra extrada das iniciais do nome de
______________.

Belmira Cardoso e Mrio Mascarenhas, Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo, 5 ed. Irmos Vitale, s/d.
Vol I, pag 185.
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5. ESCALAS - ASCENDENTE E DESCENDENTE


Repetindo-se o primeiro dos monosslabos representativos das notas musicais,
que o DO, completam-se as oito notas que constituem a escala natural:
DO - RE - MI - FA - SOL - LA - SI - DO
Essa escala, na forma como est escrita, est tambm disposta de acordo com a
altura das notas, partindo da mais grave para a mais aguda, ou seja, da mais baixa
para a mais alta, num movimento de subida. a escala ascendente.
Quando as notas esto dispostas em ordem inversa, isto , da mais aguda para a
mais grave, assim: DO-SI-LA-SOL-FA-MI-RE-DO, num movimento de descida,
recebe o nome de escala descendente. Esquematicamente essas escalas seriam representadas da seguinte maneira:
DO
SI

SI

LA

LA

SOL

SOL

FA

FA

MI

MI

RE

RE

DO

DO

Na prtica, cada uma dessas notas pode ser alterada para cima ou para baixo,
mediante a colocao do sinal de alterao, sobre o qual adiante ser comentado.

Exerccios propostos
1. Escreva as notas que formam a escala natural
2. Assinale (v) para a sentena verdadeira e (f) para a falsa
( ) A escala ascendente composta de oito notas sucessivas, comeando na mais
grave e terminando na mais aguda
( ) A escala ascendente composta de sete notas sucessivas (DO-RE-MI-FA-SOLLA-SI), comeando na mais grave e terminando na mais aguda
( ) A escala descendente composta de sete notas sucessivas, comeando na
mais grave e terminando na mais aguda
( ) A escala descendente composta pelas seguintes notas SI-LA-SOL-FA-MI-REDO
( ) A escala descendente composta por oito notas sucessivas, comeando na
mais aguda e terminando na mais grave

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6. PAUTAS OU PENTAGRAMA - LINHAS COMPLEMENTARES SUPERIORES E


INFERIORES
A msica moderna escrita em um conjunto de cinco linhas paralelas e eqidistantes, formando entre si quatro espaos. Essas cinco linhas so chamadas pauta
ou pentagrama. As notas so escritas tanto nas linhas como nos espaos.
As linhas e espaos so contados de baixo para cima. Exemplo:

A pauta s vezes insuficiente para comportar todos os sons que o ouvido humano capaz de captar. Ela no comporta sons mais agudos nem os mais graves. Por
isso, para representar esses sons que ultrapassam o limite das cinco linhas, acrescentam-se pequenas linhas na parte superior e na inferior, como prolongamento da pauta.
Essas linhas adicionais so chamadas linhas complementares superiores e linhas
complemenares inferiores. As notas so escritas nessas linhas complementares e
tambm nos espaos por elas formados. As linhas e os espaos complementares superiores so contados de baixo para cima e os inferiores, de cima para baixo, conforme mostra o exemplo a seguir. A quantidade de linhas complementares no limitada,
mas na prtica no comum ultrapassar cinco.
Exemplo de linhas complementares:

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Merchede

Exerccios propostos
1. Numerar a segunda coluna de acordo com a primeira:
1 DO-SI-LA-SOL-FA-MI-RE-DO
2 Notas, pautas, claves, figuras, etc.

( ) Pentagrama ou pauta
( ) Escala descendente
So os monosslabos que repreConjunto de cinco linhas paralelas e
3
( ) sentam os sons musicais: DO-REeqidistantes
MI-FA-SOL-LA-SI
4 Notas musicais
( ) Escala ascendente
5 DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI-DO
( ) Sinais grficos: notao musical
2. Nos exerccios a seguir, preencha o parntese com um V, se achar que a afirmativa verdadeira; Se achar que falsa, preencha com um F e, neste caso, mostre
qual seria a situao correta.
(

) Escala ascendente: DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI

) Escala descendente: DO-SI-LA-SOL-MI-FA-RE-DO

) Exemplo n 1 de pentagrama

) Designao das linhas e espaos

) Linhas e espaos complementares - exemplo n 1:

) Linhas e espaos complementares - exemplo n 2:

16

) Exemplo n 2 de pentagrama

Merchede

) As notas representativas dos sons musicais so expressas por meio de monosslabos

( ) A escrita musical feita somente nas linhas do pentagrama


( ) A pauta ou pentagrama um dos sinais grficos que constituem a notao
musical.

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Merchede

7. CLAVES

A pauta por si s no suficiente para identificar a nota que nela figura, como
tambm no suficiente para se saber a posio, ou seja, a altura onde determinada
nota deve ser escrita. No possvel, por exemplo, dizer o nome da nota que est
escrita na pauta a seguir, se ela um DO ou SOL ou qualquer outra nota, tampouco se
pode determinar, por exemplo, em que posio deve ser escrita a nota RE.

A identificao das notas na pauta s possvel, pois, com a presena da CLAVE, que o sinal colocado no princpio da pauta e serve para dar nome s notas e determinar sua altura na escala.
H 3 tipos de clave, que so:
Clave de Sol.
Clave de Fa
Clave de Do.
A clave no escrita em qualquer linha da pauta. Ela escrita somente em linhas
especficas. Diz-se que a clave assina-se em determinada linha da pauta.
A clave de SOL escrita unicamente na segunda linha;
A clave de FA escrita na 3 e na 4 linhas;
A clave de DO escrita na 1, 2, 3 e 4 linhas.
Os dois pontinhos que aparecem nas claves de FA e de DO servem para indicar
a linha da pauta a que elas se referem, j que podem ser assinadas em mais de uma
linha. No caso da clave de SOL, que atualmente s assinada na 2 linha, no h necessidade dos pontinhos identificadores.
Vejamos como que se d nome s notas. No caso da clave de sol, como ela
assinada na 2 linha, isso indica que as notas que estiverem escritas na segunda
linha recebem o nome de SOL.

Partindo dessa nota que se pode identificar a posio das demais, considerando que as notas ocupam linhas e espaos na pauta. Por exemplo, de acordo com a
escala ascendente, a nota seguinte ao SOL (subindo), ou seja, aquela que vem logo
depois do SOL, o LA. Ento, na pauta, a posio do LA tambm vem logo depois da
posio do SOL. Portanto, a posio seguinte da linha onde est o SOL, subindo,
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Merchede

segundo espao. Ento, a que deve ser escrita a nota LA, conforme mostra o desenho a seguir:

Da mesma forma, as notas ascendentes depois do LA, que so SI-DO-REMI, etc. escrevem-se da seguinte maneira:

De modo semelhante, as notas descendentes, aps o SOL, ou seja, FA-MIRE-DO etc., so assim representadas:

Vejamos exemplo de outras notas que formando duas escalas (ascendente e


descendente):

Do mesmo modo, a clave de FA na quarta linha indica que toda nota colocada na 4 linha FA.

Como no caso anterior, tambm aqui a partir dessa nota, que se identificam as
demais. Por exemplo, a nota SOL que, na escala ascendente, vem logo depois desse
FA, escrita na pauta na posio subseqente, que o quarto espao, conforme
mostrado a seguir:

Outro exemplo de uso da clave de FA contendo duas escalas (ascendente e descendente):


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Merchede

Geralmente a clave de SOL empregada para indicar as notas mais agudas da


msica e a clave de FA, as notas mais graves. Essas duas claves, a de SOL e a de FA
(na quarta linha) so as mais usadas. So empregadas para as vozes e para a maior
parte dos instrumentos. Por exemplo, no canto coral, os cantos das vozes femininas,
que so vozes mais agudas, so escritos na clave de SOL e o das vozes masculinas,
geralmente na de FA.
Para termos idia da posio comparativa dessas duas claves, com relao altura das notas, vejamos o exemplo a seguir, que parte de uma nota DO profundamente
grave para a voz humana e, cobrindo 3 escalas, vai at um DO extremamente agudo:

Igual procedimento exemplificado para as claves de SOL e de FA so adotados


para a clave de DO, que escrita na 1, 2, 3 e 4 linhas
Outros exemplos:
Clave de FA na terceira linha:

Clave de DO na primeira linha:

Clave de DO na terceira linha:

No Apndice n 1 so apresentados esquemas comparativos de todas essas claves.


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Merchede

Exerccios propostos
1. Escreva o nome das seguintes notas:

2.
Escreva, nas pautas a seguir (sem incluir linhas complementares), as notas indicadas:
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Merchede

a) DO, MI, RE, SI e FA

b) DO, SI, LA, MI (mais grave) e MI(mais aguda) e SOL

c) RE, MI, SOL(mais grave), SOL(mais aguda) e FA

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Merchede

8. VALORES
Sabemos que as notas tm duraes diferentes. Utilizemos o exemplo de uma
msica bem conhecida, o Hino Nacional Brasileiro: Ouviram do Ipiranga as margens
plcidas.... Observe-se que a nota representativa da slaba pl tem durao maior do
que a da slaba ci. Experimente cantar e confira. Esta ltima nota (ci), portanto,
pronunciada mais rapidamente do que a outra.
Para representar as diferentes duraes dos sons musicais necessrio que as
notas sejam escritas de diferentes formas. Essas formas diversificadas so chamadas
figuras ou valores. H duas espcies de figuras: aquelas que indicam a durao do
som e as que indicam a durao do silncio. As mais usadas figuras representativas
da durao do som so:
Figuras de som
Nomes

Semibreve

mnima

semnima

colcheia

semicolcheia

fusa

Alm dessas figuras existem outras pouco usadas, tanto de maior como de menor durao. o caso da breve, mxima, longa, semifusa e quartifulsa ou tremifusa. As
trs primeiras foram pouco a pouco deixadas de ser usadas. Segundo PRIOLLI
(1978;p.14), essas figuras s aparecem em trechos de autores antigos, pois os modernos no as usam mais. So assim representadas.
.
Figuras de som
Nomes

Mxima

Longa

Breve

As partes que compem um figura so:

De um modo geral, abaixo da terceira linha as figuras so desenhadas com as


hastes para cima; quando estiverem colocadas acima da terceira linha, as hastes ficam
para baixo. Desenhadas na terceira linha, as figuras podem ter as hastes para cima ou
para baixo.
As notas com bandeirola, quando juntas, so ligadas por trao, que a barra de
unio, usada em vez da bandeirola conforme a seguir ilustrado:

Da mesma maneira, as pausas, que so figuras indicativas do silncio, tambm


so representadas de acordo com sua durao, por diferentes sinais. Vejamos:

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Merchede

A pausa

, escrita sob a quarta linha da pauta, equivale

A pausa

, escrita acima da terceira linha da pauta, equivale

A pausa

equivale

A pausa

equivale

A pausa

equivale

A pausa

equivale

Exerccios propostos
1. Diga, com as suas palavras, o que entende por figuras ou valores.
2. Complete: as figuras indicam a durao do ______________ ou do ___________
3. Preencha as linhas em branco com o nome da respectiva figura de som:
Figuras de som
Nomes

______

____

_____

_____

______

____

4. Complete, desenhando na linha em branco a figura de som correspondente:


A pausa
A pausa
A pausa
A pausa
A pausa
A pausa

equivale ____
, escrita acima da terceira linha da pauta, equivale _____
equivale _____
equivale _____
, escrita sob a quarta linha da pauta, equivale _____
equivale ______

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Merchede

9. PROPORCIONALIDADE ENTRE OS VALORES


Conforme foi mencionado, as maneiras com que so escritas as notas musicais
que representam a maior ou menor durao do som ou do silncio. As figuras com que
so representados os sons mantm entre si relao de proporcionalidade.
a seguinte a relao de proporcionalidade: cada figura dura o dobro da subseqente. Entre as notas mais usadas, a de maior durao a semibreve, que tida
como unidade. De acordo com a relao de proporcionalidade ela vale o dobro da subseqente, que a mnima, ou seja:
=

Para melhor compreenso da proporcionalidade, admitamos, a ttulo meramente


didtico, que em determinado trecho musical executado sem mudar de velocidade, a
semibreve dure 4 segundos; ento nesse mesmo tempo duraro duas mnimas, pois
cada uma ser executada em 2 segundos. A semnima, por sua vez, duraria 1 segundo; a colcheia, meio segundo, e assim por diante.
A mnima, por sua vez, dura o dobro da semnima; a semnima dura o dobro da
colcheia; a colcheia, o dobro da semicolcheia e assim sucessivamente:
=

Desenho da figura

Quantidade

Quadro comparativo da proporcionalidade entre as figuras

Nome

Semibreve

Mnima

Semnima

Colcheia

16 Semicolcheia

32 Fusa

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Merchede

As pausas guardam igualmente a mesma relao de proporcionalidade na sua


durao. Por exemplo
=

Uma pausa de semnima equivale a duas de colcheia

Uma pausa de colcheia equivale a duas de semicolcheia

Uma pausa de semicolcheia equivale a duas de


fusa

Alguns autores chamam as figuras de som de figuras positivas ou valores positivos e as pausas de figuras negativas ou valores negativos. Entretanto essas designaes so contestadas por outros. Preferindo no entrar nessa polmica, continuaremos utilizando os termos figura, figura de som, valor e pausa ou figura de pausa ou de
silncio.
Exerccios propostos
1. Preencha a linha em branco
+

=_______

=_______

=_______

= ______

=_______

2. Preencha as linhas em banco com o desenho da figura correspondente


+

= _______

= _______

= _______

+ _______

+ _______

3. Diga o que voc entende por figura positiva e figura negativa.

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Merchede

10. LIGADURA - PONTO DE AUMENTO


LIGADURA
A ligadura uma linha curva (semicircular) colocada por cima ou por baixo das figuras de nota. Quando essas notas forem de mesma altura elas fundem-se como se
fossem uma s, ou seja, os sons ligados no devem ser pronunciados ou executados
nota por nota. Neste caso, apenas a primeira nota emitida; as demais so seu prolongamento, formando um s valor. Por exemplo:

A ligadura pode tambm abranger notas de alturas diferentes. Neste caso, somente para efeito de execuo instrumental ou vocal. As notas compreendidas dentro
da ligadura devem ser pronunciadas sem interrupo. Por exemplo:

PONTO DE AUMENTO
Ponto de aumento o ponto colocado direita da figura, para indicar o aumento
de metade de sua durao. Ou seja, o ponto representa a metade do valor da nota.
Aritmeticamente, se a figura tem durao de quatro segundos, por exemplo, o ponto
acrescer-lhe- dois, passando a figura pontuada a durar 6 segundos ( 4 + 2).

No exemplo acima o ponto acrescenta figura a metade do valor desta. Como a


metade da mnima a semnima, ento a figura pontuada passaria a valer a mnima
ligada a uma semnima, ou seja:
=

Outros exemplos:
=

As pausas tambm podem ser pontuadas:

27

Merchede

Podem ser colocados dois ou mais pontos direita da figura. Nesse caso,
cada ponto adicional vale a metade do antecedente. No exemplo aritmtico anterior, se
a durao da nota de quatro segundos, o primeiro ponto valer dois e o segundo
ponto valer um. Ento a nota com os dois pontos passar a durar 7 segundos
(4+2+1).
Exemplo:
=

Os exemplos mostram que tanto podem ser usadas figuras de som pontuadas
como figuras ligadas, desde que a soma dos valores seja a mesma.
Exerccios propostos
Usando a ligadura, preencha os espaos da direita com as figuras equivalentes figura pontuada da esquerda.
_______________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

28

Merchede

11. COMPASSO - ANDAMENTO - METRNOMO


11.1. COMPASSO E TEMPO

O trecho musical dividido em partes que so chamadas compassos. Essas


partes so separadas por linhas verticais que cortam a pauta. Essas linhas so chamadas barras ou travesso. Exemplo:
Barra ou travesso

Para separar trecho musical utilizado travesso duplo. Quando colocado no final da pea, chama-se pausa final.

Cada compasso dividido em partes ou movimentos chamados tempos. Tratase daquilo que na execuo musical costuma-se chamar de pulsao. Os tempos tm
acentuao forte e fraca.
Embora as figuras guardem relao de proporcionalidade entre elas, sua durao
no entanto indeterminada. Ou seja, a mnima dura o dobro da semnima; esta, por
sua vez, dura o dobro da colcheia, e assim por diante. Mas quanto tempo efetivamente
(segundos, minutos, etc.) duram? Esse espao de durao determinado por meio
do tempo, e medido pela fixao da velocidade da msica, que o andamento. Esse
assunto ser objeto de tratamento mais adiante (Captulo 11.3-ANDAMENTO).
Assim, se for estabelecido que a semnima tenha durao de 1 tempo, por exemplo; ento a mnima valer dois tempos, j que proporcionalmente a mnima ( ) vale o
dobro da semnima ( ). Neste exemplo, ainda, a semibreve ( ) duraria 4 tempos, j
que equivale a quatro semnimas, e assim por diante.
Os compassos formados por dois tempos (duas pulsaes) so chamados binrios; formados por trs tempos, so ternrios; e por quatro tempos, quaternrios.
A figura cuja durao preenche todo o compasso chamada unidade de compasso. Semelhantemente, aquela figura que sozinha preenche o tempo camada
unidade de tempo.
Os smbolos indicativos da quantidade e dos valores que devem preencher cada
compasso denominam-se signos de compasso. So colocados no incio da pauta e
podem ser representados por uma frao ordinria; por letra; por um nmero ou por
nmero e figura, conforme ser exemplificado adiante. No caso da frao, mais comumente utilizada, o numerador indica a quantidade de tempos de cada compasso.
Exemplo:

29

Merchede

Compasso binrio

Compasso ternrio

Compasso quaternrio
E o denominador indica qual a figura que ser contada para preencher cada
tempo. Por exemplo, o compasso indicado pela frao 2/4 significa que ser preenchido por duas figuras n 4, que a semnima (conforme ser relembrado adiante)
Quando essa figura simples (no pontuada), trata-se do compasso simples.
Quando pontuada, trata-se do compasso composto.

COMPASSO SIMPLES
Foi mencionado, quanto figura indicativa do compasso que a semibreve tida
como unidade, ou seja, a nmero 1. Ela subdividida em 2 mnimas; estas, portanto
so n 2. A mnima, por sua vez, subdividida em 2 colcheias e assim por diante. Relembrando:

Porque
000

Porque
Porque

Porque
Porque
Porque
Portanto, vejamos nos exemplos abaixo como so preenchidos os compassos
com as unidades de tempo indicadas:

30

Merchede

Os compassos a seguir podem tambm ser indicados da seguinte maneira:

s vezes, no denominador, em vez de nmero coloca-se a prpria figura:

Na prtica raramente ocorre que cada compasso seja preenchido exclusivamente


com figuras que representam unidade de tempo. Elas podem ser diferentes, desde que
sua soma obedea o que indica a frao ordinria.Exemplificando:

J que

, o compasso

pode ser assim preenchido:

Outro exemplo:

QUADRO DE COMPASSOS SIMPLES


a) Compassos Binrios
Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
compasso (UC)

31

Merchede

b) Compassos Ternrios

Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
compasso (UC)

c) Compassos Quaternrios
Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
compasso (UC)

MARCAO DE COMPASSO SIMPLES


Marcar o compasso indicar os tempos por meio de movimento, geralmente batendo com as mos ou com o p, de maneira a manter a uniformidade do andamento
da msica. Os movimentos de marcao do compasso simples de um modo geral so
feitos nos sentidos indicados pelas setas abaixo:

Compasso binrio

Compasso ternrio

2 tempo

Compasso quaternrio

3 tempo

4 tempo
3 tempo

2 tempo
2 tempo
1 tempo

1 tempo

1 tempo

COMPASSO COMPOSTO
Os compassos compostos so representados por unidade de tempo expressas
por meio de uma figura pontuada. As fraes indicativas desses compassos tm como
numerados 6, 9 e 12. No compasso composto, diferentemente do simples, o numera32

Merchede

dor no indica a quantidade de figuras que representam o tempo. Ele indica a quantidade de teros do tempo. Vejamos o que isso quer dizer.
Tomemos como exemplo o compasso 6/4 a seguir, que pode ser preenchido por
6 semnimas ou 2 mnimas pontuadas:

ou

Embora ambas as formas estejam corretas, no entanto, como se trata de um


compasso composto, a unidade de tempo no a figura simples (semnima), mas a
pontuada ( a mnima pontuada). Observe que a quantidade de figuras pontuadas (duas) igual ao numerador da frao dividido por 3 (2 = 6: 3).
No compasso composto o numerador, portanto, indica a quantidade de teros
que entram em cada compasso. Para achar essa quantidade de teros, ou seja, a
quantidade de tempos representados por figuras pontuadas, divide-se o numerador
por 3, como foi mostrado.
6
4

3 =

Compasso binrio

9
8

3 = 3

Compasso ternrio

12 :
4

3 = 4

Compasso quaternrio

E qual a figura pontuada que ir preencher cada tempo? s dividir o denominador por 2. Assim, por exemplo, no compasso 6/8, a figura ser a semnima (4),pois
8:2 = 4. Voltando o exemplo anterior, calculemos:
6
4

3 =
2 =

2
2

Compasso binrio
Mnima (unidade de tempo pontuada)

Portanto, a frao 6/4 indica um compasso que deve ser preenchido por duas
unidades de tempo iguais mnima pontuada:

O compasso composto 12/8 um compasso quaternrio (12: 3 = 4) cuja unidade


de tempo a semnima pontuada ( 8 : 2 = 4)

QUADRO DE COMPASSOS COMPOSTOS


33

Merchede

Compassos Binrios
Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
compasso (UC)

Compassos Ternrios

Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
som(UC) *

* Unidade de som e no unidade


de compasso, porque inexiste figura nica que preencha o compasso

Compassos Quaternrios

Unidade de
tempo (UT)

Unidade de
compasso (UC)

34

Merchede

Os compassos compostos so marcados de forma idntica aos simples, podendo


se subdividir cada tempo em 3 movimentos:
Os compassos compostos so marcados de forma idntica aos simples, podendo, ser facilitada marcando-se tambm os teros de tempo (PRIOLLI; 1978a, p.98)
Compasso binrio

Compasso ternrio

2 tempo

Compasso quaternrio

3 tempo

4 te mpo
3 tempo

2 tempo
1 tempo

1 tempo

2 tempo

1 tempo

COMPASSOS CORRESPONDENTES - Exemplos


Pelo que foi mostrado, temos, por exemplo, o compasso binrio simples, representado pela frao 2/4, em que a unidade de tempo a

e temos o compasso

Essa correspondncia estabelecida multiplicando ou dividindo o numerador por 3 e o denominador por


2. Seguem exemplos de transformao de compasso simples em composto e viceversa.
Partindo do compasso simples para chegar ao composto
Compasso
Simples

Unidade
de tempo

Multiplicao por 3/2

Compasso composto correspondente

9
8

3
4
2
8
4
2

3
2
3
2
3
2

Unidade
de tempo

6
16
12
4

Partindo do compasso composto para chegar ao simples


Compasso
Simples
9
8

Unidade
de tempo

Compasso composto correspondente

Multiplicao por 3/2

6
16

9
8
6
16

12
4

12
4

Unidade
de tempo

3
2
3
2

3
2

11.2. GRUPOS ALTERADOS (QUILTERAS)

35

Merchede

Quilteras so grupos de figuras que aparecem em maior ou em menor nmero


do que deviam, com relao unidade de tempo ou de compasso estabelecidas no
signo de compasso. Sobre os valores alterados coloca-se, para destac-los, um nmero indicando a quantidade de figuras sob um arco, sob uma chave ou somente o nmero. Por exemplo:

Observe que, em vez de duas colcheias necessrias para preencher o compasso,


h trs, que esto indicadas pelo correspondente nmero representativo da quantidade
de figuras. Isto quer dizer, no caso do exemplo, que devero ser executadas trs notas
no mesmo espao de tempo em que seriam executadas duas.
As quilteras podem ser aumentativas e diminutivas. Aumentativas, quando aparece nota a mais do que deveria; diminutiva, quando aparece nota a menos. Por
exemplo:
Situao normal

Situao alterada por


quiltera aumentativa

Situao normal

Situao alterada por


quiltera diminutiva

Note que, no caso da quiltera diminutiva, devero ser executadas duas notas no
mesmo espao de tempo em que seriam executadas trs.
Outro exemplo de quiltera diminutiva:.

36

Merchede

11.3. ANDAMENTO
Andamento o grau de velocidade da execuo musical, ou seja, o movimento
rpido ou lento dos sons. expresso por palavras, em geral em italiano, colocadas no
inicio do trecho nusical. A velocidade exata por minuto determinada por meio do uso
de um aparelho de medio chamado metrnomo, sobre o qual ser mais adiante
abordado. Tambm podem ser empregados softwares desenvolvidos para a operar
com msica.
Os andamentos so classificados em trs grupos: lentos, moderados e rpidos.
1 - LENTOS:
- Grave
- Largo
- Lento
-Adgio
- Larghetto
2 - MODERADOS:
- Moderado
- Andante
- Andantino
- Allegretto
3 - RPIDOS
- Allegro
- Vivace
- Vivo
- Presto
- Prestssimo
Essas expresses s vezes aparecem seguidas de outros termos (tambm italianos), que as modifica ou esclarece, tais como: assai (bastante); molto (muito), piu
(mais), meno (menos), animato (animado), non troppo ( no muito).
No decorrer da execuo os movimentos podem ser momentaneamente modificados. Essas modificaes so expressas pelas palavras:
1. Para apressar o andamento:
Accellerando .........................accel.
Afretando ...............................affret.
Stretto......................................stret
Stringendo...............................string.
Incalzando...............................incalz.
Animando...............................ani.
2. Para retardar o andamento:
Allargando ..............................allarg.
Rallentando............................ rall.
Ritenuto...................................rit.
Ritardando...............................ritard.
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Merchede

So utilizados ainda outros termos, com os seguintes significados:


vontade
Ad libitum
A Piacere
Comodamente

andamento vontade do executante

Rubato - indica inexatido de movimento, caracterizado pela alternncia entre


apressado e vagaroso. Andamento vontade do executante;
A tempo - para retornar ao andamento anterior;
Come prima - como no comeo;
Vuota - pausa geral;
Attacca subito - continua sem interrupo;
Tenendo ou tenuto - a nota deve ser bem sustentada
Tempo primo
1 tempo
In tempo

volta ao 1 andamento

11.4. METRNOMO
METRNOMO ( do grego metron= medidor e nomos= lei) o aparelho que permite determinar matematicamente o andamento da msica. Geralmente, tem a forma
de uma pirmide e contm em sua base um mecanismo que faz oscilar um pndulo.
Essa oscilao graduvel, podendo aumentar ou diminuir de velocidade. Para medir
a quantidade de oscilaes por minuto o aparelho dotado de uma escala graduada.
O metrnomo foi inventado por Winkel e mais tarde aperfeioado por Melzel (1816),
da a freqente citao M.M. ( Metrnomo Melzel).
A indicao quantitativa da velocidade vem colocada no incio da pea musical e,
s vezes, no seu decorrer. feita da seguinte maneira:
= 120 indica que a pea deve ser executada com a velocidade de 120 semnimas por minuto. O metrnomo, portanto, deve ser ajustado para essa velocidade, de modo que a cada oscilao do pndulo seja executada uma semnima.
Neste caso, com base na proporcionalidade entre as figuras, a mnima ( ) dever corresponder a duas oscilaes, pois dura o dobro da semnima. Quanto s
colcheias, devem ser executadas duas, a cada oscilao, j que a colcheia dura a
metade da semnima. E assim por diante.
O andamento allegro, por exemplo, vai de 132 a 138 oscilaes por minuto. A
quantidade de oscilaes correspondentes a cada uma das expresses indicativas do
andamento est exposta no Apndice n 2.De acordo com os trs grupos os andamentos podem ser assim expressos:
- Lentos - de mais ou menos 40 tempos por minuto a 72;
- Moderados - de mais ou menos 72 tempos por minuto a 120; e
- Rpidos - de mais ou menos 120 tempos por minuto a 208.
Tratamento mais detalhado sobre o uso do metrnomo ser dispensado
mais adiante, na parte prtica.
38
Merchede

12. TOM E SEMITOM


SEMITOM o menor intervalo entre dois sons sucessivos, usado na msica ocidental. Diz-se que o semitom o menor intervalo de som perceptvel ao ouvido
humano.
TOM o intervalo entre dois sons sucessivos formado por dois semitons. Representa, portanto, a "soma" de dois semitons.
Essas distncias de tom e semitom, na escala natural so as seguintes. Entre as
notas MI e F e entre as notas SI e DO a distncia de um semitom (conforme mostram as setas a seguir). As demais notas sucessivas guardam entre si distncia de um
tom, conforme mostra o grfico abaixo

DO

1 tom

RE

1 tom

MI

1 semitom

FA

1 tom

39

SOL

1 tom

LA 1 tom SI

1 semitom

DO

Merchede

13. SINAIS DE ALTERAO


Mesmo sem mudarem de nome, as notas podem sofrer alteraes ascendentes ou descendentes, tornando-se, assim, mais agudas ou mais graves.
Essas alteraes, que podem ser de tom ou de semitom, so indicadas pelos sinais de alterao ou acidentes. So cinco os sinais de alterao, cujas funes so
as seguintes:
(sustenido) - eleva um semitom;
(sustenido) - eleva dois semitom;
(bemol) - abaixa um semitom;
(dobrado bemol) - abaixa dois semitons e
(bequadro) - anula qualquer dos quatro acidentes anteriores, fazendo a nota voltar altura primitiva.
Exemplos: o FA# representa a elevao da nota FA em um semitom, tornandoa, portanto, mais aguda; O LAb representa o abaixamento da nota LA em um semitom, tornando-a mais grave.
Utilizando as alteraes ascendentes e descendentes de semitom (# e b) na escala natural, pode-se observar que as suas notas musicais compreendem intervalos
de doze semitons, conforme mostrado no Captulo 31 Escalas cromtica e diatnica

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Merchede

14. FERMATA OU SUSPENSO - LINHA DE OITAVA


14.1. FERMATA
Fermata um sinal constitudo por uma curva com um ponto (
ou
colocado acima ou abaixo de uma nota prolonga sua durao mais tempo do que o
valor estabelecido . A fermata, portanto, no tem durao determinada, depende da
interpretao do executante ou do regente.
Pode-se indicar a maior ou menor sustentao do som assinalando mediante
anotao das as palavras curta ou longa. Exemplo:
curta

longa
Suspenso o sinal de fermata colocado sobre uma pausa. Exemplo:

14.2. LINHA DE OITAVA


A linha de 8 serve para evitar que se escrevam linhas complementares. colocada acima ou abaixo da pauta, para indicar que a nota ou grupo de notas por ela
abrangidos deve ser executado uma oitava acima ou abaixo do que est escrito. Para
indicar a abrangncia da linha de 8, colocada na ltima nota a ser oitavada uma
linha vertical, ou ento, a expresso in loco. Por exemplo:
Em cima:

Como se escreve:

Como deve ser executado

Em baixo:
Como se escreve:

Como deve ser executado :

41

Merchede

15. SINAIS DE ARTICULAO - LEGATO e STACCATO


Articulao a maneira de atacar os sons, refere-se sua emisso e encadeamento. So sinais de articulao o legato e o staccato.
O legato (palavra italiana que significa ligado) indica que se deve passar de um
som para o seguinte sem interrupo alguma, pronunciando (ou executando) a nota
em toda a sua durao. indicado pela ligadura, que uma linha curva colocada acima ou abaixo das notas abrangidas ou pela grafia da palavra legato. Exemplo:

O staccato (palavra tambm italiana que significa destacado) indica que as notas devem ser executadas destacadamente, isto , separadamente. H 3 espcies de
staccatoempregados com mais freqncia: o simples; o brando ; e o seco ou martelado.
a) O staccatosimples representado por um ponto colocado em cima ou embaixo das notas e retira-lhes a metade do valor. Exemplo:
Como escrito:

Como deve ser executado:

b) O staccato brando ou meio-staccato (chamado tambm de destacado doce


ou portato) , alm do ponto contm uma ligadura. Retira da nota apenas um quarto do
seu valor, ou seja, cada nota executada de forma um pouco mais longa do que o
staccatto simples, embora ainda com sua durao incompleta. Exemplo:
Como escrito:

Como deve ser executado:

c) O staccato seco ou martelado indicado por um ponto prolongado que retira


trs quartos do valor da nota, ou seja, a nota dura apenas um quarto do seu valor normal. Por exemplo:
Como escrito:

Como deve ser executado:

O ponto indicativo do staccato chamado ponto de diminuio, porque retira da


nota parte do seu valor.
O trao horizontal colocado acima ou abaixo da nota indica que ela deve ser sustentada com maior intensidade. Exemplo:

42

Merchede

16. SINAIS DE REPETIO: DA CAPO, RITORNELLO, etc


Para evitar o trabalho de se escrever diversas vezes o mesmo trecho, utilizam-se
sinais de repetio, de modo a permitir que o trecho, escrito uma s vez, seja executado repetidamente. Os principais sinais utilizados para se repetir um trecho ou parte
dele so: a expresso Da capo ou DC; o sinal ritornello; as expresses 1 vez e
2 vez; o sinal

ou a expresso al segno e o

sinal

O da capo expresso italiana que significa da cabea, do incio colocado no fim do trecho ou parte dele para indicar que se deve voltar ao incio. Pode ser
indicada abreviadamente D.C. s vezes vem seguido do sinal
ou da expresso al
segno. Neste caso, o da capo al segno indica que se deve voltar ao incio e continuar
at o lugar onde se encontra o sinal
pulando, em seguida, para onde o compositor indicar, normalmente a Coda ou onde estiver a palavra fim.
O sinal ritornello consiste em duas barras ou barra dupla com dois pontos e
indica que ao chegar nele deve-se repetir o trecho desde o incio ou desde o ponto em
que se encontra outro sinal de ritornello em posio contrria, conforme mostram as
ilustraes sucintas a seguir.

Ritornello: repetir desde o incio

Ritornello: repetir somente os dois


compassos indicados
As expresses 1 vez e 2 vez so utilizadas quando, ao se executar um trecho pela 2 vez, o final difere do que foi executado na 1 vez. Observe o exemplo a
seguir:
Como escrito:

Deve ser executado na ordem em que se l a frase: Pedro foi apstolo de Cristo.
Joo foi tambm.
O sinal
(tambm chamado sinal de volta, sinal de salto ou sinal de pulo) colocado onde h uma barra dupla ou travesso dobrado e utilizado quase sempre em
combinao com o da capo. Serve para indicar o saldo ou pulo para o lugar onde se
acha outro sinal igual. Exemplo:
Como se escreve:

Deve ser executado na ordem em que se l a frase: O sinal de salto indica um


pulo para o outro sinal igual
43
Merchede

17. ABREVIATURA
Para economizar tempo e evitar as inmeras repeties, principalmente no caso
da msica manuscrita, foram criados os sinais de abreviatura que representam repetio de idias ou processos grficos musicais, como repetio de notas, de grupos de
notas, compassos e compassos em silncio. Alguns autores incluem entre eles a linha
de oitava, os sinais de repetio, a forma alternativa de exprimir os compassos (em
vez da frao ordinria), quais
guintes sinais de abreviatura:

sejam

, 4,

etc. Sero aqui tratados os se-

a) abreviatura de compasso, que representada por duas linhas inclinadas com


dois pontos e indica a repetio do compasso anterior. Quando a repetio ocorre muitas vezes costuma-se numer-los, para facilitar a execuo. Por exemplo:

Como escrito:
Como deve ser executado:

Como escrito :

ou assim :

Como deve ser executado:


b) A abreviatura de compasso de silncio, que representada por um trao na
forma a seguir mostrada e com nmero indicando a quantidade de compassos de silncio (compassos de espera) :
Como escrito:
Como deve ser executado:
c) O compasso vuoto ou compasso vago, que indicado pela expresso
vouto, colocada acima ou abaixo da figura de pausa. Usa-se tambm uma fermata,
acompanhada da referida expresso. Por exemplo:
ou

d) abreviatura de notas ou de movimentos, em que se utiliza um, dois, trs,


etc. traos oblquos. Por exemplo:
44

Merchede

Como escrito:
Como deve ser executado:

Como escrito:

Como deve ser executado:

Como escrito:
Como deve ser executado:
e) A abreviatura representada por pequeno (s) trao (s) sob a nota ou cortando a haste. Indica que a nota deve ser repetida para completar o compasso com
figuras cuja quantidade de colchetes corresponde ao nmero traos, ou seja, se for um
trao a colcheia; dois traos a semicolcheia, e assim por diante.
Como escrito:

Como deve ser executado:

Como escrito:
Como deve ser executado:

e) Abreviatura em que se empregam pontinhos ou nmeros, que servem para


indicar a quantidade de notas a serem repetidas:
.
Como escrito:

Como deve ser executado:

45

Merchede

f) A abreviatura por meio da expresso simile, que indica repetio do movimento. Por exemplo:
Como escrito:

Como deve ser executado:

Como escrito:

Como deve ser executado:

Na abreviatura de qulteras coloca-se sobre a figura a indicao do nmero de


vezes que ela deve ser repetida:

18. SINAIS DE INTENSIDADE


Sinais de intensidade expressam a dinmica da msica, seu colorido, compreendendo os sons fortes e fracos. Quase sempre a intensidade indicada por palavras
italianas, s vezes abreviadas, e por sinais grficos, como por exemplo:
Por palavras:
Piano (p) - suave
Mezzo piano (mp) meio suave
Pianssimo (pp) suavssimo
Forte (f ) Forte
Mezzo forte (mf) Meio forte
Morendo Desaparecendo o som
Smorzando (smorz.) Extinguindo o som
Diminuendo (dim) - Decrescendo o som
Rinforando (rinf.) reforando o som
Crescendo (cresc.)
Por sinais grficos
O crescendo pode ser indicado pelo sinal

e o diminuendo pelo si-

nal
Para acentuar-se o som de determinada nota coloca-se, sobre ela, o sinal
ou .
46

Merchede

19. VOZES
Voz o som produzido pelas vibraes das cordas vocais. O rgo vocal funciona como um instrumento de sopro mecnico, em que os pulmes e a traquia representam o fole.
Na respirao ocorre a entrada de ar para os pulmes, enchendo-os. No movimento respiratrio entram tambm em ao o diafragma e o peito com toda sua musculatura. Na expirao, ocorre a sada de ar dos pulmes ( do fole). Esse ar empurrado para fora, atravessando a laringe, onde se situam duas pregas cartilaginosas
chamadas cordas vocais. Nessa passagem que, ao comando do crebro, ocorrem
as vibraes das cordas, produzindo o som. Entram tambm os rgos de articulao
da linguagem, como a faringe, os lbios, os dentes, o vu palatino e as fossas nasais
cavidades orais e nasais que constituem a caixa de ressonncia superior e o peito,
que a caixa de ressonncia inferior. Essas caixas de ressonncia formam o timbre,
que a qualidade que caracteriza cada voz. pelo timbre que se pode distinguir a voz
de uma pessoa no meio de outras.
O conjunto de sons (do mais grave ao mais agudo) que um cantor pode emitir
sem esforo chamado extenso. Normalmente uma pessoa tem a extenso de 13 ou
14 tons.
Tessitura ou registro o conjunto de sons que mais convm a uma voz. a parte
central da extenso em que o cantor consegue, sem muito esforo, o mximo de efeito.
As vozes humanas so divididas em trs categorias: infantis (ou brancas); femininas e masculinas (ambas, vozes adultas).
As vozes infantis (ou brancas) podem ser:
Femininas

- Sopranino

Masculinas

- Contraltino

-Tenorino
- Contraltino

As vozes adultas (femininas e masculinas) subdividem-se em:


Femininas

- Soprano
-Meio-soprano
-Contralto

Masculinas

-Tenor
-Bartono
-Baixo

Diapaso a altura da voz na escala musical. O diapaso pode ser grave, mdio
e agudo.
Grave
- contralto
- baixo

Mdio
- meio-soprano
- bartono

Agudo
- soprano
- tenor

Esses pares so chamados vozes correspondentes. A distncia entre cada voz e


sua correspondente de uma oitava. Ou seja, a distncia entre o contralto e o baixo,
entre o meio-soprano e o bartono e entre o soprano e tenor de uma oitava.
Quarteto vocal o conjunto de 4 vozes cantando a um s tempo. O quarteto pode
ser formado por vozes iguais: s femininas ou s masculinas. Pode tambm ser quar47

Merchede

teto misto, constitudo por vozes masculinas e femininas, ao mesmo tempo. O quarteto
vocal clssico composto por soprano, contralto, tenor e baixo.
Na escrita musical moderna, de um modo geral, so utilizadas apenas duas claves para todas as vozes: a de sol, para as vozes femininas; e a de f na quarta linha,
para as vozes masculinas. Em algumas peas a parte do tenor escrita na clave de
sol e cantada uma oitava abaixo.
Os limites dos registros vocais no so absolutos. Dependem de cada pessoa.
Algumas vozes normalmente desenvolvidas pelo estudo de canto, so capazes de ultrapassar o limite tido como normal. So as vozes solistas. A caracterizao de cada
uma dessas vozes, bem como a ilustrao de sua tessitura encontra-se adiante expostas.
Soprano
- ligeiro
- lrico
- dramtico

Tenor
- ligeiro
- lrico
- dramtico

Bartono
- brilhante
- dramtico

Baixo2
- cantante
- profundo

O Apndice .n 3 mostra a escala geral da extenso das vozes, desde a masculina mais grave at a feminina mais aguda, abrangendo trs oitavas e meia. Observe
que a distncia entre cada voz consecutiva (baixo e bartono, por exemplo) de dois
tons ou de um tom e meio.
A seguir esto expostas as tessitura de cada uma das vozes de acordo ELLMERICH (1977; p.197-198):
TIMBRE

CARACTERSTICA

Soprano ligeiro
(do italiano: sopra =
por cima; linha do
canto superior)

Voz agudssima; timbre fraco, porm de grande agilidade. Ex.: Rosinano Barbeiro de Sevilha.

Soprano lrico

Voz mais forte; timbre doce.


Ex.: Butterfly da Madame
Butterfly.

Soprano dramtico

Voz forte; timbre metlico.


Ex.: Tosca da pera do
mesmo nome.

Meio-soprano

Voz intermediria entre o


agudo e o grave. Ex.: Carmen da pera do mesmo
nome.

Contralto

Voz feminina mais grave;


timbre escuro.Ex.: Azucena
de II Trovatore.

TESSITURA

H autores p.ex. CARDOSOe MASCARENHAS(1974;p.97) que incluem entre o cantante e o profundo


a classificao baixo cmico
48

Merchede

Tenor ligeiro
(do italiano: tenere =
sustentar o canto
firme)

Voz pouco forte; alcana notas agudas. Ex.: Almaviva,


no Barbeiro de Sevilha.

Tenor lrico

Voz mais forte; timbre suave.


Ex.: Rodolfo, em
La
Bome.

Tenor dramtico

( soa 1 oitava abaixo)

( soa 1 oitava abaixo)

Voz forte; timbre metlico.


Ex.: Turiddu, em Cavalleria Rusticana.
( soa 1 oitava abaixo)

Bartono Lrico
( do grego baris e do
latim tonus = voz intermediria)

Voz intermediria entre o


agudo e grave. Ex.: Escamillo, na Carmen.

Bartono dramtico

Voz mais forte e timbre metlico. Ex.: Rigoletto, da pera


do mesmo nome.

Baixo cantante

Voz grave, timbre suave. Ex.:


Salvador Rosa, da pera do
mesmo nome.

Baixo profundo

Voz bem grave e mais forte


que a anterior. Ex.: Zarastro, de Flauta Mgica

49

Merchede

PARTE II - PRTICA DE RITMO

20. MOVIMENTOS RTMICOS


Nos exerccios de treinamento rtmicos aqui apresentados, os movimentos de
marcao podem ser feitos batendo-se com a mo sobre a carteira ou sobre a mesa
ou batendo os ps no cho de forma alternada (p direito - p esquerdo - p direito p esquerdo) tanto sentado como em p. Pode-se tambm marcar o ritmo andando
em passos regulares.
A trajetria da batida da mo, para marcao do ritmo, pode ser representada
na forma do grfico a seguir. Observe o percurso do movimento da mo indicado pela
linha pontilhada, no sentido das setas. A mo desce; toca na superfcie da carteira,
que indicada pela linha horizontal. Depois, conforme mostram as setas, a mo sobe
novamente. Esse movimento repetido de maneira uniforme e rtmica, conforme mostra a outra figura.

superfcie
toca
O grfico a seguir mostra a repetio do movimento de tocar na superfcie, para
marcao do ritmo. Esto representadas, como se v, quatro toques ou batidas. Convm alertar para o fato de que, embora parea que as batidas esto se movimentando horizontalmente, na verdade elas ocorrem sempre no mesmo lugar. O movimento
to somente vertical, ou seja, a mo sobe e desce, tocando superfcie em um mesmo
lugar. A apresentao, no grfico a seguir, feita de forma horizontal para facilitar a
visualizao.

1 batida

2batida

3 batida

4 batida

Outra forma de representao dessas quatro batidas seria a seguinte, onde o


contato da seta com a linha pontilhada representa o momento da batida
1
batida

2
batida

3
batida

4
batida

superfcie

50

Merchede

Pode-se, no lugar da seta, simplesmente representar cada movimento por um


trao, da seguinte maneira:

1
batida

2
batida

3
batida

4
batida

Exerccio n 1
Marcar 12 batidas rtmicas, na forma indicada, ou seja, batendo com a mo sobre a carteira, sobre a mesa ou sobre a perna ou ento, marcar com os ps, parado ou
andando, mas sempre em intervalos iguais. Repetir diversas vezes, at acostumar-se
com a regularidade dos movimentos.

10 11 12

21. MOVIMENTOS COMBINADOS COM EMISSO DE SOM

Exerccio n 2
Agora vamos introduzir, junto com a batida, a emisso de um som, conforme
mostra o grfico a seguir, onde a linha horizontal representa o som. Por ser contnua,
ela indica emisso ininterrupta do som, que pode ser um assobio, ou a pronncia de
qualquer vogal: aaaaaa...; iiiiiii.....: uuuuu.... , etc. Procurar manter sempre a
mesma altura do som.
som
batida
Exerccios n 3
As batidas continuam sendo feitas uniformemente, como nos exerccios anteriores. O som, no entanto dever ser emitido apenas durante as batidas unidas por trao.
Observe que a durao do som representada pelos espaos entre os traos.
a) O som dura desde a primeira batida at antes da segunda, ou seja, a segunda
batida feita em silncio. E a terceira tambm. Observe-se que o som dura apenas
um espao.

1
batida

2
batida

3
batida

51

Merchede

b) O som dura dois espaos, vai desde a segunda batida at antes da quarta, ou
seja, a quarta batida feita em silncio. E a quinta tambm

c) O som dura trs espaos, vai desde a primeira batida at antes da quarta e
depois dura mais dois espaos, indo desde a stima batida at antes da nona

Nos exemplos seguintes continuar procedendo da mesma maneira:


d)
1

9 10 11 12

e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)

m)
n)
o)

52

Merchede

22. USO DE FIGURAS DE SOM


Passemos a representar as batidas e o som por figuras, em vez de traos. Antes,
recordemos a proporcionalidade entre a durao das figuras de som.
Significa que o tempo utilizado para se pronunciar uma semibreve ( ) daria para proA igualdade

nunciar duas mnimas(


). Em outras
palavras, a semibreve dura mais que a mnima, o dobro dela.

Essa proporcionalidade ocorre, conforme j foi estudado, com relao s


outras figuras. Por exemplo:

De acordo com essa proporcionalidade, o nmero de batidas correspondentes a


cada figura passa a ser o seguinte:
=

Durao = 1 batida

Durao = 2 batidas

Durao = 4 batidas

Obedecendo a essa mesma proporcionalidade, a colcheia corresponde a meia


batida, ou seja, em cada batida so executadas duas colcheias:
+

Durao = 1 batida

Da mesma maneira, cada batida corresponde a quatro semicolcheias, pois em


cada batida so executadas quadro semicolcheia, assim:
+

Durao = 1 batida

Vamos representar por figuras o seguinte exemplo:


I

Observe-se que o som emitido durante quatro batidas (trs espaos); a seguir,
interrompido durante uma batida e volta a ser emitido durante mais uma batida (sexta). Como visto, as trs ltimas batidas no so acompanhadas do som. Para representar por figuras, utilizaremos duas fileiras de figuras, a de cima para o som e a de
baixo para as batidas temos:
53

Merchede

2 3

5 6

batidas

Exerccios n 4
A exemplo dos exerccios anteriores, agora pratiquemos as batidas e a emisso
de som utilizando as figuras, conforme segue:

a)

b)

c)

d)

e)

f)

54

Merchede

23. USO DE FIGURAS DE SILNCIO (PAUSAS)


Em vez de deixar em branco os espaos que indicam a ausncia de som, vamos
represent-los pelas respectivas pausas. Lembrando o que foi estudado sobre pausas, temos, para as trs figuras aqui utilizadas:
A pausa
A pausa
A pausa

, escrita sob a quarta linha da pauta, equivale


, escrita acima da terceira linha da pauta, equivale
equivale

Exerccios n 5
Nos exerccios seguintes, as batidas continuam sendo feitas uniformemente,
como nos anteriores. O som, no entanto, dever ser emitido apenas onde h figuras de
som e obedecendo sua durao. As pausas, no entanto, em vez de estarem representadas apenas por espaos em branco, esto simbolizadas pelas figuras respectivas.

a)

b)

c)

d)

e)

f)

55

Merchede

24. USO DE FIGURAS PONTUADAS


Conforme foi estudado em captulo anterior, o ponto colocado direita da nota
serve para aumentar seu valor. por isso que chamado de ponto de aumento. Ele
aumenta a nota na metade do seu valor. O diagrama abaixo mostra como isso ocorre:
Ento,

.
metade de

como metade de

, ento:

durao: 6 batidas
Do mesmo modo,
durao: 3 batidas
Esse mesmo efeito existe sobre as pausas. Por exemplo:
=

Exerccio n 6
Continuar marcando o ritmo, com batidas regulares, conforme mostra a segunda
fileira de notas Quanto ao som, ser emitido de acordo com as figuras da primeira fileira, obedecendo sua durao, tanto no caso das figuras de som, como nas pausas.

a)

b)

c)

56

Merchede

d)

e)

57

Merchede

25. USO DE FIGURAS DE VALORES MENORES


Lembrando a proporcionalidade entre os valores, temos:

1 batida

1 batida

Duas ou mais figuras com cauda podem ser unidas por traos, da seguinte maneira:

Exerccio n 7
O exerccio a seguir representa a emisso do som por figuras de valor menor do
que as figuras da batida. Como se observa, a cada batida deve ser pronunciado mais
de um som. Podemos utilizar qualquer monosslabo, por exemplo l.

Observe que, para a primeira batida, fazem-se duas emisses de som (l-l);
para a segunda, igualmente. A terceira batida corresponde a apenas um l.
Para exercitar com essas figuras de valores menores, conforme o exerccio precedente, interessante recorrer ao diagrama utilizado no incio do Captulo 20MOVIMENTOS RTMICOS, que representa os movimentos da batida sobre uma superfcie. Utilizando o mesmo diagrama pode-se facilitar o treinamento, da seguinte maneira: o primeiro l corresponde primeira batida. pronunciado junto com a batida; o
segundo l deve ser pronunciado por ocasio do levantamento da mo, quando ela
chega ao seu ponto mais alto. O terceiro l, j coincide com a segunda batida. O
quarto l, da mesma forma que o segundo, pronunciado quando do levantamento
da mo. O quinto e ltimo, j demora o dobro dos anteriores, pois tem a mesma durao da batida. Esses procedimentos esto representados no diagrama a seguir:
2 l

1 l

3 l

4 l

5 l

58

Merchede

Exerccio n 8

No caso do uso da semicolcheia, cada batida equivale a quatro figuras de som,


por exemplo:

Observe que a cada batida nas duas primeiras pronunciam-se quatro monosslabos l, ou seja, l-l-l-l. Para facilitar a execuo do exerccio pode-se adotar
o seguinte procedimento, adiante representado graficamente:
- O 1 l pronunciado por ocasio da 1 batida;
- O 2 l, quando a mo estiver subindo, no meio do percurso da subida;
- O 3 l, quando a mo atinge o ponto mximo da subida;
- O 4 l, quando a mo estiver descendo, no meio do percurso da descida;
3 l

2 l

7 l

4 l 6 l 8 l

1 l

5 l

9 l

Outros exerccios, inclusive com o uso de pausas. Lembrar, antes, as seguintes


equivalncias das figuras de silncio (ou pausas):

a.1) Notao:

a.2) Esquema de marcao:


1 l

silncio

silncio

59

2 l

3 l

silncio

Merchede

b.1) Notao:

b.2) Esquema de marcao:


2 l

5 l

3 l

1 l

c.1) Notao:

8 l

6 l

4 l

7 l

c.2) Esquema de marcao:


4 l

8 l

2 l

1 l

d.1) Notao:

6 l

3 l

5 l

7 l

d.2) Esquema de marcao:


2 l

1 l

silncio

60

3 l

silncio

4 l

6 l

8 l

5 l 7 l

silncio

silncio

Merchede

e.1) Notao:

e.2) Esquema de marcao:


silncio

1 l

silncio

2 l

silncio

6 l

3 l 4 l

silncio

5 l

Exerccio n 9
Executar os exerccios a seguir, de acordo com o que foi orientado. Iniciar lentamente os movimentos, e ir aos poucos aumentando a velocidade, medida que for
adquirindo maior segurana:

a)

b)

c)

d)

e)

61

Merchede

26. USO DA BARRA DE DIVISO, FRMULA DE COMPASSO E BARRA DUPLA


FINAL
Lembrando o que foi estudado sobre compasso, a msica escrita em grupos de
figuras separadas por traos verticais, que so as barras de diviso, assim representadas: | | |
A barra dupla

serve para indicar o final da msica.

Cada grupo de notas situado entre duas barras chamado compasso, conforme
foi estudado na seo 11.1 COMPASSO E TEMPO. A quantidade de figuras que vai
preencher cada compasso, bem como o tipo de figura, so indicados por uma frao
ordinria colocada no incio da pauta; a frmula do compasso, cujo numerador representa a quantidade de batidas, ou seja, a quantidade de tempos e o denominador
mostra a figura que vai representar cada um desses tempos. No denominador pode
aparecer uma figura ou um nmero que a ela corresponda. Por exemplo:
2
4

cada compasso preenchido por duas batidas, dois tempos


cada batida tem a durao da figura n 4, que a semnima, conforme mostrado adiante

Essa frao tambm pode ser representada por:


De acordo com o que j foi estudado sobre compassos Captulo 11 COMPASSO ANDAMENTO - METRNOMO, as figuras so representadas nos denominadores pelos seguintes nmeros:

etc
Conforme foi estudado,
O compasso encabeado pela frmula

, pode ser preenchido por

2 semnimas ou por figuras cuja soma dos valores seja igual a duas semnimas, como
por exemplo:

62

Merchede

Exerccio n 10
Executar os exerccios a seguir, marcando as batidas com regularidade, e emitindo o som obedecendo durao das figuras de som e de silncio.

a)

b)

c)

d)

e)

f)

g)

63

Merchede

h)

h)

64

Merchede

27. MARCAO RTMICA COMBINADA COM TEXTO ( COM A LETRA DA MSICA)


Exerccio n 11
No lugar da segunda fileira de notas, sero utilizados traos para indicar os tempos (as batidas). O travesso duplo, ou travesso final omitido nos exemplos em que
no sejam apresentados versos finais da peas.
De incio, devem-se identificar as notas que correspondem ao momento exato de
cada batida. Alis, esse deve ser o primeiro passo para a marcao consciente do ritmo. No caso das notas de maiores valores, essa identificao bastante fcil, o que
no ocorre com as notas de valores menores, em que mais de uma nota deve ser pronunciada a cada batida.
a)

(3)
Partitura original da ANTFONA (parcial)

b)
(4)
Esquema de marcao do primeiros compassos:
Ma

ve

ri ------

gra

ti

ple ----

na

c)

Primeiro hino (Antfona) do hinrio Cantor Cristo.SUPERINTENDNCIA DE EDUCAO RELIGIOSA (1994; hino 1)
) Verso de Ave Maria, de Bonaventura Somma
65

Merchede

(5)

d)

(6)
Esquema de marcao do primeiros compassos:
Lembrar que
ci

ram

Ou

vi

do I

pi

ga as

ran

gens

mar

pl ------------

das

e)

) Versos de Nesta Rua, folclore brasileiro. Observar que se trata de anacruse,em que as notas
iniciais (antes da primeira barra) completam-se, com as do ltimo compasso, para satisfazer o
valor da frmula.
) Versos do Hino Nacional Brasileiro, de Letra de Osrio Duque Estrada e msica de Francisco
Manoel da Silva
66

Merchede

(7)
Lembrar que a unidade de tempo (a batida) a colcheia (

f)
(8)
Esquema de marcao (dos 16 tempos):
le

a!

le

a!

a!
le

lui

lui

a!

lui

le

lui

lui

le

a!

( ) Versos de Noite Feliz, msica tradicional do Natal.


8
( ) Aleluia de Hndel (do 4 ao 7 compassos do soprano)

67

Merchede

APNDICES
APNDICE N 1
POSIO COMPARATIVA DAS CLAVES COM RELAO ALTURA DAS NOTAS

Clave de sol

Nota DO (central)

Clave de fa
na 4 linha

Clave de FA na 3 linha

Clave de sol
Clave de DO na 1 linha
Clave de fa
na 4 linha

Clave de sol
Clave de DO na 2 linha
Clave de fa
na 4 linha

Clave de sol
Clave de DO na 3 linha
Clave de fa
na 4 linha

Clave de sol
Clave de DO na 4 linha
Clave de fa
na 4 linha

Observe que o DO central (abaixo da clave de SOL e acima da clave de FA) a


nota em que a clave de DO na terceira linha est assinada. Dessa forma, primeira linha
da referida clave de DO corresponde linha da nota FA, onde est assinada a clave
de FA. J a 5 linha da clave de DO corresponde 2 linha da clave de SOL, que indica a nota SOL.

68

Merchede

APNDICE N 2
MENSURAO MATEMTICA DO ANDAMENTO

TABELA 1 DE ANDAMENTOS9
Nmero de oscilaes (pulsaes)
Andamentos lentos (de 40 a 72)
Grave
40
Andamento

muito devagar, srio, pesado

Largo

44-48

muito vagaroso

Lento

50-54

devagar

Adgio

54-58

vagaroso, calmo

Larghetto

60-63

menos lento que o largo

Lentssimo, adagssimo, larghssimo


Andamentos mdios (de 72 a 210)

o mais devagar possvel

Andante

63-72

andamento pausado como de quem


passeia

Andantino

69-80

um pouco mais rpido que o andante

Sostenuto

76-84

Commodo

80

Maestoso

84-88

Moderato

88-92

Allegretto

104-108

Animato

120

Com moto
120
Andamentos rpidos (de 120 a 208)
Allegro
132

moderadamente
razoavelmente depressa; mais devagar
que allegro

depressa, rpido

Vivace

160

Vivo

160

Presto

184

muito depressa, veloz

Prestssimo

208

rapidssimo, o mais depressa possvel

Alegrssimo, vivacssimo

Observaes

vivo, ligeiro, com vivacidade

o mais depressa possvel

MD, Bohumil. Teoria da msica. 4 ed. Braslia: Musimed, 1996. p.189-190


69

Merchede

TABELA 2 DE ANDAMENTOS10
Do mais lento at o mais apressado
Andamento
Grave
Largo
Lento
Adgo
Larghetto
Andante
Andantino
Sostenuto
Comodo
Maestoso
Moderato
Allegretto
Animato
Allegro
Alegro assa
Allegro vivo
Vivace
Presto
Prestssimo

pulsaes
40 - 44
46 - 48
50 - 52
54 - 56
58 - 63
66 - 69
69 - 72
76 - 80
84 - 88
88 - 92
96 -104
106 - 116
120 - 126
132 - 138
138 - 144
152 - 160
160 - 176
184 - 200
200 - 208

10

FONTE: REPUBLICANO, Assis. Curso de Teoria Musical (Normal) - II vol. Rio de Janeiro: Wehrs, s/d.
p. 200-201
70

Merchede

APNDICE N 3
EXTENSO DAS VOZES E A INDICAO DE SUA POSIO NO TECLADO11

11

FONTE: CARDOSO, Belmira, MASCARENHAS, Mrio. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo - II
vol. 2.ed. So Paulo: Irmos Vitale, 1974b. p. 95.
71

Merchede

Bibliografia
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1975.
ARCHANJO, Samuel. Lies Elementares de Teoria Musical. So Paulo: Musiclia,
s/d.
CARDOSO, Belmira, MASCARENHAS, Mrio. Curso Completo de Teoria Musical e
Solfejo - I vol. 5.ed. So Paulo: Irmos Vitale, 1974a.
CARDOSO, Belmira, MASCARENHAS, Mrio. Curso Completo de Teoria Musical e
Solfejo - II vol. 2.ed. So Paulo: Irmos Vitale, 1974b.
CORREA, Srgio Ricardo S. Ouvinte Consciente - Arte Musical. So Paulo: Editora do
Brasil, s/d.
ELLMERICH, Luis. Histria da Msica. 4.ed. Trad.: Fermata. So Paulo: Fermata,
1977.
HINDEMITH, Paul. Treinamento Elementar para Msicos. SoPaulo: Ricordi, 1975.
MATHIAS, Nelson. Coral - Um canto apaixonante. Braslia: Musimed, 1986.
MD, Bohumil. Teoria da msica. 4 ed. Braslia: Musimed, 1996.
NOGUEIRA, Paulinho. Mtodo Paulinho Nogueura - Harmonia. 12 ed.So Paulo. Jornal Almanara, 1978.
PRIOLLI, Maria Lusa de Mattos. Princpios bsicos da Msica para a Juventude. I vol.
16.ed. Rio de Janeiro: Casa Oliveira de Msicas, 1978.
PRIOLLI, Maria Lusa de Mattos. Princpios bsicos da Msica para a Juventude. II vol.
9.ed. Rio de Janeiro: Casa Oliveira de Msicas, 1978b.
REPUBLICANO, Assis. Curso de Teoria Musical (Normal) - I vol. Rio de Janeiro: Euro
Msica, s/d.
REPUBLICANO, Assis. Curso de Teoria Musical (Normal) - II vol. Rio de Janeiro:
Wehrs, s/d.
REZENDE, Conceio, Aspectos da Msica Ocidental. Belo Horizonte: Universidade
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ROCHA FILHO, Othon Gomes da. Minhas Primeiras Notas ao Violo. So Paulo: Irmos Vitale, s/d.
ROCHA FILHO, Othon Gomes da. Primeiros Acordes ao Violo. So Paulo: Irmos
Vitale, s/d.
SOARES, Jos Lus. Cincias - qumica e fsica (8 srie primeira grau). 2 ed.So Paulo:Ed. Moderna, 1985.
SUPERINTENDNCIA DE EDUCAO RELIGIOSA - Departamento de Msica. Cantor Cristo. 8 ed. So Paulo: Publicadora batista, 1993.
ZENDER, Oscar. Regncia Coral. 3.ed.Porto Alegre: Movimento, 1979.

72

Merchede

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