Hormônios e Reguladores Vegetais - Parte 1. Nilo Ricardo
Hormônios e Reguladores Vegetais - Parte 1. Nilo Ricardo
Hormônios e Reguladores Vegetais - Parte 1. Nilo Ricardo
RELATÓRIO 10 – PARTE 1
Docentes:
Elizabeth Orika Ono
João Domingos Rodrigues
A síntese pode ocorrer num determinado tecido vegetal, sendo utilizado pelo
próprio tecido ou transportado a outro tecido, esse transporte pode ocorrer tanto pelo
xilema quanto pelo floema, mas, sua redistribuição vai ocorrer a partir do floema.
O metabolismo da planta é divido em 2 vias metabólicas, o metabolismo primário
e o metabolismo secundário ou especializados, metabólitos secundários. Quando o
homem dividiu os metabolismos, ele dividiu os processos de cada metabolismo. Para o
primário, são o processo de fotossíntese e respiração, através da via glicolítica e/ ou
pentose-P. A Via Glicolítica e a Via Pentose-Fosfato (ou Via das Pentoses-Fosfato) são
duas vias metabólicas relacionadas ao metabolismo da glicose nas células.
A Via Glicolítica, também conhecida como Glicólise, é uma via metabólica que
ocorre no citoplasma das células e tem como objetivo principal a quebra da glicose em
moléculas de piruvato. A glicólise ocorre em dez etapas principais e gera ATP (adenosina
trifosfato), NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido) e piruvato como
produtos. O ATP é uma fonte de energia utilizada pelas células, enquanto o NADH é um
transportador de elétrons que pode participar de outras vias metabólicas, como a
fosforilação oxidativa para a produção de mais ATP. A glicólise é uma via anaeróbica, o
que significa que não requer a presença de oxigênio para ocorrer. Já a Via Pentose-Fosfato
é uma rota metabólica alternativa que ocorre no citoplasma e no retículo endoplasmático
das células. Essa via tem como objetivo principal a produção de pentoses (açúcares de
cinco carbonos) e NADPH (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato reduzido). O
NADPH é um importante cofator redutor utilizado em reações de síntese, como a
biossíntese de ácidos graxos e esteroides, além de ser necessário para a atividade de
enzimas antioxidantes. A Via Pentose-Fosfato também está envolvida na regeneração de
ribose-5-fosfato, um componente essencial para a síntese de nucleotídeos.
A Via Glicolítica e a Via Pentose-Fosfato estão interconectadas e podem
influenciar uma à outra. Por exemplo, a glicose-6-fosfato, um intermediário da glicólise,
pode ser desviada para a Via Pentose-Fosfato, dependendo das necessidades celulares de
pentoses e NADPH. Além disso, o NADPH produzido na Via Pentose-Fosfato pode ser
utilizado como doador de elétrons na glicólise, regenerando o NAD+ necessário para
manter a glicólise funcionando.
GRUPOS HORMÔNAIS
Auxinas
As auxinas são um grupo de hormônios vegetais que desempenham um papel
fundamental no crescimento e desenvolvimento das plantas. Elas foram a primeira classe
de hormônios vegetais a ser descoberta e são encontradas em todas as partes das plantas,
desde as raízes até os meristemas apicais. Todas as auxinas possuem anel aromático.
A auxina mais conhecida e estudada é o ácido indolilacético (AIA), mas também
existem outras formas de auxinas, como o ácido indolbutírico (AIB) e o ácido
naftalenoacético (ANA). A concentração e distribuição das auxinas nas plantas são
reguladas com precisão para controlar uma ampla gama de processos fisiológicos.
As auxinas têm várias funções importantes nas plantas, incluindo:
1. Fototropismo: As auxinas são responsáveis pelo movimento de curvatura
das plantas em resposta à luz. Elas se acumulam na parte sombreada da
planta, estimulando o crescimento celular e curvando a planta em direção
à luz.
2. Geotropismo: As auxinas também desempenham um papel no
geotropismo, que é a resposta das plantas à gravidade. Elas se acumulam
na parte inferior das raízes e caules, inibindo o crescimento nessas regiões
e permitindo o crescimento em direção à gravidade.
3. Alongamento celular: As auxinas estimulam o alongamento celular nas
plantas. Elas afetam a plasticidade da parede celular, promovendo a
expansão e o crescimento das células vegetais.
4. Desenvolvimento de raízes: As auxinas são essenciais para o
desenvolvimento e crescimento das raízes. Elas estimulam a formação de
raízes laterais e a elongação das raízes primárias.
5. Desenvolvimento de frutos: As auxinas estão envolvidas no
desenvolvimento dos frutos, estimulando o crescimento dos ovários e o
desenvolvimento das sementes.
Além dessas funções, as auxinas também desempenham um papel importante na
diferenciação de tecidos, na regulação da dominância apical, na formação de calos e na
resposta a estresses ambientais, entre outros processos. A síntese, transporte e degradação
das auxinas são regulados por diversos fatores genéticos e ambientais. A compreensão
dos mecanismos de ação das auxinas tem um impacto significativo na agricultura,
permitindo a manipulação do crescimento das plantas, a promoção do enraizamento de
estacas e a regulação da floração, entre outros aspectos do cultivo de plantas.
Giberelinas
As giberelinas, são um grupo de hormônios vegetais que desempenham um papel
crucial no crescimento e desenvolvimento das plantas. Elas são uma classe de compostos
químicos chamados de diterpenóides. Existem cerca de 136 tipos de giberelinas
conhecidas, sendo a mais comum e estudada a giberelina A3 (GA3). Esses hormônios são
produzidos nas partes jovens da planta, como meristemas apicais, brotos, flores e
sementes em desenvolvimento. Sendo o GA1 o mais ativo de todos os ácidos giberélicos.
Dentre essas 136 identificadas, a maioria não são ativa.
As giberelinas têm várias funções nas plantas, incluindo:
1. Estímulo do crescimento do caule: As giberelinas promovem o
crescimento do caule ao estimular a divisão e o alongamento celular. Elas
influenciam a atividade de enzimas que afetam a parede celular, tornando-
a mais extensível e permitindo que as células cresçam;
2. Promoção da germinação de sementes: As giberelinas são responsáveis
por quebrar a dormência das sementes, estimulando sua germinação. Elas
promovem a síntese de enzimas que degradam substâncias inibidoras da
germinação e estimulam o crescimento do embrião;
3. Regulação da floração: As giberelinas desempenham um papel na
regulação da floração, influenciando a transição do estágio vegetativo para
o reprodutivo. Elas interagem com outros hormônios, como as citocininas,
auxinas e ácido abscísico, para controlar a formação de botões florais e o
desenvolvimento das flores;
4. Alongamento de frutos: As giberelinas também estão envolvidas no
crescimento e alongamento dos frutos. Elas estimulam a divisão celular e
a expansão das células do fruto, contribuindo para o seu desenvolvimento;
5. Regulação da dominância apical: As giberelinas atuam na supressão da
dominância apical, ou seja, inibem o crescimento de brotos laterais em
favor do crescimento do broto terminal. Isso ajuda a controlar a arquitetura
das plantas e a distribuição de energia para diferentes partes.
Além dessas funções, as giberelinas também estão envolvidas na resposta das
plantas a estresses ambientais, como estresse hídrico, salinidade e baixas temperaturas. A
biossíntese e a regulação das giberelinas são altamente complexas e envolvem muitos
passos metabólicos. A compreensão desses processos tem aplicações importantes na
agricultura, permitindo o controle do crescimento das plantas, a indução da germinação
de sementes, o aumento do tamanho dos frutos e o melhoramento de culturas.
Citocininas
As citocininas são um grupo de hormônios vegetais que desempenham um papel
fundamental no crescimento e desenvolvimento das plantas. Elas são compostos
orgânicos naturais conhecidos como adenina e derivados da adenina, sendo a mais comum
a citocininas adenina (zeatina). As citocininas são produzidas principalmente nas raízes e
nos meristemas das plantas, mas também podem ser encontradas em outras partes, como
folhas, sementes e frutos. Elas são transportadas para outras partes da planta através do
xilema.
As citocininas têm várias funções importantes nas plantas, incluindo:
1. Estimulação da divisão celular: As citocininas estimulam a divisão celular,
promovendo o crescimento e o desenvolvimento dos tecidos vegetais. Elas
atuam em conjunto com outros hormônios, como as auxinas, para
equilibrar a divisão e a diferenciação celular;
2. Atraso do envelhecimento: As citocininas desempenham um papel na
retardação do envelhecimento das plantas. Elas inibem a senescência das
folhas, mantendo-as verdes por mais tempo e prolongando a vida útil das
flores;
3. Regulação do crescimento de brotos laterais: As citocininas estão
envolvidas na promoção do crescimento de brotos laterais nas plantas. Elas
ajudam a suprimir a dominância apical, estimulando o crescimento de
brotos laterais e contribuindo para a formação de uma arquitetura
ramificada;
4. Estímulo da germinação de sementes: As citocininas desempenham um
papel na promoção da germinação de sementes. Elas interagem com outros
hormônios, como o ácido abscísico, para superar a dormência das
sementes e iniciar o processo de germinação;
5. Regulação da floração: As citocininas estão envolvidas na regulação da
floração, influenciando a formação de botões florais e o desenvolvimento
das flores. Elas interagem com outros hormônios, como as giberelinas e os
fitocromos, para controlar o tempo e o processo de floração.
Além dessas funções, as citocininas também desempenham papéis em resposta a
estresses ambientais, resposta a patógenos e regulação do metabolismo de nutrientes nas
plantas. A regulação da biossíntese e do metabolismo das citocininas é complexa e
influenciada por vários fatores, incluindo condições ambientais, idade da planta e
interações hormonais. A compreensão desses mecanismos é essencial para manipular o
crescimento e o desenvolvimento das plantas, melhorar a produtividade agrícola e
desenvolver estratégias de manejo eficientes.
As citocininas podem ser classificadas em dois grupos principais com base em sua
estrutura química: citocininas purínicas e citocininas não purínicas.
Citocininas Purínicas: As citocininas purínicas são derivadas da adenina, uma base
nitrogenada purínica. A adenina é modificada para formar diferentes compostos de
citocinina, como a zeatina, isopenteniladenina (IPA) e diidrozeatina. As citocininas
purínicas são amplamente encontradas em plantas e têm atividade biológica importante.
Elas desempenham um papel fundamental no controle do crescimento e desenvolvimento
das plantas, regulando processos como a divisão celular, a formação de brotos laterais, a
senescência foliar e a resposta ao estresse.
Citocininas Não Purínicas: As citocininas não purínicas não são derivadas da adenina e
apresentam uma estrutura química diferente das citocininas purínicas. Elas incluem
compostos como a fenilureia, benziladenina (BA) e tiamina. As citocininas não purínicas
são menos comuns nas plantas em comparação com as citocininas purínicas, mas ainda
desempenham um papel na regulação do crescimento e desenvolvimento. Elas também
têm efeitos na divisão celular, diferenciação de tecidos, germinação de sementes e
senescência foliar.
Ambos os grupos de citocininas, purínicas e não purínicas, são importantes para a
fisiologia das plantas e interagem com outros hormônios vegetais, como as auxinas,
giberelinas e ácido abscísico, para coordenar o crescimento e o desenvolvimento das
plantas. É importante notar que as funções e atividades específicas das citocininas
purínicas e não purínicas podem variar dependendo da espécie de planta, do estágio de
desenvolvimento e das condições ambientais. A interação complexa entre diferentes tipos
de citocininas e outros hormônios vegetais contribui para a regulação precisa das
respostas fisiológicas das plantas.
Etileno
O etileno é um hormônio vegetal gasoso que desempenha um papel fundamental
na regulação do crescimento, desenvolvimento e resposta ao estresse nas plantas. Ele é
um dos cinco principais hormônios vegetais, juntamente com as auxinas, giberelinas,
citocininas e ácido abscísico. O etileno é produzido naturalmente em diversas partes das
plantas, como frutas, flores, folhas, caules e raízes. É sintetizado a partir do aminoácido
metionina por meio de uma série de reações enzimáticas. A sua produção é influenciada
por diversos fatores, incluindo maturação de frutos, ferimentos, estresses bióticos (como
ataques de patógenos) e abióticos (como estresse hídrico, temperaturas extremas e falta
de oxigênio).
O etileno exerce diversos efeitos nas plantas, tais como:
1. Estímulo à maturação de frutos: O etileno desempenha um papel essencial
no amadurecimento dos frutos. Ele promove a mudança de cor, o
amolecimento e o desenvolvimento do aroma dos frutos, além de induzir
a síntese de enzimas envolvidas na degradação de celulose e pectina nas
paredes celulares;
2. Regulação da senescência foliar: O etileno está envolvido na indução da
senescência foliar, processo em que as folhas mais antigas envelhecem e
são descartadas pela planta. Ele estimula a degradação de clorofila,
redução na taxa fotossintética e aceleração da degradação da parede
celular;
3. Promoção da abscisão foliar e de frutos: O etileno está relacionado com a
abscisão de folhas, flores e frutos. Ele induz a formação de uma camada
de células especializada chamada zona de abscisão, que resulta na
separação da parte da planta;
4. Resposta a estresses bióticos e abióticos: O etileno desempenha um papel
na resposta das plantas a estresses, como ataques de patógenos, estresse
hídrico, ferimentos e altas temperaturas. Ele pode induzir a produção de
fitoalexinas, compostos de defesa contra patógenos, e ajudar na regulação
da resposta antioxidante e no fechamento estomático.
Além desses efeitos, o etileno também influencia o crescimento e o
desenvolvimento de raízes, a dormência de gemas, a resposta à gravidade e a resposta à
luz. O mecanismo de ação do etileno envolve a ligação do hormônio a receptores
específicos presentes na membrana das células vegetais. Essa ligação desencadeia uma
cascata de sinalização intracelular que resulta nas respostas fisiológicas observadas. É
importante ressaltar que a ação do etileno é altamente dependente da concentração do
hormônio no ambiente e das interações com outros hormônios vegetais. A regulação
precisa da produção e percepção do etileno é fundamental para o equilíbrio hormonal e o
correto desenvolvimento das plantas.
Ácido Abscísico
O ácido abscísico (ABA) é um hormônio vegetal essencial que desempenha um
papel fundamental na regulação do crescimento, desenvolvimento e resposta ao estresse
das plantas. O ácido abscísico é sintetizado em diferentes partes das plantas, como
raízes, folhas, frutos e sementes, em resposta a estresses ambientais, como seca, frio,
salinidade e estresse oxidativo. A sua produção também pode ser estimulada durante
estágios específicos do desenvolvimento, como a maturação dos frutos e a dormência
das sementes.
O ácido Abscísico exerce uma série de efeitos nas plantas, tais como:
1. Regulação da resposta à seca: O ácido abscísico desempenha um papel
crítico na resposta das plantas à seca. Ele ajuda a controlar o fechamento
dos estômatos, diminuindo a perda de água por transpiração. Isso ocorre
pela ativação de canais iônicos nas células-guarda dos estômatos,
resultando no movimento de íons e na saída de água.
2. Indução e manutenção da dormência das sementes: O ácido abscísico é
responsável pela indução e manutenção da dormência das sementes, um
estado de inatividade que impede a germinação em condições
desfavoráveis. Ele inibe a germinação das sementes até que as condições
sejam adequadas para o crescimento da planta.
3. Inibição do crescimento: O ácido abscísico pode inibir o crescimento das
plantas, especialmente em condições de estresse. Ele reduz a elongação
celular e a divisão celular, afetando o crescimento de raízes e brotos. Essa
inibição do crescimento ajuda as plantas a conservarem energia durante
períodos de estresse.
4. Regulação da maturação de frutos: O ácido abscísico está envolvido na
regulação da maturação dos frutos, influenciando a mudança de cor,
amadurecimento e degradação de compostos orgânicos nos frutos. Ele
também afeta a síntese de enzimas envolvidas no metabolismo dos
carboidratos, lipídios e outros compostos durante a maturação dos frutos.
5. Resposta ao estresse oxidativo: O ácido abscísico desempenha um papel
importante na resposta ao estresse oxidativo, protegendo as plantas contra
danos causados por espécies reativas de oxigênio. Ele induz a síntese de
enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a catalase,
que ajudam a neutralizar os radicais livres.
O mecanismo de ação do ácido abscísico envolve a ligação do hormônio a
receptores específicos nas células vegetais, desencadeando uma cascata de sinalização
intracelular. Isso resulta em alterações na expressão gênica, na atividade enzimática e nas
respostas fisiológicas das plantas. É importante ressaltar que a regulação do equilíbrio
hormonal entre o ácido abscísico e outros hormônios vegetais, como as giberelinas,
auxinas e citocininas, é essencial para o crescimento e desenvolvimento adequados das
plantas, bem como para a adaptação aos estresses ambientais.
Brassinosteróides
Os brassinosteróides são sintetizados nas células das plantas a partir do esterol
vegetal, campesterol. A via de biossíntese dos brassinosteróides envolve várias etapas,
incluindo a modificação do campesterol por enzimas específicas. Esses hormônios são
transportados pelo floema e podem atuar localmente nas células-alvo ou serem
redistribuídos para outras partes da planta.
Os brassinosteróides têm várias funções importantes nas plantas, incluindo:
1. Promoção do crescimento: Os brassinosteróides estimulam o crescimento
das plantas, afetando a elongação celular e a divisão celular. Eles estão
envolvidos no crescimento de caules, raízes, folhas, flores e frutos. Além
disso, os brassinosteróides podem aumentar a atividade da enzima
expansina, que promove a expansão das paredes celulares;
2. Regulação da diferenciação celular: Os brassinosteróides estão
envolvidos na regulação da diferenciação celular e na formação de tecidos
especializados. Eles desempenham um papel importante na formação de
xilema e floema, bem como na diferenciação de células meristemáticas em
células específicas, como tricomas e estômatos;
3. Influência na fotomorfogênese: Os brassinosteróides têm efeitos na
resposta das plantas à luz. Eles podem modular o desenvolvimento de
órgãos fotossintéticos, como folhas e cloroplastos, além de regular a
expressão de genes relacionados à resposta à luz;
4. Regulação da resistência a estresses: Os brassinosteróides desempenham
um papel na resposta das plantas a estresses bióticos e abióticos. Eles
ajudam a melhorar a resistência a patógenos, como fungos e bactérias, e
estão envolvidos na regulação da resposta ao estresse salino, estresse
hídrico e estresse térmico;
5. Modulação da floração e desenvolvimento de sementes: Os
brassinosteróides também estão envolvidos na regulação da floração,
influenciando a formação de botões florais e o desenvolvimento das flores.
Além disso, eles desempenham um papel na regulação do desenvolvimento de
sementes, desde a formação do embrião até a maturação. O mecanismo de ação dos
brassinosteróides ocorre por meio da ligação desses hormônios a receptores específicos
nas células vegetais. Essa ligação desencadeia uma cascata de sinalização intracelular que
resulta na ativação de genes-alvo e alterações nas respostas fisiológicas das plantas. Os
brassinosteróides interagem com outros hormônios vegetais, como as auxinas, giberelinas
e ácido abscísico, para regular o crescimento e desenvolvimento das plantas de forma
coordenada.
Poliaminas
Elas são compostas por moléculas pequenas de aminoácidos, como a ornitina,
arginina e metionina, e são encontradas em todas as células vegetais. Existem várias
poliaminas importantes para as plantas, incluindo espermina, espermidina e putrescina.
Essas poliaminas desempenham funções críticas nas plantas, tais como:
1. Regulação do crescimento e desenvolvimento: As poliaminas estão
envolvidas no controle do crescimento celular e do desenvolvimento das
plantas. Elas participam da divisão celular, elongação celular e
diferenciação de tecidos. Além disso, as poliaminas têm um papel
importante na formação de órgãos reprodutivos, como flores e sementes.
2. Resposta ao estresse: As poliaminas desempenham um papel importante
na resposta das plantas ao estresse biótico e abiótico. Elas atuam como
reguladoras do estresse, ajudando as plantas a enfrentarem condições
adversas, como seca, salinidade, temperaturas extremas e ataques de
patógenos. As poliaminas estão envolvidas na proteção das células contra
danos oxidativos e na regulação de genes de defesa.
3. Regulação da senescência: As poliaminas estão envolvidas na regulação
da senescência das plantas, o processo de envelhecimento e morte das
células e tecidos vegetais. Elas podem retardar a senescência, prolongando
a vida útil das folhas e retardando a perda de clorofila. Isso é importante
para a eficiência fotossintética e para a produção de alimentos nas plantas.
4. Regulação da dormência e germinação de sementes: As poliaminas
desempenham um papel na regulação da dormência e germinação de
sementes. Elas estão envolvidas na indução da dormência das sementes,
inibindo a germinação em condições desfavoráveis.
Além disso, as poliaminas são necessárias para a quebra da dormência e a
promoção da germinação quando as condições são adequadas. O mecanismo de ação das
poliaminas envolve sua interação com proteínas-alvo e ácidos nucleicos, modulando a
expressão gênica e a atividade de enzimas. Elas também interagem com outros hormônios
vegetais, como as auxinas, giberelinas e ácido abscísico, para coordenar as respostas
hormonais e os processos fisiológicos nas plantas.
Compostos Fenólicos
Os compostos fenólicos são uma classe de compostos orgânicos amplamente
distribuídos na natureza. Eles são caracterizados pela presença de um anel aromático
ligado a um ou mais grupos hidroxila (-OH). Os compostos fenólicos desempenham
diversos papéis nas plantas, incluindo proteção contra estresses ambientais, regulação do
crescimento e desenvolvimento, defesa contra patógenos e interações com polinizadores.
Alguns exemplos de compostos fenólicos incluem:
1. Ácidos fenólicos: Esses compostos incluem ácido gálico, ácido ferúlico,
ácido cafeico e ácido vanílico. Eles são encontrados em várias partes das
plantas, como frutas, legumes, grãos e cascas. Os ácidos fenólicos
desempenham um papel importante na proteção contra radicais livres e
danos oxidativos;
2. Flavonoides: Os flavonoides são uma classe importante de compostos
fenólicos e incluem flavonóis, flavonas, flavononas, antocianinas e
flavonóis. Eles são encontrados em uma ampla variedade de plantas e
conferem cores vibrantes a flores, frutas e folhas. Os flavonoides
desempenham um papel na proteção contra raios UV, polinizadores e
patógenos;
3. Taninos: Os taninos são compostos fenólicos de alto peso molecular que
são encontrados em plantas lenhosas, como árvores e arbustos. Eles são
responsáveis pela adstringência encontrada em algumas frutas, como
maçãs e uvas. Os taninos desempenham um papel na defesa contra
herbívoros e patógenos, além de auxiliarem no processo de cicatrização de
feridas nas plantas;
4. lignanas: As lignanas são compostos fenólicos encontrados em plantas
lenhosas, como sementes de linho e sementes de gergelim. Elas têm
propriedades antioxidantes e podem ter efeitos benéficos para a saúde
humana, como ação anticancerígena e redução do risco de doenças
cardiovasculares;
5. ligninas: As ligninas são polímeros complexos derivados de compostos
fenólicos que conferem rigidez e resistência mecânica às células vegetais.
Elas estão presentes em tecidos lenhosos, como troncos de árvores, e são
responsáveis pela estrutura e suporte das plantas.
6. Antocianinas: São um grupo de pigmentos vegetais pertencentes à classe
dos compostos fenólicos. Elas são responsáveis pelas cores vibrantes de
várias partes das plantas, como flores, frutas, folhas e caules. Esses
pigmentos conferem tons que variam de vermelho, rosa e roxo a azul e são
encontrados em uma ampla variedade de espécies vegetais. As
antocianinas são sintetizadas a partir da via metabólica do ácido shikímico
e estão presentes nas células vegetais em forma solúvel.