Sab Hormonios

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1) Cite as cinco principais classes de hormônios vegetais e descreva sucintamente

seus principais papéis nos processos fisiológicos.


AUXINAS:
_ Induzir o alongamento em coleóptilos isolados ou seções de caules;
_ Induzir divisão celular em tecidos de callus na presença de citocininas;
_ Promover a formação de raízes laterais em superfícies cortadas de caules;
_ Induzir o crescimento de frutos partenocárpicos;
_ Induzir a produção de etileno.
a)Alongamento celular
b) Tropismo e Nastismos
c) Dominância apical
d) Formação de raízes laterais e adventícias
e)Abscisão foliar
f) Desenvolvimento de frutos
GIBERELINAS:
a) Iniciação floral e determinação do sexo
b) Crescimento do caule
c) c) Transição da fase juvenil para a adulta
d) d) Estabelecimento do fruto
e) e) Germinação de sementes
CITOCININAS
a) A relação auxina/citocinina regula a morfogênese em cultura de tecidos
b) b) Citocinina e auxina regulam o ciclo celular em plantas
c) c) Quebra da dominância apical e indução do crescimento de gemas
d) d) Retardamento da senescência de folhas e mobilização de nutrientes
e) e) Maturação de cloroplastos
a) As citocininas podem promover ou inibir a expansão celular. A promoção da
expansão celular pelas citocininas é mais claramente demonstrada nos cotilédones
de algumas dicotiledôneas que possuem folhas cotiledonares. De modo contrário, as
citocininas podem inibir o alongamento celular em caules e raízes.
ETILENO:
a) Amadurecimento de frutos
b) b) Epinastia de folhas
c) c) Expansão celular horizontal e o crescimento lateral do caule
d) d) Promoção do crescimento do caule e de pecíolos de espécies submersas
e) e) Florescimento em abacaxi
f) f) Senescência de folhas e de flores
g) g) Abscisão
ÁCIDO ABSCÍSICO: UM SINAL PARA A MATURAÇÃO DE SEMENTES E
ANTIESTRESSE
a) Desenvolvimento de sementes
b) b) Dormência de sementes
c) c) Fechamento estomático
d) d) Condutividade hidráulica e fluxo de íons
e) e) Crescimento da raiz e da parte aérea
f) f) Senescência de folhas (ver também citocininas e etileno)
g) g) Dormência de gemas

2) Quando uma planta é colocada na posição horizontal, em ambiente


homogeneamente iluminado, exibe uma resposta de crescimento orientado,
conhecido como geotropismo. Como são os geotropismos do caule e da raiz?
Qual hormônio está envolvido nesse tipo tropismo? Explique o porquê destas
diferenças.

Colocando uma planta em posição horizontal, é possível notar após alguns


dias, uma leve curvatura do caule em direção superior, ou seja, afastando-se
do solo. Enquanto a raiz inclina-se em direção inferior, aproximando do solo.

Isso se deve à concentração de auxinas distribuídas no meristema primário.


Quando a estrutura de um vegetal se encontra em posição horizontal, as
auxinas por ação da gravidade, se deslocam para a porção mais inferior:

- No caule, a maior concentração de auxina promove o seu crescimento;


- Na raiz, a maior concentração de auxina inibe o seu crescimento.

Dessa forma, o lado inferior do caule se desenvolve mais do que o superior,


efetuando uma curvatura para cima, e na raiz o lado superior se desenvolve
mais do que o inferior, projetando-se para baixo.

 Já no gravitropismo, a movimentação se dá de acordo com a força da


gravidade da Terra. As raízes, desta forma, crescem para o interior do solo
(gravitropismo positivo) e o caule, para fora (gravitropismo negativo)

As auxinas são hormônios vegetais que controlam os movimentos das


plantas em resposta à luz (fototropismo). Quando uma planta é
iluminada de um único lado, as auxinas migram para a região menos
iluminada, causando um alongamento celular que tem como
consequência a planta se curvando em direção à fonte de luz.
Na parte aérea (gravitropismo negativo), a bainha amilífera (camada de células que
circunda o tecido vascular de caules e ramos) parece perceber o estímulo da gravidade.
Nas raízes (gravitropismo positivo), os sensores da gravidade são amiloplastos
(compartimentos celulares ricos em amido), que nesse caso são conhecidos como
Estatólitos.

Esses grandes amiloplastos (estatólitos) são localizados nos estatócitos, no cilindro


central ou na coifa da raiz.

Em uma raiz colocada na posição horizontal, os estatolitos sedimentam, por ação da


gravidade, no lado inferior das células da coifa e dirigem o transporte polar de auxina
para o lado inferior da coifa. A maioria da auxina na coifa é então transportada
basipetalmente (do ápice da raiz para a base) no lado inferior da raiz. A alta
concentração de auxinas no lado inferior da raiz inibe o crescimento neste lado,
enquanto o decréscimo na concentração de auxina no lado superior estimula o
crescimento neste lado. Como resultado desse crescimento diferencial, a raiz curva para
baixo.

3) Imagine que você trabalha em um laboratório, e o mesmo possui dois frascos


de fitormônios que perderam a identificação, mas sabe-se que um é uma
auxina e o outro uma giberelina, como você faria para identifica-los
novamente, sem uso de técnicas espectroscópicas e/ou cromatográficas?
A auxina é um hormônio vegetal responsável pelo crescimento da parte
aérea. É produzido no caule, brotos e pontas das raízes. A principal
forma de auxina é o ácido indol 3-acético (IAA). A auxina promove um
crescimento diferencial em relação à gravidade e à luz. O movimento das
auxinas para o lado mais escuro da planta causa o alongamento da
célula naquele lado, curvando a haste da planta em direção à fonte de
luz. Esse movimento de plantas é chamado de fototropismo. Além disso,
auxina promove a dominância apical, mantendo a dormência dos brotos
axiais no estágio dormente. A dominância apical existe desde que o
meristema apical produza auxinas.

A giberelina é o outro hormônio vegetal que promove o alongamento das


células. É produzido na ponta do caule. O primeiro tipo descoberto de
giberelina é o ácido giberélico. No entanto, a giberelina apenas promove
o crescimento da parte aérea intacta. Também aumenta o
desenvolvimento das folhas. A giberelina estimula o internódio das
plantas anãs.

A giberelina é responsável pelo aparafusamento de rosetas e tubérculos.


Durante a germinação das sementes, a giberelina substitui a
necessidade de resfriamento da semente conhecida como vernalização,
que acelera a floração quando plantada. A giberelina também ajuda a
quebrar a dormência das sementes.
auxina mostra transporte basipetal enquanto giberelina mostra transporte
basipetal e acropetal.
a auxina é responsável pela divisão celular, expansão celular,
diferenciação celular, alongamento axial, expansão lateral e expansão
isodiamétrica em plantas, enquanto a giberelina é responsável pelo
alongamento, germinação, dormência, florescimento, expressão sexual,
indução enzimática e folhas e frutos. senescência.
a auxina tem um pequeno efeito no crescimento das folhas, enquanto a
giberelina aumenta o crescimento das folhas.
4) Explique como o ABA e as citocininas agem de forma a minimizar os efeitos
do estresse hídrico do solo nas plantas, explicando ainda, como estes
hormônios influenciam no crescimento da parte aérea e raízes.

as citocininas são responsáveis, principalmente, pela divisão das


células vegetais. as citocininas influenciam diversos processos
fisiológicos, interagindo com outros hormônios vegetais.

Em conjunto com as auxinas, as citocininas também podem promover


a expansão celular.

A relação Auxinas/Citocininas regula a morfogênese e formação de


órgãos em cultura de tecido.

Nesse caso, alta relação Auxinas/Citocininas induz desenvolvimento


de raízes, e a baixa relação resulta na formação de brotos, enquanto
relação intermediária proporciona a formação de calos.
O deficit hidrico também induz a acumulacao de acido abscisico (ABA), que promove
o fechamento estomatico, reduzindo as trocas gasosas einibindo a fotossíntese. Como consequencia do
desacoplamento dos fotossistemas induzido pela desidratacao, os eletrons livres produzidos pelos centros de
reacao nao sao transferidos para NADP+, levando a geracao
de EROs. As EROs em excesso danificam o DNA, inibem a sintese de proteinas, oxidam os pigmentos
fotossinteticos e causam a peroxidacao de lipideos de membrana.

As concentracoes de ABA nas folhas podem aumentar ate 50 vezes sob condicoes de seca – a mudança de
concentracao mais drastica registrada para qualquer hormônio em resposta a um sinal ambiental. A
redistribuição ou a biossintese do ABA e muito eficaz no fechamento estomatico, e sua acumulacao em folhas
estressadas exerce um importante papel na reducao da perda de agua pela transpiração sob condicoes de
estresse hídrico
O ABA exerceria seu efeito
regulador através do Ca2+ presente no citossol, o qual
atua como mensageiro secundário na transdução do
sinal, resultando no fechamento estomático.

O ABA exerce um efeito diferencial sobre o crescimento


da raiz e da parte aérea em plantas submetidas
a estresse hídrico. Enquanto o aumento na concentração
desse hormônio mantém o crescimento do
sistema radicular, permitindo exploração de um maior
volume de solo para absorção de água, o ABA inibe
o alongamento do caule (ver Capo 1, Relações
Hídricas).

A citocinina e o ABA tem efeitos antagônicos na abertura estomatica, na transpiracao e na fotossinte-se. A seca
resulta no decrescimo dos niveis de citocinina e no aumento dos niveis de ABA. Embora o ABA seja
normalmente requerido para o fechamento estomatico, impedindo
a perda excessiva de agua, as condicoes de estresse pela seca podem tambem inibir a fotossintese e provocar
senescencia foliar prematura.

As citocininas parecem ser capazes de atenuar os efeitos da seca. As citocininas sao capazes de proteger os
processos bioquímicos associados a fotossintese e retardar a senescência durante o estresse pela seca.

5) Explique como a aplicação exógena de hormônios vegetais contribuem para a


produção vegetal? Dê pelo menos 3 exemplos dessa utilização (citando 3
fitormônios diferentes e seus efeitos fisiológicos).
As auxinas sintéticas, como o 2,4- D, o dicamba e o picloram, por exemplo (Fig. 8.4), quando em
concentrações adequadas, apresentam atividade herbicida, sendo amplamente empregadas para esse fim.
Em baixas concentrações, induzem respostas de crescimento comparáveis ao AIA. Esses compostos são
comumente empregados no controle de ervas daninhas (dicotiledôneas) em plantações de gramíneas.
A utilização ampla desses herbicidas é devida ao alto grau de fitotoxicidade, custo relativamente baixo e
às suas propriedades seletivas.

Dependendo da espécie, a aplicação de giberelinas pode regular a juvenilidade em ambos os


sentidos. Assim, em Hedera helix o A03 pode causar a reversão de maturidade para juvenilidade,
enquanto, em algumas coníferas, o inverso pode ocorrer como resultado do tratamento com A04
+ A07• A aplicação de AO exógeno com essa finalidade vem sendo testada em programas de
melhoramento genético de várias espécies de Eucalyptus. O AO pode substituir os efeitos
mediados pelo fotoperíodo e pelas baixas temperaturas na indução floral de algumas plantas,
sugerindo ser esse hormônio um dos componentes para o estímulo dessa indução

A germinação das sementes de algumas espécies, principalmente não-domesticadas, é dependente da


luz ou de baixas temperaturas, cujos efeitos podem ser substituídos pelo AG exógeno. Como as mudanças
nos níveis endógenos desse hormônio nas sementes são normalmente observadas como resposta ao
tratamento com baixas temperaturas, as giberelinas têm sido consideradas reguladoras naturais de
processos relacionados com a germinação.
A dormência das sementes de algumas espécies
pode ser superada por uma combinação de baixas
temperaturas, escarificação e aplicação de giberelinas.

Para a limeira ácida 'T ahiti', principal variedade que substitui os limões verdadeiros no Brasil, a
manutenção da cor verde é atributo importante para o mercado e consumo. Contudo, a degradação da
clorofila e a síntese de carotenóides evoluem durante a comercialização e culminam
com o desverdecimento da fruta. A aplicação de AG em pós-colheita nas concentrações de 10 a 160
mg/l, associada à aplicação de cera, foi eficiente para a manutenção da cor verde da casca dos frutos
armazenados por 45 dias a 25°C (Spósito et al., 2000). Aplicações de produtos comerciais à base de
giberelinas podem estender o período de produção, permitindo aos produtores programar a colheita e
obter melhores preços.

Na videira, a aplicação do AG, juntamente com o anelamento dos ramos, promoveu aumento no peso das
bagas e no comprimento e largura das bagas de cultivar da uva de mesa Maria (Kalil et al., 1999).
Aplicação de etileno em frutos climatéricos induz a produção desse hormônio pelos tecidos, processo esse
decorrente de uma reação autocatalítica, ou seja, o produto da reação estimulando sua própria síntese.
Além disso, a capacidade de resposta ao etileno exógeno ou endógeno pelos tecidos depende,
substancialmente, do estágio de desenvolvimento dos frutos, sendo os maiores níveis de competência para
tanto verificados principalmente após alcançarem o tamanho máximo , com as cascas ainda verdes
(mature green). Não obstante seja bem conhecido e aplicado comercialmente, o fato de induzir uma
rápida formação de flores em bromélias, como no abacaxizeiro (Ananas comosus), por exemplo,

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