O documento discute a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece regras para as águas territoriais, mar territorial, zona contígua, estreitos, canais internacionais, estados arquipélagos e a situação jurídica dos navios de acordo com o direito internacional. O objetivo da convenção é promover a cooperação entre nações e o progresso econômico e social de todos os povos do mundo.
O documento discute a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece regras para as águas territoriais, mar territorial, zona contígua, estreitos, canais internacionais, estados arquipélagos e a situação jurídica dos navios de acordo com o direito internacional. O objetivo da convenção é promover a cooperação entre nações e o progresso econômico e social de todos os povos do mundo.
O documento discute a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece regras para as águas territoriais, mar territorial, zona contígua, estreitos, canais internacionais, estados arquipélagos e a situação jurídica dos navios de acordo com o direito internacional. O objetivo da convenção é promover a cooperação entre nações e o progresso econômico e social de todos os povos do mundo.
O documento discute a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece regras para as águas territoriais, mar territorial, zona contígua, estreitos, canais internacionais, estados arquipélagos e a situação jurídica dos navios de acordo com o direito internacional. O objetivo da convenção é promover a cooperação entre nações e o progresso econômico e social de todos os povos do mundo.
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AV2 – DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
4 - CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO
MAR:
Desde o seu Preâmbulo é possível sentir o desejo dos Estados-partes
“de solucionar, num espírito de compreensão e cooperação mútuas, todas as questões relativas ao direito do mar”, conscientes “do significado histórico desta Convenção como importante contribuição para a manutenção da paz, da justiça e do progresso de todos os povos do mundo”. Demonstra, também, a consciência desses mesmos Estados “de que os problemas do espaço oceânico estão estreitamente inter-relacionados e devem ser considerados como um todo”, e que dos objetivos da Convenção “contribuirá para o estabelecimento de uma ordem econômica internacional justa e equitativa que tenha em conta os interesses e as necessidades da humanidade em geral e, em particular, os interesses e as necessidades especiais dos países em desenvolvimento, quer costeiros quer sem litoral”. Por último, diz o Preâmbulo estarem os Estados convencidos “de que a codificação e o desenvolvimento progressivo do direito do mar alcançados na presente Convenção contribuirão para o fortalecimento da paz, da segurança, da cooperação e das relações de amizade entre todas as nações, de conformidade com os princípios de justiça e igualdade de direitos e promoverão o progresso econômico e social de todos os povos do mundo, de acordo com os Propósitos e Princípios das Nações Unidas, tais como enunciados na Carta”.
a) Águas interiores: podem ser geográfico – compreende as águas
encerradas no território do Estado (isto é, cercadas de terras por todos os lados, tais os lagos ou os mares propriamente internos; são as chamadas “águas doces”) – ou jurídico – o primeiro e o segundo compreende as que se encontram “do lado de cá” da linha de base ou de partida do mar territorial, mas que desembocam nesse último (estando, portanto, já no domínio das “águas salgadas”).
Para a Convenção de Montego Bay (art. 8º, § 1º), as águas
interiores são águas que fazem parte do mar aberto, ou seja, correspondem à porção de mar que se situa entre a terra seca e o limite interior do mar territorial. Por tal motivo é que não se reconhece à navegação estrangeira de qualquer Estado o direito de passagem inocente nessas águas internas, ao contrário do que sucede no mar territorial.
No domínio das águas interiores encontram-se os mares
internos (são aquelas grandes porções marítimas, cercadas de terra, apresentando, ou não, comunicação navegável com o mar livre.), as baías, os golfos, os lagos, os estuários (formadas quando o rio desemboca no mar), os portos (naturais ou artificiais) e os ancoradouros (constituem prolongamento do mar ao longo da costa incrustada no território e que serve de abrigo aos navios de todas as bandeiras, sem qualquer distinção).
b) Mar territorial: pode ser conceituado como a faixa marítima que
banha o litoral de um Estado e onde, até um limite prefixado, o mesmo exerce sua jurisdição e competência. Há exceções aos direitos do Estado sobre o seu mar territorial, uma vez que a sua soberania sobre ele não é absoluta. A mais relevante delas diz respeito à velha regra costumeira do direito de passagem inocente (regulado pelos arts. 17 a 26 da Convenção).
Por meio da regra da passagem inocente, o Estado costeiro deve
aceitar, em tempo de paz, o trânsito inofensivo de navios estrangeiros mercantes (não os navios de guerra) por suas águas territoriais. Ademais, a passagem livre funda-se no interesse comum da navegação comercial e não da navegação bélica.
O Brasil acabou por assinar a Convenção e, em adaptação ao seu
texto, editou a Lei nº 8.617/93, que determinou ser o mar territorial brasileiro a “faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil” (art. 1º).
c) Zona contígua (art. 33, §1º): consiste na faixa de alto-mar que se
inicia imediatamente após o limite exterior do mar territorial e, em princípio, de mesma largura, sobre a qual o Estado costeiro tem o direito de tomar as medidas de fiscalização que julgar convenientes na defesa de seu território, exercendo o necessário controle no sentido de prevenir ou punir infrações aos seus regulamentos aduaneiros, fiscais, sanitários, de imigração e de segurança, quer tenham sido tais infrações cometidas em seu domínio terrestre ou no mar territorial.
Difere-se do mar territorial, pois enquanto este consiste em um
território submerso do Estado, a zona contígua consiste em uma parte ou faixa do alto-mar adjacente às águas territoriais, pertencendo ao alto-mar. d) Estreitos (art.38): estreitos são acidentes geográficos naturais (passagens marítimas) que fazem comunicar dois mares entre si. Trata-se de corredores de águas integrantes do mar territorial de um ou mais Estados, e que beneficiam a navegação internacional entre áreas de alto-mar ou zona econômica exclusiva.
Ao se encontrarem surge o problema de saber qual o limite da
fronteira entre tais Estados, embora a regra aplicável seja normalmente o da linha mediana, contudo, a solução a ser tomada dependerá do caso concreto.
A Convenção de Montego Bay reconhece o direito e a jurisdição
do Estado ribeirinho sobre os estreitos, seu espaço aéreo respectivo, seu leito e seu subsolo, principalmente no que tange ao direito de passagem em trânsito (expressão que não significa nada além do conhecido direito de passagem inocente) nos estreitos utilizados para a navegação internacional.
e) Canais internacionais: Os chamados canais
internacionais guardam com os estreitos a semelhança de serem (ambos) vias de passagem que unem duas águas através do território de um Estado para facilitar a navegação entre dois mares.
Contudo, os canais internacionais (ainda que interoceânicos)
diferem-se dos estreitos pelo fato de serem vias artificiais de passagem e de comunicação, criadas por meio do trabalho humano.
Assim, enquanto os estreitos são sempre ligações naturais entre
dois mares, os canais internacionais têm a característica de serem sempre ligações artificiais, podendo estar situados no território de um só Estado ou no território de dois ou mais Estados.
f) Estados arquipélagos (art.46 a 54): significa um Estado
constituído totalmente por um ou vários arquipélagos, podendo incluir outras ilhas. (Novidade da terceira convenção)
g) Situação jurídica dos navios: Conceitualmente, entende-se
por navio toda construção humana destinada à navegação (em mares, rios, lagos etc.) capaz de transportar pessoas ou coisas. Os navios são verdadeiros instrumentos utilizados pelos Estados para sua comunicação com os demais membros da sociedade internacional.
Compete às leis internas de cada Estado regular, para proveito
próprio, a questão da nacionalidade dos navios, definindo “as condições em que o estatuto nacional pode ter conferido às embarcações”. Por conseguinte, o que indica a nacionalidade da embarcação é o pavilhão içado, garantindo-lhe o abrigo diplomático do Estado a que o mesmo pertence, bem como a aplicação dos tratados celebrados e da jurisdição nacional quando o mesmo se encontrar em alto-mar.
No Brasil, as regras para o estabelecimento da nacionalidade de
seus navios são as seguintes: ser propriedade de brasileiro nato ou de sociedade com sede no País e dirigida exclusivamente por brasileiros; serem os armadores brasileiros natos; e serem o comandante e dois terços da tripulação brasileiros natos. (Marcar art. 178 da CF, art. 95 e 96 da Convenção)