10TERRITÓRIO

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 44

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS –

CCJS
UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO – UAD
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA

DOCENTE: MS. IARLEY PEREIRA DE SOUSA


Elementos constitutivos do Estado - Território
TERRITÓRIO

- Território é o espaço físico ou ideal sobre o qual o Estado


exerce a soberania com exclusividade, isto é, o âmbito de
validade da norma jurídica no espaço;
- Na polis, composta por um centro urbano e por uma área
rural que a circundava, a clara delimitação do território não
tinha grande importância, já que praticamente inexistiam
disputas por fronteiras;
- Foi apenas na Idade Média, com o surgimento de diversas
ordens de autoridades, que surgiu a preocupação de delimitar
o território onde determinado poder deveria ser exercido.
TERRITÓRIO
- Importância do Estado em relação ao território:
a) o território é elemento constitutivo essencial do Estado, que o
delimita fisicamente;
b) o território é condição necessária exterior ao Estado, já que
delimita o espaço de atuação do poder público (Burdeau);
c) o território não chega a ser um componente do Estado, e sim,
é o espaço de validade da ordem jurídica estatal, onde vigora
com exclusividade (Kelsen).
TERRITÓRIO
- Três correntes doutrinárias explicam o relacionamento do
Estado com seu território:
a) a relação seria de domínio, atuando o Estado como
proprietário do território, sobre o qual tem direitos, podendo,
por exemplo, dele usar e dispor segundo regras próprias
(território patrimônio)
b) o Estado teria poder direto sobre as pessoas, e exerceria por
meio destas poder sobre seu território (território espaço)
c) o território seria o espaço físico que delimitaria o exercício do
poder de império (ius imperium) do Estado.
TERRITÓRIO
- Para a corrente que defende a relação de domínio do Estado
sobre seu território, haveria um direito real de natureza
pública, distinto do direito relativo à propriedade privada, do
Estado para com o território;
- Outra posição, dentro dessa mesma corrente, sustenta que
esse direito seria um direito real institucional;
- A doutrina concilia as duas posições, considerando que entre
o Estado e o território existe um domínio eminente, enquanto
que, entre o particular e a porção que ocupa do território,
existe um domínio útil;
TERRITÓRIO
- Para a corrente que entende que o Estado tem poder sobre as
pessoas, e por meio destas é que exerce poder sobre o
território, o direito do Estado sobre o território é reflexo, ou
seja, o domínio do Estado sobre seu território é expressão de
seu ius imperium;
- Para a corrente que entende que o poder do Estado é exercido
sobre tudo o que se encontra em seu território, isto é, pessoas
ou coisas, o direito do Estado sobre seu território é expressão
de seu ius imperium, tomado no sentido mais amplo.
TERRITÓRIO
- Os pontos comuns a essas teorias jurídicas são:
a) não existe Estado sem território;
b) o território delimita o espaço de soberania do Estado;
c) o território é objeto de direitos do Estado.
- A perda temporária do território não faz desaparecer o
Estado;
- O Estado permanece existindo enquanto não for comprovada
a impossibilidade de que volte a exercer seu poder soberano
sobre o território perdido.
TERRITÓRIO
- Existem Estados que ocupam territórios minúsculos, como o
do Vaticano (0,44 km², o da República de San Marino (61
km²) e o Principado de Andorra (465 km²). Como termo de
comparação, o território do Brasil é de cerca de 8.500.000
km².
- Significação jurídica negativa do território é a conseqüência
da exclusividade da ordem jurídica do Estado ao qual
pertence, que impede a vigência de quaisquer outras ordens
jurídicas estatais;
- Significação jurídica positiva do território é a garantia de
que, dentro de seus limites, terá o Estado assegurado a sua
soberania.
TERRITÓRIO
- O princípio da impenetrabilidade – duas soberanias não
podem conviver concomitantemente sobre o mesmo espaço;
- Não existe Estado sem território:
a) Pode alienar – Bolívia/Acre – Rússia/Alaska;
b) Pode perder – México/Texas/Califórnia;
c) Pode perder temporariamente;
TERRITÓRIO
MAR TERRITORIAL
- Segundo J. F. Rezek (2005, p. 307) Mar Territorial "é a extensão da
soberania do Estado costeiro além de seu território e de suas águas
interiores".
- Para este autor, dentro desse conceito estão abrangidos o leito do mar,
o respectivo subsolo e, ainda, o espaço aéreo sobrejacente;
- o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos idênticos aos de que
goza em seu território e suas águas interiores, para exercer
jurisdição, aplicar as suas leis e regulamentar o uso e a exploração
dos recursos;
- Entretanto, as embarcações estrangeiras civis e militares têm o
"direito de passagem inocente" pelo mar territorial, desde que não
violem as leis do Estado costeiro nem constituam ameaça à segurança.
TERRITÓRIO
- A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
(CNUDM), assinada no dia 10 de dezembro de 1982,
em Montego Bay (Jamaica), e em vigor, internacionalmente,
desde 16 de novembro de 1994, que trouxe o grande
embasamento político-jurídico, estabelecendo a "fronteira
marítima" dos Estados costeiros;
- No Brasil, a CNUDM foi aprovada pelo Congresso Nacional
ainda em 1987, tendo sido ratificada a 22 de dezembro de
1988 e promulgada pelo Decreto n. 1.530, de 22 de junho de
1995. Todavia, segundo Francisco Rezek, a Lei n. 8.617/93 já
havia causado algumas alterações: a redução da extensão
do Mar Territorial (de 200 para as 12 milhas marítimas)
TERRITÓRIO
- Portanto, tem-se como Mar Territorial a faixa adjacente ao
litoral de 12 milhas náuticas, a contar da linha de base do
território. Por sua vez, linha de base é a linha litorânea de
maré mais baixa (baixamar);
- LEI Nº 8.617, de 4 de janeiro de 1993:
Dispõe sobre o mar territorial,
a zona contígua,
a zona econômica exclusiva e
a plataforma continental brasileiros,
e dá outras providências;
TERRITÓRIO
“Art. 1º - O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de
doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de
baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como
indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas
oficialmente no Brasil.

Parágrafo único - Nos locais em que a costa apresente recortes


profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas
ao longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o
método das linhas de base retas, ligando pontos apropriados,
para o traçado da linha de base, a partir da qual será medida a
extensão do mar territorial.”
TERRITÓRIO
“Art. 3º - É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de
passagem inocente no mar territorial brasileiro.

§ 1º - A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial


à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil, devendo ser contínua e
rápida.

§ 2º - A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas


apenas na medida em que tais procedimentos constituam incidentes
comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força maior ou
por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas, a
navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.

§ 3º - Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos


aos regulamentos estabelecidos pelo Governo brasileiro.”
TERRITÓRIO
ZONA CONTÍGUA
- O segundo conceito criado pela CNUDM foi o de Zona
Contígua, que é uma área reservada às medidas de
fiscalização, no que concernir à alfândega, à imigração, à
saúde e, ainda, à disciplina regulamentar dos portos e do
trânsito pelas águas territoriais.
- Essa Zona não poderá ir além das 24 milhas marítimas,
contadas da mesma linha de base do Mar Territorial. (art. 33
da CNUDM);
TERRITÓRIO
- Na Zona Contígua que o Estado costeiro exerce ações de
natureza preventiva, visando impedir a ocorrência de delitos
ou de outras anormalidades no território nacional;
- É o caso das inspeções sanitárias em navios, para fins de
conferência da qualidade dos gêneros transportados, ou das
barreiras fitossanitárias criadas, eventualmente, com a
finalidade de impedir alguma epidemia no território;
- Nessa faixa de 12 milhas náuticas, após o Mar Territorial, é
que o País costeiro também inibe a entrada de imigrantes
ilegais (de forma clandestina) no seu território, ou, ainda,
evita que seres humanos sejam transportados de forma
degradante;
TERRITÓRIO
“Art. 4º A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se
estende das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a
partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar
territorial.
Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de
fiscalização necessárias para:
I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros,
fiscais, de imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu
mar territorial;
II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu
território ou no seu mar territorial.”
TERRITÓRIO
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA
- Segundo Rezek (2005, p. 303-) é "uma faixa adjacente ao Mar
Territorial e cuja largura máxima é de 188 milhas náuticas contadas
a partir do limite exterior daquele, com o que perfazem 200 milhas, a
partir da linha de base“;
- O art. 56, da CNUDM, expõe os direitos concernentes ao Estado
costeiro sobre essa faixa de água;
- Inclui-se a soberania, no que diz respeito à exploração e ao
aproveitamento, a conservação e a gestão dos recursos naturais, vivos
ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar e seu subsolo;
- Também autoriza a investigação científica marinha e a produção de
energia, a partir da água, das correntes e dos ventos, e atribui como
um dever a proteção e a preservação do meio marinho.
TERRITÓRIO
“Art. 6º - A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende
das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem
para medir a largura do mar territorial.

Art. 7º - Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-
vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se
refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins
econômicos.

Art. 8º - Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o


direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e
preservação do meio marinho, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos
de ilhas artificiais, instalações e estruturas.

Parágrafo único - A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só


poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo
brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria.”
TERRITÓRIO
“Art. 9º - A realização por outros Estados, na zona econômica
exclusiva, de exercícios ou manobras militares, em particular as
que impliquem o uso de armas ou explosivos, somente poderá
ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro.

Art. 10 - É reconhecido a todos os Estados o gozo, na zona


econômica exclusiva, das liberdades de navegação e sobrevôo, bem
como de outros usos do mar internacionalmente lícitos,
relacionados com as referidas liberdades, tais como os ligados à
operação de navios e aeronaves.”
TERRITÓRIO
- A ONU prevê que um país pode ampliar seus limites marítimos para
além da ZEE, desde que apresente bons argumentos técnicos.
- Desde 2005, o Brasil reivindica mais 960 mil km2de mar, considerando
o alcance da sua plataforma continental;
- Empresas autorizadas a retirar e comercializar recursos do mar
pagam taxas (royalties) aos estados que controlam o território
explorado. Por isso, a ZEE é toda repartida entre os estados costeiros;
- Além dos direitos de soberania e de exploração, o Brasil tem deveres
marítimos que vão além da sua ZEE. Todos os países que têm litoral
são obrigados a prestar salvamento e resgate em uma área
determinada pela ONU. A área de salvamento do Brasil cobre 6,4
milhões de km2
TERRITÓRIO
- Com o objetivo de promover a utilização ótima dos recursos vivos
da ZEE, o Estado costeiro fixará as capturas permissíveis desses
recursos. "Quando o Estado costeiro não tiver capacidade para
efetuar a totalidade da captura permissível deve dar a outros
Estados acesso ao excedente desta captura, mediante acordos ou
outros ajustes..." (CNUDM, art. 62, par. 2) entre as partes;
- O programa do Governo brasileiro denominado Avaliação do
Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica
Exclusiva (REVIZEE) –, coordenado pela Comissão
Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), tem por
objetivo identificar os recursos vivos e estabelecer o potencial de
sua captura na ZEE brasileira.
TERRITÓRIO
- Na ZEE, o Estado costeiro tem jurisdição para regulamentar a
investigação científica marinha e "...tem o direito exclusivo de
construir e de autorizar e regulamentar a construção, operação e
utilização de: a) ilhas artificiais; b) instalações e
estruturas...." (CNUDM, art. 60, par. 1) com finalidades
econômicas e/ou para fins de investigação científica.
- Qualquer investigação científica na ZEE brasileira – por
instituições nacionais e/ou internacionais – somente poderá ser
realizada com o consentimento do Governo brasileiro.
TERRITÓRIO
PLATAFORMA CONTINENTAL
- A Plataforma Continental, consoante o art. 76, da CNUDM, em seus §§
4º e 6º, significa, geograficamente, a parte do leito do mar adjacente à
costa que não exceder a 200 metros de profundidade e que, a uma boa
distância do litoral, cede lugar às inclinações abruptas que conduzem aos
fundos marinhos;
- Observa a Convenção de Montego Bay (1982) que o limite exterior da
plataforma continental coincidirá com o limite da ZEE (200 milhas
náuticas, a partir da linha de base do litoral), a menos que o bordo
exterior da margem continental – isto é, o limiar da área dos fundos
marinhos – esteja ainda mais distante: neste caso, o bordo será o limite
da plataforma, desde que não ultrapasse a extensão total de 350 milhas
náuticas.
TERRITÓRIO
- Por conseguinte, tem-se, então, que a Plataforma Continental
poderá se estender além das 200 milhas da ZEE, nos locais em
que ela não atingir os 200 metros de profundidade, criando-se,
assim, a definição de Plataforma Continental Estendida;
- Geologicamente, a plataforma continental é uma faixa de terra
submersa que começa na praia e desce até chegar à
profundidade de 200 m. A partir daí, começa o talude
continental, um paredão que delimita o início das águas mais
profundas no oceano;
TERRITÓRIO
- A fim de atribuir o direito à exploração nessa Plataforma
Estendida (além da ZEE), a CNUDM exigiu, como requisito, a
instauração de uma comissão: a Comissão de Limites da
Plataforma Continental, na qual os países interessados deveriam
depositar os mapas e as informações pertinentes para dar a
devida publicidade do pleito;
- O Brasil, para atingir esta finalidade, ainda em 1986, efetivou o
LEPLAC (Levantamento da Plataforma Continental), que se
estendeu até 1996, com a confecção de mapas que traçaram as
linhas determinantes do limite exterior da Plataforma
Continental do território brasileiro.
TERRITÓRIO
- Destacaram-se duas grandes porções: o cone que se prolonga a
partir da Foz do Rio Amazonas e o trecho do Espírito Santo ao
Uruguai;
- No período de 30 de agosto a 17 de setembro de 2004, na sede da
ONU, em Nova Iorque, ocorrera a defesa da tese brasileira,
representada por integrantes da Marinha do Brasil, da
Petrobrás e da comunidade científica na área de Oceanografia;
- A esse grupo foi atribuída a denominação de "Bandeirantes das
Longitudes Salgadas" (SERAFIM, 2006) em referência ao
alargamento das fronteiras brasileiras só que, desta vez, não da
terrestre (como fora a partir de 1700), mas sim da marítima.
TERRITÓRIO
- É a essa área, compreendendo cerca de 4.500 milhões de
quilômetros quadrados, ou seja, mais da metade do território
terrestre do Brasil, que os especialistas atribuem a expressão
"Amazônia Azul“;
- Além das explorações de hidrocarbonetos (petróleo e gás
natural) pode ser citada como importância dessa área o
seguinte: mais de 90% do comércio exterior do País é feito por
transporte marítimo; a pesca; minerais, como o cobalto, a
platina, o manganês e o sulfeto; a biogenética e a farmacologia;
possibilidade de água potável; 80% da população brasileira vive
a menos de 200Km do litoral;
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
ESPAÇO AÉREO
- O espaço aéreo de um país é a porção da atmosfera que se
sobrepõe ao território desse país, incluindo o território marítimo,
indo do nível do solo, ou do mar, até 100 quilômetros de altitude,
onde o país detém o controle sobre a movimentação de aeronaves;
“Art. 11. O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o
espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.”
(Lei n.º 7.565, de 19 de dezembro de 1986: Dispõe sobre o Código
Brasileiro de Aeronáutica)
TERRITÓRIO
- O espaço aéreo é organizado considerando-se os interesses de seus
usuários tanto da aviação militar como da aviação civil. Esta,
considerando-se seu caráter internacional, exige que seu
planejamento siga normas ditadas pela Organização da Aviação
Civil Internacional (OACI);
- A Convenção de Paris de 1919 e a Convenção de Chicago de 1944
são as referências para a definição de espaço aéreo;
- Nesta última, as 52 (cinquenta e duas) Nações participantes,
inclusive o Brasil, fizeram a seguinte declaração: “Os contratantes
reconhecem que cada Estado tem completa e exclusiva soberania
sobre o espaço aéreo acima de seu território.” (art. 1º).
TERRITÓRIO
- O espaço aéreo sob jurisdição do Brasil divide-se em:
a) Espaço Aéreo Inferior – que tem como limite inferior o solo ou
a água e limite superior o nível de vôo 245 inclusive (FL 245 –
flight level – que corresponde a 24.500 pés, ou cerca de 7.500
m);
b) Espaço Aéreo Superior – que tem como limite inferior o FL 245
(exclusive) e limite superior ilimitado.
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
- Declaração de Princípios Jurídicos aplicáveis às atividades dos
Estados na exploração e uso do Espaço Exterior (ONU, 1963);
- Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos
Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua
e demais Corpos Celestes, aberto à assinatura em Londres,
Moscou e Washington, a 27 de janeiro de 1967;
- No Brasil: Decreto n.º 64.362, de 17 de abril de 1969, promulgou
o Tratado sobre Exploração e Uso do Espaço Cósmico;
TERRITÓRIO
“Artigo I. A exploração e uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e demais
corpos celestes, só deverão ter em mira o bem e interesse de todos os países,
qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e científica, e
são incumbência de toda a humanidade.
O espaço cósmico, inclusive a lua e demais corpos celestes, poderá ser
explorado e utilizado livremente por todos os Estados sem qualquer
discriminação em condições de igualdade e em conformidade com o direito
internacional, devendo haver liberdade de acesso a todas as regiões dos
corpos celestes.
O espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes estará aberto às
pesquisas científicas, devendo os Estados facilitar e encorajar a cooperação
internacional naquelas pesquisas.”
TERRITÓRIO
“Artigo II. O espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos
celestes não poderá ser objeto de apropriação nacional por
proclamação de soberania, por uso ou ocupação, nem por qualquer
outro maio.
Artigo III. As atividades dos Estados partes deste Tratado relativas
à exploração e uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e demais
corpos celestes, deverão efetuar-se em conformidade com direito
internacional, inclusive a Carta das nações Unidas, com a
finalidade de manter a paz e a segurança internacional e de
favorecer a cooperação e a compreensão internacionais.”
TERRITÓRIO
“Artigo IV. Os Estados partes do Tratado se comprometem a não colocar em
órbita objeto portador de armas nucleares ou de qualquer outro tipo de armas ou
de qualquer outro tipo de armas de destruição em massa, a não instalar tais
armas sobre os corpos celestes e a não colocar tais armas, de nenhuma maneira,
no espaço cósmico.
Todos os Estados partes do Tratado utilizarão a Lua e os demais corpos celestes
exclusivamente para fins pacíficos. Estarão proibidos nos corpos celestes o
estabelecimento de bases, instalações e fortificações militares, os ensaios de armas
de qualquer tipo e a execução d4e manobras militares. Não se proíbe a utilização
de pessoal militar para fins de pesquisas científica para qualquer outro fim
pacífico. Não se príbie do mesmo modo, a utilização de qualquer equipamento ou
instalação necessária à exploração pacífica da Lua e demais corpos celestes.”
TERRITÓRIO
“Artigo V. Os Estados partes do Tratado considerarão os astronautas
como enviados da humanidade no espaço cósmico e lhes prestarão toda a
assistência possível em caso de acidente, perigo ou aterrissagem forçada
sobre o território de um outro Estado parte do Tratado ou em alto mar.
Em caso de tal aterrissagem, o retorno dos astronautas ao Estado de
matrícula do seu veículo espacial deverá ser efetuado prontamente e com
toda a segurança.
Sempre que desenvolverem atividades no espaço cósmico e nos corpos
celestes, os astronautas de um Estado parte do Tratado prestarão toda a
assistência possível aos astronautas dos outros Estados partes do
Tratado.”
TERRITÓRIO
EMBAIXADAS
- O Código Penal não trouxe qualquer regra específica ati­nente às
embaixadas, motivo pelo qual se conclui que elas, embora sejam
invioláveis, não constituem extensão do território do país que
representam;
- Assim, a título de exem­plo, a embaixada norte-americana no
Brasil é território brasileiro e ao crime nela pratica­do será
aplicada a lei penal brasileira – salvo a incidência de convenção,
tratado ou regra de direito internacional.

Você também pode gostar