Recurso Especial #1.671.422 - SP
Recurso Especial #1.671.422 - SP
Recurso Especial #1.671.422 - SP
ACÓRDÃO
Documento: 2288833 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 30/05/2023 Página 1 de 6
Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : A SDA
ADVOGADO : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR - DF007447
RECORRENTE : CCH
ADVOGADOS : REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA - SP060415
LUÍS EDUARDO TAVARES DOS SANTOS - SP299403
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado o julgamento para a próxima sessão (25/4/2023).
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.671.422 - SP (2017/0110208-3)
RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO
RECORRENTE : ASDA
ADVOGADO : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR - DF007447
RECORRENTE : CCH
ADVOGADOS : REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA - SP060415
LUÍS EDUARDO TAVARES DOS SANTOS - SP299403
RELATÓRIO
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.671.422 - SP (2017/0110208-3)
RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO
RECORRENTE : ASDA
ADVOGADO : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR - DF007447
RECORRENTE : CCH
ADVOGADOS : REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA - SP060415
LUÍS EDUARDO TAVARES DOS SANTOS - SP299403
VOTO
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Superior Tribunal de Justiça
Juiz, entre os cônjuges. Após a averbação no assento de
casamento e nos registros respectivos fundamentais ao
resguardo dos interesses de terceiro (registro imobiliário, junta
comercial, registro de pessoa jurídica, etc.), passa a ter eficácia
erga omnes'.” (grifou-se)
Como se vê, não obstante tenha sido concedida a modificação do regime de bens do
casamento, de separação total para comunhão universal, consignou-se que a alteração do regime
deferida teria eficácia somente a partir do trânsito em julgado, ou seja, os efeitos seriam ex nunc.
O Código Civil de 2002 dispõe:
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento,
estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data
do casamento.
§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização
judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a
procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
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A questão controvertida consiste, então, nos efeitos retroativos ou prospectivos
da modificação do regime de bens no casamento, quando ocorre de separação total para
comunhão universal, ou seja, se operam os efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença
(eficácia ex nunc), como decidiram as instâncias ordinárias, ou se devem retroagir à data do
matrimônio (eficácia ex tunc), como postulam as partes.
Como é cediço, a modificação do regime de bens foi admitida pelo Código Civil de
2002, especialmente no seu art. 1.639, § 2º, supratranscrito.
Nos termos da literalidade da norma, a alteração do regime de bens não poderá
prejudicar os direitos de terceiros. Constata-se, assim, a preocupação de se proteger a boa-fé
objetiva, em desprestígio da má-fé, de modo que a alteração do regime não poderá ser utilizada para
fraude em prejuízo de terceiros, inclusive de ordem tributária.
Assim, em qualquer hipótese, havendo prejuízo para terceiros de boa-fé, a alteração
do regime de bens deve ser reconhecida como ineficaz em relação a esses, o que não prejudica a
sua validade e eficácia entre as partes e de modo geral.
Quanto aos efeitos da sentença que defere a alteração do regime de bens, as
instâncias ordinárias seguiram a posição segundo a qual os efeitos dessa alteração são ex nunc, ou
seja, a partir do trânsito em julgado da decisão.
Para fundamentar tal posicionamento, o v. acórdão recorrido cita julgado da eg.
Terceira Turma do STJ (REsp 1.300.036/MT, DJe de 20.05.2014) reconhecendo a eficácia ex
nunc da alteração do regime de bens, tendo por termo inicial a data do trânsito em julgado da
decisão judicial que o modificou. Por oportuno, colhe-se do voto do ilustre Relator do aludido recurso
especial, o sempre admirado Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, a seguinte fundamentação:
"O segundo ponto controvertido situa-se em torno da fixação do termo
inicial dos efeitos dessa alteração do regime de bens: retroação à data do
casamento (eficácia "ex tunc") ou a partir da data do trânsito em julgado
da decisão judicial que o alterou (eficácia "ex nunc").
Essa questão, ainda hoje debatida na doutrina e na jurisprudência, é
relevante na espécie, pois as partes, após alguns anos de união estável,
casaram-se, em 24/05/1997, pelo regime da separação de bens,
alterando esse regime para comunhão parcial em 2007, deflagrando-se
o processo de separação em outubro de 2008.
Em relação a eficácia "ex tunc", o acórdão recorrido sintetiza os
argumentos em prol dessa tese, sendo o principal deles o de que o regime
de bens do casamento deve ser único ao longo de toda a relação
conjugal.
Em relação à eficácia "ex nunc", o argumento central é no sentido de
que a eficácia da alteração de um regime de bens, que era válido e
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eficaz, deve ser para o futuro, preservando-se os interesses dos cônjuges
e de terceiros.
Penso ser esta segunda a melhor orientação, pois não foi estabelecida
pelo legislador a necessidade de que o regime de bens do casamento seja
único ao longo de toda a relação conjugal, podendo haver a alteração
com a chancela judicial.
Devem-se respeitar os efeitos do ato jurídico perfeito celebrado sob a
égide do Código Civil de 1916, conforme expressamente ressalvado pelos
artigos 2035 e 2039 do Código Civil de 2002.
Além disso, devem ser preservados os interesses de terceiros que,
mantendo relações negociais com os cônjuges, poderiam ser
surpreendidos com uma alteração no regime de bens do casamento.
Nesta Corte, analisando a possibilidade de alteração do regime de bens
nos casamentos celebrados sob a égide do Código Civil de 1916,
encontram-se dois precedentes no sentido de que os efeitos da decisão
que a homologa se operam a partir da alteração, ficando regidos os fatos
anteriores e os efeitos pretéritos pelo regime de bens anterior.
Nesse sentido, avulta precedente desta Terceira Turma da relatoria da
eminente Ministra Nancy Adrighi, cuja ementa foi a seguinte:
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art. 5º, inc. XXXVI, da CF/88, e sim em aplicação de norma geral
com efeitos imediatos.
Recurso especial não conhecido.
(REsp 821.807/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 19/10/2006, DJ 13/11/2006, p. 261) - grifo
nosso.
Além do julgado acima, indicado no v. acórdão recorrido, há mais dois julgados sobre
o tema, também oriundos da eg. Terceira Turma: REsp 1.947.749/SP, Relatora Ministra Nancy
Andrighi, j. em 14.09.2021, DJe de 16.09.2021; e REsp 1.533.179/RS, Relator Ministro Marco
Aurélio Bellizze, j. em 08.09.2015, DJe de 23.09.2015.
Realmente, tais julgados reconhecem a eficácia ex nunc da alteração do regime de
bens, tendo por termo inicial a data do trânsito em julgado da decisão judicial que o modificou.
A hipótese dos autos, contudo, não tem exata correspondência com aquelas julgadas
pela eg. Terceira Turma.
No REsp 1.947.749/SP, as partes objetivavam a modificação do regime da
separação obrigatória de bens (casamento com pessoa que contava com 15 anos de idade) para
o regime da comunhão universal de bens. Não se discutiu naquele caso a eficácia retroativa do
regime da comunhão universal de bens, uma vez que, em se tratando de hipótese em que a própria
lei impede a comunicabilidade de bens àqueles que contraem matrimônio diante de causa suspensiva,
não seria pertinente, diante da posterior modificação do regime de bens, que o patrimônio amealhado
naquele período passasse a se comunicar entre os cônjuges.
No presente recurso, as partes pedem a alteração do regime da separação eletiva
de bens para o regime da comunhão universal de bens. A situação, portanto, é diversa, na
medida em que as partes estavam voluntariamente casadas pelo regime da separação de bens e,
valendo-se da autonomia da vontade, optam por alterar aquele regime para o da comunhão universal
de bens, manifestando, expressamente, a intenção de comunicar todo o patrimônio,
inclusive aquele amealhado antes de formulado o pedido de alteração. Nesse contexto,
dificilmente se terá prejuízo para terceiros, dado que o casamento, preexistente e de conhecimento
público, se fortalece com o novo regime adotado.
No REsp 1.533.179/RS, as partes objetivavam a modificação do regime de bens
em sentido contrário ao da presente hipótese. Pretendiam migrar do regime da comunhão parcial
de bens para o regime da separação eletiva de bens. Nessa situação, era pertinente a aplicação
de efeitos ex nunc, porque, a partir da homologação do pedido, os cônjuges passaram a deter
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patrimônio exclusivo e terceiros poderiam vir a ser prejudicados em razão de uma comunicação mais
restrita do patrimônio. O casamento, preexistente e de conhecimento público, não se fortalece com o
novo regime adotado.
No REsp 1.300.036/MT, citado no v. acórdão recorrido, as partes obtiveram
anteriormente a modificação do regime da separação eletiva de bens para o regime da
comunhão parcial de bens, sem debate acerca dos efeitos retroativos ou prospectivos da
alteração decretada. Todavia, posteriormente, já em face de separação judicial, trouxeram a
debate o argumento de que o novo regime escolhido pelas partes implicara uma comunicação mais
ampla do patrimônio, sem que as partes houvessem manifestado expresso interesse em
estender a referida comunicação ao patrimônio exclusivo a cada uma delas; entendeu-se
pertinente, então, aplicar efeitos ex nunc à modificação.
Assim, repise-se, a hipótese do presente recurso é diversa, na medida em que as
partes casaram-se pelo regime da separação eletiva de bens e, valendo-se da autonomia de
vontade, optam agora por alterá-lo para o regime da comunhão universal de bens (o que
supera, portanto, a comunhão parcial), manifestando, expressamente, a intenção de
comunicar todo o patrimônio, inclusive aquele amealhado antes de formulado o pedido de
alteração.
É de se atentar que a aplicação dos efeitos ex nunc visa assegurar os interesses de
terceiros. No entanto, no caso dos autos, a retroatividade (efeitos ex tunc) não teria o condão de
gerar prejuízos a terceiros, porque todo o patrimônio titulado pelos recorrentes continuaria
respondendo, em sua integralidade, por eventuais dívidas, conforme inteligência do art. 1.667 do
Código Civil de 2002, que dispõe que o regime da comunhão universal de bens importa a comunhão
de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas.
Com efeito, na hipótese de alteração do regime de bens para o da comunhão
universal, o próprio casamento se fortalece, os vínculos do casal se ampliam e a eficácia ex tunc
decorre da própria natureza do referido regime.
Sobre o tema, explica NELSON ROSENVALD:
"Com efeito, imaginando se tratar de modificação de um regime de
comunhão para uma separação absoluta, é de se lhe reconhecer efeitos
ex nunc, não retroativos... De outro modo, hipoteticamente admitida a
mudança de um regime separatório para a comunhão universal,
naturalmente, vislumbra-se uma eficácia retroativa, ex tunc. Assim,
entendemos que dependerá do caso concreto a retroação ou não dos
efeitos da sentença.
De qualquer modo, é certa a possibilidade dos interessados requererem,
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expressamente, ao juiz que estabeleça a retroação da eficácia do
comando sentencial, optando pelos efeitos ex tunc. Outrossim, no que
tange à esfera jurídica de interesses de terceiros, a eficácia, será,
invariavelmente, ex nunc, não retroativa..." (Direito das Famílias. Rio de
Janeiro. Ed. Lumen Iures, 2008, p. 228)
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Para SÉRGIO GISCHKOW PEREIRA: "parece-me que o próprio texto
legislativo conduz à possibilidade da eficácia retroativa: se assim não fosse, perderia sentido
a expressão 'ressalvados os direitos de terceiros'. Esta ressalva é relevante exatamente
porque o efeito da mudança de regime pode ser retroativa; ninguém pensaria em se
preocupar com terceiros que, por exemplo, se tornassem credores dos cônjuges depois da
alteração de regime devidamente publicada" (Observações sobre os Regimes de Bens e o Novo
Código Civil. Revista Juris Plenum, Caxias do Sul (RS), v. 2, n. 12, nov. 2006. p. 90).
Na opinião de ÉLCIO ARRUDA: "em dadas situações, a retroatividade será
necessária e até imperativa, por constituir corolário lógico do ato: assim, por exemplo, se o
novo regime for da comunhão universal (mais amplo), a abrangência de todo acervo
patrimonial até então arregimentado, desde o início do casamento, é pressuposto lógico à
universalidade da comunhão; em idêntica vertente, eleito o regime de separação de bens
(mais restrito), o patrimônio até então granjeado deverá ser tomado em conta e partilhado,
para concretização futura da própria separação. Em suma, a eficácia ordinária da alteração
de regime de bens é ex nunc, permitida a eficácia ex tunc se e quando corolário lógico da
mudança ou a pedido dos interessados, hipótese em que o exame de pertinência e viabilidade
será ainda mais acurado" (Problemas atuais do direito patrimonial de família. Regime de bens.
Estrutura e função. Revista IBDFAM: Famílias e Sucessões, Belo Horizonte, n. 5, set./out. 2014. p.
70).
Salvo melhor juízo, a alteração de regime de bens, contemplada no art. 1.639, § 2º, do
Código Civil de 2002, pode ter eficácia retroativa (ex tunc), se os cônjuges assim o estipularem,
sempre ressalvados os direitos de terceiros, de maneira que estes só poderão ser atingidos se a
mudança lhes for favorável.
Como regra, a mudança de regime de bens valerá apenas para o futuro, não
prejudicando os atos jurídicos perfeitos. Mas a modificação poderá alcançar os atos passados se o
regime adotado (exemplo: alteração de separação convencional para comunhão parcial ou universal)
beneficiar terceiro credor pela ampliação das garantias patrimoniais. Aceitável, portanto, a retroação
decorrente de explícita manifestação de vontade dos cônjuges.
No particular, a retroatividade será decorrência lógica se o novo regime for o da
comunhão universal, pois ele só será efetivamente universal se implicar comunicação de todos os
bens, presentes e futuros, dos cônjuges. Impossível seria pensar em comunhão universal que
implicasse comunicação apenas dos bens adquiridos a partir da modificação do regime. Seria
contraditório com o próprio regime jurídico da comunhão universal se entrassem para a comunhão
somente os bens futuros.
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A mutabilidade do regime de bens nada mais é do que a livre disposição patrimonial
dos cônjuges, senhores que são de suas coisas. Não há sentido proibir a retroatividade à data da
celebração do matrimônio livremente manifestada pelos cônjuges de comunicar todo o patrimônio,
inclusive aquele amealhado antes de formulado o pedido de alteração do regime de bens,
especialmente no caso em que a retroatividade é corolário lógico da mudança para a comunhão
universal.
Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial para que a alteração do
regime de bens de separação total para comunhão universal tenha efeitos desde a data da
celebração do matrimônio ("ex tunc"), alcançando todos os bens atuais do casal, independentemente
da data de aquisição.
É como voto.
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VOTO
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QUARTA TURMA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : A SDA
ADVOGADO : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR - DF007447
RECORRENTE : CCH
ADVOGADOS : REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA - SP060415
LUÍS EDUARDO TAVARES DOS SANTOS - SP299403
SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr(a). ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR, pela parte .: ALEXANDRE SILVA D AMBROSIO
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
A Sra. Ministra Maria Isabel Gallotti e os Srs. Ministros Antonio Carlos Ferreira, Marco
Buzzi e João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator.
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